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Universidade Licungo

Faculdade de Economia e Gestão

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos com Habilitação em Higiene e


Segurança no Trabalho

4º Ano

Silva Augusto Duarte Luís

Risco associados às energias elétrica e eletromagnética

Quelimane

2021
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Silva Augusto Duarte Luís

Risco associados às energias elétrica e eletromagnética

Trabalho a ser entregue na


faculdade de Economia e
gestão, no departamento de
gestão, orientado pelo docente:
dr Sagid Nicolau

Quelimane

2021
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Índice
1.Introdução…... ........................................................................................................................... 4

1.1.1. Objetivos ............................................................................................................................. 5

1.1.2. Gerais .................................................................................................................................. 5

1.1.3. Específicos .......................................................................................................................... 5

1.2. METODOLOGIA .................................................................................................................. 5

2. RISCO ASSOCIADOS ÀS ENERGIAS ELÉCTRICA E ELECTROMAGNÉTICA ............. 6

2.1. EFEITOS DA EXPOSIÇÃO A CAMPOS ELECTROMAGNÉTICOS ............................... 6

3. RADIAÇÃO ELECTROMAGNÉTICA IONIZANTE E NÃO-IONIZANTE......................... 7

4. EFEITOS DA EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO IONIZANTE E NÃO-IONIZANTE................. 8

4.1. EFEITOS TÉRMICOS ........................................................................................................... 8

4.2. EFEITOS ATÉRMICOS ........................................................................................................ 8

5. A IMPORTÂNCIA E APLICAÇÕES DA ELECTRICIDADE ............................................... 9

5.1. PERIGO E RISCOS DA ELECTRICIDADE ........................................................................ 9

5.2. PRINCIPAIS RISCOS DA ELECTRICIDADE .................................................................. 10

5.3. CAUSAS DO CHOQUE ELÉCTRICO ............................................................................... 11

5.4. Falhas diversas na isolação eléctrica dos condutores (película protectora), que podem ser
causadas por : (KINDERMANN, 2000). .................................................................................... 11

6. EFEITOS DO CHOQUE ELÉCTRICO .................................................................................. 12

7. MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM O CHOQUE ELÉCTRICO............ 13

8. PERDAS RELACIONADAS AOS ACIDENTES COM ELECTRICIDADE ....................... 14

9. Conclusão ................................................................................................................................ 15

10. Referencia bibliografia .......................................................................................................... 16


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1. Introdução

Muitas mudanças em nossa sociedade ocorreram, e ainda ocorrem, por causa da energia.
Uma das condições indispensáveis para o desenvolvimento económico é o
abastecimento energético eficiente, mas também é importante salientar que esta mesma
energia gerada, em quantidades cada vez maiores, é responsável por uma grande parte
de desastres ambientais ocorridos nos últimos anos no mundo.

A energia eletromagnética é bem menos conhecida pela população do que a atómica e a


elétrica, por exemplo, mas este tipo de energia impercetível é extremamente utilizado
em nossa sociedade e pode provocar, dependendo do tempo e nível de exposição, riscos
à saúde. A radiação eletromagnética passa através de nós todos os dias e não
percebemos sua existência. Ela está presente em diversos tipos de equipamentos
tecnológicos utilizados pelo ser humano, como: antenas, computadores e celulares, por
exemplo.
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1.1.1. Objetivos

1.1.2. Gerais

 Analisar os Riscos Associados as Energias Elétrica e Eletromagnética.

1.1.3. Específicos

 Identificar os riscos Associados as Energias Elétrica e Eletromagnética;


 Avaliar os riscos Associados as Energias Elétrica e Eletromagnética;
 Identificar os efeitos dos riscos Associados as Energias Elétrica e
Eletromagnética.

1.2. METODOLOGIA

Para, (GERHARDT & SILVEIRA, 2009) metodologia é a sucessão de passos pelos


quais se descobrem novas relações entre fenómenos que interessam um determinado
ramo científico ou aspetos ainda não revelados de uma realidade, identificados através
de procedimentos indispensáveis e que vão auxiliar no alcance dos objetivos
pretendidos.

