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CONVERSÕES ENTRE OS SISTEMAS
Para sabermos qual a equivalência física (a qual representamos com um número em decimal) de
qualquer base, basta também multiplicarmos cada dígito por uma potência da BASE considerada,
começando com a base elevada a zero (em Números inteiros), conforme mostra o exemplo a seguir:
1BD H
D⇒ D x 160 = 13
B⇒ B x 161 = 176
1⇒ 1 x 163 = 256
445
Portanto, 1BD H é igual a 445 D
44 2
0 22 2
0 11 2
1 5 2
1 2 2
0 1
Portanto, 4410 = 1011002
Obs.: 1 – O mesmo raciocínio utilizado com hexadecimal é também utilizado com números em octal.
2 – Para fazermos as conversões entre hexa e octal, utilizamos o binário como intermediária.
2
EXERCÍCIOS: Assinale V ou F para os números abaixo:
a) ( ) 234D h) ( ) ABCDEH
b) ( ) 678O i) ( ) CDEFGH
c) ( ) 10D j) ( ) EDB
d) ( ) 10B k) ( ) 210B
e) ( ) 10H l) ( ) 11010101D
f) ( ) 10O m) ( ) 10101010H
g) ( ) 0H n) ( ) 99H
- BIT = Binary digIT (dígito binário). Um bit pode ser “0” ou “1”.
- BYTE = 8 bits
- NIBBLE = 4 bits
- KBytes ou KB = 1024 Bytes = 210 Bytes
- MBytes ou MB = 1024 KBytes = 1.048.576 Bytes = 220 Bytes
- MSB = Most Significant Bit (bit mais significativo)
- LSB = Least Significant Bit (bit menos significativo)
EXERCÍCIO: Qual o maior número em binário, em decimal e em hexadecimal que se pode representar
utilizando:
a) 3 bits;
b) 1 nibble;
c) 1 byte;
d) 2 bytes.
a) 4 bits;
b) 8 bits;
c) 16 bits.
3
Os exercícios anteriores tem por finalidade introduzir uma noção de endereçamento de uma
memória de computador. Como os circuitos digitais trabalham apenas com dois níveis de tensão distintos
(nível baixo ou “0” e nível alto ou “1”), o sistema binário é utilizado neste caso.
Para acessarmos dados em uma memória, cada posição da memória terá um endereço (semelhante
a um edifício onde cada apartamento tem um número). Este endereço deverá ser indicado para que a
memória saiba onde colocar ou retirar dados, ou seja, indicar o endereço da posição.
Para nós é mais fácil utilizarmos o sistema decimal para indicar um endereço, por exemplo, 1o
endereço chamamos de endereço 0, o 2o de endereço 1, o 3o de endereço 2, e assim sucessivamente,
avançando a contagem em decimal. Mas para um circuito digital, esta contagem deverá ser feita em
binário, onde o 1o endereço ou posição seria o endereço 0B, o 2o o endereço 1B, o 3o o endereço 10B (2
decimal), o 4o o endereço 11B (3 decimal) e assim por diante.
Quando o endereço atinge valores elevados, torna-se complicado escrevermos em binário, pois o
endereço exigiria uma grande quantidade de dígitos, então para facilitar isto, utiliza-se o sistema
hexadecimal para indicarmos um endereço. Como exemplo disto, a posição de memória 4095D, em binário
seria 111111111111B. Caso utilizássemos o sistema hexadecimal, ficaria bastante simples representar este
endereço, bastando para isto apenas converter este valor para hexadecimal. O resultado seria FFFH, valor
este mais fácil de ser utilizado. O motivo de se utilizar o sistema hexadecimal esta na facilidade de
conversão entre o sistema binário.
Até agora foi abordado apenas a questão de endereço (ou posição) de memória sem falar
exatamente o que é uma posição de memória. Posição de memória é um “espaço” existente dentro de uma
memória, destinado ao armazenamento de dados (digitais). Estas posições variam o seu tamanho
dependendo do tipo da memória ou aplicação.
O tamanho de uma posição de memória pode ser variado. Este tamanho pode variar de 1 a quantos
bits forem necessários para guardar uma determinada informação. Normalmente computadores utilizam o
tamanho de 8 bits.
Lembrando: Bit é um dígito binário ( “0” ou “1” ).
Além da especificação do tamanho de uma posição, também torna-se necessário indicar quantas
posições a memória possui. Por exemplo, uma memória 512 x 8, indica que esta memória tem 512
posições de tamanho 8 bits. Se fosse uma memória de 1024 x 8, esta possui 1024 posições de 8 bits. Este
último exemplo é normalmente representado da forma 1K x 8, ou seja arredonda-se 1024 para 1K.
Os valores encontrados para o número de posições são sempre potência de 2. Voltando aos
exemplos anteriores, 512 é igual a 29 e 1024 é igual a 210 . O expoente indica quantos bits são necessários
para formarmos todos os endereços destas posições, ou seja, com 9 bits conseguimos obter 512
combinações ou números diferentes (de 0 a 511).
N° de combinações = 2 n° de bits
Um termo bastante utilizado em Eletrônica Digital é o byte. Byte é o nome dado a um número
formado por 8 bits. Se o número tiver 16 bits, dizemos que é um número de 2 bytes.
1 byte = 8 bits
Outro termo utilizado, é o nibble . Nibble é o nome dado a um conjunto de 4 bits. Se tivermos um
número binário formado por 4 bits, temos um nibble. Um byte é formado por 2 nibbles. Este termo é
menos comum que o byte, mas é encontrado quando se trabalha com microprocessadores.
1 nibble = 4 bits
1 byte = 2 nibbles
Voltando ao assunto de memórias digitais, é comum dizer que uma memória tem x bytes (x = n°
decimal). Por exemplo: 1 Kbytes, significa que esta memória tem 1K posições (este valor foi arredondado
pois na realidade são 1024 posições) de tamanho 8 bits (ou 1 byte). Então uma memória de 1024 x 8
(1024 posições x 8 bits) pode ser chamada de memória de 1 Kbyte.
4
FUNÇÕES LÓGICAS
FUNÇÃO NOT
S=A
A S
0 1 A S
INVERSOR: A S
1 0
FUNÇÃO AND
A B S
S= A ⋅ B A B
0 0 0
0 1 0
1 0 0 A S
Porta AND: S
1 1 1 B
FUNÇÃO OR
A B S A
0 0 0 S = A+B B
0 1 1 A
1 0 1 S S
Porta OR: B
1 1 1
FUNÇÃO NAND
A B S
0 0 1 S= A ⋅ B A S
0 1 1
1 0 1 A
Porta NAND: S B
1 1 0 B
FUNÇÃO NOR
A B S
0 0 1 S = A+B
0 1 0 A B S
1 0 0 A
S
1 1 0 Porta NOR: B
5
FUNÇÃO EX-OR
A B S 1 1
S= A⊕B A B
0 0 0
0 1 1 0 0
A S
1 0 1 Porta EX-OR S
B
1 1 0
Obs.: Uma porta ex-or existe para duas ou mais entradas, porém somente encontramos CIs
comerciais com EX-OR de duas entradas.
FUNÇÃO EX-NOR
1 1
A B
A B S S=A B
0 0 1 0 0
0 1 0 S
A
1 0 0 Porta EX-NOR S
B
1 1 1
Obs.: Uma porta ex-nor existe para duas ou mais entradas, porém somente encontramos CIs
comerciais com EX-NOR de duas entradas.
EXERCÍCIOS: Dados os circuitos, retire a expressão de saída e preencha a tabela-verdade de cada um.
