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Copyright © by José D'Assunção Barros, 2001

Existem Leis Gerais que regem o


desenvolvimento e a História das
sociedades humanas?

Todas as sociedades humanas


possuem em última instância
uma mesma natureza, ou cada
qual apresenta singularidades
irredutíveis?

ALGUMAS QUESTÕES
A História comporta algum
COLOCADASPELAPOLÊNUCA tipo possível de Objetividade?

ENTRE mSTORICISMO,
POSITIVISMO E ROMANTISMO
Um Historiador pode aspirar à
:: .
I neutralidade científica?
[

r
, i

Um Historiador deve esclarecer


ao leitor a sua posição?

A História é uma Ciência?


É uma Arte?

Do ponto de vista da História,


qual a relação entre Presente,
Passado e Futuro?
Copyright by ©
Quadro 1: O Campo Histórico
José D' Assunção Barros

Com
relação ao
tipo ou
tratamento
de fontes

( -, História Econômica
'", '.~ . ,~ "

História Política
. v" j I'~' I' I,,:mil-~~~r.','i"·
j:",r~r-

Históna Cultural r~:i"Y! .


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História Antropológica Com


relação aos
ambientes
sociais ou
objetos
Copyright © by José D' Assunção Barros, 2001
Quadro 10: Uma sucessão possível de Modos de Produção

o •• RODUÇAo

Revolução
• Agemes de produção: Revolução
Agrícola
Agricultores Urbana
«l nstrumentos de produção:

Técnicas agricolas
Técnicas de dcmesticação
Instrumentos de metal
Vasilhas de barro

• Agentes de produção:
Propriedade
familiar Direito hereditário
.0°0 O~
••o•
(filiação paterna)
Caçadores e coletores

• Meios de produção: Funções de classe:


Autoridade patriarcal (,
Áreas de caça,
pesca e coleta
• Agentes de produção: ~-t'o
Os meios e produtos são Escravos
propriedade comum
••C'
Divisão sexual

Senhores x Escravos

-.."•
do trabalho
~
Separação entre trabalho
manual e trabalho intelectual

• Meios de produção: o. PRODUÇAo


Fábricas
• Instrumentos de produção:
Maquinas

«Instrumentos de produção:

-
Produção Coletiva Instrumentos e novas
técnicas agrícolas
" ni<trih"i"i'ln lndivirlnal
Assalariados
Divisão especializada do x Capitalistas
Trabalho
Mais-Valia
fíU0 Servos x Senhores
Alienação entre o ~
trabalhador e o seu produto Propriedade dos meios
produção pelo" senhor
de@p . .
feudal"

Revolução Industrial; -.::;"


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Revolução Comercial Fragmentação do Poder,
D_ •. _I •• _"'_n D •. ~~ •• _n_n._ ~ ., •• .•..
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Quadro lO-a: Modo de Produção Pri.mitivo
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• Instrumentos de produção:
Instrumentos de caça e
coleta
• Agentes de produção:
Caçadores e coletores

• Meios de produção:
I Áreas de caça,
Economia Apropriativa
I pesca e coleta
/
/
Os meios e produtos são
propriedade comum

Divisão sexual
\ // do trabalho

\ / r:-~"
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Quadro 10-b: Modo de Produção Patriarcal
Copyright © by José D' Assunção Barros, 20

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A.
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O~

• Agentes de produção:
• Instrumentos de produção:

Técnicas agrícoIas
Agricultores Técnicas de domesticação
,/ Instrumentos de metal
// Vasilhas de barro
/ • Meios de produção:
Áreas de cultivo

Direito hereditário:
Filiação paterna

Funções de Classe:
Autoridade patriarcal
.•~
Propriedade
,~~

Familiar

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Quadro 10-c: Modo de Produção Escravista Antigo Copyright © by José D' Assunção Barros, 2001

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/ ~ Principais Agent~s de produção: ."•..•.
Escravos
/ (Grupos sociais alternativos:

