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18/10 "Argumento da imortabilidade da Alma"

No segundo argumento Sócrates procura fazer ver de que forma é dada a transição de
vivo para morto.

Esta transição é comparável ao fenómeno de acordar ou de adormecer. Para tal


comparação debrucemo-nos, primeiro, sobre o princípio que não despertamos logo que
acordamos. O acordar é um processo gradual, e a lucidez que caracteriza esse estado
(o estado acordado) varia ao longo do dia. Não questionamos, contudo, que somos a
mesma pessoa desde o primeiro momento lúcido ainda com os olhos fechados até ao
momento mais lúcido do dia em que nos ocupamos com filosofia. Como tal, estar vivo
é um processo semelhante, que vai mudando gradualmente em ciclos mas que nada
altera a verdadeira essência do nosso ser. É o exemplo dos contrários que se
justificam: o pequeno só é tido em relação ao grande. Quando algo fica grande,
fica-o devido a antes ter sido pequena. Quando se afirma estar acordado, tem-se
pela distinção do estar a dormir. Quando se afirma estar vivo, fazêmo-lo pelo "não
estar morto".
Para além deste ponto, Sócrates encontra outro argumento na própria maneira como
percebemos o estar morto(ou, na comparação com o dormir, estar a dormir). É verdade
que apenas percebemos que estamos a dormir quando acordamos e retrospectivamente
pensamos no estado de consciência em que estivémos nas últimas horas. É exatamente
o que se trata com o estar morto. A única coisa que conseguimos formular do estado
em que estava a nossa consciência antes de termos nascido(num sentido poético do
termo, o nascimento da nossa auto-consciência) é exatamente o mesmo que conseguimos
formular dos estados de sono que todos os dias experiênciamos. Este estado não
nega, de todo, a minha continuidade como Ser tal como a não consciência anterior à
minha vida atual não esgota a possibilidade de existir uma alma permanente e
imortal.
Quando vemos alguém não a reduzimos simplesmente ao visível, vemos também todo o
seu movimento através do tempo.

20/10 "Crítica da Alma Imortal"

Fundamental: Sócrates fala-nos sobre "Paz de Opostos". Do mesmo modo que o "frio" e
o "quente" são limites de um espectro contínuo, a nossa alma é observada nos nossos
dois extremos: o "estar vivo" e o "estar morto". Tem-se do mesmo modo o "estar a
dormir" e o "estar acordado". Verificamos um no outro, assim como a experiência
lúcida transformar-se gradualmente em ciclos na sua ausência(o estar a dormir).
Essa presença(a lucidez) está, portanto, inscrita nesses dois extremos que são o
estar a dormir e estar acordado. Estes, o limites estar a dormir e acordado,
resultam um no outro sucessivamente. Do mesmo modo tem-se a nossa alma, que está
incrita nestes dois limites que se sucedem um ao outro: estar vivo e estar morto,
que se repete de um modo cíclico. Não conseguimos, é certo, acompanhar estes
ciclos, assim como não acompanhamos o momento em que caímos no sono e o momento em
que ficamos dispertos tal como não acompanhamos o momento em que ganhamos
consciência ou que a perdemos.

O que ficamos, depois de estarmos mortos, é com uma vida irreconhecível que nos
molda de uma nova maneira. Contudo, mesmo apesar desta nova maneira, rememoramos
aquilo que sabemos pois já o experienciámos numa outra vida.

Não é o que acontece na biologia ou na teologia, que oferecem um momento certo para
a passagem do nada(o zero) para o ser(o um).

25/10 "O futuro é para sempre, como a alma"

27/10 Depois do argumento por circularidade, Sócrates vai apresentar a ideia de


anamnesis. Quando acordamos não acordamos aos poucos, somos imediatamente
envolvidos pela realidade e pela existência. A mathesis corresponde à maneira como
nos relacionamos com o mundo.
Sócrates prova a anamnesis pela maneira como encaramos o mundo: A capacidade de
concebermos todos os momentos, todas as caras, como algo novo ou estranho. Nós
antecipamos uma experiência. Isso faz com que a perceção seja filosófica, porque se
fosse só percepção vivíamos só no instante absoluto.
73c6-d1
o ocnhecimento apresenta-se como a abertura do conceito ao nosso entendimento
a representação(uma episteme) de uma coisa impica q ha um conteudo especifico que
essa coisa esta a representar

a imagem apreendida lembra-nos outra coisa: a imagem de um tília lembra-nos o


cheiro ou wtv. Isso é um processo em que nos lembramos. Sintetizamos um conteúdo
que não estava presente

podem haveer representações erradas, mas não deixam de antecipar esses tais
conte~udos ausentes.
Logo, o que temos na nossa consciência corresponde a um conteúdo(uma ideia) que não
existe no mundo real.