O presente trabalho, foi efetuado tendo como base: levantamento bibliográfico e


Pesquisa na Internet, com intuito de pesquisar fontes de informação sobre o tema em
estudo e aprofundar um problema de pesquisa, considerando o conhecimento já
existente.
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2. RISCO ASSOCIADOS ÀS ENERGIAS ELÉCTRICA E


ELECTROMAGNÉTICA

O Eletromagnetismo é considerado, pelos cientistas, uma das forças fundamentais que


compõem o universo, e mesmo não se conhecendo tudo sobre esse tipo de energia, ela
tem sido amplamente utilizada e explorada. Depois que se descobriu que a onda
Eletromagnética pode propagar-se por longas distâncias, a tendência é de aperfeiçoar
novas técnicas para carregar cada vez mais informações por maiores distâncias.

A radiação, mesmo sendo um fenómeno único, é classificada pela ciência de acordo


com o número de vezes que oscila em cada segundo, medida essa que se expressa em
“Hertz” (Hz).

2.1. EFEITOS DA EXPOSIÇÃO A CAMPOS ELECTROMAGNÉTICOS

Todos os organismos são sensíveis a energias eletromagnéticas; sem energia nosso


organismo não conseguiria sobreviver. Uma alteração ocasionada por uma radiação
artificial, quero assim dizer aquela criada e desenvolvida pelo ser humano, pode
produzir mudanças biológicas consideráveis em nossa saúde. Já há evidências, na
Medicina, de que a exposição a campos eletromagnéticos de baixa frequência pode
reduzir significantemente os níveis de melatonina no corpo. Segundo Bovet (2005)
Estudos da TNO – Toegepast- Natuurwestenchappelijk Onderzoek (Organização pela
Pesquisa Científica Aplicada) na Holanda, concluiu que, bastam apenas 45 minutos de
exposição a uma radiação eletromagnética de 0,7 V/m (volt por metro) emitida por um
aparelho celular, para se observar efeitos, inclusive graves, sobre a saúde.

O Eletromagnetismo trata da inter-relação entre campos elétricos e magnéticos variáveis


no espaço e no tempo, bem como de sua propagação. As equações de Maxwell
exprimem de forma concisa os fundamentos da teoria eletromagnética. As suas
aplicações na geração, transporte e utilização de Energia e de Telecomunicações são
imensas.

Os campos eletromagnéticos presentes em nosso dia-a-dia são relativamente baixos,


porém se tivermos contacto frequente com equipamentos como televisores,
computadores, lavadoras, micro-ondas, dentre outros, nossa exposição torna-se bem
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maior. Os íons naturais do nosso organismo podem ser afetados por essas descargas
elétricas provocadas por aparelhos domésticos.

Alguns estudiosos acreditam que qualquer alteração na paisagem (como a intervenção


nos rios, na terra, e também as construções) modifica o campo energético da Terra.

Os radares e antenas parabólicas, as torres de transmissão de TV, rádio, telefones


celulares se somam a uma verdadeira poluição eletromagnética. Em nossa casa, na
escola e no trabalho estamos exposto de cabos, fios, aparelhos e acessórios que geram
campos eletromagnéticos, e quer estejamos acordados ou dormindo.

No mundo inteiro, reputados cientistas, médicos, pesquisadores e epidemiologistas vêm


estudando os possíveis efeitos dos campos eletromagnéticos extremamente baixos e
extremamente altos, estas pesquisas e experiências têm-se tornado mais detalhadas, e as
evidências sobre os possíveis efeitos nocivos só aumentam, produzindo um “liga-
desliga” em nossos processos biológicos normais.

Os efeitos biológicos ocasionados pela radiação já vêm sendo estudados pela ciência há
alguns anos. Está comprovado que a radiação ionizante (aquela capaz de alterar o estado
físico de um átomo) pode trazer consequências à saúde. Mas, sejam quais forem estas
consequências, devemos minimizar o uso da energia, tomando medidas que evitem
exposições desnecessárias a campos eletromagnéticos durante longos períodos.

3. RADIAÇÃO ELECTROMAGNÉTICA IONIZANTE E NÃO-IONIZANTE

Para se classificar a radiação deve-se mensurar a quantidade de energia transportada. Se


falarmos de altos níveis de energia, diremos que se trata de radiações ionizantes. Se de
baixos níveis de energia, serão consideradas não-ionizantes.

A RADIAÇÃO IONIZANTE transporta energia suficiente para alterar o estado físico


de átomo, ocasionando-lhe a perda de eletrões e fazendo com que se torne carregado
eletricamente (ionizado). Devido à elevada energia empregada, pode haver a ionização
de moléculas e Átomos rompendo suas ligações internas. Ex.: Raio X e Raios Gama.

