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SISTEMAS DE NUMERAÇÃO

SISTEMAS DE NUMERAÇÃO APLICÁVEIS A ELETRÔNICA DIGITAL


Para o estudo de Eletrônica Digital, o qual baseia-se em circuitos que trabalham com dois níveis
distintos (0 e 1), é fundamental o conhecimento de números binários. Por isso, esta unidade trata do estudo
dos mesmos, bem como do estudo de sistemas auxiliares para o manuseio de números binários: octal e
hexadecimal.

SISTEMA SÍMBOLOS BASE


Decimal 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 10 (10 símbolos)
Binário 0,1 2 (2 símbolos)
Octal 0,1,2,3,4,5,6,7 8 (8 símbolos)
Hexadecimal 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,A,B,C,D,E,F 16 (16 símbolos)

Decimal Binário Hexadecimal Octal


0 0 0 0
1 1 1 1
2 10 2 2
3 11 3 3
4 100 4 4
5 101 5 5
6 110 6 6
7 111 7 7
8 1000 8 10
9 1001 9 11
10 1010 A 12
11 1011 B 13
12 1100 C 14
13 1101 D 15
14 1110 E 16
15 1111 F 17
16 10000 10 20
17 10001 11 21

REPRESENTAÇÃO DOS SISTEMAS


Números Binários: X2 ou X B, onde “X” pode ser qualquer número, desde que composto por
algarismos validos para Binário.
Ex.: 11002 , ou 1100 B
Números octais: X8 , ou X O, onde “X” pode ser qualquer número, desde que composto por
algarismos validos para octal.
Ex.: 718 ou 71 0
Números decimais: X10 , X D ou simplesmente X, onde “X” pode ser qualquer número, desde que
composto por algarismos validos para decimal.
Ex.: 410510 , 4105 D ou 4105
Números hexadecimais: X16 ou X H, onde “X” pode ser qualquer número, desde que composto
por algarismos e símbolos validos para hexadecimal.
Ex.: 3B416 , ou 3B4H

1
CONVERSÕES ENTRE OS SISTEMAS

De Qualquer Base para Decimal


Para representarmos qualquer quantidade física no sistema que estamos acostumados a trabalhar
(decimal), basta que coloquemos os algarismos lado a lado, pois cada posição (dígito) possui um peso
correspondente ao valor do algarismo multiplicado por uma potência de DEZ (base do sistema decimal),
começando com 10 elevado a 0, conforme mostra o exemplo abaixo:
1992
2⇒ 2 x 100 = 2
1
9⇒ 9 x 10 = 90
9⇒ 9 x 102 = 900
1⇒ 1 x 103 = 1000
1992
Como pode ser visto, o número representado acima equivale a grandeza física de mil novecentos e
noventa e duas unidades.

Para sabermos qual a equivalência física (a qual representamos com um número em decimal) de
qualquer base, basta também multiplicarmos cada dígito por uma potência da BASE considerada,
começando com a base elevada a zero (em Números inteiros), conforme mostra o exemplo a seguir:

1BD H
D⇒ D x 160 = 13
B⇒ B x 161 = 176
1⇒ 1 x 163 = 256
445
Portanto, 1BD H é igual a 445 D

De Decimal para Qualquer Base


Tratando-se de números inteiros, basta dividir o número decimal pela base que se deseja e o
resultado será encontrado nos restos da divisão, tomados da DIREITA para a ESQUERDA, conforme o
exemplo abaixo:

44 2
0 22 2
0 11 2
1 5 2
1 2 2
0 1
Portanto, 4410 = 1011002

Conversões entre Bases Potência de 2


Como 16 = 24 , cada dígito hexadecimal equivale a 4 dígitos binários. Assim, basta utilizarmos a
tabela dos sistemas de numeração para fazermos qualquer conversão entre binário e hexadecimal.
A4 H
4 = 0100
A = l010
Portanto, A4 H = 101001002

Obs.: 1 – O mesmo raciocínio utilizado com hexadecimal é também utilizado com números em octal.
2 – Para fazermos as conversões entre hexa e octal, utilizamos o binário como intermediária.
2
EXERCÍCIOS: Assinale V ou F para os números abaixo:

a) ( ) 234D h) ( ) ABCDEH
b) ( ) 678O i) ( ) CDEFGH
c) ( ) 10D j) ( ) EDB
d) ( ) 10B k) ( ) 210B
e) ( ) 10H l) ( ) 11010101D
f) ( ) 10O m) ( ) 10101010H
g) ( ) 0H n) ( ) 99H

EXERCÍCIOS - Faça as conversões abaixo:

a)100112 = ___________ (decimal) n) E9EH = ___________ (binário)


b) 67358 = ___________ (hexa) o) 13010 = ___________ (octal)
c) 198810 = ___________ (binário) p) 10100100I012 = ____ (hexa)
d) 198810 = ___________ (hexa) q) 57510 = ____________ (hexa)
e) 198816 = ___________ (octal) r) 21258 = ____________ (hexa)
f) 1FDA = ___________ (decimal) s) 43216 = ____________ (decimal)
g) 44410 = ____________ (hexa) t) 1010101112 = ______ (decimal)
h) AA5H = __________ (binário) u) 99910 = ___________ (binário)
i) 100100102 = _______ (octal) v) AAA16 = ___________ (octal)
j) 2108 = _____________ (decimal) w) 10010100012 = _____ (decimal)
k) 101116 = ___________ (binário) x) 45610 = ____________ (hexa)
l) 100100101012 = ____ (decimal) y) 100110 = __________ (binário)
m) 10008 = ___________ (decimal) z) 43616 = _____________(decimal)

Alguns termos são bastante utilizados em Eletrônica Digital:

- BIT = Binary digIT (dígito binário). Um bit pode ser “0” ou “1”.
- BYTE = 8 bits
- NIBBLE = 4 bits
- KBytes ou KB = 1024 Bytes = 210 Bytes
- MBytes ou MB = 1024 KBytes = 1.048.576 Bytes = 220 Bytes
- MSB = Most Significant Bit (bit mais significativo)
- LSB = Least Significant Bit (bit menos significativo)

EXERCÍCIO: Qual o maior número em binário, em decimal e em hexadecimal que se pode representar
utilizando:
a) 3 bits;
b) 1 nibble;
c) 1 byte;
d) 2 bytes.

EXERCÍCIO: Quantas combinações diferentes se obtém com:

a) 4 bits;
b) 8 bits;
c) 16 bits.

3
Os exercícios anteriores tem por finalidade introduzir uma noção de endereçamento de uma
memória de computador. Como os circuitos digitais trabalham apenas com dois níveis de tensão distintos
(nível baixo ou “0” e nível alto ou “1”), o sistema binário é utilizado neste caso.
Para acessarmos dados em uma memória, cada posição da memória terá um endereço (semelhante
a um edifício onde cada apartamento tem um número). Este endereço deverá ser indicado para que a
memória saiba onde colocar ou retirar dados, ou seja, indicar o endereço da posição.
Para nós é mais fácil utilizarmos o sistema decimal para indicar um endereço, por exemplo, 1o
endereço chamamos de endereço 0, o 2o de endereço 1, o 3o de endereço 2, e assim sucessivamente,
avançando a contagem em decimal. Mas para um circuito digital, esta contagem deverá ser feita em
binário, onde o 1o endereço ou posição seria o endereço 0B, o 2o o endereço 1B, o 3o o endereço 10B (2
decimal), o 4o o endereço 11B (3 decimal) e assim por diante.
Quando o endereço atinge valores elevados, torna-se complicado escrevermos em binário, pois o
endereço exigiria uma grande quantidade de dígitos, então para facilitar isto, utiliza-se o sistema
hexadecimal para indicarmos um endereço. Como exemplo disto, a posição de memória 4095D, em binário
seria 111111111111B. Caso utilizássemos o sistema hexadecimal, ficaria bastante simples representar este
endereço, bastando para isto apenas converter este valor para hexadecimal. O resultado seria FFFH, valor
este mais fácil de ser utilizado. O motivo de se utilizar o sistema hexadecimal esta na facilidade de
conversão entre o sistema binário.
Até agora foi abordado apenas a questão de endereço (ou posição) de memória sem falar
exatamente o que é uma posição de memória. Posição de memória é um “espaço” existente dentro de uma
memória, destinado ao armazenamento de dados (digitais). Estas posições variam o seu tamanho
dependendo do tipo da memória ou aplicação.
O tamanho de uma posição de memória pode ser variado. Este tamanho pode variar de 1 a quantos
bits forem necessários para guardar uma determinada informação. Normalmente computadores utilizam o
tamanho de 8 bits.
Lembrando: Bit é um dígito binário ( “0” ou “1” ).
Além da especificação do tamanho de uma posição, também torna-se necessário indicar quantas
posições a memória possui. Por exemplo, uma memória 512 x 8, indica que esta memória tem 512
posições de tamanho 8 bits. Se fosse uma memória de 1024 x 8, esta possui 1024 posições de 8 bits. Este
último exemplo é normalmente representado da forma 1K x 8, ou seja arredonda-se 1024 para 1K.
Os valores encontrados para o número de posições são sempre potência de 2. Voltando aos
exemplos anteriores, 512 é igual a 29 e 1024 é igual a 210 . O expoente indica quantos bits são necessários
para formarmos todos os endereços destas posições, ou seja, com 9 bits conseguimos obter 512
combinações ou números diferentes (de 0 a 511).
N° de combinações = 2 n° de bits
Um termo bastante utilizado em Eletrônica Digital é o byte. Byte é o nome dado a um número
formado por 8 bits. Se o número tiver 16 bits, dizemos que é um número de 2 bytes.
1 byte = 8 bits
Outro termo utilizado, é o nibble . Nibble é o nome dado a um conjunto de 4 bits. Se tivermos um
número binário formado por 4 bits, temos um nibble. Um byte é formado por 2 nibbles. Este termo é
menos comum que o byte, mas é encontrado quando se trabalha com microprocessadores.
1 nibble = 4 bits
1 byte = 2 nibbles
Voltando ao assunto de memórias digitais, é comum dizer que uma memória tem x bytes (x = n°
decimal). Por exemplo: 1 Kbytes, significa que esta memória tem 1K posições (este valor foi arredondado
pois na realidade são 1024 posições) de tamanho 8 bits (ou 1 byte). Então uma memória de 1024 x 8
(1024 posições x 8 bits) pode ser chamada de memória de 1 Kbyte.

4
FUNÇÕES LÓGICAS

FUNÇÃO NOT

S=A
A S
0 1 A S
INVERSOR: A S
1 0

Circuito elétrico equivalente


Obs.: Em um inversor existe apenas uma entrada.

FUNÇÃO AND

A B S
S= A ⋅ B A B
0 0 0
0 1 0
1 0 0 A S
Porta AND: S
1 1 1 B

Obs.: Uma porta and existe para duas ou mais entradas.

FUNÇÃO OR

A B S A
0 0 0 S = A+B B
0 1 1 A
1 0 1 S S
Porta OR: B
1 1 1

Obs.: Uma porta or existe para duas ou mais entradas.

