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FINLANDESAS
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Kenneth Bernstein. Daih "'"
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ISBN 97B 85 504 -0765-4


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LIÇÕE S FINLA NDES AS 2.0


, PRIMEIRA EDIÇÃO
ELOGIOS A
DE LIÇÕES FINLANDESAS

"Assim como outros profissio nais, conforme Pasi Sahlberg mostra em "A história do sucesso educacional finlandês contada por Sahlberg no volu-
seu livro Lições.finlandesas, professores finlande ses são estimulados por me sucinto de Lições finlandesas é memorável. .. Lições finlandesas é um livro
uma sensação de motivação intrínseca, não pela esperança de um bônus importante e educadores precisam lê-lo. "
ou O medo de serem demitidos." - GAEA L EINHARDT, Ed11cational Researcher
- D1ANE RAVITCH , New York Review ofBoak,

"O livro de Sahlberg contém lições importantes para uma ampla gama de
"Lições finlandesas o ferece evidências valiosas de que investir em pro- acadêmicos, educadores, políticos e para o público em geral. Eu gostei prin-
fessores e no ensino - e não em provas e inspeções-pode dar resultados cipalmente de sua demonstração de que um melhor dese mpenh o académico
admiráveis e, até mesmo, excelentes." pode ser obtido com baixa desigualdade, escolas que atendem a todos os esru-
dantes, baixas taxas de evasão escolar, baixa ansiedade relacionada à escola e
- CONNIE GODDARD, Teachcrs College Record
um alto nível de liberdade para os professores. Na verdade, a Finlândia ensina
que todos esses aspectos precisa m ser levados em conta ao oferecer diretrizes
"Este livro abre os o lhos de pessoas ignorantes. Ele deixa claro por para um a reforma educacional eficaz e sustentável."
que O desenvolvimento de sistemas de ensino na Suécia (e nos Estados
- H ENR IK SAALBACH , Sciuu:e
Unidos, Reino Unido ... ) é rão mi se rável."
- SVEN-En 1c LI F.O MAN, Dawn.s Ny lwcr
"Conheço muitos re fo rmi stas e polítjcos que não irão querer ler este livro
porque irá invalidar toda a 'reforma' que tem sido cultivada pelo nosso país,
"Em poucas palavras, é simplesmente o livro que deve se r lid o obri- mas todos sairão perdendo algumas o portunidades muito impo rt antes se eles
gatoriamente a fim de se entender por que a Finlândia desenvolveu o não o lerem. Nem o tamanho da Finlândia, nem a demografia d o país deve-
que pode se r o sistema educacional mais bem-sucedido do mundo no ri am se r usados como d esculpa po r qualquer Estado o u pelos Estados Unid os
decorrer das últimas décadas." para não prestar atenção ao que dá certo. Este livro tra rá esperança, visão e
estrat égias a qualquer pessoa que realmente queira oferece r uma ó rim a edu-
- K ENNETll BEHNSTEIN, Uai/y Ko,
cação a todas as cria nças. Pegue-o e lei a-o."

- J O H N \V11. ~0N, l::ducation l,fl'ed


"Liçõesjirda11desas acaba com 99,9% dos G EHM s. - í,/11hal Erl11ca1io11~/
Reforn1 Move,,zents."

- NIALI. MA C KINN<J!'I, 1imcs Educaliun S11prleme111


- -

······························ ·············· ·· ····················· ···········'······························

LIÇÕ ES FINL AND ESA S 2.0

O QUE A MUDA NÇA EDUCA CIONA L NA


A

FINLANDIA PODE ENSIN AR AO MUND O?

PASI SAHLB ERG

PREFÁCI O POR DIANE RAVITCH


E ANDY HARGRE. AVES

POSFÁCI O POR SIR KEN ROBINSO N

PJHMEIUA EDlÇÃO
(Tradução clu 2 11 cdiçiio uhmlb,udu)

SESI-S P editora
SESI-SP editora Fínnish Lessons Z.O: 'Lr' lut an the a"'Orld l~.im from
educatiorul clun~ in Fuú.Jnd:'
CONSELHO EDITORIAL
PauJo Skaf (Presidente) 0 20 15 by Teachers CoUcge. Colurnbi.t University
Walter Vicioni Gonçalves
Robcno Mo nteiro SJ>2Cb Fírn publish<d by T,.chcrs C oll~ P rcss. Te•chm
Ncus.aMariani CoUq;e, Colu.mhia Uni,-cnicy. Ne•· Yo rk.. Ne• · Yo rk.
USA- Ali Rights Res<n-<d_

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annazcarncnto e recuperação de infomuçõcs. snn
permissão cb nfimr2.

Dados lnremacion..all de DWog:aç:ã.o na Public.çio ( C IP)

Sahlb«g. Pasó, 195?-


Liç~ finl:mdes.u 2.0 : o que a mu<bnça ~uacionaJ na F"1.n.lindfa pode cnsinu ao mundo/
P,ui Sahlbcrg. - S.io Paulo : SESJ-SP cdiro~ 2018.

320p-

Tírulo originaJ: Fínnisli Losons 2.0: Wh.:11 can the wo rld leam from cduotionaJ dunge
in Fínland?
ISBN ?78-85-504-0765--4

J. Educação 2. Fínlindia J. Título.

coo, )70.◄897
lndic.cs para atilogo sisremárico:
1. Sistema Educacional : Finlândia
2. Finlândia ; Si.stenu Ed ucacion.JI

Bibliot=iria responsável, Enisc1< Miliquias CRB-8 5821

SESI-SP Editora
Avenód• Paulista, 1313, ◄ 0 andar, 01311 923, São Paulo- SP P ARA E!i\'AR FRITl-1/ 0 F S .-HI L Rb.' R G
F. 11 31 ◄6.7308
cdiro..-.@sesiscnaisp.org.br
( 1,\<)5- /_().- .--)
Sinto o tempo mudando
Vejo em todos os lugares
Você não sente o novo vem o soprando?
som?
Você não reconhece aquele som, aquele
E a terr a esrá gira ndo lentamente
nte.
Gir and o lemamente, mud and o lentame

- NEI L YOU!'IG, Ruml,fin '


SUM ÁRI O

APRESE NTAÇÃ O DA EDIÇÃO BRASIL EIRA .... ............ ............ ............ .........
13

PREFÁC IO DA SEGUND A EDIÇÃO

Um universo alternativo - Diane Ravitch .................................................... 15

PREFÁC IO DA PRIMEI RA EDIÇÃO

Negócio não finlandiz.ado ( UnFinnished Business) -Andy Hargreaves .......... 19


, ~
P REFACI O DA SEGUND A EDIÇAO ............ ............ ............ ......... ............ ....... 27

AGRAD ECIMEN TOS ............ ............ ............ ............ ............ ........... ............
.... 31

SOBRE A EDIÇÃO BRASIL EIRA ............ ............ ........... ............ ............ .........
33
INTROD UÇÃO: SIM, NÓS PODEMO S (APREN DER UNS COM OS OUTROS
) ... 35
Exposição do Norte ............ ......................................................................... 37
A Finlândia como inspiração ............ ............ .................................... .......... 40
Aprendendo com os outros .......................................................................... 44
O objetivo deste livro ............ ......................................................................49

I. Ü SONHO FINLAN DÊS: UMA BOA ESCOLA PARA TODOS ............ ......... 53
Finlândia pós-gue rra ................................................ ............ ............ ........... 54
Educação universal básica ........................ ............ .................................... ... 58
Nasce a nova escola ............ ........................ ..................................... ............ 64
Expandindo o ensino médio ............................................................ ............ .69
Melhorando o rendimento escolar ........................ ............ ............ ............ ....72
Exame de matrícula ............ ........................................ •··········· ·················· ... 77
Uma geração de mudança educacional ............ ............................................. 81
O sistema educacional finlandês em 2015 . . . . .• . ..... .•...... .... •.••.•...••• . ••. . •. •• . .• •••. .. 89

2. Ü PARADO XO FINLAN DÊS: MENOS É MAIS ............ ....... .... ............ ....... 95

Da periferia aos holofotes ............................................................................96


Rendim ento escolar .................................... ........................ ....................... 100
Equidad e de resultad os ........................ ............ .......................................... 103
Aprendi zado do estudan te ........................ ......... •··· ••·· •............... •··············· 112
Custo da educaçã o ............ ........................ ................ •··· ........ ••···•···•··········· 126
A relação entre o custo e o desempenho dos estudantes .............. . 12
·············· · 7
O custo da repetência..................................................... ········••.............. APRE SENT AÇÃ O DA
... 128
Os paradoxos finlandeses da educação ....................................... . 132 .. . . ........... EDIÇ ÃO BRA SILE IRA
3· A VANTAG EM FINLAND ESA: ÜS PROFESS ORES .......... . .............. ......... 147

A cultura do ensino ...................................................... ........... .............. .... 148


Sempre admirei grupos de pessoas que encampa m ideias e as realizam .
Tornand- o-se professor ................................................. ...... . . ..... . ... . ........... 152 Há alguns anos, ao ler o livro de Alfred Bennett sobre a Hiscón·a das Artes
Formaça o dos professores baseada em pesquisas ........................................ 158 Manuais e Industriais, publicad o em 1937, deparei- me com a descrição do
Professores como pesquisadores ................................................................ 169 sloyd, ensino a partir do fazer, muito antigo dos países nórdicos , que me fez
Desenvolvimento profissional ................................................................... 172 acreditar ainda mais nas proposiç ões do aprender fazendo, de John Dewey,
Pro~essores são líderes.......................................... .......... .............. ............. 175 que eu tanto admiro.
Os lideres das escolas são os professores .................................................... 181 Quando me deparei com a segunda edição de Finnish L essons tomei uma
Bons professores, excelentes escolas.......................................... .............. ... 183 decisão - precisam os disponib ilizar esta publicaç ão para os leitores de língua
E se os excelentes professores finlandeses lecionassem em suas escolas?
...... 18
9 portugue sa. Trata-se de uma análise dos principai s rumos que a educação
básica vem tomando nas últimas décadas, em diversos países do mundo.
4· A VIA FINLAND ESA: ESTADO COMPETITIVO DE BEM-ESTAR SOCIAL. .... 19 7
O autor relata o processo da criação e a implanta ção da escola abrangen te
O poder da globalização ............... ............... .............. ................................ 198
- peruslr.oulu - durante a reformul ação educacio nal na Finlândi a, gestada nos
O movimento global da reforma educacional ......... ..... .. .............. .............. . 201
anos 1970 do século passado e implanta da posterior mente. Isso possibili tou
Uma economia de inovação .............. ............................ ............................. 215
democra tizar o ensino fundame ntal, por meio do que se denomin ou de escola
Bem-estar, igualdade e competitividade ..... ........ ............ ... . ......... .......... .. ... 223
abrangen te (comprehensive school, na versão inglesa). Esse novo tipo de ensi-
Inovação estrangeira, implementação finlandesa ............... .... ........ ... ....... ... 230
no fundame ntal supera a divisão de escola para poucos e escola para muitos,
O sonho finlandês desafiado ....................................................................... 234
divisão essa que também é obstácul o para melho ria da educação no Brasil.
)· Ü FUTURO É FINLAND ÊS>• ............. ...... ... ....... .. ..... .. .. ............. . .. .. ........... 2 39 Muitos pontos me chamara m a atenção durante a leitura .
Sucesso por ser diferente Um deles é o conceito de educação especial daperuslr.oulu, que difere da-
·············· ·········· .. ·············· ·· .. ······ .............. ...... ... 240
Reforma educacional de sucesso .............. .......... .............. .............. ............ 244 quele que vigora no Brasil e na maio ria dos países. Na Finlândia , a educação
A transferência do conhecimento da mudan a especial é destinad a a todo estudant e que apresent ar qualquer dificuldade de
O futuro da educação finlandesa ç ............................................ 253 aprendiz agem. Ao ampliar o conceito de "especia l", consider a-se que todos
·•••••••••• •••• • • .. . ...... .... ... . . ... ....... . . . .. . . . ........ . .. 2 59 o
nós, em algum aspecto da aprendiz agem, precisare mos de ajuda. Ao apoiar
POSFÁCI O ............... . .. de ensino,
··············· ····• ............... .............. .............. .............. ..... 277 estudant e na superaçã o de seus obstácul os durante o processo
.... .. 281 constrói -se uma preparaç ão para a vida em bases sólidas. Vale salientar que
NOTAS ............... .............. ............... .............. .............. .............. ..............
não se trata de reforço escolar e, sim, personal ização do ensino. Para isso,
REFERÊN CIAS
• . ............... ............... .............. .............. .............. ........ 286 o ensino requer uma organiza ção diferente . Nos anos finais do ensino ftm-
..... 303 damenta l, que correspo ndem ao antigo ginásio no Brasil, os alunos não são
INDICE ............... .............. ............... .............. .............. .............. ..............
agrupad os por idade e série ou ano que cursam. A organiza ção é modular
SOBRE O AUTOR
........ . .............. .............. .............. .............. ............ 317 e cada aluno cumpre um itinerário personal izado.

.... 13 ....
.,
Liçõe s finlandesas
······· ···· ····· ···········
········ ·· ··· ·· ··· ·········· ····· ······ ·············· ······
A ED IÇ ÃO
sent ado pelo auto r é que a ed UCa- SE GU ND
Out ro pont o da escola abra ngen te apre PR EF ÁC IO DA
ltado depe nde do func iona men to do
ção é um proc esso com plex o, cujo resu , UM UN IVE RSO AL TE RN AT IVO
e e asse ntad a em um proj eto de país.
conj unto de insti tuiçõ es da soci edad e, ············ ······ ··· ······
·· ··· ·
uma soci edad e em que as dispari-
Uma educ ação inclu siva não ocor re em f. • uhli cad o exa tam ente
cípio s da equi dade e da igua ldad e de .
dade s de rend a são elevadas. Os prin O livro Liçõ es finla ndes as, de Pasi Sah lber g, ot p
uma educ ação dem ocrá tica. . . . . nhe cida com o mov 1me n-
opor tuni dade s cons titue m os pilar es de ndo apar eceu , a m1c 1attv a co .
ileir a seja m enor mes , crei o que te- quand o deve ria. Qua tado s u mdo s e em out ros
Emb ora os desafios da soci edad e bras d e nos s E
ndes a, para cons truir mos O nosso to de "ref orm a" da educ ação era gran
mos muit o que apre nder com a lição finla
todo s. luga res e esta va cres cend o. d d - A Dun can.
cam inho de uma educ ação inclusiva para ' iden te Bara ck Oba ma e o Secr etár io e E uca çao rne
O Pres
" • S eu progr ama cha mad o Cor rida
.
Dese jo a todo s uma boa leitu ra. · d " r ~ .
eram gran des apo1 ador es a re1o rma nnh a os mgr edte n-
ado em 200 9 e con
ao Topo (Rac e to the Top) , foi lanç
: teste s, resp onsa bilid ade e esco lha.
tes essenciais do para digm a da refo rma nte
, vist o que espe rava m que o Pre side
ES
-WA LTE R VJCI ON! GON ÇALV
Edu cado res fora m pego s de surp resa
rinte nden te do Sesi de São Paul o odia do do Pres iden te Geo rge W.
Dire tor Regi onal do Sena i e Supe Oba ma acab asse com o prog ram a tão
São Pau lo, març o de 2018 ada para Trás (No Chi /d Lef i Beh
ind,
Bush cham ado Nen hum a Criança Deix ente so-
ma foi dese nvo lvid o dire tam
NCL B). Con tudo , o prog ram a de Oba es dec isiv os,
vez de aba ndo nar os test
bre os pilar es prec ário s do N CLB . Em os e
ncia dos teste s. Ago ra, os alun
o Corrida ao Topo aum ento u a imp ortâ
veis pela pon tuaç ão dos alun os, mas
as esco las não apen as seria m resp onsá
ou seri am dem itid os con form e tais
os prof esso res rece beri am um bôn us
pont uaçõ es.
em 2010 . A revi sta New swee lc pub li-
O mov imen to de refo rma alav anco u
aver a decl aran do que "de vem os de-
cou uma maté ria de capa naqu ela prim es-
esco las esta vam dom inad as por prof
miti r prof esso res ruin s", visto que as ome m
o filme Espe rand o pelo Sup er-H
so~es " ruin s". No outo no daqu ele ano,
licid ade. Sua men sage m era: nos sas
fo1 lanç ado acom panh ado de mui ta pub pre-
a únic a espe ranç a para as cria nças
esco las públ icas estã o frac assa ndo, e esco la
" frac assa ndo " é fugi r para uma
sas em esco las públ icas que este jam e
ncia da pelo gov erno. Mic hell e Rhe
gere ncia da pela inici ativa priv ada fina b. '
do Dist rito de Col um ia, se torn ou
a entã o chanceler das esco las públ icas
esco las e o praz er que
sensação na míd ia com sua conversa firm e sobr e as
. .. s.
sent ta em dem ,ur prof esso res e dire tore
do país - a Fun daçã o Bill e Mel inda
Algu mas das orga niza ções mais ricas ·
Fun daçã o da Fam i' l,· a ,v, l
Gate s, Fun daçã o Eli e Edy the Bro ad ' wa ton e mui tas
ime nto de refo rma , ince ntivand o os
outr as - inje taram milhõ es ness e mov

. . . . 15 . ...
Liçõe; finbmlesis
Prcf,icio da sqi;uncln t•di,·i\u
············ ········ ·········· ·· ············ ····· ······ ···· ·· ······· ·· ·····
cesres decisi,o s, a organização Teach for Anun"ca , escolas financiadas pelo
gm,-erno e. até mesmo, no caso da Fundaçã o Walton. cupons para escolas Realmente, os Estad os. u 111"dos, •a Gr'i-13r

eranha e muito s outros países
• • . ~
- 1mecta
estao · c d 1 GERM Liçõesj,º nlande.m s 2 .0 é um cles111lcta11t c. Ele
religiosas. os pe o • · . ..
Diversos Estados americanos, incluindo 'Wisconsin, Michigan e Indiana,
:- po de , de form·1
nos 1emb ra que uma naç,10 • co nsciente , constru1 1· um sistema
. .
= = direitos de negociação coletiva e os sindicatos de professores tor- de ensino admiráv el se prestar muita atenção às necessid ades elas cn:111ças
,
·
se se1ec1onar e preparar bem seus educ·1do res e se desenvo lver comuntclnclcs
naram-s e bodes e..xpiatório,-, culpados pela baixa pontuaç ão nos testes e pelo ,
aumento dos custos da educação por conta de seus planos de saúde e pen- educacionais que não sejam apenas atraente s, mas que co ntribuam para
o
sões.. Pesquisas apontaram que os professores foram desmora lizados - prazer de ensinar e aprende r.
como
era esperado - pelos ataques sofridos por eles e por sua profissão
.
Assim, quando Lições finlandesas , de Pasi Sahlherg , foi publicad o, apre-
sentou uma nova dimensão aos debates acerca da educaçã o. A Finlândia - ÜIANE HAVIT C II

tinha altas pontuaçõ es nos testes de avaliação de estudant es internacionais


e não escava fazendo nada daquilo que nossos reformis tas america nos exi-
giam. Ela tinha um fone sistema público de ensino. Não tinha escolas fi-
nanciadas pelo governo ou cupons. Tinha exigênci as muito altas para quem
queria se tornar professor; não havia nada como Teach for Finfand que per-
mitiria que recém-fo rmados sem e..xperiência dessem aula nas escolas
fin-
landesas. Sahlberg descreve u um program a de cinco anos de preparação
para o magistério que todos os professo res devem cumprir para ensinar em
escolas da Finlândia.
Professo res e diretore s fazem parte do mesmo sindicat o, que não ape-
nas negocia salários e condiçõ es de trabalho , mas também trabalha em prol
de crianças e escolas. Embora a Finlând ia tenha um currícul o nacional , os
professo res têm muita liberdad e para moldá-l o conform e suas próprias ne-
cessidades e pontos fortes. O melhor de tudo é que a Finlând ia não sujeita
os estudant es a testes padroni zados até o fim do ensino médio. Conform
e
Sahlberg escreve, as escolas são uma zona livre de testes padroni zados.
O que muitos educado res america nos adorara m em Lições finlandesas
é que ele apresent a um universo alternat ivo, um univers o que respeita os
educado res e permite que eles façam o melhor trabalho que puderem , que
reconhec e que a sociedad e tem a obrigaç ão de garanti r a saúde e o bem-
-estar das crianças. Sahlber g sabia que a história finlande sa tinha um
for-
te contrast e com O qu
, e estava ocorren do nos Estados Unidos e em outros
paises. Ele se refere ª esse movime nto de testes e escolha s como cERM:
Global EducationaJ R ,r,
Ed . e1orm Movement (o Movim ento Global da Reforma
ucaoona l).

. . .. 17 ....
... . 16 ... .
PR EF Á C IO DA PR I M EI R A ED IC À O
.)

N EG ÓC I O ~Ã O F I ~ L .A .~D
IZA DO
( U 1v F 1s s15H ED B L.,-s,s E ss )

K os ano s 196o_ o lan çam ent o russo


do Spum.ik imp uls ion ou um a gran-
de mu dan ça no desenv olvime nto de
ino vaç ões cienrificas e ma tem átic as
escolas dos Est ado s ün ido s. ~ os ano nas
s 198 0 e 199 0. o sol nas cen te do Jap
e de out ros tigres asiático s fizeram pre ão
ssão par a que os mé tod os edu cat ivo
iapone ses fossem copiad os - aum ent s
ando a rig ide z dos dev ere s de cas a,
núm ero de hor as- aula no decorr er o
do ano leti vo e est end end o o impac1
dos testes pad ron iza dos. Ka última déc 0
ada_as eco nom ias em cre sci me nto da
Índ ia e da Ch ina fize ram com que as
comissões e as iniciari,·as dos Est ado
U nid os def end essem o ens ino d:1s hab s
ilidades do século XX I , exi gên cia s
cur ric ula res mais rigo rosas e pad rõe
s nacionais com uns. sem dei xar de lad
o aum ent o dos tes tes. maior compet o
ição ent re pro fessores e esc ola s e rra
\ho mais árd uo par a tod os. ba-
Ain da assim , nos últimos 15 anos. os
pad rõe s e o des em pen ho dos pro -
fes sor es e das escolas americanas tive
ram um declínio con sta nte qua ndo
com par ado s aos seu s equivalentes
internacionais. Ap esa r disso, ao lon
de mais de duas décadas de ref orm a go
educacional. os Estc1do s Un ido s, ass
com o mu itas out ras naç ões anglo- im
am ericanas, res um iram a def iniç ão
lou cur a seg und o Ein stein: continue de
faze ndo a mesma coisa esp era ndo obt
um res ulta do dif ere nte (N . R.: em bo er
ra a frase seia atribuí da a Ein ste in, não
há fon tes confiáveis de que ten ha sid
o realmente ele que m a crio u). For ça,
pre ssã o. ver gon ha, inte rve nçã o de cim
a par a bai xo, mercados. com pet ição,
pad ron iza ção, testes, vias mais fáceis
e rápidas par a ing res sar no ma gistéri
fec ham ent o de escolas que fracassara o,
m, demissão de pro fes sor es e dir eto res
ineficientes e nov os com eço s com pro
fessor es jovens e escolas rec ém -es ta-
bel eci das _ exa tam ent e as mesmas
estratégias reformisras que fracassar
ter riv elm ent e por dua s déc ada s em am
mu itos países anglo-saxões - est ão sen
do rein ven tad as e reim pos tas e com -
força e det erm ina ção ain da ma ior es
.

.. .. 19 ... .
Lições iinland=is
······ ······· ······ ···· ····· ···· ····· ····· ················ Pn.--t.\l..·it', dn pritndr.1 t"'<li,.i,,
···· ···· · ····· ······
··········· · ··· ······ ···· ········ ····· ···
···· ············· ····· ····· ······ ··· ···
A CORRID A AO TOPO d, Mais" (Tciach L11ss. Lt:arn More). a
princípio de " Ensinar i\•knos. Apren i;r . .. ·eo11ido em direção uo
U 'd .
Os cóticos já estão se posicion ando com força. O assessor de mudanças educação dos Esta d os m os insiste nte m e nte. tem, ms o:--ns - J nos clcvcr1a - •
. d roverno dimr o que e co 1 11 m
internacionais Michael Fullan prevê que a estratég ia da Corrida ao Topo, do d
:mtorirarismo. e1xan o o g ·- • .
. .· . ., (Zlno.. .1009).
Presidente Obama, com sua intenção de recupera r as cinco mil escolas com . o h s deverm m ensm,1r • .
aprende r e o que as esc • . 1 bem com o c1uanto à rdor-
pior desempenho do país, aumenta r os limites na criação de escolas financia- Nos aspectos cu 1tura1• P olítico e empresa na ,
. . · . (. • •nvol-
das pelo governo e inrroduz ir medidas , como pagame nto por desempe nho nn educacio nal multas cu 1tur.1s . . - , . ciedade s anglo-a mer1can
e so ns e csc
para aumentar a qualidade dos professores., termina rá en1 forma de fracasso
• . -~ . -- 1 b e po r tudo o que é maio r. m:1is 1' t·~tc1'I ' mais
veram uma o b sess.10
d .
m s ,1. u r d
(Fullan, 20w). A estratégia, segundo Fullan, presta pouca ou nenhum a aten- d uro, mais. . "do e n1·11·"' forte Empres: 1s que sacrific am a segur:m.ça e
rap1 ' ~ · . 1· - ,
ção ao desenvolvimento da capacida de de líderes e professo res para melhora r seus clientes para o bter um v.1lor de ações e m curto praz~; comp.111 1_111s que
uns com os outros ou como um sistema, é baseada em uma teoria falha de que destroen1 o meio · .v
anw1ent e com es•forços excessiv
• amente firmes e arnscnc los
.
a qualidade dos professores pode ser superior por meio de um sistema de re- para aumenta r a lucrativ idade; colapsos finance iros que resultam em_
ní-
compensas competitivas e tem base, também , em um modelo bastante fafüo veis astronôm icos de dívidas impagáv eis; especial is tas e m prazos que cnam
disrupçõ es arbitrári as estabele cendo metas irrealist as para crescim ento
de gerenciamento no qual todo mundo gerencia sua própria unidade, é res- e
objetivos igualme nte arbitrári os de demissõ es d e pessoal - são uma conse-
ponsável pelos resultados e compete com seus colegas - criando feudos, silos e
quência de impaciên cia. orgulho , arrog.:lncia e gantmci a que caracte rizam
falta de capacidade ou incentivos para que profissionais ajudem uns aos outros. o
pio r tipo de negócio. Fracasso . demissõ es, concorr ência e fecham e ntos
A ex-secre tária-adj unta de educaçã o Diane Ravitch também condena o são
o equivalente educacio nal à mudanç a insusten tável d os negócios. O que eles
"teróvel plano educacio nal" de Barack Obama, referind o-se ao program a
oferecem são reforma s educacio nais maiores do que o normal , aume n tad
como sendo ainda pior do que seu predece ssor tão ridicular izado, Nenhuma as
artificialmente com o uso de "esteroides" .
Criança Deixada para Trás (Ravitch , 2010a). O plano promov e escolas
fi- Mesmo nos negócios, essas estratég ias exagera das para reverter d e te rmi-
nanciadas pelo governo, mesmo que as evidênc ias indiquem que elas não
nadas situações não produze m uma melhora sustentá vel. Empres as p od
superam consiste ntement e nem ultrapas sam a média de desempe nho das em
fechar, os ativos podem ser vendido s e os colabor adores demitid os sem p
escolas públicas distótais , e que elas simples mente "peneira m os melho- o-
derem reco rrer, e tudo isso pode aumenta r o retorno e m curto prnzo para
res alunos de comunid ades pobres" , deixand o o resto para trás (Ravitch,
os acionistas, mas poucas estratég ias desse tipo sobrevi ve m em longo prazo,
2
o10b). Enquant o isso, o pagame nto por desemp enho dei.xa as recompe nsas
e muitas empresa s que revertem a situação eventua lmente tornam -se um
aos professores atreladas aos resultad os em testes pessima mente desenvol-
prejuízo devido ao compor tamento imprude nte de seus lideres. A esse res-
vidos de validade duvidos a e "destrói o trabalho em equipe" de profissio- peito, o especialista em adminis tração Manfred Kets de Vries explica com
o
nais que, por sua vez, "precisa m compart ilhar o que sabem" . A reforma , ela tantas pessoas que afirmam ser especial istas em reversão de situaçõe s não
conclui' é "maldosa, puruava · · e pro fiundame nte indifere
· · nte aos verd ade1r
· os passam de narcisistas psicolog icament e perturba dos, sociopa tas e lo u cos por
problemas que os professo res enfrenta m". controle (Kets de Vries, 1006).
Yong Zhao, 0 maior especialista america no em reforma educacio nal na
China e no sude t d A. •
, . s e a sia, aponta que a China, o maior concorr ente eco- TERCE IRA E QUARTA VIAS À FRENT E
nom1co dos Estado U .d . ,
.
culo, diversific s ru os, esta, na realidad e, decentra lizando seu curn-
ando a a ar - · · O pior aspecto do "aumen tado" (steroida/) movime nto de reforma edu-
. v iaçao e mcenav ando a autonom ia e a inovaça- o 1o-
ca1s. Ao mesmo tem o 1. h . cacional foi reforçad o por alternati vas mais sutis e menos punitiva s em ou-
.
d o e Singapu ra st . P , cone u1 Z ao, enquant o a China está decentra hzan- tros contexto s anglo-am ericanos . Aqui, as metas e os objetivo s político
e a promov endo um ambient e criativo caracter izado pelo s

· · · · 2 1 .. · ·
. .. . 20 .. ..
Lições finlandesas f' .o da primeira edição
Pre act . . ....... . .. .. . .... . ... . •···
········ ···· ······
.
para melhoras conduzid as por testes nos aspectos básicos de Letramento, .
.
1v1men to Muito semelhante ao conceito e. à es- d
, es em desenvo .
Matemática e Ciências ainda são impostos com inflexibilidade insistente,
surgm em pais .d ades o desenvo1v1. mento de capac1da e
tratégia de organizaç ão de co":1~n~ e 'ajudar. Era um conceito humano e
mas são, agora, moderad os por um discurso de melhoria menos rígido e
significava ajudar uma comum . ad e a sessoas a cumprire m os objetivo s que
por níveis mais altos de apoio profissional na forma de material melhorado,
de reafirmação direciona do a aJU ar P to nas políticas da Terceira
aumento de recursos e melhor formação. l esmas. No entan , .
eram importan tes para e as rn "d d f quentem ente se tornou outra co1-
Há cerca de urna década, na Inglaterr a, e, mais recentem ente (e, de certa . t de capac1 a e re . b" .
Via, o desenvo lv1men o
forma, diferentemente), em Ontário, Canadá, e na Austrália, um modelo foi sa - treinar pessoas em estrateg1 , · pred etermma . das para cumpnr o 1et1vos
as .
conduzido e defendido, o qual se aproxima e vai além da autonomi a total dos T d d . m ostos por terceiros .
e metas de responsab t I a e I p . d cidade trata-se de treinar
anos 1970 e das reformas padroniza das perversas , mesquinh as e incentiva- . • d volv1me nto e capa
Na Terceira Via, o esen . d . . ão inovação e responsa -
das pelo mercado que caracteriz avam a Inglaterr a no início dos anos 1990 . r. Na Quarta Via e msp1raç '
para cumpnr po mcas. . d Dennis Shirley e eu como re-
e em outros lugares depois disso. • fi me determin a o por
bilidade coi et1va, con or . . d. - de alto desempe nho, como
A "Terceira Via" da mudança educacional refletida nos modelos oferece sultado de nosso trabalho dir~to emd 1uns ~ç~es nto de capacida de trata-se
duas ideias de esforços para reformas descarada mente aumentadas: Finlândia Alberta no Canada, o esenvo vime
• uma ênfase clara no objetivo moral da educação ; mais de crescime ~to e desenvol vimento autodire ciona~o (H_argre aves :
• um comprom etimento com o desenvol vimento de capacidades. Shirley 2009). Em suma e de forma bem clara: a Terceira Vta trata-s: e
' . polmcas
,.
pegar empresta das e cumpnr a Ihe1as,
• ao passo . que a Quarta. via
_ se
Esses compone ntes soam mais plausíveis e inspirado res, profissional- trata da proprieda de e do desenvol vimento compart tlhados dos obJettvo s
mente falando, do que os seus homólog os reformist as que perseguiram e
que dizem respeito à sua própria comunid ade.
ameaçaram o magistério para que se submetesse. Ainda assim, na realidade,
continuam sendo muito problemá ticos.
A ABORDA GEM DA LUZ DO NORTE
Primeiro, o avanço admirável do objetivo moral em reformas da Terceira
Via repetidamente acaba se tornando , na prática, o mesmo objetivo moral Em meio a toda essa combina ção de políticas, surgiu o exemplo menos
independentemente da cultura, do país ou do contexto - aumentar as expec- provável de sucesso educacio nal - a Finlândia . Com esse desempe nho ine~-
tativas e diminuir a diferença para melhorar a pontuaçã o de aproveitamento perado e consisten temente superlati vo em testes internaci onais de aprovei-
escolar em Letramen to e na Matemática (ligados aos objetivos de aprovei- tamento escolar, a posse das menores deficiênc ias em aproveita mento es-
tamento do sistema imposto). Seja em Ontário, na Austrália , Bermudas, seja colar do mundo e seu posicion amento ou sua classifica ção igualmen te alta
na Grande Manchester, Inglaterra , a meta ou o objetivo moral é quase idên- em termos de concorrê ncia econômic a, transparê ncia corporat iva e hem-
tico. Os países e as culturas podem mudar, mas os eslaides do PowerPoint -estar geral e qualidad e de vida, esse pequeno país nórdico de praticam ente
dos consultores permanec em basicamente os mesmos. Na Terceira Via, as 5,5 milhões de pessoas descobriu um caminho diferente rumo aos objetivos
pessoas não definem ou desenvolvem suas próprias visões compartilhadas ou educacionais e econômic os daqueles criados por países anglo-am ericanos.
objetivos morais. Elas não são donas de suas visões. Elas as pegam empresta- Curiosos e intrigado s com o exemplo incomum da Finlândia, educado-
das de outras pessoas. res e legislado res do mundo todo visitaram o país escandin avo para tentar
Segundo, enquanto a Terceira Via tem um comprom etimento admirável descobrir os segredos de seu sucesso. Tive sorte o bastante para ser um
O
com desenvolvimento da capacidade, ela frequente mente distorce o signi- deles. Em 2007, tive a rara oportuni dade de levar uma pequena equipe da
ficado de "pessoas de capacidade" e desviou as pessoas dos objetivos nobres Organiza ção para a Cooperaç ão e Desenvo lvimento Econômi co ~OCDE)
st à Finlândia para examinar a relação entre o histórico de aproveita mento
que su entavam suas origens. A ideia do desenvol vimento de capacidade

.. .. 23 . .. .
• . . . 22 . .. .
Lições finlandesas Prefácio da primeira edição
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escolar do país e suas estratégias de melhoria de escolas e desenvolvimento , m qualquer lugar do mundo para ofere-
em um novo pais e · . .
de liderança (Hargreaves, Halasz & Pont, 2008). é que, ao entrar . " . de seus primeiros atos profissionais
. - porte s1stem1cos, um
cer ava11açao e su , . onversar com os alunos em uma
Diferentemente de muitos outros comentaristas da experiência finlande- d ma aula de matemanca e c
sa, não nos baseamos apenas em fontes secundárias, em algumas entrevistas é sempre ar u , . 1 d país [no Brasil, anos finais do ensino
das escolas secundarias regu ares o
com legisladores seniores ou na literatura de pesquisa disponível sobre edu- fundamental e do ensino médio]. . . d _
cação. Observamos e entrevistamos alunos, professores, administradores de Pasi Sahlberg ajudou nossa equipe da OCDE, assim como_ ªl~ ~ os
escolas e distritais, especialistas em pesquisa universitária e os membros do leitores deste livro, a compreender o que torna a reforma da Fmlan~ es-
Ministério da Educação até o nível mais alto. Lemos material sobre a história pecialmente bem-sucedida, e por que ela se mostrou ser, de fo~a incon-
e a organização da Finlândia como sociedade e sobre sua principal empresa veniente, um exemplar da mudança educacional ao grupo de naçoes anglo-
dinâmica, a N okia. Queríamos entender o país e sua história, bem como suas -americanas. A Finlândia, ele mostra,
escolas, e compreender o que explicava sua grande reviravolta econômica e • desenvolveu e manteve sua própria visão da mudança educacional e
educacional após a queda do Muro de Berlim e o colapso dos mercados so- social ligada à inclusão e à criatividade, e não reteve uma visão padro-
viéticos protegidos da Finlândia em 1990. Em toda essa pesquisa, tornou-se nizada desenvolvida em outro lugar;
rapidamente evidente para nós que a maior autoridade da distinta estratégia • se baseia em professores bem treinados e de qualidade, com fortes qua-
reformista educacional na Finlândia era - e continua sendo - Pasi Sahlberg. lificações acadêmicas e mestrado, atraídos para a profissão por conta
Sahlberg cresceu em uma família finlandesa educadora. Ele lecionou no do apelo de sua missão social e suas condições de autonomia e apoio
sistema de ensino finlandês e, em seguida, no nível universitário. A partir - em comparação com as estratégias dos treinamentos de cuno prazo
dali, passou a supervisionar a estratégia de desenvolvimento profissional de rápida entrada no mercado e alta rotatividade de professores que
para o Ministério da Educação. Assim como os melhores pesquisadores e avançaram em países como a Inglaterra e os Estados Unidos;
comentaristas, Sahlberg foi e continua sendo um conhecedor de dentro e de • tem uma estratégia educacional especial inclusiva em que quase me-
fora. No papel de conhecedor interno leal e confiável que agora comanda tade dos esrudantes do país terão recebido algum tipo de reforço edu-
uma das maiores organizações finlandesas na área de inovação, Sahlberg tem cacional especial em algum momento antes do término do ensino fun-
um conhecimento e uma compreensão ricos e autênticos do funcionamento damental de nove anos de duração, e não a estratégia educacional es-
interno dos sistemas educativo e social do país que, com frequência, são tão pecial de identificação, nivelamento e marcação legal de indivíduos
misteriosos para quem vê de fora. favorecidos pelas nações anglo-americanas;
Ao sair da Finlândia para assumir um cargo importante no Banco • desenvolveu a capacidade de os professores serem coleàvam~me res-
Mundial, Pasi Sahlberg rapidamente desenvolveu a capacidade de enten- ponsáveis por desenvolver avaliações curriculares e de desempenho jun-
~er, interpretar e oferecer apoio sistêmico a países na Europa Oriental, na tos, e não cumprirem grades curriculares prescriàvas e preparar os alu-
Asia Central, na África do Norte e no Oriente Médio. Além de publicar nos para testes padronizados desenvolvidos pelos gO\-emos çen~ e
diversos artigos acadêmicos fundamentais na Finlândia ele escreveu o re- • relacionou a reforma educacional ao desenvo lvimento criaàvo de
latório definitivo da Finlândia para o Banco Mundial. ' competitividade econômica e o desenvoh-i.nwnc0 de c:,.'\eSà0 social. in-
A situação de Pasi Sahlberg como conhecedor do interior do processo clusão e comunidades compartilhadas em uma so-:it'dade mais ;impb.
educacional é essenci· - J EI -
ª · e nao esta- apenas interessado
. . , 1·-
na reforma s1stem Pasi Sahlberg pede enfaticamentt.' qut.' n ..io si~...1m os ;1s estratégias de re-
ca educacional em u . ·d , . I
m senu o teonco. E e se preocupa muito e permanece forma educacional (que ele chama dt.' G ERM) in..·enri,·ada po r lideres po-
profundamente ligado - -1 r
. ª ª unos, pro1essores ·
e comunidades que são o prin- líticos anglo-americanos e se::-us a.ssess01"t'S t'd1K..Kionais que des.:onsider.im
cipal alvo das reformas u d Ir. _. . . . · d
· m os atores d1ferenc1a1s de sua personahda e

.. .. 24 . .. .
Lições finlandesas
·· ····· ···· ···· ······· ····· ··· ·· ······ ····· ····· ··· ·· ····· ········· ·· ···· ···· ···

as potenciais lições da reforma educacional finlandesa por conta de sua in- , DA SEGUNDA EDIÇÃO
conveniência ideológica. Países que se comprometeram, mas mantiveram
PREFACIO
······ ········ ··· ······· ··· ······
altas taxas de desigualdade econômica respondem apenas à impaciência do
público por falarem grosso e por trazerem ganhos de curto prazo. Ele mostra . d ·1· . a educação global tinha uma imagem muito
Na virada este mt emo, . . - .
como os países que desprezam a Finlândia (para favorecer os modelos de sua . d I Havia muitos países e junsd1çoes que acreditavam ter
diferente a atua • . . f,
preferência, é claro) com o argumento de seu tamanho modesto como país . d . do mundo. Grandes mvest1mentos em re or-
o melhor sistema e ensmo 1, . , .d
não levam em conta sua população de 5,5 milhões de pessoas, próxima da . . d ducação carregadas de promessas de exce enc1a e rap1 as
mas nac10na1s e e . d• ·
média da maior parte dos estados americanos onde é tomada a maioria das d hegarem ao topo dos r s mun iats.
correções davam a esperança e c
decisões de políticas educacionais. Contra o argumento de que a Finlândia havia sistemas e ucacionais que estavam desenvolvendo
Ao mesmo tempo, .
é simplesmente muito diferente dos Estados Unidos, Inglaterra ou Canadá e.9!1idade e igualdade d~ p_ortunidades para g~ntir uma b Q s U I . ~
(como se a Índia, a China e o Japão não fossem!), Sahlberg revela como a a todas as suas crian~s. Esses países não almejavam estar entre os melhores
Finlândia mudou drasticamente sua identidade e sua orientação como nação, do mundo, mas, sim, estavam tentando oferecer o melhor possível par~ as
e como outros países podem e devem fazer o mesmo. suas crianças e os pais delas. A ironia é que, atualmente, nenhum dos pa1ses
Há questões não resolvidas na reforma educacional anglo-americana que que almejaram ser o melhor conseguiu este feito, e nenhum dos sistemas de
estimularam as estratégias de reforma "aumentadas" e a Corrida ao Topo que ensino bem-sucedidos da atualidade já quis ser o melhor.
nunca serão capazes de responder, mas o trabalho de Sahlberg pode respon- Lições finlandesas nasceu dessa nova imagem emer:gente da educ~
der plenamente, não apenas porque ele é o mais crível dos especialistas na- gl~esquisadores no mundo todo começaram a buscar fatores em co-
tivos nas reformas exemplares de seu país, mas também porque, como um mum que explicariam o desempenho educacional inesperadamente bom da
acadêmico que está entre os melhores do mundo, e como ex-especialista do Finlândia, da Coreia, do Canadá, do Japão e, depois, de Singapura e da
Banco Mundial em diversos países e em seus sistemas educacionais, Sahlberg Estônia. A pergunta que me incomodava ainda mais do que essa era o que
desenvolveu uma perspectiva internacional sobre a reforma educacional de esses sistemas educacionais bem-sucedidos não fa1.em que os outros fazem.
forma geral, além de ter a vantagem de ser um conhecedor de fora e po- Logo percebi que a Finlândia era, de diversas formas, uma exceção a to-
der levar tudo isso que é familiar na Finlândia ao conhecimento de outros. dos os países. A Finlândia parecia ter muitas políticas educacionais centrais
Uma das formas em que os professores melhoram é aprendendo com que eram quase o oposto daquelas introduzidas nos Estados Unidos, na
outros professores. As escolas melhoram ao aprender com outras escolas. Inglaterra, na Austrália, na Nova Zelândia e em grande parte do resto do p,
O isolamento é inimigo de todas as melhorias. Passamos décadas acabando mund_o. Liçõesfi~landesas, publjc'!_do n~~ 2001, ~a das
com o isolamento de professores dentro de suas escolas e entre todas elas. so~uçoes alternativas educacionais por trás do desemeenho educacionaÍSUr-
Agora, está na hora de acabar com a ideologia do excepcionalismo america- preendentemente bom da Finlândia. - _
no e de outros países anglo-americanos se quisermos desenvolver reformas Quando sou convidado a falar sobre Lições finlandesas - e o faço des-
que realmente irão inspirar nossos professores a melhorar a aprendizagem de que o livro foi publicado pela primeira vez em todos os continentes do
de todos os nossos estudantes - principalmente aqueles que têm mais difi- mundo - sempre começo com tc.ês pomos d0 atenção que quero mencionar
culdades. Nesta busca essencial, Pasi Sahlberg é sem dúvidas um dos me- a~ui. Pri!!leiro, minha intenção neste livro e em minhas apcesentaçães-do
Ih ores professores que existem. ' ' sistema educacional finlandês não é convencer o público....de..q~ia
tem o melhor sistema de ensino do mundo. A mídia internacional e alguns
especialistas da área criaram a impressão errada de que existe uma métrica

- ANDY HARGREAVES

.. . . 27 .. . .
. .. . 26 .. ..
Liçõe; t'in!:mdes;i;
Pr,,f:ki,, d:t $t-C,1ind:t t-di\·.in
············· ····· ······· ······ ··········-······ ·· ···········-· ······· ······ ········· - ... .··· ···· .' ..... .... .. ... ..... .... .... ..... ......... .
············ ······· ···· ····· ·· ··

global pan dererminar os melhores - e os pio res - sistemas educacionais . . Canadá e Estados Unidos serviram com o
recentemente, Inglaterra. E scocta, . _ . . . _
do mundo. Os rrmkings internacionais de educaçào amais incluem apenas finlandeses e ncontrara m ideias pa rei e nriquecer
um pequeno número de assuntos academicos em seus índices - tipicamente
1ugares em que e d u Cadores . . • d •
-
o ensmo e a apren d.tzagem em suas escolas. Teorias c urriculares., _1!1eto os
Lerramenro.. \latemática e Ciencias. Por isso, quando os primeiros resulta- de ensino avaliaçõ~ esrudantis emodelo~ _de lideran_ça escola rc::_s sao_~xen~-
dos do Programa Internacional de .-\valiaçào de Alunos (Pisa) se tomaram -d · - ~ • --: os·,~ua._que.ap•esnuisa e o desenvolv imento educac1ona1s
p 1os a mnuen:!.~- u..,c ==i- - -- - -- --
públicos em de2emhro de 2 001, mostrando a Finlândia classificada em pri- americanos tiveram na Finlândia..desde.a s..anos 198q .
meiro lugar. alguns finlandeses disseram: ª Devemos ter feito algo errado Esta segunda ~ diçào de Liçõesfi'n/a.,1desas inclui atualiz~ç~es ~ rangen_res
para termos sido os melhores em uma avaliaçào baseada em um teste padro- do cemirio educacional da Finlândia, bem como das estattsacas mternac10-
nizado que mensura o aprO\·eitamento escolar dos esrudantes em tres áreas nais mensurando o desempenho educacional e utiliza d ad os d e todos os es-
acadêmicas" . Há poucos educadores na Finlàndia, se é que há algum, que tudos e pesquisas internacionais dos quais a Finlâ ndia participo u desde 201 L~
diriam que o sistema de ensino finlandês é o melhor do mundo. Com base nessa evidência atualizada, esta ediçã o do livro também discute
Em segundo luêll", não estou afirmando, nem_]!§t<liYr.o,.a~nhas como as coisas estão mudando na Finlândia e quais podem ser as possíveis
palesr:ras, que, se pelo menos ourro~aís.es irnitassem..QmodelQda.Einlàndia respostas a essas tendências. Além disso, também inclui uma ilustração d o
de reformaeaucacio~ al, as coisas melhorariam.. Alguns especialista~ em componente educacional do início da infância que agora faz parte d o siste-
melhoria na educaçao antes de mun notaram ~e reformas educacionais ma educacional da Finlândia, uma descrição do sistema educacional re no-
não funcionam da mesma forma em todos os lugares. Isso significa que o vado para necessidades especiais e uma narrativa mais detalhada do exa me
que parece fazer com que um sistema educacional tenha um desempenho de matrícula para o ensino secundário superior.
além das expectativas em um lugar pode não ter o mesmo efeito positivo Lições .finlandesas teve uma jornada de sucesso até aqui. Apresentei
em sistemas educacionais em outros lugares. Com muita frequência, devo as ideias deste livro no Parlamento da Escócia, da Inglaterra, da Suécia,
admitir, conheci pessoas que visitaram a Finlândia ou estudaram seu sis- da Austrália, da Nova Zelândia e da União Europeia. Ele me trouxe di-
tema educacional acreditando que, se tivessem o currículo, as escolas e os versos amigos e colegas. Em 2013 , Lições .finlandesas recebeu o Prê mio
professores da Finlândia, seus próprios desafios educacionais desaparece- Grawemeyer, um prêmio de prestígio oferecido pela Universidade de
riam. Este livro e o meu trabalho com ele no mundo todo têm o objetivo Louisville, no Kentucky, que reconhece ideias importa ntes na educação que C' 0

de enfatizar que podemos aprender uns com os outros. A Finlândia pode tenh~m o potencial de mudar o mundo. De fato, este livro me proporcionou
oferecer inspiração para educadores em outros países para que pensem mais convites para palestras nas maiores universidades do mundo s
. ou grato a
profundamente sobre suas próprias escolas e culturas. Há muitas lições, essas cent~na~ de pessoas que me enviaram seus comentários e suas opiniões
conforme compartilho neste livro, que outros podem aprender conosco, sobre a pnmetra edição. Muitas dessas sugestões foram agora incorpo . d
' · · d , , ra as
as paginas esta edição renovada.
da mesma forma como a Finlândia foi inspirada por educadores e sistemas
educacionais ao redor do mundo. Espero q':e Lições.finlandesas 2 .0 inspire vocês e os convença de que há
Por fin:h.Limportante lembr~UJ~ande parte da inovação pedagógi- uma forma de ~esenvolver sistemas públ1eos de ensmo que atendam ~--;
ca- _nas todas as s~as crianças. A__
receita finlandesa para uma boa ed - e, s1mp ·
· - es:
-salas
- de aula finland esas e a ms12ira~Rº
· · - l'mcas
· · e·m
e d ucac1ona1v
· -- ucaçao 1
ongem
- - em outros p aises.
' N o m1c10
· , · d o seculo
, • d 1a
. se se_mpre_ se pergu~~ se a polfticãs>u<1-reforma-q1:1e-plane ja-iniciarserá lioa
XX depois de a Finlan
t o.,,m ~ pin a
e ís ·
wu pais Independente e seu sistema ' e:
educacional começar a tomar ior- ~ res. Seliesitarenfresp·orrder;-nfo--.i-faça-:- --
ma, a Alemanha e a S '
wça serviram como modelo para as primeiras esco Ias
finl · ...:,
andesas. Então a idei d · ah
_ '
gente surgm de países , d.
ª e um sistema
. .
educacional equitativo e ran-
. - CAMBRIDGE, MASSACHUSETTS, outono de 2014
nor icos vizinhos, principalmente da Suécia. Mais

.... 29 .. . .
.. .. 28 . .. .
AGR ADE CIM ENT OS

Antes de escrever esta parte, fui à livraria do meu bairro e li os agrade-


cimentos em livros de diversos autores. Muitos deles incluem listas longas
de nomes - colegas, amigos, alunos e, algumas vezes, oponent es - que re-
ceberam créditos no livro. Alguns textos me fizeram question ar se todos os
mencionados realmente mereciam receber o agradecimento. Com este livro,
posso garantir a vocês que todos os mencion ados abaixo tiveram um papel
no desenvolvimento ou na escrita deste livro. Alguma s contribuições foram
menores do que outras, mas todas foram importan tes.
Escrever um livro sobre um assunto tão próximo de sua vida e seu tra-
balho é difícil sem, ocasionalmente, pedir a opinião de alguém de fora. Para
escrever este livro, dependi do conhecimento, da sabedoria e da experiên -
cia de alguns colegas e amigos próximos. Sua confiança de que a história da
Finlândia é digna de ser compartilhada com os outros foi um primeiro passo
importante para escrever este livro. Contudo, ouvir aqueles que concord am
com você não faz uma boa história. É aí que me lembro da sabedori a da
minha avó: "Se todos pensarmos da mesma forma, nenhum de nós prova-
velmente pensa muito". A este respeito, sou particularmente grato àqueles
em que confio e que se atreveram a discordar de mim ou a expor suas pre-
ocupações, mas sempre de forma eloquente e respeitosa.
Agradeç o especialmente aos seguintes colegas e amigos: Erkki Aho,
Lisa Belzberg, David Berliner, CIMO, Jean-Cla ude Couture , Linda
Darling- Hammo nd, Carrie Fuller, Slavko Gaber, Howard Gardner , Kauko
Hãmalainen, Andy Hargreaves, Tom Hatch, J arkko Hautama ki, Hannah
Hayman , Henry Heikkin en, Olli-Pek ka Heinone n, Martti Hellstro m,
Stephen Heynem an, Peter Johnson , Ben Levin, Henry Levin, Stephen
Murgatr oyd, Cera Murtagh (por me inspirar a escolher um nome para este
livro), Nicholas N egropon te, Hannele Niemi, David Oldroyd , Lyda Peters,
Diane Ravitch, Sir Ken Robinson, Veera Salonen, Laura Servage, Robert
Schwartz, Dennis Shirley, Tony Wagner e Win Wiencke. Quero agradece r
a Sam Abrams por sua amizade essencial e ajuda sábia em mais de uma for-
ma a fim de tornar o que escrevo mais inteligível aos leitores .

