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UMA ANÁLISE SOBRE A APLICABILIDADE DOS

REQUISITOS DA NOVA NR 01 – DISPOSIÇÕES GERAIS

APLICADAS AO GRO – GERENCIAMENTO DE RISCOS

O C U P A C I O N A I S

GRO/PGR NA PRÁTICA
2ª EDIÇÃO
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SOBRE O AUTOR

Olá tudo bem? Primeiro de tudo, parabéns pela aquisição deste

e-book.

Ele foi escrito tendo como foco a aplicação em campo do novo

programa de Gerenciamento de Riscos criado pelo Ministério da

Economia.

Mas antes de tudo, quero me apresentar para você:

Meu nome é Jordan Moreira, graduado em Engenharia Ambiental,

pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, Auditor

Líder de Sistema de Gestão Integrada – ISO 9.001:15/ 14.001:15/

45.001:18, com certificado reconhecido pela ABENDI; possuo MBA

Executivo em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio

Vargas - FGV, estou em processo de obtenção de Certificação

Internacional em Segurança e Saúde do Trabalho – NEBOSH –


National Examination Board in Occupational Safety and Health -

além de ter quase 10 anos de experiência no segmento de QSMS,

atuando no Brasil e fora dele.

Atuei por mais de 3,5 anos como Engenheiro de Segurança do

Trabalho da maior provedora mundial de serviços em segurança

do trabalho do setor marítimo.

Realizei embarques em plataformas de petróleo (FPSOs, Drill

Ships, Accommodation Ships, Anchor Handling Tug Vessels...) em

diferentes países, contribuindo para a manutenção de um

ambiente com 0 acidentes.

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SOBRE O AUTOR

Também atuei por mais de 2 anos como Engenheiro de Segurança

do Trabalho Corporativo Pleno da 3 º maior companhia do


segmento APIIL (Acesso, Pintura, Isolamento, Inspeção e Limpeza

Industrial) do Brasil, listada em Bolsa de Valores.

Apesar de ser bem remunerado em todos esses empregos, senti

que ainda faltava algo. E este algo era o que eu sentia quando

dava aulas e treinamentos.

Era o sentimento de compartilhar o conhecimento que me

motivava.

Percebi então que meu propósito profissional era ajudar aqueles

que não tiveram as oportunidades de aprender o que eu aprendi,

e/ou aplicar tudo aquilo que aprenderam.

Isto é importante porque a realidade das empresas, ou seja, o

mundo corporativo, é muito diferente do cenário que é desenhado

nas escolas e faculdades.

Normalmente temos que lidar com situações desafiadoras, onde a

implementação de um determinado programa de segurança pode

ter vários projetos que eventualmente vão mudar a forma como

a empresa trabalha, e isto acaba gerando resistência dos

funcionários e diretoria.

O profissional de segurança e saúde do trabalho tem que saber

lidar com pessoas, devendo ter um lado humano as vezes até

maior que seu lado técnico.

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SOBRE O AUTOR

A segurança e saúde do trabalhador é feita de pessoas e para

pessoas.

Porém estamos em um universo onde as empresas são movidas

pelos seus objetivos estratégicos.

E querendo ou não, cruel ou não, o objetivo das empresas é

sempre gerar valor para seu acionista.

É meu papel instruir você a ser melhor como profissional. Por isto,

não meço esforços para compartilhar contigo tudo que sei, assim

como quais sãos as abordagens que funcionam e quais são

aquelas que não funcionam.

Para que possamos ficar mais próximos, convido você a me seguir

nas redes sociais.

DESCOMPLICASMS

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Lembre-se: meu propósito profissional é ajudar você a ser melhor.

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SUMÁRIO

1. Introdução...................................................................................8

1.1 Atualização das Normas Regulamentadoras..............................8

1.2 GRO – Gerenciamento de Riscos

Ocupacionais................................................................................. 11

1.3 O que você vai encontrar de diferente da 1 ª edição................12


2. Análise dos Requisitos da nova NR 01 sob a ótica

da cláusula 1.5 ............................................................................. 14

2.1.Análise Sistemica da Cláusula 1.5 da Nova NR 01.....................14

2.2 Relação entre PGR e empresas MEI – Micro Empreendedor

Individual, EPP – Empresa de Pequeno Porte e ME – Micro

Empresas........................................................................................66

3. Conclusão..................................................................................68

Anexo I - Case: Elaborando um PGR Passo a Passo em uma

empresa de Pintura........................................................................69

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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Representação do conceito ALARP/ALARA................... 15

Figura 2 - Comparação entre o PPRA e o PGR............................ 26

Figura 3 - Ciclo PDCA aplicado à melhoria contínua de SST..... ..31

Figura 4 – Modelo de tabela para identificar os perigos..............36

Figura 4.1 - GHE - Grupo Homogêneo de Exposição ...................37

Figura 5 - Categoria de Frequência............................................ 40

Figura 6 - Categoria de Severidade.............................................40

Figura 7 - Matriz de Frequência x Severidade...............................41

Figura 8 - Matriz Risco x Medidas..................................................41

Figura 9 - Matriz de Perigos x Riscos Ocupacionais.................... 42

Figura 10 - Caracterização do Ambiente e dos Processos............62

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1 INTRODUÇÃO
  

1.1 Atualização das Normas Regulamentadoras


 

Desde a extinção do Ministério do Trabalho, que ocorreu em 01 de

janeiro de 2019, o Brasil vem passando por várias mudanças nas

Normas Regulamentadoras e nos processos relacionados à

Segurança e Saúde do Trabalho.

O objetivo, segundo o governo, é preservar a segurança e a saúde

do trabalhador e aumentar a competitividade das empresas

brasileiras.

O trabalho de modernização das NRs (Normas Regulamentadoras)

envolve a revisão de todas as 36 normas atualmente em vigor,

lembrando sempre que a NR 27 – Registro Profissional do Técnico

de Segurança do Trabalho, havia sido revogada mesmo das

reformas, no ano de 2008.

Até a data de elaboração deste e-book, 9 NRs já foram

atualizadas de maneira mais robusta:

NR 01 – Disposições Gerais

NR 01 – Nova – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos

Ocupacionais (Vigência 09/03/2021)

NR 01 foi atualizada 2 vezes.

NR 02 – Inspeção Prévia 

A NR 02 foi revogada.

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NR 03 – Embargo ou Interdição

  

A NR 03 sofreu alterações principalmente na caracterização dos

riscos, sendo incluída uma matriz de risco na NR, de forma a

identificar o que é ou não considerado como Risco Grave e

Iminente.

NR-7 - Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional –

PCMSO (Novo Texto)

NR-9 - Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a

Agentes Físicos, Químicos e Biológicos (Novo Texto)

NR 9 sofreu uma alteração bastante significativa, onde o

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deixa de existir

(a partir de 10 de março de 2021) e em seu lugar, assume o

Programa de Gerenciamento de Riscos, sendo mencionado pela

nova NR 01.

A NR 9 então, se torna um documento cujo foco é estabelecer os

requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a

agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no

Programa de Gerenciamento de Riscos -PGR, e subsidiá-lo quanto

às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais.

NR-12 - Segurança no trabalho em Máquinas e Equipamentos.

  

Esta foi a primeira NR a ser atualizada, trazendo menos

necessidade de adaptações a um maquinário quando este for

aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e

Tecnologia, o INMETRO.

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Sugiro que você realize a leitura da nova NR 12 para informações

completas, visto que o parágrafo acima foi somente um resumo

do resumo.

 NR-18 - Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da

Construção (novo texto)

A NR 18 sofreu mudanças drásticas, devendo também ser alvo de

dedicação por parte do profissional de SST que trabalha

diretamente na área de construção civil, ou que deseja

conhecer mais sobre o tema.

NR-24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de

Trabalho

Mudanças nas obrigações das empresas quanto ao lay out dos

vestiários foi uma das principais mudanças desta NR.

 NR-28 - Fiscalização e Penalidades 

Devido ao fato de várias NRs estarem sofrendo atualizações,

havendo inclusão e remoção de cláusulas já estabelecidas, fez-se

necessidade de atualizar a NR 28, visto que ela é responsável,

entre outras coisas, por estipular os valores de multas que as

empresas devem pagar caso sejam autuadas pelo Ministério da

Economia, aqui representado pela Subsecretaria de Inspeção do

Trabalho – SIT.

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1.2 GRO – Gerenciamento de Riscos Ocupacionais


 

º 6.730,
No dia 12 de março de 2020, foi publicado a portaria n

que aprovava a nova redação da Norma Regulamentadora nº 01 -

Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais.

O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais deve ser considerado

como um "conjunto de medidas", onde vários sub-programas

devem ser implementados sob sua responsabilidade para que os

resultados em SST de uma organização sejam alcançados.

Entre estes, tem-se o PGR – Programa de Gerenciamento de

Riscos, que substitui o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais, descrito na NR 09, e o PCMAT – Programa de

Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção, presente na NR 18.

A nova NR 01, em seu texto dado pela portaria n 6.730 de 2020 º


somente entra em vigor a partir de 1 ano da data de sua

publicação.

Isto quer dizer que ainda hoje (data de publicação deste e-book)

temos que continuar atualizando a documentação aplicável

(PPRA, PCMAT) da forma que veem sendo feito até então.

No caso específico do PCMAT, a NR 18 instituiu que os programas

atuais terão validade até o término da obra a que se referem.

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1.3 O que você vai encontrar de diferente da 1ª edição.


 

A 1 ª edição do e-book GRO/PGR na Prática foi um sucesso, muito


maior do que eu esperava.

Consegui atingir centenas de pessoas que adquiriram o material

e trocaram comigo suas impressões, respondendo meus

questionários de avaliação, enviando mensagens por e-mail ou

mesmo me enviando mensagens através das diversas redes

sociais.

Os feedbacks dos clientes foram sensacionais. Senti que atingi

meu objetivo de auxiliar os profissionais da área de SST a

entender como deveria funcionar esta nova forma de se fazer

gestão nas empresas.

Mas, assim como a nova NR 01 prevê que as companhias devem

buscar a melhoria contínua dos seus processos via ciclo do PDCA,

eu também entendo que cabem complementos para este

material.