73e1-3
podem haver também esquecimentos.
pintado8DELINEADO PR UMA LINHA)

03/11 Argumentação Fédon: §73- As percepções não são só o que percebemos através
dos sentidos, quando experiênciamos algo temos um excesso de percepçãoque subssume
a parte sentida. Resolvemos no pensamento a superficialidade captada pelos
sentidos. Logo, a Episteme é Anamnesis. O que resolvemos no pensamento transporta a
ideia de um cartaz para um humano. Quando antecipamos fazÊ-lo demoramos a manter a
continuidade diacrónica. O conteúdo apresentado não explicita a sua transcendência;
temos a tese de perduração.

24/11 207d: "A natureza(physis(fiúsis)(a essência de algo) mortal " revela-se tal
qual ela é a deixar de ser. Ela procura o estado contrário ao dela, o ser imortal.
Os instintos procuram mais que a simples sobrevivência(o estar vivo).
A alma é o esforço em direção à eternidade. Essa ganância genética é imortal,
passada de pais para filhos, até aos fins do espírito.

Platão, à semelhança de Hegel, está a mostrar-nos o conhecimento, pois este não


pode ser nada mais que isso. O conhecimento do espírito não pode ser mais
específico que o eterno. O conhecimento da verdadeira vida(a que temos quando
pensamos em quem somos) é pensar nela como parte desta grande cadeia chamada
consciência humana.

Estamos, aqui, a caracterizar genesis. O processo de envelhecimento é um processo


de renovescimento: a genesis de nova vida mata gradualmente.
O futuro da promessa e da ameaça. O único momento em que nos damos no futuro. O que
surge, é sempre um instante que corta todas as outras alternativas e sucede o
anterior. O problema é que dessa troca fica a existência, porque é que ela, ao
contrário do que acontece com as outras possibilidades, não se existingue e é
sucedida por outra? O que acontece é uma metamorfose dessa forma.

Existem conteúdos captados pela abertura do campo sensorial que apenas às vezes
permeam a consciência.
A pressão do assento nas nossas nádegas, o barulho dos carros, a luminosidade, etc
sao exemplos.
29/11 as vontades são chamadas de "Eros". Nós somos seres eróticos, seres que têm
vontade. Para querermos temos de antecipar algo. Temos uma necessidade ontológica
de querer, de vontade, de antecipação, por isso é que nos damos tão bem com a
euforia(aris´oteles-estar em movimento). Se esta é a natureza humana, resta-nos
saber como vamos gastar esse tem+po. Por uma lado, Sócrates, mostra concretamente o
que nos mobiliza, por outro, existem várias possibilidades de o satisfazer.

Provamos que as vontades têm uma dimensão profunda no ser humano. Como tal, quais
são as melhores maneiras para a satizfazer. A busca por quem sou, um ser de
vontades, leva-me, finalmente à política.

O nosso ser, ele próprio, para ser conhecido n´~ao pode ser reduzido apenas ao
corpo, a mente surge com as vontades.

A ambição. Filótimía. FIlia(amizade) e tímos(estima, o amor por si). O triunfo de


mim próprio.