.... 31 .. ..
Lições finlandesas
···· ······ ······ ···· ······· ········ ·· ···· ··· ········ ··· ··· ··· ···
······················
Uma impor . tante fonte de inspir ação para escrev er este Jivro 10ram ~o
r BR ASI LEI RA
dezenas de milha res de pesso as no mund o todo que conhe as SOB RE A EDI Ç A
ci em centenas de
conferências, semin ários e simpó sios. Elas me ensina ram ··· ······ ··· ····· ······ ·· ·· ···· ··
a melhor entender
e respeitar mais profu ndam ente a compl exidad e da mudan . k l comp reend e nove anos de estud o, corres pon-
ça educacional N a Finlând ia, perus ou u
Em conse quênc ia, sempr e me pergu ntam por que algun
s países se sae~ - ao ensino funda menta l bras1·1eiro. .
dente em termo s d e d uraça0 , .
melho r em educa r seu povo do que outros . É fácil não , k l ola ab.r:angente oferec e ensmo coIILpr:ofe.ss0r-un1 , .
levar em conta dife- Perus CQPfil.ª-..
ou u Q_u..esc - -
renças de contex to e dar explic ações simples sobre por ~ . .J_ ~~ 1 ºdad e__o..ensin0-minis1eF-am:rpE>F-pro ~essor
..1 _
que alunos finlande- os primeiJ:oS-Se1-S-an0s-(;tC-<>i>co an
ses têm melho res result ados em testes intern aciona is do e-
que a maioria dos ~
de disciplinas,par-a-es--anos-see,-n'TTffltf'
···--s-
outros . Pergu ntas, discussões e preoc upaçõ es impor tantes
a respeito desse ~ versão em inglês, os seis prime iros anos foram cham ad ~s d
assunt o foram essenciais para eu dar forma à histór ia or~ . e
do desenvolvimento · chool ora de hasic education. A traduç ão literal de educa
primary s , çao bas1ca
educa cional na Finlân dia. Meus aluno s intern aciona is . - · b ·1 ·
como smom m0 de educa ção primá ria geran a confu sao no leitor ras1 eiro,
na Universidade de · ' ·
Helsin que també m foram uma fonte de inspir ação quand .
funda ment~ l ~ ~ ~ns1-
o exploramos os pois a educação básica, no Brasil, comp reend e o ensino
segred os do sistem a educa cional da Finlân dia a partir no médio. Tradu zimos prima ry school e hasic edJLcation..c.o
de ponto s de vista .m0-a11GS--1-A-lG1-<Us.à 0-
que freque nteme nte inclue m experi ências e expectativas ~ aLque ,no-cas-oclã Fffilâfülia, e de sets-a aos. Conse rvamo
muito diferentes s
das dos aluno s finlandeses. Sou grato a todos os meus públic o termo de escola primá ria no períod o ~ prece deu a
os e alunos, que ~ .ulu-
tornar am a produ ção deste livro uma viagem empol gante Na ver.sã~ em inglês, os an~ finais do ensino funda menta
e um processo l são cham a-
de cresci mento pessoal para mim. O Ministério das Relaçõ dos de Lower-secondary school e o ensino médio de Upper
es Exteriores da -secondary school.
Finlân dia dissem inou gener osame nte Lições finlandesas Ao consid erar ~ uma traduç ão é sempr e uma sobre
em seus eventos e pos~cii. lfui. @_
aos seus convi dados, e, a isso, sou grato. l~,_ 9.pt amo s-usar-a-nom enclat nra brasil eira corres
ponde nte - ~
Este livro foi desen volvid o a partir das versõe s iniciais de finais do ensino funda menta l e ensino médio .
diversas partes
das minha s análises, pesqu isas e argum entos que podem Sempr e que a traduç ão pudes se gerar ambig uidad e, preser
ser encontrados na vamo s junto
seção de Referências. Revis ores e editor es das revistas dela a nomen clatur a ingles a, como no caso do t e
e dos volumes edi- r~-
tados nos quais meus trabal hos anteri ores aparec eram
també m tiveram um
papel impor tante na melho ra da minha argum entaçã o
e clareza em contar
a histór ia da Finlân dia.
Sou eterna mente grato à Petra por seu apoio e sabed oria
contín uos para
me mostr ar o camin ho certo quand o minha força e vonta
de estiveram bai-
xas. Nosso filho, Otto, merec e um grand e beijo por me
dar um novo motivo
para escrev er sobre a educa ção que todas as crianç as merec
em.

. . .. 33 .. ..
... . 32 . ...
INTRODUÇÃO
SIM, NÓS PODEMOS

(APRENDER UNS COM OS OUTROS)

Pelos próximos dez anos, cerca de 1, 2 bilhão de jovens de IS a 30 anos


entrarão no mercado de trabalho e, com os meios que estão ago ra ao
nosso dispo r, cerca de 300 milhões del es conseguirão um emprego. O
que iremos oferecer a esses jovens, a cerca de um bilhão deles? Ad10
que este é um dos maiores desafios se quisermos alcançar ~1m desenvol-
vimento tranquilo e dar esperança a esses jovens.

- MARTTI AHTIS AARI , ex-pre.ride.nte da Fi11/àndia,


de. 199.; a 2000, e laureado com o Prémio Nobel da Par

Tornou-se claro, em t0d os os lugares, que as escolas que temos atual-


mente não serão capazes de propo rcio nar aos alunos as oportunidades de
aprender o necessário para o futuro. A demanda para um ensino e uma
aprendizagem de melhor qualid ade e educação mais equitativa e eficiente é
universal. De fato, os sistemas educacionais estão enfrentando um desafio
duplo: como mudar as escolas para que os alunos possam aprender novos
tipos de conhecimento e habilidades necessárias em um mundo de conheci-
mento imprevisivelmente mutável, e como tornar essa nova aprendizagem
possível para todos os jovens, independentemente de suas condições socio-
econômicas. Cumprir estes desafios é um imperati_vo moral e econômico
para as nossas sociedades e seus lideres. É uma obrigação moral porque
o bem-estar e, consequentemente, a felicidade de cada pessóa têm- origem ',
no conhecimento, nas habilidades e nas visões de mundo que a educação r'
V

~
proporciona. É, também, um imperativo econômico porque a riqueza das 1 '
nações depende, mais do qu~ nunca, do connec1menío. A consequência da
recente crise econômica mundial está mostrando como jovens desempre-
gados estão perdendo as esperanças de tal forma que estão derrubando go-
vernos. Muitos desses jovens não têm educação e treinamento relevantes
que os ajudaria a se ajudarem .

.... 35 .. ..
Lições finlandesas
······ ·· ··· ·· ··· ·········· ···· ·· ··· ······ ·· ··· ········ ······· ·· ··· ···· ············ ·· ·· Introdução
··· ···· ···· ·· ······ ·· ·· ···· ······ ········· ········· ····· ·········· ······
······ ····· ·· ·
seus sistemas educacionais ser mesmo possível. Ela também oferece ideias - que ·acabei inclusive me tornando professor. Meu pri-
para aqueles que buscam formas de ajustar as políticas de educação para se preend ente, entao, . . d ·
· , · f. · em uma escola dos pnmetros anos o ens1-
meiro cargo no mag1steno 01 , . , .
adequar às realidades da recuperação econômica._As liçõ_e~ inlândia de-
no med10 em e1smque.
, . H . Lá eu lecionei matemattca e f1s1ca por sete anos.
vem ser revigorantes p..Qrque...partem de ideias comume nte_a_p ~ , . .
Depois, passei tempo suficiente na administraçã o do ens1~0 e lec10nando
liY.x:os ou revistas sobre o desenvolvim ento educacional. Além disso, essas
na universidade para entender a diferença entre a educaçao dentro e :ora
lições mostram que a melhoria sistêmica é, sim, possível apenas se políti-
da escola. Como analista de políticas da Organização para a Cooperaçao e
cas e estratégias ~ desen:vohc idas..de-fu r~nte-e-sus rentável,e Desenvolvim ento Econômico (OCDE), especialista em educação do Banco
se professores líderes escolares estiverem envolvidos no planejamento, na
Mundial e especialista em educação da Comissão Europeia, obtive ~ p~rs-
implementaç ão e na revisão de todos os aspectos das mudanças pretendidas.
pectiva global necessária para uma análise mais profunda do lugar d1stmto
Embora essas lições sejam muito promissoras, também requerem paci-
da Finlândia na educação.
ência. Nesta era de resultados imediatos, a educa ão exi e uma mentalidade Como representante da Finlândia nessas diferentes competência s, tam-
difere~ Re orroar escolas ~m processo comp~e mo~ k cele ' - o · bém fui forçado a desenvolver uma compreensã9 -IDais aguçadí!Ao que dis-
o mesmo que arruiná-lo. A história contada neste livro deixa isso claro. Os tingue os métodos finlandeses resp~endo a ~ guotas_de_p l<!teias e d ~
passosclevem ser l::íãseados em pesquisa e implementad os em conjunto por n!)d1a ao r~ uran e os últimos dez anos, fiz mais de 400
acadêmicos, legisladores, diretores e professores. discursos e dei mais de 200 entrevistas sobre o sistema educacional finlan-
Este livro trata de como tal processo evoluiu na Finlândia desde a dês ao redor do mundo. Conversei com milhares de pessoas, o que me ensi-
cf
Segunda Guerra Mundial. Este é pri~~li~ scrito para leitores in- nou a ser sensível à complexidad e da mudança educacional . Tais conversas
ternacionais que conta a história de como a Finlândia criou um sistema re- com pessoas interessadas na educação, assim como eu, ajudaram muito no
conhecido tanto pela sua equidade, quanto pela sua alta qualidade. Grande desenvolvim ento deste livro. A seguir, estão algumas das perguntas que
parte dos maiores jornais e serviços de transmissão do mundo - New York foram feitas a mim diversas vezes: "Qual é o segredo do sucesso educa-
Times, Washington Post, CNN, Times ofLondon, Le Monde, E! País, National cional finlandês?", "Como conseguir que os melhores jovens lecionem na
Puhlic Radio, NBC, Deutsche Welle e BBC - cobriram esse milagre educa- Finlândia?", "O quanto a falta de diversidade étnica está ligada ao desem-
cional finlandês. O cineasta Morgan Spurlock ficou intrigado com as escolas penho educacional na Finlândia?", "Como saber que todas as escolas estão
finlandesas e as incluiu em seu episódio de educação de /nside Man, da CNN. fazendo o que deveriam fazer se os estudantes não são testados ou os pro-
Milhares de delegações oficiais visitaram autoridades, escolas e comunidades fessores não são inspecionado s?", "Como a Finlândia salvou seu sistema
finlandesas para aprender sobre o que guia sua excelência na educação. Estª educacional durante a desaceleraçã o econômica nos anos 1990?" . Às per-
história, no entanto, até agora não recebeu o tratamento literário necessário guntas desse teor e pelas críticas relacionadas ao meu pensamento, eu sou
para enumerar, relacionar e explicar os diversos personagens, as instituições grato: Sem elas, eu jamais teria sido capaz de aprimorar minha avaliação
e as forças impessoais envolvidos. das diferenças finlandesas.
, Minha abordagem neste livro é pessoal e acad~a. Pessoal, devido ~ v r o também tem inspiração acadêmica por.que...r_esulta da pesquisa
ª minha relação íntima com a educação na Finlândia. N asei no norte da ~
E qual
. participei
_ , nas du as_:úluma~
· º ...l ~M
o...l ~ -
m -
o autor, coautor ou crítico.
ste 1ivro nao e portam fi
Finlândia e fui criado em uma escola primária de um vilarejo, onde meus . , o, uma monogra a comum, escrita como resultado ~
d e um projeto de e ·
pais eram professores. A maior parte das minhas memórias de infância é, , P squ1sa ou um evento específico. E, uma síntese de uma ),_',,
\'
-.. -.,.::;-
d ecada de análise de ,· d ., . - - - - ----'-.:..:_
de um jeito ou de outro, ligada à escola. Tive o privilégio de olhar além dos d ' . ,~
cas a ex enenc1a como rofessor e administra- íYv 2:7'''-' º
segredos da sala de aula depois que todos haviam ido embora, e eu achava o_r ~ _d~ diálogo com milhares de educadores por todo o mundo. Tive ~ --....}yh
O
aquele mund ·
0 nco. E ra meu lar - um lar encantado. Talvez não seja · sur- pnvileg10 de passar tempo suficiente fora da Finlândia e de trabalhar com ~

.. .. 39 .. ..
.... 38 .. ..
Lições finlandesas
········ ·· ············ ·· ·•············ ····· ············ ··· ················· ······ ····· Introdução
............... ··· •· ···· ···· ······· ········· ······· ··· ·· ·· ········· ····· ············
diversos governos internacionais para entende r melhor a verdadeira naru
re- ,. d . . comuns em alguns dos países com melho r desemp e-
za e a peculiaridade da educação finlande sa e da vida nas escolas finlandesas. ohncas e ucacwnais
p I F' lândia- no Pisa de 2012 da OCDE (2013 b ; 2013 d) .
Ao longo de muitos anos, lecionei um curso chamad o "Introdu ção ao nho-de ntreees, a m . . 1· d' ,
Os ca írulos deste livro propõem cinco motivos pelos quais ~ Fm an ta e
Sistema Educacional Finland ês", na Univers idade de Helsinque. Meus alu-
a f!nte interessante e relevante de inspiração para ouuos pa1ses qu_e est~-
nos vinham do mundo inteiro. A maior parte deles vinham estudar um ano
~m b de 11cormas para melhora r seus próprios sistemas educaetona1s.
inteiro na Finlândia porque queriam entende r melhor a estrutur a e espí- 1am em usca • , •
• ·
Pnme1ro mo t.1v0~ a Finlândi
_ - a'---==-'-='-'
tem um sistema educaci onal umco por~
O
rito do sistema educacio nal finlandês. Leciona r na Escola de Educação da ---- • .
.-d da-mediocridade para um modelo contemporaneo_de SJ.S1erllil ,,..,
Universidade de Harvard me apresen tou a estudan tes americanos interessa- progred1 o _ ---- - - , esd 1 '
educ-;;-cional e ter um "forte dese~~ ho" em cerca_d~ das_d e
dos na educação ao redor do mundo. A oportun idade de ensinar estudantes
em instituições acadêmi cas foi a melhor forma de aprimor ar minha própria 0
fi m dÕsanos 1
970. A Finlâ~di a também é especial por ter sido capaz de
criar um sistema e-diicãcional em que os estudan tes aprende m bem e onde a
compree nsão do sistema educaci onal da Finlând ia. Aperfeiçoei e atualizei
educação equitativa resultou em pouca diferenç a no desemp enho estudan til
esta segunda edição do Lições finlandesas baseado no que ouvi de meus alu-
entre escolas de diferentes partes do país, conform e demons trado em todos
nos, públicos e colegas e na aprendi zagem com eles.
os estudos Pisa desde o ano 2000. Este status internac ionalme nte raro foi
conquistado pelo uso de recursos financeiros razoáveis e menos esfo rço do
A FINLÂN DIA COMO INSPIR AÇÃO
que outras nações investiram em esforços reformis tas.
Segundo motivo, porque, devido a este progres so estável compro vado,
Sistemas públicos de educaçã o estão em crise em muitas partes do mun-
do. Os Estados Unidos, a Inglater ra, a Suécia, a Norueg a e a França, para
citar apenas algumas nações avançad as, estão entre esses países em que
a educaçã o pública está cada vez mais ameaça da por conta de um fracas-
--- ------
a Finlândia demons tra que há outra maneira de desenvo lver um sist<:lllll,
e_d~caci~n al- bem~sucedida-po r-meio-d e-seluçõ es diferent es das políticas
educacionais guiadas pelo merc~ Q rnaram comuns em_diY.c rsas
panes do mundo. A forma finlandesa de mudar, conform e descrito por Andy
so endêmic o de proporc ionar oportun idades de aprendiz agem adequadas
Hargreaves e Dennis Shirley (2009) em A Quana V ia, é um caminho de
para todas as crianças . Soluçõe s rígidas não são incomun s nesses países:
co~ a~ a,-profi•ssionalismo-e-r-eseonsabiHtlããe compam lhadã:'A Finlând ia
concorr ência mais árdua entre escolas, maior responsa bilidade pelo apro-
é um exemplo de país que tem pouca inspeção escolar, pouca confianç a em
veitame nto escolar dos alunos, pagame nto baseado no desempe nho para os dados coletados externam ente, em currícul o padroni zado, em testes estu-
professo res e fecham ento de escolas problem áticas fazem parte da receita dantis definitivos, em prestação de contas baseada em testes e em uma men-
para corrigir sistema s falhos de educaçã o. Este livro não sugere que a con- talidade de corrida ao topo a respeito da mudanç a educaci onal.
corrênc ia mais árdua mais dados fechame nto de sindicat os de professores, Terceiro motivo, como consequ ência de seu sucesso, a Finlând ia pode
' financia das
abertura de mais escolas ' pelo governo ou
emprego de modelos of: r~cer al~aS-f ormas_aJtern_ativa~ de pensar sol! ! . _ ~ma s
de gestão corpora tivos nos sistema s de educaçã o trarão à tona uma solução cromcos existente5.11~ Estados Unidos, na Inglater ra e em outros países
a essa crise - , mas, sim, o oposto. ~rinci pal men~ g ~ deste livro-é-q~e nórdicos, como taxas de evasão doensino mecli~ ; :
há outra forma de melho.fi!LQS sistema s de edUcação,.difere nte·da.id ~ gia- nam a profissão precoce mente e educaçã o especial inadequ ada. A aborda-
, ----- ------ -
i:efo~mista baseada ~o mercad o mencio nada acima. Est<!_out ra form ~ nc 1vi· gem finlandesa à redução do número de estudan tes que abandon am a es-
o aperfeiç oamento do ~a~~té rio,l~t ando os testes estu~ ~m ~~­ cola prematu ramente , ao aumento do profissio nalismo dos professo res... à
mo necessário, colocan do a respons abil id ade e a confianç a à frene~ da cul~a, impleme ntação de prestaçã o de contas intelige nte e à adoção de avaliaçõ es
investin do em equidad i na educaçã o~ t;~sferi ndÕ a liderança escolar edis· estudantis mais inteligentes nas escolas pode servir co mo inspinç i o pan
trital para profissio nais experie ntes ga área diecfü:cação...Esressão remas de outros sistemas escolares buscand o um caminho para o sucesso.

.. .. .p .. ..
.. .. 40 ....
Lições finlandesas
······················ ···· ····· ··· ···· ····· ········ ········ ················ ··········· ...... ......... ......... .'.~~~~~~~.. ... .. .... ...... .... ..... ... ... .... .
······ ······

Quarto motivo, a Finlândia também apresenta alto desempenho no co- . fundamental diri!rido localmente e financiado
1 um b omensmo v - ~
mércio, na tecnolõgra,:n-o-d·esenv elvimento sustentavel, na boa gove~, desenvo ver ~ ~ se objetivo educac10nal co-
e i ~pi'.ífilicos oara.rod _
nã p~erida~ald ade_de_gêneros e no bem-estar infantil, le~ P~
mum que co1ocou a equ1 a
"d' d·'e_ na educação como prioridade, tornou-se tao
. 1• d"
tando, assim, perguntas interessantes acerca das interdependências entre a ' damente enraizado na política e nos serv iços públicos na Fm an ta
ed~açã~<:_ ~utro~e~~wcie dade. Parece que outros setores depoü-
pro fun . . . .
que sobreviveu ileso e intacto aos governos e aos mm1stenos po ittcos op -
r. os
tica pública, como a saúde e o emprego, também têm uma função no desen- tos. Desde a introdução da peruskoulu no início dos an~s _1970, houve 20
volvimento e na mudança educacional em longo prazo. Na Finlândia, isso governos representando diferentes cores pol~ticas e_27.m1~1stros da educa-
também ocorre com a paridade de renda, a mobilidade social e a confiança ão responsáveis pelas reformas educacionais na Fmland1a. Este compro-
çmetimento
da sociedade finlandesa, conforme os capítulos a seguir mostrarão. em ter uma ótima escola pública para tod as as cnanças · tem SIºdo
Por fim, deveríamos escutar a história da Finlândia porque ela dá e3ie- tão forte que alguns o chamam de O sonho jinlandé:- ~e nome dá um sinal
r ~ àqueles que estão perdendo aié.na_edQC<lção _P.ública ~~ ara as outras nações no ue tan e à transformaçao educac10nal: e mel
e]a p~<_:ler melti~ar ainda mais. Este livro revela que a transformação dos ter um so o ró · do e egá-lo e do dos outros.
sistemas educacionais é-possível, mas demanda tempo, paciência e determi- O segundo element~udan~ ucacional que merece aten_s!Q é a
n ~ história finlandesa é especialmente interessante porque algumas forma como a Finlândia tratou os conselhos o ( e . r . e c i d G ~
das principais políticas e mudanças foram introduzidas durante a pior crise vizinhos. Grande parte da inspiração para construir uma Finlândia indepen-
econômica pela qual a Finlândia passou desde a Segunda Guerra Mundial. ~ d e 1917 surgiu de seus aliados, principalmente a Suécia. O modelo
Isso sugere que a crise pode estimular o espírito de sobrevivência que leva do estado de bem-estar social, o sistema de saúde e a educação básica são
a melhores soluções para problemas agudos do que uma "situação normal" bons exemplos de ideias emprestadas de nossos vizinhos ocidentais. Mais
traria. Este livro se manifesta contra aqueles que acreditam que a melhor for- tarde, as políticas educacionais finlandesas também receberam a influência da
ma de resolver problemas crônicos em muitos sistemas educacionais é tirar orientação de instituições supranacionais, principalmente a OCDE (à qual a
o controle das administrações das escolas e passá-lo para aqueles que podem Finlândia se juntou em 1969) e a União Europeia (à qual a Finlândia se uniu
administrar escolas com mais eficiência, por meio de escolas privadas finan- em 1995). Neste livro, eu lanço um argumento que, apesar da influência inter-
ciadas pelo governo ou de outras formíls de privatização. Embora as ideias nacional e de pegar ideias educaciooais emprestadas dos outros a Finlândia
que podem ser transferidas da Finlândia para outros países sejam limitadas, no_fim, ~ ó p r i a forma de desenvolver o sist~duca~ ' ue'
existe a11ialmente. Chamo isso de "A Form<> l.inL-..1 _ __ ,.
determinadas-li~ões.básicas podem ter um valor geral ara outros sistemas d ...:..==-=~ por ser d"c
11erente
e.ducacionaisrtais c o m ~ e esenvo v1mento das fo5:as dos~- _0 que a maioria do resto do mundo fez para melhorar a educação nos úl-
sores arantindo um a rendizado descontraído e s ~ o aos estudantes ttmos 25 anos. A Via Finlandesa de mudar preserva o melhor das tradições
finlandesas e a.p.re.s.enta-be as-nráti~lénHlfw:Oroõi á 1 -
e, gradualmente, aumentando a confiança nos sistemas e ucaci~ .d d i- ' n - as...com movações·
Conforme este livro ilustra, não há uma úmca razão pela qual qualquer ce.ç_eb 1 as as out-r-es...Culti fi . ~
d" . var con ança, aumentar a autonomia e tolerar a
sistema educacional seja bem-sucedido ou fracasse. Em vez disso, há uma d ivers1dade
. são apenas alguns d
os exempIos d as I"de1as
. reformistas
encontra-
rede de fatores i~-relacionados - educativo, político e cultural - que fun- e:s ho1~ na~ es~ol~s- ~a Finlândia. Diversas ideias pedagógicas e inovações
cionam de diferentes formas em diferentes situações. No entanto, eu gostaria u~a~1ona1s sao 1mc1almente importadas de outros países geralmente da
AmencadoNorteo d O R · U 01•d . . . . '
de citar três eleroeotos importantes das políticas educacionais da Finlândia u emo o. Tais 1de1as mcluem modelos curricu-
1
desde o início dos anos 1970 que aparentam transcender a cultura. ;res da Ing~aterra, da Califórnia e de Ontário; aprendizagem cooperativa dos
O_p..rimeir.o_e ~ _ i uma visão inspiradora de como uma boa educa- sta~_os ~mdos e de Israel; avaliação de portfólio dos Estados Unidos· ensino
de c1encias e t · ·
ção pública deveria ser: a Finlândia esteve principalmente compro~ m ma emauca d a Inglaterra, dos Estados Unidos e da Austrália; '

... . 43 ... .
.. .. 42 ....
Lições finlandesas Introdução ... . . .. _.. .... . _. . . _
··········· ······················ ····· ·· ····· ·· ············ ······ ···· ·············· ··· ····· ·······• ·· ······················ ······· ··· ·
········· ····· ···
_ . tério dos anos iniciais do ensino
e liderança auxiliada por profissionais semelhantes do Canadá e dos Países . . ue a formaçao em magts .
e Direito - e q d fi d e'
Baixos, para citar alguns. Ao mesmo tempo, o sonho finlandês da educação l · ·da es n1an eses u.m a das opções de curso mais
fundamenta nas universi t s do sistema educacional finlandês são ex-
foi "fabricado na Finlândia" e, por isso, é de propriedade dos finlandeses, e concorridas. Todos esses aspec o
não emprestado dos outros. lorados mais adiante neste livro. . . -
~terceiro elemento da mudança é um de s ~to sistemático de p h' ssoas que duvidam que a Finlândia tenha muita im-
No entanto, a pe , .
condições de trabalho respeitosas e inspiradoras P-fil'..ª-Prof~sG re~ o- portância para outros sistemas educacionai s devido às suas c~ra~te~s~c ~s
res-d"eesco~ finlandesas. Este livro levanta um questioname nto importante · ·
especiais. 0
argumento mais comumente apresentado é que a Fmlandia e tao
d
que e repetido quando reformas educacionais que abrangem o sistema todo excepcional que dificilmente oferece alguma coisa import~nte ao~ Esta _os
são discutidas: como fazer os melhores e mais inteligentes jovens escolhe- Unidos, à Inglaterra, à Austrália, à França ou a outros paises mwto maio-
rem seguir a profissão do magistério? A experiência da Finlândia, conforme res ou que ela é "muito diferente para servir como modelo para uma refor-
, d
ilustrado no Capítulo 3, sugere que não é suficiente estabelecer programas ma que abrange o sistema todo para a América do Norte como um to o ,, ,
educacionais de primeiro mundo para professores ou remunerá-los bem. conforme Michael Fullan (2010, p. xiv) escreve. Dois pontos são frequen-
" A Finlândia desenvolveu programas educacionais de primeiro mundo para temente enfatizados quando a importância da Finlândia como mocrelõpara
professores. ~ d i a remunera bem seus professores. Mas a verdadeira muàanç,rech:rerctomrl+co nstden-cl·a.
- Prlnieiro,ãF inlândia continua sendo, ~ultural e etnicamente , mais ho-
0
·G.. - ~o~,v~ ~
-
\ diferença finlandesa éJI!,!e se espera que os professores na Finlândia ex~- C(, ~..J..J:---

,, t~ j ~ conhecimento profissional e seu bomj ulgamento__g_eJQ!!E._ª mogenea e, assim, muito diferente dos Estados U rudos, por exemp lo. É
(t· inde~ente..e ..cole..ti~m suas escolas. Eles contr a rade curri alai') Justo, mas o mesmo vale para Japão, Xangai, Coreia, Estôrua ou Poíônia.
~ as~ § _es_estudantis,a-m.elhora da escola e o envolviment o da comu- A proporção de cidadãos finlandeses nascidos em outros países era de 5,2%
~de. Isso ~amado de pr~ ã ismo dos professores.,_J..ssim coino em 2013, e o número de cidadãos que não fala finlandês era de pouco mais
professores ao redor do mundo ingressam na profissão com uma missão de de 10% (Statistics Finland, 2014a). Vale notar que a Finlândia é um país tri-
desenvolver a comunidade e transmitir cultura, os professores finlandeses, língue em que finlandês, sueco e lapão são todos idiomas oficiais. As prin-
em contraste aos seus colegas de tantos países, têm a liberdade e o poder cipais minorias linguísticas e étnicas são o russo, o estoniano e o somali. A
para realizá-los. d~v~rsificação da sociedade finlandesa desde meados dos anos 1990 foi a mais
rapida da Europa, a uma taxa de 800%. Quando comecei minha carreira de
l
~--:------....__
A _.---
.,:_R E ND·END o COM ~ U~ /
pr~fessor em Helsinque, em meados dos anos 1980, era raro ter alguém na
m~nha sala de aula que tivesse aparência ou sotaque diferente dos outros. O
A Finlândia pode ser um modelo para a mudança educacional em outros numero de c~da~ãos ~nlandeses nascidos em outros países quase triplicou
, ~M .
paises. mtas pessoas ficam fascinadas pelo fato de a Finlândia ter sido durante
h • a primeira decada do século XXI · A Finl:',nnd1i·,,a
- --==--lª·, nao
- e' mais · tao-
cap~ de transformar seu sistema educacional de algo elitista, desconheci- ~mogenea, mas, é claro, ainda não se compara aos Estados Unidos ou à
do e ineficiente para um modelo ide~quid ade e eficiência (Schleicher, Ãustrália
__ _ _ como
_ naçao - mul tlc · ultural em termos
- de diversidade étnica.
2006). A Finlândia é t mb ' ~
, ª em, uma d as poucas
que fazem parte da OCDE que 1oram
,
nações dentre os 34 paises Segundo a Finl• dº
_ _ _. L ~ an 1a-e--eon ' sid da •
era 111utte-pequ - - --
ena-par-a...sei: -
__urn...hru:P- 1- <E)
r .
capazes de melhorar seu aproveita- modelo
- - para u ma re f.orma que abrania . o sistema
. todo para a América do
mento escolar' confo d N- orte. Esse
rme mensura o por indicadores internaciona is e testes -é um argumento dºf' ·1 d e d e enaer.
1 ici
- _, --Q-ucmdõb-fato r-famanho
de conhecimento estud .1 , . . .
anti · A1em disso, diversos visitantes internac1onais em _reformas educacionais é levado em conta, é necessário observar que
se surpreendera
_ , m princi l - ----,-,---,-=- . muitas nações , estad os, provmcias, · ou regioes •- sao - amplamente autônomas

------ -
pa men~sco brirque o magisterto se tot nou
ª pro fi ssao numero um . .. em termos de admims . t raçao- e d ucacion. al e escolar. E, o caso dos
entre os Jovens finlandeses - na frente de Medicina Estados
--

. ... 4~ ....
.... 44 . ...
L :aõ,.,..,_ õo <. -~..-i.L cb >..tr<'TállÃ. d-> Brzro e d. ~ por ~
.\ ~ io ~ F,--:li:.,cha_ .uu.!._--.x:t,e. é de\., milhões de balxW1:n., ,_,
~ . = a ~ a ~~ popubçãode '-t i::-..""le50la.. ~
Esudos C:ndo!._~
<X \ a..--W."";.&. pouco mail, do~ a popubção de .-\lhoa._
,J ,cs.-:-âha.. e t:.;;J

;;o e~~ (.1(: de ~ ord-P~-c..abn.. na França. De Ía:io. c.erca de ,e~

~ O" z~--. tnri popclaç2,o pmxmi.a ou mnlOr do qttt a da Fi,-J.mdi.a..

~ ~ mclucm ~l a ~-u,,à_ Co&o.ado. O rcgori e Connec-.icu ... As po-


~ > õ ~ ~ d e \l:'a.<ihmig.on.. lnáuna e }.~ ra;r;hém são
= pouco mimor-es e p.-.n1::u:s à da Finlândia.. ~ a Ausu-áli.a. apenas ~ °''
G ~ oo ~ ) lt!rn ~ popcbção um pouco maior do que a d.a Fialánài.:
~ ~ ónnais ~ da .-\ustrália são menores. ~ a Franca.. a ilha Ót'
f RJV? é a é:nic.a regi.ão que supn.i a Finlândia em população. ·~ o únadi.
~.as Omi:no é ~ - a m n t t e maior em população (e em área) do
S'-~ a E,-tlá::láía: ~ as ourra:s p~-i:ncus tém tamanhos semelhante,,.~
CSS2S i t m ~ t:n•rem a l.ibntlade de estabdeccr suas p róprias políti~
c,bcaCl<J:UÍ5 e <k ccmm:zir reformas como mdbor adur-em. as experiéncia.s
de ~-n sistcrmu ec!ucaaonal do um.anho da Finlândia seriam pan:icularmente
m:~ m c s e rde"·a:ues pa.ra dõ. A França é o único país mencionado que
a,y,ega um.a admrm=ção educacional cemr-.Jiz.ada. por isso os legisu-
dc~ de educaç;io na França podenam d efender a irrele, incia de si:s1ffllas
CC.tx2CÍOnaJs menorõ como moddo para sua,, reform a~
Por fi-m. a.lgum dund.am que compara~ internacionais sejam rd~
•= OtJ confuiq is. no que afirmam mOSt:rar. C m pomo de ,iso é <j'...te

~ ó-e ap~ciram~mo académico. como o P isa d a O CDE.. o Tru.:h


U'l lr..:.er.anor.ci .Hc.u:em= ar.Á Saºenu S rud_, ( Ta:dir.r..= r.o & ~

/,;urr~.~-,: dL .'ik4-r.ánca e Ctir.cuu - T I ~ISS) e o Progrus ir, /r.:err.-=..~ .-=..


&:k~ I..LU•:<:' 5 :~> f f'rosr· LJSO,w Estuda lmerr...:u úmc.l sofre o .Lcr ::.c..u3
r=-= ~ L,m ..u PI R ~ . focam em áreas mu ito limi1ad3.5 pan captar o 6-
,,.,ar,, 1-,t..l <L educ.aç.w e:.co h r. igno rando. assim. :is habilididé"S ,,.x--iais.
' ~ "•!Tlê'fllo moral. 3 cn:ui, ·1d.:ide ou o leuamemo d i!riral como re-
~ " ' .mp<,r1..ru..-s d:i educ:31yào pública p-3ra todos ( H-j:i""o Capitulo 1
p...r.. rt-:.-ri:nc. 4 , do..e ... rgum.:ruo). Hi. ram.bém . um3 preocupa~ão cn-:,·
= t-c.c q ~,..- i.,,. c.r;cnp.r..çi 1<c-,, t-,.iej..úll mtlumcundo po liric:is c;-duc.,~o n :m
► f.•,:.:.,rr. - r.d,, -' ~~ ' L r.J d,, - ..!1" c:m..tr po r número,,,- (Grek... : .:>-N: ~1t-~·e1
b.. B-r_.,,., ,, - ,I' 71... . l .q r .•r ~rupoce1 icn - · ·11p,t~T.tf.[t' J.r;.'1.lmcn·
w c;u.c "'~m ci r,d, h.!..1 - dt· rr.,-n"'l.r;oç..1• 11 <-X• li id"--> no :. ! t",Jc>o,
in1ernJ,, ,~n:.1,
Lições finlandesas
······ ······· ···· ······· ······ ········· ······ ···
···· ······· ····· ················· ····· ....... -~~~~~~~~-~ ... ........... ... .........
···· ···· ······· ·· ······· ···· · .. ... ... .. .
úblicas em particulares, por meio -
de financiamentos do governo, ou .
~eio s são ideias ausentes no repe outros . - des te livr o nao
Os dad os para a cna çao vier am d e ape nas um a fon te, e
rtór io finlandês para mel hora educ . - afi • . d . 1pod eria ser just ific ada por
o tamanho da população da Finlândia e a rela acio nal. este livr o nao rma que a excelenc1a e ucac1ona
tiva homogeneidade de . l E ºd ' ci
· nal qua que r. v1 en · as surg iram dos ban cos de
sua sociedade obv iam ente torn am um único estudo mte rnac to
mui tos aspectos do estabelecimento .
dados internac1ona1s • d. ' · com o o Pisa . TIM SS de ind icad ore s
políticas educacionais e imp lem enta de 1spomve 1s, eo ,
ção de refo rma s mais fácil do que educacionais glob ais e de esta tísti . . . • .
no caso de jurisdições mai ores e seria cas vers átei s ofic iais da Fml and
mais diversificadas. No entanto, 1a.
tores sozinhos não explicam todo esses fa-
o prog ress o e as con quis tas da educ 0 OBJ ETI VO DES TE LIV RO
finlandesa descritos neste livro, ação
e não dev eria m nos imp edir de
uns com os outr os em nos sa traj etór apre nder A prim eira ediç ão de Lições finla
ia para mel hor ar a educação para ndesas me pro porcion ou con ver
os estudantes. A Finl ând ia é,_n todos cas e deta lhad as sob re a mud anç sas ri-
o-entanto~ep a edu cac iona l em ger al e sob re
em term os de seus valo res, dete t r ~ educacional finlandês espe cific ame o mo del o
rmi nan tes cult urai s e coe são soci nte. Est a seg und a ediç ão incl ui
And ré Nõe C ake r desc reve , de al, com o ções de dad os de des emp enh o inte atua liza -
form a eloq ue~ ~m_s ~ rnac iona is, des criç ões mai s deta
Finlandês (T!ie F"'fni[ J; Mirac.J!., 2011 ~ da equ idad e na edu caçã o finland lhad as
/ 2014),_¾ uid ade , honestidade e esa e um esb oço rev isad o da estr
tiça socíaCestão pro fun dam ente jus- sistema edu caci ona l finlandês apó utu ra do
enra izad as no jeito finlandês de s as refo rma s de 2013. Tam bém
pessoas têm uma fo ~ sens ação vive r. As pon der à perg unta que mui tos me irei res-
de resp ons abil idad e co mp art fize ram des de que os resu ltad os
apenas por ~ ilh ~ 2012 se torn aram púb lico s: o que do Pis a
p.rias vidru,,_~ ~ Ja--v-ida.._ exp lica o dec líni o da Fin lând ia
dos outr_J>s. O culuv~ globais do Pisa? nas tabe las
~ ar de cria nça s com eça ante s mes
mo de seu nascimento, e conti-
nua até che gare m à fase adu lta. Cre Este livr o foi bas ead o nas dez noç
che s são um dire ito de toda s as crian ões a seg uir, exp lica das em deta
ças nas pág inas dest e volu me: lhes
antes de ingr essa rem na esco la aos · úhl. de saúde é
sete ano s, e o serv iço
faci·lmente acess1ve ' 1a to d os d ura
nte a m · f'anc1·a. A e d
p ico • . ,
- na Finlandta e
uca çao
\.!J Finlândia tem um sistema educacional em que jovens aprend
amplamente vist a com o um bem bem e em que as dife renç as de des em
púb lico e, por isso, é prot egid o, emp enh o entr e esco las são peq
tituição, com o um dire ito hum ano pela cons- ue-
nas - tud o isso com cus to e esfo
que no e, 1·mdo " - smali r.s
bási co para todo s. Pro vérb ios com
· heauttifiu l - e " men os '
o "p:- em sem pre foi assi m.
rço hum ano razo áve is.
e mai·s " - less ~ ; ' more - sao
descrições típicas da cult ura coti _J a Fin lând ia, leci ona r é uma prof
dian a da Fin lând ia. issã o de pre stíg io, e mu itos jov
. , eu des finlandeses têm o des ejo de ser ens
N este 11vro crev o com o os fi n1and eses con stru , pro fess ores .
· a1, sustenta- 1 · iram u m país fun- . Ç) >or isso, os finl and eses pro
c1on ve e JUSto com um sist · ema e d uca · vav elm ente têm o sist ema edu
cion al p úhlºico equitativo cac ion al
fazendo as coisas do seu pró prio para pro fess ores mai s com peti tivo
jeito. A Del ega ção Nac iona l do e aca dem icam ente des afia dor
Finlandês, com and ada pelo ex- CEO Governo mun do. no
da Nok ia, Jorm a Olli la, escreveu
2010, que "na Finlândia, , em Q com o con seq uên cia, pro fess ores
as pessoas não alm ejam faze r tudo na Fin lând ia têm mui ta aut ono
da mesma forma prof issi ona l e acesso a um sign ific mia
que os outr os, se vest ir ou vive r com ativ o des env olv ime nto pro fiss
o os outr os. Em vez de usa r 'tud iona l
o pron- ao long o de sua s carr eira s.
to', os finlandeses fazem o que • s
julg am raci ona l" (Mi nist ério das
Exteriores, 20 10, p. 59). A inte nsa Rel aç~ \ (6 :)s polí tica s edu cac iona is
indi vidu alid ade dos finlandeses, finl and esas des de os ano s 197 0
untd obje tivo de ter um a boa esco la tive ram o
a um b aixo
· mve - 1hº1era' · par a tod as as cria nça s, e n ão ter
rquico e de uma disp osiç ão trad
icio nal d e tr abalhar. boa pos ição nos rankings mun diai um a
com os outr os, abri u cam inho s para s de edu caç ão.
um pote ncia l cria tivo infinito. A . pi-
raça- o e ª vtsa
· - o para ·
cna r uma soci eda de com um sist
ins 0 -Qua se met ade dos jove ns
finl and eses de 16 ano s, qua ndo
ema edu caci·ona1born ª edu caç ão obr igat ória, já hav ia rece bido algu term ina m
e acessível a todo s foi tira da dess m tipo de edu caç ão
a rede de pote ncia l cria tivo .

.. .. 49 .. ..
Lições finlandesas
Introdução
. . ..... .. . . .. . . . . .. . . . . . .
··· ······· ·· ··· ··· ·····

especial, ajuda personalizada ou orientação individual durante seu


compreen dido _ por...Jl1cie-Ele-patcaclru:.~
_ Podemo
. ~ esclarecer
,s .essa noção, com
período escolar. · 'p1·0 si·n,ples na reforma educac1onal: enos em O Capitulo 2
~ a Finlândia, os professores ensinam menos e os estudantes passam um pnnc1 • . . .
traz exem. pios baseados· em evidencias de como essa tde1a paradoxal aparece
' V• ; ~enos tempo estudando, dentro e fora da escola , do que os profes-
sores e estudantes de outros países. atua 'mente no sistema educacional finland ês.
o Capítulo 3 trata dos professores e da profissão do magistério na
(j} As escolas finlandesas não têm rec_ensea~ento de testes padroniza-
Finlândia. El~ina o papel crucial dos professo res na Finlândia e des-
dos, preparação para testes e tutona parucular comuns nos Estados
creve os principais aspectos da profissão, a formação dos professores e suas
~ nidos e em grande parte do resto do mundo.
responsabilidades no país. Este capítulo sugere que, enquanto a formação
\ lºJ .~odos os fatores por trás do sucesso da Finlândia parecem ser o opos-
universitária e de alta qualidade de professores e o contínuo desenvolvi-
. to do que oco rre nos Estados Unidos e na maior parte do mundo, em
mento profissional são condições necessárias para atrair os jovens mais ta-
que a concorrência, a prestação de contas baseada em testes, a padro-
lentosos e comprometidos para a profissão, não são suficientes se estiverem
nização e a privatização parecem dominar.
sozinhas. Professores devem ter um ambiente de trabalho profissional a fim
Além desta Introdução, o Jivro tem cinco .s:apÍC!~S. O Capítulo I ex- de que se sintam dignos e possam cumprir seus papéis morais nas escolas.
plica as realidades política e histó rica da Finlândia após a Segunda Guerra Este capítulo também analisa a liderança dos professores e sua manifestação
Mundial e como elas moldaram o processo rumo à ideia de escola básica em meio aos professo res finlandeses, incluindo os resultados da Pesquisa
comum para todos ao final dos anos 1960. Ao contar a histó ria da mudan~·a Internacional sobre Ensino e Aprendizagem da OCDE (Tal is) , de 2013, a
educacional da Finlândia para diversos visitant es estrangeiros, aprendi que é respeito da profissão na Finl ândia.
importante voltar no tempo para além do nascimento do pentskoulu - ensino Desde a incrível recuperação da Finlândia ele uma grave recessão eco-
fundamental de nove anos - cm 1970. O Capíru lo I ilustra o processo de re- nômica no início dos anos 1990 - e, mais recentemente, ela crise financeira
forma do antigo sistema de esco las, que di vidi a os alunos em dois caminhos mundial de 2008 - muitos falaram sobre o modelo finlandês de desenvol-
e se baseava intensamente e m escolas particulares e cofinanciadas de ensi- vimento de uma sociedade com informações inclusivas e uma econo mia d e
no fundamental (grammar sc/1001) , para um sistema de ensino fundamental conhecimento competitivo (Castells e Himanem 2002· Dahlman Routti
abrangente ( comprel1 ensive schoof) , admini strado e financiado publicamente. e Yla-Anttila , 200 6· H· 1 1 2014). O que e,'.impo 'rtante no processo
'
, a me et a.,
Ele também delineia as principais características da edu cação pós-obrigató- de recuperação
_
• · d · 1• d . .
econonuca a F111 an ta e que, ao mesmo tempo em que a
economia finl andes · · 1 ,
ria que surgiu logo depoi s da imple mentação da reforma pern.skou/11 no final a e, pnnc1pa mente, o se tor publico estavam se ajustando
a uma concorrên · · · d
dos anos 1970. As principais caracte rísticas do icô nico Exame de Matrícula . eia mais acirra a e melhor produtividade o desempenlio
d o s1s1en · d · '
Finlandês, uma prova que os estudantes fa ze m quando te rmin am o ensino ·1 - . . 1,1 e uc_ac1o nal estava melhorando de forma estável. O Capítulo
1 ustr,1 algumas lllterd 1• .. ,. 4
médio geral na Finlândia também são desc ritas nesse capírulo. .- ,. epenc enc1as entre a poliuca educacio nal da Finlândia
e outr,1s poln1c.is do seto r úblic ,.
O _Capítulo 2 trata de ,uma pergu nta fundamental: a Finlândia também n. . . p o que estao no centro da recuperação eco-
om1ca. Amda, ele suge re qu - . .
tinha um alto desempenho em educação no passad o ? A resposta ofe recida em con1·u e o progresso no setor educac1onal ocorreu
nto com mudanças no go Ih
neste cap ítulo é a que se espera: não. Essa resposta imedi atam ent e incroduz econôn · vemo que me o raram a competitividade
11ca, a transparência e a política do bem-estar
uma pergunta decorrente: o que ~ um bo m sistema educacio nal e quais Por fim O e- , I ·
1·ecro1.mas e d ucac1ona1s
. . tornaram posstve , 1 rao
- 1mpress1
. .o nante progresso ' apmi o > faz uma perg
, .na é feira po r · • · · unta que, surpreendentemente não
~· 1• d'
I• 111 an ta.~ O 1· d
oco deste capítulo é ai.deia de_Que o sucesso e ucact ·onal hn-
--=-,r
.fuiLa d. ~ visnames •·1 respeu· o d os fi n Iancleses: q!lilLé-0.-fütt:rro-do-ensm '
d' 1

----
n e ~ a r no holofot cr
tenhanu:c b. d . e mun ia tem seu preço. Emba c.a_ os finlandeses
landês em comparações int~ ~ n os até certo p6nt0. , e
-- -
ce 1 0
-
milhares d · --....:.:.;=----
- ~ p_er:egi:-1no s edtteae-i~Ra ~u:ange~

.... 50 .. .. .... 51 .. ..
Lições finlandesas
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final de 2001, tiveram pouco tempo e energia para pensar como seu próprio
CAPÍTULO I
sistema educacionãl-deveria-ser-no--futúro. Os primeiros sinais ~ o
diss o fõr amrelataaos no-éstuâo do Pisa de 2009 e confirmados na análise
do Pisa de 2012. O Capítulo 5 culmina na insistência de que uma importan-
te lição para a Finlândia de seu próprio passado é que ela precisa ser clara
O sonho finlandês
quanto ao próximo passo a ser dado. Concluo que estar no centro do debate
Uma boa escola para todos
sobre a reforma educacional impediu que os finlandeses pensassem que tipo
de educação seria necessária no futuro. O capítulo se encerra com uma dis-
cussão sobre a necessidade de mudar, apesar do fato de que o sistema atual
é reconhecido por sua excelência e parece estar funcionando bem.
Há uma observação importante que os leitores deste livro devem ter em
mente. Na minha pesquisa, utilizei dados principalmente do banco de da- Deus nos ajude! O fato é que não sabemos nem a primeira letra do alfa-
beto, e que saber ler é a primeira obrigação de qualquer cidadão cristão.
dos da OCDE e da Statistics Finland, que estão publicamente disponíveis
o poder da lei, da lei da igreja, pode nos forçar a aprender. E sabe lá
para os leitores interessados. Construí gráficos mostrando a correlação ou que tipo de engenhoca o Estado planeja ansioso para nos agarrar com
a ausência dela entre duas variáveis - por exemplo, a relação entre o custo suas mandíbulas se não aprendermos a ler com obediência. As berlindas
da educação e o desempenho educacional de diferentes países. A sabedoria nos esperam meus irmãos, as berlindas negras; suas mandíbulas cruéis
antiga de estatística e ciências afirma que a correlação não implica na cau- abertas como as de um urso-negro. O sacerdote nos ameaçou com aque-
salidade; isso também deve ser lembrado enquanto se lê este livro. O que les tenazes do inferno, e provavelmente continuará com as ameaças, a
menos que nos veja estudando avidamente todos os dias.
isso quer dizer é que, mesmo que haja uma correlação entre duas variáveis,
não significa, automaticamente, que uma cause a outra. A.J:orrelayãG-é-l!t- - ALEKSIS KIVI, Os Sete Irmãos
.~ para-ãCãUsãlldadeiineare;-f-equentem@1-1te, s11ge.re..que,-real-mente, ?
-~ a - a - G ~.J.IO, 4.1 e..i.:_I apresen~s -l
,correlações lineares. ~ A.hist~ria ~~ vência. É eloquenteme~te cap~rada
por Aleks~s K1v1 n~J~nme1ro roman_ç_e_finfarr.d'§:, Os Sete 1!.._mao publicado
2
em 18.Z9. E a história de irmãos órflios que se dão conta de que serem alfa-
betizados k ~para a felicidade e uma boa vida. Desde aqueles dias,
ler se tornou uma parte integral da cultura finlandesa. A educação serviu
como a principal estratégia para desenvolver uma sociedade alfabetizada e
uma nação que, atualmente, é conhecida pelo mundo por suas conquistas
culturais e tecnológicas. Por isso, Os Sete Irmãos pertence à lista de textos
es~ na maior parte das escolas finlandesas h~. -------
Ser um país relativamente pequeno entre potências muito maiores a Leste
e Oeste ensinou os finlandeses a aceitar as realidades existentes e arriscar-se
com as oportunidades disponíveis. Diplomacia, cooperação, resolução de
problemas e busca por um consenso tornaram-se, assim, cunhos da ~ - ~ ,.,
_finlandesa contemporânea. Todas essas características têm um papel impor- ~ ; ~
~...._s:--~
--.:5..._} €
. ''----'
.... 53 ....
.. .. 52 ... .
,
Lições finlandesas O sonho finlandês
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tante no desenvolvimento de um sistema educacional que atraiu a atenção munista foi estabelecido como uma entidade política finlandesa jurídica.
mundial devido à sua distribuição equitativa de bons ensino e aprendizagem Co cessões levaram a tais mudanças políticas, culturais e eco nó micas
Essas con . . ,
por todo o país. fundamentais na Finlândia que alguns identificaram a era pos-guerra como
Este capítulo descreve como a Finlândia progrediu de um país pobre, o surgimento de uma "Segunda República"' .
agrário e modestamente educado, a uma sociedade moderna e baseada em mais importante é que a Finlândia lutou ela sua liberda
0
conhecimento com um sistema educacional de alto desempenho e um am- ~as so fri as durante e após a Segunda Guerra uniu os
biente de inovação de primeiro mundo. Expandir o acesso à educação des- finlandeses, que ainda sentiam as feridas da guerra civil anterio r, de 1918. A
de a educação infantil até os níveis de instrução acadêmicos mais altos e 0 , Segunda Guerra Mundial foi de instabilidade política e transforma-
era pos- . . ,. . .
aprendizado adulto ~pre foi um ideal na sociedade finlandesa. Este capí- ção econômica, mas também~ ~ de1~ e E?li~~ SOCiaIS -
tulo começa oferecendo um contexto histórico e político para a realização especialmente a ideia de opo~ dades iguais de ~ uc a ~E dif1~ en~ender
desse sonho finlandês. ~~ guida, ele descreve a evolução da escola básica ~ ucação se tornou uma das marcas registradas da Finland1a sem
uEi_ficada abrangente, ou peruskou!u, como é chamada em finlandês, e ãlgUns ~xaminar esses desenvolvimentos políticos e sociais pós-Segunda Guerra
.~ ípios do ensin~ ue são uma parte import~ sucesso educa- Mundial. Mesmo entre os finlandeses, há aqueles que argumentam que a
cional finlandês' .A s estruturas e as políticas atuais do sistem~ l busca pelos principais fatores de sucesso no sistema educacional finlandês
finlandês são brevemente explicadas no final do capítulo. tem que voltar no tempo anterior a 1970, um ano geralmente reco nhecido
como marco histórico na educação finlandesa por motivos que serão expli-
cados adiante neste capítulo.
FINLÂNDIA PÓS-GUERRA A história é geralmente mais fácil de entender quando segmentada em
períodos ou fases de desenvolvimento, e a história recente da Finlândia não
~ estão entre as mais sérias das crises imagináveis para qualquer
é exceção a essa estratégia. Embora existam muiras formas de recontar a
nação democrática. Exceto por um curto período de cessar-fogo, a Finlândia
história da Finlândia dependendo dos objetivos e das perspectivas de seus
esteve em guerra de dezembro de 1939 até a primavera de 194~. O custo da
autores, neste caso, é útil ilustrar congruências entre o desenvolvimento do
guerra para aquela democracia jovem e independente com uma população
sistema educacional finlandês e as três fases do desenvolvimento econômico
de pouco menos de 4 milhões foi enorme: 90 mil mortos e 60 mil feridos
após a Segunda Guerra Mundial:
permanentemente. Além disso, 25 mil ficaram viúvos e 50 mil crianças, ór-
fãs. llm...t@!ado de paz com a União Soviética foi assinado em Moscou no • aperfeiçoamento da.igualdade de oportunidades_de educação por meio
dia 19 de setembro de 1944, mas campanhas militares para remover astro- da transição de uma nação agrícola nórdica para uma sociedade indus-
pas alemãs da Finlândia continuaram até abril de 1945. As condições que trializada (1945 - 1970);
os finlandeses aceitaram foram graves. A Finlândia teve que ceder 12% de • cria_ção de um sistem~ducaciaoal p í ~damental
seu território para os soviéticos e teve que realocar 450 mil pessoas - 11% ab~ gente (mmpreh.ensive se/zoo[) por meio do bem-estar~ -
da população total da Finlândia. Estima-se que as concessões finlandesas clico com um setor de serviços cada vez maior e níveis cada vez mais
para os soviéticos chegaram a 7% de seu Produto Interno Bruto (PIB). altos de tecnologia e inovação tecnológica ( 196'; - 1990);
V-ma península próxima a Helsinque teve que ser alugada para o exército • ~elhoria da qualidade da educação básica e expansão do ensino supe-
so~ tico p.a: ser usadãcomol5ãsemir prisiQn_~políticos tivera~ ~ d õ " a 7ruva ideuúdade firílandesa como uma econo m.i~
....9..ue ser liber! ~eres do tempo de guerra foram julgados em tribu- alta tecnologia baseada em conhecimento ( 198'; - presente) (Sahlberg,
2010a).
21ais de ~ - Diversas associações políticas foram proibidas, e o Partido