Sendo assim, busquei preencher as lacunas de informação que

encontrei, assim como utilizei como referência o feedback de mais

de 228 clientes que me ajudaram nesta empreitada, fosse

respondendo e-mails ou preenchendo questionários de avaliação

de qualidade.

Entre elogios, sugestões e até mesmo reclamações de alguns

poucos, chegamos à 2 ª edição do nosso material.


 

Aqui eu vou além da explicação teórica, e mostro a minha

metodologia de elaboração de Programas de SST.

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Repasso por alguns itens do e-book, por isso sugiro que, mesmo

que você tenha lido a 1 ª edição, releia todo o material. Não pule
para os novos capítulos e anexos.

Além disto, eu mostro o passo-a-passo de como eu avalio os

perigos e riscos, assim como monto as tabelas, elaboro os Planos

de Ação e aplico as demais diretrizes descritas na NR 01.

Para ilustrar meu método, eu criei um case de como eu elaboraria

um PGR para uma empresa de pintura.

Lembrando que esta é uma metodologia, não um modelo.


 

Logo, este e-book não é feito para ser utilizado como modelo,

visto que modelos partem do pressuposto que somente existe uma

forma correta de se fazer as coisas.

Este e-book deve ser utilizado como um método, onde você pode

ajusta-lo conforme suas particularidades.

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2 ANÁLISE DOS REQUISITOS DA NOVA NR 01 SOB A ÓTICA DA


CLÁUSULA 1.5

2.1 - Análise Sistemica da Cláusula 1.5 da Nova NR 01


 
A partir deste ponto do e-book, irei discutir e analisar os requisitos

da Cláusula 1.5 da nova NR 01, que trata sobre o Gerenciamento

de Riscos Ocupacionais.

 
É importante ter em mente que, esta análise não parte dos órgãos

oficiais do governo, sendo fruto da experiência teórica e prática

de um profissional com muitos anos de experiência na indústria de

SST – Segurança e Saúde do Trabalho.

Todos os textos que se iniciam com uma numeração e estão em

negrito são retirados Ipsis litteris da Norma Regulamentadora N 01, º


ou seja, são transcritos fielmente.

1.5 Gerenciamento de riscos ocupacionais


 

1.5.1 O disposto neste item deve ser utilizado para fins de


prevenção e gerenciamento dos riscos ocupacionais.
 
1.5.2 Para fins de caracterização de atividades ou operações
insalubres ou perigosas, devem ser aplicadas as disposições
previstas na NR-15 – Atividades e operações insalubres e NR-
16 – Atividades e operações perigosas.
 

A NR 01 em seus itens 1.5.1 a 1.5.2 tem por objetivo demonstrar que

existe uma grande diferença entre gerenciamento de riscos

ocupacionais e a caracterização de atividades insalubres ou

perigosas.

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As diretrizes que norteiam as regras para com que haja a

caracterização ou não de atividades insalubres ou perigosas

estão descritas, respectivamente, nas NR 15 – Atividades e

Operações Insalubres e NR 16 – Atividades e Operações Perigosas.

Um ambiente insalubre ou perigoso representa um grande risco à

saúde do profissional que realiza as suas atividades ou operações

descritas nas NRs mencionadas.

Caso a empresa não tenha condições de fornecer um ambiente

salubre ou não perigoso, conforme descrito nos textos das NRs,

faz-se necessário o pagamento de adicional de Insalubridade ou

Periculosidade, a depender da legislação não atendida.

Logo, o item 1.5.2 menciona este fato, uma vez que, é possível

com que haja uma atividade considerada “perigosa” pela análise

do técnico ou engenheiro responsável, ou seja, de alto risco,

mas que não seja considerada uma atividade perigosa pela NR 16,

não ensejando assim, nenhum tipo de análise quanto a

caracterização da periculosidade no ambiente.

O mesmo se aplica à análise de um ambiente considerado

“insalubre” pela análise do técnico ou engenheiro, mas que não

esta descrita na NR 15.

Neste caso, também não deveria haver nenhum tipo de discussão

quanto ao enquadramento de possível adicional de insalubridade.

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1 .5.3  Responsabilidades

 1.5.3.1 A organização deve implementar, por


estabelecimento, o gerenciamento de riscos ocupacionais
em suas atividades.
 

O GRO deve ser implementado por estabelecimento, ou seja, se a

empresa realizar suas atividades em diferentes locais, como

cidades ou mesmo estados, e possuir sede ou canteiro de obras

nestes endereços, será necessário com que o “Programa de

Gestão” considere as particularidades de cada ambiente.

É importante ter em mente que o GRO não é um documento, e

sim, um conjunto de medidas que devem ser tomadas para se

garantir com que as atividades e operações realizadas nas

empresas aconteçam de forma segura.

Não há uma forma única de evidenciar que o GRO de uma

empresa esta implementado, uma vez que, a depender do porte e

do ramo de atuação desta, as legislações aplicáveis são

diferentes, o que implica em Programas e Procedimentos diversos:

exemplo: em algumas situações um PCA é obrigatório, em outros,

não.

De forma resumida, você atende ao GRO elaborando um PGR, um

Procedimento de atendimento a emergências (conforme descrito

na nova NR 01), realizando análises de acidentes e doenças do

trabalho e adotando todos os outros programas de SST previstos

nas legislações, quando aplicáveis.

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1.5.3.1.1 O gerenciamento de riscos ocupacionais deve


constituir um Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR

Conforme havia mencionado na introdução deste e-book, o PGR –

Programa de Gerenciamento de Riscos, deve estar inserido no

GRO – Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, porém, o PGR não

é o GRO, e vice-versa.

O GRO é um conjunto de medidas que tem por objetivo prevenir

acidentes e gerenciar os riscos ocupacionais das organizações.

A palavra gerenciar é utilizada neste contexto pois nem todos os

perigos irão deixar de existir após a adoção de medidas de

controle.

Logo, é necessário com que haja a administração destes perigos

via gerenciamento de riscos, de forma com que eles possam

atingir o que é conhecido como região ALARP – As Low As

Reasonable Possible.

Caso estejamos tratando de Radiações, nomeamos esta região

como ALARA – As Low As Reasonable Achievable, uma vez que há

um principio em radioproteção que determina que qualquer

radiação ionizante exposta a seres humanos, animais e materiais

deve ser a mais baixo atingível.

Traduzindo, ALARP/ALARA representam o cenário no qual o risco é

rebaixado ao menor nível possível.

Para um risco ocupacional  ser considerado ALARA ou ALARP deve

ser possível com que seja demonstrado que o custo envolvido em

reduzir o risco ainda mais, seria muito desproporcional ao

benefício ganho com a redução.

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Figura 1 - Representação do conceito ALARP/ALARA


e siaudividni socsir ed otnemuA

siaicos seõçapucoerp

Aceitável

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1.5.3.1.1.1 A critério da organização, o PGR pode ser


implementado por unidade operacional, setor ou atividade.
 

Uma empresa pode ser constituída de diferentes unidades

operacionais, setores ou atividades.

•Unidades Operacionais podem ser diferentes estabelecimentos;

•Setores são os diferentes departamentos dentro das unidade,

como: mecânica, elétrica, construção civil, etc.

•Atividades, como o proprio nome já define, são as operações que

ocorrem dentro de cada setor.

As atividades realizadas nestes diferentes locais podem ter

perigos distintos uns dos outros, e mesmo que os perigos sejam os

mesmos, os riscos ocupacionais podem ser diferentes.

Conforme veremos mais a frente, o risco ocupacional  é uma

combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde

causados por um evento perigoso, exposição a agente nocivo ou

exigência da atividade de trabalho e da severidade dessa lesão

ou agravo à saúde.

Logo, caso exista algum histórico de acidente com um maquinário

específico em uma unidade operacional, mas não exista

histórico em outra unidade operacional com o mesmo maquinário,

podemos ter, neste caso, riscos ocpacionais diferentes para um

mesmo perigo.

É facultado à empresa implementar o PGR de forma separada,

conforme descrito acima, ou mesmo em um documento macro,

considerando toda a organização, mas com suas particularidades

devidamente identificadas e documentadas.

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1.5.3.1.2 O PGR pode ser atendido por sistemas de gestão,


desde que estes cumpram as exigências previstas nesta NR e
em dispositivos legais de segurança e saúde no trabalho.
 
Quando o item 1.5.3.1.2 se refere a Sistemas de Gestão, devemos

considerar como fonte primária a ISO 45.001:2018, porém esta

não é a única.

A ISO 45.001:2018 é uma norma internacional para Sistemas de

Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional, que tem como

objetivo principal a melhoria contínua da companhia em termos

de Saúde e Segurança do Trabalho – SST.

Apesar de ainda haver a OHSAS 18.001:2007, ela será

descontinuada, e todas as empresas certificadas devem migrar

para a ISO 45.001:2018 até aproximadamente o dia 12 de março

de 2021. (As empresas possuem o prazo de até 3 anos a partir da

data de publicação da ISO 45.001:2018, que foi em 12 de

março de 2018).

A ISO 45.001:2018 é um Sistema de Gestão certificável, ou seja,

existe um processo cuja empresa deve passar para obter um

documento que certifica que a organização atende aos requisitos

da ISO.

A certificação vale por 3 anos, e anualmente a empresa deve

passar por um processo de manutenção da certificação.

Ao contrário da ISO 9.001:2015, onde apenas um departamento ou

setor de uma empresa pode ser certificado, quando tratamos da

ISO de Segurança e Saúde do Trabalho, é necessário com que

todo o estabelecimento esteja incluído no escopo da certificação.

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Embora aqui estejamos discutindo ISO e OHSAS, a OIT –

Organização Internacional do Trabalho, conhecida

internacionalmente como ILO – International Labour Organization,

possui um guideline, ou seja, um guia, para implementar um

Sistema de Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho chamado:

ILO – OSH 2001: Guidelines on Occupational Safety and Health

Management System.

Este guia foi publicado em Português no Brasil pela Fundacentro

em 2005.

Outro sistema de gestão que pode ser utilizado é a BS 8800,

Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho publicada

em maio de 1996, estruturada e de responsabilidade do órgão

britânico de Normas Técnicas denominado British Standards.

Embora existam todas estas opções, o mais comum é, e ainda

será, a ISO 45.001.