6/12 "A presença de Eros- Alargar o conteúdo semântico de amar"


Há estrututras equivalntes no grego: a palavra epithymia [epi(exposição, estar
exposto)thymia(interior, animo, a sede das disposições)];
A procura pela sobrevivência não esgota todas as vontades que temos. A maioria das
nossas vontades podem ser resumidas em estímulos que nos permitem sustentar a nossa
sobrevivência, como comer e vontades de socialização como o amor. O ponto é que
isso não esgota certas escolhas que temos porque existe uma inclinação natural que
nos faz insistir em certos comportamentos em deterimento de outros. Quando chegamos
à sensação we crave pela sua continuição, a rainha das vontades é a própria vida em
si. Mas isto leva a que haja uma estão racional dessas vontades, há algumas que
precisamos de nos afaastar mesmo querendo a sua continuidade mas também há outras
que nos precisamos de aproximar mesmo que nao nos suscite vontade e esteja só
monótono porque qualquer satizfação das vontades torna-se monótona menos ficar a
relaxar. O grande problema da natureza humana é tendermos para o limbo do útero da
nossa mãe.

Não identificamos bem como é a concretização dessas vontades, pode ser ser campeão
do mjundo, pode ser ser professor, etc... A plurtalidade de gostos não tem a ver
com os conteúdos em si, tem a ver com a exposição a esses conteúdos. Se a
pluralidade dependesse dos próprios gostos em si não haveria tanta diversidade de
preferências. Nós somos amantes.

Isto revela, contudo, que existem conteúdos melhores que outros. Os nossos gostos
dependem da nossa exposição a estes, por isso há pessoas com mau gosto porque
tiveram azar e foram expostas a conteúdos maus.
Não posso comprar conhecimento sobre gramática, tenho de aprender. Não posso
comprar sabedoria, tenho de o construir. O que existe é um exercíio em que sou
tornado semelhante às minhas atividades. Quero escolher bem as atividades a que me
torno semlehante.

O amor(as motivações) é saciado periodicamente. pode acontecer que eu fque bem


afastando-me de atividades, ou que queira voltaar a experienciar. Quero me afastar
das atividades que me façam mal e experienciar as atividades que me fazem bem, daí
a gestão política.

Como é que nós vamos ganhando a identidade? se hipoteticamente eu conseguisse não


fazer o que vou fazer a seguir(escrever a palavra eu), eu continuaria a ser eu,
pois a identidade tem a ver com o nosso estado físico. Nós não ganhamos identidade,
te-la é condição de ser res e negar esse facto é cometer uma falácia cartesiana.

O eu varia, o si é a plataforma em que se dá a possibilidade do eu variar. na


alemanha o direito e a medicina tinham exames de entrada intercalares que
consistiam em apenas uma oportunidade, servindo.-se de fundamento no facto de não
haver duas oportunidades para a vida. Mas isso não é assim, deste modo a lei alemã
rejeitou a variação do meu próprio ser.

Outra prova do em si é o facto do desejo ser projetado no futuro. A diferenciação


do si e do eu´dá se numa ideia de mim que ultrapassa aquilo que normalmente dizia
ser "eu", um ser imediato físico que seca o meu absolutoo ser, a minha vida. O
facto de estar vivo corresponde a filautia, amor a si proprio, alias, eu posso
achar que gosto imenso de mim mas não ver o todo que sou, o verdadeiro em si(ver
são paulo). A generalização é complexa, há muito para estudar, de maneiras
difernetes de aprender. A chave da nossa essência é a infância. As crianças estão
continuamente a apaixonar-se. Atenas pode estar contra mim mas a verdade e eu digo
que é assim.
Analisar a lógica da vontade. Não depende de uma causa.

O PROFESSOR BEBE CAFÉ.


Será que filosofia nos faz entrar em transe. O ocnteúdo do transe não depende do
conteúdo em si, mas sim da possibilidade. Essa possibilidade faz-nos e determina-
nos. Há uma tensão com a falta que me leva a agir.

O problema é provar que a fome é igual à burrice, e comer é igual a conhecer. Mas
é, porque não custa nada comer o resto do bife, simplesmente temos de ser educados
a tal.

