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Este texto é apenas um resumo, não se constituindo como um


artigo científico, mas pode representar uma fonte consulta últil motivadora de um
aprofundamento a partir de obras especializadas.

EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA INTENSA NO CRESCIMENTO DE CRIANÇAS NA


FASE ESCOLAR INICIAL
Acadêmicos da UCB: Helio Carlos Lima de Abreu e Natali Rodrigues

RESUMO
A atividade física intensa em crianças na fase escolar inicial pode vir a ocasionar efeitos não desejáveis no processo de
crescimento e desenvolvimento infantil. Apesar da atividade física ter efeitos positivos, quando não controlados, podem
causar efeitos negativos no crescimento normal de crianças na fase escolar inicial.
Quando trabalha-se a atividade física com crianças na fase escolar inicial deve-se considerar processos como
crescimento, desenvolvimento e estado maturacional, além dos aspectos nutricionais e fisiológicos.
Assim, pode-se avaliar a atividade física na infância, seus benefícios e seus efeitos quando executada com uma
intensidade não adequada.
Para conhecer os efeitos da atividade física intensa no crescimento de crianças na fase escolar inicial, foi realizada uma
pesquisa do tipo bibliográfica, com natureza de resumo de assunto, utilizando-se livros, artigos e sites específicos da
Internet. O estudo mostrou que a atividade física bem controlada pelo professor pode trazer grandes benefícios para a
criança como melhora do estado maturacional, psicomotor e psíquico.

PALAVRAS-CHAVE: Crianças, Atividade Física; Crescimento, Estado Maturacional.

INTRODUÇÃO
Quando se trata de atividade física em crianças na fase escolar inicial, deve-se entender
que estas encontram-se em plena fase de crescimento, desenvolvimento e maturação, e que isto
deve ser considerado na hora de ministrar as atividades. Além disso, a criança possui necessidades
energéticas para a execução das atividades físicas e possui aspectos fisiológicos e estruturais
particulares, diferentes do adulto, principalmente com relação à potência aeróbia e anaeróbia.
A atividade física intensa em crianças na fase escolar inicial pode vir a causar prejuízos no
que tange ao crescimento normal e no desenvolvimento infantil.
Este estudo teve por objetivo estudar os processos de crescimento, desenvolvimento e
maturação na criança para identificar o papel da atividade física na infância e citar os riscos e os
efeitos da atividade física no crescimento de escolares.
FISIOLOGIA E METABOLISMO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE
CRIANÇAS NA FASE ESCOLAR INICIAL

Os processos de crescimento, desenvolvimento e metabolismo em crianças em fase escolar


inicial ocorrem fisiologicamente como um processo contínuo, acontecendo em momentos e ritmos
diferentes, segundo Ridel e Paschoal (2005: 8). Para os autores, o crescimento é bastante intenso
nos dois primeiros anos de vida, tornando-se mais lento a partir de então. Já a maturação sexual se
torna mais intensa no período pubertário, não sendo fator importante quando nos referimos às
crianças na fase escolar inicial.
Para Weineck (2003: 98), os processos de crescimento, desenvolvimento e metabolismo
em crianças apresentam diferentes intensidades em segmentos isolados do corpo nas diversas
idades, crescendo de modo contínuo, mas em saltos.
Segundo Ctenas e Vitolo (1998: 51) a velocidade do crescimento não é uniforme e o
desenvolvimento refere-se ao processo de aprendizagem vinculada ao amadurecimento do sistema
nervoso e caracterizado pela aquisição de habilidades motoras, mentais e sociais.
Tanner (citado por OLIVEIRA, 2006: 53) afirma que, além dos fatores biológicos,
bioquímicos e morfológicos, há ainda a influência do meio ambiente, contribuindo com fatores
como os efeitos da nutrição, etnia, clima, tamanho da família e condições socioeconômicas.
Deve-se ainda considerar que a maturação é o pleno desenvolvimento e estabilização do
estado adulto efetuada pelo crescimento e desenvolvimento (TOURINHO & TOURINHO FILHO,
1998: 72).
Segundo Martin (2001: 213), a maturação sexual é caracterizada por um processo
evolutivo do indivíduo, devendo ser entendida como o conjunto de mudanças biológicas que
ocorrem de forma seqüencial e ordenada, que levam o indivíduo a atingir o estado adulto.
Para Tourinho e Tourinho Filho (1998: 74), durante a fase escolar inicial meninos e
meninas desenvolvem-se de forma bastante similar, havendo poucas diferenças na estatura, peso,
tamanho do coração e pulmão.
Outro fator importante no processo de crescimento, desenvolvimento e metabolismo na
infância, principalmente para crianças que praticam atividade física regularmente, são as
necessidades energéticas.
Essas necessidades de energia podem ser conseguidas por diferentes vias metabólicas,
segundo Rose (2002: 103). Essas vias energéticas utilizadas para a produção de energia são a via