Importante ter em mente que a nova NR 01 em momento nenhum

menciona que a empresa deve ser certificada, e sim, possuir um

sistema de gestão implementado.

Este Sistema de Gestão pode ser evidenciado pelas

documentações, políticas, procedimentos, processos e etc.,

conforme requisitos do framework escolhido.

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1.5.3.1.3 O PGR deve contemplar ou estar integrado com


planos, programas e outros documentos previstos na
legislação de segurança e saúde no trabalho.
 

A legislação de Segurança e Saúde no trabalho é vasta de

obrigações documentacionais.

São várias normas regulamentadoras do ENIT– Escola Nacional

Inspeção do Trabalho e outros tantos programas e NHOs

– Norma de Higiene Ocupacional- da FUNDACENTRO – Fundação

Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho.

O PGR deve ser levado em consideração quando outros

documentos da empresa forem elaborados, entre eles menciono:

PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional;

PPEOB –Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional

ao Benzeno

PPR – Programa de Proteção Respiratória; PCA – Programa de

Conservação Auditiva;

AET - Análise Ergonômica do Trabalho,

Avaliação de Nível de Iluminamento em Ambientes Internos;

Outros.

 É importante que nenhum documento tenha informações que

sejam opostas àquelas do PGR. Todos devem ser harmônicos entre

sí.

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1.5.3.2 A organização deve:

 a) Evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados


no trabalho;
b) identificar os perigos e possíveis lesões ou agravos à
saúde;
c) avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco;
d) classificar os riscos ocupacionais para determinar a
necessidade de adoção de medidas de prevenção;
e) implementar medidas de prevenção, de acordo com a
classificação de risco e na ordem de prioridade estabelecida
na alínea “g” do subitem 1.4.1; e
f) acompanhar o controle dos riscos ocupacionais.

Enquanto contratante, a empresa possui diversas

responsabilidades com relação à manutenção da segurança e

saúde do trabalhador.

Para que a empresa tenha sucesso neste objetivo, é necessário

identificar todo e qualquer perigo que possa eventualmente

lesionar o colaborador enquanto na realização de suas tarefas.

Conforme escrito anteriormente, a empresa deve tratar seus riscos

ocupacionais até o nível ALARP ou ALARA.

Os riscos ocupacionais, são, segundo o próprio glossário da NR 01:

“Combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à

saúde causados por um evento perigoso, exposição a agente

nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade

dessa lesão ou agravo à saúde.”

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Note que, em se tratando de probabilidade, devemos sempre

fazer uso de uma Matriz de Riscos atualizada, que no melhor dos

cenários, deve ser baseada no histórico de quantas vezes um

evento ocorreu no passado.

Vamos discutir mais profundamente este assunto no item

1.5.4.4.2.

As medidas de prevenção, que devem ser implementadas

conforme a classificação dos riscos que o corpo técnico da

empresa forneceu, deve seguir o padrão descrito no item 1.4.1

alínea g, que descreve a ordem de prioridade da seguinte forma:

I. Eliminação dos fatores de risco;

II. Minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de

medidas de proteção coletiva;

III. Minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de

medidas administrativas ou de organização do trabalho; e

IV. Adoção de medidas de proteção individual.

Estas são práticas já conhecidas na área de ensino de Segurança

e Saúde do Trabalho.

1.5.3.2.1  A organização deve considerar as condições de


trabalho, nos termos da NR-17.
 

As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao

levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário,

aos equipamentos e às condições ambientais do posto de

trabalho e à própria organização do trabalho.

Logo, os fatores ergonômicos devem estar presentes no PGR.

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O PPRA não considerava os fatores ergonômicos como parte do

programa, estando restrito somente aos agentes físicos, químicos

e biológicos.

Entretanto, muitos profissionais já tinham o hábito de inserir esta

informação em seus programas de prevenção de riscos

ambientais, no entanto, não havia a obrigatoriedade disto.

Com o Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR, há esta

obrigatoriedade.

É importante ter em mente também que os Riscos Mecânicos

devem ser considerados neste novo programa.

Consideremos a definição de Risco Ocupacional:

“Combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à

saúde causados por um evento perigoso, exposição a agente

nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade

dessa lesão ou agravo à saúde”.

Agora, vamos entender o que é evento perigoso:

“Ocorrência ou acontecimento com o potencial de causar lesões

ou agravos à saúde.”

Os agentes mecânicos possuem potencial de causar lesões, como

prensamentos, apertos, esmagamentos, cortes e etc.

Logo, devem ser inseridos no PGR assim como os agentes

ergonômicos.

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Figura 2 - Comparação entre o PPRA e o PGR

I = INCLUÍDO

N = NÃO INCLUÍDO

1.5.3.3 A organização deve adotar mecanismos para:


 
a) consultar os trabalhadores quanto à percepção de riscos
ocupacionais, podendo para este fim ser adotadas as
manifestações da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes - CIPA, quando houver; e
 

Como forma de aproximar ainda mais o GRO de um Sistema de

Gestão, este item foi criado e se assemelha ao item 5.4 –

Consulta e participação dos trabalhadores, presente na ISO

45.001:2018.

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O objetivo deste item é incentivar os funcionários que estão

diretamente expostos aos perigos a compartilharem com a

equipe de gestão de SST quaisquer riscos ocupacionais que

eventualmente podem não ter sido considerados durante a

elaboraçãodo inventário de riscos.

A CIPA pode ser o canal de comunicação utilizado, porém não

deve ser o único meio.

Caso a empresa não tenha funcionários suficiente para possuir

uma CIPA, conforme descrito na NR 5, o designado da CIPA pode

ser utilizado como forma de comunicação.

A empresa deve também incentivar a comunicação via cartões

observação, e-mail, ouvidoria, pesquisas e outros meios

que achar relevante.

b) comunicar aos trabalhadores sobre os riscos consolidados


no inventário de riscos e as medidas de prevenção do plano
de ação do PGR.
 

Todos os riscos identificados no inventário devem ser comunicados

aos trabalhadores.

Estas comunicações podem ser feitas através de reuniões de

segurança, DDSs, treinamentos, murais de comunicação, quadros

de gestão a vista, e-mail ou mesmo outras formas.

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1.5.3.4  A organização deve adotar as medidas necessárias


para melhorar o desempenho em SST.
 

Todo Sistema de Gestão tem como premissa a melhoria contínua

dos seus processos. E estas mudanças somente podem ser

realizadas através da avaliação de indicadores de SST.

Os indicadores de SST são uma ferramenta estratégica para

verificar a eficácia do seu sistema de gestão.

Estes são utilizados para subsidiar as tomadas de decisão quanto

a que rumo seguir com os programas de Segurança e Saúde do

Trabalho, uma vez que conseguem, através da análise de números,

identificar se as ações adotadas até aquele momento estão

sendo efetivas ou não.

Os indicadores utilizados podem ser reativos ou proativos.

Indicadores reativos são aqueles que refletem o desempenho

passado da organização quanto a seu desempenho em SST:

Nº CAF: Número de Acidentes com afastamento;


Nº SAF: Número de Acidentes sem afastamento;

IF: Índice de Frequência

IG: Índice de Gravidade;

N º Doenças Ocupacionais;
Outros (a empresa escolhe trabalhar com os indicadores que

achar relevante para seu sistema);

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Embora largamente utilizado pelas organizações, dado a

facilidade em trabalhar com eles, os indicadores reativos

não são exatamente os melhores em termos de objetividade.

Através do uso destes indicadores, somente é possível dizer se o

ano atual esta melhor que o passado, e não necessariamente lhe

fornece insights sobre o futuro, ou seja, perspectivas.

É como quando você analisa uma ação da bolsa de valores

olhando somente para o seu desempenho passado; o que

obviamente não garante o mesmo desempenho no futuro.

Para solucionar este gargalo, existem os indicadores proativos.

Estes nos permitem adotar medidas preventivas que possibilitam

com que os “sinais” sejam tratados antes mesmo de se tornarem

causas de eventos indesejáveis.

Um ótimo programa de segurança utiliza os indicadores proativos

para conduzir mudanças nos processos que apresentem riscos

ao colaborador e os indicadores reativos para medir a eficácia

das ações propostas.

Um bom exemplo de um indicador proativo é o tempo necessário

que a companhia precisa para tratar uma condição insegura

proveniente de um cartão de observação de segurança.

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Uma queda no tempo de resposta pode demonstrar um maior

comprometimento da alta gestão com os aspectos relacionados a

saúde e segurança do trabalho, enquanto que um aumento

neste tempo de resposta, pode indicar uma falta de preocupação

dos tomadores de decisão, o que poderia fazer com que

os perigos e riscos ocupacionais permanecessem descontrolados,

e incidentes ou acidentes mais prováveis de acontecer.

Os indicadores proativos devem ser baseados em princípios

SMART:
  

Specific (Específicos)
Measurable (Mensurável)
Achievable (Atingível)
Reasonable (Relevante)
Timely (Temporal)

Exemplo de um indicador proativo SMART:

Quantidade (%) de trabalhadores que comparecem ao DDS -

Diálogo Diário de Segurança, diariamente:

Objetivo: 95% dentro de 2 meses.

 O indicador é específico, porque claramente identifica o objetivo

proposto,assim como quem deve atender a isto.

O indicador é mensurável, pois é possível medir a quantidade de

trabalhadores que se apresentam no DDS.

O indicador é alcançável, pois é fato que não haverá 100% de

presença dos trabalhadores, pois pode haver absenteísmo devido

a doença ou outras razões, logo, 95% é um número ok.

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Figura 3 - Ciclo do PDCA

Plan - Planejar:

Identificar o problema;

Estabelecer plano de ação para soluciona-lo, indicando

meta e objetivo;

Do - Fazer:

Executar as ações do plano de ação;

Check - Checar:

Verificar o alcance ou não das metas definidas;

Acompanhar os indicadores;

Action - Ação:

Ação corretiva em caso de insucesso;

Otimização da meta em caso de sucesso.

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1 .5.4 Processo de identificação de perigos e avaliação de


riscos ocupacionais.
 
1.5.4.1 O processo de identificação de perigos e avaliação de
riscos ocupacionais deve considerar o disposto nas Normas
Regulamentadoras e demais exigências legais de segurança
e saúde no trabalho.
 

