Você está na página 1de 7

Plural dos Substantivos Compostos

A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo
de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são
grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples:

aguardente e aguardentes
girassol e girassóis
pontapé e pontapés
malmequer e malmequeres

Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen, observe as
orientações a seguir:

a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se optar por colocar apenas
o primeiro elemento ou ambos no plural:

palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves


couve-flor = couves-flor ou couves-flores
bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios
peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas

b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:

substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos


adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras

c) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de:

verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas


palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos

d) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de:

substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e águas-de-colônia

substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor

e) Permanecem invariáveis, quando formados de:

verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora


verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas

f) Casos Especiais

o louva-a-deus e os louva-a-deus

o bem-te-vi e os bem-te-vis

o bem-me-quer e os bem-me-queres

o joão-ninguém e os joões-ninguém.
Plural das Palavras Substantivadas
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes gramaticais usadas como
substantivo, apresentam, no plural, as flexões próprias dos substantivos. Por exemplo:

Pese bem os prós e os contras.

O aluno errou na prova dos noves.

Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.

Obs.: numerais substantivados terminados em -s ou -z não variam no plural. Por exemplo:

Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.

A classificação dos verbos


Para cada conjugação, existe um modelo que indica as formas que as flexões verbais devem
assumir na conjugação. Portanto, esse modelo é chamado paradigma. De acordo com a relação
que os verbos estabelecem com os paradigmas, eles podem ser classificados em: regulares,
irregulares, defectivos e abundantes.
O que é verbo regular
Os verbos regulares obedecem precisamente ao paradigma da respectiva conjugação. Por
exemplo: falar, vender e partir.

O que é verbo irregular


Os verbos irregulares não seguem o paradigma da respectiva conjugação, podendo ter
irregularidades no radical ou nas desinências. Por exemplo: ir e ser são verbos irregulares.

O que são verbos defectivos


Os verbos defectivos não são conjugados em determinadas pessoas, tempos ou
modos. Abolir e reaver, por exemplo, são verbos defectivos.

O que são verbos abundantes


Os verbos abundantes apresentam mais de uma forma para determinada flexão. Por
exemplo: ganhar e imprimir são verbos abundantes.

Primeira, segunda e terceira conjugação verbal


Se você não lembra quais são as conjugações verbais, pode ficar tranquilo, pois é só uma maneira
de organizar os verbos. O que determina a classificação dos verbos é a forma como eles terminam,
se é em –ar, –er, –ir ou –or.

Dessa forma, verbos terminados em –ar, como cantar, pertencem à primeira conjugação. Já os


verbos terminados em –er, como correr, pertencem à segunda conjugação. Por fim, os verbos
terminados em –ir, como sorrir, pertencem à terceira conjugação.

O verbo pôr e seus derivados pertencem à segunda conjugação, no entanto, perderam a vogal


temática e.

Em seguida, veja na tabela a conjugação dos três exemplos no presente do indicativo:

Dica de Exceção:
Verbos terminados em –ear  e  –iar, como pentear,  frear, copiar, premiar  têm características
distintas, embora pertençam à primeira conjugação.

Download das provas Enem 2020, com gabarito

Então, observe que na conjugação do verbo pentear, pente  é o radical, e ar  é a terminação.


Mesmo que ele pertença à primeira conjugação, esse verbo possui uma irregularidade por causa
da presença do i no radical nas formas rizotônicas (em que há tonicidade no radical).
Enquanto você observa a conjugação do verbo pentear (verbo irregular), compare com o verbo
cantar (regular) do exemplo anterior.

 Eu penteio
 Tu penteias
 Ele penteia
 Nós penteamos
 Vós penteais
 Eles penteiam

Os verbos regulares
Verbos terminados em –iar são regulares, ou seja, não sofrem alteração nem no radical nem nas
terminações em todo o paradigma da conjugação. Mas há uma exceção: o grupo do MARIO:

 M ediar
 A nsiar
 R emediar
 I  ncendiar
 O diar

Esses cinco verbos – na verdade são quatro, pois remediar é derivado de mediar – são irregulares.
Eles seguem o paradigma dos verbos terminados em –ear. Em seguida, veja como a conjugação é
semelhante à dos verbos terminados em –ear:

 Eu  medeio            anseio


 Tu  medeias          anseias
 Ele   medeia          anseia
 Nós  mediamos    ansiamos
 Vós  mediais         ansiais
 Eles  medeiam     anseiam

Então, você vai dizer “Tipo assim, eu tenho que pensar no MARIO quando estiver escrevendo minha
redação?” É, é isso mesmo!

Os modos verbais
Existem três modos verbais na língua portuguesa: o indicativo, o subjuntivo e o imperativo. Além
disso, cada um deles possui diferentes tempos verbais que exigem diferentes flexões em suas
conjugações. Em seguida, veja um pouco mais sobre eles.

Modo Indicativo
Primeiramente, o modo indicativo é usado para se referir a ações no plano real, ou seja, ações que
aconteceram no passado, estão acontecendo no presente ou acontecerão no futuro. Por exemplo:

 Sempre chove nesta época do ano


 Choveu muito no último verão.
 De acordo com a previsão do tempo, choverá amanhã.