Obs: Analise os resultados obtidos e compare as tabelas verdades obtidas nos vários circuitos.
a)
A S
b)
A
B S
c)
A S
B
d)
A
S
B
e)
A
S
B
6
f)
A
S
B
g) A
B
S
A
S
B
h)
A
B
S
i)
A
B S
j)
A
B S
k)
A
S
B
l)
A
S
B
m)
A
S
B
7
n)
A
S
B
o)
A
B S
p)
A
B S
C
q)
A
S
B
r)
A
B S
s)
A
B S
C
t)
A
B
C
D
S
8
PRÁTICA - VERIFICAÇÃO DO ESTADO DE PORTAS LÓGICAS
1 2 3 4 5 6 7
GND
B) Faça as combinações nas entradas e preencha as tabelas-verdade abaixo, de acordo com as medições
efetuadas no CI 7400. Meça as tensões nas saídas.
B) Compare o resultado obtido para as 4 portas com a tabela-verdade da porta NAND. Se conferir, então
as 4 portas estarão em bom estado.
1 2 3 4 5 6 10 9 8 13 12 11
0 0 V 0 0 V 0 0 V 0 0 V
0 1 V 0 1 V 0 1 V 0 1 V
1 0 V 1 0 V 1 0 V 1 0 V
1 1 V 1 1 V 1 1 V 1 1 V
C) Verifique com seus colegas o(s) tipo(s) de defeito(s) encontrado(s). Faça uma lista dos mesmos.
ATENÇÃO: As medições com o voltímetro nas saídas, normalmente indicarão de 0V a 0,4V para nível
baixo e de 3,3V a 4,2V para nível alto (saídas sem carga).
OBS.: * Qualquer tensão acima de 2,0V em uma entrada de TTL faz o CI interpretar essa tensão como
sendo nível lógico ALTO.
* Qualquer tensão abaixo de 0,8V em uma entrada de TTL faz o CI interpretar essa tensão como
sendo nível lógico BAIXO.
9
PRÁTICA – DESCOBRINDO AS PORTAS LÓGICAS EM UM CI
CIRCUITO INTEGRADO 1
Vcc
14 13 12 11 10 9 8
1 2 3 4 5 6 7
GND
B) Preencha as tabelas-verdade abaixo, de acordo com as medições efetuadas no CI dado;
1 2 3 4 5 6 10 9 8 13 12 11
0 0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 1 0 1 0 1
1 0 1 0 1 0 1 0
1 1 1 1 1 1 1 1
C) Compare o resultado obtido para as 4 portas com as tabelas–verdade das portas lógicas que você
conhece;
CIRCUITO INTEGRADO 2
Vcc 1 2 3 4 5 6
14 13 12 11 10 9 8 0
0
0
1
0
0
0
1
1 0 1 0
1 1 1 1
10 9 8 13 12 11
0 0 0 0
1 2 3 4 5 6 7 0 1 0 1
GND 1
1
0
1
1 0
1 1
B) Conclusão: O CI 74____ possui internamente 4 portas ___________ de 2 entradas.
10
CIRCUITO INTEGRADO 3
Vcc 2 3 1 5 6 4
14 13 12 11 10 9 8 0
0
0
1
0
0
0
1
1 0 1 0
1 1 1 1
8 9 10 11 12 13
0 0 0 0
0 1 0 1
1 2 3 4 5 6 7 1 0 1 0
GND 1 1 1 1
CIRCUITO INTEGRADO 4
Vcc
14 13 12 11 10 9 8
1 2 3 4 5 6 7
GND
1 2 3 4 5 6 9 8 11 10 13 12
0 0 0 0 0 0
1 1 1 1 1 1
11
EXPRESSÕES E CIRCUITOS LÓGICOS
B
A
S1 = A+B
B
S =S1.S2
A
S =(A+B) . (A+B)
B
S2 =A+ B
Obs.: Note a presença dos parênteses para indicar a prioridade das operações.
EXECÍCIOS: Faça o levantamento das expressões de saída e construa a tabela-verdade para os circuitos
abaixo:
A B
a) A b)
B
C
S
A
B
C
Como já foi visto, uma expressão representa um circuito lógico. Deveremos, portanto, ser capazes
de implementar o circuito a partir da mesma.
* Inicialmente, separa-se a expressão original, de acordo com as precedências, que obedecem a
seguinte ordem:
1º - barras de inversão e parênteses;
2º - função AND;
3º – função OR.
* A partir de então, para cada função lógica indicada na expressão, coloca-se a porta lógica
correspondente, de acordo com o exemplo abaixo:
S =AC + B(A+DB+C) S1 = AC
S1 S2 S2 = B + C
S3 S3 = D.S2
S4 S4 = A + S3
S5 S5 = B.S4
S = S1 + S5
S
12
Circuito lógico.
A B C D
S1
S5
S4
S3
S2
Tabela-verdade:
A B C D S1 S2 S3 S4 S5 S
0 0 0 0 1 1 0 0 0 1
0 0 0 1 1 1 1 1 0 1
0 0 1 0 1 0 0 0 0 1
0 0 1 1 1 0 0 0 0 1
0 1 0 0 1 0 0 0 0 1
0 1 0 1 1 0 0 0 0 1
0 1 1 0 1 0 0 0 0 1
0 1 1 1 1 0 0 0 0 1
1 0 0 0 1 1 0 1 0 1
1 0 0 1 1 1 1 1 0 1
1 0 1 0 0 0 0 1 0 0
1 0 1 1 0 0 0 1 0 0
1 1 0 0 1 0 0 1 1 1
1 1 0 1 1 0 0 1 1 1
1 1 1 0 0 0 0 1 1 1
1 1 1 1 0 0 0 1 1 1
a) S = (
(D. ( C + B ) .A). D + C ) b) S = A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ C + C ⋅ B
c) S = A. B + A .B d) S = A . B +A.B
g) S = A.(B+C.(A+B+C)) h) S = A+B+C.(A.C+A.B+B.C)
13
IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO LÓGICO E DA EXPRESSAO LÓGICA A PARTIR DA
TABELA-VERDADE
A B C
0 0 0 ⇒ A ⋅B⋅C
0 0 1 ⇒ A ⋅B⋅C
0 1 0 ⇒ A ⋅B⋅C
0 1 1 ⇒ A ⋅B⋅C
1 0 0 ⇒ A ⋅B⋅C
1 0 1 ⇒ A ⋅B⋅C
1 1 0 ⇒ A ⋅B⋅C
1 1 1 ⇒ A ⋅B⋅C
B) Aplicação do Método
* Sempre que o valor da saída for “1”, o produto fundamental da posição correspondente é válido.
Faz-se a “soma de produtos”, ou seja, a função lógica OR com os produtos fundamentais
considerados válidos.
A B C S
0 0 0 1 ⇒ A ⋅B⋅C
0 0 1 0
⇒ A ⋅B⋅C
0 1 0 1
⇒ A ⋅B⋅C
0 1 1 1
1 0 0 0 ⇒ A ⋅B⋅C
1 0 1 1 ⇒ A ⋅B⋅C
1 1 0 1
1 1 1 0
Expressão lógica:
S = A ⋅B⋅C + A ⋅B⋅C + A ⋅B⋅C + A ⋅B⋅C + A ⋅B⋅C
14
A
C) Implementação
B
EXERCÍCIO: Implemente o circuito e construa a expressão para cada uma das tabelas-verdade
abaixo:
a) A B C S b) A B S
0 0 0 1 0 0 1
0 0 1 1 0 1 1
0 1 0 0 1 0 0
0 1 1 0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 1
1 1 1 0
A)
A B C S
A 1 0 0 0
3
B 2 0 0 1
7408
4 0 1 0
6 S
C 5 0 1 1
7408 1 0 0
1 0 1
1 1 0
1 1 1
15
B)
A B C S
0 0 0
1
A 3 0 0 1
B 2 0 1 0
4
7400 6 S 0 1 1
5
C 1 0 0
7400 1 0 1
1 1 0
1 1 1
C)
A B C S
1 0 0 0
A 3
2 0 0 1
B
4 0 1 0
7432 6 S
5 0 1 1
C
1 0 0
7432
1 0 1
1 1 0
1 1 1
D)
7404
A 1 2
1
A B S
3 S 0 0
2
B 3 4 0 1
7404 7408 1 0
1 1
E)
7404
1 2 A B S
A 1
3 0 0
2 S
B 3 4 0 1
7432 1 0
7404
1 1
16
Exercícios Complementares - EXPRESSÕES E CIRCUITOS LÓGICOS
17
Projetos de
Eletrônica Digital
1 – Em uma determinada empresa, os membros da diretoria detêm todo o capital, que está assim
distribuído:
A detém 45%
B detém 30%
C detém 15%
D detém 10%
Cada membro tem poder de voto igual à sua participação no capital. Para que algo seja aprovado, é
necessário que o total de votos seja superior a 50%.