É importante, antes de mais nada, entender os conceitos por trás

das palavras.

A definição de Perigos e Riscos ocupacionais deve ser bem

masterizada para que não haja erros no entendimento dos

requisitos.

Fazendo uma retirada do próprio glossário da NR 01, temos:

Perigo ou fator de risco ocupacional/ Perigo ou fonte de


risco ocupacional: Fonte com o potencial de causar lesões ou

agravos à saúde. Elemento que isoladamente ou em combinação

com outros tem o potencial intrínseco de dar origem a lesões ou

agravos à saúde.

Risco ocupacional: Combinação da probabilidade de


ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por um evento

perigoso, exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de

trabalho e da severidade dessa lesão ou agravo à saúde.

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Além de entender o significado destes termos, devemos entender

o que o item diz como “considerar o disposto das Normas

Regulamentadoras”.

Diferentes NRs tratam de diferentes assuntos, com perigos e riscos

próprios a cada cenário. Logo, as particularidades de cada

ambiente devem ser observadas quando na identificação dos

perigos e riscos ocupacionais.

1.5.4.2 Levantamento preliminar de perigos


 
1.5.4.2.1 O levantamento preliminar de perigos deve ser
realizado:
 
a) antes do início do funcionamento do estabelecimento ou
novas instalações;
b) para as atividades existentes; e
c) nas mudanças e introdução de novos processos ou
atividades de trabalho.
 

Aqui há uma hierarquia quando no levantamento dos perigos

relacionados às atividades de uma empresa.

Quando da publicação desta legislação, milhares de

empresas já operavam e já possuíam seus sistemas funcionando,

com as devidas medidas de controle aplicadas.

No entanto, é de se esperar que qualquer mudança em legislação

requeira que o levantamento dos perigos seja feito antes do início

do funcionamento do estabelecimento ou de novas instalações.

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Neste caso, é muito mais fácil e barato fazer as adequações

necessárias para controlar quaisquer fontes de perigo.

Se não for possível realizar este levantamento antes das

atividades começarem, deve-se fazer para aquelas

atividades que já ocorrem no dia a dia.

Neste caso, o impacto de uma medida de controle pode ser

maior, pois pode influenciar na produtividade da companhia,

dado o tempo para desenvolver e instalar qualquer

adequação, e mesmo realizar o treinamento com as partes

envolvidas.

1.5.4.2.1.1 Quando na fase de levantamento preliminar de


perigos o risco não puder ser evitado, a organização
deve implementar o processo de identificação de
perigos e avaliação de riscos ocupacionais, conforme
disposto nos subitens seguintes.

Os perigos ou riscos ocupacionais deveriam, em um mundo

perfeito, serem eliminados. Caso não fosse possível, deveriam

ser evitados.

Todavia, existem perigos intrínsecos às atividades, logo, não é

possível evitar com que eles existam.

Por exemplo, se for realizar trabalho em hospitais, atendendo

pessoas portadoras de quaisquer tipo de vírus, é impossível

evitar se expor ao vírus, sendo possível somente controlar o

risco, adotando medidas coletivas, administrativas e fazendo

uso de EPI, nesta ordem.

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1 .5.4.2.1.2 A critério da organização, a etapa de levantamento


preliminar de perigos pode estar contemplada na etapa de
identificação de perigos.
 
1.5.4.3 Identificação de perigos
 
1.5.4.3.1 A etapa de identificação de perigos deve incluir:
 
a) descrição dos perigos e possíveis lesões ou agravos à
saúde;
b) identificação das fontes ou circunstâncias; e
c) indicação do grupo de trabalhadores sujeitos aos riscos.
 

Existe uma similaridade muito grande com os requisitos do PPRA

neste item.

É necessário descrever os perigos, ou seja, descrever as fontes

com potencial de causar lesão; quais são as lesões causadas ou

como pode haver um agravo a uma condição pré-existente;

Deve-se identificar qual a fonte do perigo, ou seja, qual

atividade é responsável por isto;

E qual é o grupo de trabalhadores que está sujeito a este risco.

Neste item devemos entender este grupo de trabalhadores como

o GHE - Grupo Homogêneo de Exposição- exposto ao risco

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Figura 4 - Modelo de tabela para identificar os perigos

*Necessário haver uma tabela anterior identificando quais as funções dentro de um mesmo GHE.
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Figura 4.1 - GHE - Grupo Homogêneo de Exposição

GHE  FUNÇÃO DESCRIÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO

• O ambiente cujo GHE realiza as atividades é caracterizado por

•Eletricista; ser um local com presença de maquinários movidos a eletricidade

01 •Eletricista de manutenção; em geral, sendo alguns equipamentos alimentados com baixa

•Engenheiro Eletricista tensão (computadores, rádios, impressoras) e outros alimentados

com alta- tensão (motores e compressores de ar).

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1.5.4.3.2 A identificação dos perigos deve abordar os perigos


externos previsíveis relacionados ao trabalho que possam
afetar a saúde e segurança no trabalho.
 

Se houver perigos externos à atividade, ou seja, perigos não

gerados pela atividade, estes devem ser considerados também.

Um exemplo seria um funcionário que realizasse atividades de

corte e solda em local confinado e com possível presença de

microorganismos.

Haveria um perigo de contaminação biológica, não causada pela

atividade principal, ou seja, seria um perigo externo.

1.5.4.4 Avaliação de riscos ocupacionais


1.5.4.4.1 A organização deve avaliar os riscos ocupacionais
relativos aos perigos identificados em seu(s)
estabelecimento(s), de forma a manter informações para
adoção de medidas de prevenção.
 

Cada perigo possui um risco ocupacional específico, e a

identificação deste é determinado individualmente pelo próprio

corpo técnico da companhia.Não há uma única forma, uma única

matriz de riscos, que pode ser utilizada de forma universal por

todas as empresas.

Pelo fato de haver  a expressão “probabilidade de ocorrer uma

lesão” no conceito de risco ocupacional, e esta probabilidade

poder ser baseada em um estudo dos eventos passados que

ocorreram na empresa, na indústria onde a empresa esta inserida,

no país, etc., podem haver perigos idênticos,com fontes/

circunstâncias idênticas, porém, com riscos ocupacionais

diferentes.

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1.5.4.4.2 Para cada risco deve ser indicado o nível de risco


ocupacional, determinado pela combinação da severidade
das possíveis lesões ou agravos à saúde com a
probabilidade ou chance de sua ocorrência.
 

Neste caso, podemos e devemos levar em consideração a

utilização de uma matriz de riscos.

Conforme havia escrito anteriormente, cada empresa pode e deve

utilizar uma matriz que represente as particularidades da indústria

onde está inserida, do país, da região onde está realizando suas

atividades, e do próprio estabelecimento.

Para fins de ilustração, vou utilizar as matrizes abaixo e utilizar o


exemplo que acompanha:

Atividade a ser realizada: Manutenção de bomba na praça de

máquinas

Perigo: Choque Elétrico.

  

Utilizaremos o conjunto de matrizes abaixo:

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Figura 5 - Categoria de Frequência/Probabilidade

CATEGORIA DENOMINAÇÃO

Nunca houve nenhum evento na indústria (onde a empresa


A
está inserida).

Houve entre 1 e 10 eventos na última década na indústria,


B
considerando todo o planeta.

Houve entre 1 e 10 eventos na última década na indústria


C
nacional.

Houve pelo menos 01 evento na empresa ou grupo


D
empresarial nos últimos 05 anos.

Figura 6 - Categoria de Severidade

DANO EM PESSOAS
omissívarG

Fatalidade ou lesões que gerem impacto irreversível à

5 saúde/ou levem a morte. Acima de 10 pessoas envolvidas.


edadireveS ed airogetaC

evarG

Fatalidade ou lesões que gerem impacto irreversível à


4
saúde/ou levem a morte. Até 10 pessoas envolvidas.
odaredoM

Lesões moderadas que gerem restrição de atividade,

3 afastamento com impacto reversível. Acima de 10 pessoas

envolvidas.

Lesões moderadas que gerem restrição de atividade,


eveL

2
afastamento com impacto reversível. Até 10 pessoas

envolvidas.
omissíveL

Sem dano ou com lesões leves, com primeiros socorros e

1 sem afastamento ou restrição de atividades. Entre 01 e 10

pessoas envolvidas.*

*Caso o evento levíssimo envolva mais de 10 pessoas, considerar como

leve.

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Figura 7 - Categoria de Frequência/Probabilidade


A B C D
omissívarG

5 Moderado Não Tolerável Não Tolerável Não Tolerável


edadireveS ed airogetaC

evarG

4 Tolerável Moderado Não Tolerável Não Tolerável


odaredoM

3 Tolerável Tolerável Moderado Não Tolerável


eveL

2 Tolerável Tolerável Moderado Moderado


omissíveL

1
Tolerável Tolerável Tolerável Moderado

Figura 8 - Matriz de Risco X Medidas de Controle

RISCO OCUP MEDIDAS

Não há necessidade de medias além das existentes.

Sempre que houver uma mudança na forma de realizar a


Tolerável
atividade, uma nova análise deve ser realizada,

considerando os novos elementos.

Controles adicionais devem ser implementados de forma a


Moderado
reduzir o risco até a região ALARP/ALARA.

Os controles existentes são insuficientes. Métodos

Não Tolerável alternativos de realização da atividade deverão ser

considerados. A atividade não pode ocorrer.

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Figura 9 - Matriz de Perigos x Riscos Ocupacionais

Descrição das
Manutenção de bomba na praça de máquinas.
atividades

Trabalhadores
GHE 01
Expostos

Perigo/ Resultado/Análise LT/TWA Metodologia


Risco
Agente Preliminar

Choque
Mecânico NA NA NA
Elétrico

Fonte/ Consequências/ Frequência/ Categoria


Circunstância Agravo à Saúde Probabilidade Severidade

•Parada Cardiaca
•Motores
•Queimadura
presentes no D 4
•Arritimia
ambiente;
•Parada Respiratória

•Morte

Risco Medidas de Frequência/ Categoria Risco


Ocupac. Controle Probabilidade Severidade Ocupac.

