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33) “ , em suas obras, não fala na inteligência [...] Todas as noites, depois do jantar, a molecada do
pictórica e nem mesmo a aceitou quando ‘apresentado’ a ela bairro se amontoava no portão da minha casa: era a hora negra
por Nilson Machado em um seminário sobre inteligências das histórias de lobisomens, bruxas, almas penadas, tinha uma
múltiplas realizado em São Paulo e ao qual já nos referimos. procissão de caveiras que passava à noite, cantando, ô Deus!
Ele não duvida de que competências pictóricas e a consequente como eu tremia quando minha pajem tapava o nariz e imitava na
capacidade de reproduzir ou criar imagens por meio de traços perfeição esse canto. Minha mãe descobriu que ela chamava a
ou cores sejam inerentes ao ser humano [...].” (ANTUNES, cachorrada para lamber no chão os pratos sujos com os restos do
Celso. As inteligências múltiplas e seus estímulos). jantar (tinha pressa, queria ficar livre logo) e botou-a de castigo.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna: Então tomei seu lugar de contadora de histórias e assim que
a) Paulo Freire. comecei a inventar, vi que sofria menos como narradora porque
b) Alfredo Loughlin. transferia meu medo para os outros, agora eram os outros que
c) Howard Gardner. tremiam
d) Jean Piaget. , não eu [...].
e) J. S. Brunner. (TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor: memória
e ficção. São Paulo: Companhia das Letras, 2010,p.135)
O cão malvado
Esopo
Isabel Mena Era uma vez um cão tão malvado que saltava em
Com a chegada do outono, a cachorrada comemora. cima das pessoas e as mordia sem que estas pudessem evitá-lo.
Brisa e temperaturas mais amenas tornam qualquer passeio Muito aborrecido com isto, seu dono pendurou-lhe um sino no
mais agradável até mesmo para os donos. Mas o clima atípico pescoço, o que daria alarme da presença do cão.
das últimas semanas, calor intenso e baixa umidade do ar, tem
dificultado a dispersão dos poluentes na atmosfera e muitos
bichinhos
Primeiro, o cão se aborreceu com o badalar do sino; condecoração? Não vês que é um aviso para que todos te
depois, sentiu-se orgulhoso, e passeava na praça, exibindo-se. evitem?
Um velho cão lhe disse: "Nem sempre ser conhecido é ser admirado."
- Por que tanta empáfia? Imaginas que o sino é uma
8) Na oração “E passeava na praça”, o verbo grifado d) Paciência é necessária neste momento.
refere-se: e) Foi eu que fiz esse bolo delicioso.
a) Ao dono.
b) Às pessoas. 4) Em qual alternativa há correspondência correta entre o
c) Ao cão malvado. pronome de tratamento e seu uso?
d) Ao velho cão. a) Vossa Eminência – Papa.
b) Vossa Majestade – príncipes e princesas.
e) Ao gato.
c) Senhor(a) – pessoas íntimas.
d) Vossa Excelência – presidente da República.
9) ”Imaginas que o sino é uma condecoração?” A e) Vossa Senhoria – desembargadores.
alternativa que pode substituir a palavra grifada por outra de
mesmo sentido é: As questões 05, 06 e 07 se referem ao texto a seguir.
a) Homenagem.
b) Resgate. Como surgiram as festas juninas?
c) Artefato. A origem dos festejos juninos no Brasil une jesuítas
d) Barulho. portugueses, costumes indígenas e caipiras, celebrando santos
e) Rejeição. católicos e pratos com alimentos nativos.
Por Cíntia Cristina da Silva
10) “O cão malvado” pertence ao gênero textual fábula, que As festas juninas homenageiam três santos católicos: Santo
possui como característica trazer um ensinamento moral, Antônio (no dia 13 de junho), São João Batista (dia 24) e São
Pedro (dia 29). No entanto, a origem das comemorações nessa
representado, neste caso, pela frase:
época do ano é anterior à era cristã. No hemisfério norte, várias
a) ”Era uma vez um cão muito malvado”.
celebrações pagãs aconteciam durante o solstício de verão. Essa
b) ”O cão se aborreceu com o badalar do sino”. importante data astronômica marca o dia mais longo e a noite
c) ”Por que tanto orgulho?”. mais curta do ano, o que ocorre nos dias 21 ou 22 de junho no
d) ”Seu dono pendurou-lhe um sino no pescoço”. hemisfério norte. Diversos povos da Antiguidade, como os
e) ”Nem sempre ser conhecido é ser admirado”. celtas e os egípcios, aproveitavam a ocasião para organizar
rituais em que pediam fartura nas colheitas. “Na Europa, os
cultos à fertilidade em junho foram reproduzidos até por volta do
século 10. Como a igreja não conseguia combatê-los, decidiu
cristianizá-los, instituindo dias de homenagens aos três santos no
mesmo mês”, diz a antropóloga Lucia Helena Rangel, da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). O
curioso é que os índios que habitavam o Brasil antes da chegada
dos portugueses também faziam importantes rituais durante o
mês de junho. Apesar de essa época marcar o início do inverno
por aqui, eles tinham várias celebrações ligadas à agricultura,
com cantos, danças e muita comida. Com a chegada dos jesuítas
portugueses, os costumes indígenas e o caráter religioso dos
festejos juninos se fundiram. É por isso que as festas tanto
PORTUGUÊS
2) Observe:
I - Essa menina tem um coração de ouro!