Os tempos verbais do modo indicativo são os seguintes: pretérito mais-que-perfeito, pretérito


perfeito, pretérito imperfeito, futuro do presente e futuro do pretérito.
Modo Subjuntivo
O modo subjuntivo reúne ações que ainda não aconteceram ou que não se sabe se acontecerão,
ou seja, são hipóteses e possibilidades. Por exemplo:

 Talvez chova esta semana.
 Se chovesse nos próximos dias, a safra estaria salva.
 Quando chover, as temperaturas podem cair.

Assim como o modo imperativo, o modo subjuntivo também possui vários tempos verbais. São os
seguintes: presente, pretérito imperfeito, pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito e futuro.

Modo Imperativo
Por último, o modo imperativo tem a função de indicar ordem ou pedido, bem como para pedir
súplica ou conselho. Uma particularidade do modo imperativo é que ele possui apenas um tempo:
o presente, pois é impossível voltar ao passado para dar uma ordem ou adiantar-se ao futuro para
fazer o mesmo. Por exemplo:

 Não ouse incomodá-lo agora!
 Faz-me um favor?
 Não desperdice essa oportunidade.

Quando usar porque?


Porque (junto e sem acento) é usado principalmente em respostas e em explicações. Indica a
causa ou a explicação de alguma coisa.

Porque pode ser substituído por:

 pois;
 visto que;
 uma vez que;
 por causa de que;
 dado que;
 …
Exemplos com porque

 Choro porque machuquei o pé.
 Ela não foi à escola porque estava chovendo.
Substituição do porque

 Choro pois machuquei o pé.
 Choro visto que machuquei o pé.
 Ela não foi à escola pois estava chovendo.
 Ela não foi à escola uma vez que estava chovendo.
Porque é uma conjunção subordinativa causal ou explicativa, unindo duas orações que
dependem uma da outra para ter sentido completo.

Quando usar por que?


Por que (separado e sem acento) pode ser usado para introduzir uma pergunta ou para
estabelecer uma relação com um termo anterior da oração.
Por que interrogativo
Possuindo um caráter interrogativo, por que é usado para iniciar uma pergunta, podendo ser
substituído por:

 por que motivo;


 por qual motivo;
 por que razão;
 por qual razão.
Exemplos com por que (interrogativo)

 Por que você não foi dormir?


 Por que não posso sair com meus amigos?
Substituição do por que (interrogativo)

 Por qual motivo você não foi dormir?


 Por qual razão você não foi dormir?
 Por qual motivo não posso sair com meus amigos?
 Por qual razão não posso sair com meus amigos?
Com este uso, por que é formado pela preposição por seguida do pronome interrogativo que.

Por que relativo


Estabelecendo uma relação com um termo antecedente, por que é usado como elo de ligação
entre duas orações, podendo ser substituído por:

 pelo qual;
 pela qual;
 pelos quais;
 pelas quais;
 por qual;
 por quais.
Exemplos com por que (relativo)

 Não achei o caminho por que passei.


 As razões por que fui embora são pessoais.
Substituição do por que (relativo)

 Não achei o caminho pelo qual passei.


 Não achei o caminho por qual passei.
 As razões pelas quais fui embora são pessoais.
 As razões por quais fui embora são pessoais.
Com este uso, por que é formado pela preposição por seguida do pronome relativo que.

Quando usar por quê?


Por quê (separado e com acento) é usado em interrogações. Aparece sempre no final da frase,
seguido de ponto de interrogação ou de um ponto final.

Por quê pode ser substituído por:

 por qual motivo;


 por qual razão.
Exemplos com por quê
 Você não comeu? Por quê?
 O menino foi embora e nem disse por quê.
Substituição do por quê

 Você não comeu? Por qual motivo?


 Você não comeu? Por qual razão?
 O menino foi embora e nem disse por qual motivo.
 O menino foi embora e nem disse por qual razão.
Por quê é formado pela preposição por seguida do pronome interrogativo tônico quê.

Quando usar porquê?


Porquê (junto e com acento) é usado para indicar o motivo, a causa ou a razão de algo.

Aparece quase sempre junto de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns), podendo
também aparecer junto de um pronome ou numeral.

Porquê pode ser substituído por:

 o motivo;
 a causa;
 a razão.
Exemplos com porquê

 Todos riam muito e ninguém me dizia o porquê.


 Gostaria de saber os porquês de ter sido mandada embora.
Substituição do porquê

 Todos riam muito e ninguém me dizia o motivo.


 Todos riam muito e ninguém me dizia a razão.
 Gostaria de saber os motivos de ter sido mandada embora.
 Gostaria de saber as causas de ter sido mandada embora.
Porquê é um substantivo masculino, podendo sofrer flexão em gênero: o porquê, os porquês.

Dicas para o uso dos porquês


Por que = Usado no início das perguntas.
Por quê? = Usado no fim das perguntas.
Porque = Usado nas respostas.
O porquê = Usado como um substantivo.

Você também pode gostar