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• Na última aula:
- Sistema Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos
- Organização dos Estados Americanos (OEA) – Carta da OEA
- Corte Interamericana de Direitos Humanos
- Comissão Interamericana de Direitos Humanos
- Controle de Convencionalidade Internacional
- Incidente de Deslocamento de Competência (IDC) – EC 45/2004
DIREITO INTERNACIONAL – 2º SEMESTRE DE 2019
a) murder; murder;
b) Extermination; Extermination;
c) Enslavement; Enslavement;
d) Deportation; Deportation;
e) Imprisionment; Imprisionment;
f) Torture Torture
g) Rape; Rape;
h) Persecution on political, racial and religious grounds; Persecution on political, racial and religious grounds;
i) Other inhumane acts. Other inhumane acts.
DIREITO INTERNACIONAL – 2º SEMESTRE DE 2019
TRIBUNAIS HÍBRIDOS
Os tribunais híbridos (ou mistos) passaram a ser criados desde o final do séc. XX
para evitar os inconvenientes do TPI, combinando –segundo várias modalidades-
formas de criação e de funcionamento:
- utilizando tanto o direito interno como o internacional;
- aplicando normas e técnicas tanto de um sistema jurídico como de outro;
- composto por juízes locais e de outros países;
- com sede no próprio Estado onde os crimes foram cometidos
DIREITO INTERNACIONAL – 2º SEMESTRE DE 2019
TRIBUNAIS HÍBRIDOS
Tribunal Especial para Serra Leoa
Estabelecido por acordo entre ONU e Serra Leoa, 2002.
Finalidade de perseguir criminalmente indivíduos responsáveis por sérias violações do
Direito Internacional Humanitário cometidas no território de Serra Leoa.
- Origem em tratado sobre crimes de guerra
- Não está vinculado apenas ao direito interno ou internacional
- Competência concorrente, mas prioritária, com outros tribunais nacionais de Serra Leoa
- 2/3 dos juízes da Câmara de Julgamento e 3/5 dos Juízes da Câmara de Apelação são
indicados pelo Secretário Geral da ONU
- Primeiro tribunal internacional a ser exclusivamente financiado por contribuições
voluntárias de governos (+40 Estados).
- Encerrou suas atividades em 2013.
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TRIBUNAIS HÍBRIDOS
Tribunal Especial para Khmer Rouge (Camboja)
Estabelecido a pedido do governo do Camboja (1997), estabelecido em 2006.
Finalidade de perseguir criminalmente antigos líderes do Khmer Rouge.
- Origem em “cooperação internacional significativa” entre governo do Camboja e a ONU.
- Julgamentos realizados perante Câmaras Extraordinárias de Tribunais do Camboja.
- Trata-se de Tribunal nacional
- Juízes nomeados por Decreto Real de 07.05.2006.
- Independente do Governo do Camboja e da ONU, realizou julgamentos no Camboja, com
funcionários cambojanos, com auxílio internacional e modo de atuar segundo padrões
internacionais.
- Competente para julgar atos praticados entre 1975-1979.
- Encerrou suas atividades em 2013.
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TRIBUNAIS HÍBRIDOS
Tribunal Especial para Timor Leste
Em 1999, o Conselho de Segurança da ONU adotou a Resolução 1.272, que criava a
Administração de Transição das Nações Unidas para Timor-Leste (UNTAET)
- A UNTAET exercia todas as funções legislativas e executivas, além da
administração da Justiça.
- UNTAET criou a Unidade de Investigação de Crimes Graves para investigar e
processar acusados no Tribunal Distrital de Dili, a capital do país.
- As Câmaras de julgamento do tribunal de Dili são conhecidas como Tribunal para
o Timor-Leste.
- Funcionaram entre 2000 e 2006
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TRIBUNAIS HÍBRIDOS
Tribunal Especial para Kosovo
Albeneses étnicos (90% da população) pretenderam a independência, que não foi
reconhecida pela comunidade internacional nem pela Iugoslávia. O conflito se
internacionalizou. Em junho de 1999 líderes ocidentais e iugoslavos chegaram a um acordo
e encerraram o conflito.
Promotores e juízes internacionais lidaram com os casos mais complexos. Kosovo Judicial
Council. Órgão profissional sujeito à autoridade do Representante Especial do Secretário
Geral da ONU.
Autoridade judicial local, com pessoal internacional, que aplica leis nacionais.
Foi criada a Câmara 64 (Resolução 64/2000), câmaras ad hoc, composta majoritariamente
por juízes estrangeiros, para serem acionadas quando a justiça local comprovadamente
não agir de forma satisfatória.
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TRIBUNAIS HÍBRIDOS
Tribunal Especial para Herzegovina
Bósnia e Herzegovina formam uma República Federal nos Bálcãs, cuja capital é Sarajevo, e que
resulta do desmembramento da antiga Iugoslávia. O genocídio na Bósnia começou em 1992,
quando nacionalistas bósnios da sérvia avançaram contra muçulmanos e croatas não sérvios. A
expressão limpeza étnica surge no vocabulário internacional nessa época.
O governo Bósnio chegou a levar uma reclamação à CIJ em 1993 e também houve julgamento no
TPI-ex-I, em que houve condenação por genocídio.
As Câmaras tem por finalidade:
a) Desafogar em parte o TPI-ex-I, permitindo que fique apenas co acusados de patentes mais
elevadas a partir de 2005
b) Participar da reconstrução do sistema judiciário bósnio
c) Promover processo de reconciliação nacional bósnio.
A Câmara de Crimes de Guerra da Bósnia estão totalmente integradas no sistema jurídico da Bósnia
e não atua sob a égide da ONU.
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TRIBUNAIS HÍBRIDOS
Tribunal Especial para o Líbano
Foi criado para processar e julgar as pessoas suspeitas de terem assassinado o
antigo Primeiro-Ministro do Líbano, Rafik Hariri, em um atentado em Beirut, em
2005, que matou outras 21 pessoas e feriu 226.
É o primeiro TPI criado pela ONU para julgar atos de terrorismo cometidos contra
uma pessoa determinada, mas várias ONGs, entre elas a Human Rights Watch,
pediram ampliação da competência para abranger quase 20 ataques terroristas
ocorridos no Líbano desde outubro de 2004.
Estrutura semelhante ao TPI de Serra Leoa, PORÉM, não aplicará o Direito
Internacional Penal, mas sim o Direito Libanês. Fica sediado em Leidschendm, na
Holanda (para evitar interferências).