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Mercadores, artesãos livres)
F.P.
Grupos sociais dominantes:
Cidadãos (guerrei ros e propri etári os )

Senhores x Escravos

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Propriedade privada individual ~


dos meios de produção

Separação entre trabalho


manual e trabalho intelectual

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Quadro 10-d: Modo de Produção Feudal Copyright © by José O' Assunção Barros, 2001

ít Principais Agentes de produção:


Servos

" Instrumentos de produção: (Grupos sociais alternativos:


Mercadores, artesãos livres)
Instrumentos e novas técnicas
agrícolas
Grupos sociais dominantes:
Cavaleiros e senhores feudais

Servos
x
Senhores

.,'1'

Divisão imaginária da sociedade em três


ordens (Guerreiros, clérigos, trabalhadores)

\ ......•
Propriedade dos meios de
produção pelo" senhor feudal"

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....... ------.,.

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Quadro 10-e: Modo de Produção Escravista-Colonial

Copyright © by José D' Assunção Barros, 200

• Instrumentos de produção:
Instrumentos e técnicas agrícolas
Instrumentos para-a mineração

• principais Meios de produção: • Principais Agentes de produção:


Áreas de cultivo, Minas Escravos

@ Escravos
x Senhores

Economia exportadora

Propriedade privada,
em forma de Latifúndio para o
caso da produção agrícola
Quadro 1O-e: Modo de l-'~"<>d,aç:üoCapitalista Copyright © by José O' Assunção Barros, 200
--
DE

e Instrumentos de produção:
Máquinas

e principais Meios de produção: • Principais Agentes de produção:


Trabalhadores assalariados
Fábricas

Produção Coletiva
x Distribuição Individual Assalariados
x Capitalistas

Mais-Valia

..
-.-:*.:':'~~?~-
~..• I.· ..•.. .
Alienação entre o
trabalhador e o seu produto

------------
EXTRATOS DE FONTES PARA DEMONSTRAÇÃO:

1. Texto exemplificattvo da concepção generalizante da História


Iluminista, em busca de leis gerais da natureza humana e acreditando
na possibilidade das ciências humanas serem tratadas com o mesmo
tipo de "metodologia objetiva" das ciências da natureza.

"A humanidade é de tal modo a mesma, em todas as épocas e lugares, que


a história não nos informa de nada de novo ou estranho a este respeito. A
sua utilidade proncipal é apenas a de descobrir os princípios constantes e
universais da natureza humana, mostrando-nos os homens em todas as
variedades de circunstâncias e situações e fornecendo-nos os materiais que
nos permitem formar as nossas observações e travar conhecimento com as
causas primárias e regulares da ação e comportamento humanos."

(HUME, David. The History of England, vol. VI, p. 48.


apud HADDOCK, B.A. Introdução ao Pensamento
Histórico (1980). Rio de Janeiro: Gradiva, 1989).

2. Crítica de Herder às generalizações de Montesquieu em O Espírito das Leis.

"A História de todos os tempos e povos, cuja sucessão forma a grande e viva obra de
Deus, fica reduzida a ruínas repartidas alhinhadamente por três montões; fica
reduzida a uma mera coleção, ainda que não lhe falte material nobre a valioso. Oh,
Montesquieu! "
(HERDER G. Mais uma filosofia da História, 1774.
apud. BARNARD, F. M. Cambridge, 1969. tradução
livre).
"

3. Concepção positivista da História, apregoando a necessidade de generalização e


de descobrir métodos objetivos e exatos que estabeleçam as leis que regem os fatos
históricos.

Em qualquer outro campo da investigação, reconhece-se universalmente a


necessidade de generalização e vão se fazendo já esforços louváveis no sentido de,
a partir de fatos particulares, se chegar à descoberta dos métodos que regem estes
mesmos fatos. Tão longe está, contudo, esta de ser a orientação normal dos
historiadores, que entre eles persiste a estranha idéia de que o seu trabalho consiste
apenas em relatar acontecimentos, a que podem dar de vez em quando alguma vida
por meio de uma ou outra reflexão moral ou política que pareça oportuna"

(BUCKLE H. T. "A História e a ação de leis universais" extraído de History of


Civilization in Enaland, apud GARDINER P. Teorias da História. Lisboa:
Gulbenkian, 1995. p. 134).