A RADIAÇÃO NÃO-IONIZANTE não transporta energia suficiente para alterar o


estado físico de um átomo; desta maneira não separa os eletrões da órbita externa dos
átomos. Ex.: As ondas de luz, de micro-ondas, de rádio e antenas de telefonia.
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Na natureza a radiação é um fenómeno comum. O Sol é a principal fonte de energia


eletromagnética do nosso planeta, mas há formas de radiação que não provém apenas de
fontes naturais. Atividades desenvolvidas pela humanidade nos últimos cento e vinte
anos provocaram, também, a irradiação de ondas eletromagnéticas. Assim,
equipamentos criados pelo homem, tais como fornos de microondas, aparelhos de Raio
X, televisões, computadores, serviços de telecomunicações, de energia e de radiodifusão
(com antenas espalhadas pelo ambiente urbano).

4. EFEITOS DA EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO IONIZANTE E NÃO-


IONIZANTE

4.1. EFEITOS TÉRMICOS

O efeito térmico decorre do aquecimento do tecido. A radiação é absorvida ao nível da


pele, mas também absorvida em níveis mais profundos do corpo, causando um aumento
de temperatura não percebido pelos sensores térmicos naturais, já que são localizados
superficialmente. Muitas vezes, esse calor gerado internamente, dependendo do tempo
de exposição da intensidade do campo e da espessura do tecido, pode não ser
compensado e ocasiona graves danos.

Há estudos conclusivos que apontam a possibilidade do surgimento de patologias


associadas ao aumento da temperatura corporal gerada pela fricção entre as moléculas.
A Organização Mundial de Saúde noticiou o aparecimento de cataratas, glaucomas,
problemas cardiovasculares, ou seja, problemas nas áreas mais irrigadas do corpo
humano. Porém, estes efeitos dificilmente decorrem da proximidade com estações de
rádio base, pois estes casos são constatados quando os focos de radiação estão muito
próximos das pessoas, o que não ocorre com as antenas que são sempre colocadas sobre
estruturas.

A Radiação Não-Ionizante pode provocar aumento da temperatura no corpo (alteração


física), alterar os níveis de sódio e potássio (alteração química) e produzir alteração no
sistema nervoso central (alteração biológica).

4.2. EFEITOS ATÉRMICOS

Os efeitos biológicos atérmicos são aqueles que não dizem respeito ao aumento da
temperatura ocasionado pela radiação.
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Há estudos que retratam casos, decorrentes de efeitos não-térmicos, de distúrbios


emocionais, do sono e de actividade epiléptica em algumas crianças expostas à radiação
das Estações Rádio Base. Segundo Ana Maria M. Marchesan.

A preocupação pública com os possíveis efeitos sobre a saúde dos campos


electromagnéticos (CEM) levou à preparação desse manual.

Os Riscos potenciais da exposição aos CEM devidos a instalações como linhas de


transmissão e estações rádio base de telefonia celular móvel representam um difícil
conjunto de desafios para os tomadores de decisão. Os desafios incluem determinar se
existe ameaça na exposição aos CEM e qual o impacto Potencial sobre a saúde, isto é,
avaliação de risco; reconhecer as razões que levam à Preocupação por parte do público,
isto é, percepção de risco; e implementar políticas que protejam a saúde pública e
respondam às preocupações do público, isto é, gerência de Risco. Responder a esses
desafios requer o envolvimento de indivíduos ou organizações com o conjunto correto
de competências, combinando a expertise científica relevante, boas aptidões para
comunicação e o julgamento adequado nas áreas de gerência e regulamentação. Isso
será sempre verdade em qualquer contexto, seja local, regional ou mesmo nacional ou
global.

5. A IMPORTÂNCIA E APLICAÇÕES DA ELECTRICIDADE

A electricidade está cada vez mais presente na vida das pessoas. Seja em nossas casas,
seja no ambiente de trabalho, a electricidade é usada como uma forma intermediária de
energia, que é convertida nas mais diversas formas energéticas, tais como: nos motores
eléctricos, onde a energia eléctrica é convertida em energia mecânica; nas lâmpadas
(energia eléctrica em energia luminosa); nos alto-falantes, telefones e rádios (energia
eléctrica em energia sonora); nos chuveiros eléctricos, torradeiras e secadores de cabelo
(energia eléctrica em calor), dentre outros (AZEVEDO, 2008).

