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O risco da idade
O risco também é mais alto em pessoas que têm história familiar da doença ou
de outras demências. "Ainda não sabemos todos os mecanismos genéticos
envolvidos, entretanto, quanto mais jovem a pessoa com a doença, maior é a
ocorrência dela no seu contexto familiar", explica o psiquiatra Jerson Laks,
coordenador do Centro para Doença de Alzheimer e outros transtornos
relacionados ao idoso e professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Convivendo com a doença
Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maior a chance de o tratamento
ser bem-sucedido – e do paciente ter uma vida mais longa e com mais
qualidade. Por isso, é muito importante ficar atento aos primeiros sinais. "Em
caso de suspeita da doença, a busca por profissional qualificado que faça o
diagnóstico é um determinante no seguimento do quadro e resposta aos
tratamentos", afirma a psicóloga Fernanda Gouveia Paulino, presidente da
Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).
O alzheimer não tem cura, nem pode ser revertido. Mas existem remédios que
reduzem a velocidade da sua progressão. "Existem dois tipos de medicamento
para tratar o problema, que podem ser usados juntos ou separados: os
anticolinesterásicos, que repõem acetilcolina (mediador químico cerebral da
memória e aprendizagem) e os antiglutamatérgicos (que diminuem a
sobrecarga de cálcio, reduzindo a morte dos neurônios)", explica o psiquiatra
Orestes Forlenza, professor pesquisador do Laboratório de Neurociências da
Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).