.... 54 ....
_snn:-5 ~ --=-.:: ~ =-~-- = ~ ~ - r.r:~n- ~ -
- _
-.n.- .n::-~ ~
~ L~ .im.--:;c. :m:càis Õ:: ~ ~ t:Cl .Ú::i0.t',,.7.ct".J:. pDC
-
. .. - - - :m:- J r n .:r:rr::,,-rJ:1""$ :..,m::- -~~ - · - - _-.rr:::i.~ i:: :rm: :mr,...:=re- ll:l:l)v-.n:,--.k s:-cial <!m NiC' roi
mi::.::. .rl.B ~:iru:mmL n-~ :'5--.BD~ - - ~ :.i. pu-
~-='5....-.:·~ :: . -- -_ ~ ~ - - ~
:d :-s ,,ri:-~ nn.....=-a.:i:u-.ru:: An::. - -..:r:tia:= = ~~ -,-.,~-- ~ .. __ _ -.,.;..,;-,r.-_~çi :re-<r,IC. m:cam.~é ics~a...~p n.odas.
.; - - - --:- - -: .DLC.B:.B.: .:J: -'-::-~ - -
• - -.-,~ , ..,.-;,,., .., ...,..,_ . ..,, .:i!'.::a:2':. iE :;r~~ -.;-.n..:. :=;..::l!'::m::E' - , ~
3:1:n:= ~ ..l ~~~ - - ~ _ . ~ ~~ : -·cm::--::-Í:.i!' éc ~ --~ :,ebre ~%1:;. ~--ofa&.
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_i_ J"_-c:=aç-.à-- w:~ ::.i..-..:-r~
.:-~ ~ r::c c ~~..1.cra. pa:..t J.....~na~r ~ tt«!'-..~s.--
seis 10:lS ~ f'S--Jlaii7a:if ~ ~'",==e:::w=::: ~ ::2F :-o~iCt"S ~
-sctt-=.,..__~=:_-::....- e:<:: 23:ê=.~-..-;-...im=:."l>. ~~ 6.:.c::...""\.1 :;.:,nhL, d::t Fin-
:t ~ =~ 1-s -;-,-..~~::l:: , :: -L::L~ ~
T:rr:::,.J:ra~2; .E.-:n : ~'.:!.. ?::rr ~
- ., ... .., - - .. -
.l:ra1D.i""'"'l:P-3JTI ~ ~ : e -e::::s:o.:i =:::77:::=t----c" ....~ -~ -a:,.'"l..- - = ~
=
·;rn~, -i:i: q.-:6:- ::i.· .;:,•.-r::::_.,...::._=,_-,._- e bb:i:!:...=-.:fudc$: <.L-<:,-U:::. :l eÚUL-a,;,-ào-
=1. '-:=t c..-o::- ~ . t ç -=~s.L.s1-::'-::. ,,....."1..~d..,.~t".L~ ~.-\.h.L". Pi.tlcinen
fil5 ?C!:" fSr:Ola5 -:ie ~ :'! :::D7~, ::~ .:::::l:::, 10:S '5=-~ :1:;-ã-- ~ ::s;:__
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n:ã-- :-_-~ ::z-:::=:::t• ~ ~ --~-
::ia:j-vo -a;,fu i l i ~ :a=iJS ,::>fua -n~-:E .;o-=:ra:ç"3~:rasl-:i :L-..c.....__5-..~ :_ç_ ~ .:t. e,;:: .z ""-."\.-:C>::c=L.-:i. 6 r-c ·-:.-6_ =
t -J<;:, c.-ompa.r.ivel i e.::ono-

a::rcs ::l= ?S 1U~ , ~ ..::?:: -:vc:a.:_?5 s,--,---~ ~


i =..~j~~ ~ - ~ 6 Se;.::;;:= e.:-: ::-. =-1. =
rr-=i..;_-fo • ..l,.ci\ici-.rde,,. ei..-o nômi.c-.1:,;. e5--
__TT:) rln~ :;n:z:ici;:D :s ::Ol:a::r:ies::S
L.$3 0::...:1-➔ j r: ~Bt-~ ?:-t~ ~ ~~ ::i!' ~~ <::!:"- '-- ==-=~6:; 6 ~--rii..- 0:=;i: ç d:~ pequ~a:; ~ rc= par..i. :i
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~ ; , -=':='~K:~
educa□P:l"ÍS ~ m, il tS!:Oh .el=e:::=-::lz 5=:l5 ::::u_,;; =:-·o --=., ~~..,LL. e~'•:i-=- :-'::_2._":i.. CL-r::..~.:er=e- c.:~. =
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J 9S:!). O e:.--::arln _::_,, Liiés ~= :
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~:-- :::::-"'C-. ~ ~=-~~~$ Q~~~~c. .l ; i ~ . , t.::llv~.N-ai e! um curriculo
-==?!~""- : i-.. ~• .._ - ::1.) e-,.:) - . Te. • • •
- - i:- - \: ~ !:'""-'- p=eu--.1. ,.~ G:<.>:; = '-':; L'-l'::::-. tot re,.·i.,.-i.do
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:::::i::,.::- ~ } e 5 - ;.-:,b ~ ~a-E:i-..~ <::c::.c:rci0c.:ri:; k~~~ ;tp'-~ o tim da Segund:i
1
cidadãos O:J =BSD:ÊçÕo r~ , adas -~ 1:cin:- :-:.....Z~ - =.. ::=!3~~. . ± !'~

... ~6 ·••·
Lições finlandesas O sonho finlandês
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Guerra Mundial. Estava claro que, para se tornar um membro reconheci- Há diversas razões pelas quais esse comitê ocupa um lugar central na
do da comunidade de democracias e economias de mercado ocidentais, a h i s t ó r ~ s a . Primeiro, os membros davam atenção es-
Finlândia precisava de uma população mais bem-educada. Essa era uma pêciãl a determinação de novos objetivos da educação, afastando-se, assim,
visão para toda a nação. da tradição alemã na educação finlandesa. O comitê apresentou a ideia de
que a escola deveria ter o objetivo de educar jovens para que se enxergassem
como indivíduos holísticos e com motivação intrínseca para se educarem
EDUCAÇÃO UNIVERSAL BÁSICA
mais. ~ ã o que levaria a essa meta geral era dividido
As duas rimeiras décadas depois da Segunda Guerra Mundial foram po- em cinco areas temáticas, interdisciplinares, gue, mais tarde, se tornaram
l i ~s_n iiilâREha..____CJPanido-Gorm.mista voltou ao foco ~modelo para o Comitê CurriculgL.Esco.lar__Abran_gente ( Comprehensive
Ô a política cotidiana nas primeiras eleições pós-guerra de 1944 e identificou Scfü};;fcurriculum Committee~
a educação como uma de suas principais estratégias para desenvolver uma ~ gundo, a reforma curricuhÍrfuibãsea.da..em estudos empíricos de cam-
sociedade finlandesa socialista. Nas eleições de 1948, três partidos políticos ~ 3ºº escolas, eovolveodo...miLp.x:u.(es.SQI§. Dessa forma,
receberam quase as mesmas cadeiras no Parlamento Nacional Finlandês: a pesquisa se tornou parte da criação de políticas educacionais. Terceiro, e
o Partido Social Democrata (50 cadeiras), o Partido Central Agrário (49 como consequência dos dois motivos anteriores, a gualidade do trabalho
cadeiras) e o Partido Comunista (49 cadeiras). Teve início a reconstrução do comitê foi considerada excepcionalmente alta. O Memorando Final
da Finlândia; um consenso político era uma pré-condição para as refor- <.:~_(:!ul5 e e.Ill..L9-' 2 teve mérito em sua formula - emat1ca os
mas, incluindo a renovação do sistema educacional finlandês. O Partido o~jeti~os educacionais, ampla perspectiva focada nas cciaoças, apr:escnt:i-
Conservador aumentou sua popularidade nos anos 1950 e se tornou a quarta çao e nq~za modernizada do conteúdo educacional.e..ênfase..na..priot=idade
potência política a ser considerada em negociações parlamentares finlan- d~ ão_sQrj_al como um importante objetivo da educação. Significantes
marcos na h'!Stona ' · pos-guerra
, da Finlândia foram alcançados em 195 2: ser a
desas. Os comitês políticos de educação tiveram papéis especialmente im-
sede .das OI"impia , das d e Verão em Helsinque, a coroação da Miss Finlândia
portanteS cQU:füwne fõiestãbelecj-do--o-a-l-i€er-€e-para-oensino fundãITrêníaÍ
~ ara t dos os estudantes finlandeses e a visão final~or- Armi Kuusela como a primeira Miss Universo da história e o pagamento de
grandes reparações à União Soviética. Também é apropriado incluir no:};')S'.2..
nou realidade em 1970. - - -- ------------- marco fi n1andeses de 1952, o..novo e internacionalmente com- '
, s h"istoncos
' ·
--~ ç ã o politicamente orientados devem ser especial- paravel ' 1 -----.......::~:..:..:..::....::.:::.:_:
_ _ c~mcu o para o sistema de educaçãQ_pri.rnária-da-J.'.i.Rl-ând· _
mente mencionados. Primeiro, em junho de 1945, o governo estabeleceu abnu caminho . ta-,que
~ r a o sucesso educacional de cerca de meio séculO-depois.
o Comitê Curricular dos Anos Iniciais do ensino fundamental. O secretá- Umsegund 0 · •·
comite importante, º~Comitê do Sistema Educacional lan-
rio~ a t t I oskenniemi (1908 - 2001), que havia, alguns çou seu trabalho em 1 6 ah '
. , . 94 para est e1ecer regulamentos para a educação
anos antes, escrito um livro precursor sobre a didática das escolas primárias 0 b ngatona e um
f: a estrutura comum de princípios para determinar como di-
(Koskenniemi, 1944). Por meio de suas contribuições, as perspectivas sobre erentes partes do · d
in 1 , sistema e ucacional deveriam ser interligadas. O comitê
a grade curricular na Finlândia passaram do foco nas ementas - breve des- c u1a represem t d d . . .
era p 'd'd an es e to os os prmc1pa1s partidos políticos da época e
crição dos assuntos abordados nas disciplinas - ( o termo alemão é lehrplan)
Ru res1 1· t o pelo diret
or-gera o onse1ho Nacional de Educação Yr1·0
1 d C
p~r~ a dE:_scrição dos objetivos educacionais,<lo_p ~ Â a uru, a iado do Partid 0 C . . 1 • '
do . , . omumsta Fm andes. Menos de dois anos denojs
avaliação
----- ~ · -T =
-~• -_r~
-~
mas --toram
- -------------
as primeiras a ~ o d e r o n i' z1Oa
curncu fin-r. imc10 de seus trab lh
ciÕnal fi l d ' -
.• •
a os, o com1te propos que a base do sistema educa-
F

lanâesâe aco rd O com os pad roes ::----,..._


.,= =:=-· e contmuam re eun
mternac1ona1s · o no nue . n an es deveria te · d •
r oito anos e ensmo fun~taLohPigatóTio -
~ - '

-
-pe_~ t ~ u l~ contemp-CYrmt"""oc-.- -- - - - - - - - -----

.... 58 ... .
:i
- sena comum a oc!I= -=~=
as as cnan = as,
- --

.... 59 .. ..
- ~ ---
mâependentemente de sua..si.tu~-
O sonho finlandês
Lições finlandesas .... . . . . .. . .. .. . .. .. . . ...... .
. .. . . . . . . . . . ········ ···· ·

. , reco mendou que esse sistema escolar deveria ., , do de 1956 a 1959~ durante o qual esse comitê político- amplo
. , •ca o com1te omite. O perJO . .
s o c ios~ ..:__ . pazes fossem atraídos para disciplinas "aca- c . 00 reuniões foi especialme nte .turbulento:
recessao eco-
'fãr que estudantes mais ca conduzm quase 2 ' ·-
-evi ª q ferissem aprender habilidades manuais fossem
. . 1 b I' conflitos políticos complexos, nac10nalme nte e com a U niao
dêmicas" e agueIes que pre . . nôm1ca g o a
" ofissionais" como era feito no sistema educacional ., . 1 çamento do Sputnik .logo impactaram as reformas educa-
d
atraídos para estu os pr ' Sov1euca, e o an . , . . b Ih
a o
.ona1s . ao red or do mundo. Ainda assim, o comlte - - pers1suu,
- - -e seu tra
paralelo utilizado à época.
o padrão de que apenas . os estudantes ci tornou uma base na - -dau_dm:Illils..educacio
histÚia nais_n.a_.Einlâuclia _ .
No entanto, o cºmi.tê manteve se __
s durante o ensino, fundamenta . ] - -~ gram as Educacion ais publicou su~s re_c~mend~ço;s ~o

que uvessem aprendi"do idiomas estrangeiro .
- de 1959. Ele sugeria nue a futura educação obngatortª -l)jl E1nland1a
po denam • passa r para O ensino médio -. que. representav a o umco caminho . verao -· - -=i- _

_ - municipal abmngeJJte _C.01.Jl.Ill).Y.e anos de


para a educação superior. Embora a 1de1a ~a escola_ abr~nge~~e estivesse deveria • ser baseada _ em uma escola
claramente formulada, ela não entrou em vigor devido as cnttcas negati- .~duraçaoc om a s e g u ~ : _
vas das universidades e do Sindicato dos Professores das Grammar Schools, ; -As primei@s quatr-o-sér-ies-dever-iam ser-iguais..p ai:a-t~d0~·0 s-alunos.
<:::_o~-ª -pi:op0sta:1o~omit~_estim~lava um m-ªior__debat~~ e • A qutn _ _ uma
· ta e sexta séries formariam __de pnme1r~ gr-ªIJ_em
_ _escola ~

finlandesa acerca 9~ iusttça social e de igualdade de oportumda des-de-edu-- que osalu nu 51>oâeriam escolher se focar em disciplinas práticas o u
cação _ pri~ípios qu~, d~i s dê cadas depois, seriam concretjzados_e arri!i:._ idiomas estrangeiro s.
gados como base da política educaciona l finlandesa. • Da sétima à nona série,haver-ia três vertentes:.o rientaçã0-profissional
o desenvolvimento de diferentes setores de educação continuou nos anos e prática, um caminho " int~rm~diá rio'.'...com um idioma.est rangeiro.e
Mundial levou ao rá- uma-verte~ te av~n_çada com 9ois_idiom as estr_ang~_ro_s. .
1950 . A explosão demográfic a após a Segunda Guerra
pido aumento no número de escolas. Novas leis estipulavam que a educação
o comitê não foi capaz de unificar os objetivos políticos acerca dessa es-
obrigatória deveria consistir de seis anos de ensino fundamental e dois anos trutura de educação abrangente ; de fato, discórdias intensas surgiram mes-
de escola cívica para aqueles que não passassem para grammar schools. O mo dentro do comitê sobre os principais princípios da política. O sistema
novo currículo lançado em 1952 começou a mudar o trabalho e a vida nas es- proposto iria, no entanto, unir gradualme nte as g rammar sc/100/s particulare s
colas. o ensino profissional se tornou parte integrante do setor educacional. e as escolas cívicas públicas em uma nova estrutura municipal, e diminui-
O sonho finlandês da educação para todos estava vivo, ~ ~_M_prática, per:... ria o papel das escolas particulare s. De forma geral, o trabalho desse co-
maneceram as estruturas de educação paralela. Consequen temente, um ter- mitê deu início a um debate intenso e importante sobre os valores centrais
ceiro comitê de grandei mportância , 9.-Comitê de Prog~du cacionai sr da educação na sociedade finlandesa. A principal pergunta era: é_p_QSsÍ..v.cl,
foi estabelecido em 1956 para unificar o sistema educaciona l finlandês e tra- em tese, que todas as crianças possam s~ ducadas .': alcanç~_i: o bj~ os de
zer coerência às mudanças em diversos subsetores da educação. O estabe- aprenâizagem similares? Respostas a esta per~ta criaram_opiniões di;d-
lecimento desse comitê sob a liderança de Reino Henrik Oittinen, diretor- didas, mesmo nas família_s, ..Professores da educação primária acreditava m
-geral do Conselho Nacional de Educação e um Democrata Social, foi um que todos os estudantes poderiam aprender igualmente bem; universida des
passo mais longe rumo ao grande sonho da educação finlandesa. , _ . , tipicamente duvidavam da proposta; e políticos permaneceram divididos. À
O trabalho desse comitê foi desenvolvi do com base em uma analise me· época, dada sua necessidade de avançar política e economica mente no cená-
dita de políticas internacionais de educação. Especialme nte importante foiª rio mundial, a y inlândia não teve opção a n~ _s_e r_a_c;eig r ª -P-roEosta ck_g':!e
-=------ ---:-;. -- ~ nora1cos · h am muito
-=- tm · e m comum com
observação do com1te de que pa1ses qualquer u~ - ~ bendo as op.onu.nidades-e-apoio ~<1dequados..,..._poder-ia
·
· suas po I'mcas
relação as ·
e d ucac10na1s '
· na epoca. U ma 1·gualdade crescente apr~der idi~ mas estrangeiro s e avançar para níveis mais altos de educação
de oportunida des educaciona is - prioridade , na época, na Inglaterra e nos do que se ac~ anteriorme nte. Era mais âiffcii-para-rnuitos.p_Ql~icos _
. tégico do
Estados Unidos - tornou-se um tema central no pensament o estra

.. . . 61 ....
.... 60 .. ..
l.i\•ô .;-s finlandesas.
.... ... ... . ... . ........ ... ..... .. ......... .. .... ...... ..... .... . .... .... .... .. .... ... ... .... .... ............ O sonho finlandês
···· ··· ··········· ··· ·········· ······ ···· ·· ··················· ····· ·············· ··

nceirnr que a arquiterura educacional da época, que mantinha e, mais pro. ara O novo sistema educacional na Finlândia foi aprovada,
fundamcncc. inclusive abrigava a desigualdade na sociedade finlandesa, não li ai a proposta p
n ' favor e 68 contra. A comemoração do nascimento da nova
~,·ria capaz. em lon!!,'O prazo, de garantir que a Finlândia alcançasse seu oh. m 12 3 votos a , . .
co F" I' dia foi interrompida por um anunc10 feito pelo porta-voz
jetivo de se co rnar uma sociedade do conhecimento. A Figura 1.1 ilustra as escola na lll an .
• presidente americano John F. Kennedy fora assassmado
carnccerísticas do sistema educacio nal paralelo até o início dos anos do Parlamento. 0 .
em Dali as, Texas, poucos mlllutos antes.
1970
que dividiu os alunos de 11 0 11 12 anos em uma das duas vertentes distint ' . • d quado afirmar que o nascimento da nova escola abrangente
as. Sena llla e
Niio lta\'ia praticamente nenhuma possibilidade de mudar de vertente uma
sistemaperuskou lu que é frequentemente identificado como
n·z que os esmd:mtes haviam decidido qual caminho seguir. finlan d esa, ou :____ _ -,-_;._'_~=:-;i-::--:1 =::-:::::c;:---r.::C::-:r:::::::---i~~:;-;;-;:i·
tural para a atual fama da educação finlandesa, foi cnada
uma b ase estru
'- por pofff~ toridad~uita s outras pessoas, incluindo pro-
Fi~ll"n 1. 1. Estruturu do sistcmu educacional na Finlândia untes de somente ~_-_:.::::= -=-:e.:...---- .
1970 fissi~ res e acadêmicos, contribuíram para o processo da defim-
ão do novo sistema educacional finlandês. E~ecialmente importante foi o
Idade Série/Ano ç a el de algumas organizações da sociedade civil da Finlândia. Está al~m
24 ~ apítulo conduzir uma análise mais profunda d~ influên-
...._1------a. Trabalho
cia que muitos desses rupos exerceram sobre a reforma educacional n-
21 -~ o entanto, um bo~ exemplo d_o en~o,lvimento da socie~ad~ civil
Universidade no desenvolvimento de poht1cas educac1ona1s e o papel da Assoc1açao dos
Professores Finlandeses da Educação Primária (FPSTA). Já em 1946, a
Escola
18/19 FPSTA havia ex~ p.oio-à-iooia-de-1:u n-sist-ema.de escola básica

--
técnica 12

10
unificada. Em meados de 1950, a associação publicou seu próprio programa
de desenvolvimento educacional acompanhado de uma proposta detalhada
e bem-argumenta da para um sistema educacional abrangente e unificado.
Ginásio (Grammar Schoo/s)
O que era incomum a respeito desse programa proposto é que, diferente-
6
mente dos apelos das associações de professores integrados a sindicatos,
10
ele foi progressivo e orientado para o futuro. Era, também, amplamente
Escola primária
7 ._____ _ _ _ __ _ __ _ _ _ _ _ __J apoiado pelos membros da FPSTA, representando quase 90% de todos os
professores de escolas primárias da Finlândia. A proposta da FPSTA levou
cinco anos para ser finalizada e estimulou uma discussão nacional que era
A proposta original de 1959 do Comitê de Programas Educacionais foi claramente focada na necessidade de aumentar a igualdade e a justiça social
mais desenvolvido pelo Conselho Nacional de Educação Geral no início dos na sociedade finlandesa através de um sistema educacional mais igualitário.
anos 1960 e, então, finalmente foi levado ao Parlamento em 22 de novembro ~ z ainda mais importante, a publicação da proposta do programa da
de 1963. O debate subsequente foi duro. Alguns previam um futuro som- _FPS A f01 um sinal claro de gue as escolas e..os..prof es~p.ro.p-
brio p.-1ra a Finlândia caso as novas ideias relacionadas às escolas públicas .t~ ara uma mudança radical.
comuns unificadas para todos fossem aprovadas: nível de conhecimento E~ 1955-1956, as grammar schools do país receberam aproximadamen te
em decadência; desperdício dos talentos nacionais existentes; e a Finlândia, 34 mil matrículas de alunos. Cinco anos depois, as matrículas aumentaram
como nação, ficando para trás na corrida econômica internacional. No voto para 21 5 mil e o número continuou subindo, sendo elevado para 270 mil em
1 6
9 5 e para 324 mil em 1970 (Aho, Pitkanen e Sahlberg, 2006). O antigo

... . 62 .... . .. . 63 .. ..
Lições finlandesas O sonho finlandês
·······•·· ···· ··· ··············· ·· ············ ········· ····· ···• ·················· ·· ········· ··· ·· ··········· ·· ·········· ··· ····· ···· ····· ············ ·
·········
• tema finlandês mal podia se manter enquanto os pais exigiam um . e cívica chegaria ao fim. Todos os estudantes, in-
s1s ensino • ~ n • P~ d e_f!LaJllflWLl •-"'!..~=-=~ --- -·
fundamental melhorado e mais abrangente para seus filhos na esp as ver~ - d sidência histórico socioeconômico ou interesses
. _ . erança - d mente e sua re ' .
de garantir a eles uma vida melhor. Tal pressao social apresentou um nov depen ente olas de nove anos administradas por autondacles
0 . nas mesmas esc . .
tema_ no_debate
- --da
- política
- -educacioriãJ-:-o--p-ut~m:ia&ili~
- - - - - -''------ dual-d·
e cres- • . • ingressarta . T . plementação foi revolucionária, embora, confor-
------=3me 0 . nais locais. a1im ,.
iô. Pesquisadores, entã_o, a_rgl_,!mentaram qu~atl!__abilidades e a intelig' -:- educacio . nte a ideia por trás dela não fosse nova. Crtttcos
~ - - - - - enc1a b vado antenorme ,
de um indivíduo sempre subiam até o nível exigido pela sociedade - me O ser. ntiveram a opinião de que não era possível ter as mesmas
ovo sistema ma . , . . .
os s istemas educaci~m;;is_meramente..r.efle.tianlifil~J imites ou ne-;;ei s ~ d0 n . · para crianças vindas de circunstancias sociais e
ctativas educac10na1s
expe . . d·r ntes. Oponentes ar~mentavam gue todo o futuro

---
. leccua1s muito uere - - -- . --. ---
NAS;;: ; ;OVA ESCOLA _)
inte
.
.
da Finlândia como naç
1
ão industrial desenvolvida estava em nsco porque o
.- . - - . -.--:-. -
raJ-reria que ser aiustado negattvamente p,11a acomo-
·rendimento esco arge - - - - - - . - - - - - - - ..
'------A: nova legislãção( 1966) e uma gE_ade curricular naciona~ m dar estudantes menos talentosos. -
preparadas na segunda metade dos anos 1960. O clima da política social
.• '.J
'J
da época consõHâouos val~ s da igualdade da justiça social nas classes 1
/ . ,Figura
. --- -:=:s;-
1.z)E strutura do sistema educacional na Finlândia descle
1
,.~/ sociais da sociedade finlandesa. As despesas incorridas pelo ideal de um ( 1970/
}' estado de bem-estar social eram vistas, conforme argumentado pelo pro- '---- - .....-- Idade Série/ Ano

' eminente cientista político finlandês Pekka Kuusi, como um investimento + ,---.___ _ __. Trabalho
24
em uma crescente produtividade, não como um custo social necessário para
a manutenção de uma sociedade industrial (Kuusi, 1961). O novo sistema
e~onal-ahrangenre-esta-va..p.ronto para ser impJem~ntado em 1~ 21
acordo co~ plano..?...u ma__gnda da reforma começaria nas regiões doE.Q!l.e_ Universidade Escola técnica Trabalho
superior
da Finlândia,-e.c~garia ~ eas urbanas do scl em: Í978.
Uma crença fundamental relacionada à anttgaefuutura era a d~~
dos não podem-apcenw tudo; em outras palavras, o talen~~n~sociedade não
é jgya)mente distribuído em tennos~ a_eacidade individual de ser educa- 18/19 12
Escola técnica
Ensino médio (geral)
do. Na Finlândia, havia ecos do RelatórioCcleman pubfrcado-nos-Estados de nível médio
U nidÕs, favorecendo a visão de que a disposição e as características básicas
de um jovem eram determinadas em casa e não poderiam ser substancial- 16 9
mente influenciados pela educação (Coleman et ai., 1966). Era importante Anos finais do ensino fundamental

que o novo peruskoulu eliminasse essas crenças e, assim, auxiliasse na cons- - -- -- -- -- · -·-··-··- Peruskou/u ··-··-··-··-··-··- ··-··-·· 6
trução de uma sociedade mais justa socialmente, com níveis de instrução
mais altos para todos. Anos Iniciais do ensino fundamental

A ideia central do peruskoulu, conforme mostrado na Figura 1.2, era de 7


fundir as grammar schools, as escolas cívicas e de educação primária exis-
senre-se-m uma escola--mu ~irira br ãrrgente COm7TOVe anos-de-d~

-----··-- - -
seja, a.aloea~ão-de-alunos-dep_ois.de_quati;:o- a~s de educaçãÕ primária para

.... 65 ....
O sonho finlandês
Lições finlandesas
························ ······ ··········· ··· ····· ··· ······· •·· ·· ··················· ··· ·············· ······ ······· ····· ···· ······ ············· ···············•··········· ··· ·

Conforme planejado, a onda de implementação começou nas regiões ual é o consenso finlandês?
Box 1. 1 • Q
do norte da Finlândia, em 1972. O Currículo Nacional para a Escola ··· ·· ····· ·· ················ ··· ············· ·········· ····· ·· ······· ···· ················· ······· ······
· · · · · · Parlamento Finlandês chegou a uma decisão inicial para a reforma educacional abrangente
Abrangente conduziu o conteúdo, a organização e o ritmo do ensino por O embro de 1963. A decisão não foi unânime: a base da maioria consistiu do Partido
em nov
todo O país. Embora a estrutura da escola abrangente ( ensino fundamental) Agrano
, . e dos po líticos de esquerda. Essa decisão, talvez o consenso mais importante da his-
_ . . , . . , .
,ória da educação finlandesa, nao terra sido possrvel sem o apoio do Partido Agrano e do
fosse semelhante para todos os estudantes, o Currículo Nacional fornecia, às
consenso nacional mais amplo para o bem geral.
escolas, ferramentas para diferenciar a instrução para grupos de diferentes Partido Agrário havia, por muito tempo, resistido à ideia de um sistema educacional
0
habilidades e personalidades. (_) ensino de idio~s estrang~ _e_d.e mate- abrangente. A ala jovem do partido entendia que a reestruturação da economia finlandesa
e da urbanização consequente exigia o desenvolvimento do sistema educacional antiquado
mática, por exemplo, foi organizado de forma g~ferecesse.aGS-estudél.ntes existente na época. Era particularmente importante garantir o acesso à boa educação em
opções âe tres mveisde estudoda sétima à nona série: básico, interme~o áreas rurais da Finlândia que sofriam com a rápida migração para os centros urbanos e para
êlivançaoo;-Ã-ememã âo programa básico de estudos correspondia ao que a Suécia. A pergunta interessante é: por que o Partido Agrário apoiou a reforma educacio-
nal com base na ideia de uma escola abrangente comum para todos? Uma nova geração de
h~eriorment e oferecido pelas antigas grammar schools. A razão políticos próximos à Associação dos Professores da Educação Primária se convenceu de que

--
por trás dessas ementas diferenciadas era que, se o aprendizado de idiomas todas as crianças poderiam ter objetivos de aprendizagem semelhantes e que poderiam apren-
der nas mesmas escolas. O presidente da Finlândia e ex-membro do Partido Agrário Urho
estrangeiros se tornasse obrigação para todos, deveria haver cursos de es-
tudos diferentes para...tip_o.s_d.i(erent.es de estudàntes:- - Kckkonen foi um dos apoiadores dessa reforma.
o sonho de uma escola pública comum para todas as crianças finlandesas existia desde o nas-
~ unicípios do sul a d ~mt o novo sistema de educação cimento das Escolas Profissionalizantes finlandesas na década de 1860. O processo que levou
à decisão do Parlamento em 1963 foi estritamente político. Ele garantia que a elite política
abrangente ( ensino fundamental) fm 1979. agrupamento por habilidades
da Finlândia estaria intensamente comprometida com a reforma educacional abrangente. O
foi banido em todas as escolas em~ 5. esde então, todos os alunos estu- apoio político à reforma foi importante por ter tornado possível prosseguir rapidamente sem
dam seguindo a mesma grade curricular e as mes as..emenJ~- serem impedidos pelo novo governo. A base de uma política educacional sustentável foi cria-
da. Esse mesmo princípio do consenso finlandês continuou sendo utilizado no decorrer das
--A--r ma e ucacional abrangente estimulou o desenvolvimento de décadas, e ainda é utilizado atualmente.
três aspectos específicos do sistema educacional finlandês, que, mais tar- A implementação de uma reforma educacional abrangente exigia muitos outros compro-
missos políticos. O professor Pauli Kettunen afirmou que o estado de bem-estar social nór-
de, provaria contribuir para a criação de um sistema educacional de bom
dico foi construído com base em três ideais políticos; o legado dos camponeses libertados,
desempenho. Primeiro, u ~ l a gama de estudantes gerahn~nte o espírito do capitalismo e a utopia do socialismo. Igualdade, eficiência e solidariedade - os
com circunstâncíasaeviâa e objetivos de aprendizagem muito difer ntes_ princípios essenciais destes três ideais políticos - reunidos em um consenso em que todos en-

r"
riqueciam uns aos outros. Acho que essa é a raiz da base sólida em que a política educacional
nas mesmas esco as e salas de aula deman ava uma nova abordagem fun- finlandesa foi estabelecida.
~ntal ao ensino e ao aprendizado. O princípio de oportunidades iguais
in~stia que todo~antes receberiam uma oportunidade justa de ser Erkki Aho, diretor-geral (19:;J-199,)
bem-sucedidos e de gostar de aprender. Desde o início, compreendia-se Corudho Nacional de Educação Geral
·············· ······ ····• ···· ······· ······ ······•·············· ····· ········· ····················· ·······
que a educação de alunos com deficiência, apenas seria bem-sucedida se
as dificuldades de aprendizagem e outros déficits individuais fossem iden- _:)~ndo, a orientação e o aconselhamento de carreira se tornou ~r-
tificados cedo e imediatamente tratados. A educação especial rapidamente te obrigatona ' · da grade curricular escolar abrangente
em todas as escolas.
se tornou parte integral da grade curricular escolar, e todos os municípios -P resumiã'--~
-se, a epocr,gae, se todus:::o-s.rlunos perman c.e.ssem-na-mesma
e escolas logo receberam especialistas treinados para auxiliar alunos com -escola
- até o fim de sua e d ucaçao ' · e 1es precisariam
- o b ngatona,
· · · d e um acon-
~ ntr. o :, ' • ,
deficiência. A educação especial será discutida mais detalhadamente no . ~ S.temát1c0-~uant0-as-suas-epções-depeis-de-fina-lizarem-o-err-
próximo capítulo. s100
• -- fundamental • A o nen
· taçao
- d e carreira
· un · h a o o b.ienvo
· d e min1m1zar
· · ·
ª possibilidade d e que os estudantes fanam . .
escolhas inadequadas quanto
ao seu futuro E . , . . , - .
· m princ1p10, os estudantes unham tres opçoes: continuar a

.... 66 .... .... 67 ... .


Lições finlandesas O sonho finlandês
··········· ·········· ······· ··· ·········· ················ ··········· ······· ··· ····· ··· ····· ······ ··· ······ ···· ···· ················ ····-···· ·············· ············ ·······
~~7
educação no ensino médio, ingressar em uma escola técnica de nível médio EXPANDINDO O/ E-N--6-I.l-J'O MÉDIO ,
ou conseguir um emprego. Ambos os tipos de ensino médio ofereciam di-
ensino médio era organizado como escola at~_J98.5,-quando a nova
versas opções internas. A orientação e o aconselhamento de carreira logo 0
se tornaram uma base dos anos finais do ensino fundamental e do ensino Lei do ensino-médie-abo.lill...Q..S.lstemaanti~ a..de
c~ modular. Dois semestres anuais eram substituídos por cinco ou
médio, e foi um fator importante na justificativa das baixas taxas de repeti-
ção e evasão dos estudos na Finlândia (Valijarvi e Sahlberg, 2008). A orien- seis períodos por ano letivo, com base na maneira como as escolas planeja-
tação de carreira também serviu como uma ponte entre a educação formal vam seu ensino. l~aJla.(fue.leóona-F-e-estttdar-foram~ dos
e o mundo do trabalho. Como parte do currículo geral de orientação de em períodos de seis ou sete semanas..de-du-ração-em-qu.e_os estudantes ter-
carreira, cada estudante no peruskoulu passa duas semanas em um local de minariam os cursos que escolheram. Tal mudança permitiu ~ tas
trabalho selecionado. reorganizassem os calendários letivos e, por sua vez, afetou o planejamen-
T~ ceiro, o novo peruskoulu ~ ~-que_ruLprofessore.s_qJ.le_trahalh~am to curricular local porque as escolas tinham mais flexiliilidade para alocar

) em escolas muito diferentes - grammar schools e escolas cívicas orientacgs as lições nesses períodos d~ -fe.~ (Valijarvi, 2 ~ A fase seguinte
·a~ - tinham que começar a traballiarnamesma escõfa com_estudan=. do desenvolvimento foi substituir o antigo agrupamento de estudantes por
. · tes com diversas habilidades,...Conforme Jouni Valijarvi explica, a reforma um sistema organizacional classes em meados dos anos 1990. Essa nova
educacional abrangente não foi apenas uma mudança organizacional, mas orga--;·iização do ensino médio não é baseada em salas ou turmas fixas (ante-
uma nova filosofia de educação para as escolas finlandesas (Hautamaki et ai., riormente chamadas de décimo, décimo primeiro, décimo segundo anos).
2008; Valijarvi et al., 2007). Esta filosofia incluía as crenças de que todos os D~ . m . d a n t e s . .têm mais opções para 11lanejarem seus estudos
alunos podem aprender se receberem as oportunidades e apoio adequados, no que tange ao conteúdo e ao se uenc· nto ~ seus cursos. ~ nova es-
de que compreender e aprender por meio da diversidade humana é um im- t ra curricular coloca uma grande ênfase na compreensão do desenvol-
portante objetivo educacional e de que as escolas deveriam funcionar como vimento cognitivo dos estudantes, além de convidar as escolas a melhor
democracias em pequena escala, assim como John Dewey insistira décadas utilizar suas próprias forças e as de sua comunidade. Embora os estudantes
antes. O novo peruskoulu ortanto exigia que os professores empregassem agora tenham mais liberdade para planejar e escolher seus estudos todos
ainda ,1.,"~- ~--. __ - - ·º _,,_ · t· h'a· s o b ngatonas,
· , · Estudantes ~
métocroç instrucionais alternativos, desenvõlvessem ambientes aeaê- ~ ~c q..1u oasas1c têm
dizagem 9.ue permitissem um ensino diferenciado p~ ates e que completar com êxito pelo menos 75 cursos coro 38 an)as cada. Cerca de
dois terços deles sao
~ o b ngatonos
· , · e o restante e, escolhido• livremente
- pelos
vissem o magistério como uma profissão de alto escalão. Tais expectat~S
estudantes para obterem seu dºip1orna d o ensmo . med10, . Normalmente os
levaram à reforma educacional de professores em ampla escala em 1979:
estudantes
d excedem esse 1I· · , • e estudam mais,·tipicamente fazen-
mimo '
u~ va lei sobre a formação dos prof~ e~,~nfa_!!zand~ ol- ~r
~ e 8o a 90 cursos. --'--'---- -- - -
vim_~~-Pr.ofissio..rial e...cJ:>m.Io.co_naJQ..rmaç~o de professores com ba~
t..___ '---- -",.. r~.,..r..~ ;~
Avaliações estudan fis e..es=~~mportantes ··
adicionais que
pesquisas, discutida detalhadamente no Capítulo 3.
ª etam
e
a natureza d O · d •
ensmo e a aprendizagem no ensino médio geral. Os
Outra consequência concreta da-emergênctaâo peruskoulu foi uma rápida
pro,essores aval' .
expansão do ensino médio. Os pais esperavam que seus filhos estudassem , iam o aproveitamento de cada esmdanre no final ck__ca_da_
P~nodo (de seis ou ) . .
mais-; e os proprios jovens finlandeses também esperavam alçar voos mais ci;:;--- . sete semanas , o que significa que os alunos são avaliados
co
estuc]-ou seis vezes 1 ·
por ano envo. O Exame Nacional de Matrícula que os
alt,os_em seu ~utode_senvolvimento. A?~ra, vamo.:_a~
rios ,
antes realizam , 1
apos comp etar com sucesso todos os cursos obrigató-
med10 oferecia caminhos para a melhonãâõcãpitalliumano n.: Fmlandia. .
efeite um
. exame externo d e fi mtivo
· · (para os estudantes), portanto, tem um
o importante em s , 1 . ~ , .
eu curncu o e mstruçao. Uma critica frequentemen-

.... 68 .. .. .. .. 69 .. ..
Lições finlandesas
~, O sonho finlandês
··· ···· ···· ················· ···· ······ ············ ··· ········ ··············· ········ ·· J'\,.Ú;····· ········ ········ ············ ·· ··············· ················ ······· ···· ·· ·····
,~ /'r

te expressada pelos professores e diretores de escolas na Finlândia é que 0 . _'J' ·: ( , 1 de instrução e formação têm mudado gradualmente nas es-
. _, Os metoa~,o~s~:-==:...:..:.;-:-:-~,,_...~ ---------=';---,;--~;:-...
exame de matrícula resulta no "ensino para o teste" , limitando o currículo e;:,\ ~ e! médio. Pe ,º. menos u~ sexto da f~rmação a~ s~r
e aumentando o nível de estresse dos estudantes e professores.
1
c~ . d mo aprendizado praaco, e essa e uma parte mteo-ral do cum-
.,.. organiza o co dº . .
Eu, como ex-professor de matemática e ciências, concordo. _ . . . . ,=- /e h alternativos' . cao
cu!o:-Wór s ops , , .
e apren 1zes e aprend12agem v1r-
.
O ensino técnico de nível médio também passou por adaptações impor- ,;.--
rua! se tornaram comuns no ensmo med10. Um componente do sistema de
tantes para melhor se adequar a novas situações econômicas e p'olíticas. As . das escolas de educação profissional, baseado em resultados,
financiamento
estruturas, as grades curriculares e a metodologia do ensino profissional de 6% no topo do financiamento principal da escola para de-
aloca um fator
foram renovados para atender às expectativas de uma economia baseada • to de pessoal. Escolas técnicas de nível médio estão investindo
senvo1Vlffien
no conhecimento e para proporcionar o conhecimento e as habilidades de ·
cada vez mais nesses fundos para aumentar o conhecimento e as habilidades
trabalho necessários. Um dos principais alvos da política da Finlândia foi
pedagógicas dos professores. . . , .
aumentar a atratividadeão ensmo profissional de mvel medio (Ministêrío Dois fatores essenciais parecem mfluenc1ar a eficac1a das escolhas dos
da ~ducação, 2004; Sãhlberg, 20066). Atualmente, cerca de 42% dos~---: e~ ocialde ttaosiçã0-pa~ ~ o:-Pruneíro,
~_!!~ s_que..passain_c:la.pecusk.>ul-u--J)ara o ensine-médie-romeçam seus êStados ando ingressam no ensino médio, os estudantes finlandeses~
em escola~..!Qfissionais~ ~ s padronizados multo e~ ~ ( .definitivos) na escola,
A estrutura do ensino profissional (ou ensino técnico de nível médio) diferentemente dos estudantes de muitos países em que os testes se torna-
foi simplificada e todas as habilitações profissionais iniciais atualmente são ram um elemento integral da vida escolar. Em um estudo comparativo das
compostas por 120 créditos, equivalentes a três anos de estudos em tempo experiências dos professores, sob diferentes regimes de prestação de contas
integral. Um quarto do tempo de estudo é alocado para cursos gerais ou
opcionais. O número de habilitações profissionais foi reduzido de mais de
~ o n c l u í m ~ s ~e "a pressão de u°: modelo instrucional e:-
truturado de ensino e avahaçao externa do aproveitamento dos alunos estao
600 para 52, e programas relacionados de estudo, para 113. Em princípio, tendo consequências drásticas de acordo com alguns professores" (Berry
estudantes de escolas técnicas de nível médio são elegíveis para fazer o exa- e Sahlberg, 2006, p. 22). Consequências do ambiente de testes definitivos
me de matrícula, embora pouquíssimos o façam. Além do mais, fornece- incluem evitar se arriscar, tédio cada vez maior e medo. O estudo também
dores de ensino médio devem promover a transferência, garantindo que os sugeriu que, na Finlândia, a maior parte dos professores do ensino médio
estudantes possam passar de escolas técnicas de nível médio para escolas de leciona para ajudar seus estudantes a aprenderem, e não para passarem em
nível médio geral e vice-versa, se quiserem incluir cursos de outras escolas testes. Os estudos do Pisa oferecem mais evidências para tal argumento:
em seus planos de aprendizagem. estudantes finlandeses sofrem menos ansiedade ao aprender matemática
Prog ramas de currículo e estudo nas escolas técnicas de nível médio foram em comparação com estudantes de outros países (Kupari e Valijarvi, 2005;
revisados ~ s - f e i i a S - f t 0 - e A S i ~pr1õcipal- OCDE, 2013c).
mente na estrutura com base em 'duk>s, bem_co,mo às necessidades dos -~ ndo fator que contribui para a transição bem-sucedida para o
-mercados de trabalho el]lJ.lma-s0e--iedade-baseadaeII1.-canhecimento..9 novo~ médio;.
10 ~~ ~~
__ e que os estudantes sao ban~panrc!Ospara tomar decisões sobre
currículo foi projetado para equilibrar a necessidade de mais conhecimen- -ª educação que segue o P-eríod ~ n Q ( p .emg_q_l~~)..,J~Orque o aconse-
to e habilidades gerais e competências profissionais específicas exigidas em l~amento e a orientação-de-ea-r-i:eir.a,J!stão amplamente disponíveis no ensino
cada habilitação profissional. Avaliações de desempenho de conhecimento ~ - Durante seus três anos finais do ensino fundamental, todos os
e habilidades profissionais adquiridas são desenvolvidas por meio da coo- stud
e ames recebem duas horas por semana de orientação e aconselhamen-
peração dos três principais interessados: escolas, empregadores e represen- to educacional. Isso reduz o risco de os estudantes tomarem más decisões
tantes dos empregados.

.... 70 ... . .. .. 71 . . ..
üçõesf..n!.z:,d= O sonho finlnndês
······· ···· ········· ············ · ··· · ····· ········ ····· ·· · ·· --· ············ ········-- ···················· ············································ ············ ········

to aos seus esrudos. ls.so também os ajuda a se esforçarem mais nas áre-. Conforme mostrado na Figura 1. 3, em 2012, cerca de 94% daqueles que
quan . d .
as de estudo mais importantes para a sua rota ameapa a no ensmo médio. completaram o ensino fondarnental imediaramente continuaram os esrudos
Estudantes finlandeses arualmente enrram no ponto de transição elllle no nível médio ou cursaram um décimo ano adicional de perusl.:oulu. Em
os anos finais do ensino fundamental e ensino médio com um conjunto de 2012 . 0 número de estudantes matriculados no ensino médio geral e técni-
conhecimentos, habilidades e atirudes mais eficazes do que no passado. As co se manteve em ;o% e 41 ,; %, respectivamente. Em números absolutos,
reformas implementadas no ensino médio na Finlândia tiveram um impac. 0
ano letivo de 2009-2010 marcou a primeira vez em que mais jovens se
to fundamental na organização das escolas, principalmente no que tange ao matricularam em escolas técnicas de nível médio do que em escolas de en-
ensino e à aprendizagem. A organização tradicional de escolas baseada nos sino médio geral quando todos os estudantes foram contados (a taxa bruta
modelos de aulas expositivas, agrupamento por idade, calendários de ensino de matriculas inclui aqueles que se matriculam em escolas técnicas de nível
fixos e o predomínio dos estudos em sala de aula foi gradualmente transfor- médio após os 16 anos). Em 2012, cerca de 6,;% ou 4 mil desses alunos que
mada para oferecer ambientes de aprendizagem mais flexíveis, abenos e in- completam o ensino fundamental optaram por não continuar os esrudos no
terativos, em que um papel ativo para os estudantes vem em primeiro lugar. ensino médio ou no décimo ano do pemsl.:oulu. Alguns desses estudantes se
A melhoria conánua da escola, portanto, foi facilitada pela implemenração matricularam em outros programas educacionais pós-educação obrigatória,
de mudanças estruturais nas escolas de ensino médio e pelo enriquecimemo como anes, artesanato ou trabalhos manuais.
de escolas e salas de aula com ambientes e métodos de ensino alternativos. O número relativamente grande de estudantes que não continuam sua
educação tormaJ-im~iatamente-apdsa conch!~ãO dÕ ensinÕ füfülamentaLse
tomou um problemas ocii l e político na Fi~lândia. Emborãônúmero total
MELHORANDO O RENDIMENTO ESCOLAR de- jovenÇfmla--ndeses-que·não-se candidatam-ao ensino médio seja menor
do que mil anualmente, aqueles que saem do sistema educacional estão, em
A reforma educacional abrangente gerou consequências óbvias.
longo prazo, se tornando um fardo econômico para a sociedade. Estima-se
Conforme o número de concluintes dessas escolas aumentou, a demanda
que cada jo~em~ e não completa_o_ensin.QIDédio..irá,-~ édia~ c'-!_star 1,4
pelo ensino médio também aumentou. ~ . . c e r c a ~ r u -
dantes que.se for:maram..QQ.~..rus.,t ou/~ediatarnente continuam seus esru- ~ThãõOedólares americanos..p.ara.a-soc iedade-em perdas de receitas fiscais,
dos em um dos _g_ois_tipg_s_de_ensino_méd~o ou se m<!._triculam em um décimo ª1;11°ento nos custos de saúd~ e sociaj~e,_fre~:_me nte, desem~egÕ crô-
_ruco. O governo de coligação atual, por sua vez, lançcmumãcãmpanh a em
ano adicional d!!..J!!17J.Skoulu. Alguns estudantes que não continuam sua edu- . 1 al d d
é.içã~ mal imediaram~ após o peruskoulu ingressam em programas de -•on-pa-ra garantir um oc e estu o ou aprendizado para todos os estudan-
'.es concluintes do peruskoulu e outros esrudantes com menos de 2; anos de
educação não formal, e retomarão, mais tarde, aos programas educacionais · · · 101
idade· Uma parte d essa ·m1cianva r · li
para me 1orar a educação dos jovens
de adultos. Por exemplo, cerca de metade daqueles que se matriculam em
e as oponunidades de emprego estendendo a educação obrigatória dos 16
escolas técnicas de nível médio são graduados do peruskoulu daquele mesmo aos 17 anos· no ent · · d •.
_ , amo, a ma1ona os po11ttcos e dos principais interessados
ano. A Figura 1. 3 ilustra as escolhas feitas pelos esrudantes que termina~ nao estavam co .d d
· · do ensino 1es que não estivnvenc.1 ·os ·e que um ano obrigatório de esrudos para aque-
o peruskoulu entre 2000 e 2012, que tiveram a opção d e part1etpar d
, . essem msp1ra os em ir à escola seria uma boa ideia. Como
médio geral ou técnico imediatamente após o término do peruskoulu, cur- consequenc1a a edu - b . , . . , .
, caçao o ngatona na Fmlandia termina aos 16 anos.
sando um décimo ano adicional• ou saindo da educação formal. A profi~-
.
s10nal se tornou uma a 1ternauva . esru d ames por haver mais
. rea1para muitos
. · eberuma
oportunidades de continuar os esrudos no ensino supenor apos rec
habilitação profissional da escola técnica de nível médio.

. .. . 72 .... . .. . 73 . ...
Lições finl andesas
·· ······ ···· ···· ········· ············· ··· ·············•·· ····· ·· ·· ······ ··
• O sonho finlandês
··· ···· ·· ··· ···· ······ ··········· ··· ··· ······ ··· ···· ········ -··· ··············· ·······
:- ,1
. T . nsição do Peruskoulu para o ensino médio como Uthn
Figura 1.3. ra ·
. m de estudantes por idade entre 2000 e 201.2
..... <l vh Umtm
• portante indicador do sucesso do ensino pós-obrigatório é~ a taxa
porcen lagc ão Como parte do sistema de eficiência educacional recém-intro-
1 1 1 de cone1u S ·
~__;~ l â n d i a autoridades estatais têm coletado, desde 1999, dados
duz1do na l' m ' - . , .
2012 . , · os e analisado taxas de conclusao no ensmo med10. Se um tempo
s1stemauc
-a ideal de estudos do ensino médio profissional ou geral for es-
de cone1u S 0
2009 . d m e anos então cerca de três a cada quatro estudantes comple-
upu1a o e 3,, , '
sucesso seus estudos no tempo desejado. A Tabela 1.1 mostra
taramcom

=
"'------,..-__ .
2006 estudantes concluíram....s..eus estudos no ensino médio e~
antos .
sup n·or na Finlândia no ano leuv {}-2 011 20'2 N o_geral, as taxas de con-
2003 êlusã~...-.---m an 1a são internacionalmente altas. So aixa etá-
. ria não cone um sua educa ão obri atória conforme o planejado. Menos de
2000 aqueles que se formaram no peruslcoulu em 2012 rece eram seu diploma
4 0
de uma instituição que não fosse a escola ( estudantes morando no exterior e
0% 10o/o 20o/o 30o/o 40% 50o/o 60o/o 70o/o 80% 90o/o 100%
que são educados em casa, por exemplo). A taxa de conclusão pela primei-
Ensino médio ■ 10' ano adicional ra vez no ensino médio na Finlândia em 2012 foi de 93% em comparação
Ensino técnico de nivel médio ■ Não continuam a educação formal com 88% e 79% no Canadá e nos Estados Unidos, respectivamente. A taxa
média da OCDE de conclusão do ensino médio é de 84% (OCDE, 20 14a).
Fon.u.: Statistics Finland (n.d.a).