II - Você demorou uma eternidade para chegar! III -
Dei porcelana de presente aos noivos.
IV - O Rei do futebol é insubstituível.
Há nessas sentenças, respectivamente, as figuras de linguagem:
a) Metonímia, catacrese, perífrase, metáfora.
b) Metáfora, paradoxo, catacrese, paronomásia.
c) Catacrese, hipérbole, antítese, perífrase.
d) Gradação, metáfora, metonímia, catacrese.
e) Clichê, hipérbole, metonímia, antonomásia.
Engenheiro Civil
PORTUGUÊS
Filhos de estimação
Lourenço Diaféria
Li em algum lugar que uma entidade protetora de
animais está oferecendo cães e gatos abandonados a pessoas de
bom coração que queiram adotá-los. Os animais passaram por
veterinários, estão ótimos de saúde, não oferecem perigo. Por
que foram atirados à rua? Quem sabe, porque as pessoas
enjoam dos bichos quando estes crescem. Ou porque o bicho dá
trabalho. Não sei, porém, se vocês repararam que os cachorros
e gatos vagabundos estão diminuindo nas ruas. Era comum
antes topar com dezenas de vira-latas perambulando pelas
calçadas, cheiriscando muros e latas de lixo. Agora pouca
gente usa lata para guardar lixo. O próprio lixo emagreceu,
não tem mais a atração da fartura de desperdício de tempos
atrás. Inflação, custo de vida, essas coisas. A captura municipal
se aprimorou. A campanha de prevenção da Raiva alertou os
donos dos bichos. E os automóveis não perdoam cachorro e
gato distraído.
Para substituir estes animaizinhos desvalidos surgem
novos bandos de crianças desgarradas em São Paulo. Se antes
uma criança pedindo esmola chamava nossa atenção, hoje nós a
olhamos com naturalidade e indiferença. Dar ou recusar uma
esmola, uma moeda, tornou-se um gesto maquinal.
Suponho que o destino desses guris está selado: eles
acabarão na cadeia. Ou nos encostarão contra a parede a
qualquer momento, o revólver em nosso peito.
É possível que amanhã, com outro governo, o
Brasil não seja um grande exportador de armas, mas passe
a ser conhecido pelo mundo como um país de brio que deu às
crianças esquálidas e tristes não direi diploma de doutor,
isso seria um enorme milagre inútil. Mas uma oportunidade
de trabalho, ao menos isso, com um pagamento que lhes
permita, depois de aprender uma profissão prática, ganhar a
vida com o coração limpo e honestidade. Podemos sonhar
acordados. (Disponível em:
http://www.oblogdomestre.com.br/2013/06/filhos-de-
estimacao.html)
e) Revela a forma como são tratadas as crianças de rua, que também o pai do bezerro.”
são abandonadas como animais. Para que a mesma faça sentido, deve-se:
a) Acrescentar um ponto final após a primeira ocorrência da
3) O autor conclui, no texto, com a frase: “Podemos sonhar palavra “bezerro”.
acordados.” O que ele quis dizer? b) Acrescentar um ponto de interrogação após a segunda
a) Ele acredita que a situação das crianças pobres, por mais ocorrência da palavra “bezerro”.
que as circunstâncias não permitam, ainda vá melhorar no c) Acrescentar reticências após a palavra “também”.
futuro. d) Manter sem sinal de pontuação.
b) Ele responsabiliza o governo atual pela melhoria das e) Acrescentar um ponto e vírgula após a palavra “mãe”.
condições de pobreza das crianças.
c) Ele está apenas sonhando com um país melhor para as 6) Assinale a alternativa em que o vocábulo “que” possui
crianças. valor morfológico de conjunção subordinativa integrante:
d) Ele descarta toda e qualquer esperança de melhoria de vida a) Vamos passeando pelo bosque que leva à margem do rio.
das crianças pobres. b) É provável que melhoremos a sociedade.
e) Ele crê que a solução de melhoria das condições de vida c) Outro doce, que não camafeu, deveria fazer parte do meu
das crianças pobres está na oferta de estudos. aniversário.
d) Que loja é aquela toda grafitada?
e) Todos lhe pediram que fosse embora.
4) No trecho “É possível que amanhã, com outro governo, o
Brasil não seja um grande exportador de armas, mas passe a 7) Observe as orações:
ser conhecido pelo mundo como um país de brio que deu às Ela jogou seu laço como a mulher maravilha.
crianças esquálidas e tristes não direi diploma de doutor, isso Gritou tanto que perdeu a voz.
seria um enorme milagre inútil. Mas uma oportunidade de Quanto mais eu estudo, mais conhecimento adquiro.
trabalho, ao menos isso [...]”, a conjunção mas dá ideia de: Se você merecer, ganhará um presente.
a) Conclusão. O valor semântico das conjunções subordinativas adverbiais em
b) Adversidade. destaque acima equivalem, respectivamente, a:
c) Concessão. a) Comparação, consequência, proporção, condição.
d) Complemento. b) Condição, comparação, consequência, proporção.
e) Explicação. c) Comparação, causa, proporção, consequência.
d) Conformidade, causa, concessão, condição.
e) Conformidade, consequência, concessão, causa.
5) Observe a sentença:
“Um fazendeiro tinha um bezerro e a mãe do fazendeiro era
8) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas:
Estava beira de um riacho pensar nas benesses que
vida oferece mim e minha família.
a) À-a-à-a.
b) A-a-à-a.
c) À-a-a-a.
d) A-à-a-à.
e) A-à-a-a.