FUNÇÃO NAND

A B S
0 0 1 S= A ⋅ B A S
0 1 1
1 0 1 A
Porta NAND: S B
1 1 0 B

Obs.: Uma porta nand existe para duas ou mais entradas

FUNÇÃO NOR

A B S
0 0 1 S = A+B
0 1 0 A B S
1 0 0 A
S
1 1 0 Porta NOR: B

Obs.: Uma porta nor existe para duas ou mais entradas.

5
FUNÇÃO EX-OR

A B S 1 1
S= A⊕B A B
0 0 0
0 1 1 0 0
A S
1 0 1 Porta EX-OR S
B
1 1 0

Obs.: Uma porta ex-or existe para duas ou mais entradas, porém somente encontramos CIs
comerciais com EX-OR de duas entradas.

FUNÇÃO EX-NOR
1 1
A B
A B S S=A B
0 0 1 0 0
0 1 0 S
A
1 0 0 Porta EX-NOR S
B
1 1 1

Obs.: Uma porta ex-nor existe para duas ou mais entradas, porém somente encontramos CIs
comerciais com EX-NOR de duas entradas.

EXERCÍCIOS: Dados os circuitos, retire a expressão de saída e preencha a tabela-verdade de cada um.
Obs: Analise os resultados obtidos e compare as tabelas verdades obtidas nos vários circuitos.

a)
A S

b)
A
B S

c)
A S
B

d)
A
S
B

e)
A
S
B

6
f)
A
S
B

g) A

B
S

A
S
B

h)
A
B
S

i)
A
B S

j)
A
B S

k)
A
S
B

l)
A
S
B

m)
A
S
B

7
n)
A
S
B

o)
A
B S

p)
A
B S
C

q)
A
S
B

r)
A
B S

s)
A
B S
C

t)
A
B

C
D
S

8
PRÁTICA - VERIFICAÇÃO DO ESTADO DE PORTAS LÓGICAS

Família TTL – Transistor-Transistor Logic


TTL padrão - Série 74xx (7400, 7401, 74126, etc.)
Alimentação: 5 Vcc ± 5% (4,75V a 5,25V)
* Obs.: Pino de entrada desconectado e interpretado por um CI TTL como entrada em nível
ALTO.

7400 - ESTRUTURA INTERNA


+VCC
14 13 12 11 10 9 8

1 2 3 4 5 6 7
GND

A) Alimente o CI corretamente (Vcc= +5V; GND = comum).

B) Faça as combinações nas entradas e preencha as tabelas-verdade abaixo, de acordo com as medições
efetuadas no CI 7400. Meça as tensões nas saídas.

B) Compare o resultado obtido para as 4 portas com a tabela-verdade da porta NAND. Se conferir, então
as 4 portas estarão em bom estado.

1 2 3 4 5 6 10 9 8 13 12 11
0 0 V 0 0 V 0 0 V 0 0 V
0 1 V 0 1 V 0 1 V 0 1 V
1 0 V 1 0 V 1 0 V 1 0 V
1 1 V 1 1 V 1 1 V 1 1 V

C) Verifique com seus colegas o(s) tipo(s) de defeito(s) encontrado(s). Faça uma lista dos mesmos.

ATENÇÃO: As medições com o voltímetro nas saídas, normalmente indicarão de 0V a 0,4V para nível
baixo e de 3,3V a 4,2V para nível alto (saídas sem carga).

OBS.: * Qualquer tensão acima de 2,0V em uma entrada de TTL faz o CI interpretar essa tensão como
sendo nível lógico ALTO.
* Qualquer tensão abaixo de 0,8V em uma entrada de TTL faz o CI interpretar essa tensão como
sendo nível lógico BAIXO.

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PRÁTICA – DESCOBRINDO AS PORTAS LÓGICAS EM UM CI

CIRCUITO INTEGRADO 1

A) Dado o CI 74_____ alimente-o corretamente ( Vcc = +5 V e GND = comum );

Vcc
14 13 12 11 10 9 8

1 2 3 4 5 6 7
GND
B) Preencha as tabelas-verdade abaixo, de acordo com as medições efetuadas no CI dado;

1 2 3 4 5 6 10 9 8 13 12 11
0 0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 1 0 1 0 1
1 0 1 0 1 0 1 0
1 1 1 1 1 1 1 1

C) Compare o resultado obtido para as 4 portas com as tabelas–verdade das portas lógicas que você
conhece;

D) Desenhe o símbolo da porta lógica encontrada dentro dos espaços correspondentes;

E) Conclusão: O CI 74____ possui internamente 4 portas ___________ de 2 entradas.

CIRCUITO INTEGRADO 2

A) Repita os itens de A a D do CIRCUITO INTEGRADO 1, agora utilizando o CI 74____.

Vcc 1 2 3 4 5 6
14 13 12 11 10 9 8 0
0
0
1
0
0
0
1
1 0 1 0
1 1 1 1

10 9 8 13 12 11
0 0 0 0
1 2 3 4 5 6 7 0 1 0 1
GND 1
1
0
1
1 0
1 1
B) Conclusão: O CI 74____ possui internamente 4 portas ___________ de 2 entradas.

10
CIRCUITO INTEGRADO 3

A) Repita os itens de A a D do CIRCUITO INTEGRADO 1, agora utilizando o CI 74____.

Vcc 2 3 1 5 6 4
14 13 12 11 10 9 8 0
0
0
1
0
0
0
1
1 0 1 0
1 1 1 1

8 9 10 11 12 13
0 0 0 0
0 1 0 1
1 2 3 4 5 6 7 1 0 1 0
GND 1 1 1 1

A) Conclusão: O CI 74____ possui internamente 4 portas ___________ de 2 entradas.

CIRCUITO INTEGRADO 4

A) Repita os itens de A a D do CIRCUITO INTEGRADO 1, agora utilizando o CI 74____.

Vcc
14 13 12 11 10 9 8

1 2 3 4 5 6 7
GND

1 2 3 4 5 6 9 8 11 10 13 12
0 0 0 0 0 0
1 1 1 1 1 1

B) Conclusão: O CI 74____ possui internamente 6 portas __________________.

11
EXPRESSÕES E CIRCUITOS LÓGICOS

IMPLEMENTAÇÃO DA EXPRESSÃO LÓGICA E TABELA-VERDADE A PARTIR DO CIRCUITO


Para analisar um circuito lógico, primeiro se faz o levantamento da expressão de saída, para depois
preencher a tabela-verdade, conforme o exemplo a seguir:
A

B
A
S1 = A+B
B
S =S1.S2

A
S =(A+B) . (A+B)
B
S2 =A+ B
Obs.: Note a presença dos parênteses para indicar a prioridade das operações.

A B A B S1 S2 S Conclusão: Pela tabela-verdade, conclui-se que o circuito


0 0 1 1 1 0 0 acima é equivalente a uma porta EX-OR.
0 1 1 0 1 1 1
1 0 0 1 1 1 1
1 1 0 0 0 1 0

EXECÍCIOS: Faça o levantamento das expressões de saída e construa a tabela-verdade para os circuitos
abaixo:
A B
a) A b)
B
C
S
A
B
C

IMPLEMENTACAO DO CIRCUITO LÓGICO E CONSTRUÇÃO DA TABELA-VERDADE A


PARTIR DA EXPRESSAO LÓGICA

Como já foi visto, uma expressão representa um circuito lógico. Deveremos, portanto, ser capazes
de implementar o circuito a partir da mesma.
* Inicialmente, separa-se a expressão original, de acordo com as precedências, que obedecem a
seguinte ordem:
1º - barras de inversão e parênteses;
2º - função AND;
3º – função OR.
* A partir de então, para cada função lógica indicada na expressão, coloca-se a porta lógica
correspondente, de acordo com o exemplo abaixo:

S =AC + B(A+DB+C) S1 = AC

S1 S2 S2 = B + C
S3 S3 = D.S2
S4 S4 = A + S3
S5 S5 = B.S4
S = S1 + S5
S
12
Circuito lógico.
A B C D

S1

S5
S4

S3
S2

* A tabela-verdade é, então, implementada por partes.

Tabela-verdade:

A B C D S1 S2 S3 S4 S5 S
0 0 0 0 1 1 0 0 0 1
0 0 0 1 1 1 1 1 0 1
0 0 1 0 1 0 0 0 0 1
0 0 1 1 1 0 0 0 0 1
0 1 0 0 1 0 0 0 0 1
0 1 0 1 1 0 0 0 0 1
0 1 1 0 1 0 0 0 0 1
0 1 1 1 1 0 0 0 0 1
1 0 0 0 1 1 0 1 0 1
1 0 0 1 1 1 1 1 0 1
1 0 1 0 0 0 0 1 0 0
1 0 1 1 0 0 0 1 0 0
1 1 0 0 1 0 0 1 1 1
1 1 0 1 1 0 0 1 1 1
1 1 1 0 0 0 0 1 1 1
1 1 1 1 0 0 0 1 1 1

EXERCÍCIOS: Implemente o circuito e construa a tabela-verdade, a partir das expressões abaixo:

a) S = (
(D. ( C + B ) .A). D + C ) b) S = A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ C + C ⋅ B

c) S = A. B + A .B d) S = A . B +A.B

e) S = AB +BC+A B C f) S = (A+B+C).(A+ B +C).(A+ C )

g) S = A.(B+C.(A+B+C)) h) S = A+B+C.(A.C+A.B+B.C)

i) S = A + B ⋅ C ⋅ (D + A ⋅ (C ⊕ B)) j) S = A ⋅C + B⋅A + B⋅C + C

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IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO LÓGICO E DA EXPRESSAO LÓGICA A PARTIR DA
TABELA-VERDADE

Um projeto normalmente parte de uma tabela-verdade. De posse da tabela-verdade, deveremos,


então, implementar o circuito correspondente. Um método prático para isto é o da “soma de produtos”.

Método da Soma de Produtos


A) Produtos Fundamentais
De cada posição da tabela-verdade, retira-se o produto fundamental correspondente, conforme a
tabela a seguir:

A B C
0 0 0 ⇒ A ⋅B⋅C
0 0 1 ⇒ A ⋅B⋅C
0 1 0 ⇒ A ⋅B⋅C
0 1 1 ⇒ A ⋅B⋅C
1 0 0 ⇒ A ⋅B⋅C
1 0 1 ⇒ A ⋅B⋅C
1 1 0 ⇒ A ⋅B⋅C
1 1 1 ⇒ A ⋅B⋅C

B) Aplicação do Método
* Sempre que o valor da saída for “1”, o produto fundamental da posição correspondente é válido.
Faz-se a “soma de produtos”, ou seja, a função lógica OR com os produtos fundamentais
considerados válidos.