Tabela 1..1. Conclusão do ensino médio e do ensino superior na


..,,.-V~ notar--que,-na-Finlând ia,o-eAsino--níéd10 conttnua-nã~ Finlândia no ano letivo de 201.1.-201.2 como uma porcentagem do
gatório depois que a pessoa completa 16 anos de idade. Em vez de torná-lo número total de estudantes
- obngat~ líticas finlandesas cle..ediicaç.ãG-se-baseía 111 e1wcriru:-oportu- Tipo de e ducação Ano letivo 201. 1.-01.2
1
___
nidad_e~ guais.para-que todos-panieipenulo_e nsino médio por escolha pes-
~ Ensino médio Geral
3,l
soai ao mes_!!l.o_temp.Q__em que cria incentivos para ~ ens permaneça;.___ Ensino Técnico de Nível Médio 8 ,7
no siste1!!ªJ!.ducaeioAal-apés-e-ténn ino-de-sens-esmdos-obrigatfuj.os. D es e
Ensino Técnico Superior (polyuchnic) 8, j
·aí ht; ;dução da escola abrangente nos anos 1970, os objetivos da política
Universidade
educacional foram proporcionar um local de estudos para todos os jovens 6,4

em instituições educacionais pós-obrigatórias (Aho, Pit:kanen e Sahlberg, Fonu : Staris tics Finland, 201~ .

2006). A maioria das escolas de ensino médio geral e profissional atual-


mente é administrada pelo município ( e, em alguns casos, pela região), e os ~ vido aos planos de a endiza em personalizados no ensino médio não
municípios, dessa forma, determinam as políticas a respeito da provisão e estarem atrelad e,__ , • >-=,..,--,- - -- -
-s-__·"' ª ~JA1-Xas.etaa as ou sa 1as, algut\S'--eStUC!antes demoraraõtmris
adesão de educação pós-obrigatória. _No ent~, isso não significa que.a>, para
._ . finalTzar seucs estud d c.-A.L,,,_,
oso que au rco~~•5 o-ns-saH'âo-O~ ~ma
• - •
educa-
crcrrral-s~habT _
1 ttaçao . ="--'==:::.· .
autoridades locais tenham total liberdade· a grade curricular as exigências ~ ou um diploma. Taxas rle conclusão precoce dm,
E,t:.Ó?ssi~ cI-o-s-professores-e-as-expecraúvas rro-q1:1e-tange--aos-am entes destudos' por..sua vez, 01erecem
c
uma me~ ração mais...pr0fund-a-d~
e e da efic1encia d · , d' ,
pedagógicos-gerais-sã 0-r - a z o a ~ a - o - p a ~ m
11ª T b ° enSmo me 10. ~acordo com as estattsticas nacionais
.uma-cultura comum de ensino na Finlândia. ª eª 1.1, nos últimos anos, em torno d e 3,51010 d e estudantes do ensino
1

.... 74 .... .... 75 ... .


Lições finlandesas • ············
O sonho fi nlandês
······· ···· ··········· ····· ················· ······· ···•·· ····· ·····

médio geral anualmente concluem seus estudos sem passar para outra forma EXAME DE MATRÍCULA
de ensino médio ou de formação profission al. Aproximadamente o mesmo
ssaram nos cursos obrigatórios na escola de ensino
número de estudantes passa do ensino médio geral para o profissional e com. Estudantes que pa . .
• , · participar do Exame Nacional de Matricula. O exame
pleta seus estudos por lá. No ensino técnico de nível médio, a situação é um médio sao e1eg1ve1s a ·- - - , -- . - . .
. d 1 Conselho de Exame de Marncula e e administrado ao
pouco pior. Por exemplo, no ano letivo de 20 11 -20 12, 8,7% dos estudantes é organiza o pe o . 1
m todas as escolas do país. Não existe um exame nac1ona
do ensino técnico de nível médio concluíram seus estudos iniciais; deles mesmo tempo e . • . • . .
d tes que concluem o ensino tecmco de mvel med10. Em vez
cerca de 2% continuaram seus estudos em alguma outra escola ou instituição'. para os estu an . . .
. olas profissio nais avaliam a forma e o conte udo dos exames de
A evasão da educação formal e da formação profissional na Finlândia disso, as esc
•fi - Estudantes que concluírem co m sucesso qualquer uma das es-
está diminuindo lentamente, e, no ensino médio, as taxas de evasão são ceru caça0•
substancialmente menores do que as da maio ria dos países. No que tange ao colas podem se candidatar a entrar em instituições de ensino superior, como
ensino médio, 5,5% dos estudantes concluíram seus estudos durante O ano escolas técnicas superiores ou unive rsidades. No entanto, os formados cm
letivo de 2011-2012 sem conànuar imediatamente seus estudos em algum escolas do ensino profissional representam uma parte menor do total de
outro programa. A necessidade de prevenir o fracasso e o abandono esc0- matrículas no ensino superio r.
lar é maior nos ensinos médio e profissional. Manter os alunos estudando o Exame de Matrícula foi aplicado pela primeira vez em 1852 como
se tornou um incenàvo especial para escolas por meio de um esquema de prq_ya de ingresso na Universidade de Helsinquc. Estudantes tinnam que
financiamento do governo central baseado em resultados, que foi introdu- demonstrar evidências sufiêientes de·conhecimento acadêmico geral e pro-
zido no ensino técnico de nível médio no início dos anos 2000 e estendido a ficiência em latim. A--ruaTmente, a fina~ do exame é descobrir se os estu-
todo ensino médio até 201 ; . Quando o índice de financiamento baseado em dantes assimilaram o conhecimento e as habilidãaes exigiâo-s pelo currículo
resultados para fornecedores de educação e formação profissional é calcu- êeriti-al ~acionaf;""hem co;:;:;o se atingíramT1m nív el-de ma·turidade que esteja
lado, as taxas de abandono reduzidas e melhores taxas de conclusão têm um -alinhadõaôs objetivos do ensino médio geral. Estudantes fazem provas de
efeito positivo na verba geral disponibilizada. Embora o índice de financia- pelo menos quatro disciplinas. Passar no exame de matrícula, que é aplicado
mento diga respeito apenas a uma pequena parte das verbas educacionais apenas nas escolas de ensino médio geral, permite que os candidatos deem
gerais, tem sido incentivo suficiente para focar rapidamente a atenção de continuidade aos seus estudos em instituições de ensino superio r.
escolas e ~rofessores em medidas para melhorar o reconhecimento precoce O Exame de Matrícula é administrado po r um co nselho externo indica-
e p~even_çao de problemas que podem levar à evasão (ou abandono) e em do pelo Ministério d a Educação e da C ultura. O conselho tem cerca de 40
apoios diretos melhorados para a aprendizagem dos estudantes e bem-estar membros, que incluem professo res universitários, do ensino médio e legis-
geral na escola. Além disso, v •·sto que o fi1nanc1amento
· · · das escolas
bas1co l~dores da educação. Os exames são preparados e marcados po r co mitês de
está
_
atrelado aos númerosâo = s
-=,...
~ â=--
- - . - - - :--:--.. v~ es,u an,es, o sm:~sso-na-pre6Vençãcrda evasão
------= diferentes
. discipl"mas que, ·Juntos, tem • cerca d e 330 membros associados,
· dos
na_~ a esco1- . - - as..csc-0las-récni-
- -- -
tem um 1mpacto-posmv0- - -e-: quaisª maioria ainda é ou já foi professor de escola. A secretaria do conselho
; ar- Especialmente,
cas, desenvolveram soluçõ · d - que é res~onsável pelos assuntos técnicos relacio nados a emprego, proteção
. . es mova oras para OS.§!Jldantes_c_yjos estilos de
aprendizagem trabalham=ínelhor com um ,..,...._;culo . . e gerenciamento d o exame tem uma equipe · d e 22 pessoas. A Laxa t1p1ca
• . po r
~u, • • mais o rienta d o-a.pratl-
. -, .
ça. Por exemplo worlcsh •· . estudante , que co nce d e cmco . .
exames, e. d e cerca de 200 dotares
• .
americanos.
-- . , ops praucos, nos quais estudantes podem projetar
e construir formas concreta Toda a ad mmistraçao
· · - d o exame, que custa cerca de 10 milhões de dólares
s, se converteram em estratégia popular de au-
mentar a atração e a relevância d 0 . . . anualmente , e· fi nanc1·a. d a po. r meio. dessas taxas pagas pelos estudantes.
. ensmo med10 para muitos estudantes que
correm o nsco de abandonar a escola. Qual é a estrutura desse exame e o que ele mede? Primeiro os estudan-
tes devem passar em pelo menos quatro provas individuais p~ra receber o

.... 76 .... . ... 77 ....


Lições finlandesas
················································································· ·····
- ············· ··· ······································ ··························

certificado do Exame de Matrícula. Um exame que avalia a competência


01
rdio da Ca l'·t··o rm,1
·. (C ,\HSEE)' por exemplo. t; guiado plir um:1 lisia ek
" . ,
dos estudantes em sua língua-mãe (finlandês, sueco ou lapão) é obrigatório •· t ·•nte tendt'ncios os. ddicados ou l:flntrtwt•r:;os :i st•~•m
·is.~uncos potencM mt:
·-
para todos. Segundo, cada estudante escolhe três provas adicionais dentre e\'itados, o exame fi n \·<11,des. faz. '
o contrário. O !- esmdnntes rel.).1.1larmt• nh:
. . ., '
.
as seguintes opções: um segundo idioma doméstico (por exemplo, sueco), deYem mostr,lr Slhl. Cu"P'icid·1de
• .•
de lidar com qucst0e:- rdnc:H>m1d 11s n l'\'\ 1!11-
• • • ' •• • "'
um idioma estrangeiro (mais frequentem ente, o inglês), matemática e uma . . d· de n, empre•!O. a dietas.. problema:- poltncos.. \ltoknrn1. ~"llt n.1.
çao. a per . .i 11 e- .
prova da categoria de humanidad es e ciências. Os estudantes também po- L / : - J sexo.. d roo.is t' mtisica popular. Tms probkm:is
ética nos esportes..;r• m". C)(HI , , • · :o- • .
dem adicionar exames opcionais das seguintes disciplinas: diversos idiomas .m1egram mais · de 1mn, disciplim1 e e- m:•rulment-e cxi1?,'t!m ClinhN.·nnl 'ntn e ha-
, ,
estrangeiros, história, educação cívica, biologia, geografia. física, química, bitidades multidiscip linares.
educação para a saúde, psicologia, filosofia, ética e estudos religiosos. Os A seguir estão alguns exemplos do Exame de Matricula d:1 primnvcrn
estudantes têm no máximo seis horas para completar cada exame. de2o q . _ __ _ _
Os exames são oferecidos duas vezes por ano, em serembr~ em.março-
L .-\moslnl de nssuntos pnrn n.-dn\'<lCS no id~ mnt~ ~
- ~ d a n t e s devem cÕmplerar rodas as provas obrigatória s do exa-
"Alguns políticos. atletas e outras celebridad es ::-e ar~pt•ndt•r :im e se
me dentro de três períodos de exames consecutiv os - em outras palavras,
desculpara m publicame nte po r alg,,1 que disseram ou tizt•ram. Discut:1 ll
dentro de um ano a partir do momento em que sentam para fazer o primeiro
significado das desculpas e de sua accita,;ào l'\Hlll' ato sod:il e pt'S:-l>:11. ··
exame. Todas as provas, exceto a de compreens ão oral e escrita no segundo
idioma doméstico e nos idiomas estrangeiro s, são provas escritas, que tipi- "Como seu corpo se to rnou seu hobby?'·'
camente requerem que o estudante escreva e:11.1:ensivamenre respondendo às
"A mídia está competind o por públicos - quais s:h, as conscqut}n.:.ms?
questões abertas. O processo foi programad o para ser digitalizado em 2016.
Professore s cujos alunos estão fazendo o exame na escola primeiro leem "Escolha três religiões do mundo e L-omparç t> papd <' o us<> dt• uma ima-
os papéis da prova e dão suas noras iniciais. Então, os membros do comitê gem santa em cada uma delas..,
da disciplina do conselho dão suas noras finais de forma independen te, sem
considerar a nota que os professores deram em cada exame. Esse processo
combinado leva, então, a uma nota final. As disciplinas são avaliadas uti-
-• nos~dc. pet1,."'tn~t~
- -
cm,iio pnru n smidt•: "
"Qual é a base das recomenda ções dit'l ~ticas na Fi111:'i1ulia t' qual<; \l Sl'll
objetivo?"
lizando uma escala de até sete pontos, ajustada à distribuiçã o normal. Isso
significa que o número de notas mais altas e noras baixas de cada exame é "Compare a clamídia e o condilo1na._'.'
de aproximad amente 5%. É permitido aos estudantes reprovarem em um
~ ostra de pm·guntn de Psil'<:login:""
exame se forem bem nos outros. Os exames e suas notas são incluídos no
"Trace um estudo para descobrir como a pcrstm:ilid ade afr1:111 úimp11r-
Certificado de Exame de Matrícula, entregue aos estudantes que passarem
ta111emo dos indivíduos no F,1cebook nu t•m 1>utra mídia :-lKial. nist·u1a
com sucesso nos exames obrigatório s e concluírem de forma suficiente os
as co1\S.i.d craç.à.es.. ~as desse !!l)1> de csmdo.''
":1· estudos necessários do ensino médio.
,
,;{·, s ··~
O Exame de Matrícula Finlandês é uma medição da maturidade academi- •. -....:..\inosl.l:tLc k..at•r guntu dt, Hishll"in:-""
õ'" '-1:'-_, ·
- -'-=,...... .-,--,-,-~ .:...:.:..:.::.:..::.=:.2-=:.=..:::.c:.:.
~ K 1,
í\
. <J ca g~l-dos-es cudantes, incluindo seu ~ = :~----- d
aro para co~ar seus e~tu os "Karl Marx e Friedrich;- ;;gel; prev iram que uma rçn1h1\:i11 s111.:iali:-1:1
.., t-'' ~
, ~o n~ - ~ --
u p eRcn~ · ~~,.., ..1
esem.~_ _ · ,. ~studtório dos tantes
no x•ame acontecer1· •·1 p1une1ram
·• · • ' • \'H'-'tan 11:1. )
ente t'm p:nst•:- çon1<i :1 l,rn- l que 1·l'1.
\(" ~ ula-se-tOTfla-úti.Lp~ niversi-dãõ e:,\,talllre- c_om que Marx e Engels afirmassem issn <' p1H· qul' uma 1"t'\"11l11ç10 s,1\'ia-
z_a ~s.exames '.nd1v1duais é7:e n ~ ~ p _aciâãde dos estuclãllles; :_ ltsta ocorreu na Rússia?''
lidar com tarefas inesperadas. Enquanto o Exame de Conclusão do ensin

--- ... . 78 .. .. . ... 7 ') .. . .


Lições finlandesas O sonho finlandês
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Amostra de pergunta de Filosofia: ~ ÃO DE MUDANÇA EDUCACIONAL


UMA GERA Ç
"Em que senti.do a 1e
r \'1c1·d ade , uma boa vida e o bem-estar sao conceitos

éticos?" Por conta d e o terre no da mudança . educacional


. não ter sido muito ex-
• I' dia
lorado na Fm an , é seguro sugerir teorias de mudança e modelos con-
, A ,
Amostra de pergunta de Ética: Peituais para orgamzar
· 0 pensamento sobre o que aconteceu e por que. pos
. l
ca reforma d
"Estudantes do ensino médio geralmente exigem que recebam uma dieta a esco la abrangente nos , anos 1970, a mudança. educac1ona na
espec1'fica comO almoço na escola. Os motivos . , .podem ser médicos, re. . !' d' pode ser descrita em tres fases (Sahlberg, 2009).
Fman1a -
. ·
l1g10sos, e'ti'c0 s ou morais· Descreva as ex1gencias
. dos estudantes e seus
, • Recons1'deraça~0 das bas _es~~=~-==
-~ teórica e metodológica.de-ens
=..::o= ine e-apren-
motivos e avalie O lado certo de se ter qualquer dieta especifica na escola."
;' dizag~~s__!,9_?.92.• _.
l,
r~
Melhoria_por meio da rede de contatos e mudança..ã.u tonegulamen-
Em vez de um-exame naeional, os-estudantes.de_escolas técnicas-de ní-
i tada (anos 199_0.!. ,
vel médi~assam por uma avali~!o de nível escolª r sobre _OS_!esu_lt~ da Melhoria d a e~c~ên~ia das~!_I'!:!_tl:!ras e da adJ!linistraç.ão. Ç2000 - ate
aprend~ i inaoílíaades,...O_princípio por trás da avaliação é desen- o -p~sente).
volver uma autoimagem positiva e um crescimento pessoal nos estudantes
com diferentes tipos de competências. Os es1:_:1dantes são avaliados de acordo Esse processo é ilustrado na Figura 1+ Cada fase comporta_~ -
com suas pró_prias autoavaliaçõ~s_, bem-éomo por meio de entrevistas-com. gica de_EQ_lí_!ica e_teoria de mud.rnç~. No início dos anos 19~0, as reform~s
seus professo~es. Ainda, seus instru~ s de formaçao práã.ca-partici~ estruturais que levaram à criação do peruskoulu foram finalizadas. Dep01s
das avaliações no local de trabalho. D_des~ ' l ' Pé-<ãlassificado~d~ disso, a atenção estava focada na concepção do conhecimento e na concel!SE!!
dq <}E]J!t1.diz.agem nas-pr·áticas-de-escol- a-queestavarn inclusas.na..filosGfi.a...d2
tisfãtõriõm(excelente). -Na ausência.de..um..exam~ naç_iona~ ~ ão
peruskoulu. A.segunda fase surgiu da liberalização da administração educa-
profissio_11al,o.G0nselh2:::!'l a-ci~ a!âeFducaçãoêllVUlga reco~n~ e~ para
garantir a-igualdade nas avaliações de desernpenh0-nas-escolas. cion~desa, um período caracterizado pela rede autoadministrada de
,
Um assunto corrente de debate na educação profissional é como garantir escolas e da colaboração entre os indivíduos. A terceira fase, que ainda está
a qualidade da certificação de escola para escola. O Parlamento aprovou uma em andamento, f~ada-pm-- uma.pnhlicação dos resultadas ioici'l.is...do
lei a esse respeito em 2005, e a certificação agora irá incluir a avaliação dos Pisa em dezembrn.de-200Le ~is, pela rece$.s ão__e.c.o.n.ô.mica de 2008. Essa
professores e uma demonstração de habilidades para provar que um estudan- fase tem.foco-na-reforma clãs estruturase da aâmirns tração·cla-ed1,1eayão-e .é-
cautelosa em evitar prejudicar o equilíbrio delicado de um sistema educa-
te atingiu a proficiência profissional estabelecida no currículo. Essas demons-
: ~al ~oomâesempenho na.husca-cle-âumento..de..eficiên.ci._ª-,_
trações de habilidades ocorrerão, sempre que possível, nos locais de traba-
lho, principalmente em conjunto com os períodos de aprendizagem prátic_a.
FASE 1 : RECONSIDERAÇÃO DAS BASES TEÓRICA E
Representantes dos empregadores e dos empregados tambem , parttci
· 'parao
METODOLÓGICA (ANOS 1980)
da avaliação. Depe~s:l.endo doy rograma, os estllilanres-p0denresperar-passar-
por quatro a dez demonstraçõ~ de proficiência no decorrer de seus estudos.
-- -- Diversos projetos de pesquisa e desenvolvimento lançados em meio ao
novo siStema educacional abrangente no final dos anos 1970 e início dos anos
1
980 levaram
, a c n'ti'cas d as praticas
' · pe d agog1cas
' · d a epoca,
· · · 1mente
prmc1pa
aos metodo d · r d
s e ensmo 1oca os nos professores nas escolas finlandesas .

.... 80 .... .... 81 ....


Lições finlandesas
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Figura 1 . . Três fases da mudança educacion al na Finlândia desde


4 De uma perspectiv a internacio nal, a primeira fase da mudança educa-
os anos 1980
cional na Finlândia foi excepciona l. Ao mesmo tempo ero que-os profes-
sores finlandeses estavam explorand o as bases teóricas do conhe_cimenta. e
Estruturas
~ m - ê - r - edefirrindcrseus-cur ríca-los-esc o~s-para -qne-fesse rn
Produtividade congruente s com eles, seus colegas na IngLateF-ra,na-:A-lemanha,_m1.Ei: ança
Indicadores de qualidade
e nos Estados Unidos estavam sofrendo co~ peção escolar, padrões de
Anos80 A.nos90 2000 - presente:
âprendiza em controvers os impostos extername nte e concorrência:.cad=e z
Reconsideração das bases Melhoria po, meio de Eficiência das estruturas maiores, que incomo ava a _ ns rofess resa onto de dec· · ~
teôrica e metodológka do ensino contatos e mudança e da administração
autorregu\amentada nar seus empregos. Na Inglaterra e nos Estados Unidos, por exemplo, uma
a n i : ~ a do conhecime nto escolar e das implicaçõe s de novas
pesquisas sobre aprendizag em permanece u sendo principalm ente proble-
O novo sistema educaciona l foi lançado com presunçõe s filosóficas e mas nos meios acadêmico s, ou atingiram apenas professore s e líderes mais
educacionais que insistiam que o papel da educação pública deve ser edu- avançados. Talvez devido a esses aspectos filosóficos da mudança educacio-
car cidadãos para pensarem crítica e independe ntemente. Um dos principais nal, a ~ p e i : m a . . imune à onda de mudanças nas políticas edu-
temas no desen~ nto escolar da época foi~ d e uma concep---... c~onais estim_yladas-.pelo__me.rcado que surgiram em muitos ou ros países
çãiido ~ d i n â m i c~ cuesiiliado ,_ah.Qrdagen s renova~ d~ O ~
de~ am-a(;}-ap-ren.dizado e à compreens ão importante s, segundo Embora a natureza do desenvolv imento educacion al na Finlândia du-
a crença dos professore s (Aho, ;-;;6). Um esumuhrcl-orsignmcativõãessã rante essa fase tenha sido genuiname nte trabalho finlandês, é important e
~udança foram as tecnologia s emergente s de informaçã o e comunicação dar O crédito ao conhecime nto e a ideias trazidos de outros países, princi-
nas escolas da época. Alguns temiam, com certa razão, que a expansão dos palmente dos Estados Unidos, do Canadá e do Reino Unido, bem como de
computado res nas salas de aula acarretaria problemas , incluindo conhe- outros. patses
· · dº1cos. Especialm ente
nor importante foi o papel dos métodos
cimento isolado, informaçõ es desnecessá rias e determinis mo tecnológico. de ensmo
. _e de aval'taçao - estud anu·1- pnnc1pa • • l mente aqueles publicados
pela
O desenvolvi mento tecnológic o coincidiu com a revolução na ciência Associaçao para Supervisão e Desenvolv imento Curricular (ASCO) - que
foram dese 1
da aprendizag em. A dominânci a da psicologia cognitiva, juntamente com 0 nvo vi. d os nos Estados Umdos .
e, então, adotados pela cultura
surgimento das teorias construtivi stas de aprendizag em e os horizontes dos e .pela prática ed · l fi n Iand esas.
ucac10na Dois exemplos merecem ser men-
avanços nas neurociênc ias, atraíram pesquisado res educaciona is finlandeses cionados. Qp_rimcii:.o..' r.'" , dº ,. .
. ~Y.e-a-p-1- ta 101 um dos primeiros países a lan-
para analisar as concepçõe s existentes de conhecime nto e aprendizagem 0 ~5 çar uma 1mpl
. . -
ementaçao em ampla escala :i:~::-:;=:
da apren ::-;r;~;;;,~ ;-_~:_::y· a em
1zagem cooper·
Untvers1dades finlande""" .,_,.\,.,.;,
escolas. D_iversos livros influentes destinados aos professo~ ) ! ! i h - d - . . ~ o n -----mais tarde, em escolas. Trabalhos -
e pesqu1sa e desen 1 . 1·
cad_~ ~.1aaos-
~------- --
ªs escolas. -eles,
Entre --estavamco
- --------
ncepção ao
J eonhecimentO (D avi'd vo vtmento rea 1zados na Universida de de Minnesota
e Roger Joh )
( 1 989), Concepção da Aprendiz.ag em (1989) e Sobre as Possibilidad
es d~ na U . . nson , na Universida de Stanford (Elizabeth Cohen)
ntvers1dade J h H ki
Mudanças das Escolas (1990). Perguntas como "O que é conhecimento? ' Aviv (Shl o ns op ns (Robert Slavin) e na Universida de de Tel'
"Corno os a lunos orno Sharan e Yael Sh ) . .
aprendem? " e "Como as escolas mudamr"' eram temas forma - d . aran tiveram um papel importante na trans-
çao
pios fil . fi o ensmo e na ap dº l
comuns para a formação prática de professore s e para a melhoria das es~o\as ren tzagem em esco as de acordo com os princí-
· fi d
ate O m os anos 1990 (Lehtinen et al., 1989; Miettinen, 1990; Voutt·la1oen, o se osod cos descritos nos \'ivros fin land eses mencionad os anteriorme nte.
gun
Mehtalainen e Niiniluoto, 1989). Edu _ o exemplo e· que, no fi m d os anos 1980, o Conselho Nacional de
caçao Geral da F" l' dº l . . . .
m an ta a~çou uma 1mciabva oaci.Qrl.al para diYe{_-

.. .. 82 ... . ... . 83 ....


JII'
Lições finlandesas O sonho finlandês
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recmsos decrescente s, os professores acreditaram que haviam tido sucesso . MELHOR IA DA EFICIÊNC IA DAS ESTRUTUR AS E DA
fASE 3·
na melhoria de suas esc~1s. Apesar de sistemas de administra ção educac~ ADMINIST RAÇÃO (2000 - PRESENT E)
nal diferentes, oPt·ojeto Aquário e a AIS! incentivara m inovações locais
e atividades de pesquisa em meio a diretores e professore s que buscavam Os primeiros resultados do Pisa, publicados em 4 de dezembro de 2001,
estudos educaciona is avançados em universidad es. Elas também demons- e aram todos de surpresa. Nos três domínios acadêmico s - Letramento ,
p g · - a F'm 1•and'1a IOI
r . o . d
esempenho
Matemática e Ciências ' com
pais
traram que a escola, e não o sistema, é o ponto de controle e capacidade o ma10r
- um arg,1.11nento reforçado por Hellstrom (2004) e Murgatroy d (2 dentre os países da OCDE, conforme mensurado pelos testes padroniza-
007). o
g,u verno de Alberta interrompe u o financiamento da AISI em 2013 co;;- dos. Esse novo estudo internacio nal revelou que as antigas diferenças de
p~rtedos procedil~§ tos de aj~ tes fiscais da província. desempenho com os alunos do Japão, da Coreia e de Hong Kong foram
No início de 1997, havia mais de mil projetos en! 700 escolas e i6 eliminadas. Os finlandeses pareciam ter aprendido todo o conhecime nto e
3 as habilidades que demonstra ram nesses testes sem aulas particulare s, aulas
municípios participand o do Projeto Aquário. Minha melhor estimativa é
que isso incluía cerca de 5 mil professore s e 500 diretores que estavam di- depois do horário de aula ou o grande volume de lições de casa especial-
retamente envolvidos nessa iniciativa de melhoria das escolas. O projeto mente prevalente s em meio aos estudantes da Ásia Oriental. Além disso, a
estava de acordo com novas ideias de descentrali zação, maior autonomia relativa variação de desempenh o educaciona l entre as escolas da amostra
das escolas e maior identidade escolar nos anos 1990. Como estratégia para foi excepciona lmente pequena na Finlândia.
a melhoria das escolas, esse projeto reforçava a responsabi lidade com- As reações iniciais após os primeiros resultados do Pisa na comunidad e
partilhada nas escolas, a personaliza ção e os esforços colaborativ os para educacional foram confusas. Algyns_edue,adores-finlandeses.se.-12~g1mtavam
melhorar a qualidade da aprendizag em. Nesse sentido, o Projeto Aquário se havia algo errad_g,_pruque--as-pontuações-dos-teste'- oas discipli n~ê-
incorporou característi cas consistente s com as políticas de educação ne- ~icãs foram muito altas. Desde os anos 1970, a educação na Finlândia tinha
oliberais, e, ocasionalm ente, tais característi cas foram vistas como sinais !!ffi_ggnde..foe0-.em-mttsica,artes,anesanato,estudQS.SOciaru: habilidad.g_para
de maior concorrênc ia entre as escolas no setor educaciona l. É verdade a vida, bem como leitura, matemátic a e ciências. A mídia mundial imediata-
que a escolha da escola cria um ambiente competitiv o, porém, a rede de mente quis saber o segredo por trás da boa educação finlandesa. Dentro dos
melhoria das escolas transformo u a concorrênc ia sólida em um esfor- primeiros 18 meses seguintes à publicação dos resultados do Pisa, centenas de
ço mútuo para melhorar as escolas. O grande aspecto social do Projeto delegações oficiais estrangeira s visitaram a Finlândia para saber como as es-
J\,q_uário valorizou o compartil hament~e ideias ~ eso~ colas finlandesas
.. fu nc1onavam
· r
e como seus pro1essores ·
e- ensmavam. Perguntas
mas juntos, prevenindo, assim, as escolas de vere~ as às~ dos visitantes estrangeiro s a respeito do "milagre finlandês"·eram tais que
_c oncorrente s. Ne_§_t~3 ~projeto se baseou em valo r e ~ mesmo
, . os finland eses nao - estavam preparad os para 01erecer
r respostas confi-
igual~de de o ortunidade s educaciona is e res11Qnsabilidade social,_!ili> ave,s.
d Os . dois ciclo · d ·
s segumtes o Pisa, em 2003 e 2006, avançaram e consoli-
1)a concorrênc ia-e- na-I".espens a iliêl~ ratiY_a~Talvez essa duali- daram, amda. mai s a reputaçao- d a Fm
• 1andia,
• . aumentand .
o, portanto, o mteresse
dade tenha sido o calcanhar de Aquiles do Projeto Aquário. O projeto foi a m1d1a global na e d ucaçao - d a Fm. 1and1a.
· . Os_p_1saS-de
. -.20Q9-e 2012 mostra-
ram certo
e ncerrado por uma decisão política no começo de 1999, no início da era ----~ . declímo · d
no esemp~ o.aca.dem1c • •
o dos estudantes finlandeses, ~-
--:era 1scu tido
dorrs ~ -mais ª fiundo__n_Qpr
da maior eficiência das reformas administra tiva e estrutural. · -
óximo capítulo. De forma geral, os dados
res dA apontam qu e ª F'm1•and'ia, o Canad a, ' o Japao
- e a Coreia . produzem
u Ita os de ap d·
statu . ren izagem consistente mente altos independen temente do
s soc1oecon. . d
Alem h omico e seus estudantes (OCDE, 2013b). A Inglaterra, a
an a, a França e os Estados Unidos, dentre outros países, têm escores

... . 86 .... .. . . 87 ....


Ü..'-""' iinl:md~ •
O sonho finlandês
······· ········
médios de aprow.iramento acolar e uma ampla \-;1riaç.1 0 de desempenho.
. .·
que 35 pe;:quis:is do Pisa re,-el:ua m. de furma geral. é _que :,s política
0 d, se tazer m,us ou O mesmo que antes, porém com menos recurso s. Muitos
s de edu. ·~ . . .
tre eles líderes escolar es e profess ores, esperam novas onen-
cação basead:is no princip io de igualda de de oporrum dades educati vas rofiss1on:us. en . . . -
e que P .. thoria escolar para compen sar essa d1mmm
colocar am os p rofessor es no centn"l da mudanç a educaci onal impacta ·õcs par.1 .1 me çao de recurso s.
ram de . , .
t:lfr •• d· ossíveis tendênc ias para o ensinos fundam ental e med10 na
forma posiri,-a a qualida de dos sistema s educacionais. Uma análise mais pm- Alg·um,1~ as p . •
funda dos dados do Pisa na Finlànd ia indica que fatores relacion ados
. tt. d1··1
F1n,lll · serão discund as no Cap1rulo )·
à resi-
dência rambém tem papéis ,;síw.is na Finlànd ia com relação à e.\.-plica
ção das
variaçõ es da aprendi zagem avaliad a dos esrudam es e dos fururos Ü SISTEM A EDUC ACION AL FINLA NDÊS EM 2015
caminhos
profissionais dos esrudan res (\ãlija.rvi. :wo8). ..\paren temente, as ._--j .
variações . -~
"t:-,. -.:..
00 desemp enho dos escudan tes causada s pelos d rincipais mensaaens.deste.livJ.:.Q_i q~ diferen temente de mui-
fãfores socioecõnôn1icooâos Uma asp . º .- _ -:~ .:._,
estudã n~ estão a;m~~ do. Há um cetic.ismoc acta vez maior entre · temas de educaçã o contem poraneo . fi I d . - -- <
pro- tos outros s1s _ - s,
---- - ~ - o sistema n an ~ ~ " >-
. .. f -
fessores e pesquis adores na Finlàrul1a no que tange ashmit ações
q~ 101 m ect,1. do pelos modelo s _de reforn_1
-- - -
a educaci onais baseado s no mercad o, _;;-
- _ _ ,- ~ - .1- · 1~-
liações emidan tis.inte maàon ais impõem em sua definiçã~-de desem!l .
r.us .··or concorr ência entre escolas ~ to a matncm as, paarom -
como mai
f.n..ho --- - ;;--- _ . , ....,_
estudan til e sucesso educaci onal.
..\o -combtf lar os resultad os do Pisa com outros indicad ores educacio
zação de ensino~ -ªJ>.I~dizagem ~
O- pnnc1pa
s.:olas_e política s de te~tes
· · t m ativo pan• isso é que a comum daóe dãeauc açao na Fmland
õe~:!VO:-
nais .1a
globais e pesquis as naciona is de satisfação do povo com as escolas, continua não conven cida de que essas direçõe s em alta EQ. mundo. a-respet-
podemos to
conclui r que o sistema educaci onal da Finlând ia está em muito boa da melhoria da educaç3.o sefiam boas pã ra as escolas finlandesas, O
forma maior
conform e os padrõe s internac ionais. Isso é obviam ente um desafio ·sucesso de uma política de testes definitivos é se ela afeta positiva
para os mente a
legislad ores educaci onais da Finlând ia e para a comuni dade de melhori aprendizagem dos alunos, e não se aument a a ponruaç ão dos esrudan
a das tes em
escolas - afinal, é difícil renovar um sistema que já tem um bom desempe um teste específico (Amrei n e Berliner, 2002). Se o aprendi zado do esrudan
nho. te
Talvez isso e....:plique o modo um tanto conserv ador quando se trata não for afetado ou se os testes levarem a um ensino tendenc ioso como
de refor- aru-
mar as escolas de ensino fundam ental na Finlând ia recente mente. almente ocorre cada vez mais em muitos lugares do mundo, a validad
Reformas e de
estrutu rais focaram nas mudanç as regulat órias relacion adas à duração tais testes decisivos deve ser questio nada. Autorid ades finlandesas do
da setor
educaçã o obrigat ória, à adminis tração da educaçã o superio r e à eficiênci educacional e, princip almente , profess ores não se conven ceram de
a de que os
todo o sistema educaci onal. No sistema educaci onal finlandês, o multicul frequentes censos de testes externo s e prestaç ões de contas mais frequen
ru- -
ralismo, a educaçã o especial e a elimina ção da linha adminis trativa das tes dos profess ores seriam benéfic os para os estudan tes e seu aprendi
escolas zado.
do ensino fundam ental foram as princip ais áreas de desenvo lviment P~icas educaci on~ necessa riamente.ligad~
o desde -
o ano 2000. Outra mudanç a importa nte desde o início de 2013 foi ciaj_s, e à culrura política geral de uma nação. O principal fat_?r de sucesso.no
afastara cl_e~ nvolvimento finlandê sdeuim \ e;;;n; ~e..cim ~o.b
educaçã o infantil da adminis tração de problem as sociais para torná-la ~da
parte co~ boã gove.:_nan12~ um fil..Stema de.educayão.respeitado foi s_u_a_c;_a~
integra l do sistema educaci onal finlandês. A Estruru ra Curricu lar e
Nacional de chegar a um amplo c.9nsensQ..n~ ~~rt e das questõe s relacion
para a educaçã o abrange nte e para o ensino médio foi revisad a no ~
iníci_o ~os futuras orient~çõesja Finlând ia como nação. A conclus ão é que a Finlând
anos 2000, mas não foram introdu zidas mudanç as importa ntes. A ia
prox•m~ parece se sair especia lmente bem na implem entação e na manute nção
Estruru ra Curricu lar Nacion al para os ensino fundam ental e Me,d.10 Geralfo• das
políticas e das práticas que constitu em a liderança e a mudwiç a sustentá
program ada para entrar em vigor . durante o ano 1ettvo. d e 201 6-20 17· Um foco veis
(Hargreaves e Fink, 2006). A educaçã o ·naFiruâ nfüa e VISta como
. • . d . .d d l
na melhor efic1enc1a e pro uttvt a e evou a• d"1mmu1ç . . -ao d as verbas escola- um bem -
público e, por isso, tem grande função no desenvo lviment o da nação.
, o . . ..._ '
res em muitas partes do pais, que s1gmfica que, agora, h,a uma necessidade

.. .. 88 .. ..
--.,
~
Liçõe<i finlandesas O sonho finlandês
.......... .. .......... ..................................... ...... ... .... ....... ......
~
····················· ····· ·· ··················· ······· ······· ······ ··· ················

As políticas educacionais projetadas para aumentar o aproveitamento Figura 1.5. O sistema educacional na Finlândia em 2015
escolar na Finlândia reforçam o ensino e a aprendizagem incentivando as
e5eoJas a desenvolverem ambientes de aprendizagem excelentes e estabele- Idade Série/ Ano

cer cm conteúdo instrucional que irá ajudar os estudantes a alcançarem os 24+


Trabalho
objetivos gerais da educação. l sso é o oposto das políticas em muitos paí-
ses em que orientações desenvolvidas externamente são impostas nas esco-
las, tais como a Iniciativa de Padrões Básicos Comuns do Estado (Common
21 1 L_
Universidade 11 Escola técnica
Core S tate S tandards), nos Estados Unidos; os Padrões Nacionais (National
Standards), na Nova Zelândia; ou os Novos Padrões Educacionais (New
18/19 VI
Educatíon S tandard5), na Alemanha. Tomou-se como pressuposto, lo~o 11)

3
início do processo reformista da Finlân-dr~ue os professores e o ensino são Escola de ensino Escola técnica ~

médio geral ~
de nível médio iii'
os princípais elementos que fazem a diferença no que os estudantes apren-
dem ·na escola, e não;;; padrões,-;;s avaliações ou os programas instrucionais
alternal!-'!:fJJ;,-Confoi:me.o n~klo-profiss1onalismo dos professores~ t 16 9
.!!!
tava gradualmente nas escolas finlandesas, durante os anos 1990, a prevalên- -õ
-"'
:,
cia de métodos de ensino poderosos e projetos pedagógicos de sala de aula a.
Peruskou/u unificado
E
o
e de escolas aumentaram. U ma nova flexibilidade no sistema educacional u

finland ês permitiu que as escolas aprendessem umas com as outras, fazendo ""u..
o
V,

com que suas melho res práticas se universalizassem, adotando abordagens


inovadoras para organizar o ensino.!,la também incentivou profes~
,:,
:,


w

7
]
----
escolas a continuary xpandindo seus repertórios de métodos de ensino eª 6 Pré-escola

ind ividualizarº~ º-ª fim.de atender às necessi~e.i ~an-

-
tes. A est~~;a e a dinâmica interna do sistema educacional na Finlândia Educação infantil inicial

- ··ilustradas na F1g~ra
estao . 1.s.,_ - ...
Desdeõ irííciode 2013, a educação infantil inicial faz parte do si5tem_a
educacional finlandês. Até aquele momento, era responsabilidade da admi-
nistração social e de saúde. Na Finlândia, educação infantil se refere à edu· O estado de bem-estar social finlandês proporciona, a pais e mães de ;:i
. o recém-nascidos, o direito de licença para ficarem em casa com seu bebê.
cação e aos cuidados que as crianças recebem antes de começarem O ensi~
. . . . . . , direito Mães geralmente saem de licença maternidade cerca de dois meses antes da
pnmano aos 7 anos. Antes de irem a escola, todas as crianças tem O .
· f eia data marcada para o nascimento do bebê e podem continuar de licença por
S1Jbjetivo de frequentar a creche, seja ela familiar ou no jardim de in ande:
cerca de cinco meses após o nascimento da criança. A licença maternidade é
O sistema educacional fi nlandês oferece a todas as crianças, conforme
, ola volun· seguida da licença parental, a ser usufruída pelo pai e pela mãe e pode durar
monstrado na Figura 1.5, a oportunidade de frequentar a pre-esc es cerca de oito meses. o · - contmuarao
· - recebend o seu sal'ano
• . . pai e a mae · men-
1 d
tana aos 6 anos. Vamos analisar o que as crianças fin an esas fazem ant
sal normal durante as licenças por meio da Instituição de Seguro Social da
de ingressarem no ensino fundamental.

... . 91 ....
... . 90 ....
=--
Li~-üõ tinlandes1s U !-011'10 fi11lamll'1~
- ··· ··· ····· ···· ··· · -······ · ····· ·· · ·· ·· -·· · ·· ··· · ··· · · ··· · · ·
--·-······· ··· ··· ········· ·•· ··················· ·· ·· ····· ·········· ······· ·.. ,- ., ...............

Finlà:.-rdia (Kela) . Os pais são continuamente incentivados a aderir•a 1icen


. _ refon;ar os comportamentos e os hábitos que levam cm conta ,,utnrn
2
pa:renral para passar um tempo em casa com sua família. Ça
pessoas; e . , . .
,1,_ =de maio ria das criancas

fica em casa durante seu pn·me1ro• aumentar gradualmente a au tonomia 111cl1v1dual.
· e
de ,iàa. O direito da criança à creche significa que o município ern ano 'l·
Essas orientações também reforçam a impo rtfincia do prazer cm ap ren-
a familia mora é responsável po r oferecer à criança uma vaga no •arJ~e
der melhorando a ling uagem e a comunicação, e o papel do brincar no de-
cie infància ou em uma creche familiar. Existem três tipos de crec~e 1tn
. . . al . ul famil· . l para ' 1 · nento e no crescimento elas crianças. O conteúdo central da cdu-
a ~ança: ~~ap , parnc _ar e 1ar parucu ar. De acordo corn senvo v 11
0 cação infantil inicial é fo rmad o por seis orientações: matemática, científica,
Lnsnruro :S ac10nal para a Saude e Bem-Estar, em 2012 7 , cerca de o%
. d d .d d º' d . v- 4 • de histórica, estética, ética e religiosa. Essas não são úrcas de conteúdo ensi-
cnanças , e I a 2 anos. e 1 a e e 7 ) 10 _ as cnanças de 3 a )- anos ao acre. nadas a crianças, mas, sim, estruturas mais amplas dentro das quais serão
che. Pre-escola opaonal aos 6 anos e muito comum, e cerca de 8% d
. _ ·cu1 d fun 9 as planejadas as ações para as crianças. O jardim de infância na Vinlândia não
cnanças sao mam a as. O cionamento da pré-escola geralmente é
focal_ga a prepar~ão das crianças para a escola ele forma acadêmica. Na
somente de manhã, o que significa que 70% das crianças de 6 anos ficam
realidade, seu principal objetivo é garantir que todas as crianças sejam in-
em creches à tarde. Sessenta e três por cento de todas as crianças de I a 6
divíduo_s felizes e responsáveis. É uma prútica comum para todas as crianças
~°". de id~de_na _Fin1ândia vão_ à creche, sendo que 92% delas frequentam
1ardms de mfan□a ou creches tamiliares públicos, e 8%., creches pa r u·cu1a- com idade ~ntr~ 1 e 5 anos do.i:miLà tarde, todos os dias.
res que utilizam subsídio do governo. Da mesma forma, a pré-escola ~g~iada pela _Estrutu ra ~ acional para a
Educação Pré-Escolar que estipula as-metas.gerais da educa_ç ão pré-p..rimácia
~ novo sistema administrativo que torna a educação infantil inicial parte
do Sistema educacional irá ajudar a oferecer serviços mais bem coordenados e os objetivos e~ucacio_!:1~p~gficos. Mais uma vez, o objetivo da escola
pré-primária na Finlândia não é o "preparo para a escola", mas "promover o
e de maior qualidade para crianças e famílias. Provavelmente, o mais impor-
crescimento para que as crianças se tornem indivíduos humanos e membros
tante é que haverá uma transição mais clara da educação infantil inicial ao
da sociedade eticamente responsáveis, guiando-os rumo à ação responsável
ensino fundamental para aqueles que precisam de apoio especial. Em 2014,
um terço dos profissionais de ensino trabalhando em jardins de infância na e em conformidade com as reg ras geralmente aceitas e rumo ao apreço por
Finlândia tinha um diploma de ensino superior. A maior parte deles estu- outras pessoas" (Conselho Nacional de Educação, 2010). Essa estrutura
da,·a nos depanarnentos de formação de professores, onde todos os outros enfatiza o desenvolvimento do pensamento em relação a idioma e comuni-
professores são formados na Finlândia. Há uma escassez de professores cação, matemática, ética e religião, questões ambientais, desenvolvimento
de jardim de infância qualificados atualmente e, por isso, o Ministério da físico e artes e cultura. Todos esses domínios devem ser tratados de for ma
Educação e Cultura, que regulamenta o número de novos estudantes nas ª apoiar o crescimento holístico das crianças e devem ser discutidos com
. '
universidades, está aumentando temporariamente a introdução de novos os pais delas. O "preparo para a escola" na Finlândia significa que todas as
.
escolas devem e s tar prontas para receb er to d as as cnanças do .)Cito -
. que sao.
programas de formação de professores do jardim de infância. Esse · ·
O que ocorre nos jardins de infância e pré-escolas é determinado por e um mottvo pelo qual a educação infantil inicial da Finlândia inclui n-
do a pré-esc0 1 ~ •
· · a leitura, '
estruturas nacionais de educação infantil inicial e pré-escola. O principal . a, nao pnonza a escrita e a matemática como habi-
1idades centrais d · • , .
objetivo da educação infantil inicial para crianças de I a 5 anos de idade é de . f para etermmar o ingresso ex1toso das cnanças na escola
ensino undamental. '
melhorar a saúde e o bem-estar de toda criança. A Estrutura Nacional para
que o es9.uema ex1ºh'd
. O ;-. .
1 o n_a ..E1gura, -:-')n:lo-é capaz de revelar são os
os Primeiros Anos, de 2005, afirma que os educadores do jardim de infân· - . , . . -
prmc1p1os da d
cia são responsáveis por: '- . e ucaçao md1v1duahzada e o cuidado sistemático de todas as
- cnan-ças nue.. ~ . ----- - -·
- - --'--- "l sae-atualmente-típicos_nas...escofa_s_fmlandesas. Po r exemplo,
r • melho rar o bem-estar pessoal das crianças;

.... 92 .... , ... 93 .. ..

b
Lições finlandesas
············· ············· ············ ················································

as escolas são incentivadas a manter fortes sistemas de apoio para o ensino CAPÍTULO 2
e a aprendizagem - merendas nutritivas e gratuitas para todos os alunos,
serviços de saúde, aconselhamento psicológico e orientação estudantil são
práticas normais em todas as escolas. Outro elemento de destaque do sis- O paradoxo finlandês
tema educacional na Finlândia é uma rede de escolas e de comunidades de
professores pertencente aos municípios e às iniciativas de melhoria escolar. Menos é mais
Esses princípios tornam o sistema educacional finlandês - em minha opinião
- um dos sistemas educacionais mais individualizados do mundo. Andreas
Schleicher (2006), diretor do departamento de educação e chefe do Pisa na
OCDE, concluiu, em sua análise da educação finlandesa, que desenvolver
redes entre escolas para estimular e disseminar inovação ajuda a explicar o
Se rodos pensarmos da mesma fo rma, nenhum de nós peosa m11iro
sucesso da Finlândia em tornar "um alto desempenho escolar um resultado
consistente e previsível por todo o sistema educacional, com menos de 5% - Conselho da minha avó para que eu vença na vida
de variação no desempenho dos alunos entre as escolas" (p. 9). A pergunta
é: A Finlândia sempre teve um sistema educacional com um desempenho tão
bom? Se a resposta for "não", então vale a pena fazer outra pergunta: Que Hoje em dia, a Finlândia é considerada uma das sociedades mais alfabeti-
fatores contribuíram para a melhoria educacional da Finlândia? zadas do mundo. Como um país de gente modesta, a Finlândia nunca teve a
intenção de ser a melhor do mundo em educação. Os finlandeses gostam de . .,-e tV) _7:t°
c?mpetir, mas a cooperação é uma característica mais típica dessa naçãQ. No
iníciÕclos anos 1990, quando a educação finlandesa ficou conhecida interna-
cionalmente como mediana, a ministra da educação da Finlândia visitou sua
colega na vizinha Suécia para ouvir entre outras coisas que até o fim daquela
d' ' ' '
ecada, o sistema educacional sueco seria o melhor do mundo. A ministra
finlandesa respondeu que o objetivo dos finlandeses é muito mais modesto
do que iss "p , ,, • ", . , , . ,,
º· ara nos , disse, e suficiente ficarmos a frente da Suec1a . Esse
episódio é · I -- _ , . -:--- _ "
. um exemp o da relaçao prox1ma de irmas e da coex1stenc1a entre a
F mlândia e s , •
. ª uec1a. Na verdade o companheirismo é mais comum do que
a rivalidade entre essas naçoes - nor . 'nh as, que comparo'Iham muuos
: d.1cas v1z1 .
va1ores e pri , .
nc1p1os em seus sistemas educacionais e sociedades.
Este capítulO responde a perguntas como: O sistema educacional finlandês
se
mpre teve o Ih d
". me or esempenho do mundo? O que queremos dizer com
sistema edu . 1
ho • caciona de sucesso"? O quanto uma sociedade ou uma cultura
rnogenea ex r O b
tulo tarnb, P ica om desempenho educacional da Finlândia? Este capí-
na educa ~m de_screve como a Finlândia conseguiu melhorar a participação
ela es lhçao, criando oportunidades iguais de educação para todos, e como
pa ou um . d
ensmo e boa qualidade para a maioria das escolas e salas

... . 94 ... . . . .. 95 ....