Projete um circuito que faça um LED acender toda vez que a votação for aprovada e outro quando a
votação não for.
2 – Um automóvel tem um sistema de aviso ao motorista que funciona da seguinte maneira: um sinal
sonoro de advertência soa se o motor estiver ligado e o freio de estacionamento estiver acionado ou se o
motor NÃO estiver ligado e os faróis estiverem acesos.
3 – Um forno de microondas deve funcionar quando a porta estiver fechada, “timer” acionado e o botão de
Liga/Desliga acionado. Mas a luz interna deve ficar acesa sempre que a porta estiver aberta, ou quando o
forno estiver funcionando. Implemente o circuito para fazer este controle.
3 4
5 6 7 8
18
4 – Em uma casa será instalado 2 caixas d’água. Nestas caixa estão posicionados 2 sensores (em cada
uma) que indicarão a existência de água ou não. Serão colocados ainda uma ELETROVÁLVULA, com a
função de controlar a passagem da água da rua para a caixa 1 (de baixo) e uma MOTOBOMBA, a qual
tem a função de mandar água da Caixa 1 para a Caixa 2 (de cima), conforme o desenho.
Sensor A
Sensor
B
Caixa 2
Saída
de água
Entrada (para casa)
de água Sensor C
Basicamente, este sistema deverá manter as caixas sempre com água, não esquecendo que a
MOTOBOMBA não poderá funcionar sem que por ela passe água.
E por último deverá existir um alarme, para avisar quando ocorrer situações impossíveis (Ex.: existir
água na parte de cima e não existir na parte de baixo de uma mesma caixa).
19
ÁLGEBRA DE BOOLE
POSTULADOS E TEOREMAS
A=A 1º Teorema: A + B = A ⋅ B
2º Teorema: A ⋅ B = A + B
SIMPLIFICAÇÃO DE EXPRESSÕES
Exemplo 1
S
Simplificação da expressão:
S = A.C + B.C A
C
S
B
20
Exemplo 2
( ( )
B
S = A ⋅ ( B + C) ⋅ D) ⋅ A + B
D S
B
Simplificação da expressão: C
S = (A ⋅ (B + C) + D) ⋅ A ⋅ B( )
S= (A ⋅ B + A ⋅ C + D) ⋅ (A ⋅ B)
S = A ⋅B⋅A ⋅B + A ⋅B⋅A ⋅C + A ⋅B⋅D
como A ⋅ B=
⋅A⋅B 0 e A ⋅ B=
⋅A⋅C 0
EXERCÍCIO: Simplifique através da álgebra de Boole e monte o circuito simplificado para cada uma
das expressões abaixo:
21
Exercícios Complementares – ÁLGEBRA DE BOOLE – Simplificação de expressões logicas
3) S = A ⋅ B ⋅ C+A ⋅ B ⋅ C+A ⋅ B ⋅ C (
4) S = D ⋅ C+C ⋅ A + A ⋅ D ⋅ A + C ⋅ A + C ⋅ B )
5) S = A ⋅ (B + C) ⋅ D ⋅ A + B 6) S = A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C
7) S = A ⋅ B + A ⋅ B 8) S = ( A + B + C) ⋅ ( A + B + C)
9) S = A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ C ( )
10) S = ( Q + R ) ⋅ Q + R
13) S = (B + C) ⋅ (B + C) + A + B + C 14) S = ( A + B + C) ⋅ ( A + B + C)
15) S = A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C+A.B.C 16) S = A ⋅ B ⋅ C ⋅ D + A ⋅ B ⋅ C ⋅ D + A ⋅ B ⋅ C ⋅ D
17)
= S C+D + A.C.D+A.B.C+A.B.C.D+A.C.D 18) S = A ⋅ B + C + D + B ⋅ A ⋅ B ⋅ D
(
27) S = A + D + B ⋅ A ⋅ C + A ⋅ B ⋅ D ) 28) S = (A + B) ⋅ C + D ⋅ ( C + B )
29) S =
A + B + C + A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C 30) S = D + A⋅B ⋅ C ⋅ A ⋅ (B + D)
39) S = A + A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ C 40) S = (A ⋅ B + C + D) ⋅ (C + D) ⋅ (C + D + E)
41) S = (A + B + A ⋅ B) ⋅ (A ⋅ B + A ⋅ C + B ⋅ C) 42) S = A ⋅ B + A ⋅ B + A ⋅ B
47) S = X ⋅ Y ⋅ Z ⋅ (X + Y + Z) 47) S = A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ C + A ⋅ B
49) S = A ⋅ B ⋅ C ⋅ (A + B + C) 50) S = A ⋅ B ⋅ (D + D ⋅ C) + (A + A ⋅ C ⋅ D) ⋅ B
51) S = (W + X + Y) ⋅ (W + X + Y) ⋅ (Y + Z) ⋅ (W + Z) 52) S = A ⋅ B + B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C
53) S = (A + B + C) ⋅ (A + B + C) ⋅ (A + C) 54) S = A ⋅ [ B + C ⋅ (A + B + C) ]
55) S = A + B + C ⋅ (A ⋅ C + A ⋅ B + B ⋅ C) 56) S = A + B ⋅ C ⋅ (D + A ⋅ (C ⊕ B)
57) S = A + B ⋅ C ⋅ (D + A ⋅ (C B) 58) S = D ⋅ ( C + B ) ⋅ A ⋅ D + C
22
59) S = A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C + A.B.C (
60) S = D + A ⋅ B ⋅ C ⋅ A ⋅ B + D )
(
61) S = D + A ⋅ B ⋅ C ⋅ A ⋅ C + B ) 62) S = A ⋅ C + B + D + C ⋅ A ⋅ C ⋅ D
63) S = (C ⊕ D) ⋅ (A + D) ⋅ B + C ⋅ D + A ⋅ B + C ⋅ (A + B) + A ⋅ B ⋅ C Rta: S = A ⋅ C ⋅ D + A ⋅ B ⋅ C ⋅ D
64) S = (C ⊕ D) ⋅ A + D ⋅ B + C ⋅ D + A ⋅ B + C ⋅ (A + B) + A ⋅ B ⋅ C
65) S = A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B ⋅ C
66) S = (A + B + C + D) ⋅ (A + B + C + D) ⋅ (A + B + C + D) ⋅ (A + B + C + D) ⋅ (A + B + C + D) ⋅ (A + B + C + D)
PORTAS UNIVERSAIS
As portas NAND e NOR são consideradas PORTAS UNIVERSAIS, pois qualquer circuito pode
ser montado somente com o uso de NANDs ou somente com o uso de NORs.