5.1. PERIGO E RISCOS DA ELECTRICIDADE

As pessoas tendem a desprezar os riscos que a electricidade impõe e falham nos


momentos de tratá-la com o respeito que ela exige. Os riscos associados à electricidade
são reais e podem afectar qualquer pessoa.
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O ser humano e os animais já eram submetidos aos riscos de choque eléctrico antes
mesmo de a humanidade ter conhecimento da electricidade. A electricidade é muitas
vezes citada como a “assassina silenciosa” Isso porque ela não pode ser degustada,
vista, ouvida ou cheirada. Ela é essencialmente invisível para os sentidos humanos. A
electricidade há muito é reconhecida como um grave perigo no ambiente de trabalho,
expondo os empregados ao choque eléctrico, o qual pode resultar em electrocussão,
graves queimaduras, ou quedas que resultam danos adicionais ou até mesmo a morte;
bem como queimaduras e explosões causadas pelos arcos elétricos (NEITZEL, 2008).

5.2. PRINCIPAIS RISCOS DA ELECTRICIDADE

O choque eléctrico ocorre quando o corpo de uma pessoa permite a passagem de


corrente eléctrica entre dois condutores energizados de um circuito eléctrico ou entre
um condutor energizado e uma superfície ou objecto aterrado. Isto é, quando há a
diferença de potencial entre uma parte do corpo e outra, a corrente eléctrica fluirá e com
ela surge o fenómeno do choque elétrico (NEITZEL, 2008).

Com a passagem de corrente, há um estímulo do sistema nervoso acidental e de curta


duração, e a mesma circula no corpo, fazendo-o parte de um circuito eléctrico com
tensão suficiente para superar sua resistência elétrica (AFFONSO, GUIMARÃES E
OLIVEIRA, 2007).

O choque eléctrico pode ser classificado em três categorias: (KINDERMANN, 2000).


Choque estático, aquele advindo pela descarga de um capacitor (acumulador de cargas
eléctricas), acumuladas nas capacitâncias parasitas de equipamentos ou em linhas de
transmissão desligadas;

- Choque dinâmico, aquele decorrente do contacto directo (com um circuito energizado)


ao se tocar acidentalmente na parte viva de um condutor energizado nu ou com defeito,
fissura ou rachadura na isolação, queda de condutor da rede de energia eléctrica, etc.; ou
no contacto indirecto (com um corpo/massa electrizado), ao se tocar nas massas
(carcaças) energizadas por defeitos como fissura na isolação dos condutores eléctricos;

- Choque por acção directa ou indirecta das descargas atmosféricas, que são gigantescas
descargas eléctricas entre nuvens ou entre nuvens e terra, que proporcionam choques
eléctricos de forma semelhante a enormes capacitores e, com isso, altíssimas correntes.
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5.3. CAUSAS DO CHOQUE ELÉCTRICO

Vários factores aumentam consideravelmente a chance de ocorrência de um choque


eléctrico, tais como: o desgaste de materiais e equipamentos nas instalações eléctricas
antigas, falta de manutenção periódica e adequada nas instalações eléctricas;
inadequação na execução das instalações eléctricas; utilização de materiais eléctricos de
baixa qualidade, onde a “economia” é colocada em primeiro plano, em detrimento da
segurança e durabilidade das instalações eléctricas; elaboração de projectos eléctricos de
forma inadequada, sem contemplar os requisitos mínimos de segurança e qualidade
exigidos pelas normas técnicas competentes, (KINDERMANN, 2000).

Além desses factores, pode-se destacar outros factores que facilitam a ocorrência do
choque eléctrico:

 Contacto em condutores e equipamentos energizados, nus ou com a protecção


retirada, como os cabos de distribuição de energia eléctrica aéreos que podem
ser tocados por guindastes, escadas e antenas. Acabam fazendo parte do circuito
eléctrico e proporcionando risco de morte à pessoa que tocar nesses
equipamentos e mantiver contacto com a terra.

Outros exemplos quotidianos são os choques causados pelo uso de capacitores, que
mesmo desligados levam certo tempo para descarregar totalmente suas cargas eléctricas;
e no enrolamento primário dos transformadores, que pode apresentar elevada tensão
induzida se for ligado algum equipamento no seu enrolamento secundário.