A B C S
0 0 0 1 ⇒ A ⋅B⋅C

0 0 1 0
⇒ A ⋅B⋅C
0 1 0 1
⇒ A ⋅B⋅C
0 1 1 1
1 0 0 0 ⇒ A ⋅B⋅C
1 0 1 1 ⇒ A ⋅B⋅C
1 1 0 1
1 1 1 0

Expressão lógica:
S = A ⋅B⋅C + A ⋅B⋅C + A ⋅B⋅C + A ⋅B⋅C + A ⋅B⋅C

14
A
C) Implementação
B

EXERCÍCIO: Implemente o circuito e construa a expressão para cada uma das tabelas-verdade
abaixo:

a) A B C S b) A B S
0 0 0 1 0 0 1
0 0 1 1 0 1 1
0 1 0 0 1 0 0
0 1 1 0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 1
1 1 1 0

PRÁTICA – ASSOCIAÇÃO DE PORTAS LÓGICAS

Monte os circuitos abaixo e preencha as tabelas-verdade através de medições:

OBS.: Não esqueça de alimentar todos os circuitos integrados utilizados.


Pino 7 = COMUM e pino 14 = +5V.

A)
A B C S
A 1 0 0 0
3
B 2 0 0 1
7408
4 0 1 0
6 S
C 5 0 1 1
7408 1 0 0
1 0 1
1 1 0
1 1 1

Conclusões: O circuito montado é equivalente _______________________________________________


___________________________________________________________________________.

15
B)
A B C S
0 0 0
1
A 3 0 0 1
B 2 0 1 0
4
7400 6 S 0 1 1
5
C 1 0 0
7400 1 0 1
1 1 0
1 1 1

Conclusões: O circuito montado NÃO é equivalente __________________________________________


___________________________________________________________________________.

C)
A B C S
1 0 0 0
A 3
2 0 0 1
B
4 0 1 0
7432 6 S
5 0 1 1
C
1 0 0
7432
1 0 1
1 1 0
1 1 1

Conclusões: O circuito montado é equivalente _______________________________________________


___________________________________________________________________________.

D)
7404
A 1 2
1
A B S
3 S 0 0
2
B 3 4 0 1
7404 7408 1 0
1 1

Conclusões: O circuito montado é equivalente _______________________________________________


___________________________________________________________________________.

E)
7404
1 2 A B S
A 1
3 0 0
2 S
B 3 4 0 1
7432 1 0
7404
1 1

Conclusões: O circuito montado é equivalente _______________________________________________


___________________________________________________________________________.

16
Exercícios Complementares - EXPRESSÕES E CIRCUITOS LÓGICOS

17
Projetos de
Eletrônica Digital
1 – Em uma determinada empresa, os membros da diretoria detêm todo o capital, que está assim
distribuído:

A detém 45%
B detém 30%
C detém 15%
D detém 10%

Cada membro tem poder de voto igual à sua participação no capital. Para que algo seja aprovado, é
necessário que o total de votos seja superior a 50%.

Projete um circuito que faça um LED acender toda vez que a votação for aprovada e outro quando a
votação não for.

2 – Um automóvel tem um sistema de aviso ao motorista que funciona da seguinte maneira: um sinal
sonoro de advertência soa se o motor estiver ligado e o freio de estacionamento estiver acionado ou se o
motor NÃO estiver ligado e os faróis estiverem acesos.

Implemente um circuito semelhante ao existente neste automóvel.

3 – Um forno de microondas deve funcionar quando a porta estiver fechada, “timer” acionado e o botão de
Liga/Desliga acionado. Mas a luz interna deve ficar acesa sempre que a porta estiver aberta, ou quando o
forno estiver funcionando. Implemente o circuito para fazer este controle.

3 4

5 6 7 8

18
4 – Em uma casa será instalado 2 caixas d’água. Nestas caixa estão posicionados 2 sensores (em cada
uma) que indicarão a existência de água ou não. Serão colocados ainda uma ELETROVÁLVULA, com a
função de controlar a passagem da água da rua para a caixa 1 (de baixo) e uma MOTOBOMBA, a qual
tem a função de mandar água da Caixa 1 para a Caixa 2 (de cima), conforme o desenho.

Sensor A

Sensor
B
Caixa 2
Saída
de água
Entrada (para casa)
de água Sensor C

Sensor sem água = "0"


Sensor com água = "1"
Sensor D MB e EV = "0" => desligada
Caixa 1 MB e EV = "1" => ligada

Implemente um circuito de controle para este sistema de caixas.

Basicamente, este sistema deverá manter as caixas sempre com água, não esquecendo que a
MOTOBOMBA não poderá funcionar sem que por ela passe água.

E por último deverá existir um alarme, para avisar quando ocorrer situações impossíveis (Ex.: existir
água na parte de cima e não existir na parte de baixo de uma mesma caixa).

19
ÁLGEBRA DE BOOLE

POSTULADOS E TEOREMAS

Propriedades Comutativas Propriedades Associativas Propriedade Distributiva

A∙B = B∙A A∙ (B∙C) = (A∙B) ∙C = A∙B∙C A∙ (B+C) = A∙B + A∙C


C+A+D = D+C+A = A+C+D A+(B+C) = (A+B)+C = A+B+C

Identidades Identidades Auxiliares

A+A=A A∙A=A A + A⋅B = A


A+1=1 A∙l=A A + A⋅B = A + B
A+0=A A∙0=0 A + B=
⋅C ( A+B ) ⋅ ( A+C )
A+A =1 A⋅A = 0

Teorema da Involução Teoremas de De Morgan

A=A 1º Teorema: A + B = A ⋅ B
2º Teorema: A ⋅ B = A + B

SIMPLIFICAÇÃO DE EXPRESSÕES

Uma das aplicações da álgebra de Boole é a simplificação de expressões.

Note os exemplos abaixo:

Exemplo 1

Expressão sem simplificação: Circuito sem simplificação:


A B C
S = A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C

S
Simplificação da expressão:

S = A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C


S = A.C.(B + B) + B.C(A + A)
S = A.C.(1) + B.C.(1)
S = A.C + B.C

Expressão simplificada: Circuito simplificado:

S = A.C + B.C A
C
S

B
20
Exemplo 2

Expressão sem simplificação: Circuito sem simplificação:


A

( ( )
B
S = A ⋅ ( B + C) ⋅ D) ⋅ A + B
D S

B
Simplificação da expressão: C

S = (A ⋅ (B + C) + D) ⋅ A ⋅ B( )
S= (A ⋅ B + A ⋅ C + D) ⋅ (A ⋅ B)
S = A ⋅B⋅A ⋅B + A ⋅B⋅A ⋅C + A ⋅B⋅D
como A ⋅ B=
⋅A⋅B 0 e A ⋅ B=
⋅A⋅C 0

Expressão simplificada: Circuito simplificado:


A
S = A ⋅ B ⋅ D ou S = A + B + D S
B
D

EXERCÍCIO: Simplifique através da álgebra de Boole e monte o circuito simplificado para cada uma
das expressões abaixo:

a) S = A ⋅ C + B ⋅ (A + D ⋅ B + C) b) S = A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C

21
Exercícios Complementares – ÁLGEBRA DE BOOLE – Simplificação de expressões logicas

Dadas as expressões lógicas abaixo, faça as simplificações.


1) S = A + A ⋅ B 2) =
S A+A ⋅ B ⋅ C+A ⋅ C+B ⋅ C

3) S = A ⋅ B ⋅ C+A ⋅ B ⋅ C+A ⋅ B ⋅ C (
4) S = D ⋅ C+C ⋅ A + A ⋅ D ⋅ A + C ⋅ A + C ⋅ B )
5) S = A ⋅ (B + C) ⋅ D ⋅ A + B 6) S = A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C

7) S = A ⋅ B + A ⋅ B 8) S = ( A + B + C) ⋅ ( A + B + C)
9) S = A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ C ( )
10) S = ( Q + R ) ⋅ Q + R

11) S = A ⋅ B ⋅ C+A ⋅ B ⋅ C+A 12) S = R ⋅S⋅ T ⋅(R + S + T)

13) S = (B + C) ⋅ (B + C) + A + B + C 14) S = ( A + B + C) ⋅ ( A + B + C)
15) S = A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C 16) S = A ⋅ B ⋅ C ⋅ D + A ⋅ B ⋅ C ⋅ D + A ⋅ B ⋅ C ⋅ D

17)
= S C+D + A.C.D+A.B.C+A.B.C.D+A.C.D 18) S = A ⋅ B + C + D + B ⋅ A ⋅ B ⋅ D

19) S = A.B.C+A.B.C+A.B.C 20) S = A ⋅ B ⋅ C+A ⋅ B ⋅ C+A ⋅ B ⋅ C

21) S = A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C 22) S = D + A BC A(B + D)

23) S = A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C 24) S = A ⋅ C+B ⋅ A + B ⋅ D + C

25) S = A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C 26) S = A ⋅ C + B + D + C ⋅ A ⋅ C ⋅ D

(
27) S = A + D + B ⋅ A ⋅ C + A ⋅ B ⋅ D ) 28) S = (A + B) ⋅ C + D ⋅ ( C + B )

29) S =
A + B + C + A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C 30) S = D + A⋅B ⋅ C ⋅ A ⋅ (B + D)

31) S = A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C 32) S= (A ⋅ B) ⊕ C ⋅ D  + B

33) S = A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C 34) S = D ⋅ C + C ⋅ A + A ⋅ (D ⋅ A + C ⋅ A + C ⋅ B)

35) S = A.B.C.D + A.B.C.D + A.B.C.D + A.B.C.D 36) S = (A ⋅ B)  C ⋅ D  + B

37) S = A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C 38) S = (A + B) ⋅ C + D + B ⋅ D

39) S = A + A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ C 40) S = (A ⋅ B + C + D) ⋅ (C + D) ⋅ (C + D + E)

41) S = (A + B + A ⋅ B) ⋅ (A ⋅ B + A ⋅ C + B ⋅ C) 42) S = A ⋅ B + A ⋅ B + A ⋅ B

43) S = A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C 44) S = A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C


45) S = X ⋅ (X + Y) + Z + Z ⋅ Y 46) S = (A + B + A ⋅ B) ⋅ (A + B) ⋅ A ⋅ B

47) S = X ⋅ Y ⋅ Z ⋅ (X + Y + Z) 47) S = A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ C + A ⋅ B

49) S = A ⋅ B ⋅ C ⋅ (A + B + C) 50) S = A ⋅ B ⋅ (D + D ⋅ C) + (A + A ⋅ C ⋅ D) ⋅ B

51) S = (W + X + Y) ⋅ (W + X + Y) ⋅ (Y + Z) ⋅ (W + Z) 52) S = A ⋅ B + B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C

53) S = (A + B + C) ⋅ (A + B + C) ⋅ (A + C) 54) S = A ⋅ [ B + C ⋅ (A + B + C) ]

55) S = A + B + C ⋅ (A ⋅ C + A ⋅ B + B ⋅ C) 56) S = A + B ⋅ C ⋅ (D + A ⋅ (C ⊕ B)

57) S = A + B ⋅ C ⋅ (D + A ⋅ (C  B) 58) S = D ⋅ ( C + B ) ⋅ A ⋅ D + C

22
59) S = A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C (
60) S = D + A ⋅ B ⋅ C ⋅ A ⋅ B + D )
(
61) S = D + A ⋅ B ⋅ C ⋅ A ⋅ C + B ) 62) S = A ⋅ C + B + D + C ⋅ A ⋅ C ⋅ D

63) S = (C ⊕ D) ⋅ (A + D) ⋅  B + C ⋅ D + A ⋅ B + C ⋅ (A + B)  + A ⋅ B ⋅ C Rta: S = A ⋅ C ⋅ D + A ⋅ B ⋅ C ⋅ D
 

64) S = (C ⊕ D) ⋅ A + D ⋅ B + C ⋅ D + A ⋅ B + C ⋅ (A + B) + A ⋅ B ⋅ C

65) S = A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C

66) S = (A + B + C + D) ⋅ (A + B + C + D) ⋅ (A + B + C + D) ⋅ (A + B + C + D) ⋅ (A + B + C + D) ⋅ (A + B + C + D)

PORTAS UNIVERSAIS

As portas NAND e NOR são consideradas PORTAS UNIVERSAIS, pois qualquer circuito pode
ser montado somente com o uso de NANDs ou somente com o uso de NORs.