•Desenergização;

•Utilização de EPI:
Não 4
Capacete Classe 2, A Tolerável
Tolerável
Luva Isolante, Bota

Isolante

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Para identificar o risco da atividade descrita, é necessário

responder às seguintes questões:

Qual a probabilidade de o colaborador sofrer um choque

elétrico enquanto realiza as atividades?

Caso o evento relacionado ao perigo aconteça, qual seria a

severidade do dano causado?

Quantas vezes no passado, houve acidentes/incidentes

relacionados à mesma atividade?

Para o cenário descrito, consideraremos que a frequência/

probabilidade de ocorrência de choque elétrico fosse D, ou seja,

existe a possibilidade e houve 01 evento na empresa nos últimos 5

anos relacionados à atividade.

A severidade do choque elétrico pelo corpo da vítima neste caso

seria 4, ou seja, no evento que ocorreu, a vítima sofreu

queimaduras graves, vindo a perder um dos membros

(extremidades dos dedos da mão direita).

Somente uma pessoa estaria exposta. (Obrigatoriedade

proveniente do item 1.5.4.4.3 - Ainda vamos passar por ele)

Ao consultarmos a Matriz da figura 7, temos que a atividade não

pode ocorrer visto que é Não Tolerável.

A partir disto, adota-se as medidas de controle, faz-se a análise

novamente, e chega-se em um posicionamento, que pode ser

tolerável ou não tolerável.

Caso seja tolerável após a adoção das medidas de controle, a

atividade pode ser realizada.

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Caso contrário, um Plano de Ação (Iremos discutir no item 1.5.5.2)

deverá ser elaborado, contendo as informações necessárias para

a adequação do risco Não tolerável para Tolerável.

É importante ter em mente que este é somente um exemplo, uma

ilustração.

Não existe certo e errado, e as matrizes devem refletir a realidade

da empresa e do mercado onde está inserida.

Ponto de atenção: Como chegar nos números da probabilidade?

Conforme eu já havia escrito, os números da probabilidade

devem, no cenário ideal, ser encontrados a partir de um estudo

estatístico dos eventos que ocorreram na indústria onde sua

empresa está inserida, país, companhia ou estabelecimento.

Isto é uma etapa individual do processo de identificação do risco

ocupacional.

Cada empresa deve identificar o seu baseado no seu próprio

histórico, caso exista.

1.5.4.4.2.1 A organização deve selecionar as ferramentas e


técnicas de avaliação de riscos que sejam adequadas ao
risco ou circunstância em avaliação.
 
Existem várias ferramentas e técnicas para avaliação de riscos.

Eu mencionei e mostrei como utilizar  a Matriz de Riscos, mas você

pode também poderia considerar outras ferramentas, tais quais:

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 APR – Análise Preliminar de Riscos;

FMEA – Análise de Modos de Falhas e Efeitos

ADC – Arvore de Causas

AAF – Análise de Árvore de Falhas

WI - What if

Hazid - Hazard Identification

Outros.

1.5.4.4.3 A gradação da severidade das lesões ou agravos à


saúde deve levar em conta a magnitude da consequência e o
número de trabalhadores possivelmente afetados.
 

Discutido no item 1.5.4.4.2.

1.5.4.4.3.1 A magnitude deve levar em conta as


consequências de ocorrência de acidentes ampliados.
 

Os acidentes ampliados são, segundo a OIT – Organização

Internacional do Trabalho, acidentes de grande magnitude, que

envolvem muitos trabalhadores, população e meio ambiente, e

cujas consequências sejam imediatas ou de médio e longo prazo.

Esta análise deve fazer parte do seu estudo de frequência/

probabilidade.

1.5.4.4.4 A gradação da probabilidade de ocorrência das


lesões ou agravos à saúde deve levar em conta:
 
a) os requisitos estabelecidos em Normas
Regulamentadoras;
b) as medidas de prevenção implementadas;
c) as exigências da atividade de trabalho; e
d) a comparação do perfil de exposição ocupacional com
valores de referência estabelecidos na NR-09.
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Para se chegar na probabilidade da ocorrência das lesões ou

agravos a saúde, é necessário considerar a aplicação dos

requisitos normativos e adoção de medidas de controle.

No exemplo que dei acima, considerei um cenário sem a adoção

de medidas de controle e um cenário com a adoção das medidas

conforme requisitado neste item.

1.5.4.4.5 Após a avaliação, os riscos ocupacionais devem ser


classificados, observado o subitem 1.5.4.4.2, para fins de
identificar a necessidade de adoção de medidas de
prevenção e elaboração do plano de ação.
 

No exemplo, classifiquei os riscos ocupacionais como Tolerável,


Moderado e Não Tolerável*.

*Lembrando que esta classificação é somente um EXEMPLO. Na

sua realidade, você pode utilizar outras nomenclaturas, inclusive

se quiser, baseado na análise da equipe técnica, criar valores

diferentes.

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1.5.4.4.6 A avaliação de riscos deve constituir um processo


contínuo e ser revista a cada dois anos ou quando da
ocorrência das seguintes situações:
a) após implementação das medidas de prevenção, para
avaliação de riscos residuais;
b) após inovações e modificações nas tecnologias,
ambientes, processos, condições, procedimentos e
organização do trabalho que impliquem em novos riscos ou
modifiquem os riscos existentes;
c) quando identificadas inadequações, insuficiências ou
ineficácias das medidas de prevenção;
d) na ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas ao
trabalho;
e) quando houver mudança nos requisitos legais aplicáveis.
 

Diferentemente do PPRA cuja avaliação global era feita

anualmente, a reavaliação de riscos do PGR deve ser realizada a

cada 2 anos, ou quando ocorrer algum dos itens mencionados

acima.

1.5.4.4.6.1 No caso de organizações que possuírem


certificações em sistema de gestão de SST, o prazo poderá
ser de até 3 (três) anos.
 

Neste caso, empresas certificadas ISO 45.001:2018 podem rever

seus riscos de maneira compulsória a cada 3 anos.

Diferentemente do item 1.5.3.1.2, que diz que o PGR pode ser

atendido por Sistemas de Gestão, mas não condiciona isto à

obrigatoriedade de uma certificação.

Caso sua organização tenha um sistema de gestão implementado

, porém não certificado,vale a regra de regra de revisão do PGR a

cada 2 anos
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1.5.5. Controle dos riscos


1.5.5.1. Medidas de prevenção
1.5.5.1.1 A organização deve adotar medidas de prevenção
para eliminar, reduzir ou controlar os riscos sempre que:

a) exigências previstas em Normas Regulamentadoras e nos


dispositivos legais determinarem;
b) a classificação dos riscos ocupacionais assim determinar,
conforme subitem 1.5.4.4.5;
c) houver evidências de associação, por meio do controle
médico da saúde, entre as lesões e os agravos à saúde dos
trabalhadores com os riscos e as situações de trabalho
identificados.

Uma das responsabilidades de uma empresa, é obviamente,

manter a segurança e saúde dos seus funcionários.

Logo, o objetivo deve sempre ser eliminar os riscos ou na

impossibilidade de eliminação, trazê-los à zona ALARP/ALARA.

1.5.5.1.2 Quando comprovada pela organização a


inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção
coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou
encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou
implantação ou, ainda, em caráter complementar ou
emergencial, deverão ser adotadas outras medidas,
obedecendo-se a seguinte hierarquia:
 
a) medidas de caráter administrativo ou de organização do
trabalho;
b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI.

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Este item é bastante comum em várias NRs, sendo o texto

alterado, porém mantendo a estrutura e a ideia.

Em qualquer situação ou cenário de risco, o melhor dos mundos

seria eliminar o risco completamente.

Porém, como já discutido, alguns riscos são intrínsecos às

atividades, logo, medidas complementares devem ser adotadas.

É importante sempre lembrar que, o equipamento de

proteção individual não deve ser utilizado como medida de

controle primária.

Este não impede nenhum acidente, somente minimiza as

consequências quando na ocorrência de um.

Neste caso, se houver a possibilidade da implantação de uma

medida de controle coletiva, que esteja em fase de estudo, por

exemplo, deve-se inseri-la no Plano de Ação SMART que você irá

elaborar.

1.5.5.1.3 A implantação de medidas de prevenção deverá ser


acompanhada de informação aos trabalhadores quanto
aos procedimentos a serem adotados e limitações das
medidas de prevenção.
 

Qualquer atualização no PGR que implique a necessidade de

repassar a informação ao funcionário exposto ao risco, deve ser

tema de DDS, treinamento, reunião de segurança, reunião

da CIPA ou outro meio de comunicação. 

Estas informações devem também ser documentadas, pois servem

de evidências em auditorias de clientes, sindicatos, ou mesmo da

SIT – Subsecretaria de Inspeção do Trabalho.

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1.5.5.2 Planos de ação


 
1.5.5.2.1 A organização deve elaborar plano de ação,
indicando as medidas de prevenção a serem introduzidas,
aprimoradas ou mantidas, conforme o subitem 1.5.4.4.5.
 

Caso uma atividade seja classificada como Não Tolerável, ou

outra definição que você tenha dado, é necessário elaborar um

Plano de Ação indicando quais são as medidas de prevenção que

devem ser adotas para que seja possível realizar as atividades

necessárias.

Importante não deixar de inserir no Plano de Ação as ações que

serão mantidas.

O Plano de Ação, sempre que possível deve ser SMART (Já

descrito no item de melhoria contínua), e os responsáveis pelas

ações devem ser devidamente identificados.

Todas as ações realizadas, quando findadas, devem ser

evidenciadas.

Podem ser utilizados modelos de Plano de Ação como:

5W2H;

Canvas;

Kanban;

Outro da sua preferência.

Eu recomento, e gosto de utilizar, o Modelo de 5W2H por ser mais

completo. No case que iremos desenvolver no anexo I, irei

demonstrar como elaborar um Plano de Ação conforme

requisitos deste item.

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1.5.5.2.2 Para as medidas de prevenção deve ser definido


cronograma, formas de acompanhamento e aferição de
resultados.
 

As formas de acompanhamento e a aferição de resultados devem

ser informações que podem ser encontradas em procedimentos

operacionais ou mesmo no corpo do PGR.

É importante descrever as formas que isto será feito, e pensar

nas maneiras de como evidenciar que estas ações estão sendo

adotadas.

O cronograma, por exemplo, pode ser acompanhado

semanalmente, e os resultados serão avaliados em conjunto.