Lições finlandesas O paradoxo finlandês
··· ···· ······· ·· ·············· ········ ····················· ·············· ··· ·········· ··············· ·········· ·· ···· ····· ························· ········· ····

de aula com um custo geral modesto. Em vez de aumentar o tempo de ensi- rograma de avaliação estudantil se tornasse uma tabela de um
no e aprendizagem, testar os estudantes com mais frequência e insistir que esse novo P fi d . d . . . . d
eonato mundial, classi can o sistemas e ucac1ona1s mtetros o me-
os estudantes façam mais lições de casa, a Finlândia fez o ºP.9..§tO,-confoRlle camp , . . , • T · · - r · · d
· r usando apenas um umco crtterto. ais v1soes wram reie1ta as
lhor ao p10
este capítulo ilustra. ~ princi~allição da-Finlândia-Le xistem formas alter- , . ração do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa)
,, e a maugu
n-aóv-as-de-desenvolver bons sistemas públicos de e d u c a ç ã o ~ "\:, e . mada.pai:a.o...anD-2.QQ_Or Devido ao tempo levado para processar a
101p_rQgI.ª
queles comumente oferecidos nos-fóruns mundiãls de políticas educaeionãi-- ~ quantidade de dados dos 28 países que eram, na época, membros da
1s. ,.,, enorme
S OCDE, e de quatro países parceiros, a divulgação dos primeiros resultados
foi programada para dezembro de 2001.
DA PERIFERIA AOS HOLOFOTES
o Pisa é uma_i_lva,!iªção padr.onizada ..que-mensui :a-o...qu~an-
Nos anos 1980, o sistema educacional da Finlândia tinha apenas algumas tes no fim da-educação obrigató~ a, conse~ m <!_Plicar seu conhecimento
características que atraíam qualquer interesse entre educadores internacio- e~~ ações da vida re;J e o quão eguipados eles es~ C í p a-
nais. Muitos aspectos da política educacional foram adotados do vizinho _ção completa ~ e. A OCDE descreve a essência do Pisa (em Pisa.
ocidental mais rico da Finlândia, a Suécia. Em comparações internacionais, 0ECD.org):
a educação finlandesa foi excepcional em apenas um quesito: os finlandeses
Desde 2000, a cada três anos, estudantes de 1 ~ anos de idade de escolas
de 10 anos de idade ficaram entre os melhores leitores do mundo (Allerup selecionadas aleatoriamente no mundo todo fazem testes nas principais
e Mejding, 2003; Elley, 1992). Fora isso, os indicadores internacionais de disciplinas: leitura, matemática e ciências, com foco em uma disciplina
educação deixaram a Finlândia à sombra das superpotências educacionais em cada ano de avaliação. Os estudantes fazem uma prova que dura
tradicionais, como Suécia, Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha. Vale no- duas horas. Os testes são uma mistura de perguntas dissertativas e de
tar que a Finlândia foi capaz de melhorar o capital humano transformando múltipla escola, organizadas em grupos com base em uma passagem
seu sistema educacional de medíocre para um dos melhores desempenhos descrevendo uma situação da vida real.
internacionais ~m _ttm_período rmtivame~ Esse sucesso foi alcan- Mais de 70 países (e cidades) se inscreveram para participar do teste em
çado por meio de políticas educacionais que se diferem daquelas encontra- 201 <
" co m l"ioco c1enc1as.
•• º
E' importante

ter em mente que o Pisa é uma ava-
.das em muitos outros países. Realmente, algumas das políticas de reforma liação amostral que utiliza metodologia estatística para analisar dados cole-
,educacional da Finlândia parecem ser paradoxos, porque se afastam tão tados para fazer generalizações. O Pisa é metodologicam ente semelhante a
claramente do pensamento reformista educacional mundial que, frequen- outras avaliações estudantis internacionais tais como o TIMSS e o PIRLS
mas ele . mensura diferentes
· . '.
temente, insiste em um controle mais rígido, dados mais numerosos, pres- ttpos de aprendizagem, conforme mencionado'
tação de contas mais frequentes (accountability) e trabalho mais árduo de antenormente.
todos os envolvidos no ensino. . Antesdop nme1ro· · c1c • 1o d o Pisa em
2000, muitos países achavam que seus
- -Quando os países da OCDE em meados dos anos 1990 discutiram, pela sistemas educ . .
acionais eram os melhores do mundo e que os estudantes em
primeira vez, a necessidade de criar novas métricas e mensurações para suas escolas er Ih '
lnd· d ' am me ores alunos do que os estudantes de outros países.
comparar o desempenho educacional nos países mais desenvolvidos, as ~u- ica ores edu . .
tax d r caciona1s sobre conclusão da educação, tempo na escola e
as e 1orma - • . , .
toridades finlandesas preocupavam-s e se seria uma boa ideia. Eles qu~sno: 0J'1 , çao universttana, bem como competições acadêmicas como as
, . mensuraçao - para um coniunto
. - d 1ver
º so de pa1ses mp1adas I · .
naram se uma umca tao em di . . nternaciona1s de Matemática, Física e Química (e, mais tarde,
.
economias como Estad os Umºd os, Japao,- lta·1·1a e F m
º 1·andº1a, por exemplo,e scip1masco
a esses , e ·· ·
mo 1enc1as da Computação, Biologia e Filosofia), deu,
seria possível, para começo de conversa. Eles também tinham medo de qu pa1ses mot"
' ivos para comemorar o desempenho respectivo de seus

... . 97 .. ..
O paradoxo finlandê,
Lições finl andesas
·· · · ·· ·· ·· ····· ···· · · ······ · ··· ···· ·- · ······ ·· ···· · · ··· ······ · --
···· ···•· ··········· ········· ··· ·· ·· ····· ······· ···· ········· ·· ··· ·· ·······

.
sistemas e d ucac1ona1s.
• · E m competições acadêmicas, estudantes .do ensino ~fedalhas
Xmnerode Xiímerode
'd'
me 1o competem para demonstrar um nível avançado
. .de conhecimento em participações atei tths
,
suas areas. Natura1mente , esses sistemas educac10na1s que estabeleceram
..
Onro Prata Bronze
pb lic ..--lfm
- efici·entes para identificar talentos e habilidades espe•
méto d os d e se1eçao ii 6o 2j z.6
;. Coreia 1 !j'>
. . ced o e, enta-0 , oferecer aos estudantes talentosos oportunidades ex.
c1a1s 100
i3 99
s. Bulgária í~
1 ;<½
ce1entes d e aprendl·zagem , foram bem-sucedidos nesses jogos.. Países co"'
"' 66 ;-
grande população e um g~ande ~~mero_~~ estuda~tes, tais como_a China, 9·
Vietnã 49 92
1 --
86 66 ;6
os Estados Unidos e a anttga Umao Sov1et1ca, obtiveram reputaçoes como ,o. Alemanha 49 1 -
nações educacionais de alto desempenho com base nas Olimpíadas acadê- 41 81 117 46
JI. Reino Unido 1 1 ; -:";
micas. Curiosamente, diversos países da Europa Central e Oriental - den. - Jl. Irã 38 8o
1 32 1 28
1 r6;
tre eles, Hungria, Romênia e Bulgária - estão em posições altas nas tabelas - í 2j "jO .;6
1
H· Suécia 1 1 ;-= r
gerais dessas O limpía~~s. A _Tabe~a_2.1 ilu~tr~ . 12 melhores_~ 26 .,..,
36. Países Baixos 4 1 63
1 1 ~'=
Olimpíadas de Matemattca e a pos1çao da Ftn@Il.9~ ~~~~de seus vizi-
'------ 46. :-,'oruega
2 li 2l!
1 ;e
nhos, entr:._I95_? e 2013 ....J_ , , . . , . ..
1 1 [~

O sucesso nessas~Ohmptadas academ1cas fo1, com frequenc1a, uttltzado ÍÍ·


Finlândia 1 8 ,48
1 ,10
1 l.j.f

como indicador da qualidade dos sistemas educacionais nacionais. Mesmo 61. Dinamarca 1 ! 23 2; 1 1;.:.
1
que o desempenho dos estudantes finlandeses em Matemática seja ajustado
para o tamanho da população, a posição relativa da Finlândia oscilou entre
25" e 35" n.a lista de classifica_ção m1mdial geral. Até 2001 - e em alguns cir- El!:1_ 2008, a OCDE lançou a~
cuitos, por~ bom tempo depois disso - uma ideia comum na Finlândia Aprendizagem7Talis), que explorou diversos ~ de._e~ o e ae._ren-
era de que o nível de conhecimento e habilidades matemáticos e científicos dizagem em 24 países participantes. O segundo circuito da Talis foi conduzi-
dos estudantes finlandeses era, no máximo, internacionalmente modesta. do em 2013, em 34 países. A Finlm dia e os Estados Unidos não participaram
em 2008, mas, em 2013, sim. A T alis pergunta, a uma amostra represemanre
Tabela .2.i. Estudantes finlandeses do ensino médio nas Olimpíadas
de Matemática em comparação com estudantes de países dos professores e diretores de escolas em cada país, sobre suas condições de
selecionados em i959-.2oi3 trabalho e ambientes de aprendizagem. De acordo com a OCDE (204h. p.
26), '~ alis alme·a oferecer informações válidas, oporrunas e compará-
Medalhas Número de
1 N úmero de
estudantes 1
Y.~ara aj_!!dar o~ íses a revisarem e e ·rem políticas para desem~
participações uma profissão de magistério de ãlta qualidade". Essa pesquisa, segundo a
Ouro Prata Bronze participantes
OCDE, permite que os professores e os lideres escolares forneçam infor-
1. China 128 27 6 28 164
mações sobre políticas educacio nais e desenvolvimento de áreas essenciais.
2. E UA 100 I06 29 39 246
Os resultados da Talis são baseados em opiniões, visões e percepções de
3· Rússia 84 39 9 22 IJ2 professores e diretores de escolas. Os dados que são colerados para essas
4· Hung ria 77 149 88 13 314 p~squisas são, portanto, subjetivos. Eles incluem as vozes de professores e
! · União Soviética 77 67 41 29 204 ~•retores das escolas, que, às vezes, se diferem dos dados colerados obje-
tivamente e • ·
m projetos de pesquisa. Algumas descobertas da Tal.1s de 20 13
6. Ro mê nia 73 124 96 14 362
- serão dis 'd
cuti as nos próximos capírulos.

.. .. 98 .. .. .. .. 99 ....
O paradoxo finlandês
Lições finland""' -'
· ·· ······ ···· ··· ··· ··········· ·· ··· ··· ·· ··········· ······· ··· ·············· ····· ·········
······ ...... . , . ...... ··········· ·· ····· · ···· · ······· ····· ·· ··········· ·········

ayãe-
A Figura 2. r indica que houve um qescimwto-.esráJreLna-pani€ip
Enquan to a Finlând ia atrai a atenção mundia l por conta de seu sistema
em wdoso s-rríveJs-educaê iooais na Finlând ia ~sde '2Z3· o crescim
ento
educacional de alto desemp enho, é válido pergun tar se realmen te houve
a]_
198o e, em seguida ,
""se (oí especia lmente rápido no ensino médio nos anos
gum progresso no desemp enho de seus estuclantes desde os ~.2õ:" , que
for~pud er ser seguram ente identifi cado, então:- ;n- nos setores de ensino superio r e da educaçã o de adultos nos anos 1990
tal p;ogresso, seja~ n--
sequent emente , a pergunt a se torna: Quais fatores podem estar por trás da continua até hoje. P~c.o ndY- zi.ra m-a-r e f o r ~ a
i as as
reforma educaci onal de sucesso? Quando sistemas educaci onais são com- desa desde 1970 prioriza ram a cria ão de o ortunid ades
e
parados internac ionalme nte, é importa nte ter uma perspec tiva mais
ampla é r ~e~ a-ooa -edu.c ayã0y-m d h o ~
nessa m e aument ando a µ.a.uki~çffio em todas ~ veis educ ~
do que apenas o aprovei tamento dos estudan tes. O que é importa nte daapre~
99% da
análise é o progres so estável que a Finlând ia teve durante as três úlrima, nais na socieda de fi nlandes a. iComo resultad o, a cada ano, mais de
de 95%
g_é~as em quatro principais domínio~: faixa etária conclui com sucesso a educaçã o obrigat ória, em torno
escolas do ensino médio ou no décimo
continuam sua educaç ão formal em
~ Níveis mais elevado s de conclusão educacional da população adulta. o, e 95%
ano adicional daperus koulu (3%) imediat amente após sua formaçã
2. Equida de general izada em termos de resultad os do aprendizado e to,
daqueles que ingress am no ensino médio se formam , em algum momen
desemp enho das escolas.
o que é uma passage m para o ensino superio r (Statistics Finland, n.d.a).
,Ç Melhor aprendizado dos estudantes, conforme mensurado por ava- sa
De acordo com a OCDE , em 2012, dois terços da populaç ão finlande
liações estudan tis internacionais. ou não,
uni- adulta particip aram de program as de educaçã o de adultos formais
~ Eficiência na utilização de recursos humano s e financeiros, quase nte
mais do que em qualqu er outro país (OECD , 2014a). O que é importa
~- cament e de fontes públicas. ela ocorreu sem -::: 2'
quanto a essa expansã o da particip ação na educaçã o é que
~nali sai:.. detal haGa mear e c;,da JJID desses domí ~ pais. De
que O peso dos custos fosse transfer ido para os estudan tes ou seus
. . 1b .
• rca ores e ucac1ona1s g o ais recente s, apenas 2,4% dos ~
acordo com_ ind· d d
- d e ensmo • (em todos os mveis , -
gastos.-da Fmland i a com msttru1
· · · çoes de ~ ""- - .::C...
REND IMENT O ESCOL AR _ , .
r - ___-
no) vem de fo nt~pn- ~~
totais com d ucaçao- (OC
mparaç ao com uma media de 16,1% das
De forma relativa, o povo finlandés perman eceu insuficie ntement e edu· uespesas
.d --,~ --e DE, 2014a). Por exempl o, nos Estados
~ a t é os anos 196o. A educaçã o era acessível apenas àqueles que
pede-
educ . '.
-a-,-
n1 os, 321 %' e ' noCa na a, 2 3,6o/co d e tod o o "financia mento de instituições
riam pagar por ela e que viviam próxim o a uma gramma r sclwol e de uma ac1ona1s vem de fontes privada s.
para
univers idade. Quando a peruskoulu foi lançada no início dos anos 197o, Figura 2 · 1 • N'1vel d
trés quartos dos finlandeses adultos , os anos iniciais do ensino fundame ntal desde 1970 e escoIan·dade da popula ção Snland esa adulta
diplo-
eram a única forma de educaçã o que eles haviam concluído. Ter um 28

ma académ ico era raro, visto que apenas 7% dos finlandeses tinham
ai~ 39
33
1970 na cone~ 2010
tipo de diplom a univers itário. O-1l[Qgresso geral desde
d~ca~ o-pela -papul ação--f inlaru ies~.a p; ; ; ~ J ~) ■ Ensino Superior

~ mostrad o na Figura 2.1. A situação atual é c~ ruente com o_e_erfil ~

.,
- 18
mz 32
.1-o D Ensino médtO
1990
d~ ide de E=ndim ento escolar em socieda des avançad as,_em JJ~ EI Ensino Fundamental
~
de..30% da ~~aç ão têm níveis de rendim ento escolar mais alto e

- --
40% tém o ensino mé dio concluí do. - -
- ---- ---- ----
· li:::;
1970
" f 119

F...u .· Sm i.sri,-,, Finl.ltld (n.d., ).

.... 100 .. .. . ... 101 ... ·


Lições finlandesas O paradoxo finlandês
····· ··· ······· ···· ·············· ···························· ··· ···

A OCDE conduziu o primeiro ciclo de estudo do Programa para a --. , A expectativa ( ou esperança) de vida na es~ ~1!,_qye.pcevê a
Avaliação Internacional das Competências dos Adultos (PIAAC) em 24 duração da educãção-f~rmãl_ck_umcícfaãâõ de 5 anos, é uma das mais altas
países, incluindo a Finlândia, em 2012 (OCDE, 2013h). O estudo avaliou do mundo;-cofn mais de-2o-anGs-em-20.1J,_e!0cipalmente porque a educação
as habilidades básicas selecionadas das quais os adultos precisam em dife- é financiada p~los cofres públicos, estando, assim, disponível~ Os
rentes situações da vida, incluindo no trabalho e no cotidiano. Letramento dois tipos de instituições de ensino superior oferecem um local de estudo
em Leitura e Escrita, Letramento Numérico' e resolução prática de proble- para cerca de dois terços de uma mesma faixa etária. V~1Q___Cjl!e ~ m
mas em ambientes ricos em tecnologia formam as principais áreas do estudo universidades e escolas técnicas superiores na Finlândia não tem custos, o
PlAAC . Esse estudo fornece mais informações sobre a qualidade da con- ensinosiiperior é uma -o ~e-1gual--par-a---wdos-os--que--=ffil-Í.i:am
clusão educacional entre adultos finlandeses e como provavelmente lidam com suc~S_S0...o ensino..médio-'-,O desafio atual no ensino superior finlandês é
com diferentes problemas como cidadãos e na vida profissional. in~ tivar os estudantes a co ncluírem seus estudos mais rápido do que an-
Então, o que o PIAAC 2012 diz sobre o conhecimento e as habilidades tes, consequentemente ingressando mais cedo no mercado de trabalho._Q....
dos adultos finlandeses com relação à vida cotidiana? As habilidades médias governo da Finlândia está~e!esentando novas cond~e-apoio-fui.ancei--
de letramento na Finlândia são excelentes. Apenas o Japão tem competên- ro para estudantes, estimulando-os a se form<1_U10-temp0..I10UlliU'- O a1LxHio
cias adultas gerais melhores. Dois a cada três adultos na Finlândia são bons finanêeirõmensaltotal par ~s ~tudantes do ensino superior é de cerca de
ou excelentes leitores. No Canadá, apenas um pouco além da metade e, nos mil dólares americanos, dos quais 55% são empréstimos bancários garantidos
Estados Unidos, quase metade dos adultos chega a esses mesmos níveis de pelo governo e o resto são subsídios governamentais. Um estudante que se
letramento. As..habilidades_matemátiqs__dos finlandeses adultos estão no forma dentro do tempo normal pode descontar do seu imposto de renda os
mesmo alto nível internacional: 57% de todos os adultos finlandeses têm juros anuais pagos para o seu empréstimo estudantil.
bom Õu excelente letramem~ u m ~_Mais uma vez, o Japão foi o único
país que superou a Finlândia em letramento numérico. Tanto no Canadá,
EQUIDADE DE RESULTADOS
quanto nos Estados Ünid~~ferríati~; s cotid.ianas dos adul-
tos estão abaixo da média da OCDE, com a proporção de habilidades boas As pessoas, às vezes, presumem erroneamente que a equidade na edu-
ou excelentes de letramento numérico, sendo de 45% e 34%, respectiva- cação significa que todos os estudantes devam aprender a mesma grade
mente. Na Finlândia, 41% dos adultos têm boas ou excelentes habilidades curricular ou deveriam atingir os mesmos resultados de aprendizagem na
de resolução de problemas em contextos ricos em tecnologia. Outra vez, escola. Essa também foi uma crença comum na Finlândia por muito tempo.
no Canadá e nos Estados Unidos, o número de adultos com habilidades de depois da reforma escolar baseada em igualdade, lançada, pela primeira
resolução de problemas boas ou excelentes é de 36% e 31%, respectivamen- Vez n0 · ' · dos anos 1970. Na verdade, a equid~ ,,,.lp n:i educa•ca ·=ifu::i
-o___sig
' tn1c10 . -, .
te. A Suécia é o único país que teve desempenho melhor do que a Finlândia que todo d -;- -- d-- -- d alta ouali.dade,--lll=-
- - _ s ~ s~s~_antes devem ter acesso a e ucaçao e_........._:,;.--
nesse aspecto das competências adultas. O bom desempenho da Finlândia depend -- --=----~--=-=·~ nu da escola g_u<'
~ - ... !:ntemence de onde moram de quem são seus Pª1~ _::-
no PJ AAC de 2012 foi graças ao segmento mais jovem de adultos com idade t!'quent ' · r-1' enças nos ri:iul-
~ - Nesse sentido a equidade garante qu~ =-----:-
entre 20 e 39 anos. A proficiência em leitura básica habilidades matemáti- tados ed - . ~ --:_- -- 2.....____ - - .- ~ n;mj m,t11_g,_E<'
· - ucac1~na1s_!l~o seja~ o_r~sultado âe _diferença~ . :
cas e de resolução de problemas estã intensamente' conectaâaaohistôrico renda pod - b e fam1li:1r.
:i. - :r ou posses - em outras palavras, sua as ~ - "ies t'sru-
educacional em todos os países que participaram dessa pesquisa,1ncluindo ~ equidade do; sisr:einãseducaciônais-é rnensu rac!J, em a,'ãli:iç-t . ·_
a Finlândia. dan11s int . . d la--ão t'ncn: o apro\C'.t
ta ernac1onais, por meio do cálculo da força 3 re \ b _, f-uniliJr.
íllento d . . _ ..10 ~ de su:i 3 " •
os estudantes na escola e os diversos .i~pec ·

... . 102 .... .. .. 103 .. ..


p
O paradoxo finlandês
Lições. finland= _ _. _.. .. ... .. . .. ... ...... .... .
. . . . . . . .. . . . . ····· ·• ··········· ··········· ······· ··· ········· ······ ··
.
. . . . ... . . . . . .. .. . ·············•·

.. , d.
A OCDE un11za um m 1ce que inclui O status económico, social e cultural Até O primeiro estudo Pisa de 2000, não estava claro se as políticas edu-
ra a igualdade para cada estudante com base na cacionais baseadas na igualdade e em altos investimentos na melhoria da
(ESCS) cal cu1an do ova lor Pa . , . . ..
formaçao, - fi - trimónio e alguns aspectos do h1stonco soaoeconom1. equidade realmente er_am boas_para aum~ntar a qualidade dos resultados
pro ssao, pa . . .
· E sistemas educacionais mais equ1tanvos, a aprendizagem dos
co d os pais. de aprendizagem no mvel do sistema. Muitos pensavam que ter igualdade
m .. ,
estu dantes na eSCola depende menos de sua base familiar. O s pa1ses variam e equidade como principais estimuladores na política educacional nacional
muito em termos do quanto o aproveitamento dos estudantes está associado impediria o sistema de cultivar talento individual, melhorando, assim, a qua-
à base familiar, da mesma forma que são diferentes com relação ao aprovei- lidade. Um dos aspect_os inespei:_ados dos primeiros achados do Pisa foi g~
tamento estudantil em Leitura, Matemática e Ciências na escola. a maioriâ Oos siste~as educacionais com aprendizagem estudantil g ~
A igualdade de oportunidades educacionais e equidade de resultados são tãffiDém era"m os mais equitativos. Desde então, o Pisa ~1011, entre P\.!!I9S
características importantes nos estados de bem-estar social nórdicos. Elas coisas, que a Fi~ndia tem as menores variações de desempenho entre ~s
representam mais do que simplesmente a garantia de que todos tenham aces- oo
esco las que tange às escalas de Leitura, Matemática e Ciências de todos
so à escola. Na Finlândia, a equidade significa t~ _m sistema_e_c;!uc~nal 0 ç pa1ses da OCDE (OCDE, 2001; 2004; 2007; 2010b; 20~:-).-- - -
socialmente justo e inclusivo que p~opotcione a todos a op o n u ~ Calcular o quanto da variação total no desempenho estudantil está as-
realizar suas intenções e seus so11hos p..o.r.meio da e ~ ~- Como resultado sociado à variação em uma mesma escola e à variação entre as escolas indi-
da reforma escolar-abra;gen te dos anos 1970, as opo rtunidades de educação ca outro aspecto da equidade e da igualdade nos sistemas educacionais. A
para um ensino de boa qualidade se espalharam praticamente de forma igual variação dõ-de-s-en,penho entre as escolas indica quão diferentes as~olas
por toda a Finlândia. No início dos anos 1970, no princípio da implemen- são, estatisticamente , em qualquer país. Nos Países Baixos, na Bélgica e na
tação da reforma do ensino abrangente, houve uma diferença significativa Alemanha, por exemplo, a variação da aprendizagem dos estudantes entre
de aproveitamento entre adultos jovens devido a orientações educacionais as escolas é maior do que a variação em uma mesma escola, o que sugere
muito distintas associadas ao antigo sistema paralelo ( vide Figura 1.1 ).~ que há uma grande diferença entre as escolas em termos de seu desempe-
diferen_ç,ule conheciTT1ento_co crespondia intensamente à divisó.riasociQe_ço- nho geral. A Figura 2.2 mostra a variação de desempenho em uma mesma
nó mica da ~ ied_!!de_tinlandesa da...époc.i. Emboca os result.adoí._da ap~ escola e entre escolas nos países da OCDE, conforme avaliado pela escala
dizagem dos estud~ntes tenham começado-a-se-igualar em meado~ de matemática em 2012 (OCDE, 2013b). Nos países da OCDE, 37% das
1980, a separação em g rupos de alunos qe..a.cordo__co m sua habilidade em diferenças gerai~ desempenho são observadas entre as escolas~
matemátic~ e idiomas e s_tra!lg éiros m_i!}teve..acl.i.ferença d_!! i~v~~ento uma mesma escola. A variação total do desempenho educacional c o ~ _.-.:-..
relaºvam ent~ grª-!!Sle. porção da variação da OCDE na Finlândia é de 863/p.
Depois de abolir a separação (streaming) no ensino abrangente em me- De acordo com a FigÜra 2.2, a Finlândi.â tem cerca de 6..%.Jle vaàa~
ados dos anos 1980 e aumentar as expectativas de aprendizagem para todos entre as escolas na escala de leitura do Pisa, enquanto a média da mesma
os estudantes, a diferença de aproveitamento entre estudantes com baixo e variação no Canadá, nos Estados Unidos e no Reino Unido é de 18%, 23%
alto aproveitamento começou a diminuir. Isso significava que todos os alu- e 3o%, respectivamente . A variação de desempenho entre escolas diferen-
nos, independenteme nte de suas condições socioeconó m icas o u interesses. tes na Finlândia em 2012 teve um nível semelhante àquele mostrado nos
estudavam matemática e idiomas estrangeiros nas mesmas salas de aula. circuito
. ·
s anteriores do Pisa. O fato de que quase tod a a vanaçao
· - ( ou d e-
Antes disso, essas disciplinas tinham trés níveis curriculares aos quais os sigualdade) ocorre em uma mesma escola conforme mostrado na Figura
alunos eram designados com base em seu desempenho académico anterior 2
·~, significa que as diferenças restantes o~orrem, provavelmente, devido,
nessas disciplinas e, frequentemente, também levando em conta a influência pn nd Palmeme, à variação do talento natural dos estudantes. Da mesma
de seus pais ou colegas. forma ' a vanaçao
· - e ntre as escolas está relacionada, · · 1
pnnc1pa mente, ª' desi-

.... 104 . . .. .... 105 ....


Lições finlandesas O paradoxo finlandês
... ....... ... , ............ ....... ....... ............................................ ..
····· •·• ··· ········· ···· ···· ·························· ·······•··· ·· ···· ·· ·· ···· ···· ···

gualdade social. Por esta ser uma fonte pequena de variação na Finlândia, Fi ura z.z. Variação cm uma mesma escola e entre escolas no
g mpcnho matemático dos estudantes no estudo Pisa de 2012
ela indica que as escolas finlandesas lidam muito bem com as desigualdades I
(~ .

sociais. Ainda, sugere, conforme Norton Grubb observou em sua revisão VarlaçAo em uma mesma Variação entre escolas
escola (como proporção (como proporç.io da
da equidade na educação na Finlândia, que a reforma educacional finlandesa
da média do total da OCDE) média do total da OCDE)
obteve êxito no desenvolvimento de um sistema educacional equitativo em
um período relativamente curto, um objetivo central da agenda da reforma N,rtl(Jonds III í7_T_Í~-1~~t•■\·■•■i.r-17
u,~ln 101 ,.
educacional da Finlândia iniciada no início dos anos 1970 (OCDE, 2ooi; Hung(J'/ 103
Grubb, 2007). U_ma variação no desempenho relativamente pequena entre Dilgium 123
Turl<Q'f Q&
as escolas significa que, na Finlândia, os pais rar<!1!lent! ~__reocupamcõm
SkM!kR~ 12D
a qualidade·da escola da sua região. Ao ~esmo tell!p_o, escolher uma e; 0 _ Slovt!U Ili
la que não seja da vizinhança é um fenômeno cada vez.mais frequ ~ieêm GtmlalJlOO
L,rael 130
áreas urbanas maiores na Finlândia; os pais geralmente buscam uma escoi;•
.àp!n 103
comum e segura para or se~ fi1hos.__, · -- C.Zà~llJI
Uma forte ênfase na equidade da educação traz um significado diferen- IJJ8mlloll"g 107
1~ 102
te ao desempenho escolar e de como ele é mensurado. Testes padronizados
Austla 101
se tornaram a forma mais comum de mensurar o desempenho escolar em Kor,a 11e
muitas partes do mundo. A responsabilidade com base em testes se baseia Sllillllrlvld 1115
OIW 1'911Q8 100
nos dados desses testes. Professores e administradores são responsabiliza-
Olile n
dos pelo aprendizado de seus estudantes com base nesses dados - exceto l'ollugnl 1O4
na Finlândia. A ausência de testes padronizados na Finlândia passa a res- Brull n
.\1111111 109
ponsabilidade da prestação de contas do aproveitamento estudantil para as L
lklàdl<i1l(l,m 105
próprias escolas. Uma escola com bom desempenho na Finlândia é aquela Gntce 01
em que todos os estudantes se desempenham além das expectativas. Em ou- l•ZIIILnl 117
lladco e5
tras palavras, quanto maior a equidade, melhor é a escola de acordo com 0 Lhltd Sl.tt1 11!
critério finlandês. Poland 11!

Um ~is~ m__a~ducacional eguitativo e em que os estudan~e_!:~ Canada Ili


~111
bem 'também é capaz ~e compensar os efeitos de maiores cíesíguald~:0 - ~Nlld 84
ciais e econômicas. ~n
DNINII< 79
Ncnny 117
s.... Ili
lalllnd 100
~ 88 L __l__J~--~-1~:1:--~---;~--;eoÕ,100
80
/100
VarlaçAo total como
ao eo 40 20 °20
esma escola e entre
propor•'o da Porcenlagem da variação emédu:~:Varlação total da OCDE
varlaç~o da'ÓcoE escolas como proporção da m
fonJt -' OCDE (,o,;b).

... . 107 ... .


.... 106 ....
Lições finlandesas
·•··· ······· ········ ····························· ······························ ···· ···
~- ,,,.

D esde os anos 1970, as políticas educacionais da Finlândia cultivaram referem a cfj\·ersas cond ições de deficiências. rais como <;errymzj e de fah/
a ltos níveis gerais de aproveitamento dos estudantes ao mesmo tempo ern Jin<ruagem, intelectual e com portamental.
que limitavam a influência do hackground do estudante quanto a resultados ~egundo. na Fmlándia, necessidades de edu J~ íd,;ruic-r;;_
- ~
de aprendizagem, mantendo, dessa forma, um alto nível de equidade. Alguns das e rrata as o...quant6 a ~ a . p u ~ 4 comum da edu-
perguntavam por que os finlandeses achamisso tã; iril~esigual- ~ - Isso significa que há um número m a i o r d e ~ -
dade no~ ~istema..:.edu~ cit>n~1S:<i.a F mlaoêlia-e es~çialm~ be~ educação especial na Finlândia em comparaçãoc.om os f ~os L:núio,,
problemauca porque demonstra uma falha em_utiliz~~ áximo o poten- ou outros países, principalmeme nos primeiros anos de ensino. ~a5 escola,
cial cognitivo dos estudantes. Como um país pequeno, a Finlândia ~ abrangentes da Finlândia, que co rrespondem ao K-<J nos Esta.do-s L·nídos i-
deixar nenhuma criança para-n-ás. Evidências também demonstram que 0 (J\ora: no Brasi l, ensino fundamental). quase um rerço de wdos os alunos _;
fortalecimento da equidade na educação pode ter um bom custo-benefício. receberam educação especial em meio período ou tempo integral em 2012. , _- -..,
A OCDE, após examinar os quatro ciclos dos dado s do Pisa, co ncluiu re- Por fim , o novo sistema de educação especial na finlândia d~e 1.C1, •
centemente que os sistemas educacionais de melhor desempenho em todos foi definido-sob o ríffi!oâeXpõioà-.;t"p renclízage;;; ao Ensino. e rÕ<r~ _- :::,
os países da OCDE são aqu~les que combinam qualidade com equidade aluri"~ educ~ espec;;fsão cada vez ~ int~ ; : ..,
(OCDE, 2012). Outras pesquisas (Cunha e Heckman, 2010) demonstram comuns. Há tréscãce ~as de-;p~~ ecido a f'55f5 a l u o ~ ~ ~
que investir o quanto antes na educação de alta qualidade para rodos os es- d~des espe~ iais: (1) ~poio f era!; (2) apoio intensificado; e ( 3) apo~ ; ; J
tudantes e direcionar recursos adicionais para os estudantes menos favoreci- A primeira categoria inclui ações do professor em sala de aug_çmnum em
dos o quanto antes é uma estratégia com bom custo-benefício que irá produ- termos de diferenciação, bem como esforços da escola para lidar com a di-
zir o máximo de impacto na melhoria do desempenho dos alunos em geral. versidade entre os estudantes. A segunda categoria consiste em refor~ do
Como a Finlândia transformou esses achados em práticas que aumentam pro!:ssor, auxílio e aprendizagem indi vidual ou em grupo ~m
a equidade nas escolas? O direito universal de que todas as crianças finlan- o professor de educação especial em meio período. A terceira caregoria~
desas têm à educação infantil inicial de alta qualidade é uma coisa. A outra. dui uma gama..di.vusificada de serviços de eduqção especial, deyle a edy -
tão importante quanto, D)nclus[o de todas as crianças com necessidades cação geraLem_cempa ioregral até a alocação em uma insriruição e<;peciaL
especiais de educação no ensino comum, q~
é um princípio ori1:ntador Todos os estudantes dessa categoria recebem u ~

e- auxiliares de sala- de-- ---


i~ pórtante-da educação-finlandesa ~Todas as escõlas devem t~ professcire5
- ensino especial que possam ajudar as crianças com
1nd ividual que leva em conta as caraccerísúcas de cada aluno, personali-
zando, portanto, a aprendizagem para corresponder às capacidades de cada
u~. Como consequência dessa política de educação especial renovada, 0
necessidades especiais. Existem diferenças notáveis entre como a educação
7
especial é definida e oferecida na Finlândia e em muitos outros países, in- numero de estudantes com apoio escolar intensificado aumentou, e, com
cluindo os Estados Unidos. Mais importante ainda é que a educação especial apoio escolar esp ecial, diminuiu. No ano lerivo de 2013-2o i4 napuuslr.oulu,
n~
- - -- - - - ----·--=---
lâl!dia é para todos os estudantes, com base na presunção de que, em
6
'
~o/c0 receb eram apoio intensificado e 7,3%, apo10 . especi·al · Em 2013 ' cerca
de 22o/c0 d e ro d o s o s estudantes da peru..rlr.oulu receberam apoio em rempo
a!gu_!ls_pontos de nossas ~ s,toclosnós precisamos de -ªP-o.io.e.<ljuda.para •
integral
.
.
g era l ou intensificado. A porcentagem cora
l de esrudanres no en-
s~ fre.n1.e.
sino es · Id e . d 2 go/c de acordo com
· Primeiro, na Finlândia, a edg_cação.espccialé.definida,.ern-prinGípio, par:a pecia a peruslcou!u finlandesa em 20 13 101 e o,
atender.às clificuldades.relacioJ:1adas-ao-aprend-i zade,-tais-eomo-le-iwr.a.e.ei" a Statistics Finland
Mu · . · _ · 1da Finlândia é um
crita, e dificuldad.=s~_mru_emática e idiomas estrangeiros. Nos Esrados ----..,,!~acred1tam ue o sistema de educaçao especra
dos fat - .---:----:-- 1 ado ~
do mundo em
Unidos e em muitos outros países, identifica-se que estudantes possuem ne- O.i:es__ p.,rlfil:!P-ª.IS que exe licam os melh~res resu e os
ªProveit · ------ · Finlán ,a em e5 r
cessidades de educação especial se satisfizerem os critérios que geralmente se ~~~ :._qu idade no sistema dtlfl mo na

.. .. 108 .... . .. . I09 .. ..


··· ··· ···· ···· •···· •···• ... ·· ·· ···· ······ ···· ······ ·· ··•·· .. ········ ······ ···
O paradom rinbndt's
······················· ·· ·· ·· ····· ·······•·.. ........ .
,,
- ay

internacionais recentes. Minha experiência !)Cssoal, cm trabalho ..~ ,,·is .·


• . v·•~t~ equitativo da Finlà d'13 _ .
0 sistema .educacional altamente
. . n m o e resul1Jdo
ele centenas de escolas finlandesas, é ele ,1ue a maioria das cscol·,• s• cl ,1: ma,s . -omente dos fat o res educacionais. Estruturas b:isicas do e'tad d b
~ , . . s o e em-es13 r
atenção às crianças que precisam ele mais a1·uda !)ara ser bem-sue
. C•d' .•
· . cn,
. 1(1,IS ci·il finland ês tem papel fund amental de proporcionar a toei . , .
)
Sl • . . . . _ .,_ . . . . . a, as cnJnças t'
comparação
. . a outros estudantes. Diversos professores e •iclm,·
• · ·t d
11 1s ra ores . ,. ~ l'!milias cond1çoes equttat1vas para m1c1ar um caminlto ed .
s1. •1·- • uc:iciona1dt'
que visitaram escolas finland esas pensam da mesnn• fornn• , m •·,s· gera 1nwn- esso aos 7 anos. Licença parental estendida planos de ·d•
sau ah
Sllc · • t r:m~entes
t e estão presos no meio dos dilemas ela c.xcelência 1•er:•rL' ,
::_ .' :_quu · { a,{ e: e1ev,'d a
0 e preventivos para todos os bebes e suas miies e monitoramento sist~ático
demandas
. extern as e regru lamentos de seus • , ses. ,T estes
própr,·l,s l)·ti' · , - -- . p;ic1ro-·
do desenvo lv imento físico e mental de todas as crianças s..i o acessí,·eis a 10_
mzados que comparam médias individuais ús est·1tísticas co,,cc>r ' · cpic dos, independenteme nte das circunstàncias de vida ou patrimànio.
. . . . . . . . • , rencta
deixa os estudantes mais lrage1s para tras e 1ngamento
• , . 1o no mcnto
b ase,1c ••
.
, ç,1. r a equi-
• • •alc-tn
dpara pro fessores prejudica m os esforços das escoh' s p·in Fi1,,rur11 2.;3. Número rcl11ti\'o estimado de estudnnlcs cm educaçiio
ade. Nenhum desses fatores atualmente existe no sistema cducacioinl d·1 cspccinl cm meio período ou tempo intcgrul 1111 Finl,indin e t•m
Finlftndia. ' · outros pníscs durnntc o e nsino fundnmcntnl

No surgimento da reforma da peruskoulu, a Finlfmdia adotou uma es-


tratégia de intervenção e prevenção precoce para ajudar os indivíduos co~
FlnlAndla
nece~si~ad~s e~peciais de educação de alguma nan1reza. Isso significa que
Estratégl,1: prevenç~o
poss1ve1s d eficits de aprendizagem e desenvolvimento são diag nosticados
~urante o desenvolvimento e cuidados infantis iniciais, antes de as crianças
Internacional
mgre~sa~em n ~ escola. Nos primei ros anos do ensino fundamental , apoio Estratégia: reparo
especial intensivo - principalmente em Leitura, Escrita e Aritmética - é
oferecido a todas as crianças co m maio res ou meno res necessidades espe- Anos Iniciais do En sino Fundamental Anos finais do Ensino Fundamental
ciais. C o mo resultado, a proporção de estudantes com educação especial na
Finlândia nos primeiros anos d o ensino fund amental é relativamente supe-
A educação i~ant~ inicial, pré-escola voluntária gratuita frequ~ _:-- :....._
L
rior do que na maio r parte dos outros países. Conforme a Figura 2 . 3 mostra,
o número de estudantes que recebem apoio especial na escola na Finlàndia da por cerca de 98% das c.àanças_fOlll oarR>s a eicla~ ~ ~e _ . , ~
cai no fim dos anos iniciais do ensino fund amental e aumenta suavemente abrangentes e medidas preventivas_para identificar possíveis di~c:s
d . - - - -
conforme os estudantes passam para os anos finais do fundamental , ensino e aprendizagem e desenvolvimento a ~ que a cnança micit' os esrudos
são acessíveis a todos. As es~la~ finlanclesas ta-mfiém of~ 1 a todas as
baseado em disciplinas. O motivo da necessidade cada vez maior de apoio
crianças um almoço gratuito e saudável todos ~s dias, independemementt'
especial nos anos finais do ensino fundamental na Finlândia é que o currículo
d~s condições socioeconômica;-de sua fam ília.A pobreza 1nfantircem um
unificado determina cenas expectativas para todos os estudantes, indepen-
niv: I muito baixo - cerca de 5% da população infantil. em comparação com
dentemente de suas capacidades ou instruções anteriores. A estratégia co-
maiSde 2 3% nos Estados Unidos e 13% no Canad:.í. A fim dc:prewnirque os
mum internacionalmente é a de reparar problemas na educação fundamen-
alunos dos anos iniciais do ensino fundamental fiquem classificados dt' acor-
tal conforme ocorrem, e não de tentar prevenir que aconteçam (Itkonen e do com seu desempenho educacional nas escolas, notas d e ava 1·.iaçao
e - são
nao -
Jahnukainen, 2007). Os países que empregam a estratégia de reparo 1êm um • anos dapmiskoulu· Esse
normalme
f, . n t e uu·1·1zadas durante os cinco primeiros ·
número relativo cada vez maior de estudantes com necessidades especiais .
• • importante
01 um pri ncipio d · 1· d ment:11 na
no desenvolvimento o ensrno un ª
no decorrer do ensino fundamental , conforme apresentado na Figura 2 . 3·

.... 110 .... .. .. 111 . ...


Lições finlandesas O paradoxo linlandés
· ······ ·· ··· ············· · ······ ·· · ·· ·· ··· ·· · ·· ·· · ·········· ·· ··· ···· ·· ·· · · ··· ·· · · ·· · · ···· ·· .. •·· ··· ··· ···· ·· ······· .. ···· ··· •.. .......... ...... ...... . .... .........
,

Finlândia: elementos~ ai~que causam repetições de ano nas escol sino fundamental (aos 10 anos), no último ano do ens,·no 1r d
' . , . - - - -;-::- ~ d o en ~mmta1
o.e\·.em..ser remO\,dos.
_ _ _ __ E por isso que a repeuçao d e ano e o excesso de con- (, 4 anos) e no ensino médio ( 17 anos). O desempenho dos estudantes finlan-
fiança na mensuração do desempenho escolar, que será discutido a seguir deses no Segundo Estudo Internacional de Matemática (publicado em 1981)
estão desaparecendo gradualmente nas escolas finlandesas. ' ficou, em todas as áreas da Matemática, na média internacional. 0 desem-
·
ao da Hungna,
penho médio nacional da Finlândia foi claramente inferior
dos Países Baixos e do Japão nos anos finais do ensino fundammtal e no
A APRENDIZAGEM DO ESTUDANTE
ensino médio. Em 1999, o Terceiro Estudo Internacional de Matemática e
~ último critéri~ da qualidade de um sistema de educação nacional é 0 Ciências classificou a Finlândia em 10~ lugar em Matemática e em 14, em
~ o bem os estudante~ aprendem o que devem ~ ~~nde7.c:omparações Ciências dentre 38 países participantes. No TIMSS de 2011, os estudantes
mternacionáis des istemas educacionaisênf~ m a ~ ç ã o em testes finlandeses das quarta e oitava séries do ensino fundamental ficaram em 8"
padronizados de aproveitamento. Embora seja difícil comparar os resulta- lugar em rodos os países participantes e foram classificados como um dos pa-
dos atuais de aprendizagem dos estudantes com os resultados de 1980, algu- íses com melhor educação fora da Ásia Oriental. Desde o primeiro ciclo do
ma evidência de progresso no aproveitamento dos estudantes na Finlândia Pisa em 2000, a Finlândia vem sendo um dos países com melhor desempe-
pode ser oferecida por meio dos estudos da Associação Internacional para nho em Matemática entre os Estados-membros da OCDE. O progresso foi
a Avaliação de Aproveitamento Educacional (IEA), e de registros de pes- semelhante em Ciências desde o Segundo Estudo Internacional de Ciências
quisas desde os anos 1970 (Kupari e Vàlijarvi 2005· Martin et ai 2000· no início dos anos 1980. Vale notar que os estudantes finlandeses sempre se
Ro bitaille e Garden, 1989). Por ser impossível ;onclu;r se houve pr~gress~ desempenharam bem internacionalmente em leitura: estudantes finlandeses
no aprendizado do estudante de forma geral, vamos analisar algumas dis- da quarta série foram os melhores leitores no Estudo de Compreensão de
ciplinas escolares individualmente. Texto no final dos anos 1980, e os finlandeses de 15 anos chegaram às pri-
~tergática é geralmem.:. utilizada co_mo um indicador para o desem- meiras posições em todos os ciclos do Pisa.
-. penho ed_:1qi<:i~ nal_ ~dêmico geral. Os estudos disponíveis incluem o A IEA publicou, em dezembro de 2012, os resultados da pesquisa do ano
Segundo Estudo 1nternaciõnaTTe"Matémática (SIMS) em 1981 ( oitava série, anterior quanto ao aproveitamento de estudantes das quarta e oitava séries
20 países), Tendências no Estudo Internacional de Matemática e Ciências em Leitura (PIRLS) e em Ciências e Matemática (TIMSS). Os alunos fin-
(TIMSS) em 1999e2011 (quana e oitava séries) e cinco pesquisas do Pisa landeses da quarta série participaram das provas de letramenw pela primeira
vezded O F· 1· d.
desde 2000 (alunos de 15 anos). Esses são os estudos internacionais de ava- s e Estudo de Letramento da Leitura da IEA em 1988. A m an 1ª
h .
liação estudantil dos quais a Finlândia participou desde 1980. Visto que as avia optado por não participar do TIMSS após um estudo para repetentes de
1999 por ter se unido ao Pisa em 2000. No Estudo de Letramenro da Leirura
nações participantes de cada pesquisa internacional não são as mesmas e 0
no final do , · r os melho-
escopo das pesquisas da IEA e da OCDE são diferentes, a média internacio- s anos 1980 alunos finlandeses da quarta sene ,oram
res leitores de ' , . . MSS d 99 que avaliou
nal co mo valor co mparativo nem sempre oferece uma imagem toralmenie M ntre os 32 pa1ses part1c1pantes. O TI e 19 ,
fi atemática e e·• 1 . . .
enc1as, me 1u1u uma amostra representanva
· . dos estudantes
comparável o u coerente.
A Tabe!~ 2.2 mostra o desempenho da Finlâ ~ a c ~o- ª seuma sene que se desviava do proce 1men to normal da IEA.
nlandeses d . , • , . . d"
que geralme . 1. . d dantes das quarta
nais d~,!.ção_esru.dantilMsde..9 início d.9~ano~!.260, quando o Primeiro . nte me u1 uma amostra representanva e estu
e oitava , • d ou que
Esrudo Internacional de Matemática foi lançado. Esses estudos geralmente d senes. Os resultados do estudo TIMSS de 1999 emonSlT '
entre os 8 , 1 d se saíram bem
comparam o aproveitamento dos estudantes em Compreensão de TeXIO, aci 3 paises participantes, os estudantes fin an eses _
ma da m ' d•13 . . . tes da OCDE, o,
.\ fatemática e Ciéncias em três pontos da educação: no fim dos anos iniciais es e internacional, e dentre os países par11cipan
tudantes li I deses ficaram prox1mos, . . ' d. d OCDE.
a me ia ª
n an

.... 112 . . ..
11 J · ...
Liçõ.,s tmlandesas O paradoxo fi nlandês
······ ·····························•···· ············· •········· ······ ········· ·· ·· ·· ·· ········· ... , .....
· ·· · · ·· •

Tabela 2.2. Desempenho dos estudantes finlandeses em estudos


internacionais de a,.iliação estudantil desde o início dos anos 195 0 Estudo População Pafses e~
da Ymlindla
Estudo Classiflcnção Esrudo Iniernacional
Populaçüo Países Estudantes da oitava 1999: 31 M,lhor desempenho
da Finlândla da Educação Cívica série do ensino
Prim,,,ro Esrudo
- e para a Cidadania fundamental 2009: 38 M,lhor d,sempenho
Esrudanrc; de 13 anos (C IVED e ICCS)
L,n,naciona.l de
~ os que cunduem o ll Desempenho médio
\Ll.-emâria d:, lEA 2000: 43 .\I,lhor desempenho
ensino médio
(IBJS1 1~6 : -196-
Programa I mernacional 2003: 41 M,lhor desempenho
Prucciro Esn1do dr Avaliação de
Estudantes de I o e q Estudan1es de 11 anos 2006: 17 M,lhor desempenho
Inrenucio n.tl de ES1udan1es da OC DE
lnOS e os que concluem 1S Desempenho médio
Ciênci.is cb lEA (Fl SS) (Pis.a) 2009: 71 M,Jhor defflipenho
o ensino m~io
196--1 9,
2012: 6s .l f,lhor da OCDE
Esrudo de C ornp=ns:io Esrud:1mes de I o e q Dcsemp<'nho médio
de Texro cb IL\ m os e os que concluem q (em uma área,
196--19, o ensino médio terceiro lugar) A divulgação dos resu ltados do TIMSS e do PIRLS em 2012 recebeu
5.egu:,do Esrudo muito menos atenção internacional do que quando os estudos Pisa foram
Estudantes de 13 anos 19 ( 13 anos)
lm:=cional de publicados em 20 13'. Uma grande diferença nesses dois tipos de avaliação
e os que concluem o 11 (ensino Desemp<'nho médio
Ma=nãrica da I EA
ensino médio médio) imernacional de estudantes é ~ s 3..1~aí~ e~-m~!ros. da_QÇQ[êi rrI::
(SI:'<IS) 19- -1 98 1
cipam doPisa, enquanto ape.!1.as alguns deles estão inclusos no PIRLS e
Sq;undo Esrudo Estudantes concluintes Alto desempenho
ln=cio nal de dos .:inos iniciais e dos com 10 anos;
no TI MSS. ·Einio,,, o PIRÍ.S cobriu 48 países ou regiões no mundo e o
2;
C iencus da I EA (SISS) anos finais do ensino desempenho médio TIMSS, 63.No geral, os estudantes finlandeses ficaram próximos ao topo
1.,&v-1987 fundamenral co m 1-4 anos
em todas as escalas do PIRLS e do TJMSS em 2011. Alunos finlandeses da

Brudo de Redaç.io da
Estudantes concluintes
dos anos iniciai~ dos
Desempenho médio
quana série ficaram em segundo lugar em Leitura e em terceiro em Ciências.
Em Matemática, estudantes finlandeses das quarta e oitava séries ficaram em
L
anos finais do ensino q
!E.\ 198c----19SS oitavo lugar geral. O TIMSS, da JEA, e o Pisa de 201, sugerem que estudan-
fundamental e os de
ensino médio tes finlandeses estão próximos aos melhores colocados do mundo em todas
Esrudo de Co mpreensão as disciplinas escolares avaliadas. No entan to, a principal preocupação que
Estudantes de 9 Melho r desempenho
de Texto da IEA )1 esses estudos também revelam é um baixo nível de motivação e comprome-
e q anos
19S8-t9';)4 - timento entre os estudantes nas escolas da Finlândia.
1991= 41 Não panicipcu
- . O :I~ pode explicar essa melhora eviden~l!.9- apJOYe.itamfoto estu ~ -
d
Terceiro (mais tarde.
Tend.;.;cias no ) Estudantes das quarta e
1999: 38 Acima da média
- !JI nas es ·1- ,..-,-------:--
~
1 - - ·-
co as n nlandesas em av~õesinternaaona1s e estu
· · d dantes desde
.
Não pan icipcu os anos I g ~ H --- - , aduziram mais
Esrudo Internacional d e oirava ~ ries do en.s ino 2003: 10 · 9 o. ouve algumas pesquisas ~~ area, mas pr ~
~fatem.ário e Ciênci:is fundamenral especula - ~ . - ti · · (Hautamãki er
2007: 19 Não parricipcu a çao e ana1,se qual~tativa do que_:.e~ostas con ~ .
(TI.\!SS) 1., l 008· Lº aky1a, .. - - .. .... • aJ ,.,,.,,,) Tres pas-
2011 : 63 Próxima ao top<> . . ' mn 2004; Ofsted, 2010; Va111arv1 er ·, 2 - , ·
s1ve1s re , • a-hn@ísã°men-
Não panicipcu . spostas surgem. Primeiro, o ensino_de..Matem3 t1c
Progresso no Estudo 2001: Jj
te •ncluíd 0 - r _,m,rão de profr_sso-
Estudantes da quarta . no desenvolvimento de currículos e n~ o~
In temaoonal de Não participou
série do ensino 2006: 41 res dos a ~ - : -- - - - ·- - •n1· dia Por exemplo,
Compreensão de Texto
fundamental nos _1~1~a1s d o ensino fundam_!:!ltal d~ ~ ~ -
Melhor desempenho
d:a IEA ( PIRLS) 20 11 : 48

.... 114 ... . · .. · II 5 · · ·.


O parado,-o finlandês
. ······· ···· ······ ···· ... .. ··· ······ ····· ····· ···· ··· ·• ······· ······•• .......

e2 t: =::: •::t ~ l t ' é!f H ~ a C3G2 Z..'l"JQ. cerca ce n'll dos ~7Udarnes 1, .-\ Finlândia obteve o mell2_0:_ desempenho geral dem~países-4i-
Cíffi FC~ ér :Ja. c..ação et ;ro:-e s~ pai-a os anos i.ruciai; do ensino OCD~ Os~ Q 9 0 e 2_001._e fo.i,__também, -º ~º capaz d:_
_- 6=-.· '5ê ~ . ?'.:.,,.,,-7 -::io e=::::io 2f Mzleoáica. Isso permiir que ~ empenho. Na pesquisa Pisa de 2006, a Fmlandia manteve
ei.a ~ ~, rr=ÉS= ~ :xi;. nos ~:xis do ei:smo iundamemaL ;;eu aho desempenho em todas as áreas avaliadas de aproveitamento esco-
Cc c.,: a - ~ z ~ ,_z 65 ex-u'.zs de znos i.rhi:::is do iundamen- lar. Em Ciências.. o principal foco da pesquisa Pisa de 2oo6, os estudan-
::;..: ~ lrr ·_: 6 -= p 7-: s;::,oc-,~ c_:i~ a-.:aooe::n a namrez.. do emino e da tes nnlandeses superaram o desempenho dos estudantes dos 56 países, dos
Zr-.::::•~:= - == :o=6. ~;-:e · v,v30 - da J.h:.,.--=z'éca. S.egu,-ido. ramo a quais alguns estão na Figura 2.4 (OCDE, 2007). No estudo Pisa de 2009,
,-__ ...:-=--,:,,ce F = ~ ~ .;:, --=..:._ -::-..:::- ::namni~ro na ~ a f inl:india foi, mais urna vez. o país da OCDE com melhor desempenho,
== f=- • ée :·:x::: :-2. =e:-~ ~ ~ _;roh: ~;; ~=.:;o::z."JCo.. de,_~sa "ow~ ~ com :tlw desempenho educacional geral e resultados de aprendizagem equi-
- .-:-:e:;::-=,.: ~ 'J ~ :. ~~~ -:,o~i_~ ~:==-=:::~ :1t* te:,._-res. P1sa são oriHis com um custo relativamente baixo. O que é importante nesse per-
~~,-=-e.~ ~~:-= ~ . . Ôf ~:::=~ f ::-o '!.!x' rl-e ::1a:ewãica an no, -as si- iil roucacional nacional é um número relativamente grande de estudantes
r-~,;i~rS ec -.-ei: õe =r.= 6=:...m do a.:.-:-:c .:.!o e da emerua Terceiro. a

-
com o melhor desempenho (nível 6) e uma proporção baixa de mau apro-
:·-:,--,:=,..., 6= ~ :-5-;.:= e.e-,::-- : ...: c-.a :::12 F"~ é j)2l.:.ratia na didática Yeitame.mo (niYel 1 para baixo). Mais da metade dos esrudantes finlandeses
6 ..:....~~~ ~:e--;--~ ~~~ ~2!:1::cac=-ê ~

-
-
~ e::: 1="é: - : :_ :
- - : .__ ~
= -- --------
- -.---:---- -
-
z::...-=:.r e-.:.:: o:-s :r.c:·=--0:es l"ê'cé::H-o=rlos com~
,- --=-----:-- .
alcançaram o niw l 4 e acima em comparação aos Estados Unidos.. em que
aproximadamente um quano de todos os esrudantes conseguiram o mesmo
:_: s:=-a: =---.---a::,:::- . - - -==-=-===::::::- e e::.==~ iei10. .-\s províncias canadenses de Alberra, Columbia Britânica, Ontário e
6: :GD : 1.___--~ : · ,. ,;. ~::r:..· -, ~:;;, e:.~-.?rià :\ .:- ~ :, ~ i-2ruldades rêrn Quebec também tiveram mais de 40% dos esrudantes demonstrando um
~,:~~ --.;-=cc--: ~ -.L=?E--- - -=,--ti :l2 ..--:-:--~çãa Ce ?X1-e'SSOI'ê'S q,..:e reforça as dex,.mpenho de, no mínimo, nível 4.
a:=::e:;_,~ - - - ... ~~ ê.= ::-:--::-=»C:i5 CE ::::iz:~ca. O quimo ciclo do Pisa. em 201~- confirmou o sinal fraco que havia sido
- -
O F..x. ~ ,e::r:::, .ê::ca2i ,...,,,,;e:. •ez ::::::ES 2.-afução global = = dado pelo ciclo anterior aos finlandeses: o aproveitamen!O dos esrndan-
~ o:~-~ ~,,z,,..-:-:---~ ~-:> =6::~ oo; ?3=--<.es 20 m al da educaÇ30 1es nessa classificação internacional continuou caindo. No Pisa de 2009·
r,é-:=z-,--:-:::a... ~ 3--' ~:e: :=.=:....--x,;, ü O CD .é: ])2Tric:pam de,.--sas a,-alia;-ões ª Leirura caiu 11 pomos desde os resultados de 2oo6, de 547 para 536; ª
~ ·= ;.~ée a:_- ~ - -::.::: = '..l. -,,,.-..-,_;:..:....,.:: 6é:ici<sdos e,,u.:àamesde 1, Maiemática 7 pomos.. indo de 54S para 541: e Ciencias 9 pontos, PªSS.:nd_0
- - ~ - :.:: - - -- ~ ~ --- ~ = '~ _ ,.;.. .,
--';. - -- --,,: n - e'~.,..,,;-=
r-':!-'C:;,,. :urisdicões (tX>r
~J~ - ~ _ ,_ _ - --~-~ I p • ~
de i 63 para 5)4. Avaliações nacionais de esrudantes e pesquisas academi-
-:::r- !C ~é--i"" r:z -~<'"--- e ~~- - ::rc.~ Ces;.ê e,,--::1do. Ü Pisa fr,c3 cas na Finlândia já ha,·iam demonstrado.. antes do Pisa de 2º 12 se tornar
- " - -
:::::.G?--:ac:rxe ~ e-: =7.-~ ::_-~- ,.:: ....--- x"J co-~tt:.-:::e:-_:o e :uhilirlades para Público_ que o conhecimento e as habilidades dos esrudantes em Leitura
Fc:::::-:r,= w.z::r~-;. 6 -.-=~ :-e::l O lf'isa c..-r·:v o ro:ice::o de !e-u;m:en!O p:arli e Ma1emanca · · nao- eram mais como ames. Um e,ruuu•
. d0:-'::::..::=;_:_--:--
da Universidade de
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caiu l! pomos des e a ap caçao do.ú nmo.exame-.--t .
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~ .i:4; em Matemática, a ponruaçào caiu~
d 141~
,:e d ", -,._,_.,_ ~~::C~.!!b .;i1:-=;;~ eJ:?lit:acOS ~ cocu.me..11105 iécnico; _ e~ern C1ên-;:::---_ - -- - ~
-.:-_::las_ 9 POntos-:-ae~\4 ~ i-15 ~V C-DE' - 013a) 1 .
0

is-yj6~ec ~ ~-== ' -;-.•-t-~O CDL~.