EXEMPLOS:

a) Porta NAND como INVERSOR:


A S
A A S
0 0 1 S = A⋅A = A
1 1 0

b) Porta OR a partir de NAND:


A
S= A+B
S
S= A+B
B
S = A⋅B

EXERCÍCIOS: Implemente, com as portas universais, o que se pede:

a) Uma porta NOR a partir de NAND.


b) Uma porta AND a partir de NAND.
c) Uma porta EX-OR a partir de NAND.
d) Uma porta EX-NOR a partir de NAND.
e) Um INVERSOR a partir de NOR.
f) Uma porta AND a partir de NOR.
g) Uma porta OR a partir de NOR.
h) Uma porta NAND a partir de NOR.
i) Uma porta EX-OR a partir de NOR.
j) Uma porta EX-NOR a partir de NOR.
k) Uma porta AND de 4 entradas, a partir de NAND de 2 entradas.
l) Uma porta NOR de 4 entradas, a partir de NAND de 2 entradas.
m) Um circuito somente com NORs que satisfaça as condições da tabela l.
n) Um circuito somente com NANDs que satisfaça as condições da tabela 2.

23
TABELA 1 TABELA 2
A B S A B C S
0 0 1 0 0 0 1
0 1 0 0 0 1 1
1 0 1 0 1 0 0
1 1 1 0 1 1 0
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 1

PRÁTICA – USO DA NAND COMO PORTA UNIVERSAL

De posse do CI 7400,

A) Verifique o estado do CI;


B) Monte cada uma das portas indicadas abaixo, faça medições e anote os resultados nas
respectivas tabelas.

1) OR 2)NOR 3) EX-OR

A B S A B S A B S
0 0 0 0 0 0
0 1 0 1 0 1
1 0 1 0 1 0
1 1 1 1 1 1

Conclusão: ____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

PRÁTICA COMPLEMENTAR

Monte os circuitos abaixo e preencha as tabelas-verdade para os mesmos.

OBS.: Não esqueça de alimentar todos os circuitos integrados utilizados.


Pino 7 = COMUM e pino 14 = +5V.

A)
A S 2 3
0 A 1 4 S

1 7404 7404

Conclusão: ____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

B)
A B S
0 0 A 1
3 1 2 S
0 1 B 2
1 0 7404
7408
1 1

Conclusão: ____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

24
C)
A B S
0 0 A 1 3 1 2S
0 1 B 2
1 0 7404
7400
1 1

Conclusão:____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

D)
A B S
0 0 A 1 3
4
6 S
0 1 B 2 5
1 0 7400 7400
1 1

Conclusão:____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

E)
A B S
0 0 1
A 3 1 2
0 1 S
B 2
1 0 7404
1 1 7432

Conclusão:____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

F)
A B S
A 2 5
0 0 1 4 S
0 1 B 3 6
1 0 7402 7402
1 1

Conclusão:____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

G)

A B C S
0 0 0
0 0 1 3
0 1 0 A 13
B 1 12 4
5
6 S
0 1 1 C 2
1 0 0
1 0 1 7410 7410
1 1 0
1 1 1

Conclusão:____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

25
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

EXERCÍCIOS: Simplifique através da Álgebra de Boole as expressões abaixo:

a) S = A.B.C + A.B.C Rta: S = A+B+C

b) S = A+B+A+B Rta: S = 1

c) S = (D.(C+B).A).(D+C) Rta: S = 1

d) S = A.B.C + A.C+C.B Rta: S = A.(B.C)

e) S = A.B.C + A.B.C + A.B.C Rta: S = A.B +A.B.C

f) S = A.B + A.B + A.B Rta: S = A+B

g) S = [(A+B.A)+(A+B . C)].D Rta: S = A.C.D+B.C.D+A.B.C.D

h) S = A.A.B.B.A.B Rta: S = A.B+A.B ou A+ B

i) S = A.B+C.(A+C.D) Rta: S = A.B+A.C.D

j) S = D.A.B+A.C+A.(B+C) Rta: S = D.(A.B)+A.B.C

k)S = A.B.(C+D.A.(A.B+C)) Rta: S = A.B.C

l) S = A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C Rta: S = B.C+A.C

m) S = A.B.C.D+A.B.C.D+A.B.C.D+A.B.C.D+A.B.C.D+A.B.C.D+A.B.C.D

n) S = A.(A+ B)+B.(A . B)

o) S = A+B.C+A

p) S = A.B+C.(A+B)

q) S = (A.B.C+A.B+A).C

r) S = [(A.B)+(C.D)]+[(A.D.C)+(C.D.B)].A

EXERCÍCIOS: Implemente, usando as portas universais, os circuitos para as expressões abaixo:

a) S = A+B+C b) S = A.(B.C)

c) S = A.B +A.B.C d) S = A+B

e) S = A.C.D+B.C.D+A.B.C.D f) S = A.B+A.B

g) S = A.B+A.C.D h) S = D.(A.B)+A.B.C

i) S = A.B.C j) S = B.C+A.C

k) S = A.B.D+B.C+A.C.D+A.C.D l) S = A.B.C

m) S = A.B.C n) S = A+B+C

o) S = A.(C+B.D) p) S = A.B+B.C

26
EXERCÍCIOS: Identifique a função lógica representa por cada um dos circuitos abaixo:

a) ______________ b) ______________

A A
S S
B B

c) ______________ d) ______________

A A
S S
B B

e) ______________ f) ______________

A S
A

B S
g) ______________

A S C

27
MAPAS DE VEITCH-KARNAUGH

Observe a simplificação algébrica que segue:

S = A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B⋅C
S= A ⋅B ⋅ (C + C)
S = A ⋅ B ⋅ (1)
S= A ⋅B

Na simplificação acima, nos dois produtos fundamentais originais, somente a variável C é


diferente (C e C negado), enquanto que as variáveis A e B permanecem inalteradas. Assim, a variável C
foi excluída e as variáveis A e B permanecem na resposta.
Um mapa de Karnaugh é um mapa com um arranjo tal que, de uma posição para a adjacente,
apenas uma variáveis muda de valor, de acordo com o exemplo a seguir:

Mapa para 2 variáveis

A
B 0 1 A A
0 ou B
1 B

Exemplo de utilização:
Através dos mapas de Karnaugh, implemente o circuito simplificado para a tabela-verdade abaixo:

A B S
0 0 1 A.B
0 1 0 S = A.B + A.B + A.B
1 0 1 A.B
1 1 1 A.B

Seqüência de utilização:
1º - colocar cada nível alto (1) da saída da tabela-verdade na sua posição correspondente no mapa;
2º - agrupar aos pares, se possível, (potência de dois), os “uns” adjacentes (estando assim a realizar
a simplificação);
3º - retirar do mapa, de cada agrupamento, o produto fundamental simplificado (em um
agrupamento, só serão válidas as variáveis que não mudam de valor ao longo de todo
agrupamento);
4º - fazer a “soma de produtos”;
5º - implementar o circuito.
Assim:
A
B 0 1 A
S
0 1 1→B S=A+B
B
1→ A

28
Mapa para 3 variáveis

AB A A
C 00 01 11 10 C
0 C
1 B B B

A
BC 00 01
00
01
11
10

Utilização: Seguem-se, no mapa de três variáveis, os mesmos passos do mapa de duas variáveis.
Dica: Para facilitar a colocação dos uns no mapa, pode-se colocar, em cada posição do mesmo, o
equivalente decimal aquela posição, como mostrado abaixo:

AB
C 00 01 11 10
0 0 2 6 4

1 1 3 7 5

Exemplo: Coloque no mapa cada um dos níveis altos da tabela abaixo, simplifique, e implemente o
circuito simplificado.

A B C S Eq. decimal
0 0 0 1 0
0 0 1 1 1
0 1 0 0 2
0 1 1 0 3
1 0 0 1 4
1 0 1 0 5
1 1 0 0 6
1 1 1 0 7

Como pode ser observado na tabela, a saída esta em nível alto nas posições 0, 1 e 4. Assim, é só
colocar esses três “uns” em suas posições no mapa.

Obs.: * Quatro “uns” (4 = 22 ) adjacentes (lineares ou formando um quadrado) constituem uma QUADRA.
* Quanto maior for a quantidade de “uns” em um agrupamento, maior será a simplificação.
Ex.: Se houver a possibilidade de se agrupar uma quadra ou dois pares, deve-se dar preferência
para a quadra, pois ela constitui uma simplificação maior.

29
Os mapas de Karnaugh são “giratórios”, ou seja, pode-se fazer, por exemplo, um par com as
posições 0 e 4, pois na verdade elas constituem duas posições adjacentes.

AB
C 00 01 11 10 11 10 00 01
0 0 1 2 6 4 1 6 4 1 0 1 2

1 1 1 3 7 5 7 5 1 1 3

EXERCICIOS: Simplifique, através dos mapas de Karnaugh, e monte o circuito simplificado para cada
uma das saídas abaixo:

A B C S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12 S13 S14


0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 0 0 1 0 1
0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 1 1
0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0 1 1 1 1
0 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1
1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 1 1 0 1
1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 1
1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1
1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1

30
Mapa para 4 variáveis

AB A A
CD 00 01 11 10 D
00 C D
01 OU C
11 D

10 B B B

Utilização: Seguem-se nos mapas de 4 variáveis os mesmos passos que nos mapas de duas e três
variáveis.
Obs.: * Quanto maior a quantidade de “uns” em um agrupamento, maior será a simplificação.
* Oito “uns” adjacentes formam um OCTETO.