4. Fragmento exemplificativo de como o historicismo do início do século XIX


ainda não se libertou da ilusão positivista de "neutralidade do cientista social".

"Eu só aspiro contar os fatos tal como eles se passaram"

(RANKE, L. "Para a crítica dos mais novos


historiadores" em História dos povos românicos e
teutônicos, 1824 e publicação em separado. tradução
livre de Zur kritik neurer Geschichtsschreiber. Leipizig,
1824).

5. Texto exemplificativo da "virada relativista" de alguns historicistas do final do


século Xl.X, O historiador começa a admitir a sua própria subjetividade.

"Eu não aspiro atingir nada mais, nada menos, do que a verdade. relativa ao meu
ponto de vista, tal como ele resulta 4e minha pátria, de minhas convicções políticas e
religiosas e do meu estudo sério". ;

(DROYSEN J. G. Historica. Lições sobre a enciclopédia


e metodologia da História. apud. LÓWI, Michel.
Ideologias e ciência social).
..

6. Sobre a contemporaneidade determinando o problema-histortco.


"Toda História é contemporânea ...
[...] considerando mais de perto, até esta história já formada, a que chamamos ou
gostaríamos de chamar história "não contemporânea" ou "passada", se é realmente
história, isto é, se tem algum sentido e não é um eco vazio, é também
contemporânea, e em nada difere da outra.
[...]
pois é evidente que só um interesse pela vida do presente nos pode levar à
investigação de um fato passado"
CROCE, Benedeto Teoria e Storia della··Storiografia.
Bari: Gius, Laterza & Figli, 1920. p.53-65.

7. Febvre critica a História limitada aos grandes homens e à temática política


tradicional.

"Pouco conhecidas são as massas. 'Epocas inteiras não nos deixaram sobre elas
qualquer testemunho direto e detalhado. Aristocrática por suas origens, a história,
durante séculos, e ainda hoje, só tem tido olhos, na maioria das vezes, para os Reis,
os Príncipes, os Condutores de Povos e de Exércitos - os homens "que fazem a
História", Menschen die Geschichte machen: esse é o título de uma grande coletânea
de biografias históricas que recentemente apareceu na Alemanha ..."
(FEBVRE, L. "Une vue d'ensemble: Histoire et
Psychologie" em Combats pour 1'Histoire. Paris: Annand
Colin, 1953. p. 209. selecionado em FERNANDES,
Florestan (org.) Febvre. S. Paulo: Ática, 1978.
p.l08/121).
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8. FEBJ/RE posiciona-se contra a "história factual" e destaca a idéia de


ctenuficidade histórica para os Annales: uma ciência que fabrica o seu objeto.
"E a que denominam vocês fatos? Que colocam vocês atrás dessa pequena palavra
"fato"? Pensam acaso que eles são dados à história como realidades substanciais, que
o tempo escondeu de modo mais ou menos profundo, e que se deve simplesmente
desenterrar, limpar e apresentar à luz do dia aos nossos contemporâneos? Ou então
tomam vocês à própria conta a palavra de Berthelot, exaltando a química logo após
seus primeiros triunfos - a química, sua química, a única ciência entre todas as
outras, dizia ele orgulhosamente, aquela que fabrica seu objeto. E nisso ele se
enganava. Porque todas as ciências fabricam seu objeto"

(FEBVRE, L. "Sur une forme d'histoire qui n'est pas Ia


nôtre. I'histoire historisante" em Combats pour I'Histoire.
p. 116. selecionado em FERNANDES, Florestan (org.)
Febvre. S. Paulo: Ática, 1978. p.l04 a 107.