5.4. Falhas diversas na isolação eléctrica dos condutores (película


protectora), que podem ser causadas por : (KINDERMANN, 2000).

1- Desgaste por agentes agressivos, tais como:

 O calor e temperaturas elevadas, que levam à ruptura de alguns polímeros


usados na elaboração de materiais isolantes;
 A humidade, que pode ser absorvida pelo material isolante, diminuindo sua
resistência interna e na superfície;
 A oxidação, proporcionada pelo oxigénio e outros oxidantes, causam problemas
de isolação especialmente em ambientes fechados, por ocorrência de arcos
eléctricos na operação de motores e geradores;
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 A radiação ultravioleta e os processos fotoquímicos iniciados por ela provocam


a ruptura de alguns polímeros como o cloreto de vinila, a borracha sintética e
natural;
 Produtos químicos como os ácidos, lubrificantes e sais podem causar desgaste
nos isolantes;
 Factores biológicos, como os danos causados nos materiais orgânicos que
constituem as isolações eléctricas pelos ratos, outros roedores, insectos e fungos
que se alimentam desses materiais;
 As altas tensões, que originam arcos eléctricos ou efeitos corona (luminescência
causada por determinada intensidade de campo eléctrico na região condutora
energizada, não suficiente para provocar uma restauração súbita de uma corrente
eléctrica chamada de carga disruptiva) que criam buracos ou degradações
químicas, diminuindo a resistência da isolação;
 O vácuo, que desprende materiais voláteis dos isolantes orgânicos, criando
vazios internos nesses materiais, mudando suas dimensões, peso e, com isso,
redução de sua resistividade;

2- Envelhecimento natural ou forçado e uso inadequado dos condutores, como nos


danos mecânicos causados pela abrasão e vibração nas superfícies próximas aos
mesmos; os cortes, flexões e torções do recobrimento dos condutores quando próximos
a superfícies cortantes e sinuosas (AFFONSO, GUIMARÃES E OLIVEIRA, 2007).

6. EFEITOS DO CHOQUE ELÉCTRICO

Os efeitos do choque eléctrico podem ser inofensivos como um formigamento, ou


podem ser fatais como em uma parada cardiorrespiratória. A gravidade do choque
depende de vários fatores (KINDERMANN, 2000; NEITZEL, 2008):

 Resistência do corpo determinada pelas condições da pele do indivíduo: a pele


seca ou molhada influencia directamente na determinação da resistência total de
uma pessoa.

Estas frequências de operação do sistema energético no território brasileiro são 50 ou 60


Hz não são favoráveis ao ser humano, no que diz respeito à contracção muscular devido
à corrente de choque eléctrico. Há uma forte atenuação na contracção muscular para o
choque eléctrico em corrente alternada em altas frequências. Isso ocorre devido ao
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efeito skin (pelicular) que faz com que a corrente eléctrica percorra a região superficial
do corpo, não passando pelos músculos internos e coração (KINDERMANN, 2000).

São também factores que determinam a gravidade do choque eléctrico no corpo


humano: a área de contacto do corpo com a parte energizada, que determina a região de
penetração do choque eléctrico na pele; a pressão (força) do contacto na área do corpo
com o eléctrodo energizado, que é directamente proporcional à corrente de choque; e a
constituição física e estado de saúde do indivíduo, que podem variar de acordo com a
idade, tamanho, peso, sexo, etc. Um perfil “ideal” de pessoa, em termos de segurança
em relação ao choque eléctrico, seria: gorda, baixinha e com tórax larga
(KINDERMANN, 2000).

7. MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM O CHOQUE


ELÉCTRICO

Algumas medidas de prevenção de acidentes relacionados ao choque eléctrico passam


pela isolação, barreiras, aterramento, dispositivos de protecção eléctrica como os
Equipamentos de Protecção Individual (EPI) e os Equipamentos de Protecção Colectiva
(EPC), ferramentas certificadas e práticas seguras de trabalho. A melhor prática é
sempre manter distância do circuito elétrico (NEITZEL, 2008).

Para evitar que a pessoa receba a descarga de corrente eléctrica proporcionada pelo
choque eléctrico, como se fosse um condutor terra, devem-se aterrar adequadamente as
carcaças dos motores e equipamentos eléctricos com o fim de escoar as correntes
eléctricas de falha no isolamento ou contacto de circuito energizado, fazendo com que o
curto-circuito provoque a actuação do dispositivo de protecção.