EXEMPLOS:
23
TABELA 1 TABELA 2
A B S A B C S
0 0 1 0 0 0 1
0 1 0 0 0 1 1
1 0 1 0 1 0 0
1 1 1 0 1 1 0
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 1
De posse do CI 7400,
1) OR 2)NOR 3) EX-OR
A B S A B S A B S
0 0 0 0 0 0
0 1 0 1 0 1
1 0 1 0 1 0
1 1 1 1 1 1
Conclusão: ____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
PRÁTICA COMPLEMENTAR
A)
A S 2 3
0 A 1 4 S
1 7404 7404
Conclusão: ____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
B)
A B S
0 0 A 1
3 1 2 S
0 1 B 2
1 0 7404
7408
1 1
Conclusão: ____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
24
C)
A B S
0 0 A 1 3 1 2S
0 1 B 2
1 0 7404
7400
1 1
Conclusão:____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
D)
A B S
0 0 A 1 3
4
6 S
0 1 B 2 5
1 0 7400 7400
1 1
Conclusão:____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
E)
A B S
0 0 1
A 3 1 2
0 1 S
B 2
1 0 7404
1 1 7432
Conclusão:____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
F)
A B S
A 2 5
0 0 1 4 S
0 1 B 3 6
1 0 7402 7402
1 1
Conclusão:____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
G)
A B C S
0 0 0
0 0 1 3
0 1 0 A 13
B 1 12 4
5
6 S
0 1 1 C 2
1 0 0
1 0 1 7410 7410
1 1 0
1 1 1
Conclusão:____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
25
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
b) S = A+B+A+B Rta: S = 1
c) S = (D.(C+B).A).(D+C) Rta: S = 1
m) S = A.B.C.D+A.B.C.D+A.B.C.D+A.B.C.D+A.B.C.D+A.B.C.D+A.B.C.D
n) S = A.(A+ B)+B.(A . B)
o) S = A+B.C+A
p) S = A.B+C.(A+B)
q) S = (A.B.C+A.B+A).C
r) S = [(A.B)+(C.D)]+[(A.D.C)+(C.D.B)].A
a) S = A+B+C b) S = A.(B.C)
e) S = A.C.D+B.C.D+A.B.C.D f) S = A.B+A.B
g) S = A.B+A.C.D h) S = D.(A.B)+A.B.C
i) S = A.B.C j) S = B.C+A.C
k) S = A.B.D+B.C+A.C.D+A.C.D l) S = A.B.C
m) S = A.B.C n) S = A+B+C
o) S = A.(C+B.D) p) S = A.B+B.C
26
EXERCÍCIOS: Identifique a função lógica representa por cada um dos circuitos abaixo:
a) ______________ b) ______________
A A
S S
B B
c) ______________ d) ______________
A A
S S
B B
e) ______________ f) ______________
A S
A
B S
g) ______________
A S C
27
MAPAS DE VEITCH-KARNAUGH
S = A ⋅ B ⋅ C + A ⋅ B⋅C
S= A ⋅B ⋅ (C + C)
S = A ⋅ B ⋅ (1)
S= A ⋅B
A
B 0 1 A A
0 ou B
1 B
Exemplo de utilização:
Através dos mapas de Karnaugh, implemente o circuito simplificado para a tabela-verdade abaixo:
A B S
0 0 1 A.B
0 1 0 S = A.B + A.B + A.B
1 0 1 A.B
1 1 1 A.B
Seqüência de utilização:
1º - colocar cada nível alto (1) da saída da tabela-verdade na sua posição correspondente no mapa;
2º - agrupar aos pares, se possível, (potência de dois), os “uns” adjacentes (estando assim a realizar
a simplificação);
3º - retirar do mapa, de cada agrupamento, o produto fundamental simplificado (em um
agrupamento, só serão válidas as variáveis que não mudam de valor ao longo de todo
agrupamento);
4º - fazer a “soma de produtos”;
5º - implementar o circuito.
Assim:
A
B 0 1 A
S
0 1 1→B S=A+B
B
1→ A
28
Mapa para 3 variáveis
AB A A
C 00 01 11 10 C
0 C
1 B B B
A
BC 00 01
00
01
11
10
Utilização: Seguem-se, no mapa de três variáveis, os mesmos passos do mapa de duas variáveis.
Dica: Para facilitar a colocação dos uns no mapa, pode-se colocar, em cada posição do mesmo, o
equivalente decimal aquela posição, como mostrado abaixo:
AB
C 00 01 11 10
0 0 2 6 4
1 1 3 7 5
Exemplo: Coloque no mapa cada um dos níveis altos da tabela abaixo, simplifique, e implemente o
circuito simplificado.
A B C S Eq. decimal
0 0 0 1 0
0 0 1 1 1
0 1 0 0 2
0 1 1 0 3
1 0 0 1 4
1 0 1 0 5
1 1 0 0 6
1 1 1 0 7
Como pode ser observado na tabela, a saída esta em nível alto nas posições 0, 1 e 4. Assim, é só
colocar esses três “uns” em suas posições no mapa.
Obs.: * Quatro “uns” (4 = 22 ) adjacentes (lineares ou formando um quadrado) constituem uma QUADRA.
* Quanto maior for a quantidade de “uns” em um agrupamento, maior será a simplificação.
Ex.: Se houver a possibilidade de se agrupar uma quadra ou dois pares, deve-se dar preferência
para a quadra, pois ela constitui uma simplificação maior.
29
Os mapas de Karnaugh são “giratórios”, ou seja, pode-se fazer, por exemplo, um par com as
posições 0 e 4, pois na verdade elas constituem duas posições adjacentes.
AB
C 00 01 11 10 11 10 00 01
0 0 1 2 6 4 1 6 4 1 0 1 2
1 1 1 3 7 5 7 5 1 1 3
EXERCICIOS: Simplifique, através dos mapas de Karnaugh, e monte o circuito simplificado para cada
uma das saídas abaixo:
30
Mapa para 4 variáveis
AB A A
CD 00 01 11 10 D
00 C D
01 OU C
11 D
10 B B B
Utilização: Seguem-se nos mapas de 4 variáveis os mesmos passos que nos mapas de duas e três
variáveis.
Obs.: * Quanto maior a quantidade de “uns” em um agrupamento, maior será a simplificação.
* Oito “uns” adjacentes formam um OCTETO.