.. 11(.)
.... 11 7 ·· · -
1

O paradoxo finlancli-,
......., ,, .... .. , .........., ,, ,, ,, , , ,, , , , ,, , , , ,,, , , , ,,, , , ,, , , , , . ,, .. .. ......, .....
, , ,
,, , ,, ,, ................ .. .. ................. ....... ....... .. .... ....... .. ........ ..

Flgurn -: ..,. l'on·1•11l111(1•111 de• csl11cl1111h•s cm 1·11cl11 nh•c•I de• . Jass·ido 1wra milhares de turistas _educacion ais tirou a atenção do
plicar o 1 · ' . .. . _ • • _ . , .
prolld(•11d11 1111 1•sc11l11 ele l'll1111'111s cio Plsu :zoofl 11011 pnfsc•s al da Frnland1a para O futu-
descnvo lvirncnfn do pr6pno sistema educacion
s1•lc•1·io111ulos cln ()(:1) E 1• c•m 11l1,<1111111s pr,wfiwln .~ c111111clc·11st•s ( •)
rn. Ourros argumen tam q ue o alto poder de atração do Pisa levou outros
■ Nlv,•I 1 ",ilMlxo ■ Nlvl'I J Nlvt'I •I ', Nlvt'I (í , ..,1 muclar suas grades curricula res. Tais. observado res apontam para 0
100% ---- ---
'
parses •

uso e1aS Pc rrmntas


r:,

' do Prsa para moldar

as lições e orientar os estudantes a
fa1.cr provas ao estilo elo Pisa. Como reste de normalidade, o Pisa faz suas
81Wo avaliaçôcs cm uma curva no rm al. O que as ou tras nações aprenderam com
a Finlflndia e puseram cm prática necessariamente derrubou os resultados
ela própria Finlândia .
A Figura 2. s mostraJiu t.tas.div ergência s..nas..t~ &desem penho
do aprendizado dos cstuda ~tes fi~la~ ~as esco-
las de marcmárica e ciências do Pisa cm compa~ lguM1J OtrOS países
40% ela OCDE ao longo do tcm_p~ (OCD/b_2~0 ~ 2:104,.2°9~ 3~ Vale
nolar que o aproveira menio estudantil na Finlândia demonstro u progresso
cunsisrenremcnrc aré 2006, em todas as disciplinas avaliadas, de acordo com
20% n~ dados do Pisa, o que não foi o caso para muitas superpotências da educa-
c;Ju. É importante observar que quaisquer efeitos que o ensino pode ter tido
nus resultados de determin ado sistema educacional refletiu primeiro a influ-
Oo/,
ência das políticas e reformas educacionais implementadas nos anos 1990-e
11 ão as reformas educacionais mais recentes. Os motivo ~ trás da tendência
inconveniente de queda da Finlândia no ªe!oveitamcn!Q._.estudanrihivalia-
cln scriio discutidos mais a fundo mais tarde n~ o..Cap~
Outra pergunta intrigante surge da Figu~a 2.5: o que poderia explicar 0
desempenho cm ciências excepcionalmente bom dos estudantes finlandeses?
.
'

A força das escolas da Finlândia com relação ao seu sucesso no Pisa, parece
M 1ii1os perµ; u11111rarn: "que de11 errado na Fi11l:111di11 r l'or cpre ::JH pontua· ~cr'i° cnsü1Q_dc ciência}, Alguns fatores sugeridos por educadores de ciência
~·õcs aµ;ora esri'l n cai11do? (.: por <pie ulw, que :.1111criorrnente estava I raicndo 1
í 11landcses tnc .
· 1uem os seguintes . • a 1ormaç
: prrmerro, r ão de profiessores para
melhorias desapareceu rias cscolatt /inlandcsa~? <>u i: devidc, a m11d:111ças na "~anos •nrc · d o ensino fundamental focalizou, nas u' Itrmas
· · iais · duas décadas'
sociedade ou nus lurcs finland cseH? Sejurn quais forem ,m motivos por tr/ÍS . • . nas
. gem d e crencras
. e aprendiza
a rcclc/iniç~"º d e cns1110 . escolas para que os
das mudunça~ , os fi11lu11descs devem .idotar rc~posra~ i111cliµ;c111cs e evir:ir cs1uc.J·1111.
..
· •·
' estivesse m opo rtunidades de praticar c1enc1as. 0 m
· A esmo tempo'
recuperações prccipitad :rn e /'als:111; devem, na verdade, analittar novamente cada vez. m·ais • pro1esso
r . . •
res dos anos inicrars do ensrno iun ª
e: d mental estuda-
os dados anterion:s 1· aprender 111:iis com outros países, runto com suas lris· ra,n o ena de c1ênc1as . . · _ . d %dos formados
11 tno duranrc sua formaçao - mars e'º 0
1/1rias de sucesso, qu:1111" com reformas fracassada s. ª Univcr9 •i dad e de Hclsinquc csrudaram um pouco de enSrno · de ciências em
/\ posi~·?io ineffperadu c<m10 líder,. 111ocJcl<> mundial de cducac,:iio pode seus prog , . .. , . orno parte de seu
.
ramas de mestrado. Tais estudos u111versttartos, c
ter pcrrurhadfl o comprometimc111,, a111criC1r cJ:1 Finl:111dia co111 rncllror:• r PrnKram-'1 normal de formação de professores focaram no desenvolvi mento
d
rcnovaçã,, co111í1111as. Alguns alirrn: 1111 qn c a complacê 11ci:1e o foco cm rx· ,
e C<mlicc·lfl'lento do conrcúdo pedagógico e na compree nsão do processo

118 .. "
119 .. . .
Lições finlandesas O paradoxo fi nlandês
································ ·········· ······ ·· ··· ····· •·········· ··•······· ······• .......... ·· ·· ········ ················· ············ ··· ··· ··· •.... ···· ·••..., .....
.. ..

de ciência s ba-
científico na criação do conhec imento . Segun do, o currícu lo Existem alguma s avaliaç ões interna cionais de estudantes que
se focam em
do em ex-
seado em conhec imento foi transfo rmado em um currícu lo orienta 1 , não em Leitur a, Matem
. !'nas
d1.sc1p . . e Ciências. O Estudo
ática , Internacional
Essa mudança
perime ntos prático s e resoluç ão de proble mas na sala de aula. de Educação Cívica e para a Cidada nia (1 CCS) da IEA e uma
dessas avalia-
foi seguid a de um i!poio--intenso ª<:. desenv olvime nto profiss ional Í1ãciõnà l ar contextos e
- e é O terceir o estudo da I EA desenvolvido para mensur
çoes,
fiindameOtab..
a tm:los-crs pr;t"~ss o res -de ciê~cia s dos anos iniciais do ensinÕ resultados da educaç ão cívica e para a cidada nia (Schulz, Ainley, Fraillon,
s finlandesas
Tercei ro, a formaç ão de profes sores em todas as univer sidade Kerr e Losito, 2010) . O I CCS de 2009 que se baseou no Estudo
da Educação
rdaasn ecessia aclescI ~
incluin do as Fãculd ad~s ~~ -S:iênci as, foi adeqm Cívica da I EA d e 1999 estudo u as formas como jovens dos anos fina is do

-
currícu lo êscõfa-;.. Atualm ente, a formaç ão de profess ores â
rente e consist ente com os atuais princíp ios pedagó gicos do
dizage m contem porâne os de ciência s inspira dos por ideias
eêíe

e
nê:ias-é"
ensino e apren-
"ttie-

inovaç ões dos


ensino fundam ental (geralm ente na oitava série) são prepara
mir seus papéis como cidadã os em 38 países da Europa , da Améric
foi
dos para assu-

a
a Latina e
avaliaçã o do
rra. da região da Ásia-P acífico . Um aspecto central do estudo
Estado s Unido s e da Inglate adas à civili-
conhecimento dos estuda ntes sobre diversa s questões relacion
dade e à cidadan ia. Nesse estudo, o conheci mento cívico se refere à aplicação
ática e Ciênci as
Figura 2.5. Desem penho dos estuda ntes em Matem ri:ln 1v1smÕ~ .: 5-
nas pesqu isas do Pisa entre 2000 e 2012 cm países selecio nados dn dos proce~ gnitivos d e civism o e..cidaQfillia:a:o..con~tR
OCDE
---- Matemá tica
c ~ a . Conhecimento cívico é um -- _;__~- -. _
termo amplo que incl~e r,emr nder- --; \ 2-
e raciocin ar. É um resultaêlo imp_ortante dos pro~m as de educaçã
o cívica ._:::
'
------------------
560 . -
= •
r---- ----- ---= =--- - - - - - - - - -
200& • 3lOI 2012
e dü1dãc lania e é essenci al para a particip ação cívica eficaz.
am a
No-i-ee s-de~o -o-9~ esnrda nte·s-firdãncle-s-esclã Õ ~ r ie obtiver
5-40
s20 t - - -- - -
com seus_ co-
m~ ~o média...enu:on lieetm entG-cú.cii;Qj1,mtamente
nos resultad os do Pisa e
soo - -- - - legas dinama rquese s (vide Figura 2.6). Assim como
desempenho
480 do TIMSS , a Finlân dia teve a menor variação entre escolas no

11
forte relação
460 estudantil no estudo I CCS de 2009, Esse estudo apresenta uma
entre o Índice de Desenv olvime nto Human o (IDH) e o conhec imento cívico L
440

420 1 no país. A variaçã o no IDH explica 54% da variação de conhec


entre países. Isso mostra que as médias nacion ais de conhec
imento cívico
imento cívico .
' .
t
CS ào relacio nadas a fatores que refletem
o desenvolvimento e o bem-eStar
Ciências eSNdos
- - - - -■-3lOI- -■-20011- - -
5a0 r - - - -• -2IXJO ----- gerais de um país. Essa descob erta é semelh ante àquelas de outros
l!D12
2003 riament e ifldica
660 l - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -ir - internacionais de resulta dos educac ionais, mas não necessa
to geral
540 f - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -. uma relação casual entre o conhec imento cívico e o desenvolvimen
- Parado xalmen te esse estu o tad rnb ,
em apon tou que os 1·ovens
520 r---- --.i-:, de um ª naçao.
' .
. m os menos enga1ados com questoe s Pº - J' ·
iucas e civis em
500 ro..---.----.-, finl an deses parecia
seu cotidia no.

III
480
·
Todos• os cmco .
ciclos • d es de 2000 1·ndicam que o de-
de pesqui.sa do Pisa
460
sempenl10 ed ucac1o . ente em tod os os domínios edu-
. nal finland ês e, consist
440
.
· ava11ados, d édia ' obtêm. uma
420
cacion ais e que os estuda ntes finlan eses, em m
USA li( Aoland - em todas as discipl inas avalia
alta ponru açao . d as d e cad ª pesquis , a,
a (Le11ur
sa e men-
Matemática e Ciênci as). A qualid ade da educação pública finlande
, 01ob),
Fonu: O C DE (200 1, 2oo-4, 2007• •

.... 120 ... . .... 121 ... .



. . -· . - . . .. . . . . . .. .. .... . ....

surada pelos estudo, intemaci<mai'> de avaliaçâ<J t">.ud.anu1 CfW: '--~ Tnt:::~•~ ~ - -- ~~


,-:2 z c;;érl:a - . d,.Y ~ - ---· , -
' emra2:-;;:i_
c::o .L í1 em l.'.) r 1 renha caído
rando de forma con'>tante de~e 0 inici<> d<>'> an<>r,, 197'.J. Q Vi'>a d<: 2.' h'; :.,JJ . - , - : ~,r, .;, 2,,:_r.,r,.:,-:r:C7' l "lT""'err. ~{ 2 - ~ ~ ; : ; - ~ . . : _ _ - a l.-
U,- - - . - . .. . - f ..... - I
o segundo ciclo qut se focou n a o:nnpr~-n; âs; de te.no Ott.ramt:m.c;) ""-}>'.ll>
e o Pisa d e foi a '>~runda v 1.õ'1. <:m que a .M.av:-máúca ~
,•...., ,~
;::,.·...~~ ;
~z;.e-.;:.u; d!: l-erarra e- r:·.;::e:-;-.,.-;çê~ e5fu(!::::::.es 6.-Jandeses _-_
2 000. 2 0 12 t"":il.':";!: ---=-~ ~ ~ zb ·;, .~ ,d' □:cn.2i:iDnai. O Gcie é afa:rm:a:ire nos dacos
~ -- -- .
foco. E-,ses estud os, ponanto, for n<:,ctm uma <:,porwníd.aru: ú~...ca di: «-·r.Ji.:r -~- e,...
CJ'i . ~ - ._._- -n-6 -~• ,..~- u, e:1:.a::-.:r,. e.ci :-eiaár,mufr, à éc:...:.oberra de rme 1- os
p<)dem uu1iz.ar 9
a tendéncÍ.ét do quão btm <>1> C'>OJdant.e, e nu.-ruiern e
aprenderam sobre leitu ra e mat.tmática na e.,,cola.
,~
... ------
•.,......, ,.::-·~-..:::~, ~ :-;.e.f:Fi> .c,r,:- :>:-.a.eT
•,.,. .,•. )__. - r.<Y
;e
, en ~ áo CT':ré:
. '\é: r°azia há ro
:c,·k J,!~;,..:... (i..-.:-5 =::-~ rr:--.la...~de- 15 a:-\05 rdaoo o&; ler por prder.

1w 1 ~ é dzn-meri.Ze ,.-iajt.·d nos e:smdús r=ior.asáe crm:preensão de


Figura :2..6 . Pontuações d ,, coohecirneot.o d vico ~ t:1>!.whn~
da oilava série noi. países da OCD E qw: p-Jrtkipa.r.tm do E ~ ~ e hili;u-15, &:: Je:rura rlZ fr::-Jz:-c&a .-'l.P::en....'=é:l"..re.~• obsen , da
lnlernacioruu de Edu_cac,:ão Cívica(; p-.u-a a Cid.adan~ <JCC~) :1,; ~ ..nr~~ ~ú r....aJ dia Fr:-..k-r.ri.i<. pode e-sra- as::-r~ aos z:1:ocCJ;
t = r...e-rY:r:- ;;r.

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t :"'> ~ . . .••- . •,. ._!._~
· - - ~
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Ftnland . ·-~- ·., ., ~~dt:JU.crl a


0

õCDE(~-- l ra f>- 11 - _ _ ã, FtrE(il:h é= éos üceres


Dennwk l ;·=>dms no deu:rn;,er:~ escú¼cr & 5elli esmk,= dos a.- ios ri-:J;,'5 do :'un-
~ea ' ........ ~
k r ~ .t: do em'IT:o mb:fiD. ama~~ <tUe ,o-n sendo mamida r-da úlé-
Sweden
Pollm
lreWld
- .. 1
1,
1
= ~ E.ae eu;d_er~ cfeserr-.- ..r,enJ-10 ~ é oota...-e!menre cor..sisreme
~ .:i ~ ~ õer~la;.. P.. s esco!a> fi::i:a..~d.<-Qc; p.arec."'!Il a.:ender bem a rodos os

~~, índ...~<-rrtemerue da b2se éamíl.iar. iumissoc:íoeconô mico ou


ltaly
v.:pac::wv¼" . _.; fmça dn ~=z;enho w..IC2rian:af da Fc:Jà:ndia é o ;c,J a.!:o
Switzertand
Ea1ania _J
~-.-d ~ U : : de ay-rf:Mi:zzg--= esnuíarrciL eq,. n:a:::ivamerr:e ci:5rrmoído
Unítadloogdom ~1 ·--~ ~hr ~ a5 =Úias <lo pai>.
NewZeatand l D ~ a sua ínzugur.;:ção em = -o Piia tese um impacto eno me r.as
Norway . '· :t-i1mna-;. ed:uu.eionais mundiais, bem como rcZS polícicas educaciona:s n.:;-
Belgum '
1 Úf~ dos países par..i.cip:am.es.. El.e se wrnoo um p:ereno imporo:me pa."'1
Spain -~ 7 J ,, ~ --~ nw,Jvím..--nw edu.caci-:m.a! r>..2 .~Íá.. 112 Europa e oa ..\.mérica éo :-;a rte.
Aunia '= ~ ganhando i.ru...--res-,e n'> resto clo mu-:u:io. Refcmnas edi~caciona:s em
Chile J l. r:,_,. - -'- ~ - · · _.J _ _ r ___ .J __ , . · • • I-at..--~~ na '-ova
• ,:-r- ---.ua uw"'m 1n1a= ( nos LSl4UU> '-- rr.uro-- na •~ •~ ·_ _
Che"8 Lo._,,
l.dbndía, na Alemanha, na Coreia. no Japão e na Po!ónia). nao;-as ~~
J
L.ux.emburg 1

MeXÍ(;() ]
r/A:'\ e .gfnc~ Íóram criadas e milhares de ddeg;i:ções ~isitaram as iurisdi-
1 1)', ,
· -~ e<nn bom de<-_..envoh·imemo educarional indwnclo .

Wãndia. ·.\lberra..
600
400 450 500 550 ( ) mário ~ .
., , .-,ingapura e Co n:-ia, para d ~:>;i;
·-. • r~--=--
~ -. - --.-1~ ~ '' ~

~~ e
o.
os-~°ª .· .
·-~•" a.'>'\ 7-> <,~educacio nais -~ reg;.0o P, . -
.1 ••

tua. Í<mte imporunte de d ~ -..-oJ,.-ii;;to de f>Olirica ed_ : : ~


. - - ---- --- -- --

. . ,, 122 .... . .. . 12 3 ....


Li~-ões finlandes;i,
······ ······ ········ ············ ··················
···········•··············· ····· ·············································· ······ ··

Figura z. 7 . Desempenho dos estudantes finlandeses cm Leitura, , lo e do dc,míní0 da, díscíplína5 avalia.cfa_,, á cu~ d.e e-,W!Í<~ '/>-
do <..-V rricu , . . .
l\fotcmáticn e Ciências nas pesquisas Pisa, zooo-20 J z . . . . e..norre,; musica e o desenvolv1mentt1 d;i cn:ança cnrn<, um trxfo.
c1a1s, arte5 ' - ,- ' .
Há de fato, um debate cada vez mawr acerca dh que~~ tesu:s in-
600
'. nais realmente m ensura m e 'lC '>Oment.e o Pi"' p<>dc 'ler urilizad,J
rernac10
580 ara ·ulga r a qualidade de sistemas educací<m;1Í'l. A rgum.f:Tltr/5 iniciais de
P l e defensores es ta0
críticos ·
, . na 1·1terarura
- dº1sponiveis . 1( A-U4ml,
educacirma .J_
560
Ci~ncias
. Bautier e Rayon, 2,:,07; Bracey, 2UJ5; Dr,hn, V./Yl; r;0Jdsu.1n. irA4,
540 2003,
Kreiner e Chric;tc-nsen, 20 13; Mo nímo re, V"./.JC); Prai~, UYJJ. 2r/J4; Rílt:;1 e
520
Matem~lica
To rrance, 2 003; Schleicher, 2007). Mais recentemenu:, cr,memarista.s do
500 ........... .................................... Pisa, dos quais a m aio ria sã(J académicos recrmhwdo'i inr.e-rnacir,r12lm!:Tl-
Médias da OCDE te. insisriram qu e os políticos e o público geral (induírufo a míd ia) de-:c-m
480 compreende r melho r o que o Pisa pode e não pode Íil7..l!T. Dentre ek><;. ~tá
460 David Spiegh_alter ( 2013) da Universidade de Cambridge. que escr_eveu:lr'2_
G u a r ~-0-P i ~ c r r s u r . r . r l g u ~.acidade de reafü.a r tõle'i
440 \
P~.-Mmhar polítian a um ÚnÍCQ índies&tt'-<Íédoem _penhr, pr,de ser preju-
420 dicial. Precisamos.analisa r rodo o com exro". Yo ng Zhao,~ünTver~ d.me
do Oregõn, ; firm o u que, ao passo que sisU!Tl'~âãAsí.a O riental podem
2000 2003 2006 2009 2012 gosrarde-ficarnõtopoc1;;-~ _tc<,te~ P isa não estao naâa coí11.entes o-,m rr:. ;;.
Fonu: U"'-"'.piu.OC DE..-0~
- = - - --c:--- - - ~ - - - - -
sulta_4os de sua «:9 ucação. "Eles reconheceram", escreve Zha'J em seu poH.
"há muit~ o os danos d ~ sua educação e w maram atirudes E~f,Jr-
Talvez seja surpreendente que os educado res da Finlâ ndia não estejam - rrrarseus-si.u:mas". E m,~ u l~vro Wlw '.s Afraid ofrh.e Big Bad Dragon. Z~
tão empolgados com os resultados do Pisa tanto quanto muitos estrangeiros (ioq ) oferece um__resumc.,.~gente pascÕtJGlS o:VÍS li .......;;:;QJ0a e L
esperariam. Diversos professo res finlandeses e diretores de escolas acham conclui q ue o_ n úcleo da educação chinesa, incluindo a alta ponru.ação de
que o Pisa mensura apenas uma pequena parte do espectro da aprendizagem X<1ng.i..no..Pis.a .._b..-ª-~eia-se c m Ires po ntos: "Ã ãfta expectativa das familia s
escolar. Há, também, finlandeses que veem que o Pisa está promovendo a chinesas, o_uaball]s, árdw.Le~génç_La_,~o sistema de avã J ~...1.:U~.:. ...
transmissão de políticas e práticas educacionais que não são transferíveis. ' 8 7). H~ ~d Gard_ne r (29.l.'.:>).. da UniYe · p a · , t'.SÇreveu. em
Eles afirmam que isso irá levar a uma visão simplista da melho ria da educa· seu~mentáriQJ_!_:1titulado "O Equívoco dos .\-f inistros", sobre os resultados _
do PLSa..de .200<).:.. "FJ.C.Q
· cons~ntementc s~ereso com a__p<:rs1stenqa . . - n <>S ~
ção. Assim como nos esportes, uma ênfase muito grande em comparaçõeS
(ou competições) internacionais pode levar a formas antiéticas de aumentar cursos falados e escritos do ministério da fidelidade à 'teoria de trammis-
~ào' da ed - - -- ' · · ·
temporariamente o desempenho apenas para conseguir uma melhor coloca· ucaçao... e a noção de que as melh~
resposta _correta e uma suspeita - - - · la
resultante de diversas respostaS P usivet5. · ·
ção nas tabelas dos resultados. Um bom sistema educacional e um elevado
desempenho educacional são muito mais do que apenas pontuações acade· : rro~ ~ v o s e picos criativÕs" . Por fim, Sarn Se!Jãreâõ6Tín~
micas avaliadas. Alguns professores na Finlândia têm receio de que O mo- rgumentam
_ que- " o P isa,. - -
e mais amnlamente o tr.w o
h -ed-
-:-C-ãJ- uc...: .........
a~ 1 ,1
ª
vimento atual, que julga a qualidade de sistemas educacionais apenas par
O CDE f ·1· = . -
'. aci itou novas formas enisumo/ó,,ica.s e de mf:ae;rrutura de_grJ\er-
.
nança lob _ _ _ ___r o -
meio de unidades de medida escolar irá eventualmente levar à diminuição
'

. .. . 124 ... .
'
.!_~ para a OC DE na educação".

-
. . . . 125

b
O paradoxo finlandês
Lições finh111clcsas
··· ··· ·· ···· ······ ······· ·· ·········· ·· ·· ·········· ··· ··· ···· ······················

Essas observações são -bons lembretes de que o Pisa é um bom servo, nias dos Estados U nidos (6,9% do PIB) e do Canadá (6,8% do PIB). Conforme
um mau mestre. Mesmo que ele possa ser, no momento, a melhor aval~ mencionado anteriormente, apenas 2,./¼ dos gastos torais da Finlândia com
internacional para comparar sistemas educacionais, ele, ainda assim, mede 0 instituições de ensino vem_de fontes privadas.
melhor do passado. Ainda, há diversas pessoas receosas d e que o Pisa, assim
como muitos outros indicadores sociais, verificam a Lei de Campbell que A RELAÇÃO ENTRE O CUSTO E O DESEMPE NHO DOS
afirma que" quanto mais qualquer indicador quantitativo social for utilizado ESTUDANTES
para to mar decisões sociais, o mais sujeito ele estará a pressões de corru _
- . d. p A Figura 2.8 resume o desempenho médio dos estudantes na escala de
çao e o mais apto para 1storcer e corromper os processos sociais que deve
leitura do Pisa em relação ao gasro educacional cumulativo por esrudame
monitorar" (Campbell, 1976, p. 49). A análise da própria OCDE mostra
(com idade entre 6 e 1 ~ anos) em 2009, em dólares americanos ajustados
como o Pisa se tornou cada vez mais um indicador social definitivo para
pela paridade do poder de compra (OCDE. 2010, 2013f). Esses dados.. em
políticas nacionais e sua implementação em diversos países (Breakspear,
primeiro lugar, indicam que parece não haver urna correlação pos:iti\-a enrre
2012). Diversos finlandeses - incluindo a mim - gostariam de ver essas
avaliações internacionais de estudantes com resu ltados menos d~LI.M)S o gasto e os resultados avaliados na educação. Segundo, a Finlândia alcan-
entre os formuladores de políticas nacionais e umescopC:mais amplo da çou o melhor desempenho educacional do mundo com um custo nzoável.
aprendizagem estudantil refletida em avaliações, incluindõliãoílidãcíé;;;e Por exemplo, os Estados Unidos e a Noruega rêm altos nr,eis de gastos em
aprender a aprender, competências sociais, autoc~n;;ciêncja e criati~ dãde. educação, mas os resultados de seus estudantes são apenas moderados.

Figura 2.8. Relação entre o desempenho no Pisa em Leitura e gasto


cumulativo por estudante e ntre 6 e 15 anos de idade nos países da
CUSTO DA EDUCAÇÃO OCDEem2009
Até agora, vimos como a Finlâ ndia transformou seu sistema educacional 550
aumentando a participação de jovens e adultos em todos os tipos de educa-

--
ção, construindo um sistema de educação financiado publicamente acessível
a uma grande parte de sua população, e obtendo resultados de aprendizagem
internacionalmente altos com diferenças de desempenho muito pequenas .
entre as escolas por todo o país. Tudo isso foi realizado por meio do finan-
ciamento da educação, incluindo ensino superior e educação de adultos,
quase exclusivamente com recursos públicos. Mais uma pergunta a respeito
do sistema de educação bem-sucedido ainda precisa ser respondida~ º _
tudo isso custa aos contribuintes finlandeses?
- -- --
Nos países da OCDE para os quais os dados sobre as tendências conip .
a-

ráveis estão disponíveis para todos os níveis educacionais juntos, o invesn-


mento público e privado na educação finlandesa aumentaram 34% de 9
1 91
-
· do 450--~:---~-~-~-~-~---::-;;----;;;--13
120 1Jl
a 2004, de forma geral, enquanto a média da OCDE para o mesmo peno .,.J
50 60 70 80 90 100 110 .
foi de 42%. Os gastos públicos totais com instituições de ensino como por· Ga st ºs acumulados por estudante com idades entre 6 e 15 anos e m ~
) Esse_ de dólares americanos ajustados pela paridade do poder~ compra (
centagem do PIB na Finlândia foram de 6 5% em 2011 (OCDE, 2°143 ·
,, , , . ,, . ' ~ rasto:, F<,,c:r \)C'DE {:.:1~•· : -•t.!'-

numero esta prox1mo da media da OCDE de 6,1% e menor do que osg

.... 126 .... 127 ....


Lições finlandesas O paradoxo finlandês

~sso, é claro, não sugere qualquer lógica casual entre os gastos com edu-
caçao e. os resultados
• da. aprendizagem
. , embora a regressa~o 1·n dº1que uma pe-
quena mterdependenc1a negativa (R' = o ' 13 3) entre os gastos come ducaçao
e o desempenho escolar._A eficiência é, portanto, mais importante para 0
-
Aperuslcoulu foi desenvolvida com base
-no
_!!llliada-peJ~~a.de.que_todos~s esrud~tes
--valor