Exemplo: Construa a expressão simplificada para a tabela-verdade abaixo, através do mapa de


Karnaugh:

A B C D S AB
0 0 0 0 1
CD 00 01 11 10
0 0 0 1 1
0 0 1 0 1 00 1 1
0 0 1 1 1 01 1 1 1
0 1 0 0 1 11 1 1 1
0 1 0 1 1
0 1 1 0 1 10 1 1
0 1 1 1 1
1 0 0 0 0
1 0 0 1 1
1 0 1 0 0 OCTETO = A
1 0 1 1 1 QUADRA = B.D
1 1 0 0 0
1 1 0 1 0
1 1 1 0 0 S = A + B.D
1 1 1 1 0

Eliminação de Grupos Redundantes


Um grupo é dito redundante quando todos os “uns” que o compõem pertencem a outro(s)
agrupamento(s), como mostra a exemplo abaixo:

AB
CD 00 01 11 10
1
S = A.B.C +

01 1 1 1
S = B.D + A.B.C + A.C.D + A.B.C + A.C.D
11 1 1 1
10 1

31
No exemplo acima, temos uma quadra central e quatro pares. Porém, todos os “uns” da quadra
pertencem a um dos pares. Logo, a quadra e redundante. O objetivo de uma simplificação é reduzir um
circuito ao seu tamanho mínimo, diminuindo o custo do projeto, o tamanho das placas e a complexidade
dos circuitos. Assim, sempre que tivermos grupos redundantes, devemos eliminá-los. Se eliminarmos o
grupo redundante do exemplo acima, teremos a seguinte expressão:

S = A.B.C + A.C.D + A.B.C + A.C.D

EXERCICIOS: Simplifique, através dos mapas de Karnaugh, e monte o circuito simplificado para cada
uma das saídas abaixo:

A B C D S1 S2 S3 S4 S5 S6
0 0 0 0 1 1 0 0 1 1
0 0 0 1 0 1 1 0 1 1
0 0 1 0 1 1 0 1 0 0
0 0 1 1 0 1 0 1 1 1
0 1 0 0 0 1 0 0 1 0
0 1 0 1 1 0 1 0 1 0
0 1 1 0 0 1 0 1 0 0
0 1 1 1 1 0 1 1 1 1
1 0 0 0 1 1 0 1 1 1
1 0 0 1 0 1 0 1 1 1
1 0 1 0 1 1 0 0 1 0
1 0 1 1 0 1 1 0 1 1
1 1 0 0 0 0 0 1 0 0
1 1 0 1 1 0 0 1 1 1
1 1 1 0 0 0 1 1 0 1
1 1 1 1 1 0 1 1 1 1

PRATICA - MONTAGEM DE UM CIRCUITO COMPLEXO E DO SEU EQUIVALENTE


SIMPLIFICADO
A) Monte o circuito ao lado:

B) A partir do circuito montado, construa:


1) a tabela-verdade (através de medições);
2) a expressão lógica.

C) Simplifique a expressão usando a álgebra de Boole;

D) A partir da tabela-verdade, extraia a expressão simplificada usando o mapa de Karnaugh;

E) Obtenha a menor expressão (menor circuito) possível;

F) Monte o circuito simplificado e faça, através de medições, a tabela-verdade para o mesmo.

G) Conclusão: _________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

32
Exercícios Complementares

EXERCÍCIOS: Dadas as tabelas-verdade, implemente o circuito simplificado para cada uma das saídas:

A B C S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8
0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1
0 0 1 1 0 0 1 0 0 1 1
0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 0
0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0
1 0 0 0 1 1 0 1 0 1 1
1 0 1 0 0 1 1 0 1 1 1
1 1 0 0 0 0 1 0 1 1 0
1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 0

A A
B B
C 00 01 11 10 C 00 01 11 10
0 0 2 6 4 0 0 2 6 4
1 1 3 7 5 1 1 3 7 5
S1 = ____________ S2 = ____________

A A
B B
C 00 01 11 10 C 00 01 11 10
0 0
1 1
S3 = ____________ S4 = ____________

A A
B B
C 00 01 11 10 C 00 01 11 10
0 0
1 1
S5 = ____________ S6 = ____________

A A
B B
C 00 01 11 10 C 00 01 11 10
0 0
1 1

S7 = ____________ S8 = ____________

33
A B C D S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10
0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1
0 0 0 1 1 0 1 1 0 1 0 1 1 1
0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1
0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1
0 1 0 0 1 1 0 0 0 1 1 1 0 1
0 1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1
0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1
0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1
1 0 0 0 1 0 1 1 1 1 0 1 0 1
1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1
1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1
1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 1 0 1 1
1 1 0 0 0 1 0 0 1 1 0 1 1 1
1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1
1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 1
1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0

A A A
C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10
D D D
00 0 4 1 2 8 00 00
01 1 5 1 3 9 01 01
11 3 7 1 5 1 1 11 11
10 2 6 1 4 1 0 10 10

S = ______________ S = ______________ S = ______________

A A A
C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10
D D D
00 00 00
01 01 01
11 11 11
10 10 10

S = ______________ S = ______________ S = ______________

A A A
C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10
D D D
00 0 4 1 2 8 00 00
01 1 5 1 3 9 01 01
11 3 7 1 5 1 1 11 11
10 2 6 1 4 1 0 10 10

S = ______________ S = ______________ S = ______________

34
EXERCÍCIOS: Dados os mapas abaixo, retire a expressão simplificada de cada um:

A A A A A
B 0 1 B 0 1 B 0 1 B 0 1 B 0 1
0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

S1 = _______ S2 = _______ S3 = _______ S4 = _______ S5 = _______

A A A
B B B
C 00 01 11 10 C 00 01 11 10 C 00 01 11 10
0 1 1 0 1 1 0 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1

S6 = ___________ S7 = ___________ S8 = ___________

A A A
B B B
C 00 01 11 10 C 00 01 11 10 C 00 01 11 10
0 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1

S9 = ___________ S10 = __________ S11 = __________

A A A
B B B
C 00 01 11 10 C 00 01 11 10 C 00 01 11 10
0 1 1 0 1 1 0 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

S12 = __________ S13 = __________ S14 = __________

A A A
C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10
D D D
00 1 1 00 1 00 1 1
01 1 1 01 1 1 1 01 1 1
11 1 1 11 1 1 1 11 1 1
10 1 1 10 1 10 1 1

S15 = ____________ S16 = ____________ S17 = ____________

A A A
C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10
D D D
00 1 00 1 1 00 1 1
01 1 1 01 1 1 1 01 1 1
11 1 1 11 1 1 1 11 1 1
10 1 10 1 1 10 1

S18= ____________ S19 = ____________ S20 = ____________

35
A A A
C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10
D D D
00 1 1 1 1 00 1 1 1 00 1 1
01 1 1 01 1 1 1 01 1
11 1 1 11 1 1 1 11 1
10 1 1 1 1 10 1 1 1 10 1 1

S21 = ____________ S22 = ____________ S23 = ____________

EXERCÍCIO: Simplifique os circuitos abaixo:

A)

A
B
S

B)

A
B
S
C
D

36
CÓDIGOS

CÓDIGOS UTILIZADOS EM ELETRÔNICA DIGITAL

CÓDIGO BCD

O código BCD será visto porque circuitos como alguns decodificadores utilizam números em
BCD. Também algumas calculadoras de bolso fazem suas operações em BCD.
BCD é uma abreviação de Decimal Codificado em Binário (Binary Coded Decimal). O código
BCD expressa cada circuito de um número decimal por seu NIBBLE (4 bits) equivalente.

Ex.: 5 3 1 (decimal)

0101 001 1 0001

Como foi visto, o número 53110 escrito em BCD é 0101 0011 0001.
Obs.: Não confunda BCD com BINÁRIO.
Ex.: 1210 em BCD é 0001 0010 (quatro bits para cada dígito) e em binário é 1100.

O CODIFICADOR BCD
Abaixo, temos um circuito que faz a codificação em BCD:

+VCC
0

4 Ao
circuito
5 de
retenção
6

Saídas BCD

37
O CÓDIGO ASCII

Apesar de o código BCD ser bastante utilizado em eletrônica digital, ele não serve para fazer a
entrada e/ou saída de informações em um computador, pois, neste caso, precisamos de um código que
sirva também para letras e símbolos, além dos números. Um código deste tipo é chamado de alfanumérico.
Antigamente, cada fabricante utilizava seu próprio código alfanumérico, o que impossibilitava,
por exemplo, que a impressora de um fabricante fosse utilizada com o computador de outro fabricante.
Para acabar com este problema, surgiu o código ASCII – American Standard Code for Information
Interchange (Código Padrão Americano para Troca de Informações).

O código ASCII listado na tabela abaixo:

BIN + signific. 000 001 010 011 100 101 110 111
HEX 0 1 2 3 4 5 6 7
- signific DEC 0 16 32 48 64 80 96 112
0000 0 0 NUL DLE SP 0 @ P ‘ p
0001 1 1 SOH DC1 ! 1 A Q a q
0010 2 2 STX DC2 “ 2 B R b r
0011 3 3 ETX DC3 # 3 C S c s
0100 4 4 EOT DC4 $ 4 D T d t
0101 5 5 ENQ NAK % 5 E U e u
0110 6 6 ACK SYN & 6 F V f v
0111 7 7 BEL ETB ` 7 G W g w
1000 8 8 BS CAN ( 8 H X h x
1001 9 9 HT EM ) 9 I Y i y
1010 A 10 LF SUB * : J Z j z
1011 B 11 VT ESC + ; K [ k {
1100 C 12 FF FS , < L \ l |
1101 D 13 CR GS - = M ] m }
1110 E 14 SO RSV . > N ^ n ~
1111 F 15 SI US / ? O - o DEL

NUL - nulo (null) DC1 - controle do dispositivo nº 1 (device control 1)


SOH - início de cabeçalho (start of heading) DC2 - controle do dispositivo nº 2 (device control 2)
STX - início de texto (start of text) DC3 - controle do dispositivo nº 3 (device control 3)
ETX - fim de texto (end of text) DC4 - controle do dispositivo nº 4 (device control 4)
EOT - fim de transmissão (end of transmission) NAK - ciente de negativo (negative acknowledge)
ENQ - requisição (enquire) SYN - inutilização síncrona (synchronous idle)
ACK - ciente (acknowledge) ETB - fim de bloco de transmissão (end of transmission block)
BEL - campainha (Bell) CAN - cancelamento (cancel)
BS - volta uma posição (backspace) EM - fim de suporte (end of medium)
HT - tabulação horizontal (horizontal tabulation) SUB - substituição (substitute)
LF - mudança de linha (line feed) ESC - escape (escape)
VT - tabulação vertical (vertical tabulation) FS - separador de arquivo (file separator)
FF - alimentação de formulário (form feed) GS - separador de grupo (group separator)
CR - retorno do carro (carriage return) RS - separador de registro (record separator)
SO - desliga caixa alta (shift out) US - separador de unidade (unit separator)
SI - liga caixa alta (shift in) SP - espaço (space)
DLE - escape de linha de dados (data link escape) DEL - apaga (delete)

* Para se obter o código ASCII de um caracter em binário ou em hexadecimal, basta unir a parte mais significativa
equivalente ao caracter (nas colunas) com a parte menos significativa (mostrada nas linhas). Já para se saber o equivalente
decimal para cada caracter, SOMA-SE o valor indicado pela linha com o valor indicado pela coluna.
Ex.: O código ASCII para o caracter } é 111 1101 em binário e 112+13=125 em decimal.

38
DECODIFICADORES

O DECODIFICADOR BCD / DECIMAL


Este circuito faz exatamente a função inversa do codificador BCD. O decodificador entrega, a
partir do código BCD, uma única saída ativa, saída esta que indica o número decimal equivalente ao
código BCD de entrada. Este circuito e também conhecido como decodificador BCD para 1 de 10.
Exemplo: Preencha a tabela-verdade para um decodificador BCD/decimal com saídas ativas altas.