A B C D S AB
0 0 0 0 1
CD 00 01 11 10
0 0 0 1 1
0 0 1 0 1 00 1 1
0 0 1 1 1 01 1 1 1
0 1 0 0 1 11 1 1 1
0 1 0 1 1
0 1 1 0 1 10 1 1
0 1 1 1 1
1 0 0 0 0
1 0 0 1 1
1 0 1 0 0 OCTETO = A
1 0 1 1 1 QUADRA = B.D
1 1 0 0 0
1 1 0 1 0
1 1 1 0 0 S = A + B.D
1 1 1 1 0
AB
CD 00 01 11 10
1
S = A.B.C +
01 1 1 1
S = B.D + A.B.C + A.C.D + A.B.C + A.C.D
11 1 1 1
10 1
31
No exemplo acima, temos uma quadra central e quatro pares. Porém, todos os “uns” da quadra
pertencem a um dos pares. Logo, a quadra e redundante. O objetivo de uma simplificação é reduzir um
circuito ao seu tamanho mínimo, diminuindo o custo do projeto, o tamanho das placas e a complexidade
dos circuitos. Assim, sempre que tivermos grupos redundantes, devemos eliminá-los. Se eliminarmos o
grupo redundante do exemplo acima, teremos a seguinte expressão:
EXERCICIOS: Simplifique, através dos mapas de Karnaugh, e monte o circuito simplificado para cada
uma das saídas abaixo:
A B C D S1 S2 S3 S4 S5 S6
0 0 0 0 1 1 0 0 1 1
0 0 0 1 0 1 1 0 1 1
0 0 1 0 1 1 0 1 0 0
0 0 1 1 0 1 0 1 1 1
0 1 0 0 0 1 0 0 1 0
0 1 0 1 1 0 1 0 1 0
0 1 1 0 0 1 0 1 0 0
0 1 1 1 1 0 1 1 1 1
1 0 0 0 1 1 0 1 1 1
1 0 0 1 0 1 0 1 1 1
1 0 1 0 1 1 0 0 1 0
1 0 1 1 0 1 1 0 1 1
1 1 0 0 0 0 0 1 0 0
1 1 0 1 1 0 0 1 1 1
1 1 1 0 0 0 1 1 0 1
1 1 1 1 1 0 1 1 1 1
G) Conclusão: _________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
32
Exercícios Complementares
EXERCÍCIOS: Dadas as tabelas-verdade, implemente o circuito simplificado para cada uma das saídas:
A B C S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8
0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1
0 0 1 1 0 0 1 0 0 1 1
0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 0
0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0
1 0 0 0 1 1 0 1 0 1 1
1 0 1 0 0 1 1 0 1 1 1
1 1 0 0 0 0 1 0 1 1 0
1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 0
A A
B B
C 00 01 11 10 C 00 01 11 10
0 0 2 6 4 0 0 2 6 4
1 1 3 7 5 1 1 3 7 5
S1 = ____________ S2 = ____________
A A
B B
C 00 01 11 10 C 00 01 11 10
0 0
1 1
S3 = ____________ S4 = ____________
A A
B B
C 00 01 11 10 C 00 01 11 10
0 0
1 1
S5 = ____________ S6 = ____________
A A
B B
C 00 01 11 10 C 00 01 11 10
0 0
1 1
S7 = ____________ S8 = ____________
33
A B C D S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10
0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1
0 0 0 1 1 0 1 1 0 1 0 1 1 1
0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1
0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1
0 1 0 0 1 1 0 0 0 1 1 1 0 1
0 1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1
0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1
0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1
1 0 0 0 1 0 1 1 1 1 0 1 0 1
1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1
1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1
1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 1 0 1 1
1 1 0 0 0 1 0 0 1 1 0 1 1 1
1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1
1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 1
1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0
A A A
C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10
D D D
00 0 4 1 2 8 00 00
01 1 5 1 3 9 01 01
11 3 7 1 5 1 1 11 11
10 2 6 1 4 1 0 10 10
A A A
C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10
D D D
00 00 00
01 01 01
11 11 11
10 10 10
A A A
C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10
D D D
00 0 4 1 2 8 00 00
01 1 5 1 3 9 01 01
11 3 7 1 5 1 1 11 11
10 2 6 1 4 1 0 10 10
34
EXERCÍCIOS: Dados os mapas abaixo, retire a expressão simplificada de cada um:
A A A A A
B 0 1 B 0 1 B 0 1 B 0 1 B 0 1
0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A A A
B B B
C 00 01 11 10 C 00 01 11 10 C 00 01 11 10
0 1 1 0 1 1 0 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1
A A A
B B B
C 00 01 11 10 C 00 01 11 10 C 00 01 11 10
0 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1
A A A
B B B
C 00 01 11 10 C 00 01 11 10 C 00 01 11 10
0 1 1 0 1 1 0 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
A A A
C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10
D D D
00 1 1 00 1 00 1 1
01 1 1 01 1 1 1 01 1 1
11 1 1 11 1 1 1 11 1 1
10 1 1 10 1 10 1 1
A A A
C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10
D D D
00 1 00 1 1 00 1 1
01 1 1 01 1 1 1 01 1 1
11 1 1 11 1 1 1 11 1 1
10 1 10 1 1 10 1
35
A A A
C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10 C B 00 01 11 10
D D D
00 1 1 1 1 00 1 1 1 00 1 1
01 1 1 01 1 1 1 01 1
11 1 1 11 1 1 1 11 1
10 1 1 1 1 10 1 1 1 10 1 1
A)
A
B
S
B)
A
B
S
C
D
36
CÓDIGOS
CÓDIGO BCD
O código BCD será visto porque circuitos como alguns decodificadores utilizam números em
BCD. Também algumas calculadoras de bolso fazem suas operações em BCD.
BCD é uma abreviação de Decimal Codificado em Binário (Binary Coded Decimal). O código
BCD expressa cada circuito de um número decimal por seu NIBBLE (4 bits) equivalente.
Ex.: 5 3 1 (decimal)
Como foi visto, o número 53110 escrito em BCD é 0101 0011 0001.
Obs.: Não confunda BCD com BINÁRIO.
Ex.: 1210 em BCD é 0001 0010 (quatro bits para cada dígito) e em binário é 1100.
O CODIFICADOR BCD
Abaixo, temos um circuito que faz a codificação em BCD:
+VCC
0
4 Ao
circuito
5 de
retenção
6
Saídas BCD
37
O CÓDIGO ASCII
Apesar de o código BCD ser bastante utilizado em eletrônica digital, ele não serve para fazer a
entrada e/ou saída de informações em um computador, pois, neste caso, precisamos de um código que
sirva também para letras e símbolos, além dos números. Um código deste tipo é chamado de alfanumérico.
Antigamente, cada fabricante utilizava seu próprio código alfanumérico, o que impossibilitava,
por exemplo, que a impressora de um fabricante fosse utilizada com o computador de outro fabricante.
Para acabar com este problema, surgiu o código ASCII – American Standard Code for Information
Interchange (Código Padrão Americano para Troca de Informações).
BIN + signific. 000 001 010 011 100 101 110 111
HEX 0 1 2 3 4 5 6 7
- signific DEC 0 16 32 48 64 80 96 112
0000 0 0 NUL DLE SP 0 @ P ‘ p
0001 1 1 SOH DC1 ! 1 A Q a q
0010 2 2 STX DC2 “ 2 B R b r
0011 3 3 ETX DC3 # 3 C S c s
0100 4 4 EOT DC4 $ 4 D T d t
0101 5 5 ENQ NAK % 5 E U e u
0110 6 6 ACK SYN & 6 F V f v
0111 7 7 BEL ETB ` 7 G W g w
1000 8 8 BS CAN ( 8 H X h x
1001 9 9 HT EM ) 9 I Y i y
1010 A 10 LF SUB * : J Z j z
1011 B 11 VT ESC + ; K [ k {
1100 C 12 FF FS , < L \ l |
1101 D 13 CR GS - = M ] m }
1110 E 14 SO RSV . > N ^ n ~
1111 F 15 SI US / ? O - o DEL
* Para se obter o código ASCII de um caracter em binário ou em hexadecimal, basta unir a parte mais significativa
equivalente ao caracter (nas colunas) com a parte menos significativa (mostrada nas linhas). Já para se saber o equivalente
decimal para cada caracter, SOMA-SE o valor indicado pela linha com o valor indicado pela coluna.
Ex.: O código ASCII para o caracter } é 111 1101 em binário e 112+13=125 em decimal.
38
DECODIFICADORES
DCBA S0 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9
0000
0001
0010
0011
0100
0101
0110
0111
1000
1001
1010
1011
1100
1101
1110
1111
De acordo com a tabela anterior, o número da saída ativa representará o decimal equivalente ao
BCD de entrada.
É importante observar que, como as últimas 6 posições da tabela NÃO PERTENEM AO CÓDIGO
BCD, tanto faz o nível lógico que aparecerá nas saídas. Assim, preencheremos as saídas para essas 6
posições com “X”, que pode ser um “0” ou um “1”, pois isto tornará o circuito mais simples.
X = Irrelevante (don’t care)
Obs.: Caso se queira que nenhuma saída fique ativa para códigos inválidos nas entradas,
deveremos preencher as últimas 6 posições da tabela (para todas as saídas) com “0”.
EXERCÍCIOS:
39
PRATICA – CI 7445
R L1
R L2
R L3
0
1 R
2
L4
A 3
B 4
C 5 R
D 6 L5
7
8
9
R L6
7445 R L7 Obs.:
R L8
* Não esqueça de alimentar o 7445.
∗ VCC – pino 16 GND – pino 8.
R
L9 ∗ “D” é a entrada mais significativa.
Conclusão: ________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
EXERCÍCIO: Explique por que cada saída do 7445 tem uma “bolinha”.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
40
Informações Complementares:
1- O 7445 é um CI TTL, portanto a sua alimentação é +5Vcc ± 5%.