Eu não sei bem o resultado do conteúdo erótico, mas sei que quero ir lá. Não é
transparente(não é uma sofia) mas não é obscuro(porque poderia estar cansado e não
ir). O desejo, a moralidade está num estádio intermédio destes dois opostos
complexa.
75d7-11

rememorar- ter uma anamnese


o ponto justamente é:
do ponto de vista da fil da linguagem o que está em questao é identificar o
universal (identifica uma extensão onde os objetos se dão e o particular (demonstra
a intenção:ver teoria dos conjuntos)

O segundo modo de argumentar é como é que na sala de aula existe uma "estrutura
eidética" (eidos)(a forma plural o ser mesa) e por outro lado as coisas. Por um
lado uma diferença (símias e sócrates pessoas diferentes e a ideia de pessoa que é
igual para todos)

UM DOS PONTOS DA ANAMNESE é a ideia que o objeto existe para nós como um particular
que faz parte de um conjunto de atributos que o caracterizam e lhe dão
significado(uma existência) na nossa consciência.

O mesmo objeto tem várias apresentções a diferentes distâncias, nós partimos do


princípio que os objetos têm uma dimensão geral. Mais radical é se pensarmos nos
termos do que realmente faz de uma mesa uma mesa. O ser mesa não é redutível ao ser
um tampo com pernas. A nossa interpretação é a possibilidade do objeto. Mas ser
mesa é diferente da minha interpretação de ser mesa. A identidade das coisas não é
só a sua forma física como o ser porta não é só ser um retângulo. E também não é
interpretação. É, a sua potência em ser porta(o seu contexto relativo a mim). Para
Sócrates a realidade consiste em possibilidades porque a sua existência não é só a
interpretação que nós fazemos sobre ela nem só a sua forma física. É por ter uma
base, um tampo, ser física e servir como mesa que caracterizo como mesa.
Negar a realidade como um fenómeno físico(cai porque varia consoante a apresentação
dos objetos) ou como uma interpretação(cai porque uma porta pode ser um tapo) leva-
nos a encarar a verdadeira realidade como um universo de objetos com
possibilidades.

Eu nunca vejo só o que se apresenta à minha frente, eu vejo um significado que está
para além de tudo o que se apresenta. Esse significado é a verdadeira essência das
coisas. O ser das coisas é a sua apresentação e forma.

A ideia das possibilidades é genial para a interpretação mas não para a


ontologia. ?

espaço temporal, fisica ou quimica, real, funcional, exemplo pedagogico.


a diferença entre o semelhante e a semelhança entre objetos.
O QUE ACONTECE É QUE NAS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS QUE TIVÉMOS APRENDEMOS LOGO QUE
QUANDO CONSEGUIMOS VER MAIS FOTÕES SIGNIFICA QUE ELES ESTÃO MAIS LONGES. A QUESTÃO
DO DETALHE FOI MUITO BEM COLOCADA, QUANTO MAIS PRÓXIMO MAIS DETALHE.

Essa intuição espacial não pode ter sido fruto de um hábito?


Quando eramos bebes associámos graças à experiência que quando temos mais fotões a
atingir-nos significa que está mais longe. Aprendemos, também, que a existência
extensa do objeto é independente dessa imagem que temos dele, não por uma resolução
num plural mas sim pela experiência, sujeita a essa realidade objetiva.

o banquete 207b-212a

a igualdade--- A smelhança entre


e a identidade são argumentos a favor da anamnese
a maneira como os gregos viam o objeto era diferente da maneira como os modernistas
o vêm.

Como é que consigo afirmar a manutenção da existência ontológica do objeto? Como é


que eu consigo dizer que aquele objeto não mudou desde a última vez que o vimos?
Eu vejo o mesmo objeto em vários instantes no tempo e percebe-lo como o mesmo é o
argumento da identidade. Como é que ficou resolvido pela lucidez o facto de nós
termos essa intuição.
Há vezes, como em qualquer intuição, em que esta se engana. Mas o próprio facto de
esse engano nos causar um problema revela a verdade dessa continuidade ontológica
dos objetos.

Com a representação, nós comprovamos justamente essa permanência de um objeto a que


a todas as imagens desse objeto correspondem.

A minha questão é se essa continuidade que vemos nas pessoas transforma a sua
identidade ontológica numa espécie de "plural" como são os conceitos.

A maneira como nos relacionamos com o mundo tem uma influencia na minha vida
diferente do que a maneira como nos relacionamos com os conceitos.
Não podemos nos reduzir ao nosso tempo porque eu não sou o que fiz em agosto.
Agosto teve uma aparição minha. A minha alma é eterna. O que existe aqui é uma
dicotomia entre o que eu sou realmente (o que tem BI, NIF, etc) e o que sou
conceptualmente. Mas o pensamento não se dá no plano do Real, dá se no plano
Essêncial.