9. Bloch e o método comparativo.


"aplicar o método comparativo ao quadro das ciências humanas consiste (...) em
buscar, para explicá-Ias, as semelhanças e as diferenças que apresentam duas séries
de natureza análoga, tomadas de meios sociais distintos".

(BLOCH, Marc. "Comparaison", em Revue de Synthêse


Historique.t, LXIX, 1930, boletim anexo p. 31-39).

10. FEBVRE afavor de uma História total.


"Repito, portanto: não há história econômica e social. Há somente história em sua
unidade. A história que é, por defmição, absolutamente social. Em minha opinião a
história é o estudo cientificamente elaborado das várias atividades e das diversas
criações dos homens de outros tempos, captadas em sua data, no marco de sociedades
extremamente diferentes e, no entanto, comparáveis umas às outras (o postulado é da
sociologia); atividades e criações com que cobriram a superficie da terra e a sucessão
das eras".

FEBVRE, Lucien. Conferência de 1941 na Ecole


Normale Supérieure, reproduzida em Combates pela
historia.
1 \

11. Marx e a alternância da narrativa política com a análise econômico-social de


profundidade. JvfARX, Karl. O 18 Brumário de Luís Bonaparte em Os Pensadores,
v. XXXV. S. Paulo: Abril Cultural, 1974.

12. Alternância do discurso narrativo e da análise de profundidade voltada para


a luta de classes em Thompson, E P. A formação da classe operária inglesa. v.
III Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. p.22 a 29.

13. Alternância de narrativa de batalha e história política de profundidade em


DUBY, G. O domingo de Bouvines - 27 de julho de 1214. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1993. texto selecionado: p.135 1 144.

14. Alternância de narrativa biográfica com análise historiográfica de


profundidade, aqui lançando mão de preocupações típicas da "história cultural"
com a análise do discurso do cronista que serve de fonte. DUBY, G. Guilherme
Marechal- ou o melhor cavaleiro do mundo. Rio de Janeiro: Graal. 1988. p. 94
a 99.

15. Altemância de narrativa, a propriando-se do discurso dos próprios cronistas,


com análise típica de História Cultural, preocupada em tomar por objeto o
próprio discurso da época. HILL, Christopher. O mundo de ponta-cabeça. S.
Paulo: CIA das Letras, 1991.
GADAMER: VERDADE E CONSCIÊNCIA HISTÓRICA

1 - "A consciência histórica que caracteriza o homem contemporâneo é um privilégio, talvez mesmo um
fardo, que jamais se impôs a nenhuma geração anterior [...]A consciência que hoje ternos da história
difere fundamentalmente do modo pelo qual anteriormente o passado se apresentava a um povo ou a uma
época. Entendemos por consciência histórica o privilégio do homem moderno ter plena consciência da
historicidade de todo presente e da relatividade de toda opinião". GADAMER, A Consciência Histórica
(1958).

2- "não se chega à verdade através do conhecimento metódico, mas através da experiência


(hermenêutica), expressa na arte, na História e na linguagem". Verdade e Método (1960)

CROCE:VERDADEDECADAÉPOCA

1 - "Toda História é Contemporânea". CROCE, Teoria e História da Historiografia (1917).


2 - "A história, pelo contrário, exige de nós uma verdade extraída do mais interior de nossa experiência".
CROCE, Teoria e História da Historiografia (1917)

KOSELLECK: ENUNCIADOS VERDADEIROS E RELATIVIDADE (Com relação à questão da


"verdade" possível, cada Presente apresenta uma Verdade Histórica específica, ressignificando o Presente
e o Passado)

1 - "a história não pode negar que precisa sustentar duas exigências que se excluem - produzir
enunciados verdadeiros e admitir a relatividade dos seus enunciados"

FEBVRE. O CONHECIMENTO VERDADEIRO PRODUZIDO PELA HISTÓRIA É UMA


RECONSTRUÇÃO PROBLEMATIZADA DO PRESENTE.