DCBA S0 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9
0000
0001
0010
0011
0100
0101
0110
0111
1000
1001
1010
1011
1100
1101
1110
1111

De acordo com a tabela anterior, o número da saída ativa representará o decimal equivalente ao
BCD de entrada.
É importante observar que, como as últimas 6 posições da tabela NÃO PERTENEM AO CÓDIGO
BCD, tanto faz o nível lógico que aparecerá nas saídas. Assim, preencheremos as saídas para essas 6
posições com “X”, que pode ser um “0” ou um “1”, pois isto tornará o circuito mais simples.
X = Irrelevante (don’t care)
Obs.: Caso se queira que nenhuma saída fique ativa para códigos inválidos nas entradas,
deveremos preencher as últimas 6 posições da tabela (para todas as saídas) com “0”.

EXERCÍCIOS:

a) Implemente o decodificador BCD / 1 de 10 de acordo com a tabela anterior.


b) Implemente um decodificador 1 de 4.
c) Implemente um decodificador 1 de 8.
d) Implemente um decodificador 1 de 16.

39
PRATICA – CI 7445

De posse do CI 7445, o qual é um decodificador BCD / 1 de 10 com saídas ativas baixas, e do


manual TTL,
A) monte o circuito indicado abaixo:
R L0
+VCC

R L1

R L2

R L3
0
1 R
2
L4
A 3
B 4
C 5 R
D 6 L5
7
8
9
R L6

7445 R L7 Obs.:
R L8
* Não esqueça de alimentar o 7445.
∗ VCC – pino 16 GND – pino 8.
R
L9 ∗ “D” é a entrada mais significativa.

B) preencha a tabela-verdade abaixo:

DCBA LED aceso DCBA LED aceso


0000 1000
0001 1001
0010 1010
0011 1011
0100 1100
0101 1101
0110 1110
0111 1111

C) verifique no manual a tabela-verdade que o fabricante fornece para o CI.

Conclusão: ________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

EXERCÍCIO: Explique por que cada saída do 7445 tem uma “bolinha”.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

40
Informações Complementares:
1- O 7445 é um CI TTL, portanto a sua alimentação é +5Vcc ± 5%.
2- A corrente máxima por saída no 7445 é 80mA.
3- O 7445 é um CI com saída tipo coletor aberto. Neste tipo de CI as saídas, se estiverem
desconectadas, estarão todas em alta impedância (equivalente a um circuito aberto). O circuito equivalente
para o último estágio de cada saída está mostrado abaixo. Note que é necessário um resistor elevador
(pull-up) para o correto funcionamento desse tipo de saída.
VCC

PULL-UP
saída em alta Z

funcionamento normal

O DECODIFICADOR BCD / DISPLAY DE 7 SEGMENTOS

O modo mais comum de ”mostrar” um número (ou caracter) que está em BCD, ou em outro código
digital qualquer, é através de um display de 7 segmentos. Os displays mais comuns, hoje em dia, são os
com LED (Light Emmiter Diode = diodo emissor de luz) ou com LCD (Liquid-Crystal Displays =
mostradores de cristal líquido), embora existam outros tipos (display a gás, por exemplo).
Inicialmente, vamos nos deter nos displays com LED porque são disponíveis em unidades de único
digito ou unidades com até 10 displays, enquanto os LCD não são disponíveis em um único digito e
devem ser requisitados para uma aplicação particular.

Os Displays com LED


Podemos encontrar LEDs emitindo luz nas cores vermelha, laranja, amarela ou verde, e a
intensidade luminosa depende da corrente circulante, sendo que, normalmente, 100% do brilho e
conseguido com uma corrente de 20mA e 50% do brilho com uma corrente de 10mA. A queda de tensão
direta de um LED é, geralmente, da ordem de 2,0V para uma corrente de 10mA (varia um pouco com a
corrente circulante e com a constituição do LED). Os tipos de display de 7 segmentos com LED são
mostrados a seguir, juntamente com a pinagem dos mesmos:

a b c d e f g dp COMUM

gf a b

a
COMUM COMUM

TIPO CATODO COMUM Exemplo: FND 560 f b

TIPO ANODO COMUM Exemplo: FND 567 g c


e
COMUM COMUM

d dp

e d c dp
a b c d e f g dp COMUM

41
O Decodificador
Como o nome indica, esse circuito faz com que o número equivalente ao código BCD das entradas
seja mostrado em um display de 7 segmentos.

Exemplo: Preencha a tabela-verdade para um decodificador BCD / 7 segmentos que deverá acionar
um display do tipo catodo comum.

DCBA Sa Sb Sc Sd Se Sf Sg
0000
0001
0010
0011
0100
0101
0110
0111
1000
1001
1010
1011
1100
1101
1110
1111

EXERCÍCIO: Implemente o decodificador BCD / 7 segmentos de acordo com a tabela obtida.

D D
BAC 00 01 11 10 BAC 00 01 11 10
00 00
01 01
Sa Sb
11 11
10 10

D D
BAC 00 01 11 10 BAC 00 01 11 10
00 00
01 01
Sc Sd
11 11
10 10

42
D D
BAC 00 01 11 10 BAC 00 01 11 10
00 00
01 01
Se Sf
11 11
10 10

D D
BAC 00 01 11 10 BAC 00 01 11 10
00 00
01 01
Sg reserva
11 11
10 10

PRÁTICA – CI 7448

13 12 11 10 09 15 14
São mostrados ao lado a pinagem e o bloco lógico do CI
7448, o qual é um decodificador BCD para 7 segmentos a b c d e f g
acionador de display catodo comum. Note a presença de três
entradas de controle (LT, BI e RBI) e uma saída (RBO), todas
ativas em nível baixo, conforme pode ser visto pelo bloco
lógico.
BI/
D C B A RBO RBI LT

06 02 01 07 04 05 03

De posse do CI 7448,
A) monte o circuito abaixo:

Obs.:
∗ VCC – pino 16
∗ GND – pino 8
∗ Não esqueça de alimentar o 7448
∗ “D” é a entrada mais significativa
a b c d e f g

BI/
D C B A RBO RBI LT

B) verifique se o display acende corretamente para cada combinação do código BCD de entrada;
C) verifique o que acontece com o display quando há, nas entradas do decodificador, uma
combinação que não pertence ao código BCD;
43
D) experimente ativar uma entrada de controle por vez para verificar a função de cada uma das
três entradas, anotando suas conclusões a seguir:

LT - (Lamp Test = teste dos segmentos): _______________________________________________


______________________________________________________________________________________
BI - (Blanking Input = entrada de apagamento): __________________________________________
______________________________________________________________________________________
RBI - (Ripple Blanking Input = entrada de apagamento para ligação em cascata): _______________
______________________________________________________________________________________

Informações Complementares
1 - O pino 4 tem função dupla: se utilizado como entrada, BI estará em funcionamento; se utilizado
como saída, RBO (Ripple Blanking Output) estará sendo utilizada.
2 - A saída RBO tem o seguinte comportamento: se DCBA=0000 e RBI=0, RBO enviará um nível
baixo; caso contrário, enviará um nível alto.
3 - Uma série de dados referentes ao CI 7448, bem como a outros decodificadores BCD / 7
segmentos, podem ser encontrados nos manuais dos fabricantes.
Exemplo de utilização de RBO:

D D D D
C C C C
B B B B
A A A A

Conclusão:
RBO - (Ripple Blanking Output = saída de apagamento para ligação em cascata): __________
_________________________________________________________________________________

PRÁTICA – CI 9368
Assim como o CI 7448, o CI 9368 também é um decodificador TTL para ser utilizado com
displays do tipo cátodo comum, porém possui duas diferenças básicas:
a) o pino 3 tem outra função(LE);
b) não se trata de um decodificador BCD.
Para descobrir no que implicam essas diferenças, faça o que se pede:

A) Monte o circuito ao lado

VCC – pino 16
GND – pino 8
13 12 11 10 09 15 14

a b c d e f g

BI/
D C B A RBO RBI LE

06 02 01 07 04 05 03

44
B) Com as entradas de controle todas desativadas, preencha a tabela- verdade abaixo:

DCBA Display DCBA Display


0000 1000
0001 1001
0010 1010
0011 1011
0100 1100
0101 1101
0110 1110
0111 1111

C) Experimente ativar a entrada LE para verificar sua influência.


D) Anote suas conclusões abaixo.
Comportamento: __________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
LE - (Latch Enable = habilitação de trava): _____________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

45
MULTIPLEXADORES E DEMULTIPLEXADORES

Multiplex significa muitos em um. Um multiplexador (ou MUX) é um circuito que possui muitas
entradas de dados, mas somente uma saída. Através de m entradas de controle, podemos direcionar
qualquer uma das n entradas de dados para a saída. O número de entradas de dados que um MUX pode
direcionar é dado pela seguinte relação:

n = 2m

onde: n = nº de entradas de DADOS


m = nº de entradas de controle

O Multiplexador 2 para 1
O multiplexador mais simples é aquele que possui duas entradas de dados. O mesmo é mostrado
abaixo:
D0

S A D0 D1 S
0 0 0
D1 0 0 1
0 1 0
A 0 1 1
1 0 0
Nota-se pela tabela ao lado que, quando a entrada de controle 1 0 1
”A” é “0”, a saída é igual a ____. Por outro lado, quando a entrada de 1 1 0
controle ”A” é igual a “1”, a saída é igual a ____. 1 1 1

O multiplexador 2 para 1 pode ser representado pelo seguinte bloco lógico:

D 0 M UX
2x1 S
D1 A

O circuito complementar ao multiplexador é o demultiplexador. Um demultiplexador tem uma


única entrada de dados e diversas saídas, onde as entradas de controle direcionam a entrada de dados para
uma das saídas.
Um conjunto MUX/DEMUX é utilizado para transmissão de dados, permitindo que várias
informações provindas de lugares diferentes sejam transmitidas por um único fio e enviadas para as
devidas saídas, sem interferência entre as mesmas.

O Multiplexador 4 para 1
O conjunto multiplexador 4 para 1 / demultiplexador 1 para 4 e mostrado abaixo, juntamente com
seus blocos lógicos:

46
D0
D0
D1
D1
S Linha de I
D2 transmissão
D2
D3
D3

B A B A

D0 S0
D1 MUX DEMUX S1
D2 4x1 S I 1x4 S2
D3 S3
B A B A

EXERCÍCIOS - Implemente os seguintes circuitos:


a) um multiplexador 16xl;
b) um demultiplexador 1x8;
c) um multiplexador 4xl utilizando somente blocos multiplexadores 2xl;
d) um multiplexador 8xl utilizando somente blocos multiplexadores 2xl.