Para que seja possível “auditar” esta ação, é necessário que

esteja escrito em algum lugar (procedimento ou no próprio PGR)

como será feito este acompanhamento e aferição de resultados.

1.5.5.3 Implementação e acompanhamento das medidas de


prevenção

1.5.5.3.1 A implementação das medidas de prevenção e


respectivos ajustes devem ser registrados.
 

Discutido no item acima.

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1 .5.5.3.2 O desempenho das medidas de prevenção deve ser


acompanhado de forma planejada e contemplar:
 
a)a verificação da execução das ações planejadas;
b)as inspeções dos locais e equipamentos de trabalho; e
c)o monitoramento das condições ambientais e exposições a
agentes nocivos, quando aplicável.
 

Uma das formas de se garantir que esta havendo uma melhoria

contínua enquanto na adoção de medidas de controle para tornar

os ambientes e as atividades mais seguras, é realizar o

monitoramento das condições ambientais e os agentes

nocivos.

Esta é uma forma de avaliar e aferir os resultados das ações

propostas no plano de ação.

Exemplificando, identificou-se que o ruído em uma

determinada atividade estava em 92 dB(A).

Partindo do pressuposto que, na hierarquia das medidas de

controle, deve-se primariamente adotar medidas de proteção

coletiva, seria necessário adotar uma forma de controlar o ruído

na fonte ou no percurso.

Enquanto isto, o funcionário poderia fazer uso do EPI adequado,

um protetor auricular, por exemplo.

Após a adoção das medidas de controle na fonte, deve-se

realizar outra avaliação ambiental para mensurar se houve de

fato redução no nível de pressão sonora gerado pelo

equipamento/maquinário.

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Caso não, outra ação deveria ser inserida no Plano de Ação.

1.5.5.3.2.1 As medidas de prevenção devem ser corrigidas


quando os dados obtidos no acompanhamento indicarem
ineficácia em seu desempenho.
 

Caso as medidas adotadas não atendam ao objetivo proposto,

será necessário fazer as correções aplicáveis.

As correções podem incluir ações adicionais, mudanças nos tipos

de equipamentos de proteção coletiva utilizados, alteração nos

equipamentos de proteção individual, etc.

É o PDCA – Planejar, Fazer, Checar e corrigir/otimizar.

1.5.5.4 Acompanhamento da saúde ocupacional dos


trabalhadores
 

1.5.5.4.1 A organização deve desenvolver ações em saúde


ocupacional dos trabalhadores integradas às demais
medidas de prevenção em SST, de acordo com os riscos
gerados pelo trabalho.
 

Estas são ações comuns nas empresas. O PCMSO possui um plano

de ação que deve ser seguido de forma também a atender a este

requisito.

As ações podem ser palestras, campanhas de vacinação ou outras

ações aplicáveis.

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1.5.5.4.2 O controle da saúde dos empregados deve ser um


processo preventivo planejado, sistemático e continuado, de
acordo com a classificação de riscos ocupacionais e nos
termos da NR-07.

As empresas avaliam a saúde dos funcionários através

da realização dos ASOs – Atestados de Saúde Ocupacional, que

podem ser admissionais, semestrais, anuais, de mudança de

função, demissionais ou mesmo quando a empresa entender que

se faz necessário, baseado em seus indicadores de saúde.

1.5.5.5. Análise de acidentes e doenças relacionadas ao


trabalho
 1.5.5.5.1 A organização deve analisar os acidentes e as
doenças relacionadas ao trabalho.
 1.5.5.5.2 As análises de acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho devem ser documentadas e:
 
a)considerar assituações geradoras dos eventos, levando em
conta as atividades efetivamente desenvolvidas, ambiente
de trabalho, materiais e organização da produção e do
trabalho;
b)identificar os fatores relacionados com o evento; e
c)fornecer evidências para subsidiar e revisar as medidas
de prevenção existentes.
 
Nestes itens não há novidades para o que as empresas já adotam

em seu dia a dia.

Temos aqui o conceito de identificar a causa raiz de um evento, e

tratá-lo, de forma a impedir a recorrência.As investigações de

acidente podem ser realizadas através da utilização de várias

ferramentas, como por exemplo:

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Espinha de peixe;

5 Porquês;

Ishikawa;

Modelo do Queijo Suíço;

Árvore de Causas;

Outros.

1.5.6 Preparação para emergências


 
1.5.6.1 A organização deve estabelecer, implementar e manter
procedimentos de respostas aos cenários de emergências,
de acordo com os riscos, as características e as
circunstâncias das atividades.
 

Planos de Resposta a Emergência – PAE - são comuns em alguns

estados, pois podem ser requisitos mandatórios para obtenção da

autorização do Corpo de Bombeiros para realizarem suas

atividades.

Entretanto, várias empresas deverão ter o primeiro contato com

esta obrigatoriedade, visto que o PPRA não tinha este requisito em

seu documento.

É importante, quando na identificação dos riscos, pensar da

seguinte forma:

“Se X acontecer, o que irei fazer?”

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Riscos genéricos, como:

Incêndio,

Alagamento;

Queda de Avião no terreno da empresa;

Etc.

Não necessariamente devem ser inseridos neste procedimento de

resposta aos cenários de emergência, a não ser que estes tenham

sido avaliados e exista uma probabilidade razoável de ocorrência.

Caso após a elaboração deste PAE, seja identificado algum outro

cenários possível de ocorrer, os responsáveis devem atualizar seu

documento.

Lembrando que o Plano de Atendimento a Emergências faz parte

do GRO, mas não do PGR.

1.5.6.2 Os procedimentos de respostas aos cenários de


emergências devem prever:
 
a) os meios e recursos necessários para os primeiros
socorros, encaminhamento de acidentados e abandono; e
b) as medidas necessárias para os cenários de emergências
de grande magnitude, quando aplicável.

As empresas devem realizar simulados com frequência mínima

para treinar os funcionários da equipe de resposta a emergência.

Quanto mais bem treinados, mais preparados estarão para

responder as emergências.

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Todos os simulados deverão gerar um relatório, que cronometre o

tempo de resposta da equipe. Importante saber quanto tempo os

brigadistas levaram para se encontrarem, vestirem seus EPIs

específicos (Roupa Contra Incêndio, por exemplo), e realizarem

suas ações conforme descrito no procedimento.

A partir do momento que se faz esta análise quantitativa, é

possível buscar melhorar o tempo de resposta.

As vezes é necessário simplesmente realizar mais simulados, ou

utilizar de recursos como rádio de comunicação para acelerar o

envio e recebimento de instruções.

Como é muito particular o desempenho de uma equipe de

respostas a emergência, é impossível escrever aqui o que se pode

ser feito para melhorar.

Fato é, que é possível ate mesmo criar um indicador proativo de

SST relacionado à diminuição do tempo de resposta da Brigada,

por exemplo.

Ou, quando na reunião de análise Crítica de desempenho, pode

se criar uma meta relativa ao tempo de resposta, que deve ser

buscada no ano posterior.

1.5.7 Documentação
 
1.5.7.1  O PGR deve conter, no mínimo, os seguintes
documentos:
 
a)inventário de riscos; e
b)plano de ação.

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O PGR como documento base, assim como o PPRA, deve conter os

dados da empresa para identificação.

No entanto, a documentação mínima obrigatória se resume ao

inventário de riscos (1.5.7.3) e o Plano de Ação. (1.5.5.2)

1.5.7.2 Os documentos integrantes do PGR devem ser


elaborados sob a responsabilidade da organização,
respeitado o disposto nas demais Normas
Regulamentadoras, datados e assinados.
 

A NR 01 não descreve de quem deve ser a responsabilidade por

assinar o PGR, entretanto, diz ser necessário respeitar o disposto

nas demais NRs.

Entendo que aqui há uma responsabilidade compartilhada, e este

documento deveria ser elaborado por uma equipe multidisciplinar,

quando aplicável.

Vejamos o porquê:

A NR 18 – Condições de Segurança e Saúde na Indústria da

Construção Civil diz que: 

18.4.2 O PGR deve ser elaborado por profissional legalmente

habilitado em segurança do trabalho e implementado sob

responsabilidade da organização.

18.4.2.1 Em canteiros de obras com até 7 m (sete metros) de altura

e com, no máximo, 10 (dez) trabalhadores, o PGR pode ser

elaborado por profissional qualificado em segurança do trabalho

e implementado sob responsabilidade da organização.

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18.4.2 O PGR, além de contemplar as exigências previstas na NR-

01, deve conter os seguintes documentos:

a) projeto da área de vivência do canteiro de obras e de eventual

frente de trabalho, em conformidade com o item 18.5 desta NR,

elaborado por profissional legalmente habilitado;

b) projeto elétrico das instalações temporárias, elaborado por

profissional legalmente habilitado;

c) projetos dos sistemas de proteção coletiva elaborados por

profissional legalmente habilitado;

d) projetos dos Sistemas de Proteção Individual Contra Quedas

(SPIQ), quando aplicável, elaborados por profissional legalmente

habilitado;

Atente-se a algumas definições:

Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente

qualificado e com registro no competente conselho de classe;

Profissional qualificado: trabalhador que comprove conclusão

de curso específico na sua área de atuação, reconhecido

pelo sistema oficial de ensino.

A NR 01 não descreve diretamente a responsabilidade, porém

a NR 18 descreve claramente.

Profissional legalmente habilitado é aquele que possui registro

em conselho de classe, podendo ser Técnico ou profissional com

ensino superior.

Quando se refere a profissional qualificado, a NR se refere àquele

que não possui registro em conselho de classe, como CREA,

COREN, CRM, etc.

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Visto por esta ótica, Engenheiros de Segurança e Técnicos de

Segurança poderiam assinar o documento.

Porém, quando a NR 18 requer projetos que necessitam da

competência de outros profissionais (projeto civil de área de

vivência, projeto elétrico das instalações temporárias, etc...) cria-

se uma responsabilidade que deve ser compartilhada com

aqueles que elaboraram os documentos específicos requisitados

pela norma.

A melhor forma de solucionar este requisito, seria a inclusão de

campos diversos para assinatura no PGR, de forma a diluir a

responsabilidade dos profissionais envolvidos.