micos e soetais comuns or m~Qd e...rammhas ed~


-social
-
- ela Mnid
-,- ade e eso-

- ~~~
----· - ··-- ~. u___
~ _
.

fina~ ~ f u n d a m e n ~escola abrangente. No antigo sistema de ensi-


ê-
bom
, desempenho
_ educacional do que o nível de gastos · '-"'
n. 1 · nhei
__ · ro raramente no, a reprovação de ano, para os professores, era um método de diferenciação.
.e a sol1:1çao para_os pro?l~m ~s-12_os sistema~ educacionais. --------- Problemas relacionados à retenção eram bem conhecidos na implementação
do novo sistema educacional no início dos anos 1970. O impacto de (o alu-
Ü CUSTO DA REPETÊNCIA no) ser enviado de volta para a mesma série com esrudantes mais jovens era
frequentemente desmoralizante e raramente abria o caminho para a melhoria
_ l)_m ~os fatores d_e _cu_s_to com a educação é a reprov~ção de ano. Isso sig-
do desempenho escolar esperado dentre os esrudantes que repetiam um ano
mfica que um estuOante deve repetir u~a serie porque ele não tev;êxito;;
(Brophy, 2006; Jimerson, 2001), afinal, repetir um ano inteiro era uma for-
~omíni~ da(~)_disêiplina(srna prim~ira vez que a(s) ~
ma ineficaz de promover a aprendizagem, visto que não se focava nas panes
e um metodo comumente utilizado para tratar déficits e problemas indivi-
específicas do currículo em que um estudante precisava da ajuda dedicada.
duais. Ela não apenas é uma forma ineficaz de ajudar os estudantes que pre-
EScudar pela segunda vez as disciplinas que um esrudante já tinha concluído
cisam de ajuda, mas também é dispendiosa para os sistemas educacionais.
com sucesso era raramente estimulante para os esrudantes ou seus professores.
Como a Finlândia lida com esse fenômeno global comum?
~lunos eram enviados para a mesma série sem nenhum plano de especificar as
A reprovação de ano no antigo sistema educaciona~lo finlandês
. . que precisavam d e melhona,
areas . sem f;:..il..lar
' nos metodos
, . . os ruw1s
para aangrr , .
não era rara nos anos iniciais do ensino fundamental (ou primário), e era
eXJgidos de conhecimento e habilidades da forma mais eficiente.
um princípio educacional integral dos anos finais do ensino fundamental e
No início da refiorma d a esco Ia ab rangente, a reprovaçao
- de ano era \,sra .
do ensino médio das grammar schoo!.s (Nota: antigos ginásio e colégio no
como
d . uma estratégia inad equad a e mcorreta
· d e corngir
· · d e fi ciencias
· · · in· d.11.,·-
Brasil). Em alguns casos, um estudante repetia a terceira série do fundamen- ua1s sociais ou d e aprendº1zagem. Nos anos iniciais do ensino fundamental ,
tal para melhorar o conhecimento e as habilidades necessárias para a prova Os aIunos q •
ue repetiam um ano com dificuldades em uma ou duas disciplinas
de admissão à grammar school (Nota: antigo exame de admissão ao ginásio eram fre
proble quenremente tachados de "repetentes", os quais também tinham
no Brasil) no fim do quarto ano. No momento da introdução da nova esco-
no mas
l comportamenta1s · e d e personalidade. Esse estigma ed ucacion · a1
la de nove anos de duração, aproximadamente 12% dos estudantes em cada rrna mem . h .
dant e t.m a um impacto negativo drástico na autoestima dos esru-
série grammar school não passaram de ano. A reprovação de ano, à época,
Ele es e,b'consequentemente, em sua motivação e esforços para aprender.
não era igualmente distribuída entre escolas ou séries. Por exemplo, no en- 1arn em di . ,
desses mmuia as expectativas dos professores quanto à capacidade
sino médio, um a cada seis estudantes repetia uma série. Estimamos que · 1o v1aoso
· ·
que estudantes d e apren d er. A reprovação de ano criou um c1rcu
até metade dos que se formavam no ensino médio (upper secondary schoo~ ' para muitos · . . .
fracas Jovens, tena um impacto negativo em sua VJda adulra. O
repetiram uma ou mais séries em algum ponto de sua educação (Valijii.-V'
e é ca so educacion J e- re1acionado ao papel de um indivíduo na soc1e
ª · d ade
e Sahlberg, 2008). Além disso, uma quantidade importante de estudan_ies íacterizad O . . .
educaçã fu por atitudes desfavoráveis em direção à aprendl.Z3gem eª
abandonava a escola antes de concluí-la, geralmente por não ter consegu•d: 0 tura D · · • -
que tinha . · . eixar esse papel para trás era possível apenas para 1o1.en,
passar de ano. O progresso inadequado em Matemática ou em Sueco ( corn iessores em tdenud
.d. )e . . . . d vação de . a d es ,ones
e
e alto capital social na forma de amigos.
· pro-
segun do 1 toma 101 o mottvo mais comumente cita o para a repro rn . pais. A ex . • . fi - :i-
, . r conta -!!.@Jo-tia d . penenc1a nlandesa mostra que a re rova
ano, embora a1guns estudantes tenham tido que repetir uma sene Pº e ---,,_Qs caso s 1 ,- ~~~- -,---- --:-;;-- . - . da..\~
· .st.uda ------==<, evava a uma desigualda e social mat0r e nao31-u
de problemas de comportamento ou frequência. - .._!!tesa su
~
--,=;--~----=-----
~_rar. pr.ahle _ m _ ~

... . 128 ... . . . .. 129 ... .


Lições finlandesas
·····•·· .. ......... ............... .... ................. .... ,, ..... .. ················ ····· ··
····•·" ·········
. A pemskoulri mudou as políticas e as _práticas da reprovaçà<:_> d~ ano, ria em que O mesmo gru~o de estudantes passa cle·umaJ~ para a outra e
~t Embora O novo sistema não tenha removido por completo o problema da de uma série para a seguinte. --------------..
,, l repetição ele série, 0 número de estudantes que r~petiam séri~s na escola A Finlândia escolheu uma po lítica ele promoção automática combinada
4 abrangente diminuiu signilica_tiv~~enc~. ~ aprend1~a~em : -ª -~ o com O princípio de intervenção precoce para ajudar os estudantes com neces- ~I
~ personalizadas se tornaram pnnc1p10s bas1cos na orgamzaçao do ensino parâ sidades especiais. Tal atenção às clesigualclacles dinâmicas em todas as escolas,
._,-~ , . estudantes ele toda a sociedade. A premissa é de que todos os estuda~o- conforme Norton Grubb aponta, é o que diferencia a Finlândia de muitos ou-

:i ,, clem atingir objetivos educacionais comuns se a aprendizagem for organiza- tros países ( G rubb, 2007). Esse processo requer aconselhamento sistemático e
da de acordo com as características e as necessidades de cada aluno. A reten- orientação de carreira no momento em que os jovens começam a pensar sobre
(
ção e O agrupamento por capacidade claramente iam em direção contrária seus caminhos educacionais. De fato, atualmente, menos de 2%dos estudan-
a esses ideais. Diferentes estudantes têm que aprender a trabalhar e estudar tes que concluem o ensino fundamental ele nove anos, aos 16 anos, repetiram
~ juntos na mesma sala. A diversidade nas personalidades, n_..'.1~cidad~ uma série em algum mo mento ela sua educação. A reprovação ele ano tem um
nas o rientações dos estudantes deve ser levada em conta ao desenvolveum, nível semelhante em outros países nórclicos,-IDas__é_muito alio.em.outras mais
bientes de aprendizagem e escolher métodos pedagógicos nas ~~s. Isso :.:..,ça, na BélgiE ,
n.::.a..:.F..:.ra.::n
_ cl_a_n_te.::.s:....:..:.
regiões ela Ew:opa:_c<:r._ca_cl.eJUD-terço_d~ _e_stu
se tornou um dos desafios profissionais mais difíceis para os professores. nos Países Baixos e na Espanha e-um q~tuclantes na Alemanha e na
Mesmo atualmente, as escolas estão buscando a melhor s-olu-ção~tlucãcíonal Suíça repetem um-; ;;;-pelo ~enos uma ve~_. A F~ a-ãéorrelação
e econômica para lidar com a diversidade crescente. Minimizar a repróvação negativa entre a reprovãção ele ano (porcentagem de estudantes que repetiram
de ano foi possível primeiro porque a educação especial se tornou uma par- uma série pelo menos uma vez no ensino primário ou secundário) e equida-
te inclusiva e integral de todas as escolas na Finlândia. Toda criança tem o de (intensidade ela relação entre o desempenho escolar e sua base familiar).
direito de ter apoio personalizado prestado precocemente por profissionais
preparados como parte regular do ensino. Hoje em dia, tal apoio especial é Figura 2.9. Reprovação de ano e equidade nos países da OCDE cm
2012
organizado de diversas formas. Conforme descrito anteriormente, a edu-
cação especial na Finlândia está cada vez mais organizada no ensino geral. Equidade

A educação especial tem um papel fundamental na melhora da equidade e


2 L
no combate ao fracasso educacional nas escolas finlandesas. •
O ensino médio (geral e técnico) funciona por meio-de-unidades curri-
culares modulares, não em séries baseadas cm anos. Assim,_a rep~º.':'.1ão
de ano, em sua forma convencional, desapareceu das es~olas de ensin~é-
clio finlandesas. Atualmente, os estudantes planejam seus próprios crono-
gramas de ensino personalizados a partir de um menu de cursos oferecidos
em sua escola ou outras instituições ele ensino. Estudar em uma escola de
ensino médio é, portanto, flexível, e os cursos escolhidos podem ser c~n;
cluídos em um ritmo diferente clepenâenclo das capaciclaclcs e das situaçoe
d e vt· d a d o estud ante. Em vez ele repetir o ano inteiro, um estu dante rEJlcie
apenas os cursos não concluídos de-forma satisfãtória:-Ã maior parie dos 26
• me' d'10 no te mpo
estu d antes cone1u1. o ensmo - - - e tres anos, crnborJ
- -prevfsto a . o 10 20 30
a1guns progn·c1 am mais , ·c1
. rap1 ~ o outros precisem . ele mais_ ternPC\
' ._
" - - - - -- 1.--- faixa ctJ Reprovação de ano (%)
Essa estrutura que não é atrelada a aulas anl@!:> tam6ém ab~ ª _ /
Fontr. OCDE (10 11d).

.. .. 130 .... .. .. 131 .. ..



Lições finlandesas O paradoxo finlandês
. ················· ······ ························ ········· ······· ·· ····· ···•······ •··· ··· ···· ··· ···· ······ ······ ······ ·· ·· ·· ···· ··· ··· ··· ·· ·· ··•• ... ........... ..

Os PARADOXOS FINLANDESES DA EDUCAÇÃO Evitar "conversa fiada" é urna característica cultural muito conhecida dos
finlandeses, conforme a história tradicional a seguir ilustra. Dois homens se
A Finlândia vem sendo um destino popular para diversos educadores encontraram inesperadamente depois de muito tempo. Por terem sido bons
e políticos que procuram uma forma de solucionar o problema do cami- amigos desde a infância, decidiram celebrar seu encontro agradável e ines-
nho sem saída do desempenho educacional mais baixo do que o esperado e erado com um ou dois drinques. Logo encontraram um bar, procuraram
da reforma da educação. A maioria dos visitantes da Finlândia descobrem ~ma mesa reservada e pediram seus primeiros drinques. Nenhuma palavra
imóveis de escolas elegantes recheados de crianças calmas e de professores foi trocada e os drinques logo acabaram. Os segundos drinques foram pe-
muito bem formados. Eles também reconhecem o elevado nível de autono- didos e degustados, ainda sem nenhuma conversa. Os terceiros drinques
mia das escolas: pouca interferência da administração central de educação desceram em silêncio, mas, quando os quartos estavam prestes a serem apre-
no dia a dia das escolas, métodos sistemáticos para lidar com problemas da ciados, um dos homens ergueu seu copo para um brinde e disse: "Kippis"
vida dos estudantes e ajuda profissional direcionada para aqueles que pre- (que é o equivalente a "saúde" em português). O companheiro se virou com
cisam. Mu_i!~s desses fatos podem ser úteis na comp~~-ken- um olhar confuso e respondeu: "Viemos aqui para beber ou conversar? ".
- - ---------- --
chma.!_ki_ng) de outros países em relação a um país líder_~
- - .
Finlândia. No entanto, grande parte do segredo do sucesso educacional da
O minimalismo também é favorecido em outras áreas da vida na
Finlândia. Artes, música, design e arquitetura tiram sua inspiração de ideias
, Finlândia permanece não r e ~ ~ - --- pequenas, claras e simples. O p o ~ ê s acha que o " p e ~ belo"
• C~mo foi o processo de mudança educacional? (small is beautiful). Nos negócios, na política e na diplomacia, os finlandeses
• Qual é o papel de outras políticas do setor público para que o sistema ~ e r s a direta e procedimentos simples. Eles querem resol-
educacional funcionasse tão bem? ver problemas, não falar sobre eles. Invenções e inovações na Finlândia ge-
• Que papel têm a cultura e outros fatores invisíveis? ralmente são tais que ideias simples fazem muita diferença. Talvez não seja
\ • O quanto os educadores finlandeses usam dos movimentos de reforma de se surpreender, então, que esses mesmos princípios e valores estão em-
educacional mundiais na criação de suas próprias abordagens? butidos na educação finlandesa. Um dos valores educacionais da Finlândia
é colocar o ensino e- a aprendizagem antes de qualquer coisa quando se tra-
Em diversas formas, a Finlândia é um país de paradoxos estranhos. Lar
ta de políticas e reformas educacionais. Acima de tudo, os finlandeses não
da indústria de telecomunicações e uma das maiores densidades de apa·
parecem acreditar que fazer mais do mesmo na educação necessariamente
relhos celulares (por habitante), a Finlândia também é conhecida por seu
0 faria qualquer diferença importante para a melhoria. ~A,Rtl.i>OXO ~
povo introvertido e menos falante . Os finlandeses geralmente preferem ~ ~ ,.,_L,.c,.J.1, ,_
l , elec10· ~-~
:__ _ _ ___7.....l-·-----
isolamento à interação social, mas adoram dançar tango. E es ate s l d
nam uma rainha e um rei nacionais do tango durante o festival anua e
fi am entre
tango. Além disso, com seu clima boreal rígido, os finlan d eses c , . A experiência finlandesa desafia a lógica típica do pensamento da mellio-
. prospero5 na educ aciona
· I que tenta corrigir o desempenho estu danil·1mais· baixo do
os povos mais felizes do mundo e vivem em um dos países mais
e refere 3 que o espe d O _ d · volume de
do mundo. O sisu finlandês, uma marca registrada cultura1 que s 3 1· _ ra aumentando a duração da educaçao, o ensino e 0 _
força de vontade, determinação e ação determinada ao se deparar co~ e tçao de e d d tes-Rào-eWl0
a asa os estudantes. P9 - c . . ~uan~ an ,
adversidade, coexiste com a calma e a suavidade conforme Lewis (:z.~í do P.!:~ndend ,. • _ , curnculo re-
v· da. o..matemª-ºca o suficiente, uma soluçao com~ e um -~
' _
C haker (2011/2014) observaram. De fato, os paradoxos sao ma . . ais
is úteis ~ Go • . _ d a Nama10na
d . ll1,na,s-horas_de_e ino em sala de aula e hçao e cas ~
, . . d pr1nc1p os sisten, d . de ensino para os
que a 1og1ca racional quando se trata de entender algumas as pr C as e ucacionais, isso também exige mais tempo _
características do povo finlandês e seu sistema educacional. o essores D . . . e ma imagem c1ara
· ois indicadores internacionais Oierecem u

.... 132 .. .. .... 1 33 ....


tp E

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• 0 par.idOXl, finundi,
-
Lições finlandoas -·· ··· · ·· ····· ··· ········· ····· ·········

·
o rganizar aàvidades pós-aula p ara os alunos mais jovens e são estimuladas a os eStudantes· Pro fessores finlandeses relataram que cada um lec10na, em
oferecer clubes educacionais ou recreaàvos para os mais velhos. Associações média, 2.0,6 ho ras p o r semana, enquanto seus colegas de Alberta lecionam
rl ho ras; na Austrália, 18,6 horas; nos Estados Unidos, zlí,8 horas; e em
fin landesas de jovens e de esportes têm um papel importante oferecendo aos 26
jo\·ens a o po rtunidade de participar de atividades que apoiem sua aprendiza- Singapura, h o r as. Nos países da OCD E, professores da educação dos
17, 1

gem e seu crescimento geral D ois terços dos jovens de IO a 14 anos e mais da anos finais d o ensino fundame ntal lecionam cerca de 19,3 horas por semana.
metade dos jovens de 15 a 19 anos são membros de ao menos uma associação
Figura 2.11. Número de hora,; lecionadas por ano nos anos iniciais e
de jovens ou de esportes. O Terceiro Setor, denominação finlandesa para a
finais do ens ino fundamental nos pai,;es da OCDE em 2-012
rede de grupos não govername ntais. contribui significaàvamente para o de-
senvoh-imento social e pessoal dos jovens finlandeses e, co nsequenremenre, Gll«8
para o desempenho educacio nal das escolas finlandesas. llllPY
Esbú
Ourra forma de ilustrar o paradoxo quantidade versus.qualidade é exami- t:8lnl
SIMrú ■ Ensino médio
nando com o~ pr;;"cess~spassam ~ t~O tr:balhand~ ~
Pblarl! O Anos finais do ensino fundamental
p~ íses. Mais uma vez, a variação ê nrreõs países é significativa, conforme Danmn ll Anos iniciais do ensino fundamental
demõ nsrrado-na Figura 2.11. Em escolas dos anos iniciais e dos anos finais A1ln!
~
do ensino fundamental, os professores finlandeses lecionam a média anual,
Kor•
590 e 670 horas. respectivamente (ou seja, 800 e 900 aulas de 45 minutos 7lnsy
cada, respectivamente). Isso corresponde a quatro aulas diariamente. De ----~-)
Japat
acordo com a OCDE (2014a), nos Estados Unidos, a média anual toral de lbway
horas lecionadas nas escolas dos anos iniciais e finais do ensino fundamental - . . ( A.)
bly
é de 1. 131 e 1.085 horas, respectivamente, o que representa seis ou mais aulas FwtugaJ
diárias ou outras formas de instrução com 50 minutos cada. Professores ca- AustI1a
OEcolWlraga
nadenses (os números variam de província para província) lecionam apro-
Maxli:o
ximadamente 800 horas em escolas dos anos iniciais e 750 horas em escolas Calam
dos anos finais do ensino fundamental , a cada ano. Menos horas de instrução Gamany
proporcionam aos professores mais oportunidades de trabalhar na melho- Slowali~
ria da escola, no planejamento curricular e no desenvolvimento profissional Czactl~lc
llraat
pessoal durante as horas de trabalho.
Scobarid _
A Talis de 2013, da OCDE, oferece informações adicionais sobre as ho- Ãla1lllla
ras de trabalho dos professores na Finlândia e e m outros países da OCDE Spal, _

(OCDE, 201,41)). O tempo total de aulas ministradas por professores do~


"-ld
0
anos finais do ensino fundamental na Finlândia foi de 31,6 horas, que e ~
significativamente menor do que na Austrália (42,7 horas), nos ES ªdos
t ,._~
Cltne
-
Unidos (44,8 horas), na Inglaterra (45,9 horas), em Singapura (47,6 horas), u111ao Statas
em Alberta (48,2 horas) ou na média dos 34 países pesquisados (38,3 horas)· o 1000 1200
200 400 600 800
Em média, cerca de 80% das horas de trabalho dos professores dos anos F0111t· UCJJE ( Jo q.1).
. d . d do corll
fi na,s o ensmo fundamental são passadas lecionando e apren en

.... 136 .... . . . . 1 37 .. ..


O paraduxn finlandt-..

.. · ···· ··· ... .. . ......... ..... ..... . ..... .
····· ··· ···

Qual é 2 diíc ença enu-e um dia de .rula tipii::o nas e':,C,>las do ensino médio aulas particulares ou aulas extras além do oferecido por sua escola (OCDE,
~,d._,~ <: =..<>ri~ Ames de rudo, os professores arneri.canos passarr: Com isso em vista, o alto aproveitamento dos estudantes finlande-
20 13b) .
q ua..e 6l.i:6 ve:u:s m;m tempo roda •,emana lecionando ou trabalhando com ses em testes internacio nais é incrível. Na Coreia, no Japão, em Singapura
<n ~ d o que set.15 col.e<'ys finlandeses. Lecionar por seis horas (ou e em Xangai, na China - jurisdições tão boas quanto ou melhores do que
qwum perioóo-.,) f>')T dia é u m rrabalho árduo que deixa muitos professores a da Finlándia em Leitura, Matemática e Ciências - a maioria das crianças
carn.adrA c:L <>ma:is para <,e tnvoker com qualquer tarefa profissional depois da passa horas e ho ras depo is de seus dias de aula normais e nos fins de semana
2llla. O rrahalh<J d-OS pro fessores nos Esrados C nidos é, ponanto, primaria- e feriados em aulas particulares e escolas preparatórias para provas.
menU: d efinido e.orno lecionar dentro e fora da sala de aula. Em uma escola Curiosamente, evidências dos estudos mais recentes indicam que os estu-
finland-esa úpú:a de ensin o médio, por o utro lado, cada professor leciona, em dantes finlandeses sentem menos ansiedade e estresse na escola do que mui-
média.. quauo horas por d ia. Apesar d o faro de os professores serem pagos tos de seus colegas em outros países (OCDE, 2004, 2007). O Pisa conclui
pelo número d.e aulas que lecionam, eles também têm, diariameme, tempo que apenas 7% dos estudantes finlandeses afirmaram sentir ansiedade en-
para p lantjar., aprender e refletir sob re lecionar junto a outros professores. quanto fazem tarefas de matemática em casa, em comparação a 52% e 53% no
P rofesy,res nas e--:,,CO\.as finlandesas tém m uitas outras responsabilidades além Japão e na França, respectivamente (Kupari e Valijarvi, 2005). Observações
ru: lroona.r: eles aval iam o aproveitamento e o progresso geral de seus alunos, semelhantes das salas de aula finlandesas foram relatadas por diversos jor-
preparam e desenvolvem continuamente sua grade curricular, participam de nalistas ao redor do mundo. Uma cultura relaxada de aprendizagem e falta
d i·, = s iniciativas da escola sobre saúde e bem-estar de seus alunos e ofere- de estresse e ansiedade certamente influenciam no cumprimento de bons
cem apoio a..o:, esrudantes que precisam de auxílio adicional. ~uitaS escok resultados gerais nas escolas finlandesas. PA(\ l'\:DO '1- O ?,.
finlandesas constíruem-se em comunidades de ~prendizagem__profissional, )1,lcr- ~J
por= n.aru~_!! em virw.de de uma única .definição do...trabalho d~_ro- PARADOXO 2: ; ESTAR M E N O S, A PRENDER MAIS
I ~~
Ít:'Ssorts. É claro q_ue há exceções a essa imagem geral do trabalho dos pro-
O pensamento da..re.forma-eàuca..~al global inclui a premissa de que
f~50res. .\iesmo assim, a maior parte das esco]as dos anos· iniê~ai~ o ~5ino
ª concorrência, a seleção, roais frr quentemente, os testes externos sao pré-
fundam.em.ai '>ão comunidades de aprendizagem profissional em que lecionar
-requisitos para a melhoria da qualidade da educação. pesde qun-be1--dã
é um.a profis são holística que co mbina trabalho com os esrudarrtes na sala d:- Refonna-Educacíooa] de 1988 foi aprovada na Inglaterra, as políticas de
ãtJla t colabora_ção cc,m os colegas.na sala _dos p~ -
prestação de comas (accountahilicy) com base em testes aumentaramª fre-
Educado res finlandeses não acreditam que mais liçã; de casa necessa-
. . . ai t se os alunos quência de testes padronizados em muitos sistemas escolares pelo mu nd0· O
riamente conduz a uma melhor apren d 1zagem, pnnctp men e
- - - -ãad~- Julgamento do progresso anual da melhoria do desempenho de eSIUdantes e
estí verem trabalhando em tarefas rotineiras e 1nte~ escolas é, quase sem exceçao _ baseado nesses testes externos Pªdronizados de
- - -----: • e 1· De acordo
dorai.,~ue é.o que as~íções de.e.asa ,geralmente sao, 1me izmente. aproveitamento d e Leitura
. ' Matemanca
, . e C1enc1as.
. • • U ma Pergunta impor-
. . . os estudantes
com algumas pesquisas nacionais e estu d os 1mernac10nats, - • tante é· E . ' , · eleção de es-
. . . . fi . d . fu damental tem . sses sistemas educacionais em que a concorrencia, ª s
finlandeses nas escolas dos anos m1c1a1s e na1s o ensmo n cola e a p _ . f te de testes pa-
nal relatou d . restaçao de contas baseada em um uso mais requen . . ~
a meno r carga de dever de casa de todos eles. O Wali S treet } our . _ ronizado - - .nternacionais.
. d . h ra de hçao s estao apresentando progresso em comparaçoes 1
que os esw dantes finlandeses raramente recebem mais e me~ '!_ ---J Ao Utilº b 1· l mparação, surge
tzar O anco de dados do Pisa para rea 12ar ta co .
de ca;; por d ia (Ga~era;;-~008). Efãto que muitos alunÓs
'-
9~~-
-e=-- - - - -.- - · a1ort 3
-9,J urna r~0sta
--i-
. .
sugesttva. Mais importante do que isso, os
Estados Umdos,
_
anos iniciais e finai s d o ensino fundamental são capaz~ _ ! l_cluir-a-~ De a 1nglate , . algumas parte~
d rra, a Nova Zelândia O Japão os Pa1ses Baixos e h
da sua l i~o d e casa depois da·au -1--. ----
a antes de - casa, to dos
irem para os dias,
-~- ::_:::;:, de o Canadá d , , arativos (btnc ma-
acordo com a OCDE, estudantes finlancfêsês-de i " ~participam e a Austrália podem ser usados como comp

.... 138 ... . . ... 139 .. ..


O pa radoxo finlandês
Lições finlandesas
•···· ······ ····· ··· ······ ·· ······· ·· ···· ······ ········ ··· ·····•·······················
····· ··· ············ ·· ····· ·•········ ········ · .. ,, ..

rks ). A Figura 2. , 2 demonstra como o desempenho médio de estudantes de


~ Embora o_s estudantes n_ão sejam te~tados na Finlândia _da for~a como
15 anos em compreensão de texto (Leitura) em cinco pesquisas do Pisa de
J cy
O
são em muitos outros patses, por meto de testes padronizados, 1550 não
2000 a 2~12_mudou nesse_s países (OCDE, 2001, 2004, 2007, 2010b, 2013 a).
'1 quer dizer que não h aja avaliação de estudantes na Finlândia ou quaisquer
As tendenc1as no aproveitamento de matemática e ciências nesses mesmos ~ d dados sobre a aprendizagem dos estudantes - na verdade, é o oposto. Em
testes foram apresentadas na Figura 2.5 neste capítulo. j'-- princípio, a avaliação estudantil na Finlândia pode ser dividida em três cate-
A tendência d o desempenho dos estudantes em todas-a~ões com po- -~ gorias.~ p_tl_m.eu:a-é..a-ava.J.i.a - rofessor · ·. inclui
lítícas deprestaçã0- d~contas baseada· em teS~ €ida-=--n~ ~_ós~ica,-f..9r"!~tiva e somativ~ do~ estudante~ . arte de
en~e 2000_e 2012. A concor têocia e~t~ esc~ disputa por rn~ 1cul3- ensino e aprendizage_!!I. Em todas as escolas, isso e responsab,hdade total dos
ma1or opçao de escolas e prestação de cpm~ais rígida por meio de testes p~ S eles são preparados para desenvolver e utilizar métodos
padronizados intensificados se_!Ornaram prioridades5 ornuns na política des- variados de avaliação em seu trabalho. A avaliação em sala de aula ocupa
ses sistemas educacionais a par_!i!_ dQ_s li.~ 1990. Embora isso não constitua uma parte importante do período de trabalho fora de sala dos professores.
evidência de que as políticas de reforma edu~acional baseadas no mercado ~guria.de.illt. ia ão estudantil é a avalia - ~
falharam (lembrem-se do meu aviso sobre a correlação-causalidade), isso progresso dos estudantes após cada semestre. Os estudantes recebem um
sugere que deve haver outra forma de melhorar a qualidade e a equidade da bo l ~ ic_a_s_e_u_ d.-e_s_:e_m_p_e_n'h~o- e_m_ d...,-sc-1-p,..lt-n-as- ,-ac_a_d.,.,ê' m-i~c,,..
--u-e- ;in- d-;;- 0-=a=c"'
as~e-=n"=ã-::- á-"'
educação, conforme vem sendo demonstrado recentemente por sistemas de dêmicas, bem c em com ortamento e envolvtmerrro:-CTs1iõreúrísclõs
educação mais bem-sucedidos. estuâantes são sempre um julgamento profissional coletivo feito pelos seus
professores. É dever da escola decidir os critérios para essa avaliação com
Figura 2.1.2. Média nacional da pontuação do Pisa em Compreensão base em orientações nacionais de avaliação estudantil. Isso significa que os
de Textos (Leitura) em a lguns países da OCDE cm que a boletins emitidos por escolas diferentes não são necessariamente totalmente
concorrência, a seleção e os testes padronizados têm papel central
comparáveis, porque não são baseados em medidas padronizadas e objeti-
nas Políticas Nacionais de Educação, zooo-2012
vas. Muitos professores, contudo, acreditam que isso não é um problema tão
■ 2006 ■ 2009 ■ 2012 grande quanto ter critérios e testes padronizados que impersonalizariam as
■ 2000 2003
540 escolas e as 1evanam · ·
a " ensinar para testar" .
_ Em terceiro lu~pi:ogresw-dgs..esnidances na escola tar@ém-é ava-
1-
liado CXt.enlamente...na.Einlâaliações nacionais regulares são reali-

-
F-
520 zadas po r meio • d e uma metodologia baseada em amostras que m · clui cerca
L.-- - f .
e uma a1xa etária (por exemplo, estudantes e sexta e nona sé-
d
~

510 de•
103/c
0 d
L---
,_ >- nes). Tais ava1·taçoes - mensuram a aprendizagem . d os esru dantes em Leitura'
500

490

~
-
-
r-

·-
~

[ [ -
-
L.--

-
e--

r
Maternática, C.
As discipli
ou as soli . -
- .
.
,
. 1 d • u quatro anos.
1enc1as e outras disciplinas em c1c os e tres 0
d
nas sao mclu1das nessas avaliações de acor O comª5
1
necessidades
ão
.
são mclu-

~
íd cttaçoes de autoridades nacionais. As esco as que n
470 - - . .- - - L.--

fr N .
as nessa . d
s amostras podem comprar um ou mais esses tes
tes do Centro
- acional . _ desempenho ao
460 - ,__ ~ ,- - ;-- d para Avaltaçao de Educação para comparar seu . , .
1, 1' _J e Outra I d da faLxa etana
1 1
1
p . . s esco as. Cerca de um quinto de todos os eSCU antes _
450
USA England Canada AustnllJa NeW Netllerlaflds swe11en art1c1pam d I0 ma escola com )oo
l.ealand alu essa avaliação voluntária. Corno exemp , u T · de
nos pag . clui uma ana i,e
J.007,
J O I Ob , JOl j :1)· ª cerca de USs5.ooo para cada teste, que tn
Fonu: OCDE ( 2001, 100.1,

. • . . 141 ... .
Lições finlandesas
·· ·· ···•············· ··· ············· ···· ···· ········· ············ ··· ···· ·· ···········
• O par:ido~u rinlandês
······ ······ ··· ······· ··· ·· ·· ····· ····· ··· ······· ·· ········ ········ ·········.......
e

resultados. A avaliação estudantil anual no orçamento público da Finlândia


1rustra dos com a situação em que g rande parte do ensino de qualidJde re-
e
custa menos de 5 milhões de dólares americanos para todo o sistema edu- nha sido sacrificada a fim de aumentar a pontuação nos testes. NJ priman~r:i
cacional. Em um estado ou província do mesmo tamanho na América do de 2009 , a Assembleia Provincial de Alberta votou a favor dJ remoção dos
Norte - por exemplo, Massachusetts ou Alberta - a verba para testes estu- testes da terceira série, e, em 2012, o mesmo governo decidiu n•ciefinir rodo
dantis pode ser 10 vezes maior do que essa.
0 sistema de avaliação da província. Corno consequencia, o Deparnmento
Testar o que os estudantes aprenderam na escola não é algo ruim, con- de Prestação de Contas (Accountabiliry) da Educação de Albem (SecretariJ
tanto que não prejudiqüe o ensino e· a aprendizagem. Problemas~ m da Educação da Província) foi dissolvido 1. Esse foi um sinal de que de,-eri:i
quandõ os testes se tornam mais deci_si_y_os,_tê!Jl baixa quaiidade..equanctoã haver métodos mais inteligentes de avaliar a aprendizagem dos Jlunos. Un1J
pontuação dos estudantes _n.9s testes é utilizada para julgar outros quesitos província vizinha de Alberta, Saskatchewan, não tem nenhum teste P3dro-
como -a qualiaade dos_profe~ s-ou~das_=-e~ lãs. Existem~refãtórios-alar~ nizado baseado no censo. Em outras jurisdições pelo mundo. no entJnto. os
mantes de muitas partes do.mundo em..que...testes_decisivos-foram..empre- ventos estão soprando na direção oposta.
gados como parte das p_9líticas d.:._pr~staião de contas para fins punitivos
_na ~ucação (Amrein e Berliner, 2002; Au, -;;09;N1chols e Berlin~ 7; PARADOXO 3: t,fAIÔR EQUIDAõEPO R MEI ÕõEUM~.\
Popham, 2007; Ravitch, 2013). Evidências sugerem que os professores ten-
- CRES't:~TED IVERSIDADE ,,,.....____- - -
dem a redefinir seu ensino de acordo com tais testes, dar mais prioridade às
'-
disciplinas testadas e ajustar os métodos de ensino à prática e à memorização o princípio básic~ ela- política da reforma educacio n:il :ibran nre d:i
de informações e não à compreensão do conhecimento. O valor educacional Finlàndia dos anos ; 97o~ onar oponunidades de eduC3ç:io ~gu:iis
que esses testes padronizados, que são decisivos para professores e escolas para todos; con~ ~escrito ~oD eítu~ I. Isso r.imbên~ incluia_zidei:i
(relacionados a avaliação, promoção, salário, reputação ou credenciamemo de que o aproveitamento_dos_estudantes deveria esrar uni formemenre~
de professores) e não decisivos para alunos, agregam à aprendizagem does- t~buído ~ ntr<:_ todos os grupos ; o~ iais e regiões geogr.ific:is. E 1~ que 3
tudante e ao desempenho da escola é altamente questionável. Visto que não Finlândia foi, po~ ito tempo; etnicamente homogeneJ. No entJnto. des-
há testes padronizados decisivos na Finlândia antes do Exame de Matrícula de. sua inclus-ao a· u mao ·- Europeia · em 1995, a d.1vers1•fi CJ<;JL)
- cu 1rur.i1 t' e· 1-
que os estudantes fazem ao final do ensino médio, os professores podem nic~_progrediu mais rapidamente na Finlândia do que em ourrus p:iíses d:i
focar no ensino e na aprendizagem sem a interrupção de testes frequentes Untao Europeia, principalmente em distritos e escolas de cid:idc•s gr:mdes..
que devem ser cumpridos. o~de ª proporção da população de imigrantes de primeir.i e segund3 gerJ-
~ tros sinais do enfraqueciment o da confiança na concorrência e nos Çoes repre
. senta um quarto da população torai. A Tabela ~- 3 mostr.i ~-orno 0
teste_s na educação vêm de mu9.a11ç2:puür ian:ecem~-na- lnglate~ 0 nurnero de .d d- . . recd>e
a . ci a aos nascidos em outros países e res1denres que · r.im
País de Gales, e da pfovínci~ anadense..ck Alber@o ond~ a ~ ~õi~s cidadania n . F. 1• d.
0
~, 2 Yo dos hab·
ª man 1aaumentoudes de19S0.Em201 3.aproxm . 13d , tt·
:imcn
nacionais padronizados foram banidos e substituídos por forma~.in: itantes da Finlândia eram cidadãos nascidos em ourros ra 1·.~e:<..-
teligentes ae avaliar os estudantes e~ -;s~ l ; s.A lberta, por ex;mplo, e5ca- POttanto ( 1
e .. ª antes não nativos de finla ndês. O baixo número de ci.d3 damJ, . -
be_l~ceu um sistema de testes de aproveitamemo provi ncial (PATs) que ~ra rn1t1das na F.111 1• . . . . . . . d rod,.ls L'~
cidad' and1a se deve. pnnc1palmente. a ex1genc1a e que ·
uttltzado para mensurar o desempenho dos alunos em Leitura, Matcmáuca aos devem se fi • d , •d· d mé ·tievs. Todos
ele (fi r pro cientes em um os tres 1 1omas o ~ ·
e Ciências para info rmar os toma dores d . _ sobre a qua 11·d ade geral s nla d' - d3
e dec1soes . Escand· _n. es, sueco e lapão) não são falados em nenhum lug:ir t~r.i
da educação n a Juns
· · d içao.
· - Emb ora as autoridades 1nav1a po
da província ten Iiam ev1- de O ' rtanto, sao_ raramente talados
- -- - que t'n11grJm
pc1as pe~oa~ •
tado
. usar os dados d 0 teste para c1ass1ficar
. as escolas ou apontar d'1strl·tos de Utros loca. - . • .
Is para a Fmland1a.
batxo desempenho h fi . ficaram
. muito
, ouve quem o zesse. Professores e pais

.... 142 ....


.. .. 143 .. ..
Lições finlandes..,s
• O p:ir Jdo., o tinl•ndês
e
··· ···· ··· ···· ·········· ··················· ····· ······ ········· ·· ···· ··· ·· ······· ········ ····· ·····•·• ·.. , ..... ........

As escolas finlandesas tiveram que se adaptar a essa situação de mudança No entanto. conforme a Figur.1 2.2 mostra. um desempenho <"stud:uuil
em um período muito curto. Consequentemente, alguns municípios estão geral muito alto e m Matemática (e em Leitura e Ciências) está ig,i:ilmem,•
introduzindo limites à proporção de estudantes imigrantes que frequentam distribuído pelas escolas na Finlândia. Em ou tras palavras, a Finlândia Vt'm
cada escola para evitar a segregação. Por exemplo, na cidade de Espoo. há sendo capaz de aumentar a equidade na educação ao mesmo tempo em que
escolas com mais de 40% de populações de estudantes imigrantes, ao pas- as escolas e as salas de aula estão se tornando mais diversificadas.
so que algumas outras escolas praticamente não têm imigrantes. Em 20 13 . A situação sociocultural da Finlândia, que está passando por uma r:ípida
por exemplo, 4 mil novas pessoas foram morar em Espoo, das quais rres diversificação de escolas e comunidades. oferece um caso interessame para
quartos não eram falantes de finlandês. As ~autorida d e s . - d a _ ~ pesquisa. Jark.ko Hautamaki explorou a influencia do aumento da imigr.1-
tam que uma distribuição mais uniforme de e s ~ imigrantes em suas ção na aprendizagem estudanàl nas escolas. Descobriram-se dois fo ws in-
escolas beneficiaria tanto os esrud~ntes, quanto~ e s c o ~ ~ teressantes. Primeiro, com base nos dados da Pisa, os estudantes imigrantes
diretores de escolas duvidam [da efetividade] de políti~ astão contundentes nas escolas finlandesas parecem se desempenhar significari\-Jmente mdhor
e de seu impacto nas comunidades. A proporção de crianças imigrantes na do que os estudantes imigrantes em muitos outros países no Pisa antes de
peruslcoulu em Helsinque é de mais de 10% e o número de idiomas falados 2009 (Hautamaki et ai.. 2008). Estudantes imigrJ.ntes na Finlàndia tiveram
nessas escolas excede 40. Essa tendência é evidente em rodas as grandes ci- uma pontuação. em média, )O pontos mais alta do que os estudantes imi-
dades da Finlândia. grantes em outros países. Segundo, de acordo com esse mesmo estudo. na
O sistema educacional da Finlândia segue o princípio de inclusão quanto proporção dos estudantes imigrantes po r sala, parece hawr um limite após
0 qual o aproveitamento da aprendizagem de todos os estudames daquela
ao tratamento de estudantes com características e necessidades diferentes.
Estudantes são alocados em escolas comuns a menos que hªIª · um motivo sala parece diminuir. Essa proporção de alunos imigrantes em Helsinqu,-,
, ·
específico para que o contrano 1e1ro. p or ·isso, em um a sala de aula ó-
· e •
se1a onde efeitos notáveis da diversidade no aproveitamento estudantil s:io ob-
pica finlandesa, é possível encontrar professores ensinando estudantes com serváveis, é de cerca de 20%.
. 1 · d de pro-
diferentes habilidades, interesses e etmas, gera mente com a a1u a De acordo com o Pisa de 201 2, alunos com hackground de imigra\·fo
fessores assistentes. A heterogeneidade cultural na sociedade finlandesa su~ apresentaram piora no desempenho em Matemáàca. Esrudames irnibrran-
. d d tre as escola> 1es de p nme1ra
· · geração apresentaram um desv10 • padrao - mai, · • baixo
· em
geriria que uma variação na aprendizagem os estu antes en
Matem·attca · em comparação com seus colegas nasci•d os na r· F d·a
· m an 1• • ' •\judar
pode se tornar maior.
os estuda ntes 1m1grantes
• • . . fi I
a aprender o 1d10ma n an es e 11
d·. \ m dos 111:uores
Tabela 2.3. Cidadãos nascidos em outros países e residentes que desafios p • ·
ara os maiores sistemas urbanos de ensmo.
reccberam a cidadania na Finlândia entre 1980 e 2oio A pobr , . . . d"za1Tem nas esco-
eza e outro fator que afeta o ensmo e a apren 1 • o . . .
las. A pob . . t de cnan~·a,
Cidndüos nascidos Residentes que reccbcran• . reza infantil pode ser definida como a porcenragen .
Vtvendo I % d ,édia nacional.
l Ano

1980
cm outros países
12.813
a cidndnnia 6nlllndeSO
Óll
C
d
om base
em ares com uma renda menor do que )o
nessa definição de acordo com o Centro e e,
.
ªn
d p ·quisa Innocenu,
.
_ .

a Unicef o1 d . ' . • . . breza. Essa ,. a me·


899 n ' ),4 10 as crianças na Fmland1a vivem na Pº .d .
1990 26.211 ºrca..xa de b . • . ( %) Nos Esr.idos Uni o,.
, 01 po reza infantil depois da lsland1a .p · 9' d·is
2000 91.074
2.977
- 3' t ,o; no e d, O/ • • Aus1r:ília. 1°,9 b '
Cria ana a, t 3,3 %; no Reino Unido. 11. t 10; e n,1 . 1· , ii1:1ti,·o
201 C 248. 1)\ ~-lH nças viv . .1 •duc:1c1ona ,qi
; .)li ) · finla_ d ' , em na pobreza (U nicef, 2012). O s1s1em, t --;-;-J--;:~ ,- _
Fonu: S1:1risrlcs f 1nbnd ( ~ eseu _ . , . , · ·u·asoc1.1~
çào ---......111 resultado da a1ença~ s1s1emauc:1 a Jll> ~ . . . . __bt!lll-c.:.~ª
Precoce..-....
p - . _ __ - . es e sn,•ciJJS.
ar:c_iJ:!!da.r_aquelcs-c o l l l . 1 1 . ~-

.. .. 1 44 . ... .... i.n ....


ç

cs1rt:i1a ín1crn\·!l,1 c ,11 rc a l·duc:1lr!l" 1· , 1111r, 1·, :,,.,, irn pri, u..1p:ilmr111r '"' 1f4 (: A I• Í 'I fJ 1, (J J
sur'rd c e o tin ci:il 11a tl•1d1•dad 1: (ínl:111,l,,,;:1. (.. irn pnru,n r,- 11 1 ,1:,r 'fll•: 1, rtíio•I
<lo desempe n ho cr:;11111:!111 il aumf•111<111 1..• 1111 i n11anw1111 • t' a vari;;,,:fo d,, d~".Clli·
pcnho c'ltud anri l dimin11ii1 :u >m, ..,mn 11•1nr,1J (• 111 (111,: o w1d ,:datlc íínl:,niil'~~ A, vantagem finlandesa
se torn,,11 c11lt11ralnwn1r mail'> rliv,·n,ific:ida •: .,,,i;i:,1,nc nt,: m:,í,, ,:,impl•·x:,.
Os professores

Muí1,,, (:,,,ir,-,, 1.ur, 1rílJ11íra111 p,,ra ;, (:,rn,, ;,ru11I d,, ~ío.rcmá 1:du<.acír,na l da
l 1rd.',,,rlí:,, r;,h co111,, •.11;, e•:v,I;, ;,l,r;,ngcnr e ele 'J ;,nrA (puu.rl.-r,ulu) p:tra rri<la,
·•~ i r Í- 11 11,:1<, 1 c1JrrÍf.. 1J), ,·, ,n, ,de r 11, , ·1 (fJc,,d,,-, niJ .iprc11díza
g1:m 1; dc•.cnw,lvidri<l
pr·I,,) 11 " ,f,..,," ,,, ..>, 1.. r, íd:rrl,, •.Í•.1crr,:ír iv , e, ,rn u<, <.-<11ud,,nrc<1 corn nccc1\idMk~
•·\1,,·t.í,,í·; drvcr•,í/iW&{J,.., e .,u10m,mía e lidcran<,a 11 ,t,,í,.. Nr, cn1;,nrr,," pc,-
'l'•Í•,;, e" CY.J1crÍ Í:11t ia ·.11gc rc m que 11.í um for,,r, condir;ã,, nccc~~.írí.i para<>~
· d
eI"rarra., e pro,c'f-
(· 1 r
,l,.,w,í, • ' · ' ' ' ' ""'' 1 e r.ucc•,,,,, rrrcnr..í,,n;icl,1~: ;i-. v ,n1r1Durç?,c~
'L •

·~''!'"cxcd <:nrcti.
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l~·• l' t :ipírul,, cx;unín;, ,, p.ipcl ccnrra l dui. prc,fc<:'l(,rc, finlandc<,<.-.. e dc'f-
1 f'i·v,, (.r 1r1l

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rr:,li~,n<, d' "1 pn,,c,,·,orc,,, c•, râo Í;i,r.c11cl<1cnr,rrnc•, conrrr ,urc;vc~ pa raª ra
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Ír,r r,,:,i;fi,, d,' ·,í,.rcma cclru.:;,cío ,,.,I da l· inlíincli;, cm um a'l5unw e um ,,bjcro


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I"•·· 1111 J> n , r·.-,1,,11 a l, 110 rc•1peí11, s11c:ial e 1111 co CKUr~mo .
· " , n·;,liz·•'" 11<· 11 e11' '-IC JC> . de c•l(:olhcr o ma1Q•,1crr< • , , 1 come, carrei ra• para a vrd.i
r, ,,,.
"• JUtrr:1111 . . . IV o trabalho _.
d,," , . u rr e C<,rn •,e11 <i c1,lq.~a'I com,, mc~rn" pcnsamcn ·
l r, ifc,,.,, ir . 1 .
11 a ,ala de aula e
,, , •,I; 1 . t•i l c v,· alca111;ar um cqu ilíhri,, entre o cn~• 11 " . .
, ",, :,1;i, ' ., ,. • csrc capnulo drs- -
• t ''" ' 1 111 r, ,,, p rofi•1•iÍllnaÍ'l 11.i cscol.i, comr,rmc

.... 147 ....


tp
A vanrag em finlandesa
Lições finla ndesas ·· •· ····· ····· ···· ·· ·········· ·· ······· ······· ··· ·· ··· ........, ... ...
.
··· · ···· ··· ·· ······ ··· ·· ····· ··· · ···· ·
·· ···· ··· · ···· · ·· ·· · · ···· ···· ··· ·· ····· · ·· ·· · ·· ·

sia ou do Pem , e r,,cava s1.gn,·r,,_


em de ensin o enrre ~
. nal da Finlâ
cacIO , ndia . .
era próx imo ao da. Malá
cure. Es~ é a ~elh ~r form a de criar uma imag atras dos vizin hos escan dinav os Dinamarc ,
a Noruega e 5 uec,a , . .
!'ara crie es~olham o magistério can·vamenre
que irá~ rrair p~ fi_ssio_~is jovens_e talen tosos ,_pr.~ nsin~ fu~~ ~enral ainda eram preparados
ípios e as polít icas atuais acerca Nos ~
como carreira. Ante s de descr ever ôs princ ssrues.de-de ii>-o~ s:rnos-de ' '
or meio de_s.e miuá rios de form açãõ de profe
~ por unidades q~~
s finlandeses, é útil revisar al-
dos professores e da form ação de profe ssore
dos profe ssore s na Finlând•1a. ~uração, nãe-por-iAscin.úções acad ~cas , mas,
guns aspectos cultu rais relev antes da profi ssão o. Gra dua do~semiiiá-
ciam form ação ma_!_s c~rra e práti ca para o ensin
1950, Marrti Ahrisaari passo u
rio de form ação de profe ssore s no fim dos anos
internacional e, depois, para
de profe ssor de escol a prim ária para diplomara
A S,U-LT~R: - i ; ~STWO , é um laureado com o Prémio
presidente da Finlâ ndia ( 1994- 2000) , e, agora
ra e da socie dade finlan- mundial. Arualmenr e, ao come-
A educ ação semp re foi pa_rte iE~egral da cultu Nobel da Paz e um recon hecid o pacificador
de seis.a nos r; ~or nad ~- ndia reconhece publicamenre o
desas. Emb ora o acesso ao ensin o elem entar morar suas conq uista s educ acion ais, a Finlâ
os finlandeses enten deram que, valor de seus profe ssore s, e, implicitamente,
confia em suas ideias e julga-
oôrig ação legal e direi to a todo s em 1922 ,
geral ampl o, seria difícil al- a bem clara, sem professores
sem ser alfab etiza do e ter um conh ecim ento menros profissionais quan to ao ensino. De form
ensin o públi co formal começar de professores, as conquistas
canç ar suas aspir açõe s na vida. Ante s de o excelenres e um siste ma mod erno de formação
var a alfab etiza ção pública era educacionais inter nacio nais atuai s da Finlândia
não teriam sido possíveis.
a se expa ndir dura nte os anos de 1860, culti
bros religiosos na Finlândia i-vame~ iferente do ensin o
responsabilidade dos padr es e de ourro s mem O siste~ educ1icio.n al-da-Finl ând ia-é.disfint
ofere ciam educ ação inicial das da lngl~ . Algum as diferen-
desd e o sécul o XVI I. Esco las cateq uista s público dotl_ s.tad0s-1::Jnidos;-do-Ganadá.ou
domi nicai s e irinerantes, em vi- dos professores. Por exemplo,
letras, orien tado pela religião, nas escol as ças são intim amen te relac ionad as ao traba lho
Trad icion alme nte, a capacidade 0 sistema educ acion al da Finlâ ndia não rem
uma inspeção escolar rigorosa
larejos e em regiões remo tas da Finlâ ndia.
o casam ento legal ranto para nizados para informar o pú-
de ler e de escre ver era exigi da pela igrej a para e não empr ega restes estud antis exter nos padro
~ tizado,__eo rtant o, marcava a eficiência dos profe sso res. Os
as mulh eres, quan to para os home ns. ~er al~ blico sobre o dese mpen ho das escolas ou a 1
seus deve res e-direitos associa- al para criar seus próprios
~Dtra da.de_um_in_fliví d~o na vida adult a, com professores tamb ém têm auto nom ia profission
planos de traba lho e currí culo escolar. ~
tais respo nsafü fiâacfesãssim que- Finlândia é publi-
_d!:>~· Profe ssore s grad ua~me assum iram
çou a se expa ndir no início do ..r..o fe~Qces.nas.Wlli'ersidades
o sistema público de ensin o da Finlâ ndia come ca~ e financiado, inclu sive a form ação d~ .........___
o ao seu eleva do presúgio de pesquisa finlandesas.
século XX. Na Finlâ ndia, princ ipalm ente devid
teste respeito e confiança. De ~ gruente com
social, os profe ssores desfr utava m de incon A~ e s s o rcS-f . i
ao magi stério como profissão Finlândia. Há cincõ caregorl:ts
faro, os finlandeses conti nuam se refer indo :s características da eolít ica educ acion al da
o Dire ito ou a Economia - - - - - -- - - -- -
nobr e e prestigiosa - assim como a Medicina ' e professores:
is, e não por interesse, car- · d.1m de ·inranc
r, ia · e
orientada princ ipalm ente por finalidades mora d..
-;e ssores ao Jar, 1m de infân cia traba
1. Prole J • lham no pr
reiras ou recompensas materiais. crianças da pré-escob .
também são licen ciados para lecionar para
acional na Finlândia perma- Junda111e111al lecionam
Até os anos 1960, o nível da conc lusão educ 2
• Profe ssores do ensin o dos
anos inicia is do e11.r1iw
ra 2. 1 apres entou . Por exem- gentes ele nove anos. Eles
necia um tanto quan to baixo, conf orme a Figu de prim eira a sexta série s nas escolas abran
Olim píada s de Verão, nove em nam diversas disciplinas.
plo, em 1952, quan do a Finlândia sediou as geral ment e são designado s a uma série e lecio
apen as entre sete e nove anos 3· Pr~fessores de disci plina s lecionam disciplinas específicas nos anos li-
cada dez adultos finlandeses haviam conc luído
um diplo ma universitário na d ,· 11 ono anos)
d~ e~u~ ção básica. À época, a obten ção de ·
na1s do e nsino r
1und amen tal (tipicamente a seuma ao
lberg , 2 010a). O nível edu- r, · •, p ofesso res de
Fmla nd1 a era vista como algo excepcional (Sah e no ensin 0 me' d 10, .
• inclu indo escolas pro ss1ona1s. r

•. .. 149 . ...
Lições íinl ande<:1, A vantagem fi nlandesa
··· ········ ··· ·· ·•··· ···· ···· ···· ··· ········· ·· ···· ········ ··· •·· ·········•···········

po r exempI0 pesquisas de opinião que documentam as profissões fa voritas da população


, . lecionar d e urna a três disciplinas -
, . podem
di sciplinas
Ma1ernat1ca, F1s1ca e Química. ' que concluiu o ensino médio. Surpreendentemente, o magistério é consis-
4· Professores do ensino es!'ecial trabalham com indivíduos e grupos de tentemente classificado corno uma das profissões mais admiradas, à frente
e~tudantcs com necessidades especiais nas escolas abrangentes de en- de médicos, arquitetos e advogados, tipicamente vistos como as profissões \
smo fundamental (comprehensive school.s, peruslcoulu). dos sonhos (Li iten, 200 4). Lecio nar coincide com os principais valores so-
5• Professores do ensino profissional lecionam nas escolas técnicas de ní- ciais dos finlandeses, que incluem a justiça social, o cuidado para com os ou-
vel médio. Eles devem ter ao men os três anos de experiência em sala tros e a felicidade, conforme relatado pela Pesquisa Nacional da Juventude
de aula em sua própria área de ensino antes de serem admitidos em (2010). O magistério também é visto como uma profissão independente de

um programa de formação de pro fessores para o ensino profissional. alto nível que tem o respeito e a admiração do público. É particularmente
popular entre as mulheres jovens - mais de 80% dos aceitos para estudar
Além dessas cinco categorias, os professores das instituições de educação
nos programas de formação de professores para os anos iniciais do ensino
de adultos devem ter conhecimento e habilidades pedagógicas semelhan-
fundamental são mulheres (Conselho Nacional de Educação, 20 13).
tes. A cada ano acadêmico, aproximadamente 6 mil novas vagas são abe~-
Em uma pesquisa de opinião nacional, cerca de 1. 300 finlandeses adultos
tas em todos os programas de formação de professores na Finlândia. Este
(de 1 5 a 74 anos) responderam se a profissão do seu cônjuge (ou parceiro)
capírulo focaliza a formação de professores dos ·prirneíros anos do ensino
havia influenciado sua decisão de relacionamento (Kangasniemi, 2008). Os
fundamental até a dos professores de di sciplina do 12º ano do sistema edu-
entrevistados tiveram que selecionar cinco profissões de uma lista com 30
cacio nal finland ês, que abrange cerca de dois terços de rodos os estudantes
opções que prefeririam que um parceiro ou cônjuge eleito tivesse. As res-
de magistério.
poSlas foram um tanto surpreendentes. Os homens finlandeses escolheram
Lecionar corno profissão é muito próximo a sustentar a cultura nacio-
prof~sora como o cônjuge mais desejado, um pouco à frente de enfermei-
nal finland esa e desenvo lver urna sociedade abena e multicultural. De fato,
ra, medica e arquiteta. As mulheres por sua vez identificaram apenas mé-
urna finalidade da educação formal é transferir a herança cu-lru; al , os valo- '
' como profissão
· , • a. frente de professor
dico. e vetennano desejada para o seu
res e as aspirações de uma geração a outra. O s professores são, de acordo •
mando ideal · E m tod a a amostra, 35% classificou professor dentre as cinco
co m suas próprias opiniões, personagens essenciais no desenvolvimento do profissões fi . ,
. pre endas para o seu cônjuge ideal. Aparentemente, apenas rne-
estado de bem-estar social da Finlândia. Assim como em países no mundo d1cos são m • . d
li I • ats visa os do que professores no mercado de relacionamentos
todo, os professores da Finlândia servem como transmissores importantes ·
n andes· Isso c ]aramente documenta o alto prestígio profissional · 1
e soc1a
de cultura. Por séculos, a Finlândia lutou pocsua_ide'!!idade-nacional, par ..
que os profiessores adqumram na Finlândia - dentro e fora das escolas.
sua Iíngua-mãe e J;eU5-.pmp.aos valores, primeiro, duram~ seis séculos sob
o Hc ino d a Suécia; depois, por mais de ;~- séZu~ b o Império Russo;~ Box 3 1 p
• or qu e quero ser professor?
•. ........•
novame nt e, po r mais de um século como um; n~ão-reeé;=;- ~ependent: Torna,··· · ······ · · · ······· · · · · ·· · · ···· · ····· ••• •••••· •·• •••••·· · · · · · · ·········· · · ········ ··· ····· · ······
-me professo ra ~O ·I ,iact •. · roc,,sso
posicionada entre seus antigos donos e potências da globalização~~ão ha que evo) . 1para mim. Na verdade não foi urrui opção. mas.. s,m, um P
UJu d ' ·
edu~d e um sonho de infância para um objeti,•o realista ql.Llildo adulta. Tenho muitos
dúvid;is de que essa história deixou m-arca- profunda nos fi nlãncléses e ern . ores na minha f íl.1a e 1ecio . nar está no meu sangue. Meus pais .
. me inceno, . -.nm • s,-
gllir nessa dº _ am,
seu d e!>ejo de desenvo lvimento pessoal por meio da educação, da leirura e ireç.,o. EI es me a1·u d aram a encontrar empr'"""' temparanos · · nJ.S 1•éri.J· d, ,..-rio
e Pa.s.. empos
da ;iutomelhoria. O letrameo.to..é a espinha dorsal da cultura finlandesa, e ]er 1~hos
d
1
recomn.-nsad d. .
·o·-
em que eu leria a o portunidade d e trabalhar com crunÇll- ~mpre · n
.__, r 1
' •
adi .
=
. _., ,<nt",.-ro d"-.,rodú
.

e 'r.b..lh r· o res, 1verudos e moralmente real,uuores. ,0 • - - r· ·


por prazer ~e tornou parte integral do DNA cultural de rodos os finlandeses. . ar co m cria . . td·0
1 t l\"J.n,..'Y1 nJ
"'•nha ~rr . nças que me influenciou quando me fo rmei no """no m
Não é surpresa, então, que os professores e o ensino são muito prezados Quando ""ª·
. lecio nei m • . . d prof<SS"rr- n J
na Fínlándi;i. A mídia finlandesa reE,rularmente noticia os resultados das un,versidad
e, a bela ·
"'º
pe nodo na escola, e, atualmente, duranie • fonn>Ç"" e ,1 J
nru.. ru.» ~ ,~.,
imagem do magi.s1é rio é ofusca~ . de 1emp0> em «rur -·

.... •~o ....


···· 1~ 1

-
···· ···· ··········· ·· ········,

. A
a brr 111a r. gora, pr
C1lt~ a me fr,rmar e receber rnt1.J diplr,rntt de r~tr;.d1, ~r.i k1/v~ ~ ~
. . .. _
..,,._ «,,,,, , .1, :míno fvrbr ~I :'W '; ,.,..,.,.,,, ~.,.~f# ;,:<,~ ;;,,'✓3-~m& ;-~
Í~f<>u,IC , • , . • .1,~, .,, , • x t •,. , . ' ,
ini cia i" d n cn ~ino fundamcnral1cnmc ce-1 a pcn~r t:l')Lrc () qu.e r- ~ r prt;f~'V;r, firw '(h~ Í&(f, ~,,, f, ~ 1/h ,~-1'/ / ,1"., :e lZf',ry-,<,u-~7,r,:J "',,7.~ ~":'> yf'/,?f>.::-.f~ -:,., I,~-