Ainda assim, muitos equipamentos em condições normais de funcionamento


apresentam correntes de “fuga” através de suas isolações. É a chamada corrente
diferencial residual. Quando esta corrente atinge determinado valor, se o circuito
eléctrico estiver adequadamente protegido, ocorrerá a actuação de um dispositivo de
protecção chamado dispositivo de protecção à corrente diferencial-residual (dispositivo
DR). Muitos dispositivos DR são incorporados ao disjuntor termomagnético,
proporcionando protecção contra sobrecarga, curto-circuito e choque elétrico
(NISKIER, 2005).
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8. PERDAS RELACIONADAS AOS ACIDENTES COM ELECTRICIDADE

Os acidentes e perdas humanas e materiais devido à electricidade ocorrem diariamente


em residências, edifícios, estabelecimentos comerciais, indústrias, fazendas, em todas as
quatro etapas produtivas (geração, transmissão, distribuição e consumo), em instalações
de alta e baixa tensões.

Existem várias centenas de trabalhadores acidentados ou mortos a cada ano devido ao


contacto inadvertido com condutores energizados. Surpreendentemente, mais da metade
desses mortos não estão nas profissões tradicionais da área (por exemplo, operadores de
linhas de transmissão, electricistas, electrotécnicos, etc.), mas sim de profissões tais
como os pintores, motoristas, etc.
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9. Conclusão

Os riscos potenciais da exposição aos CEM devidos a instalações como linhas de


transmissão e estações radio as de telefonia celular móvel representam um difícil
conjunto de desafios para os tomadores de decisão. Os desafios incluem determinar se
existe ameaça na exposição aos CEM e qual o impacto potencial sobre a saúde, isto é,
avaliação de risco; reconhecer as razões que levam à preocupação por parte do público,
isto é, percepção de risco; e implementar políticas que protejam a saúde pública e
respondam às preocupações do público, isto é, gerência de risco. Boas aptidões para
comunicação e o julgamento adequado nas áreas de gerência e regulamentação. Isso
será sempre verdade em qualquer contexto, seja local, regional ou mesmo nacional ou
global.
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10. Referencia bibliografia

AFFONSO, Rodrigo, GUIMARÃES, Luís Felipe Antunes, OLIVEIRA, Fernando


Antunes, SOUZA, Paulo Sérgio de, VIVEIROS, Nilton. Adequação de procedimentos
de trabalho a NR-10. Estudo de caso. 2007. X f. Trabalho de conclusão de curso
(Engenharia Eléctrica) – Faculdade Politécnica de Jundiaí.

AZEVEDO, Gustavo. Norma em estado de choque. Revista Protecção. Porto Alegre,


ed. 193, p. 52-61, Fev. 2008.

BARROS, B. F.; Guimarães, E. C. A.; Borelli, R.; Gedra, R. L.; Pinheiro, S. R.; NR-10
Norma Regulamentadora de Segurança em Instalações e Serviços em Electricidade Guia
Prático de Análise e Aplicação, 1ª edição, Editora Érica, 2010.

ESTON, Sérgio M. de; BARRICO, João B. Perspectivas da segurança em


electricidade nas indústrias – Visão do setor de ensino. Disponível em. Acesso em:
08 Outubro de 2016.

FARIA, Nara. NBR 5410: a norma mãe do sector eléctrico. Revista Lumière. São
Paulo, ed. 118, p. 50-53, Fev. 2008.

Fundação COGE - FUNCOGE. Relatório de Estatísticas de Acidentes no Sector


Eléctrico Brasileiro de 2006. Disponível em: . Acesso em: 22 Outubro de 2016.

KINDERMANN, Geraldo. Choque eléctrico. 2 ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2000.

MACHADO, C. Manual de projectos eléctricos. 1.ed. São Paulo: Biblioteca 24x7,


2008, p.127-129.

MINISTÉRIO do trabalho. Legislação. Disponível em:


<http://www.mte.gov.br/legislação/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf>. Acesso em:
10/05/2017.

NBR 5419 - Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas (Norma Técnica


ABNT), 2001.

NEITZEL, Dennis K. The hazards of the electricity – Disponível em: Acesso em: 14
Outubro de 2016.
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NISKIER, Júlio. Manual de Instalações Eléctricas. 1 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005.

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