PRÁTICA - O 74150
O 74150 é um multiplexador 16xl com entrada de seleção strobe e com inversor na saída. Sua
pinagem e tabela-verdade são mostrados abaixo:

G D C B A W
0 0 0 0 0 EO 8 E0 10
7 W
0 0 0 0 1 E1 E1
6 E2
0 0 0 1 0 E2 5 E3
0 0 0 1 1 4 E4
E3
3 E5
0 0 1 0 0 E4 2 E6
1 E7
0 0 1 0 1 E5 23 E8
0 0 1 1 0 E6 22 E9 Vcc = pino 24
21 E10
0 0 1 1 1 E7 20 GND = pino12
E11
0 1 0 0 0 E8 19 E12
18 E13
0 1 0 0 1 E9 17 E14
0 1 0 1 0 16 E15
E10
0 1 0 1 1 E11 15 A
14 B
0 1 1 0 0 E12 13
11 C
0 1 1 0 1 E13 9 D
G
0 1 1 1 0 E14
74150
0 1 1 1 1 E15
1 x x x x 1

47
Uma das aplicações de um multiplexador é utilizá-lo para implementação de circuitos
combinacionais diversos. O 74150, por exemplo, pode ser utilizado para obtenção de qualquer tabela-
verdade de 4 variáveis. Como exercício prático, interligue o 74150 corretamente de modo a obter um
circuito que entregue saída ALTA somente quando o decimal equivalente para as entradas for maior que 6
e menor que 14.

O multiplexador de Nibble

O CI 74158 é um QUÁDRUPLO multiplexador 2xl com entrada strobe e saídas invertidas. A


pinagem e circuito interno são mostrados abaixo:

2 4
1A 1Y
3
1B
5 7
2A 2Y
6 2B
14 9
3A 3Y
13
3B
11 12
4A 4Y
10
4B
1
A/B
15
G
74LS158

VCC = pino 16
GND = pino 8

PRÁTICA: MULTIPLEXAÇÃO DE NIBBLE

De posse do CI 74158,
KIT
A) monte o circuito ao lado:

B) nas entradas “A” (4A e o MSB), coloque 1000; ABCDEFG

B
I

C) nas entradas “8”, coloque 1101; DECODIFICADOR /


RR
BBL
12 4 8 0 I T

D) preencha a tabela-verdade abaixo:

3 5
1A 1Y
4 1B
strobe select 7 2A 2Y
9
8
G A/B DISPLAY 14
2B
3A 3Y
12
13 3B
1 0 18 4A 4Y
15
17 4B
1 1
2
0 0 19
A/B
G
0 1 74LS158

Conclusões: __________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

48
EXERCÍCIOS – Multiplexadores e Demultiplexadores

1 – Em uma determinada empresa, os membros da diretoria detêm todo o capital, que está assim
distribuído:
Ana detém 45%, Bruno detém 30%, Camila detém 15% e Diego detém 10%.

Cada membro tem poder de voto igual à sua participação no capital. Para que algo seja aprovado, é
necessário que o total de votos seja superior a 50%.
Projete um circuito que faça um LED acender toda vez que a votação for aprovada e outro quando a
votação não for.
OBS: Implemente este circuito de 2 formas, usando Multiplexador e usando somente portas lógicas. Cite
vantagens e desvantagens (custo, tamanho, manutenção, alterações, etc.) de um em relação ao outro.

2 – Implemente 2 circuitos que satisfaçam a tabela-verdade abaixo, um utilizando MUX 4x1 e outro com
MUX 2x1.

X Y S
0 0 1
0 1 0
1 0 1
1 1 1

3 – Implemente os circuitos que satisfaçam as condições da tabela-verdade abaixo, utilizando blocos:

a) MUX 8x1; X Y Z S
b) MUX 2x1; 0 0 0 1
c) MUX 16x1; 0 0 1 0
d) MUX 4x1; 0 1 0 1
e) somente um MUX 4x1 0 1 1 0
e um inversor. 1 0 0 1
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 1

49
COMPARADOR DE MAGNITUDE

Outro exemplo de circuito combinacional é o comparador de magnitude. Esse circuito tem,


basicamente, dois conjuntos de entradas (tipicamente A e B) e três saídas: saída A>B, saída A=B e saída
A<B. Se suas saídas forem ativas em nível alto, apenas uma das três estará em nível alto, indicando o
resultado da comparação.

O Comparador de 1 Bit
O comparador de magnitude mais simples que pode haver é aquele cujos conjuntos de entradas A e
B são formados por números de apenas 1 bit. A tabela-verdade para o mesmo e mostrada abaixo:

Saídas
A B A>B A=B A<B Da tabela ao lado, temos:
0 0 S A> B= A ⋅ B
0 1 S A= B = A ⋅ B + A ⋅ B = A  B

1 0 S A< B= A ⋅ B
1 1

Temos então, o seguinte circuito:

A SA>B
B

SA=B

SA>B
Comparador de 1 bit

O Comparador de 2 Bits
Abaixo esta listada a tabela-verdade de um comparador de 2 bits. Note que agora, devido aos dois
bits de cada entrada, cada uma delas (A e B) pode variar em magnitude de 0 a 3.

A1 A0 B1 B0 A>B A=B A<B


0 0 0 0
0 0 0 1
0 0 1 0
0 0 1 1
0 1 0 0
0 1 0 1
0 1 1 0
0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 0 1
1 0 1 0
1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 0 1
1 1 1 0

50
1 1 1 1

EXERCÍCIO - Supondo que o comparador de 2 bits citado possua saídas ativas em nível alto,
a) preencha a tabela-verdade para o mesmo;
b) implemente o menor circuito correspondente.

O comparador de 2 bits implementado pode ser representado pelo seguinte bloco lógico:

A1 A <B
A0
A =B
B1
B0 A >B

EXERCÍCIO - Dispondo somente de comparadores de 2 bits (use em blocos), construa um circuito capaz
de comparar números de 3 bits.

PRÁTICA – CI 7485

De posse do CI 7485, o qual e um comparador de magnitude de 4 bits, e de sua pinagem (fornecida


abaixo).
10 A0
12 A1
13 A2
15 A3
9 B0
VCC – pino 16 11 B1
14 B2
GND – pino 8 1 B3
2 A<B A<B 7
3 A=B A=B 6
4 A>B A>B 5

7485
A) alimente o CI corretamente;
B) preencha a tabela-verdade abaixo:

entradas saídas
A>B A=B A<B A>B A=B A<B
A3>B3 X X X
A3=B3 E A2>B2 X X X
A3=B3 E A2=B2 e A1>B1 X X X
A3=B3 e A2=B2 e A1=B1 e A0>B0 X X X
A3<B3 X X X
A3=B3 e A2 <B2 X X X
A3=B3 e A2=B2 e A1<B1 X X X
A3=B3 e A2=B2 e A1=B1 e A0<B0 X X X
A3=B3 e A2=B2 e A1=B1 e A0=B0 H H H*
A3=B3 e A2=B2 E A1=B1 e A0=B0 H L L
A3=B3 e A2=B2 E A1=B1 e A0=B0 L H L
A3=B3 e A2=B2 E A1=B1 e A0=B0 L L H

*Esta combinação só poderá ser usada nas versões 74, 74S e 74LS,
não podendo ser usada na versão 74L.
Obs: H = High level (nível alto);
L = Low level (nível baixo);
51
X = Irrelevante (irrelevante).
Exercícios Complementares – Comparadores de Magnitude

1 – Dado o comparador abaixo (bloco), implemente um comparador de 3 bits e outro de 6 bits.

A<B out A=B out A>B out


Comparador de 4 bits

A3 A2 A1 A0 B3 B2 B1 B0

2 – Dados os circuitos abaixo, indique com quais valores nas entradas A e B os leds acenderão.

+5V R +5V R

A<B out A=B out A>B out A<B out A=B out A>B out
Comparador de 4 bits Comparador de 4 bits

A3 A2 A1 A0 B3 B2 B1 B0 A3 A2 A1 A0 B3 B2 B1 B0

3 – Implemente um comparador de 6 bits utilizando o CI 7485 (comparador de 4 bits). Indique onde serão
ligados A5-A0 e B5-B0.

A<B out A=B out A>B out A<B out A=B out A>B out
A>B in A>B in
7485 A=B in 7485 A=B in
A<B in A<B in
A3 A2 A1 A0 B3 B2 B1 B0 A3 A2 A1 A0 B3 B2 B1 B0

7 – Dados os circuitos abaixo, indique com quais valores nas entradas A e B os leds acenderão.

+5V +5V

R R

A<B out A=B out A>B out A<B out A=B out A>B out
A>B in A>B in
7485 A=B in 7485 A=B in
A<B in A<B in
A3 A2 A1 A0 B3 B2 B1 B0 A3 A2 A1 A0 B3 B2 B1 B0

52
GERADOR / VERIFICADOR DE PARIDADE

Quando dados binários são transmitidos por um meio de transmissão qualquer (linha telefônica, RF
etc.), erros de transmissão podem ocorrer. Uma das maneiras de detectar erros é a utilização do bit de
paridade.
Para entender o método do bit de paridade é preciso antes saber dois conceitos:
* paridade par: diz-se que um número binário tem paridade par quando o mesmo,
independentemente do seu número de bits, possui um número PAR de ”uns” (1);
Ex.: 11000, 0011, 0000, 10100110
* paridade ímpar: diz-se que um número binário tem paridade ímpar quando o mesmo,
independentemente do seu número de bits, possui um número ÍMPAR de ”uns” (1);
Ex.: 11010, 1011, 0001, 11100110
Assim, para verificação de erros, faz-se uso de um gerador de paridade (no transmissor) e de um
verificador de paridade (no receptor). Para isso, um bit EXTRA e gerado para que a palavra binária que
representa um determinado caracter seja transmitida sempre com a mesma paridade (por exemplo, ímpar).
Se, no receptor, o verificador de paridade identificar a chegada de uma palavra com paridade par, o
receptor envia para o transmissor uma mensagem para retransmitir o bloco de dados, pois houve erro na
transmissão.
É interessante frisar que os 7 bits do código ASCII estão na medida exata, pois com o acréscimo
do bit de paridade, cada palavra que representa um caracter ficara com 8 bits, que é um padrão.

Ex.: caracter código ASCII ASCII com paridade


A 1000001 10000011
2 0110010 01100100
+ 0101011 01010111

O mesmo circuito utilizado na geração e também utilizado na verificação de paridade. Um


gerador/verificador para ser utilizado com palavras binárias de até 8 bits é mostrado abaixo:

D0
D1

D2
D3

ÍMPAR
D4
D5

D6
D7 PAR

Para uso como gerador, a entrada P deverá ser conectada a massa, enquanto que para uso como
verificador a mesma é usada como entrada do bit de paridade, como será visto a seguir.
Se quisermos trabalhar com paridade ímpar, a saída PAR deverá ser transmitida como bit de
paridade (P). Nesse caso, na recepção, um nível alto na saída PAR indica erro na transmissão.

CI 1 CI 2
74F280
74F280
D0 A EVEN A EVEN
D1 B B
D2 C ODD C ODD
D3 D D
D4 E E
D5 F F
D6 G G
D7 H H
I I

53
O SOMADOR/SUBTRATOR

Em sistemas digitais, muitas vezes torna-se necessário realizar operações aritméticas com os dados
binários. Um circuito somador binário pode ser utilizado para efetuar, além da adição, as operações de
subtração, multiplicação e divisão. Antes de estudar o circuito somador, é necessário que se tenha
conhecimento de como ocorre a adição e a subtração de números binários.