A abstração, por ser uma intuição, pode se enganar (podemos atribuir atributos
diferentes a uma certa coisa,
o conhecimento é, assim, provado como anamnese.
Aqui o que se prova n é a imortalidade da minha alma mas sim, a eficácia dela. É
como o facto dos meus amigos serem eficazes mesmo quando deixam de reais.

Identidade na permanencia. numa retrospectiva, o que eu identifico é sempre uma


sensação que já tive. Mesmo quando estava pela primeira vez a experienciar as
coisas eu so consigo pensar em retrospectiva.

Diferença entre ipseidade e identidade. A identidade mantem-se na mesma, mesmo se


mudar dramaticamente a aparencia. A verdadeira essencia do ser, o ser em si é a
identidade. Os objetos (cadeira, mesa, etc) têm uma ipseidade, no sentido que são
tidos no seu plural enquanto a identidade das pessoas está na sua singularidade. Os
objetos na verdade são eternos devido à causalidade. O mundo inorgânico obdece ao
principio de causalidade. Como tal, a criação de conceitos de objetos dá-se por uma
artificialidade, a delimitação do espaço e do tempo.
A alma dá-se como o real objeto, a Identidade do objeto. A verdade do objeto
orgânico está na sua permanência eterna, ou seja, como uma subdivisão de um
infinito absoluto mas que se tem em si.
A forma não tem de ter a ver com a verdade cognitiva. Eu não consigo ver a
felicidade, etc... Mas consigo ver uma permanência da identidade através de todos
esses estados mentais e físicos. Quando os objetos nos surgem poucas vezes somos
neutros como a cognição entende, e essas emoções não têm uma origem bem definida na
vida do sujeito, mas sim na avolução de um espírito conjunto(através da evolução da
esp~ecie humana) por isso a alma é imortal, porque as primeiras disposições
(aversão e atracção) são mais velhas que o indivíduo.

13/12
O modelo de inteligibilidade do que é fascinante corresponde à experiencia do
encontro com um ser que nos apaixonamos. O conteúdo da beleza não é redutivel ao
amor romântico. As caras por que nos apaixonamos têm, apenas, de ser
impressionantes(ou impressionadas). Ou seja, a vontade é necessariamente produto da
reação a uma presença. Como tal, só sentimos amor a objetos que estejam presentes à
nossa consciência, que permeam a nossa consciência nas palavras de Caeiro. O ponto
é que eu posso me sentir atraído por qualquer corpo, mas porque é que eu escolho
apenas determinados.
Existe, no contacto com um res, a produção de um logos.
A beleza de uma alma é diferente que a diferença de um corpo.
Modelo do Belo: Reação do sujeito a uma presença. Essa reação surge na forma de uma
atração, uma força para nos mudarmos, uma necessidade biológica de nos mudarmos, ao
contrário do tédio, que, em termos da alimentação ou do sexo, nos levaria à morte.

Adoramos a ficção porque adoramos a possibilidade e reagimos de maneira erótica.


Quando existe presença de possibilidade nós movemo-nos, adoramos sentir-nos a
viver, a ter várias possibilidades. A Razão não é o corte de possibilidades, o
único critério para a escolha dessas possibilidades é que estas nos permitam
aproveitar ao máximo outras possibilidades. A Razão, apesar de cortar a
possibilidade de Deus, ou de desculparmos a nossa ignorância, permite-nos perceber
as possibilidades e permite-nos viver o que quisermos, permite-nos sermos livres do
nosso contexto para viver a possibilidade que quisermos, porque através dela
percebemos e distinguimos realmente a possibilidade e, por conseguinte, permite-nos
vivê-la, pois permite-nos cumprir aquilo que precisamos de fazer para concretizar
esse "logos", esse conceito, ou, neste caso particular do Amor, de uma
possibilidade.