"Pôr um problema é precisamente o começo e o fim de toda história. Sem problema, não há história, mas narrações
... A história 'cientificamente conduzida' realiza as duas operações que se encontram na base de todo trabalho
científico: formular problemas e construir hipóteses" (FEBVRE, De 1892 a 1933: exame de consciência de
um historiador, 1933)

GINZBURG.

1- "a adoção de um código estilístico seleciona certos aspectos da realidade, e não outros, valoriza
certas relações, e não outras, estabelece certas hierarquias, e não outras". GINZBURG, Provas e
Possibilidades (1979)

2- "um controle das pretensões à verdade inerentes às narrações historiográficas implicaria a discussão
de problemas concretos ligados às fontes e às técnicas de investigação que cada historiador utilizou em '
seu trabalho". GINZBURG, Provas e Possibilidades (1979)

HA YDEN WHITE.

"A História é fundamentalmente urna estrutura verbal na forma de um discurso narrativo em prosa"
(WIDTE, A Meta-História, 1973).

2
EXTRATOS DE FONTES

ILUMINISTAS E POSITIVISTAS. O CONHECIMENTO VERDADEIRO A SER BUSCADO PELOS


HISTORIADORES CORRESPONDE ÀS LEIS GERAIS DOS DESENVOLVIMENTOS HUMANOS.

"A humanidade é de tal modo a mesma, em todas as épocas e lugares, que a história não nos informa de
nada de novo ou estranho a este respeito. A sua utilidade principal é apenas a de descobrir os princípios
constantes e universais da natureza humana, mostrando-nos os homens em todas as variedades de
circunstâncias e situações e fornecendo-nos os materiais que nos permitem formar as nossas observações
e travar conhecimento com as causas primárias e regulares da ação e do comportamento humanos"
(HUME, História da Inglaterra, 1754-1762)

HALPHEN: A VERDADE, TAL COMO mSTORICAMENTE SE DEU, SURGE NATURALMENTE


DA CRÍTICA DOCUMENTAL

"Basta deixar-se de algum modo levar pelos documentos, lidos um após o outro, tal como se nos oferecem, para ver
a corrente dos fatos se reconstituir quase automaticamente". HALPHEN, Introdução à História (1946).

RANKE: A VERDADE, NOS TERMOS DE CADA ÉPOCA, PODE SER RECONSTITUÍDA, A


PARTIR DA NEUTRALIDADE DO mSTORIADOR

,1- "Pretendo escrever a História como aconteceu". RANKE, Prefácio das Histórias dos Povos Românicos e
Gemânicos de 1494 a 1514 (1824). Tagebücher, p,233.

2 - "O historiador há de dar a todas as épocas, a todos os indivíduos, o que lhes é devido; e há de vê-los nos seus
próprios termos" (Palestra ao Rei Maximiliano da Baviera. Das Briefweker"

DROYSEN: A VERDADE RELATIVA

"Eu não aspiro a atingir senão, nem mais nem menos, a verdade relativa ao meu ponto de vista, tal como minha
pátria, minhas convicções políticas e religiosas, meu estudo sistemático me permitem ter acesso [...] é preciso ter a
coragem de reconhecer esta limitação, e se consolar com o fato de que o limitado e o particular são mais ricos que o
comum e o geral. Com isso, a questão da objetividade, de atitude não-tendenciosa do tão louvado ponto de vista de
fora e acima das coisas, é para mim relativizada". DROYSEN, "A Objetividade do Eunuco", Historik, (1881)

DILTHEY: VERDADES PARCIAIS

1- "Cada visão de mundo é historicamente condicionada, portanto limitada, relativa, expressando uma certa
dimensão do objeto [...] É-nos negado ter uma visão de conjunto destas dimensões, de modo que a luz pura da
verdade nos é somente visível através das múltiplas facetas de um raio de luz". DIL THEY, Introdução ao
Estudo das Ciências Humanas, 1886.

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