2- A corrente máxima por saída no 7445 é 80mA.
3- O 7445 é um CI com saída tipo coletor aberto. Neste tipo de CI as saídas, se estiverem
desconectadas, estarão todas em alta impedância (equivalente a um circuito aberto). O circuito equivalente
para o último estágio de cada saída está mostrado abaixo. Note que é necessário um resistor elevador
(pull-up) para o correto funcionamento desse tipo de saída.
VCC
PULL-UP
saída em alta Z
funcionamento normal
O modo mais comum de ”mostrar” um número (ou caracter) que está em BCD, ou em outro código
digital qualquer, é através de um display de 7 segmentos. Os displays mais comuns, hoje em dia, são os
com LED (Light Emmiter Diode = diodo emissor de luz) ou com LCD (Liquid-Crystal Displays =
mostradores de cristal líquido), embora existam outros tipos (display a gás, por exemplo).
Inicialmente, vamos nos deter nos displays com LED porque são disponíveis em unidades de único
digito ou unidades com até 10 displays, enquanto os LCD não são disponíveis em um único digito e
devem ser requisitados para uma aplicação particular.
a b c d e f g dp COMUM
gf a b
a
COMUM COMUM
d dp
e d c dp
a b c d e f g dp COMUM
41
O Decodificador
Como o nome indica, esse circuito faz com que o número equivalente ao código BCD das entradas
seja mostrado em um display de 7 segmentos.
Exemplo: Preencha a tabela-verdade para um decodificador BCD / 7 segmentos que deverá acionar
um display do tipo catodo comum.
DCBA Sa Sb Sc Sd Se Sf Sg
0000
0001
0010
0011
0100
0101
0110
0111
1000
1001
1010
1011
1100
1101
1110
1111
D D
BAC 00 01 11 10 BAC 00 01 11 10
00 00
01 01
Sa Sb
11 11
10 10
D D
BAC 00 01 11 10 BAC 00 01 11 10
00 00
01 01
Sc Sd
11 11
10 10
42
D D
BAC 00 01 11 10 BAC 00 01 11 10
00 00
01 01
Se Sf
11 11
10 10
D D
BAC 00 01 11 10 BAC 00 01 11 10
00 00
01 01
Sg reserva
11 11
10 10
PRÁTICA – CI 7448
13 12 11 10 09 15 14
São mostrados ao lado a pinagem e o bloco lógico do CI
7448, o qual é um decodificador BCD para 7 segmentos a b c d e f g
acionador de display catodo comum. Note a presença de três
entradas de controle (LT, BI e RBI) e uma saída (RBO), todas
ativas em nível baixo, conforme pode ser visto pelo bloco
lógico.
BI/
D C B A RBO RBI LT
06 02 01 07 04 05 03
De posse do CI 7448,
A) monte o circuito abaixo:
Obs.:
∗ VCC – pino 16
∗ GND – pino 8
∗ Não esqueça de alimentar o 7448
∗ “D” é a entrada mais significativa
a b c d e f g
BI/
D C B A RBO RBI LT
B) verifique se o display acende corretamente para cada combinação do código BCD de entrada;
C) verifique o que acontece com o display quando há, nas entradas do decodificador, uma
combinação que não pertence ao código BCD;
43
D) experimente ativar uma entrada de controle por vez para verificar a função de cada uma das
três entradas, anotando suas conclusões a seguir:
Informações Complementares
1 - O pino 4 tem função dupla: se utilizado como entrada, BI estará em funcionamento; se utilizado
como saída, RBO (Ripple Blanking Output) estará sendo utilizada.
2 - A saída RBO tem o seguinte comportamento: se DCBA=0000 e RBI=0, RBO enviará um nível
baixo; caso contrário, enviará um nível alto.
3 - Uma série de dados referentes ao CI 7448, bem como a outros decodificadores BCD / 7
segmentos, podem ser encontrados nos manuais dos fabricantes.
Exemplo de utilização de RBO:
D D D D
C C C C
B B B B
A A A A
Conclusão:
RBO - (Ripple Blanking Output = saída de apagamento para ligação em cascata): __________
_________________________________________________________________________________
PRÁTICA – CI 9368
Assim como o CI 7448, o CI 9368 também é um decodificador TTL para ser utilizado com
displays do tipo cátodo comum, porém possui duas diferenças básicas:
a) o pino 3 tem outra função(LE);
b) não se trata de um decodificador BCD.
Para descobrir no que implicam essas diferenças, faça o que se pede:
VCC – pino 16
GND – pino 8
13 12 11 10 09 15 14
a b c d e f g
BI/
D C B A RBO RBI LE
06 02 01 07 04 05 03
44
B) Com as entradas de controle todas desativadas, preencha a tabela- verdade abaixo:
45
MULTIPLEXADORES E DEMULTIPLEXADORES
Multiplex significa muitos em um. Um multiplexador (ou MUX) é um circuito que possui muitas
entradas de dados, mas somente uma saída. Através de m entradas de controle, podemos direcionar
qualquer uma das n entradas de dados para a saída. O número de entradas de dados que um MUX pode
direcionar é dado pela seguinte relação:
n = 2m
O Multiplexador 2 para 1
O multiplexador mais simples é aquele que possui duas entradas de dados. O mesmo é mostrado
abaixo:
D0
S A D0 D1 S
0 0 0
D1 0 0 1
0 1 0
A 0 1 1
1 0 0
Nota-se pela tabela ao lado que, quando a entrada de controle 1 0 1
”A” é “0”, a saída é igual a ____. Por outro lado, quando a entrada de 1 1 0
controle ”A” é igual a “1”, a saída é igual a ____. 1 1 1
D 0 M UX
2x1 S
D1 A
O Multiplexador 4 para 1
O conjunto multiplexador 4 para 1 / demultiplexador 1 para 4 e mostrado abaixo, juntamente com
seus blocos lógicos:
46
D0
D0
D1
D1
S Linha de I
D2 transmissão
D2
D3
D3
B A B A
D0 S0
D1 MUX DEMUX S1
D2 4x1 S I 1x4 S2
D3 S3
B A B A
PRÁTICA - O 74150
O 74150 é um multiplexador 16xl com entrada de seleção strobe e com inversor na saída. Sua
pinagem e tabela-verdade são mostrados abaixo:
G D C B A W
0 0 0 0 0 EO 8 E0 10
7 W
0 0 0 0 1 E1 E1
6 E2
0 0 0 1 0 E2 5 E3
0 0 0 1 1 4 E4
E3
3 E5
0 0 1 0 0 E4 2 E6
1 E7
0 0 1 0 1 E5 23 E8
0 0 1 1 0 E6 22 E9 Vcc = pino 24
21 E10
0 0 1 1 1 E7 20 GND = pino12
E11
0 1 0 0 0 E8 19 E12
18 E13
0 1 0 0 1 E9 17 E14
0 1 0 1 0 16 E15
E10
0 1 0 1 1 E11 15 A
14 B
0 1 1 0 0 E12 13
11 C
0 1 1 0 1 E13 9 D
G
0 1 1 1 0 E14
74150
0 1 1 1 1 E15
1 x x x x 1
47
Uma das aplicações de um multiplexador é utilizá-lo para implementação de circuitos
combinacionais diversos. O 74150, por exemplo, pode ser utilizado para obtenção de qualquer tabela-
verdade de 4 variáveis. Como exercício prático, interligue o 74150 corretamente de modo a obter um
circuito que entregue saída ALTA somente quando o decimal equivalente para as entradas for maior que 6
e menor que 14.
