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Graciano José
DECISÃO
As fases do processo de decisão orientado para a avaliação de projetos de investimento
podem ser definidas nos seguintes passos:
Graciano José
CUSTO DE OPORTUNIDADE E RETORNO DO CAPITAL
O investidor tem mais de uma alternativa ou oportunidade de investir seu capital. Toda vez
que ele decide por uma alternativa de investimento, deixa de lado outras alternativas,
renunciando, portanto, ao lucro que teria recebido com uma dessas alternativas. Esse é o
custo de oportunidade, cujo valor é definido pelo custo da melhor alternativa rejeitada,
mantendo o mesmo nível de risco do investimento. Como conseqüência direta, devemos
entender que:
Graciano José
O valor residual (ou o seu custo de oportunidade) deverá se lançado ao projeto de
investimentos sempre que houver a possibilidade racional da sua venda. Para que se
calcule se haverá ou não que pagar imposto sobre a transação do ativo vendido é
necessário calcular o ganho de capital. O ganho de capital é a diferença entre o valor de
mercado do ativo e o seu valor contábil no momento da venda. Assim, caso haja diferença
positiva, sobre ela deverá incidir a mesma alíquota estabelecida para tributar o resultado
operacional bruto da empresa.
Caso não o valor de mercado não supere o valor contábil do bem, não há que se falar em
recolhimento de imposto, uma vez que a empresa não estará auferindo lucro em tal
transação e, logo, não será devedora de imposto sobre lucro.
A grande parte dos livros que tratam de análise de investimentos faz suposições sobre
substituições de equipamentos e essa técnica mostra-se como a mais adequada em
função de poder facilmente agregar informações das mais diversas áreas da empresa, de
previsões de vendas a valores de depreciações, passando por composição de custos de
produção e abordando as questões tributárias mais completas, bem como as técnicas de
custos de oportunidade.
Como já foi dito anteriormente, o investimento ainda não existe efetivamente; é tão
somente um estudo. Mas esse estudo demanda um exercício de estimativa. Trata-se, logo,
de geração de fluxos de caixa esperados ou fluxos projetados. Embora as técnicas
utilizadas para a criação dos fluxos projetados sejam as mais diversas possíveis, é
conveniente estruturarmos pelo menos um caminho possível para melhor organizar os
dados financeiros.
Assim, uma estrutura de fluxos de projetos possível seria:
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As atividades operacionais vinculam-se à produção e à venda dos produtos e/ou serviços
da entidade e normalmente geram mais caixa do que utilizam.
Os fluxos de caixa para fins de investimentos são estruturas diferentes e podem contemplar
técnicas específicas na sua construção. Para cada proposta de investimento, devemos
prover informações sobre fluxos de caixa numa base não apenas após o imposto de renda
mas, ainda, em termos incrementais.
Outra consideração de grande importância se refere aos custos de oportunidade sobre
recursos alocados a projetos. Veja, por exemplo, em que a consecução de um projeto
envolve a ocupação de terrenos próprios, que poderiam ser alugados pela empresa. O
valor que seria recebido pela locação do imóvel (que efetivamente não está sendo locado)
deverá ser considerado no investimento, tratado exatamente como uma saída de caixa,
embora não envolva desembolso efetivo. As renúncias às entradas de caixa que a empresa
poderia ter caso não implantasse o projeto deverão ser considerada como saídas de
recursos – custo de oportunidade – embora não haja desembolso efetivo.
A seguir, procedemos à elaboração de uma lista dos problemas associados à constituição
de fluxos de caixa:
1. Dimensão temporal do projeto
A dimensão temporal do projeto é o prazo que se considera razoável para fazer a projeção
dos fluxos de caixa futuros.
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Depreciação é uma despesa que não envolve desembolso de caixa. Porém, seu valor
transita do Balanço Patrimonial para a Demonstração de Resultados, diminuindo o lucro
antes do IR e, portanto, reduzindo o montante de IR a pagar.
Assim, a depreciação funciona como um incentivo fiscal que a empresa pode ter, reduzindo
artificialmente – mas legalmente – o seu lucro tributável e pagando menos imposto de
renda. Dessa forma, mesmo não sendo uma movimentação de caixa direta, a depreciação
deverá ser considerada na análise de investimento de duas formas: reduzindo o valor do
imposto de renda a pagar, através do seu lançamento negativamente antes do lucro
tributável, e sua devolução após o cálculo do imposto de renda, como se entrada de
recurso fosse, uma vez que ela efetivamente não transitou pelo seu valor total no caixa do
investimento.
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Mas seria impossível afirmar que os juros devem ser desconsiderados no caso da empresa
necessitar buscar um financiamento no mercado para arcar com os seus pesados
investimentos.
Nesse caso, o que se sugere é que se faça uma análise financiamentos fisicamente distinta
da de investimento. Tais análises já são por demais complexas de feitas individualmente.
Mas é claro que, uma vez aprovada a melhor combinação de fontes de financiamento, os
valores a serem pagos em cada período deverão ser transferidos para a estrutura de
investimentos reduzindo os valores gerados pelo investimento. Um ponto de deve ser
sempre lembrado é que os juros são reduzidos na Demonstração de Resultados antes da
tributação, ou seja, diminuem a base tributável do projeto. Verifica-se que pode ser
interessante analisar a busca de financiamentos ainda que a empresa tenha recursos
próprios para isso, mas esse tipo de análise deve ser avaliada com muita cautela, uma vez
que não se pode esquecer de que o capital próprio também tem o seu custo. Embora
vantagens fiscais específicas não se confundam com juros, é possível que tais vantagens
sejam revestidas de condições facilitadas de contratação de empréstimos.
7. Capital de giro
Além do investimento em ativos, por vezes é preciso que se considerem as necessidades
adicionais de caixa, assim como as decorrentes de políticas de estoques e de contas a
receber. O capital de giro é o resultado das variações das contas operacionais da empresa.
Graciano José