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Aluno: João Carlos Santos Da Silva

Professor: Reinaldo Couto

Direito Administrativo II

INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA.

A intervenção do Estado na propriedade particular, tem como objetivo principal à proteção aos
interesses da comunidade, haja vista que a constituição federal, em seu art. 170 designou a
importância significativa da propriedade privada. Dito isso, ressalta-se que a aplicação pratica
se consubstancia nas seguintes modalidades: Limitação administrativa, ocupação temporária,
requisição administrativa, tombamento, servidão administrativa e desapropriação.

A limitação administrativa, é uma determinação geral, pela qual o Poder Público impõe a
proprietários indeterminados obrigações de fazer ou de não fazer, com o fim de garantir que
a propriedade atenda a sua função social, devendo ser gerais, dirigidas a propriedades
indistintas e gratuitamente. Dessa forma, não rendem ensejo à indenização em favor dos
proprietários.

A ocupação temporária, por sua vez, trata-se da situação pratica pela qual o poder publico se
utiliza transitoriamente de imóveis privados, com a finalidade de auxiliar na execução de
obras e serviços públicos, podendo ser de forma onerosa ou gratuita. Tem como principais
características o fato de incidirem apenas sobre a propriedade imóvel, de natureza
transitória, sendo de direito de caráter não real.

A requisição administrativa é definida como utilização coativa de bens ou serviços particulares


pelo Poder Público por ato de execução imediata e direta da autoridade requisitante e
indenização ulterior, para atendimento de necessidades coletivas urgentes e transitórias. Seu
pressuposto é o perigo público iminente, incidindo sobre bens móveis, imóveis e serviços,
caracterizado pela transitoriedade, e só resulta em indenização se houver dano.

Ademais, o tombamento ocorre quando o estado interfere na propriedade privada para


resguardar o patrimônio cultural brasileiro de ordem histórica, artística, arqueológica, cultural,
científica, turística e paisagística. Contendo sua previsão legal no art. 216 da Constituição
Federal, que afirma: “O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e
protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância,
tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.”

A servidão administrativa é uma intervenção, branda ou restritiva, do Estado na propriedade de


natureza real que tem por finalidade atender o interesse público na utilização conjunta de bens
imóveis.  a servidão administrativa é criada da mesma forma que uma desapropriação, ou seja, por
meio de um decreto que irá declarar a utilidade pública de um bem, para fins de sua instituição.

Por fim, tem-se o instituto da desapropriação, que pode ser conceituado como a transferência
compulsória de propriedade particular, ou pública de entidade de grau inferior para a superior,
para o Poder Público ou seus delegados, por utilidade ou necessidade pública ou, ainda, por
interesse social, mediante prévia e justa indenização em dinheiro. Os bens que foram
desapropriados unem-se ao patrimônio do indivíduo no qual efetuou a desapropriação.

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