Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
No segundo argumento Sócrates procura fazer ver de que forma é dada a transição de
vivo para morto.
Fundamental: Sócrates fala-nos sobre "Paz de Opostos". Do mesmo modo que o "frio" e
o "quente" são limites de um espectro contínuo, a nossa alma é observada nos nossos
dois extremos: o "estar vivo" e o "estar morto". Tem-se do mesmo modo o "estar a
dormir" e o "estar acordado". Verificamos um no outro, assim como a experiência
lúcida transformar-se gradualmente em ciclos na sua ausência(o estar a dormir).
Essa presença(a lucidez) está, portanto, inscrita nesses dois extremos que são o
estar a dormir e estar acordado. Estes, o limites estar a dormir e acordado,
resultam um no outro sucessivamente. Do mesmo modo tem-se a nossa alma, que está
incrita nestes dois limites que se sucedem um ao outro: estar vivo e estar morto,
que se repete de um modo cíclico. Não conseguimos, é certo, acompanhar estes
ciclos, assim como não acompanhamos o momento em que caímos no sono e o momento em
que ficamos dispertos tal como não acompanhamos o momento em que ganhamos
consciência ou que a perdemos.
O que ficamos, depois de estarmos mortos, é com uma vida irreconhecível que nos
molda de uma nova maneira. Contudo, mesmo apesar desta nova maneira, rememoramos
aquilo que sabemos pois já o experienciámos numa outra vida.
Não é o que acontece na biologia ou na teologia, que oferecem um momento certo para
a passagem do nada(o zero) para o ser(o um).
podem haveer representações erradas, mas não deixam de antecipar esses tais
conte~udos ausentes.
Logo, o que temos na nossa consciência corresponde a um conteúdo(uma ideia) que não
existe no mundo real.
73e1-3
podem haver também esquecimentos.
pintado8DELINEADO PR UMA LINHA)
03/11 Argumentação Fédon: §73- As percepções não são só o que percebemos através
dos sentidos, quando experiênciamos algo temos um excesso de percepçãoque subssume
a parte sentida. Resolvemos no pensamento a superficialidade captada pelos
sentidos. Logo, a Episteme é Anamnesis. O que resolvemos no pensamento transporta a
ideia de um cartaz para um humano. Quando antecipamos fazÊ-lo demoramos a manter a
continuidade diacrónica. O conteúdo apresentado não explicita a sua transcendência;
temos a tese de perduração.
24/11 207d: "A natureza(physis(fiúsis)(a essência de algo) mortal " revela-se tal
qual ela é a deixar de ser. Ela procura o estado contrário ao dela, o ser imortal.
Os instintos procuram mais que a simples sobrevivência(o estar vivo).
A alma é o esforço em direção à eternidade. Essa ganância genética é imortal,
passada de pais para filhos, até aos fins do espírito.
Existem conteúdos captados pela abertura do campo sensorial que apenas às vezes
permeam a consciência.
A pressão do assento nas nossas nádegas, o barulho dos carros, a luminosidade, etc
sao exemplos.
29/11 as vontades são chamadas de "Eros". Nós somos seres eróticos, seres que têm
vontade. Para querermos temos de antecipar algo. Temos uma necessidade ontológica
de querer, de vontade, de antecipação, por isso é que nos damos tão bem com a
euforia(aris´oteles-estar em movimento). Se esta é a natureza humana, resta-nos
saber como vamos gastar esse tem+po. Por uma lado, Sócrates, mostra concretamente o
que nos mobiliza, por outro, existem várias possibilidades de o satisfazer.
Provamos que as vontades têm uma dimensão profunda no ser humano. Como tal, quais
são as melhores maneiras para a satizfazer. A busca por quem sou, um ser de
vontades, leva-me, finalmente à política.
O nosso ser, ele próprio, para ser conhecido n´~ao pode ser reduzido apenas ao
corpo, a mente surge com as vontades.