O multiplexador de Nibble
2 4
1A 1Y
3
1B
5 7
2A 2Y
6 2B
14 9
3A 3Y
13
3B
11 12
4A 4Y
10
4B
1
A/B
15
G
74LS158
VCC = pino 16
GND = pino 8
De posse do CI 74158,
KIT
A) monte o circuito ao lado:
B
I
3 5
1A 1Y
4 1B
strobe select 7 2A 2Y
9
8
G A/B DISPLAY 14
2B
3A 3Y
12
13 3B
1 0 18 4A 4Y
15
17 4B
1 1
2
0 0 19
A/B
G
0 1 74LS158
Conclusões: __________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
48
EXERCÍCIOS – Multiplexadores e Demultiplexadores
1 – Em uma determinada empresa, os membros da diretoria detêm todo o capital, que está assim
distribuído:
Ana detém 45%, Bruno detém 30%, Camila detém 15% e Diego detém 10%.
Cada membro tem poder de voto igual à sua participação no capital. Para que algo seja aprovado, é
necessário que o total de votos seja superior a 50%.
Projete um circuito que faça um LED acender toda vez que a votação for aprovada e outro quando a
votação não for.
OBS: Implemente este circuito de 2 formas, usando Multiplexador e usando somente portas lógicas. Cite
vantagens e desvantagens (custo, tamanho, manutenção, alterações, etc.) de um em relação ao outro.
2 – Implemente 2 circuitos que satisfaçam a tabela-verdade abaixo, um utilizando MUX 4x1 e outro com
MUX 2x1.
X Y S
0 0 1
0 1 0
1 0 1
1 1 1
a) MUX 8x1; X Y Z S
b) MUX 2x1; 0 0 0 1
c) MUX 16x1; 0 0 1 0
d) MUX 4x1; 0 1 0 1
e) somente um MUX 4x1 0 1 1 0
e um inversor. 1 0 0 1
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 1
49
COMPARADOR DE MAGNITUDE
O Comparador de 1 Bit
O comparador de magnitude mais simples que pode haver é aquele cujos conjuntos de entradas A e
B são formados por números de apenas 1 bit. A tabela-verdade para o mesmo e mostrada abaixo:
Saídas
A B A>B A=B A<B Da tabela ao lado, temos:
0 0 S A> B= A ⋅ B
0 1 S A= B = A ⋅ B + A ⋅ B = A B
1 0 S A< B= A ⋅ B
1 1
A SA>B
B
SA=B
SA>B
Comparador de 1 bit
O Comparador de 2 Bits
Abaixo esta listada a tabela-verdade de um comparador de 2 bits. Note que agora, devido aos dois
bits de cada entrada, cada uma delas (A e B) pode variar em magnitude de 0 a 3.
50
1 1 1 1
EXERCÍCIO - Supondo que o comparador de 2 bits citado possua saídas ativas em nível alto,
a) preencha a tabela-verdade para o mesmo;
b) implemente o menor circuito correspondente.
O comparador de 2 bits implementado pode ser representado pelo seguinte bloco lógico:
A1 A <B
A0
A =B
B1
B0 A >B
EXERCÍCIO - Dispondo somente de comparadores de 2 bits (use em blocos), construa um circuito capaz
de comparar números de 3 bits.
PRÁTICA – CI 7485
7485
A) alimente o CI corretamente;
B) preencha a tabela-verdade abaixo:
entradas saídas
A>B A=B A<B A>B A=B A<B
A3>B3 X X X
A3=B3 E A2>B2 X X X
A3=B3 E A2=B2 e A1>B1 X X X
A3=B3 e A2=B2 e A1=B1 e A0>B0 X X X
A3<B3 X X X
A3=B3 e A2 <B2 X X X
A3=B3 e A2=B2 e A1<B1 X X X
A3=B3 e A2=B2 e A1=B1 e A0<B0 X X X
A3=B3 e A2=B2 e A1=B1 e A0=B0 H H H*
A3=B3 e A2=B2 E A1=B1 e A0=B0 H L L
A3=B3 e A2=B2 E A1=B1 e A0=B0 L H L
A3=B3 e A2=B2 E A1=B1 e A0=B0 L L H
*Esta combinação só poderá ser usada nas versões 74, 74S e 74LS,
não podendo ser usada na versão 74L.
Obs: H = High level (nível alto);
L = Low level (nível baixo);
51
X = Irrelevante (irrelevante).
Exercícios Complementares – Comparadores de Magnitude
A3 A2 A1 A0 B3 B2 B1 B0
2 – Dados os circuitos abaixo, indique com quais valores nas entradas A e B os leds acenderão.
+5V R +5V R
A<B out A=B out A>B out A<B out A=B out A>B out
Comparador de 4 bits Comparador de 4 bits
A3 A2 A1 A0 B3 B2 B1 B0 A3 A2 A1 A0 B3 B2 B1 B0
3 – Implemente um comparador de 6 bits utilizando o CI 7485 (comparador de 4 bits). Indique onde serão
ligados A5-A0 e B5-B0.
A<B out A=B out A>B out A<B out A=B out A>B out
A>B in A>B in
7485 A=B in 7485 A=B in
A<B in A<B in
A3 A2 A1 A0 B3 B2 B1 B0 A3 A2 A1 A0 B3 B2 B1 B0
7 – Dados os circuitos abaixo, indique com quais valores nas entradas A e B os leds acenderão.
+5V +5V
R R
A<B out A=B out A>B out A<B out A=B out A>B out
A>B in A>B in
7485 A=B in 7485 A=B in
A<B in A<B in
A3 A2 A1 A0 B3 B2 B1 B0 A3 A2 A1 A0 B3 B2 B1 B0
52
GERADOR / VERIFICADOR DE PARIDADE
Quando dados binários são transmitidos por um meio de transmissão qualquer (linha telefônica, RF
etc.), erros de transmissão podem ocorrer. Uma das maneiras de detectar erros é a utilização do bit de
paridade.
Para entender o método do bit de paridade é preciso antes saber dois conceitos:
* paridade par: diz-se que um número binário tem paridade par quando o mesmo,
independentemente do seu número de bits, possui um número PAR de ”uns” (1);
Ex.: 11000, 0011, 0000, 10100110
* paridade ímpar: diz-se que um número binário tem paridade ímpar quando o mesmo,
independentemente do seu número de bits, possui um número ÍMPAR de ”uns” (1);
Ex.: 11010, 1011, 0001, 11100110
Assim, para verificação de erros, faz-se uso de um gerador de paridade (no transmissor) e de um
verificador de paridade (no receptor). Para isso, um bit EXTRA e gerado para que a palavra binária que
representa um determinado caracter seja transmitida sempre com a mesma paridade (por exemplo, ímpar).
Se, no receptor, o verificador de paridade identificar a chegada de uma palavra com paridade par, o
receptor envia para o transmissor uma mensagem para retransmitir o bloco de dados, pois houve erro na
transmissão.
É interessante frisar que os 7 bits do código ASCII estão na medida exata, pois com o acréscimo
do bit de paridade, cada palavra que representa um caracter ficara com 8 bits, que é um padrão.
D0
D1
D2
D3
ÍMPAR
D4
D5
D6
D7 PAR
Para uso como gerador, a entrada P deverá ser conectada a massa, enquanto que para uso como
verificador a mesma é usada como entrada do bit de paridade, como será visto a seguir.
Se quisermos trabalhar com paridade ímpar, a saída PAR deverá ser transmitida como bit de
paridade (P). Nesse caso, na recepção, um nível alto na saída PAR indica erro na transmissão.
CI 1 CI 2
74F280
74F280
D0 A EVEN A EVEN
D1 B B
D2 C ODD C ODD
D3 D D
D4 E E
D5 F F
D6 G G
D7 H H
I I
53
O SOMADOR/SUBTRATOR
Em sistemas digitais, muitas vezes torna-se necessário realizar operações aritméticas com os dados
binários. Um circuito somador binário pode ser utilizado para efetuar, além da adição, as operações de
subtração, multiplicação e divisão. Antes de estudar o circuito somador, é necessário que se tenha
conhecimento de como ocorre a adição e a subtração de números binários.