Até mesmo porque, quem realiza as atividades não são

os profissionais de SST, e estes também não são os responsáveis

pela frente de obra das empresas.

Logo, não podem se responsabilizar sozinhos pela implementação

dos requisitos previstos no PGR. Sendo assim, é necessário com

que haja um compartilhamento de responsabilidade quando

na emissão deste documento.

Embora seja claro que a responsabilidade por implementar o

programa seja da organização.

1.5.7.2.1 Os documentos integrantes do PGR devem estar


sempre disponíveis aos trabalhadores interessados ou seus
representantes e à Inspeção do Trabalho.
 

Assim como ocorria com o PPRA

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1.5.7.3 Inventário de riscos ocupacionais


 

1.5.731.1 Os dados da identificação dos perigos e das


avaliações dos riscos ocupacionais devem ser consolidados
em um inventário de riscos ocupacionais.
 

O inventário de riscos ocupacionais é o levantamento dos perigos

e as avaliações dos riscos, conforme já havia demonstrado em

figuras anteriores

1.5.7.3.2 O Inventário de Riscos Ocupacionais deve


contemplar, no mínimo, as seguintes informações:
 
a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho;
b) caracterização das atividades;
c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à
saúde dos trabalhadores, com a identificação das fontes ou
circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos perigos,
com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a
esses riscos, e descrição de medidas de prevenção
implementadas;
d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das
exposições a agentes físicos, químicos e biológicos e os
resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17.
e) avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de
elaboração do plano de ação; e
f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de
decisão.

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O inventario de riscos deve constar todas as tabelas previstas no

item 1.5.4.4.2, assim como informações adicionais como estas

abaixo:

Caracterização dos processos e ambientes de trabalho

Figura 10: Caracterização do Ambiente e dos Processos

A sala de máquinas da empresa possui

5 motores de 500 HP de potência, além de

compressores de ar, painéis elétricos de 220V e

Caracterização do 440V, caldeiras de baixa-pressão e

Ambiente condensadores.

Além disto, possui iluminação artificial

fluorescente, sistema de ar condicionado

cassete, alvenaria de piso de concreto.

Os processos de manutenção das bombas

consistem inicialmente em uma análise visual do

estado de conservação destas. Após isto, as

bombas são desmontadas através da utilização


Caracterização do
de ferramental específico, como chave de fenda
Processo
e parafusadeira.

As bombas passam por um processo de limpeza

e as partes danificadas são trocadas em sua

totalidade.

Além das tabelas e textos acima, é necessário inserir o plano de

ação, conforme já discutido, assim como os critérios baseados

em dados para tomadas de ação quanto as medidas de controle

implementadas, assim como sua efetividade.

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1.5.7.3.3 O inventário de riscos ocupacionais deve ser


mantido atualizado.
 1.5.7.3.3.1 O histórico das atualizações deve ser mantido por
um período mínimo de 20 (vinte) anos ou pelo período
estabelecido em normatização específica.
 

Isto se deve ao fato de que alguns agentes podem causar

doenças que se manifestam apenas vários e vários anos após a

contaminação inicial.

Com isto, é necessário com que a empresa armazene estas

documentações como forma de evidenciar que as medidas de

controle foram tomadas.

Caso contrário, a companhia poderá sofrer vários reveses

judiciais.

1.5.8 Disposições gerais do gerenciamento de riscos


ocupacionais
 1.5.8.1 Sempre que várias organizações realizem,
simultaneamente, atividades no mesmo local de trabalho
devem executar ações integradas para aplicar as medidas
de prevenção, visando à proteção de todos os trabalhadores
expostos aos riscos ocupacionais.
 

Este item é voltado para locais onde várias empresas realizam

suas atividades de forma simultânea, como em estaleiros ou

mesmo eu paradas de produção de indústrias para manutenção

dos seus ativos.

As empresas devem buscar realizar ações integradas para aplicar

as medidas de prevenção, e podem ser através de treinamentos,

instalação de banners de segurança, campanhas e etc.

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1.5.8.2 O PGR da empresa contratante poderá incluir as


medidas de prevenção para as empresas contratadas para
prestação de serviços que atuem em suas dependências ou
local previamente convencionado em contrato ou referenciar
os programas de contratadas.
 

Este item complementa o item anterior, e indica que que a

empresa contratada pode incluir em seu PGR as medidas de

prevenção dos riscos ocupacionais cuja terceirizada está exposta.

Devido à responsabilidade compartilhada que existe entre

empresa contratante e contratada, a empresa contratante deve

exigir da empresa contratada a adoção das medidas de controle

previstas no documento.

1.5.8.3 As organizações contratantes devem fornecer às


contratadas informações sobre os riscos ocupacionais sob
sua gestão e que possam impactar nas atividades das
contratadas.
 

Neste caso, os riscos ocupacionais sob a gestão da empresa

contratante, seriam riscos externos para a empresa contratada,

ou seja, que não possuem relação direta com a atividade

desempenhada pela terceirizada.

Seria o exemplo de uma empresa terceirizada que monta

andaimes próximos a um auto-forno de siderúrgica, e onde os

montadores estariam expostos ao risco de calor.

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1.5.8.4 As organizações contratadas devem fornecer ao


contratante o Inventário de Riscos Ocupacionais específicos
de suas atividades que são realizadas nas dependências da
contratante ou local previamente convencionado em
contrato.
 
É um complemento ao item acima.

 
As atividades da empresa contratada podem expor os

funcionários da empresa contratante, logo, é necessário com que

haja o reconhecimento mútuo dos riscos ocupacionais e medidas

de controle.

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2.2 Relação entre PGR e empresas MEI – Micro Empreendedor


Individual, EPP – Empresa de Pequeno Porte e ME – Micro
Empresas.
 

1.8.1 O Microempreendedor Individual - MEI está dispensado


de elaborar o PGR

1.8.1.1. A dispensa da obrigação de elaborar o PGR não


alcança a organização contratante do MEI, que deverá incluí-
lo nas suas ações de prevenção e no seu PGR, quando este
atua em suas dependências ou local previamente
convencionado em contrato.
 

O Micro Empreendedor Individual não precisa elaborar o PGR.

Porém, aquele que o contrata deve inserir os riscos ocupacionais

provenientes das suas atividades no próprio inventário, pelos

motivos já discutidos anteriormente.

A SEPRT – Secretaria Especial de Previdência e Trabalho irá

fornecer orientações para o MEI sobre as medidas de prevenção

que devem ser adotadas por ele.

1.8.4 As microempresas e empresas de pequeno porte, graus


de risco 1 e 2, que no levantamento preliminar de perigos não
identificarem exposições ocupacionais a agentes físicos,
químicos e biológicos, em conformidade com a NR9, e
declararem as informações digitais na forma do subitem 1.6.1,
ficam dispensadas da elaboração do PGR.
 

Aqui devemos ter muito cuidado.A não identificação de exposição

aos agentes ocupacionais físicos, químicos e biológicos não pode

ser feita de forma subjetiva.

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Logo, deve haver a análise de uma profissional devidamente

qualificado para a realização desta ação e decisão quanto a não

exposição dos funcionários aos agentes.

Não se pode, de forma não objetiva, dizer que uma padaria, por

exemplo, não expões funcionários a concentrações de ruído

acima do nível de ação, por exemplo.

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3. CONCLUSÃO

O PGR tem por objetivo otimizar a forma como segurança e saúde

do trabalho é aplicado nas empresas.

É comum do ser humano, ao realizar atividades repetidas, deixar

de prestar atenção às mudanças que ocorrem no ambiente, logo,

quando na atualização de programas de Segurança e Saúde do

Trabalho, é muito comum que seja realizado somente um copia-

cola de documentos antigos.

Muda-se a data do documento, atualiza-se uma função ou outra

para contratação de profissionais de novos cargos, e fica desta

forma mesmo. Mantem-se os mesmos perigos, riscos ocupacionais,

avaliações.. nada atualizado.

O PPRA da maior parte das empresas já estava desta forma. As

modificações neste documento eram feitas de forma

automatizadas, sem a realização de uma análise crítica

aprofundada e real.

Dado esta situação, é muito bom para a classe dos profissionais

de SST esta atualização da NR 01, e a alteração do principal

documento de segurança que as empresas deveriam elaborar.

Haverá uma série de oportunidades neste momento, e aqueles

que estiverem mais preparados irão aproveitar.

O DescomplicaSMS estará aqui para ajudar você quando

precisar.

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ANEXO I
CASE: ELABORANDO UM PGR PASSO A
PASSO EM UMA EMPRESA DE PINTURA
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Introdução

Neste anexo, o objetivo é mostrar a minha metodologia para

elaborar um PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos.

Para ser de fácil assimilação, vou mostrar o meu racional por trás

da criação deste programa, as análises que eu faço e os quadros

e tabelas que eu crio.

Obviamente, os dados aqui presentes foram criados com intuito

puramente didático, não representando a realidade.

Os perigos e riscos ocupacionais aqui descritos também foram

elaborados de forma a representar uma empresa fictícia, embora

seja baseada em uma empresa real, dadas suas características e

ramo de atuação.

O objetivo aqui não é entregar um modelo de inventário de riscos.

Logo, vou mostrar como realizar as análises e exemplificar o

inventário considerando 2 atividades.

O Plano de Ação seguirá o mesmo racional, porém, vou usar como

exemplo 2 perigos.

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1 – Descrição da Empresa
 

A empresa fictícia alvo deste PGR é uma empresa que atua no

segmento de pintura, realizando tratamento da superfície de

peças que são utilizadas por outras empresas.

A lógistica das peças é realizada através de caminhões,

responsáveis por levar as peças pintadas até os clientes e buscar

aquelas que necessitam receber tratamento.

A empresa possui somente um estabelecimento, e possui 5

setores:

Administrativo/RH

Pintura (Operação)

Mecânica/Elétrica (Manutenção dos equipamentos)

Almoxarifado

Logística

As atividades que ocorrem nos setores são as seguintes:

Admistrativo:
Gestão Geral – Uso de computadores, telefones, máquinas de

impressão e fotocópia, armazenamento de documentos em

armários, treinamentos com as equipes.