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anaeróbica alática (atividades intensas de curtíssima duração), a via anaeróbica lática (em atividades
intensas e mais prolongadas) e a via aeróbica.
Em crianças em fase de crescimento o metabolismo plástico (anabolismo) desempenha um
papel importante. Em razão do intenso processo de crescimento, há maior demanda de vitaminas,
sais minerais, entre outros nutrientes (WEINECK, 2003: 104).
Para Ridel, Paschoal e Lopez (2000: S349 e S351), é importante que crianças fisicamente
ativas consumam energia suficiente para alcançar suas necessidades de crescimento, maturação de
tecidos e para o desempenho de suas atividades intelectuais e físicas. A ingestão energética
inadequada pode ter conseqüências prejudiciais sobre o crescimento.
Heyde (2006: 12), relata que a ingestão de nutrientes inadequada associada ao alto
consumo calórico estabelece balanço energético negativo o que pode retardar a puberdade,
promover baixa estatura e aumentar o tempo de recuperação. A hidratação também se faz
importante, pois as crianças produzem mais calor por unidade de massa corporal do que os adultos.
Além disso, são menos capazes de transferir o calor para a superfície corporal e suam menos.
Nos aspectos fisiológicos na infância há particularidades da fisiologia que decorrem tanto
do crescimento, quanto da maturação.
Segundo Lazzoli (2006: 1), ocorre um aumento de VO2máx. em termos absolutos ao longo
da idade em relação à potência aeróbica. Esse aumento do VO2máx. está intimamente relacionado
ao aumento da massa muscular. Já a potência anaeróbica aumenta em relação à idade em proporção
maior do que o aumento da massa muscular, evidenciando um efeito da maturação sobre o
metabolismo anaeróbico. Ainda, a capacidade de produzir lactato é menor na criança do que em
adultos.
Weineck (2003: 205) cita que em relação à capacidade aeróbica, o organismo infantil e do
jovem apresenta uma grande capacidade de adaptação (isto vale sobretudo para resistência).
Crianças na idade de 5 a 12 anos atingem 41-55% do consumo máximo de oxigênio nos primeiros
30 segundos de uma atividade física sob carga máxima.
Em oposição à capacidade aeróbica, comparando-se a capacidade anaeróbica de resistência
em crianças, observa-se que esta apresenta-se mais limitada que a capacidade aeróbica. A
capacidade anaeróbica em crianças apresenta melhoria em função da idade e do crescimento. A
capacidade de desempenho anaeróbico absoluto de uma criança de 8 anos é de 45-50% (relativo ao
peso corporal).

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Em atividades que a predominância é a utilização da via anaeróbica alática, a concentração
de ATP e CP na musculatura da criança não difere significativamente da observada em indivíduos
adultos, o que sugere que a capacidade de realizar atividades intensas e curtas é bem desenvolvida
na criança.
Crianças possuem coração, pulmão e volume sangüíneo menores, não possuindo então o
VO2máx. completamente desenvolvido (WALDO, 1997: 77).
Villares, Ribeiro e Silva (2005: 3), relatam que há menor capacidade cardiorrespiratória
nas crianças e/ou adolescentes, as quais apresentam menor volume sistólico, menor débito cardíaco
e menor capacidade respiratória.

O PAPEL DA ATIVIDADE FÍSICA NA FASE ESCOLAR INICIAL


A atividade física na fase escolar inicial através da educação física e do esporte representa
uma melhora no desenvolvimento morfofuncional do organismo, bem como da mente e do
psiquismo da criança (PINI, 1990: 247).
Para Ctenas e Vitolo (1999: 230 e 236), a prática adequada de atividade física condiciona o
coração, tonifica os músculos, ajuda a manutenção do peso, favorece a saúde óssea e proporciona
bem-estar mental e integração social.
Weineck (2003: 97) cita que crianças e jovens precisam movimentar-se para que o seu
desenvolvimento psíquico e físico seja harmônico.
Além de reduzir a incidência de obesidade e de doenças cardiovasculares, a atividade física
também exerce efeitos benéficos a longo prazo, como aqueles relacionados ao aparelho locomotor
(LAZZOLI, 2006: 1).
Segundo Alves (2003: 5), as crianças apresentam-se mais saudáveis, possuem menos
excesso de peso, apresentam melhor performance cardiovascular e apresentam uma melhor
densidade óssea.
A atividade física contribui para a redução de gordura, aumento da massa muscular e
aumento da densidade óssea, além de proporcionar o aumento das potencialidades físicas, psíquicas
e sociais (OLIVEIRA, 2006: 55).