15/12 Aristóteles, príncipios de metafísica


Temos de compreender que é mais sábio aqueles que não o fazem por necessidade. Isto
porque a Sophia é o conhecimento das causas e dos princípios, pois compreendendo os
princípios permite-nos compreender as práticas.

facilitação do prazer, necessidade do prazer e pureza ou maximização do prazer são


os três motivos para saber? Penso que não, pois todo o saber é necessário. Mesmo
que os princípios não nos sejam claros e distintos para a nossa consciência, o
conhecimento é necessariamente dado em conformidade com tais princípios. Mesmo que
um mecânico atual não tenha nenhuma formação em física, tudo o que ele faz engloba
tais princípios implícitamente.
Verifica-se, contudo, que a busca pelos princípios vem posterior à procura pela
facilitação da vida. Primeiro temos a lei do menor esforço e só depois tentamos
maximizá-lo. Primeiro temos um "aqui e agora" instintivo e só depois o
transformamos em conhecimento. O simples transformar o "aqui e agora" em algo
pensado não implica, contudo, que tenhamos logo conhecimento porque as perceções
vão se alterando ao longo de várias experiências ou vivências.
Quando aprendemos algo aquilo que acontece é que a partir desse momento vamos
sempre encarar o objeto do nosso conhecimento de uma maneira familiar. Por isso é
que o tempo e a rotina nos dão conhecimento. Por isso é que as vivências nos fazem
mais entendedores, porque nos permitem encarar mais objetos dessa maneira familiar.

As técnai(técne) permitem-nos antecipar eventos ou objetos, acaba por se dar por


uma rotina. É mais do que a simples experiência e percepção, é o compreender das
causas e por isso uma familiarização mais em absoluto. A possibilidade de eu
antecipar e repetir um conjunto de semelhanças é o que faz de mim sábio.
A epistêmê corresponde ao um conjunto de técnai, à organização dos conteúdos de um
determinado saber mais geral. Para construir um carro, são necessárias diversas
técnai que compõem um certo conjunto, uma certa epistême. Essa epistême permite,
portanto, uma revisão de várias técnai. É aqui que surge a Sophia, o enquadramento
geral de todo o conhecimento.
Por isso é que ficava à porta que não sabia de geometria, pois a geometria
corresponde a um conhecimento(a uma noção) que antecipa o contacto com qualquer
objeto.

Um conhecimento desrta natureza não se constitui por necessidade, nem por


comodidade. O que aocnteceu foi um espanto.
A psicologia da metafísica é a nossa relação com o espanto. Por um lado, o termo
"thauma" pode significar uma experieência subjetiva, mas também algo sobre a
própria realidade. Existe uma estrutura de espanto na nossa própria verdade, na
nossa própria biologia. Para claramente percebermos tem de haver uma independência
da subjetividade, do que em primeiro lugar nos espanta por algum motivo.
O primeiro ponto é que o nosso viver já é filosófico porque se espanta.
As experiências de espanto é uma experiência dupla. É a circustância em que tapamos
a cara por termos medo mas continuamos a olhar por entre os nossos dedos. Nós
começamos a espantar sobre objetos mundanos e posteriormente fenómenos cada vez
mais comlexos. Existe, no início, um espanto e depois uma explicação. Essa
explicação depois pode se alterar a não ser que seja um princípio. O espanto
filosófico é uma forma de invasão desse desejo.
O

Aristóteles pensa sobre a natureza sobre os princípios, sobre causas que antecipam
objetos mas que não admitem variação.

O princípio regulador da vida é a vontade, é o eros, é a possibilidade, é o desejo,


é a motivação, é o espanto, é os tauma,

"É correto chamar à filosofia ciência da verdade" Aristeide Ndongala


OS CONTEÚDOS DA NOSSA SATIZFAÇÃO NÃO SE SUSTENTAM A NÃO SER PELO CAMINHO DA
CONSCIÊNCIA, É POR ISSO QUE PRECISAMOS DE SER BONS.
EU QUERO SEMPRE MANTER-ME, O MESMO PRINCÍPIO DO CAPITALISMO É O PRINCÍPIO DO
SOCIALISMO.
O BOM, O TOCALOS, É TRANSCENDENTAL AO CASO PARTICULAR, CONTUDO É VERDADEIRO.

Platão é contra a pena de morte. O modelo de Focault é a aplicação de todas as


categorias aplicadas à historia da heterosexualidade à homosexualidade-

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