                       

Pintura:
Utilização de lixadeiras e agulheiros para retirada de

oxidação da superfície das peças;

Homogeineização de tintas e solventes;

Pintura utilizando rolo ou pincel;

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Pintura utilizando máquina de pintura airless;

Movimentação de cargas utilizando empilhadeiras – peças

devem ser levadas aos locais adequados para pintura ou

removidas.

Mecânica/Elétrica
Manutenção nos equipamentos de pintura, como os

agulheiros, lixadeiras, máquinas de pintura airless e

empilhadeiras;

A manutenção consiste na troca de peças danificadas, troca

de óleo das empilhadeiras e limpeza;

Manutenção nas partes elétricas dos equipamentos e sistemas

elétricos, como o sistema de alimentação da empresa,

compressores e etc.

Almoxarifado
As atividades que ocorrem no almoxarifado são, primariamente:

Armazenamento e entrega de EPIs,

Armazenamento e entrega de Tintas e Solventes;

Controle dos itens em estoque.

Logística
Transporte rodoviário das peças de clientes e para os clientes.

O meio de transporte são caminhões.

Existem 56 funcionários nesta organização, que atua em turnos:

Diurno e Noturno.

Este PGR vai ser elaborado por Setor (Pintura), logo, apesar do

método demonstrar a elaboração de somente 1 documento, na

realidade da sua empresa,você deveria fazer dos setores

restantes, separados, ou juntos.

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Como em todo documento de SST, é importante inserir os dados

da empresa na Introdução, assim como informações sobre suas

atividades.

Eu elaboraria uma introdução similar a esta descrita na próxima

página:

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Dados da Empresa:
 

RAZÃO SOCIAL:

CNPJ:

CNAE:

GRAU DE RISCO:

ATIVIDADE PRINCIPAL:

ENDEREÇO:

BAIRRO:

MUNICÍPIO:

TELEFONE:

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS:

JORNADA DE TRABALHO:

VIGÊNCIA DO PGR:

RESPONSÁVEL PELA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA:

Caso a empresa seja contratada, os dados da empresa

contratante deveriam ser inseridos também:

RAZÃO SOCIAL:

CNPJ:

CNAE:

GRAU DE RISCO:

ATIVIDADE PRINCIPAL:

ENDEREÇO:

BAIRRO:

MUNICÍPIO:

Logo embaixo, iria inserir informções sobre as atividades da

empresa, similar à introdução que forneci.

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2 - Inventário de Riscos
 

Seguindo as diretrizes da nova NR 01 e considerando os exemplos

que dei ao longo do e-book, devemos elaborar o inventário de

riscos considerando os seguintes aspectos:

a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho;

b) caracterização das atividades;

c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde

dos trabalhadores, com a identificação das fontes ou

circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos perigos, com a

indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e

descrição de medidas de prevenção implementadas;

d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das

exposições a agentes físicos, químicos e biológicos e os

resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17. e)

avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de

elaboração do plano de ação; e

f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de

decisão.

Vou mostrar um na prática:

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 Categoria de Frequência/Probabilidade

CATEGORIA DENOMINAÇÃO

Nunca houve nenhum evento na indústria (onde a empresa


A
está inserida).

Houve entre 1 e 10 eventos na última década na indústria,


B
considerando todo o planeta.

Houve entre 1 e 10 eventos na última década na indústria


C
nacional.

Houve pelo menos 01 evento na empresa ou grupo


D
empresarial nos últimos 05 anos.

Categoria de Severidade

DANO EM PESSOAS
omissívarG

Fatalidade ou lesões que gerem impacto irreversível à

5 saúde/ou levem a morte. Acima de 10 pessoas envolvidas.


edadireveS ed airogetaC

evarG

Fatalidade ou lesões que gerem impacto irreversível à


4
saúde/ou levem a morte. Até 10 pessoas envolvidas.
odaredoM

Lesões moderadas que gerem restrição de atividade,

3 afastamento com impacto reversível. Acima de 10 pessoas

envolvidas.

Lesões moderadas que gerem restrição de atividade,


eveL

2
afastamento com impacto reversível. Até 10 pessoas

envolvidas.
omissíveL

Sem dano ou com lesões leves, com primeiros socorros e

1 sem afastamento ou restrição de atividades. Entre 01 e 10

pessoas envolvidas.*

*Caso o evento levíssimo envolva mais de 10 pessoas, considerar como

leve.

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Categoria de Frequência/Probabilidade
A B C D
omissívarG

5 Moderado Não Tolerável Não Tolerável Não Tolerável


edadireveS ed airogetaC

evarG

4 Tolerável Moderado Não Tolerável Não Tolerável


odaredoM

3 Tolerável Tolerável Moderado Não Tolerável


eveL

2 Tolerável Tolerável Moderado Moderado


omissíveL

1
Tolerável Tolerável Tolerável Moderado

 Matriz de Risco X Medidas de Controle

RISCO OCUP MEDIDAS

Não há necessidade de medias além das existentes.

Sempre que houver uma mudança na forma de realizar a


Tolerável
atividade, uma nova análise deve ser realizada,

considerando os novos elementos.

Controles adicionais devem ser implementados de forma a


Moderado
reduzir o risco até a região ALARP/ALARA.

Os controles existentes são insuficientes. Métodos

Não Tolerável alternativos de realização da atividade deverão ser

considerados. A atividade não pode ocorrer.

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O local onde ocorrem as atividades de pintura é a cabine de pintura, que possui dimensões de 5m x

10m. A cabine de pintura é composta de painéis Isotérmicos com núcleo em EPS (Poliestireno

Expandido). Para melhorar a visibilidade enquanto realizando atividades, existem 20 luminárias com

lâmpadas de luz branca, com iluminamento acima de 750 lux. Existem filtros com densidade
Caracterização
do Ambiente progressiva instalados na cabine, cujo objetivo é eliminar qualquer partícula externa que esteja

contaminada. Estes filtros também são instalados no sistema de exaustão de saída de ar, garantido

que os componentes da tinta não contaminem o meio ambiente. Há também extintores de incêndio

espalhados ao longo da cabine, em conformidade com as diretrizes do Corpo de Bombeiros.

Os processos de pintura consistem em inicialmente realizar o tratamento mecânico da superfície

das peças, utilizando lixas, lixadeiras ou agulheiros, a depender da oxidação da peça, após isto, é

Caracterização utilizado uma tinta de fundo (Primer) aplicada diretamente ao substrato, tinta intermediária, que

do Processo possui função de aumentar a espessura do revestimento e por fim, a tinta de acabamento, que tem

como função conferir a resistência química ao revestimento. Após o processo de pintura, a peça é

transporta via empilhadeira para o local adequado para realizar a cura da tinta.

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Trabalhadores
GHE 01 (Ou descreva as funções expostas)
Expostos

Recebimento das cargas a serem pintadas dentro da cabine de pintura, as cargas são movimentadas via empilhadeira, e
Descrição das
deixadas sob cavaletes certificados;
Atividades

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Trabalhadores
GHE 02 (Ou descreva as funções expostas)
Expostos

Descrição das Tratamento da Superfície das peças, utilizando lixas, lixadeiras e/ou agulheiros
Atividades

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3 - Plano de Ação

A ferramenta utilizada para elaborar o Plano de Ação para os

riscos ocupacionais classificados é o 5W2H.

Esta ferramenta consiste em um checklist administrativo de

atividades, prazos e responsabilidades que devem ser

desenvolvidas com clareza e eficiência por todos os envolvidos.

Tem como função definir o que será feito, porque, onde, quem irá

fazer, quando será feito, como e quanto custará.

3.1 Forma de Acompanhamento e aferição dos resultados

As ações previstas no Plano de Ação devem seguir o planejado,

atendendo às datas estipuladas no campo apropriado.

Tão logo as ações sejam finalizadas, as evidências devem ser

inseridas nos campos específicos da matriz.

De forma a assegurar o correto andamento das atividades, este

Plano de Ação será revisitado semanalmente, quando o status das

ações será atualizado caso haja razões para isto.

3.2 Atualização do Plano de Ação

Este plano de ação deverá ser revisto caso haja mudança nos

riscos ocupacionais ou caso os dados obtidos quando na

realização das análises críticas de SST indiquem que as medidas

de controle adotadas são inefícientes. Neste caso, ações

adicionais devem ser incluídas no plano de ação.

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Plano de Ação - 5W2H

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Plano de Ação - 5W2H

*Os riscos ocupacionais classificados como prioritários (Não Tolerável) deverão ter data para solução antes daqueles
com classificação menor, pela lógica.

**você pode ser mais específico, por exemplo: existe a vara de manobra na empresa? Se não, uma das ações será
adquirir a vara de manobra.

*** As evidências podem ser anexadas junto ao PGR. Caso seja o documento esteja em meio digital somente, pode-se
inserir as evidências dentro das mesmas pastas, ou nomear os arquivos na coluna de evidência, de forma que você possa
identifica-los depois.

Atenção:
Porque devemos considerar a classificação de riscos ocupacionais identificados antes das medidas de controle? Porquê
nos só descobrimos que há a necessidade de adotar medidas de controle após a classificação inicial. Conforme o
próprio item da NR menciona, a classificação é para determinar a necessidade de adoção de medidas.

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REFERENCIAS

Norma Regulamentadora Nº 01 – Disposições Gerais e


Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Portaria SEPRT n º 6.730.
Disponível em:

<https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_

NR/NR-01- atualizada-2020.pdf> Acesso em: 24 abril 2020.

Norma Regulamentadora Nº07 – Programa de Controle Médico


de Saúde Ocupacional - PCMSO. Portaria SEPRT nº 6.730.

Disponível em:

<https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_

NR/NR-07-atualizada-2020.pdf> Acesso em: 24 abril 2020.

Norma Regulamentadora Nº09 – Avaliação e Controle das


Exposições Ocupacionais gentes Físicos, Químicos e Biológicos.

Portaria SEPRT n º 6.730. Disponível em: <


https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_N

R/NR-09-atualizada-2020.pdf> Acesso em: 24 abril 2020.

Norma Regulamentadora Nº18 – Condições da Segurança e


Saúde no Trabalho da Construção. Portaria nº3.733. Disponível em

<https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_

NR/NR-18- atualizada-2020.pdf> Acesso em: 24 abril 2020

ISO 45.001: 2018 – Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do


Trabalho. ABNT.

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