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OS RISCOS DA ATIVIDADE FÍSICA INTENSA PARA O CRESCIMENTO DE
CRIANÇAS NA FASE ESCOLAR INICIAL

Os riscos da atividade física intensa para o crescimento de crianças em fase escolar inicial
deve ser observada pelo professor de educação física com especial atenção.
Segundo Pini (1990: 260 e 263), a atividade esportiva dever ser orientada criteriosamente,
para que possa agir de forma positiva para o crescimento e para o desenvolvimento morfofuncional
do organismo. O trabalho muscular intenso excessivo, associado a sobrecarga funcional, pode
ocasionar perturbações no desenvolvimento normal da criança, principalmente no ritmo do
crescimento e altura, e no desenvolvimento somático, funcional e intelectual.
Ctenas e Vitolo (1999: 236 e 240), citam que o corpo da criança passa por rápido
desenvolvimento, principalmente nas extremidades (braços e pernas), não estando a criança apta
para fazer esforços exagerados.
Para Rose (2002: 100), exercícios em excesso podem causar estresse, desviar energia
destinada ao crescimento e provocar lesões, prejudicando a saúde da criança. Além disso, a
intensidade é um fator que deve ser adequado.
A tolerância individual de ossos, cartilagens, tendões e ligamentos à estímulos é um fator
limitante na determinação de uma atividade. Crianças e jovens estão mais suscetíveis aos possíveis
danos causados por um treinamento muito intenso (WEINECK, 2003: 104 e 105)

METODOLOGIA
Para a revisão bibliográfica foram realizadas pesquisas em livros de fisiologia e
treinamento infantil, livro de pediatria, sites da internet e artigos de revistas que abordam o tema
crescimento, desenvolvimento infantil e atividade física.

CONCLUSÃO
O processo de crescimento, desenvolvimento e metabolismo em crianças em fase escolar
inicial ocorre fisiologicamente como um processo contínuo, acontecendo em momentos e ritmos
diferentes. Já a maturação sexual e a quantidade de massa óssea se tornam mais intensa no período
pubertário, não sendo fator importante quando nos referimos às crianças na fase escolar inicial.
Durante a fase escolar inicial, meninos e meninas desenvolvem-se de forma bastante
similar, havendo poucas diferenças na estatura, peso, tamanho do coração e pulmões.

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Outro fator importante no processo de crescimento, desenvolvimento e metabolismo na
infância, principalmente para crianças que praticam atividade física regularmente, são as
necessidades energéticas, que podem ser conseguidas por diferentes vias metabólicas.
Em razão do intenso processo de crescimento, há uma maior demanda de vitaminas, sais
minerais, entre outros nutrientes. A falta de energia ou a ingestão inadequada e a falta de hidratação
podem trazer prejuízos ao crescimento.
Os autores tendem a concordar com a maneira que ocorre a evolução da criança e os
cuidados que devem ser tomados quando da aplicação de atividades físicas intensas, observando as
fases do desenvolvimento, a maturação sexual, o consumo energético e suas deficiências, além das
particularidades fisiológicas e estruturais que levam a uma diferenciação nos processos de produção
de energia.
Com relação ao papel da atividade física na fase escolar inicial, a educação física e o
esporte representam uma melhora no desenvolvimento morfofuncional do organismo, bem como da
mente e do psiquismo da criança. A atividade física condiciona o coração, aumenta a tonicidade
muscular e favorece a manutenção do peso. A atividade física proporciona ainda oportunidade de
interação social, divertimento e melhoria da saúde integral.
No que se refere ao papel da atividade física na infância, os autores concordam que a
atividade física é importante para o processo de crescimento e desenvolvimento da criança,
proporcionando inúmeros benefícios, além da interação social e afetiva. Além disso, a atividade
física proporciona às crianças um aumento de massa muscular e aumento da densidade óssea,
apresentando-se mais saudáveis fisicamente e psiquicamente.
Os riscos da atividade física intensa para o crescimento de crianças em fase escolar inicial
devem ser observados pelo professor de educação física com especial atenção.
A atividade esportiva dever ser orientada criteriosamente para que possa agir de forma
positiva para o crescimento e para o desenvolvimento da criança.
Assim, os autores convergem a idéia de que, apesar dos benefícios que a atividade física
proporciona e a importância da prática por crianças e jovens, quando não controlada, pode vir a
causar efeitos negativos no processo de crescimento e desenvolvimento, principalmente no
desenvolvimento do aparelho motor, que não estão ainda suficientemente desenvolvidos. O excesso
de atividade física pode causar danos à estatura, afetando as placas epifisárias e exercendo um
excesso de carga sobre ligamentos e tendões. O excesso de trabalho muscular intenso pode causar
danos ao crescimento normal da criança, além de provocar estresse e causar lesões.

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Conclui-se que a intensidade da atividade física pode provocar um gasto excessivo de
energia, principalmente de proteínas, o que pode prejudicar o crescimento e maturação na infância.

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