Adição Binária
Inicialmente, vamos verificar a soma de números de 1 bit:
1
0 0 1 1 1
+0 +1 +0 +1 +1
Agora, a partir das operações de 1 bit, podemos trabalhar com números de mais bits utilizando o
mesmo processo aplicado ao sistema decimal, ou seja, somando-se primeiro a coluna menos significativa
(da direita) e depois passando para a próxima, levando em consideração o “vai-um” da coluna anterior,
como mostrado nos exemplos abaixo:
Subtração Binária
Vejamos as seguintes subtrações:
0 1 1 10
-0 -0 -1 -1
Nota-se, no 4º exemplo, que estamos subtraindo 210 – 110’ sendo o resultado, obviamente, 110 . Um
exemplo com números maiores e mostrado abaixo:
11011 (2710 )
-00101 ( 510 )
(2210 )
Números Negativos
a) Números sinal/magnitude
Normalmente, para representarmos números com sinal, utilizamos um bit de sinal, sendo que,
convencionalmente, o MSB é utilizado com essa função. Também por convenção, um nível ALTO no
mesmo indica um número NEGATIVO, enquanto que um nível BAIXO indica um número positivo. Por
esse sistema, com 4 bits, a magnitude máxima é 710 , como mostrado abaixo:
Esse sistema, embora simples, normalmente é utilizado apenas nas conversões A/D (analógico para
digital), pois exigiria circuitos aritméticos complicados.
54
b) O complemento de dois
Para tornar os circuitos aritméticos mais simples, a SUBTRAÇÃO não é efetuada da forma direta,
e sim através de um método chamado de complemento de dois. 0 complemento de 2 é um método
simples de representar um número binário negativo. Funciona como um sistema contador de giros de um
tape-deck, onde um avanço na fita produz números positivos, e um retrocesso produz números
“negativos”, Assim, no tape-deck, se o conta-giros estiver zerado e andarmos 1 posição de fita para trás, o
mesmo ira registrar 999, que no entanto vale MENOS 1. Note que o maior número sem sinal do sistema
eqüivale a menos 1, o segundo maior a menos 2 e assim por diante. Se estivermos trabalhando com
números de 4 BITS, o MENOS 1 seria o 1111.
Abaixo, uma maneira fácil de encontrar o complemento de dois de qualquer número binário:
Complemento de 1 Complemento de 2
Número
(inversão de cada bit) (complemento de 1+1)
0001 (+110 ) 1110 1110+1=1111 (-110 )
0011 (+310 ) 1100 1100+1=1101 (-310 )
01110 (+1410 ) 10001 10001+1=10010 (-1410 )
01111111 (+12710 ) 10000000 10000000+1=100000001 (-12710 )
É importante salientar que, com o método do complemento de 2, o bit de sinal continua válido.
Assim sendo, com números de 8 bits COM SINAL (por este método), o maior número positivo será 12710
e o maior número negativo será -12810 . Também é importante lembrar que, se estivéssemos trabalhando
com aritmética SEM SINAL, o maior número com 8 bits seria 25510 .
EXERCÍCIO: Represente os seguintes números decimais da forma que eles seriam armazenados em um
sistema que trabalha com números de 8 bits e opera com o método do complemento de
dois:
a)+33 b)-100 c)+108 d)-12 e)-128
O Meio-Somador
O meio-somador é um circuito que faz a soma de dois números de 1 bit. O mesmo pode ser
utilizado para somar os bits menos significativos (LSB) de dois números binários de qualquer
comprimento. Este circuito é mostrado a seguir:
55
MEIO-SOMADOR
A B Cout S
A
vai-um soma S
0 0
B
0 1
1 0
1 1 C
C= A ⋅ B
S = A⋅B+ A⋅B = A ⊕ B
Simbologia:
A S A S
MS ou HA
B Ts B Cout
O Somador Total
Para efetuarmos a soma de dois números a partir da 2ª coluna, precisamos de um circuito de 3
entradas, onde a 3ª entrada e o “vai-um” da coluna anterior. O somador total, circuito com essas
características, é mostrado abaixo:
S=
Circuito:
A
B S
Cout
Simbologia:
Te Ts Cin Cout
A ST ou A FA
B S B S
A4 B4 A3 B3 A2 B2 A1 B1
A B Ci A B Ci A B Ci A B
FA FA FA HA
Co S Co S Co S Co S
Cout S4 S3 S2 S1
O Inversor Controlado
O inversor controlado é um circuito auxiliar ao Somador/Subtrator que será visto a seguir, São
mostrados abaixo seu circuito e sua tabela-verdade:
A4 A3 A2 A1
INV
INV Y4 Y3 Y2 Y1
0
1
Y4 Y3 Y2 Y1
Note que, quando a entrada de controle INV é BAIXA, o nibble aplicado às entradas A4 A3 A2 A1
passa sem alteração para as saídas Y4 Y3 Y2 Y1 . No entanto, quando INV e ALTA, nas saídas obtemos o
complemento de 1 do nibble de entrada.
O Somador/Subtrator
Como já foi dito antes, o mesmo circuito que faz a ADIÇÃO é usado para fazer a SUBTRAÇÃO.
Para isto, o mesmo faz uso do inversor controlado, como mostrado abaixo:
B4 B3 B2 B1
SUB
SUB Operação
0
1
A4 A3 A2 A1
A B Ci A B Ci A B Ci A B Ci
FA FA FA FA
Co S Co S Co S Co S
Carry S4 S3 S2 S1
No circuito acima, quando a entrada de controle SUB é baixa, o número B passa sem alteração
pelo inversor controlado. Desse modo, o somador de quatro bits soma o número A com o número B.
Quando a entrada SUB é alta, o inversor controlado produz o complemento de 1 do número B.
Além disso, o nível alto de SUB é aplicado ao Cin do 1º somador total e, com isso, estaremos somando o
complemento de 2 de B. O somador de 4 bits soma, então, o número A com o complemento de 2 do
número B, ou seja, executa a operação A-B.
57
EXERCÍCIO: Responda as questões abaixo:
a) Como o Carry deve ser considerado após uma soma? E após uma subtração?
b) Qual é o maior número sem sinal que pode ser obtido na saída do Somador/Subtrator? E o maior
número negativo?
c) O que deveria ser feito para que obtivéssemos a operação B-A?
d) Para que serve a 5ª porta EX-OR colocada no circuito Somador/Subtrator ? Explique.
S
1
9 5 4 2 1
7486
7483
CI3
VCC - Pino 5
2 1 7483
GND - Pino 12
CI 2A
7486
Conclusões: ___________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
58
Exercícios Complementares
5 – Represente cada um dos números com sinal listados abaixo, no sistema complemento de 2. Use um
total de 8 bits, incluindo o bit do sinal:
a) +32 e) –1
b) –14 f) –128
c) +63 g) +127
d) –104 h) 0
6 – Cada um dos números a seguir representa um valor com sinal representado em complemento de 2.
Determine, em cada caso, o valor decimal correspondente:
a) 01101 e) 01111111
b) 11101 f) 100000
c) 01111011 g) 11111111
d) 10011001 h) 10000001
59
7 – Qual a faixa dos valores decimais com sinal que podem ser representados usando 12 bits, incluindo o
bit de sinal ? E sem sinal ?
8 – Quantos bits são necessários para representar os números decimais situados na faixa de –32768 a
+32767, incluindo ambos ?
9 – Efetue as seguintes operações, no sistema em complemento de 2. Use 8 bits, incluindo sinal, para cada
número. Verifique seus resultados convertendo-os de volta para o sistema decimal.
a) Adicione +9 a +6
b) Adicione +14 a –17
c) Adicione +19 a –24
d) Adicione –48 a –80
e) Subtraia +16 de +17
f) Subtraia +21 de –13
g) Subtraia +47 de +47
h) Subtraia –36 de –15
i) Subtraia +17 de –17
j) Subtraia –17 de –17
60