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RELIGIOSIDADE E MAÇONARIA

RELIGIOSIDADE E MAÇONARIA

Padre Aloísio Guerra nasceu em Simão Dias - Sergipe em 1930.


Cursou Filosofia e Teologia.
Ordenou sacerdote pela Igreja Católica Apostólica Romana em, 20/12/1959 (portanto
há 51 anos).
Foi vigário de Campina Grande na Paraíba e chanceler da Curia Metropolitana.
Por motivos particulares, em 1966 solicitou à Sé Romana seu afastamento do
exercício sacerdotal.
Em 1986 foi recebido na Igreja Católica Ortodóxa Antioquina e nomeado pároco para
Recife e adjacências.
É importante ressaltar, que o ramo ortodóxico da Igreja Católica, é muito mais
rigoroso quanto às tradições e ritos.
Iniciou na Ordem Maçônica, pelo Grande Oriente Independente de Pernambuco.
Antes da iniciação, já fora agraciado com a “Medalha do Mérito Maçônico
Pernambucano” concedida pelo Grão Mestre daquele Estado, devido à simpatia e
amizade demonstrada à Ordem.
Quando de sua iniciação disse as seguintes palavras :
“Permitam-me ousar falar agora neste ágape, de um assunto do qual vocês conhecem
melhor que eu.
Nunca estamos devidamente preparados para uma iniciação.
A Iniciação Maçônica, entendo-a como um projeto de vida.
O Maçom não pode parar.
Seu aprendizado deve ser constante.
Cada Maçom deve ser uma Luz, não apenas para profanos, mas também para seus
irmãos Maçons.
O Filho do Grande Arquiteto do Universo disse, em Mateus 5,14-16:
“Não se acende uma luz para se colocar debaixo de um móvel, mas sobre um
candelabro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa.”
E conclui com esta recomendação: “Assim brilhe, pois, a vossa luz perante os homens,
para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus”.
Notem, um dos motivos por que me tornei Padre foi também a visão, o exemplo que
um sacerdote transmite. Da mesma forma na Maçonaria pois, os outros nos vendo
como Maçons queiram também ser um de nós.
Temos uma ética a seguir.
Os grandes mestres tinham a consciência de que existe no homem uma luz, um
tesouro oculto, uma pérola preciosa, o próprio Reino de Deus, elemento sagrado por
amor que induz o homem a ser bom, veraz, puro e santo. O homem(o maçom
especialmente) deve ter um grande respeito, uma profunda reverência diante de sua
alma, do Espírito de Deus que nele habita.
São Paulo dos disse em 1º Cor 6,19 : “Não sabeis que sois templos do Espírito Santo e
que o Espírito de Deus habita em vós? Não profaneis pois o Templo de Deus que é
santo-E isto sois vós.”
Portanto meus Irmãos Maçons, o verdadeiro motivo de ser bom é a consciência de
cada um, a santidade da alma, a sacralidade do Templo vivo do Grande Arquiteto do
Universo que somos cada um de nós. E aqui vai minha súplica a cada Irmão Maçom :
Ajudem-me a ser o maçom que esperam que eu seja.”
Meu primeiro escrito sobre Maçonaria, deu-se antes de ser nela iniciado, tinha como
título: RELIGIÃO E MAÇONARIA.
Uma vez iniciado, tive uma surpresa.
Tinha como certo ser a Maçonaria uma entidade boa. Estava enganado. Ela não é boa
é ótima. Muito mais, é realmente sublime!
Então me apaixonei por ela.
Amados Irmãos é, no mínimo , curioso, observar que, enquanto as religiões brigam,
são concorrentes entre si, a Maçonaria congrega todas as religiões ecumenicamente,
no mútuo e fraternal respeito.
Na maçonaria existem Padres e Pastores de várias denominações.
Quem é católico se torna um católico melhor, assim como o evangélico e o espírita.
Quem acusa ou escreve contra a Maçonaria, o faz por ignorância ou má-fé.
Raríssimas entidades são tão sérias, tão dígnas de crédito quanto a Maçonaria.
Somente os que são iniciados e se aprofundam em sua riqueza, também espiritual,
poderão aquilatar sua grandeza.
Ela tem muito a oferecer às pessoas, fazendo-as crescer, cada vez mais úteis à
sociedade, transformando-as em construtores sociais.
A Maçonaria não quer apenas que você se alimente de sabedoria, mas sobretudo que
aprenda a alimentar os outros, isto é, o que recebe aqui, distribua acolá.
Conheci maçons que deixaram a maçonaria, decepcionados.
Adianto, alguém pode se decepcionar com alguns maçons, jamais com a Maçonaria, ou
então não conseguiram nela penetrar, porque ela é perfeita; nós Maçons, sim, somos
homens imperfeitos.
E aí está o primeiro trabalho maçônico, desbastar a pedra bruta que existe em cada
um de nós.
O trabalho aí está, tirar nossos excessos, nossos defeitos, todos os detritos,
transformando a pedra bruta em pedra polida, para a construção adequada do Templo
de Deus que somos cada um de nós.
E para isso contamos com a ajuda do Mestre maior, o Grande Arquiteto do Universo.
Notem bem, pouco a mim importa se hoje sou Mestre Instalado e Membro Efetivo do
Supremo Conselho dos Graus 4 a 33 do REAA.
O que realmente importa é continuar a caminhada maçônica, considerando tudo isso
um ponto de partida e não um ponto de chegada.
Meu aprendizado continua porque, como disse Ernest Hemingway :“aquele que
acredita possuir todas as respostas, certamente não fez todas as perguntas”.
Encontrei na convivência maçônica um espírito fraterno, por que não dizer, uma
religiosidade de fazer inveja às comunidades paroquiais e evangélicas.
Apesar das campanhas difamatórias, não existe Maçom ateu e a Igreja Católica, se
serviu e se serve da Maçonaria, que nunca negou sua colaboração... e, a recíproca não
é verdadeira.
Pode acreditar prezado leitor, se você é um homem de bem, acredita em Deus, deseja
fazer o bem e praticar a fraternidade, na Maçonaria você terá campo para crescer.
Se você procurar conhecê-la, estudá-la, tenho certeza, terminará por amá-la.
Você pode até decidir não se tornar Maçom, mas ficará com a certeza de que, tudo que
se diz de ruim da Maçonaria, é uma deslavada mentira.
Encerro este trabalho, citando o conceito de Maçonaria de nosso Ir.’. Padre Aloísio :
Maçonaria é tolerância, respeito, amor, perseverança, temperança... é a prática
constante de todas as virtudes na construção de uma sociedade Justa e Perfeita.

Ir.’. Petrônio Cardoso Júnior M.’.M.’.

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