Não identificamos bem como é a concretização dessas vontades, pode ser ser campeão
do mjundo, pode ser ser professor, etc... A plurtalidade de gostos não tem a ver
com os conteúdos em si, tem a ver com a exposição a esses conteúdos. Se a
pluralidade dependesse dos próprios gostos em si não haveria tanta diversidade de
preferências. Nós somos amantes.
Isto revela, contudo, que existem conteúdos melhores que outros. Os nossos gostos
dependem da nossa exposição a estes, por isso há pessoas com mau gosto porque
tiveram azar e foram expostas a conteúdos maus.
Não posso comprar conhecimento sobre gramática, tenho de aprender. Não posso
comprar sabedoria, tenho de o construir. O que existe é um exercíio em que sou
tornado semelhante às minhas atividades. Quero escolher bem as atividades a que me
torno semlehante.
O problema é provar que a fome é igual à burrice, e comer é igual a conhecer. Mas
é, porque não custa nada comer o resto do bife, simplesmente temos de ser educados
a tal.
Eu não sei bem o resultado do conteúdo erótico, mas sei que quero ir lá. Não é
transparente(não é uma sofia) mas não é obscuro(porque poderia estar cansado e não
ir). O desejo, a moralidade está num estádio intermédio destes dois opostos
complexa.
75d7-11
O segundo modo de argumentar é como é que na sala de aula existe uma "estrutura
eidética" (eidos)(a forma plural o ser mesa) e por outro lado as coisas. Por um
lado uma diferença (símias e sócrates pessoas diferentes e a ideia de pessoa que é
igual para todos)
UM DOS PONTOS DA ANAMNESE é a ideia que o objeto existe para nós como um particular
que faz parte de um conjunto de atributos que o caracterizam e lhe dão
significado(uma existência) na nossa consciência.
Eu nunca vejo só o que se apresenta à minha frente, eu vejo um significado que está
para além de tudo o que se apresenta. Esse significado é a verdadeira essência das
coisas. O ser das coisas é a sua apresentação e forma.
o banquete 207b-212a
A minha questão é se essa continuidade que vemos nas pessoas transforma a sua
identidade ontológica numa espécie de "plural" como são os conceitos.
A maneira como nos relacionamos com o mundo tem uma influencia na minha vida
diferente do que a maneira como nos relacionamos com os conceitos.
Não podemos nos reduzir ao nosso tempo porque eu não sou o que fiz em agosto.
Agosto teve uma aparição minha. A minha alma é eterna. O que existe aqui é uma
dicotomia entre o que eu sou realmente (o que tem BI, NIF, etc) e o que sou
conceptualmente. Mas o pensamento não se dá no plano do Real, dá se no plano
Essêncial.
A abstração, por ser uma intuição, pode se enganar (podemos atribuir atributos
diferentes a uma certa coisa,
o conhecimento é, assim, provado como anamnese.
Aqui o que se prova n é a imortalidade da minha alma mas sim, a eficácia dela. É
como o facto dos meus amigos serem eficazes mesmo quando deixam de reais.
13/12
O modelo de inteligibilidade do que é fascinante corresponde à experiencia do
encontro com um ser que nos apaixonamos. O conteúdo da beleza não é redutivel ao
amor romântico. As caras por que nos apaixonamos têm, apenas, de ser
impressionantes(ou impressionadas). Ou seja, a vontade é necessariamente produto da
reação a uma presença. Como tal, só sentimos amor a objetos que estejam presentes à
nossa consciência, que permeam a nossa consciência nas palavras de Caeiro. O ponto
é que eu posso me sentir atraído por qualquer corpo, mas porque é que eu escolho
apenas determinados.
Existe, no contacto com um res, a produção de um logos.
A beleza de uma alma é diferente que a diferença de um corpo.
Modelo do Belo: Reação do sujeito a uma presença. Essa reação surge na forma de uma
atração, uma força para nos mudarmos, uma necessidade biológica de nos mudarmos, ao
contrário do tédio, que, em termos da alimentação ou do sexo, nos levaria à morte.
Aristóteles pensa sobre a natureza sobre os princípios, sobre causas que antecipam
objetos mas que não admitem variação.