Adição Binária
Inicialmente, vamos verificar a soma de números de 1 bit:

1
0 0 1 1 1
+0 +1 +0 +1 +1

Agora, a partir das operações de 1 bit, podemos trabalhar com números de mais bits utilizando o
mesmo processo aplicado ao sistema decimal, ou seja, somando-se primeiro a coluna menos significativa
(da direita) e depois passando para a próxima, levando em consideração o “vai-um” da coluna anterior,
como mostrado nos exemplos abaixo:

10011 (1910 ) 11110000 (24010 )


+00111 ( 710 ) +00010001 ( 1710 )
(2610 ) (25710 )

Subtração Binária
Vejamos as seguintes subtrações:

0 1 1 10
-0 -0 -1 -1

Nota-se, no 4º exemplo, que estamos subtraindo 210 – 110’ sendo o resultado, obviamente, 110 . Um
exemplo com números maiores e mostrado abaixo:

11011 (2710 )
-00101 ( 510 )
(2210 )

No exemplo anterior, o resultado da subtração é 2210 . Imagine, no entanto, que o minuendo e o


subtraendo estejam trocados. Neste caso, o resultado da subtração seria -2210 , o que nos causaria um
problema, pois o sinal - (menos) tem de ser representado sob a forma binária (0 ou 1). Dessa forma, temos
que descobrir uma maneira de codificar os números negativos.

Números Negativos
a) Números sinal/magnitude
Normalmente, para representarmos números com sinal, utilizamos um bit de sinal, sendo que,
convencionalmente, o MSB é utilizado com essa função. Também por convenção, um nível ALTO no
mesmo indica um número NEGATIVO, enquanto que um nível BAIXO indica um número positivo. Por
esse sistema, com 4 bits, a magnitude máxima é 710 , como mostrado abaixo:

001 = 310 1011 = -310

Esse sistema, embora simples, normalmente é utilizado apenas nas conversões A/D (analógico para
digital), pois exigiria circuitos aritméticos complicados.

54
b) O complemento de dois
Para tornar os circuitos aritméticos mais simples, a SUBTRAÇÃO não é efetuada da forma direta,
e sim através de um método chamado de complemento de dois. 0 complemento de 2 é um método
simples de representar um número binário negativo. Funciona como um sistema contador de giros de um
tape-deck, onde um avanço na fita produz números positivos, e um retrocesso produz números
“negativos”, Assim, no tape-deck, se o conta-giros estiver zerado e andarmos 1 posição de fita para trás, o
mesmo ira registrar 999, que no entanto vale MENOS 1. Note que o maior número sem sinal do sistema
eqüivale a menos 1, o segundo maior a menos 2 e assim por diante. Se estivermos trabalhando com
números de 4 BITS, o MENOS 1 seria o 1111.
Abaixo, uma maneira fácil de encontrar o complemento de dois de qualquer número binário:

Complemento de 1 Complemento de 2
Número
(inversão de cada bit) (complemento de 1+1)
0001 (+110 ) 1110 1110+1=1111 (-110 )
0011 (+310 ) 1100 1100+1=1101 (-310 )
01110 (+1410 ) 10001 10001+1=10010 (-1410 )
01111111 (+12710 ) 10000000 10000000+1=100000001 (-12710 )

É importante salientar que, com o método do complemento de 2, o bit de sinal continua válido.
Assim sendo, com números de 8 bits COM SINAL (por este método), o maior número positivo será 12710
e o maior número negativo será -12810 . Também é importante lembrar que, se estivéssemos trabalhando
com aritmética SEM SINAL, o maior número com 8 bits seria 25510 .

EXERCÍCIO: Represente os seguintes números decimais da forma que eles seriam armazenados em um
sistema que trabalha com números de 8 bits e opera com o método do complemento de
dois:
a)+33 b)-100 c)+108 d)-12 e)-128

Subtração Pelo Método do Complemento de Dois


Sabe-se que efetuar uma subtração é a mesma coisa que fazer uma soma com o sinal do 2º termo
(subtraendo) invertido, ou seja, a operarão (+2710 ) - (+510 ), por exemplo, pode ser feita somando-se o
(+2710 ) com o (-510 ), como mostrado abaixo:
Nota-se que, como estamos trabalhando com números de 8 bits, o “vai-um” resultante no 9º bit é
desprezado.

EXERCÍCIO: Faça as seguintes subtrações, EM BINÁRIO:


a) 10310 - 3510 b) 4710 - 7210
c) 34H – 06H d) 20H – F2H

O Meio-Somador
O meio-somador é um circuito que faz a soma de dois números de 1 bit. O mesmo pode ser
utilizado para somar os bits menos significativos (LSB) de dois números binários de qualquer
comprimento. Este circuito é mostrado a seguir:

55
MEIO-SOMADOR
A B Cout S
A
vai-um soma S
0 0
B
0 1
1 0
1 1 C

C= A ⋅ B
S = A⋅B+ A⋅B = A ⊕ B

Simbologia:

A S A S
MS ou HA
B Ts B Cout

HA = Half Adder = Meio-Somador

O Somador Total
Para efetuarmos a soma de dois números a partir da 2ª coluna, precisamos de um circuito de 3
entradas, onde a 3ª entrada e o “vai-um” da coluna anterior. O somador total, circuito com essas
características, é mostrado abaixo:

Cin A B Cout S Cin A


B 00 01 11 10
0 0 0 0
0 0 1 1
0 1 0
0 1 1
Cout =
1 0 0
1 0 1 Cin A
B 00 01 11 10
1 1 0
0
1 1 1
1

S=

Circuito:
A

B S

Cout

Simbologia:
Te Ts Cin Cout
A ST ou A FA
B S B S

FA = Ful Adder = Somador total


56
Para que seja efetuada a soma de dois números de n bits, são necessários n blocos somadores.
Abaixo, temos um exemplo de um circuito capaz de somar 2 números de 4 bits:

A4 B4 A3 B3 A2 B2 A1 B1

A B Ci A B Ci A B Ci A B

FA FA FA HA
Co S Co S Co S Co S

Cout S4 S3 S2 S1

O Inversor Controlado
O inversor controlado é um circuito auxiliar ao Somador/Subtrator que será visto a seguir, São
mostrados abaixo seu circuito e sua tabela-verdade:

A4 A3 A2 A1
INV

INV Y4 Y3 Y2 Y1
0
1

Y4 Y3 Y2 Y1

Note que, quando a entrada de controle INV é BAIXA, o nibble aplicado às entradas A4 A3 A2 A1
passa sem alteração para as saídas Y4 Y3 Y2 Y1 . No entanto, quando INV e ALTA, nas saídas obtemos o
complemento de 1 do nibble de entrada.

O Somador/Subtrator
Como já foi dito antes, o mesmo circuito que faz a ADIÇÃO é usado para fazer a SUBTRAÇÃO.
Para isto, o mesmo faz uso do inversor controlado, como mostrado abaixo:

B4 B3 B2 B1
SUB

SUB Operação
0
1
A4 A3 A2 A1

A B Ci A B Ci A B Ci A B Ci

FA FA FA FA
Co S Co S Co S Co S

Carry S4 S3 S2 S1

No circuito acima, quando a entrada de controle SUB é baixa, o número B passa sem alteração
pelo inversor controlado. Desse modo, o somador de quatro bits soma o número A com o número B.
Quando a entrada SUB é alta, o inversor controlado produz o complemento de 1 do número B.
Além disso, o nível alto de SUB é aplicado ao Cin do 1º somador total e, com isso, estaremos somando o
complemento de 2 de B. O somador de 4 bits soma, então, o número A com o complemento de 2 do
número B, ou seja, executa a operação A-B.
57
EXERCÍCIO: Responda as questões abaixo:
a) Como o Carry deve ser considerado após uma soma? E após uma subtração?
b) Qual é o maior número sem sinal que pode ser obtido na saída do Somador/Subtrator? E o maior
número negativo?
c) O que deveria ser feito para que obtivéssemos a operação B-A?
d) Para que serve a 5ª porta EX-OR colocada no circuito Somador/Subtrator ? Explique.

PRÁTICA - SOMADOR/SUBTRATOR com 7483 e 7486


Dados os CIs 7483 - somador de nibbles (quádruplo somador total) e 7486 - quádruplo ex-or de 2
entradas, faça o que se pede:
A) Alimente os CIs corretamente.
B) Monte o circuito abaixo:

S
1
9 5 4 2 1
7486

7486 VCC - Pino 14


CI1 GND - Pino 7

7483
CI3
VCC - Pino 5
2 1 7483
GND - Pino 12
CI 2A
7486

C) Preencha a tabela abaixo:

A4 A3 A2 A1 B4 B3 B2 B1 SUB LEDs acesos


1 0 0 1 0 1 1 1 0
1 0 0 1 0 1 1 1 1
0 1 0 1 1 0 1 0 0
0 1 0 1 1 0 1 0 1

Conclusões: ___________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

58
Exercícios Complementares

1 – Faça as operações abaixo em binário e comprove-as em hexadecimal.

a) 120-4AH=________B b) 3FH+10011101B=________D c) 10011011B-250=_______H

d) 45D+110111B=_______B e) AFH-240=________D f)58+27=_______H

2 – Faça as subtrações com complemento de dois.

a)120-5Dh=__________ b) ABH-11110011B=_________ c) 40-FCH=___________

3 – Faça as operações abaixo, em binário:

a) 10D + 20D = d) 1010B + 1011B =


b) 10H + 20H = e) 1111B + 0011B =
c) 67FH + 2A4H = f) 1111B + 1111B =

4 – Implemente um somador de 8 bits, utilizando CIs 74LS83.

5 – Represente cada um dos números com sinal listados abaixo, no sistema complemento de 2. Use um
total de 8 bits, incluindo o bit do sinal:

a) +32 e) –1
b) –14 f) –128
c) +63 g) +127
d) –104 h) 0

6 – Cada um dos números a seguir representa um valor com sinal representado em complemento de 2.
Determine, em cada caso, o valor decimal correspondente:

a) 01101 e) 01111111
b) 11101 f) 100000
c) 01111011 g) 11111111
d) 10011001 h) 10000001

59
7 – Qual a faixa dos valores decimais com sinal que podem ser representados usando 12 bits, incluindo o
bit de sinal ? E sem sinal ?

8 – Quantos bits são necessários para representar os números decimais situados na faixa de –32768 a
+32767, incluindo ambos ?

9 – Efetue as seguintes operações, no sistema em complemento de 2. Use 8 bits, incluindo sinal, para cada
número. Verifique seus resultados convertendo-os de volta para o sistema decimal.

a) Adicione +9 a +6
b) Adicione +14 a –17
c) Adicione +19 a –24
d) Adicione –48 a –80
e) Subtraia +16 de +17
f) Subtraia +21 de –13
g) Subtraia +47 de +47
h) Subtraia –36 de –15
i) Subtraia +17 de –17
j) Subtraia –17 de –17

10 – Utilizando CIs 7483 e portas lógicas, implemente um somador / subtrator de 8 bits.

60

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