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Kanji
Os kanji (漢字) são caracteres de origem chinesa, da época da Dinastia Han, que se utilizam para
escrever japonês junto com os silabários katakana e hiragana.
No Brasil, Kanji, também é sinónimo de ideograma. Sempre foi muito utilizado na confecção de
tatuagens. Devido ao imenso e variável número de kanji's, o ministério da educação japonês definiu, a
10 de Outubro de 1981, a jōyō kanji, uma lista de 1945 kanji oficiais, distribuídos por ordem de traços,
de 1 até 23.
Índice
1 História
2 Leituras
2.1 "On'yomi" (leitura Chinesa)
2.2 "Kun'yomi" (leitura Japonesa)
2.3 Quando usar cada leitura
2.4 Quando não usar Kanjis
3 Ver também
4 Ligações externas
História
Há algumas discordâncias sobre como os caracteres Chineses chegaram ao Japão, mas é geralmente
aceito que monges Budistas, ao voltar para o Japão, trouxeram consigo textos Chineses por volta do
século V. Esses textos estavam na língua Chinesa, e num primeiro momento teriam sido lidos como tal.
Com o passar do tempo, porém, um sistema conhecido como kanbun (漢文) foi desenvolvido; ele
essencialmente usava sinais diacríticos nos textos Chineses para possibilitar aos falantes do Japonês
lê-los de acordo com as regras da gramática Japonesa. A língua Japonesa não possuía forma escrita
naquele tempo. Surgiu um sistema de escrita chamado man'yogana que usava um limitado número de
caracteres Chineses baseados em sua pronúncia, ao invés de seu significado. Man'yõgana escrito em
estilo curvilínio se tornou hiragana, um sistema de escrita que era acessível às mulheres (que na época
não recebiam educação superior). O silabário katakana emergiu por um caminho paralelo: estudantes de
monastério simplificaram man'yõgana a um único elemento constituinte. Desta forma os dois outros
sistemas de escrita, hiragana e katakana, referidos coletivamente como "kana", são, na verdade,
provenientes de kanjis.
Leituras
Devido à maneira que os caracteres kanji foram adotados no Japão, um único kanji pode ser usado para
escrever uma ou mais palavras diferentes (ou, na maioria dos casos, morfemas). Pelo ponto de vista do
leitor, é dito que os kanjis apresentam uma ou mais "leituras" diferentes. A escolha da leitura depende
do contexto, significado pretendido, uso em compostos, e até a localização na frase. Alguns kanjis
apresentam 10 ou mais leituras possíveis. Essas leituras são normalmente categorizadas como "on'yomi"
ou "kun'yomi".
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A leitura on'yomi ocorre principalmente em palavras compostas de múltiplos kanjis (熟語 jukugo),
muitas das quais são o resultado da adoção (juntamente com o próprio kanji) de palavras Chinesas para
conceitos que não existiam na língua japonesa da época. Esse processo é comparável ao empréstimo de
palavras de origem latina pelo português."sem" ccc
Por exemplo, o kanji para leste, 東, apresenta on'yomi "tõ". Mas, a língua japonesa já tinha duas
palavras para "leste": "higashi" e "azuma". Desse modo, ao caractere kanji 東 foram adicionadas essas
duas pronúncias. Já o kanji 寸, que denota uma unidade de medida Chinesa (aproximadamente 3cm),
não tinha nenhum equivalente na língua Japonesa, por isso tem apenas uma leitura on'yomi: "
Mesmo palavras com conceitos similares, como "leste" (東), "norte" (北) e "nordeste"(東北), podem
ter leituras completamente diferentes: "higashi" e "kita", leituras "kun", são usadas nas duas primeiras,
respectivamente; a terceira lê-se usando o on'yomi: "touhoku".
A principal regra para determinar a leitura e pronúncia de um kanji em um determinado contexto é que
kanjis aparecendo em compostos são normalmente lidos usando o "on'yomi". Esses compostos são
chamados "jukugo"(熟語) em japonês. Por exemplo, 情報 jõhõ "informação", 学校 gakkõ "escola", e
新幹線 shinkansen "trem-bala", todos seguem este padrão.
Kanjis que aparecem isolados -- ou seja, escritos adjacentes a kana somente, não a outros kanjis -- são
normalmente lidos usando seu "kun'yomi". Juntos ao seu okurigana, caso o possuam, eles normalmente
funcionam como um substantivo ou como um verbo ou adjetivo flexionados. Por exemplo: 月 tsuki
"lua", 情け nasake "simpatia", 赤い akai "vermelho" (adj), 新しい atarashii "novo", 見る miru "ver".
Há um terceiro tipo de leitura, na qual os kanjis são lidos pelo significado conjunto, ignorando-se as
pronúncias "on" e "kun" de cada um deles isoladamente. Como um exemplo, veja a palavra para
"adulto", que é 大人, que consiste dos kanjis 大 (grande) e 人 (pessoa). Contudo, a leitura não é
"daijin" nem "oohito" como poderia se esperar das leituras "on" e "kun", mas sim "otona", pois essa é a
palavra japonesa para "adulto".
Um outro exemplo é 明後日, que consiste de 明("amanhã") + 後(depois) + 日(dia), ou seja "dia depois
de amanhã". Existe a leitura "myogonichi", que é feita pelos caracteres, mas o composto também pode
ser lido como "asatte", que significa "depois de amanhã" mas não está relacionado às pronúncias dos
kanjis individuais.
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Apesar de existirem Kanjis para quase todas as palavras da língua japonesa, muitas vezes não é comum
escrever certas palavras em Kanji. Isso se deve ao fato do Kanji daquela palavra ser muito complicado
para o uso corriqueiro, ou quando a palavra é de uso tão comum que já se tornou mais prático sempre
escrevê-la em kana.
Por exemplo, os pronomes これ, それ, あれ ("kore", "sore", "are") todos têm kanjis correspondentes,
mas quase nunca são utilizados. O mesmo ocorre com verbos de uso frequente como ある e いる,
cujos kanjis são, respectivamente 有る e 居る. A maioria das preposições e muitos advérbios são
escritos em kana, apesar de terem Kanjis.
Ver também
Ateji
Ligações externas
Memorize o kanji, um programa on-line em Java flashcard para estudos e testes de kanji,
incluindo a leitura (on-yomi, kun-yomi) e testes de significado. Versão Português do Brasil e
Português Europeu.
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