Primci rr,, é n d ~jo interior de ajud;H ;n pt...,.~Jtl~ a d-C(:(..hhr ír w;,~ fur~~ e t.:.k r)ttA rr.:n, •:.uJ;.-,., Jlr,: ~.emp 1, r - _ _ , , - ,. ·
a dei;vcndar "uac. fraque7ÃI$ e in\ uficiénciall, Que rr, c.er ~r<,(~~,r;, ~tt<f~ 'fº~'> f :r1>-1 ~ dtf~-.,.r
.,,,, ; , de pro{,c-#JTt-.--, r,-1 Lrn-1!:'1"~~..": t!": H-¼..tYf;i,; ~:; z-:::3- P-_;--~ 34-,
na vida da~ crianças e nt.-,rc pttíf;. Meu rrahalh11 u,rn cn ~nç:;;~ ~npre fr11 },~ ~, ,:;m ;;1:.,-.-: ~ w ~r,,,...,m ..u-i~- (J flÍ.,r~fJ l/ÁÁ1 ~ J ~ ' Ã ' : ' ~....IS ::d~.:;&,-~ ,~
rinho. cm ~ r gentil e c riar rcb,.ç?~ ~~;aí~ (.úrn aq ucfeq u nn q uem rr.:,bttlh,,. ;\ t,J.,.,1 'f ..e- ,....-A..; 4
· ~J{~ dt: prw1,r;:-r~k Í<nm:~#,<JÔl:r,;:/,,f..~/,-:o::,;i:.,..._ -.í;!~, tx.;r.--:::-
única forma de alcançar a rcalí1..aç.ã,, r,,r.al na mính;:, víd;,. ónt:fJ C,,le "7 . ,r ' ' •
1/ffl."', e (!;I;: v::l(Ã- &e- 2? :::w.
Poré m , també m en tendo que, nr, meu rrab-alho, írc-í rnc dept1r;,r (;.lt tn um:;, re,y l'fl't.jt1 fflf,,-4f".,..~,.. • L.J
or.msuf::<,, 'l-- (t71 m;an r,rr:fll.-<>.
u•· r- .
m e p ara um c.alá rio mod~H, e uma c..arga d e trah'ÍJ!h,, ~ da. T ambém v-, r ~ rr.. rea.r;,A'... . a.-. ~ídát1A ~ for rrt~~h &: r,,rd-:-.FYA~ ó</4 7:::ZI'; ; ; - - ~ ~) ~ / )
nancciros c m queda pan c,ct')la, iràf.J um rínuar e influ.c-ndiirrãr, , , m.eu u.;h,;,fh,.. r..,;: - ...uJ..,. ;_,,,,.
H cl~inquc, n, problcma'i -.ocí.ai, que a_q c riança" enfrenr;,rn c.at:fa vn rn;,f'\ ern ~ tJ ' ~ rr:,1.J,,--.
fund:,:m!."flWI •J.o ~ w 1 ~ . r , t.-m dtr.d'> :.;::-~~Ç, :.~ ,,,/A> ~,;:~-:1, fu~
farão pa rte do meu rrabalhv na sal:a de aulit. E-'rcciv, c.c-r c.,i,,-a'l. d.e f.,éxe·rv,. r ír.dt'l"kft.....-.-,dr~a.c~ , urms Jft''fi" ~/4.TÍL2 nr, iniL"l!J dt: :-m i-";-: l-f~ f ~ :-:l!::',.;~ f'C::J"~ ~-~ ' r-:.1 ~.. ~
o ferecer ajuda cm situaçl><..~ p-ara a.t quai, eu prr,~,avdrn-l.--n tc ;,inda nJ, , e-t,.1r,u ptep-ar.il.Í.i~r..c .ir'..,._,.,
dadt:>, que ,Jferea..--m prr/ ~Mrta>; d!: Ú,,-rr~J de pr~L-.;Y~- .E~-Y: ~
que o meu trabal ho nã<J é apena, L-n, inar a~ Ct,ka1 q ue WAtt,, ma; t..,H nthn rev•1~ ;i:~....,t.,
conflito, rrabalha r com colcg;,, que não nccecc-u ríamcnrc pcm.;;m u ,f1ll., eu~ uAa.t.;rr.-...r u ,·m l.~.# é tf...~ .,J,, t.·-m um vmjunv, de ;:ni;q:,,:, ~fJtiY.r,-: ;.,.,-r,1fü:á<-~ p-- ~
rc ntc'i pais na ed ucação de ~ u, filho,. Sem d úvida, umrínu.rc rel me pe-r~unund,.. ~ e--.tt u.-!',.j;:1:.,_ di•.v míhíliz,,,rjr,A f.MJ'â fA ';",W.4 -..J.t.'.:'> U) ~") ,&: :=!')- ic:i z:14- .:.ü',~
(Y:,<, (;
rcalmc.-n tc vale tudo i._c;.o_
v.:i<, ;,nígrA ;, •A.-n·m Jid,,,., v,,r ;;,; a ry~,r;;,_ '-?ft: CJ"Âf~:, .1:·.--:;r/.r., ?.:Y,= r A :.:r.
O educado r fin landês supc-rccmhcd d<, Maui K.t>1kcnníemi u<.a11;, r, re-r mh arrv,,-r ptda;:tiiv; q--,;,;
ra mbém é uma da'i ba.c;.cs da mí nhi.t pr6pría renrí;, de aç:ã,, cr,mo prr,(~c:h - ril. l ..ec.v..r~r ~. u h rz chmo " D=nw,h1ímemr1 t: .-:<1,1~:1 da rot:rw'.::i.: ~ Lr~'<"; :12 ~ • .
mai~ d,, que qua lquer ou tro rrahalh<,, urna profi\~t, CfUC v,JCÍ.: v~ p<,de rc-aJr7,;,:- u,m ~~h .,.
"Jginldad.e e justiça ru, aJ.,~, t: na " . d ~ ~ 2 ~~) :k-~· ~
Í11.cr de ro raçãú e com per'K'>nalidadc. C;,da pn,fr~ ...,,, rcm ~ prl;p-ri.r, !:'ui,, e ftlr.r✓ÁÍ3 Ó'! t:i,c.t:'J ,
Pode h.a vcr divcr ~ m c.,rivos par;, alguém çc; rr,rn• r proí~ v.> r. O meu é ! f U.C eu cr.;a,., fa,.n '· M.1Au6nl.;3 Tlã pr,lí1ia. eàv.c..-Lvmal e ru,. VA ~ J ~ e ' . /- '.1:..:~ ;2, E:..: <.1;;;:. ._ ( f ,,r~
be m para outras pe~1t0as, cuidar dela, e arn.if- la-t:. t u re.-l rnenrc a~ amt.,, por h-v; f'..c-reí ptrÁe;,;r,n h·a:.e no d!.~,(,·mpt.-TJh<J d,,-. e-;(u d;;nie-, ne-,·..;;, fA'FrL d...~ '.:>ã<,. ~ ;. v ~

- Vccra ~aloncn , Prüfe.i.v,.,,a J✓,.t Anh: / n.iáoit d,~ e.n..iÍ.n h f wul.o.nutUOI, 11,bv..;J.
d,,., p-;.,r;, iJ '\egumfa fa:>€: Ô!, prt.lCb'.YJ~,9. ~ ·r , m ; ; , c ~ : : . r : , - ; ~ ~

unÍ<llnídiJ.dt:. Vãlt: ~IÃCâ r q ut: ~..,.. f'l"'.F;.i,. dá ym.ce.n, :2V-: ,:,<.,Y/4ÃI .:<.b.r.,<,1~
c;,ncJ ià;,u,.. no m!."!mr, ní vd: ,;r~ ; tN m_i-m<.I!> ,;&, '.:>ã<J :.e-,.~A ::;,.r.::;;;, =
TORNANDO-SE PROFESSOR P'"'" fY«.'>¼ r para" 'A:',9-ln.d.;, faee , á'pt.~ ;, nr:r..a n2 'f'1' f:a P•.Jr l!iYL ~
q!Jl: "fi r rn;, m qu.t: ;, Fí n Ji, nd j.., recru~ •,eu-, prõf!:'JVr.~ d-.,; 1: % :::Â:Yn:..-., &
Qevido à e_opula~idade d o ensinn e d e se t0 rna r profe'.>so r!__a~ ~,; c,,th, fa ixa ~ r í;, yaduád.a dü !.--n;,jrv, roé<l:o ~) ~ ;
~;a,.....~ ~ -D~
melho res e mais comprome tidos da Finlíindia '.>iÍ<J capar.é'> d e ccal.Íl-"r ~ l.ft-..m, - .. .
. , 'J· _, d.lzef Qut: t..
, , d:Yolrn, E ViJ l.u<) --' · •
rü:o: l1m 0;,:-1.J:I<n.': ,,..,_..J ____,.L
-'-""",..,,- r;;,;p-
C.':: ,::;'.:&.}-
.
..,;,cy,.J•:O
SO.[l~Os profissionais. Toda primavera, milhares d e finland eS<.-s formaatfi nt, ingrc~ •l(J ã pn.>fi~wJ d.t: ~ , na Fínlir-~ t. õi:cJ =-,~,:t->--= :l2

no ensino-i;édio, incluindo muitos d r,s jo vens mais tale n toso s, c riatíwy; e fr,rm;,r;;,,
r-
d t:. p r ,, f,~ '--Ore<, ",L"f'n
, .
e1mnt:C1m...--nu1 - :J· ' ' ' -,~,,;~ - • ,r:, ~
-.N1li!."J. :x.,_:;-_~ = ..=.::i ,_,..,~
motivados, enviam suas candidaturas ans d e partame nt<J!> de formai;álJ dt f'Tr,metím,-n 1 -
~ 1o m r, r;, v,rn 'J t."T1S1110.
professo res!!!!- oito universidades fiolan_desa5. A ssim, se tnrnar prfJfe<,<I): · v . 1. · ·
(J r,}..;(.~ 1 .,.,_..J
·, · • 0 Ut:V>'1 'K:guuua r~.e e tt:'>t&, a Der'Y.ir'.&J~.':., e
_ _; _ r ,
, CYF-~
d os anos iniciais do ensino fundamental na Finlándia é muíro-c,,mpt:ÚLÍ•'.,. '.', t" "Ptídiit, g t=-r a) d,, candí.d2w, a o.e: tf,Tr..;;.r. p r <,:e,,w: . _.:.._ ::::z:.r.,-riã ~ •. 6-
Geralment e, nao - ' fi · -
e su rerente simples m e nte concluir o e ns ino me ,o
'dº com 'tr<.l(fadc - . . -'· . - : ~...;li.
. . • (vitÍl ~ t xig.c qut candid.ãzr~ ckm'>TI'>t!em o:,T.Y.J f"F..L."iTl ~ -"-'--
<><o
sucesso e passa -- _z..J--
r em um exame rrgo rnso - Matricula Exammatwn - pl;, nli;i r e t . } · Ih .,;..-: -Yr
- d rof& r,. 'ª ;, r com r>U lrá.'> ~ "'hÃ'>. T<~ r,,5 c«;Jo.~-'A ?2--"= j. •
Capítulo 1) C· nd'd · . b .
· ª r atos em-s uccd,dns ac, e ns in o de fo rmaçan e P t-ritrt·vi•. 1,, . · d. • d . . , .,_-. ..Je:::ic.-!' '-""
• rn r \. r Uâl '> que:, d!.-TJIH: <,Ulrd'> CJ'F..:Z;:. gr-ra:;:::!:r- r~ :·
sorc:s de vem ter altas _. . · eXI,,t· C.,n •

1_ .• po ntuaç<Jes no exam e , p e r sonalidades p os11r va!,, d1cl;,,1,,·, t · 1· . ,L . - •


~- · rr-· <,~ i,u: .
entes habilrdadcs inte r ·. b Ih cnrn° 1:. xp " Jut-rn ,.,., m<Jt1 '1<-"> d<: '>ll2 e5Cf)1= P<'· " ~ ww
r. .. p<:ssoars e comprom e tim e nto com o tra a 0 rn '.u,, '-.(;lt ,., fi . .• · · k,,7<e<:::: C1',c:i,
pro,c:ssorna cscola An · ) . d'daW' ,,.. e;...,, ,n..,J d,,,. Cãn.dídatr,... ã.'> u.m\·er;•o;c,d,..-, 7'/-f:1J - .
. :. . · ua men te, sc,menre cerca de um a cada dez can r - rc:,.ult...d d . · ' H--~ - =
sera acc11r, n0s prog ramas d d anoi l :;,;0 . .'"" a prrmc-í r«fav:daprova,n<>tiiHUJ ~..á1I'. -.:~~ •- - -
- e mes trad o e m formaç~ n de pmfes~ores <n Tl'l111ri1,,, ) . • , ~~ t'.JJ ;;r~~
" t <, d ipl o ma d o t"'lnrdanr.e_ oem u,rr.~, ~JS =

.... 152 .. ..
.. .. 153 .. .
A ,-an~em " - '- - •
V ·==

. , ., . , ... .. ., ... .........., .. , ... .... ... ..... ........ .................. , .. ···· ·····
• • • • • •• •• •• ••• •• • ••••••

c11p,,r1 cs C' ,p1ai i1qun <>111ra'l atividades qu e virem com0 relevante·s :ª profi'>-
figura 3 . 1 • :\'úmero total anual de candidatos e estudan
( ,
oo5 program as de formaçã o de professores dos anos . . ~~ aceitos
de profctrnor. IDIClalS do
4fo eosi.Do fundam ental em 2-001-2014
Conform e CR11ai- 1 du;i ~,fa r;cs de seleção 'iugerem r, ace'i'i<J a· r,0
.. . . , rmaçãn de
profcrii.nrcs na l•inl8nd1a e alramcnr c conc0rn do. Normalm emc 1 - · 1oX>O
., . . . , pc 0 menQ'i
- roia d e ~
11m po11 cn ele expcr1 cnc1a anr cri or no cnRmo ou no trabalho com crían é
~ (.JnÕidzaS ITIIAheres

1wccsílÍ1r io para candidaros bcm-succdidoR. Em 2 0 14 , o total de can d'd ças


• a1ura5 - (.indida1os homem
~
.- ,un-
aoii prol-(ramaíl el e íorm..iç1lo de professo re'i dos anos inicia is do ensino r.
- f.aitos
com candidatos competindo por ap enas goo vaga.5 '7íXXJ
chcp;o11 .a 8.4 00,
damenr
. ,al . .
d1 spon1vc1
. s cm oito universidades finlandesas. A Figura 3. 1 resume a ten- QX)O

,
0 1 'iepa ra da por genero.
, anual de ca ndid atos entre 2 00 1 e 2 4,
dência .no 1.otal f,000
Dois fcnomcnos sllo aparente s. A profissão de professo res finlandese s
4000
- mais
• tornou ca-d--a vcr ~

---
cm csc,;ol as dos anos ini ciais do ensino fundamcntal se
mi
ai rativa. /\ inda, a proporçào dos profcs-;o res homens para os anos iniciais do
ensino fundamental permanece relati vamentc pequena. O estado da econo-
mia íinl..indcsa é rcflct ido no número de candidatos à formação de professo-
res; <.jllando as pcrspcct iv.is de emprego são menores, os jovens se inclinam
2000

1000 -
o.____.__... .,__L__ J,._ _ L ._ ,L.__.l._ . . , L __ _ l_ ...l,__.L_ _.!...__L._

ª" ensino, conforme pode ser visto durante a última recessão económica na 2001 2002 2003 2004 2005 2006 'l007 2008 2009 21)10 2011 2012 2013 201'

Finlândia que começou cm 2 008. Embora o número de estudantes finlan- For.ic Cniversidade de Hd.sinque ( 2014- =-..·.heknki.n h u,,,./ lncpis""'Jmd).

deses yue não completaram seus estudos e, por isso, falharam em obter um
diploma seja menor, um número relativam ente maior de estudantes homens Na Finlândia , bem como em muitos outros países. uma carreira de pro-
aca b.i estudand o outras disciplinas ou trabalhando antes de se formar. fessor é o resultado de um desejo interno de trabalhar com pessoas e ajudar
/\ 1-'inlflndia é um dos poucos países capazes de selecionar os melhores e ~ pessoas e a sociedade por meio do ensino. Os professores na Finlândia
mai s mor ivados jovens para os programas de formação de professores para te~ _uma fone sensação de serem profissionais presrigiados, assim como .
os .inos iniciais do ensino fundamcntal, ano após ano. Uma situação tão boa :e~icos, engenheiros ou advogados. Q~ professo ~ de iodas os níwis de -,.~_. _,, ·
tiwinto essa existe cm Singapura, na Coreia do Sul, na Irlanda e em
alguns
nsmo esperam receber rocal auronomia profissional que preõsãnrp-ar:rprr-- \
base moral e pro~ssion al para os anos . d os-a-faz-e-r: plane1ar, - --diagnoso_
- - -ensinar. .ca_.I,-exeairar
' outros países. Isso criou uma firme e~ o nuefi
ncar ~am.._e~sma
iniciais do ensino fundamcntal finlandés , cm que as crian~ passanrset fs avah_ar. Eles tampé~ espêrãmTerre~su ficieor epira:ú ~ar~·
primeiro s seis anos letivos com profi ssionais aptos e bem .f§.!]'!J!dos.- ------ dsesÕOJetiv ~ d --
-fora -
dos deveres normais da sala de auJa. eon forme
escnro no Capítulo i ~nã-Flrrlândirory rotess~ passam relaci,<!llleme

menos tem po Iecionand • - ·. · Por
0 QUE TOHNA O MAGIST É RIO UM TRABAL HO TÃO RECONHE
CIDO: o do que seus colegas em mwios ourro, pa.1ses.
exemplo' nas escolas da América do Norte professores são compromen·do·,
Se usarmos a educação finl.indcsa como referéncia, três condições sur- com o ensi d , . . . . d rr.ib:tlho
n no uranre a grande maioria das suas horas diana, e
~em p;,ira a1rair os l}]_clhor:_cs joycos para. o magistério e maôlê-los nas-esc~ .
as escolas O que os del}(a • eras J □\ida-
las. Primeiro, e mais importante.., é primordi al qu ; ~ IQ_ca_L deyab;JbD..doV-
d ' com pouco espaço para qua.1squer ou
es profissio • O co_l}ç_~itQ.Da comunidade de apren d'izaoe "' m profissional
--(sigl . nais. _ _ -.--=-
prnfcssclrc:S permita yue ele; cu~P.~'E... suas missões m~~- .
a tnglesa PLC) e, frequentemente aplicado a. forma comoos professo- .
- - -- - --- - - ·----:. ~ ~ ---) ~.......
\ ,1 .•· . ....... ~ .'-
. .. . I )) . .. , \. · ~ ,t,'""
(..'°' _..

'. " 154 "'. ~ . ._ \ X\)\·'"


.... ...... ... ...... ... ...... .... ...........
,\ v.1 111 U)!.f'II\ 1inl.111rfe-..1
······················· ····· ············ ·.. ,, ., ........ " ......... ..........

rcs trabalha m na~ escolas.. g:eralmentl' e m seu próprio ritmo. No , .. lP' ini-:iais dn e nsin<1 fundam e ntal ncet•s.~:irin menr,~ prt..l rs:un ·
dt• q1nlili
-· . , . . _ .. _ tnt;intC\ cl (1~ .11 - . . ' 1d
na l· mlandia , na Coreia e n o Ja pao, por t·xemplo, as escobs _s~stls com .•.
Cil\ ot.~ •
. ·icacli:n11c:1s
.
n o n1ve e mestrado co m base t'm p·•. .,
t.sq11b11s.
,
No
· •
1•1111111111
-•ri~ncill hnbndt>s.i sugl!l:t,: q ue, .:--e--os rco11 isi tos inrn e ·s .J • - •
:o munidades de aprendiz~1g~m erof~~s'.onal devi10 à ,~atureza e ilo equilíbri: :i expt . . , •. -e:... ....:_ . ..:.__ s, c rnp 1om:1d1•i•11-
m e rent e d o trabalh o prohsstonal d1ar10.d os prn!css()n'S. - -------. . fos,e rn d1n11m.11dos. . mu1f<).~pru.Ji.;s:--orcs pot<!lici:ihhus.Zi:::, ;:::·:--~.......--
, 1110 · · . •flJJ:ll tlSIU ~ ll

Conversei com pro fesso res finland eses dos anos i-rliêtais d o ensino f ;irc:is pro fissio nais qu e dan a ades um su~tus acadêmico nrnis dC'tlldo,_ab.rjn.
. . . d un-
·. d·•
damenta 1no pnnc1p10 . e suas carre iras para e nte nder o qu e os 1·-,in.i e1xar cio, assin~. mais ~p o rmni~ade~ de_e1E._E'.e~ ti11ur:imc,1te em~ . is.__
a profissão d e sua escolha (Sahlberg, 2 0 12). Curiosamente , pr·it' Terceir<2, 9 01 yd sa_l:m a l na o l' o prmcrpal 111 01ivo ~ nnr proti•s-
, 1camente
' ui u\
d' so r ,íãfinliindia._p_rol esson·:;_ ga nh:im pouco mais do qu e a mé&is;i íiin:i]-.
' · E m vez isso
ningué m c it a o salário como m o ti vo para d e ixar de lecio ,•ar
.~
,'
\ ' ~\)
,nuiros a po ntam qu e, se perdessem su a auto~1omi~.!_ofi ssional nasgi:_oJa~- n:iêio n: 11. O s:11:irio esrat111:írio an ual de um pr;;-fosso~ ~t'ri~ upcxiurt>,-
~ 1 1 /11 depo is d e Is anos de expc rien ci:1 (cm equivalêncin ;1 dólari•s
nas sal:•~ de aula, s~a esc~~'ª!e Carre ira s~ria_E.2s ta em dú.Y.ida..__Por exemplo.
se um m speto r exte rno tosse julgar a qualidade d e seu trabalho o u se uma americanos. co nve rtid os pela p:iridacle do poder de co mpra)' é de ccrc-u dt'
,)
..,
J'
_p .600 dó lares (OCDE, 2014a). Esse -~ !_l_or ~ p róx im ~ ao guc prolessort·s __ ,\)
p o lítica de re muneração b asead a e m mé rito influe nciada po r medidas ex- 1
'-•
<T:i nham, cm média. nos países da OCDE. Q sa.l:iricunualcompaciyd r;:- \'
te rnas fosse imposta. muitos mud a riam de trabalho. Professo res finlandeses
são particularme nte céticos quanto ao uso de tes tes padronizados frequentes ~~tadosUnidos é d e 47 m ilcl<>G-;;~na Coreia, 50 mil dólares americanos.
Embora g:inhar dinheiro não seja a principal raz:10 pa ~ -
pa ra d e te rmin a r o prog resso d os estudantes na escola. Muitos professo res
fessor, deveria have r uma forma sistemática de os salários :1umcntarc.'m.
finlandeses m e disse ra m que, se sofressem pressão exte rna quanto a testes
Professores finlandeses sobem a escada sa larial conforme :111men1a sua ex-
padronizados e à prestação d e contas. semelhante aos que seus colegas na
periência em lecionar, chegando ao pico após cerca de 1.0 :mos de serviço. O
Ing laterra o u nos Estados Unidos sofrem , e les buscariam o utros trabalhos.
mesmo esquema salarial é aplicado em rodas as parres do país t' é dererminado
Em suma, os professo res na Finlândia esperam ter autonomia profissional.
em um contrato de trabalho nacio nal que o Sindicato da Educação negoci:1
prestígio, respeito e confiança em seu trabalho. Em primeiro lugar e acima
com os Empregadores do Governo Local, que promove os intert•sses dos mu-
de tudo, as condições de trabalho e um ambiente profissional moral são o
nicípios finlandeses e autoridades municipais em conjunro quanro :10 mercado
que mais conta quando jovens finl a ndeses decidem seguir uma carreira no
de trabalho. Porém, há diversos fatores que afeta m a folha de paga menro.
magistério ou buscar trabalhar em outra área.
Primeiro, o pagamento dos professo res depende do ripo de escola (por
Segundo, a formação de professores deveria ser suficientemente concor-
exemplo, anos iniciais o u finais do e nsi no fund amental). Embora O paga-
ridâ eexigente para afra ir· juvenstãlenmso-s que co ncluframo ensino riíe-
mento dos professores na FinBndia não seja ligado de nenhuma forma ao
di o. A for mã ção aep ro fesso res atraiu muitos orma os no ensino me 10 da
- --:--,._ ;proveitamento de seus alunos, a estrutura salarial é baseada em mériro e
Finlândia porque constitui um programa de mestrado e, por isso, é desafia-
esempenho. Então, o salário-base inclui o p:1gamenro-base del<'rminado
dor o suficiente para eles. A lém disso, devido à alta qualidade dos esrudantes
-- --~---- -=----~- -
finl ande~~ ingressando nos pro g[filJ)aS de formação de _pcafessoces, ª gta=-.
no contrato de trabalho e um adicional determinado localmente, depen-
de curricular e os requisitos se tornaram muito exigentes em comparação ~end0 de habilidades, responsabilidade s, habilidades sociais e co nd ições de
a~ .de-diplilllliL.D ciclos elas universidades acadêmicas :al~io específicas exigidas, que podem variar muito de escola para escob.
epo1s há u b onus , · , d •pende do
,finlandesas. Os formados que têm mestrado podem, sem mais rrabalh~, se d ' rn pessoal no sahírio de cada prolessor qut t
candidatar a estudos de doutorado. Esse mesmo diploma também qualifica d:s;'.1'Penho de trabalho geral (incluindo feedback dos pais, dos colegas e
iretor da l ) . . _ , d nforme o apro-
um indivíduo a trabalhar no governo ou na administração local, lecionarem vei esco a , mas ainda assim nao e mensura oco ..
tamento d O I horas ad1c10-
.
umvers1 -d a d es ou concorrer com outros mestres a vagas d e emprego no setor naj a uno. Existe ainda um pagamento extra para ,
s sobre a ' ' . . ourr·1poss1ve 1
pri vado. Já foi questionado na Finlândia, uma vez ou outra, se os professores carga mínima de ensino exigida juncamente com ·

.. .. 156 "" .. .. 157 ....


Lições finlandesas
·· · · · ·· · · · •·· · · ··· · · ···· · ··· · ···· · ·· ·· · ··· ·· ··············· ······ ·· ·· ·····
A va ntagem finlandesa
·· ····· ··· ·······•· ·········· ····· ·· ······ ················ ....................... .
-
remuneração. Três horas semanais de colaboração, melhoria da escola ou , mação de professores é uma parte importante e reconh 'd d
A 1or ec1 a o en-
outras aàvidades colegiadas estão inclusas no salário-base de cada profes.. . 0 superior na Finlândia. Em muitos outros países a situaça· ,
510 , o e outra: a
sor. Por fim. os pro fessores po dem receber um bô nus por desempenho re.. - 0 de professores é frequentemente vista como uma fior •
prepara Ça . . . • . maçao se-
cebido por suas escolas ou conjunto de escolas como recompensa coletiva miprofissional organizada fora das umvers1da~e_s aca~~micas. Nas Leis da
por um trabalho especialmente bem-sucedido cumprido por todos. Como Formação de Professores em 1978-1979, o requ1s1to mm1mo para O emprego
consequência. pode haver uma variação nos ganhos dos professores, mesmo permanente como p~ofessor foi elevado para um diplo'.11~ d~ mestrado que
dentro da mesma escola, dependendo da senioridade, da natureza do seu . I . ma dissertaçao de mestrado aprovada com eXJgenctas acadêmicas
1nc u1 u
trabalho e d o desempenho geral que é normalmente julgado pelo diretor. semelhantes àquelas em qualquer outra área acadêmica.

Tabela . 1 . Qualificações exigidas para professores por tipo de


3
f -9 RMAÇÀü_ _p _~~__!'.._ROFESSORES BASEADA EM PESQUISAS escola finlandesa

- -------
Até o final dos anos 1970, profe~ ã S ,mos iniciais dÕ ensino funda-
mental (seis primeiros anos) eram preparados em faculdades de educação ou
----------- Tipo de escola
Idade dos
alunos
Séries
Quali6cações eúgidas
para professores 1

seminários especiais de formação de professores. Profrssores de disci.Iilin,as.. Professor de jardim de infância


Jardim de infância o--6
(bacharel)
d os anos finais do ensino fundamental e do ensino médio estuda.v am focados
Professor de jardim de infância
~,;; d: pammentos das dfscipli~a~sp~~ífu:as ~as universidades fi:i~
(bacharel) ou Professor dos anos
..\o final dos anos 1970. todos os programas de~ Pré-escola 6 iniciais do ensino fundamental
tornaram pane do ensino superior acadêmico e, consequentemente, eram (mestrado)

apenas oferecidos por universidades. Um-<liploma..de mestrado se tornou a


-
qualificação b ~s_ica para lecionar nas escolas finlandesas. Simultaneamente, ----------- Ensino fundamental - Escola
abrangente (P,rwkoulu)
7-16 1-<,)
Professor da escola abrangente -
ensino fundamental (mestrado)

oc:Õnt eúd~ cienófico e os avanços nas pesquisas educacionais começaram a Anos iniciais do ensino Professor dos anos iniciais do
7 -12 1-6 ensino fundamental (mestrado)
fundamental
enriquecer o currículo de formação de professores. A formação de profes-
Anos finais do e nsino
sores finlandeses agora é~ adêmica, o que significa que deve ser b~a e IJ- 1\ 7-<J
Professor de disciplina (mestrado)
fundamental
sustenrada__2Qr cQJ}hecimento cienófico e deve_s_er focada nos processos de
Professor de disciplina (mesrrado)
p ~ mento e habilidades cognitivas necessárias para desenvolv~~ ~ Ensino médio geral
Professor de educação profissional
zirp~~pi~uéa~io~ iis_(Jill-u-Sihvonen e Niemi, 2006; Niemi, 2 ~S). Ensino técnico em nível 16-18 l 0-- 12
(bacharel)
_ médio Professor de disciplina (mestrado)
Um princípio particular da formação de professores b~ eadliID..~
na Finlândia é a integraç_ão sistémica do conhecimento educacional cien- Diploma ac.Jdêmico mais alto
Universidade
19- ( mestrado/ douiorado)
ófico~didátiéã (Q_Q_C.Onheci_rr1~rodo CÕnteiroõpedagogtCOJ e ranca ara
- - , · sua Educação Técnica Superior Diploma acadêmico mais alto
permitir que os professores aperfeiçoem seu pensamento pedagogico,
- - - -- (Poiyuduric) (mestrado/ dou1orado)
-
, -,.--,.--,-----·~
t0mada de decisão baseada em evidência_e o.. engajament'O cem · a-de
- Fonu: Sahlbcrg (,01!).
profissional de educadores. Consequentemente, o requisito bª' st·co arua- d
- - - --
mente para o emprego permanente como professor em to d as as escolas e
Essa 1' · , transferir codos os
ensino fundamental e médio da Finlândia é a posse de um diploma de mes- po tttca legislativa serviu como o 1mpeto para .d d
progra d
trado baseado em pesquisa, conforme demonstrado na Tabela 3· 1. mas e formação de professores de facu ld ades Pª ra as universt a es

•. .. 1 59 ....
A vantagem finlandesa
Lições finlandesas
·· ··············· ···· ···· ······· ········· ········ ·············· ····· ·· ··· ······ ··· ···· ······· ·· ······· ··· ·························· .................. , .........

_ de rormação acadêmica de professores na Finlândia focal·tza o desenvol-


finlandesas. As sementes foram semeadas por acreditar que a p rofi ssao A 1' , •

Um importante efeito col . ento balanceado das competenctas pessoais e profissionai·s de um rmtu-
professor é baseada em pesquisas acadêmicas. v1rn
especial ao desenvolvimento das habºl"d d
ral dessa transação foi a unificação da faixa etária finlandesa de ensino ate- rop rofessor. Dá-se atenção 11 aes
do pensamento pedagógico, permitindo que os professores administrem
havia sido dividida pela Reforma Escolar Abrangente nos anos 1970 em' que
fessores dos anos iniciais do ensino fundamental e professores de d"1sc1p. l~ro-
tnas processos instruci~nais de acordo com o conhecimento e a prática educa-
trabalhando em escolas dos anos finais do fundamental e do ens1·MW~ ' d• cional contemporanea (Toom et ai., 20 10; Westbury, Hansen, Kansanen e
. .
O papel do Smdtcato de Educação na Finlândia (OAJ), estabelecido Bjõrkvist, 2005). Na formação de professores para os anos iniciais do ensi-
em 1973, é de negociador dos termos dos contratos empregatícios dos pro- no fundamental na Finlândia, isso é caracterizado pelo estudo da educação
fessores e de advogado da educação (www·oa1· ·fi) · O sindiºcato representa como principal disciplina, composta por três áreas temáticas:
•:y

professores em diversos níveis e instituições de ensino, indo de professores 1. Teoria da educação. ~


do jardim de infância até instrutores de escolas profissionais e até diretores 2 • Conhecimento do conteúdo pedagógico. \
de escolas e palestrantes de universidades. Mais de 95% dos professores da 3. Didática e prática da disciplina. __J
Finlândia são memb~ s do_üAJ ._ - o~ ação de professores baseada em es isattlflmi-
~ a~ d~
Co-nforme me~cionado, todos os professores finlandeses ~m
na_~ ~ d ~ e - mesm1do_Eu~ ~
diploma de mestrado. A principal disciplina nos programas de formação de ~ ~o.ger-a-1-me nte concluem sua dissertação na área da educação.
professores dos anos iniciais do ensino fundamental ~ educação. Nos pro- ~ i p ~ ~ u n t o de uma dissertação de mestrado é focado ou_i.12r9-
gramas de formação de professores focados em disciplina, os estudantes ~ ca.na-sahrd~:auJa-ou iiã"!!scuhrdrnsídêrrciadeüitralunQ ~-
se concentram em uma disciplina específica - por exemplo, Matemática ou a~ 010-eF1sin0-0u-ap i;endi~e.m.de matemática. Estagiários focados
Idiomas Estrangeiros. Candidatos a professores de disciplinas também es- em disciplinas, por sua vez, escolhem um assunto para~ssertação de sua
tudam didática, consistindo de conhecimento de conteúdo pedagógico (di- principal disciplina. O nível de expectativas acadêmicas para os estudos de
dática das disciplinas) nas disciplinas em que são especialistas. Atualmente, formação de professores é semelhante em todos os programas preparatórios
a conclusão de um mestrado - que inclui um bacharelado - em ensino leva, de professores, do ensino fundamental ao ensino médio.
teoricamente, cinco anos, mas, na realidade, o tempo médio de graduação ~armação de prafessores.na finlândia é alinhada à esr~a do Esp~
é de mais de seis anos, de acordo com o Ministério Finlandês da Educação ~peu de ensino-supeFior._(.EEE.S.),_.que _está..se nd~
(Ministério da Educação, 2007). Não existem formas alternativas de obter c?ntmuo Processo de Bolonha' . Atualmente as universidades finlandesas
um diploma de professor na Finlândia; somente o diploma universitário oferecem um programa de diploma . - . ' 01ve1s. . . e, um pro-
, . O pnme1ro
com dois
constitui a licença para lecionar. Nos Estados Unidos, por exemplo, o pro- grama · , · com tres
_ de bacharelad o o b ngatono • anos de duraçao,- que e' a qua lºfi
1-
grama Teach for America admite graduados em universidades, os imerge em . . . • •
caçao_míni ma para uma licença para lec10nar na Fmland1a. Esses d01s ·
· diplo-
cursos de Pedagogia por diversas semanas durante o verão e, então, os envia dmas sao ofe reci"d os em programas multidisciplinares formados por estudos
para escolas que precisam de professores - onde geralmente se dão cont~ ~e · · · dos em um"dades
de pelo, menos d uas d"1sc1plmas. Os estudos são quanufica
que os desafios das salas de aula são excessivamente difíceis. Existem ini- .
e credito d entro d o Sistema , . 1 - d
Cr' d" Europeu de Transferenc1a e Acumu açao e
ciativas similares de certificação de professores em 40 países da rede Tea_ch
nd1 or·e nos (ECTS) em 46 países europeus O ECTS que se tornara a po mca
' r·
for Ali em 2 º 14, tais como o Teach First no Reino Unido na Nova Zelâ ª' tentadora . ' , .
para O Espaço Europeu de ensino superior, e um sistema cen-
em_Israel e na Noruega; Teachfor índia, Teachfor So:ch Africa, Teach/o'
China e Ensena Chile.

. . .. 160 .. . . . . . . 161 . . ..
A vanragcm linland=
··· ···· ····· ·· ··········· ·· ··· ····· ·· ··· ·• ... ... .... ... •· ·· ·· ········
················ ·· ··················•· " ••· ··············
z. Hc.'mmo do programa de mest-rado para formação de
. . . . d . fi d •- •
rr.ido oo ~ rudanre baseado na car~a d e trabalho do estudante , necC'ss:íria f,ibc n 3·
,. ' . •s cios anos 1mc1ai.' i o ensmo un amenu,u na Univenida de
prmcs. 'iorc
p;irJ. ~-umprir os o bjetivl>s do p rograma. _ _
de Jfclsinqu c c m zo, 4
üs obieti,·~ sa"'-õ: gerili11e1~tt'. especifica d os em termos de r~ trãclllSda
J.pn:-n d i.r:ige m e d as c.-om pt·te111:ias a ser~ 1 adg uici.d as. O _g_CTS t'l..h,;1scado
- Compone n te c urricular
Total de
créditos Badta:relado I .\fatndo
naroeia de que 60 crédi~ e2 resen1an.!j!_carg~1de trabalho de um ~I~
Kttudo< d e C omunicação e Orie ntação
:,.y:r 1
em rempO integral no d eco rrer de um ano acadêmico. A ca rga de trabalho
anu:ü deum es rud:m te pa ra un~-p rogrãinãaê estudo e.; tempo integral na Fundamc·ntu~ do p f:1 ne ja m e nro C u rricular
l Cf l CT
1 1 CI
1
cr
Euro pa é igual. n a maio ria dos casos, a cerc:1 de 1.~00 a 1.800 horas. Por
Lf 1
idlonrn ,. lluhllid,ulc , d e C omunÍC;tçúo

isso.. um crédico d o ECT S represem a cerca de 2~ a 30 ho ras de trabalho por 1


LinguJ marern a
semana. A...fo_rmaçào d~_pi:ofe!>-sores--e-xtge, &n,-édü os....do--EC-'f-s-pâta um Comunicaç-Jo Verba l e l cr
diploma de b~ cha_:elad o (que não at~nde às qualifi cações p~ LIIJt d~ Habilid• d« de fnre r:içj o
1
º
deensino ou permue. e!.!_lprego permanem c.cOmo.r- ro éessor),._ ~eguj~ Prdagngia Tea tra l
l cr 1

1.:0 ~ éditos ad icio nais do ECT S pa ra um diplo ma de mestrado. Escrira Cient ifica 1 JC-

Um currículo d e fo rmação de pro fessores maisa n,pfo T i ~!.le pro- l CT 1


Idioma E5tnni:;ciro

- =--
fessores n :i.n eses recém- o rma os ten 1am co nhecimen tos e h~ es
bem ê<pliii:brad os na teoriãe"füi::ID átic11. Ek-tttmbé rrr-+rr1 p1~ os futuros
p rotessm es cks·envo1v am ideias p rofissio nais avançadas em educaçao- a par-
tir de diversas perspectiv as, incluindo psicologia educacional e sociologia,
teoria curricular. avaliação estudantil . educação para necessidades especiais
S'1,,undo Idioma Na1i vo

Educoçln e Jusr iça ~<>l"ia l

Ttrnologia da lnform:,çjo e
Comunicaç:lo na Apre ndi1.agem
J cr

J cr
J cr

J cr
CI 1
1
1
1

;a
e didática ( co nhecimen to de conteúdo pedagógico) em suas áreas discipli- lnrroduç:Jo à Edu caç.:lu com Míd ia J cr 1
nares selecionad as. É important e_Q_b~i:y-ªL_qµ ~ a formaçã-9 contempo râ~e~- Principal, E-tudo, <L, Dtociplina

de professor es na Finlândia fo i mui to influenci-ª da po..c.pescJl1isas e eles~


lsduCMçilo
1\11 · 140 <T
1
vimento nessã--:írea-ernunive rsidâdes american as canadenses e brirâni9s'. 1
- - --- - - --=-- ------,- - )
Para ilustrar o que os professor es estudam êlurar11ese u prog rama prcpa_ra-
- - Da..,• C ultural, da E duc ~ ·ão
' . da Ed ucaç.ào
lnirodução às C"1cnc1a1
16 cr

J cr 1
tó rio. a Tabela 3.2 ilustra os tó picos da fo rmação de pro fessores do ensino ºª"'
F'il •s<>c .a1,,
1 . rica, e
. H151ó
~ cr
primário co m as unidades de crédi to necessá rias, con fo rme oferecido pelo OSófica, da Ed ucação 1
Departam ento de Formação de P rofessores da Un iversid;1de de Helsinque. Enfrcn,ando E
M .
. .
• • pec1fic1dade e 6 cr
. u1t1p 1icidad, / Ed 1
As oiw uni versidade s finlandesa s que o ferecem cu rsos de fo rmação de pro· ucaç-30 para D iversidade
~essores tem • . estrateg1a
• suas propnas • . s e curncu r . ção de profcs-
• 1o d e 10rm.i Diver,idad . 1 J CT
e C uhu ral nas Escolas
. 1 . d • . mesmo tempo da
so res coord enad os nacwna mente, ga ranun o coerencia ao e....,. "•k~•lógi . ,
c u., da Educa\·üo 11 c-r 1
em que incenti va a iniciati va local a faze r o melho r uso de cada recurso lntrod uç-Jo à p . I
1 cr
sicolog ia Educ:icio na l
universidade e de opo rtunidades em locais próximos.
1
lnr, ,. l
ç o e J\ •rc ..
"P\'JOd os A lunos
6 cr -
e,...,. ">d " " Kó gi,·as da Fd - 2:J cr
-
Dieücic:.:1 ~ uc.-aç a o 1
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... . 163 ....


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Tabld r

1c:rédilD.
lla.lau ee M 5 . lTebl• •
aáliilat
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li f f
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Teoria e Didárica àa educa;:ão i..,ún:i J.:noà
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;\,-aliaçã o • É.rica d o E=i:io e Ap=mz .ag= :; :::-
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Teoru e A,--aliação Ccrrid a: >=

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; e-
Conhec :im=w Pedagóg jco , Consm.,?O ::!z
Teoria rl2 Pratica Pessoal

Estudos de P ~ em Educação -o e.-


- ::,
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~- ~
1::. c:r

j C

lmroàu ção à Pesquisa Ed:icac io=l ,.. -


~

; cr
Métodos de Pesq,. ris. ~ • •= }C

Métodos de Pesquis a Q,..ialmci,-. ; -=


i -=
Trabalho de Conclus âD de Curw do 1: ::-
l:Ja-
Bacharelado ("mchri:do =i:,â.-;o ,,_ ~ d:±:.os)

Método s de Pt:stf..risa Pra:,:,, (q,..,a!citam -.) •=


ou Método s de Pesquisa Priciu1 {<p.1,ili :=.., •= .!..~ :-.¼ ~~ #.--.,., .: :-.A!::~: ,-=
-~ ,p::,
Opçi>t-s de Metodo logia ( dois =t>> o;r.ann1> ~= •-=
d,, metodol ogia an-a:n;arla)

D i s ~ de Mesi:raci o
e= ,=
Prática de Eru.iDo %-OU- .:.=sncQ T-,c:;sr •,·'i \l.&2::.r.:::i::!..
~~
JI,:-~ -;
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Es,,ígjo em Ori<:ma ;:ão
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fatágio d,, Discipfu = Sec=di r.z,
l - Z.30::r..,,¼- _~---!:I ", ~c ~ -u---=-c..
:.#.--r-~ .
Es-.ágio do M<:st.r ado

E.tudo.- d e ~ Secund ma. -


a,ft e ~
...... ...__ Et,c ,ob
~ Multid iociplia
~,... 6ocr
~ ~ ' . ) , - ~ , ._,~. ~
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---
~ ~t!:Ua:..47a::.:e'!::c~ ~ 0~
Emaino c:i,, Liog.wo '-blt::n u ., CI"
.,,.,.. .•·-c,~ ....t.":l. .

e de Lit.erat uni

--
7 c:r -u
Em;mo de Materni rtx:a

Emioo de -~ " H.abilic:i,,dn


E."lÚ><> de Anõ Ví>Wlis

E.ns:no de Trahal.bo, Manw,,i,


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J=

) C'

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-- ---
-
------
Emin~ Ô!': Música

. .. . 164 . .. . . ... 16, .... .


A va ntagem linland=
l .i\1)es f1nlandcsas
·········· ······ ·· ·· ··· ··· ···· ······ ··· ··· ····· ···· ·······
·· ··· ···· ······· ········· ·· ······ ······· ··· ····· ···· ····· ··········· ··· ··· ···· ...... , ,

ensino médio são . . . obrigado s a concluir com êxito um p d


TotnJ de do , . , . rograma e estu-
Cmnponc nlo <'m,-kulnr Mestrndo incluindo ate 18 d1sc1plma s obngaton as - tais como F.isica, . .
• Q umuca
crédJtos IJocharolado do S
Filosofia, Música e, pelo menos, dois idiomas estrangeiros, além de dois.
ll m eh" St',,,_llint rs:
idiomas nativos. Normalm ente, os estudante s aceitos nos programas de for-
En'-ith' d\• l ;("<lf,(r,1fü1, Es1udo:-. llpi:innais J cr
mação de professor es dos anos iniciais do ensino fundamental na Finlândia
E,,.,.i1H1 ck ni(1l,,~i:1, l•::,.t11Clos O Jh:ionais J cr recebem notas mais altas do que a média nessas disciplinas. Por exemplo.
En<i111, <l,· Fi,i,-.,. Ern,clos llpdnnais J cr na Universid ade de Helsinqu e, 15% dos estudantes escolhem Matemática
En:,.irn, de• ,,,,.)uím k :1, Esrudos Opcion:iis J cr como minar, que dá a eles a segunda licença para lecionar Matemática como
professores de disciplina na sétima à nona série (Lavonen et ai .. lOO?). o
Ot<clpllnn Sccund,hin Opclonnl
Estudos Opclon1tls
<'
75 cr 40 cr 35 cr
ensino de ciências também é um tanto popular denrre os estudantes de for-
Po ntns dc• rsrndo nn l.'.:11rso inrf'iru JOO Cr mação de professor es para os anos iniciais do ensino fundamental; rodo ano.
aproximad amente 10% dos estudante s cursam estudos básicos ou avanç;1-
crfdiro do ECTS = 17 horas de rrabalho
dos do ensino de ciências. Está claro que os professores dos anos iniciais
1

na Finlândia, no geral, têm um forte domínio das disciplinas que lecionam


Como regra geral, a formação de professor es que os prepara para as
por conta de seus amplos estudos do ensino médio e devido ao foro de que
séries mais elementa res (tipicame nte da primeira à sexta série das escolas
seus programa s de formação de professor es são desenvolvidos a partirdes-
abrangen tes) inclui 60 créditos do ECTS de estudos pedagógic os e pelo
sa base sólida.
menos 60 c.:réditos adicionai s do ECTS para outros cursos em ciências edu-
A formação de professor es de disciplina s na Finlândia segue os mesmos
cacionais . Uma parte integral desses estudos educacion ais adicionais é uma
princípios que a formação de professor es para os anos iniciais, mas é orgJ-
tese de disserraçã o de mestrado que requer pesquisa independe nte, partici-
nizada de forma diferente. A maioria dos estudanres primeiramente conclui
pação em seminário s de pesquisa e defesa do estudo educacion al concluído.
um mestrado em seus programa s acadêmic os com uma disciplina major,
O crédito comumen te oferecido por esse trabalho de pesquisa em todas as
como o idioma Finlandês , por exemplo, e uma ou duas disciplinas minar.
universid ades é de 40 ECTS.
como Literatura e Teatro. Então, os estudante s enviam sua candidatura ao
O currículo revisado de formação de professor es na Finlândia requer que
~epaname nro de Formação de Professor es para o seu programa de forma-
os candidato s aos cursos de formação de professor es para os anos iniciais t
çao de professor es de disciplina . Em estudos pedagógicos. o foco eS á nas
do ensino fundamen tal concluam um major (N.T.: principal disciplina de st
e ratégias d e ensmo ·
· onentada · · · · J 6 'd. d0
EC s por disciplmas eqwva entes a ocre ,ros
formação com a qual o graduand o se comprom ete) em ciências educacio-
: 5 e dura um ano acadêmic o. O outro caminho para se tornar professor
nais e obtenham 60 créditos do ECTS em estudos minar (N.T.: disciplina ·
de d1scipli na e, aquele em que os estudante s se candidatam diretament · f'
e ª or-
secundári a de formação durante a graduaçã o) dentre as disciplinas inclusas rna - d
çao e professor es para concluir uma disciplina major em seu progr,ima
na Estrutura Curricula r Nacional para a Educação Abrangen te, regu!a_r- acadêmic0 esco Ihido. Geralmen te após dois anos de estudos d'iscip . J'mares.
. M' ·steno
mente atualizada pelo Conselho Nacional de Educação e pelo mi os estudante . . . ' ld d d d ação
de . s intciam seus estudos pedagógicos na focu a e e e uc. •.
da Educação . 'd d • 1 • I'd' t' o ao pn-
A maior parte dos estudante s dos programa s de formação de professores · un1ve rsi a e. O currículo deste segundo camm 10 e en ,c ·
rn sua
1 eiro, mas é . . I· dO mestrado,
para o ensino primário inicia seus estudos com sólido conhecim ento ed '.ª- tip• orga111zado de forma diferente no bachare a e no
icarnente nO d , . f, me ilusrrad0
bilidades na gama de disciplina s estudadas no ensino médio. Na Finlâo ia, pelo ecorrer de quatro períodos academicos. con or
tu dances Program . dO 11 a Tabda 3· l·
.
d i.~erentemen ce d os Estados Untdos ou da Inglaterra , todos os es ª na Untversid ade de Helsinque, apresenta

166 .... . ... 167 .. ..


i\ Vílllflll(Clll fi11l.1111l1•,.1
Lições finlandesas
······ ····· ···· ·····•············· ···· ··· ······· ······ ···· ······· ··· ·· ··· ·· ·· ···· •· .. ,
··········· ···· ··· ······ ···· ··············.. , , , .. ,, . , ... , .... .... ,,, .. ,, ...
, ,,,,.,,.,,

Futuros professores de disciplinas decidem obter seu major ern áreas ·c·i• finlandcs:is - n,1o o dcparwmcnr o de li1rm11ç,ln de prolcs~orcs rrni•
1111 • J , , , ,

em que irão lecionar, como Matemática ou Música. Para disciplinas major, wm diplonws de mes rr.1d~1 p:1ra ~rolessnrcs de drs~1pl111ns, t'Xc•r·ci•nr/u nss/ui
geralmente são necessários estudos avançados envolvendo 90 créditos do . orr·nit c 1w1Jcl na fonnaç:w de pro(cssnres /111l1111dcscs.
u111 rrnp •
ECTS. Além disso, 60 créditos do ECTS são necessários em uma segund;i
disciplina que será lecionada em escolas. Geralmente, os departamentos de
PROFESSO R ES COMO PESQUISAD OHES
formação de professores organizam cursos em estudos pedagógicos ern co-
laboração com outros departament os em suas universidade s. Cada depar- A instruç;io nos departament os de formação de prolcss1ircs 11:1 Fin/;1111//;1
tamento, em geral ligado a alguma disciplina, também é responsável pela é org;mi1.ada para dar apoio aos princípios pcdugngicos que prnlcss11rr.~rt·-
formação de estudantes buscando certificação naquela disciplina em espe- cém-preparado s devem pfir em prfitii:a em suas sa /:1s e/e .111/:i. E111/Jor:1ri,dns
cífico. Exceções incluem a formação de professores de algumas disciplinas os professo res universiuírios renham 101;1I a1110111m1i.1 pcc/;1i,.l'Ól(ica. r,,c/11s 11s
inclusas na Estrutura Curricular Nacional da escola abrangente, como tra- dcp.'.lrramerHos de formação de professores 11;1 Finlànc/hi tem urna csrrarc;-
balhos têxteis e manuais, educação especial, aconselhamento de esrudantes gia detalhada e, frequentemen te, obrig.1tória p:1r:1 mdhnrnr :1 </U:1lidadc rios
e música, organizadas dentro de departamento s de educação. programas de formaç;io de professores. A pecfogugi:1 foc:1d;1cm discipli11.1s
e pesquisas no ensino de ciêm:ias nas universidades lin/nndcs:1s, p11r CXl'III·
Tabela 3.3. Estrutura do componente pedagógico do progrru1111 pio, são visws como avançadas pelos padrôcs inrerrwcionais (L:1v1111c11 c·I .,/.,
de formação de professores de disciplinas na Universidad e de
2007). Ainda, aprendizagem c~opera~va, aprcndiz:1ge111 b,1seacfo l 'III prnblc-
Helsinque em 2014
mas, prática reflexiva e educaç;1o apoiada por ,~1me!:!_t.1dnres s:11 ~a~ra. p~•-
Bacharelado (25 créditos do Mcst:nido ticaãas - pêlo menos até certo pom;;- - ·e; 1~as as 1!!1Jvcr:;jdadcs lin/.111dc~;is.
Sistema Europeu de Transferê ncia (35 c ré ditos) Um~ dê ava/ia_ç_iio finlandês de e11süio,supt11:ii>1~quc..ufu't,'l'l'~'. '."l~'l.'i-
e Acumulação de Créditos) menro público e premiações linanceir:1s por pr:íric:1s de ensino 1111ii·c,,ir:iri,,
TERCEIRO PERÍODO (17 C I\ÉDITOS) 1
PRIMEIRO PERfODO (18 C R ÉDITOS) inovàêlõrãs serviu como impo r1anre-esri111111âdor desses av,11i\·us?)t1Sirin ~
Dases sociais, histó ricas e filosó ficas
Psicologia do desenvo lvimento e
da educação ( 5)
F,ormaçao - de -- -
- professores - ·- s,gw
--pcs9111s,1s
!iase,ulr.1- em ~ '(iK,1qm':1111 l /{1 • 1· de
. · 1 , · , ··in
da aprendizagem (4) 111
Educação especial (4)
Avaliação e dcscnvolvimcn10 do ensino ( 7) teor!i!§..~;lc ~1is, metodõlogias d~e~q!!i;i;.l l'jll"•Ític.ulcscm1wi 1l1.~
Prática avançada de ensino na escola dL·
Introdução à didática de disciplinas (10) papel importante n;,;p~ogra~~ ck-foauaçiio de pro!t•ss11rt1S- ~ 1 !!1·
1
formação dt..• proft.·ssorc..•s na escola de
residência ( 5) O~ lõ de form,1çào de professores é desenvolvido p:ir:i que cll: c,u,s-
tltua._11m~ • · ,
• ,ca.. contir1ua.:i. • das.uases
partir- ..1 ,1 n••i•••11111,
1:- . .\!L.,:.. ~_ ""LI.LeUU.:J·
...... .
SEG UNDO PERfODO (7 CRÉDITOS)
QUARTO PEJlfODO (11 C HÉOITOS) . ........_.,__sistematr
Prática básica de ensino na escoJa Seminário de pesquisa ; , d I . . d
c1011al~ªª''' as me!2...2__og1,1s de pesqu1$a_e ui:anona l', P' ~ ~ • 1 . J •1 .. ri11 r111l'lllC • atl'
.
--;-
de formação de professores (7) (professor como pesquisador) (4) are~• -,,;~ d . -: C - , , ~iud □ ntc·-por.-- sna
Prárica de ensino final na escola dt• for~i;.içio -....~_i\Yauça as..das..ci.êucia.s_edu. cacJQ.!!.ª~ ª ª ~~- '
d , idéncra (S)
de professores o u na esco 1a e rcs
_
vez ' dcscnvo1ve uma compreensao da nawreza s1sll'llll~,1t 11 - . • •. · · .. , · iicrc}isdj,111wr
da práti • d . .., ' ii:ií-J 1111rcm ns lw·
COMO PARTE DO PROG RAMA b.-. ~ ueac1o nal-: Os estud:1111cs íinlanêleses wmul'l11 ·' < ·
1hdades d 1 · ·u·iw1is sl!brc as-
DE MESTRADO: e P anejar conduzir e apresentar pesqu•~•s ori,, · · .
Me1odologia de pesquisa (6) Pectos pr • • ' . • , rnl eh l,11·111:11·:lo
d attcos e teóricos da educaçio. Um elemento llltl !-( · .,...· . - . ,
• d' - r,,. ,í-,,·:11• pr,111c.111.1,
- ['1s1. geralmente
e profess b
ores aseada em pesquisas na Finlan E e a _, 11 -· i: d
A formação de professores de música, artes e educaçao ca · rs1'd ade. es~ola~1 - - . , . f 1 ·rnc docu111t>1 1l-l "
d 1- nas T<1bd- - .!1- -- -
componeme essenc1 ,il do c11r(lc11/ll,. l,on_ \!t
ocorre em departamentos ou institutos separados dentro da unive - . -
. 1·pJ'ma s ac.'.I e -, as3.2e3,1.
Também é internacionalmente único que as faculdades de d1sc

.. .. 168 ....
o A va ntagem finlandesa
Liçôcs finla ndesas
, , ....... .. ...... .. ... ... ....... , .. ........ .. ...... .······ ··· ·· ·•·· ·······"• ···· · ··········· ········ ········· ·············· " ·""' ••····•· ....... .... ..........

a rede de escolas de .
residência ( ou_ estágio supervisionado) se1ec1onadas
llox ;3.2. Formação ele profcsso1·cs baseada cm pesquisa um .
ra a prática do ensmo. Na formaçao de professores para os .. . .
..~. ;,.;-~;;,;.;,~. -,~-.~~;.- ~;;;~i;; ~-~~;~· ~~.-.~~-~~~~- ~~ -~~;;~;~~--
,
·. ········· · ·
~-~-~~~~ç-~-~; ·p·~;i,;~~-...mats:· ·.1mponance Pª .
do ensino fundamental, os estudantes dedicam aproximadamente 15 %do
anos m1c1a1s
• 1.
l n , :, ex1~c11l"1a ele que tod os os professores de veriam 1cr mestrado em educação Ou~ d"m~m
• . .
.
<1uc lecio navam na .escol.i. 1 ai. cx1!J(ênc1a desencadeou um desenvolvimento que elevou tod05 05
seu tempo de prática de ensino pretendido (por exemplo, na Universidade
~ro~esso~es a um mv_el _profissio nal que, dentre outras coisas, os tornaram capazes de entender0 de Jyvaskyla, 40 créditos do ECTS) lecionando em escolas. Na formação
,·nsmo de fo rma ho hsnca e de melho ra r con1inuamcnte seu próprio trabalho. Na Finlândia fo.
de professores d e disciplina, a proporção de prática de ensino em escolas
ra1n nccessfarios mai~ dr 2.0 anos para desenvolve r uma compreensão comum entre os prof~so-
rcs de cduc.içào, os profes sores universitá rios e os praticantes sobre a complexidade da profissão compõe cerca de um terço do currículo.
ele p rofessor. A fo rmação de professores baseada cm pesquisa tem os três seguintes princípios: o currículo finland ês de formação de professores, conforme resumido \i
• Os_p rofcsso'.cs_ p~ccisam de um conhecimento profundo dos avanços mais recentes de pes- nas Tabelas 3.2 e 3. 3, é projetado para sistematicamente integrar a prática · ,_..;,
qm:.-.as nas d1sc1phnas em que lecionam . Além disso, eles precisam estar familia rizados com
as pesquisas sobre como algo pode ser ensinado e aprendido. do ensino nos estudo s teó ricos e metodológicos. A prática de ensino é nor-\ ~ o
• Os professores devem foca r-se na pesquisa como méwdo de trabalho. Isso significa apren- malmente dividida em três fases ao longo do programa de cinco anos: prá-
der " ado tar uma abordagem analítica e de mente aberra ao seu trabalho, chegando a con-
tica básica (orientação), prática avançada (disciplina miMr) e prática final
clusões para o desenvolvime nt o da educação com base em diferentes fontes de evidência
proccdcn1cs de pesquisas rccemcs, assim como de suas próprias observações criticas e ex- (mestrado). Durante cada fase, os estudantes observam aulas de professo-
pe rii·ncias profissio nais. r~ c 0 n d u e m a praucacFeensmo, observado-s por-rrofessares
• A formação de professores em si deve, também, ser objew de estudo e pesquisas.
supervisores, e ministram a diferentes grupos de alunos, de forma
Mu itos pe rgunt am po r que os estudantes finlandeses se desempenham tão bem na escola e por
que tantos jovens fi nlandeses escolhem como carreira o magistério. Não há restes padronizados independente se do toda ulas avaliadas por professores supervisores
frequent es, inspeção escolar, avaliaç.10 dos professores ou classi ficação das escolas na Finlândia.
A educação pública tem pa pel cent ral na melho ria da igualdade e do bem-esta r na sociedade
t por professores e palestrantes do departamento de orroação de pcaf6:. y
sores. As avaliações da formação de professores na Finlândia identifica --.,/..._ \..
finl andesa. A fo rmação acadê mica de professo res de al ra qualidade garante que eles estejam
prontos para trabalhar cm mu itas o utras áreas do mercado de trabalho finlandês. Mais impor-
" mi
reire·, ,mamente a natureza sistemanca os curncu os e armação de profes-
-\ / '
Í" .-f'"-('-i
~
1;in1c ainda. na Finlândia, os pro fessores e as escolas gozam de profunda confiança do público. ~ores como a principal for~a e uma caractensnca que distingue a formação- . ,)"'; ,,
Os pais confiam nos pro fessores da mesma forma cm que confiam em seus den1isras. Os pais
não precisam se preocupar cm encontrar uma boa escola para os seus filhos. ~-fui tos acham que de professores finlandeses ~ muitos outros países (Darlin -Hammo \ r .-'~J.~-1 õ
~;;:-;;-~ :-::==-~--=--~ ='.:'"1-C-:-:-::-=-_:__ _ _,..____~ J- ,>' ~ "
a escola m ais próxima em sua comunidade é boa o bastante. Acredito que, visto que os profes- '--- , uss1 a e aan , 200 , n e nmo ig, 2 009 ) . . ~ 1.'~ J>/'
sores - como resultado de sua formação acadêmica - têm um objetivo moral claro e uma ética
profissional independente, sejam confiáveis. A fo rmação de professores basead a em pesquisa é
~7>~ograma finlandês de formação de p;üfessores representa uma _.J/ ~i ~;_;-~
essencial para w rnar isso possível. sequencia espiral de conhecimento teórico, fom a~ão prática e Q!!_estiona- ~ ,- ~,o
~ s sobre o ensino orientado por pesquisa. As responsabilidades da for- ./
- Hannele Niemi, Prof~sora d, Educação, UniYu sidaJe d, H,lsin9ut
........ ............... maçao de professores são integradas às atividades das unidades acadêmi-
cas da un· "d rê~sJ.fa!!_!c;.i,uwlWll::i.:~=&LS"'
tvers1 ade. Na Universidade de Oulu1J!t~
Existem, em teoria, dois tipos de estágio nos prog ramas de formação de Humanidad d --..... ' formação de proiesso r
~ - _ es e E ucação:-·oferec e cursos de
professores. Uma porção menor de formação clínica ocorre em seminários os seu d d 1
~ estu antes. Eles incluem uma equipe gera mente e ª es-
para
- de
e salas em pequenos grupos dentro de um departamento de formaçao trantes e p f: ] · de
~ ores da u niversidade es ecializada em meto O agias
professores (parte de uma faculdade de educação), em que os estudantes sino por d'tscip· 1· D . rt ento
·de--F mas. Seu currículo é coordena o com o epa ~
praticam as habilidades básicas de ensino com seus colegas. As maiores ex-
~ ofesso res, responsávelpela organização geral da for- _
periências de prática do ensino ocorrem principalmente em escolas es~e- Çao docente.
ciais de fo rmação de professores administradas por universidades, que tem ~"escora d h a maior parte
da r d s e form ação de professores compon am .
currículos e práticas semelhantes às de escolas públicas comuns (N.T.: no e e ern q , · de ensino,
, utilizam algu ue os estudantes finl andeses concluem sua pranca .
Bras1·1, sao
. -
- c11amad as de escolas de aplicaçao). Estudan tes tamb em lllas escola , bl. d d escolas de res1-
, s pu tcas municipais comuns (chama as e

.... 17 0 .... . •. . 17 1 . . . .
o -
, J',
p ' 1
,, it1du,;1,, de 11111 m.,, 1pn 1IÍ.>ss1•r' l•11111111r1 prl11wlrn ln•t>fo ., 111 , JIH Il• AliJli '
déncia municipa is ou M FS - Mum.apa l Fie/d School.s) também têm a mesm.i • ' , e li

finalidade . Um terço de toda a prática de ensino na Un_i:e~d.5e..de...0u1u_ f rrla1i,•an1e ote nwn<'~ \11:'"t'm" ,h•hln 1111 l•in l:lntlfn d11 'Ili\' llll!! fut:1~t1S l 1111du•

profBsor es em qUe a p~tica de ensino ocorre têm maiores exigénci~


----
ocorre nessas escolas de residênci a m unicipais. As escolas de forma "ào ,.1.
~ ~
,,u " " tnglat\'rr:1 . l't11l•1•r:1 i• , rnl•.ilh,, dl' l'""lllli•o l' d e~1.>111•1iil'h1tl'hlt• 11n 111
t111ç:'IO dt> fíi' •l<"!--.<1 •r('• ,.-ej;i 11H1Í• t'frl h 'I \ u,
•kltt\'11 l> \'iilljili 1•1. 11, ,f.1 ('1( fll''
1,;qh). ~ p:i r,·1 cb (:!'L"\lla d,, llll1!1ld pi.1 ;1dffi !ltlstt11t-1:~a~ ~ ,.,o_ n /1,u ~\'
t'
fissionais; os professor es supe ~ ;sor es<k~m pro~a~_sua competência para'_
escÕlas de for- in,,irpi ,r,lr ;1~ 11t,YS•i11a d1•s d,• i11dt1\'th • 1•li 1111'111• 'I ht d1• IH •1'1 •*1,, 11 1(,~~, •itJ• 1,111
trabalhar com esrudante s de fonnaçà.2_ p_ara docénci~
mação de professor es (mas não as :\I FS) rambem ae, ·em buscar fun~ de sua~ w~p1111s.1bilicbd cs de emilh '- \ ssim. 11• 1•11Ítit11• nl'l' h II iln l11 d,,,.~1, ,h,pr,,
pesquisa e desenvol vimento na formação de professor es. em conjunto C'<lm l\'"1!,,res ti11l;mdr-sc < :-.-i, \ '"'-' •11hú·ldm11l'11ll'. di w1 •11•. \lµ1111H1• 1·•ti.•ln~, l\Uiit,
parte tle :-11;1 mi •~ii, \ atl,•t-:1ra111 tJn•,'t'tlimt'llh "•l•tt>nii,t d~11µt •lu lll'llll\ tldtos
1

o departam ento de formação de professor es d a uniYersid ade. e. às ,--ez-5.


com a equipe de fo rmação de professor es d as unidades académica ~ Por p.1r;111ll\",I c.p1ipe. :Ili (' ôlSS\l lfll i.'. l,)lll tn• 1••.-11111• llll'I illlll' llfl' l l'l \>l•l' III 1•• 111•11••

exempl o, na Universid ade de Oulu, a Faculdad e de Ciências e a Fawldade


pn11t~,11'\'s e 111,•s1ra111 a ,·lt,, ., •11.1 •nla d1• 1111lr1 'Jfl l!-!llffii"l• l'•l 1•lr1~, 11 111
dll~\)~ \111\:1 n::•1 1 ,•11<;1i•H1,l :1,lt- l•,•111 d1•fi11 ld111111• ,H11•IP1,,• 1•111 ili' ilh \111•11'•
de Humanid ades assumem funções de formação de protessor es e co ntam
com equipe de apoio adequada . Todas as escolas de formação de protc..'SS('lres
das ero,las. c11qu;1111\\ c111 111111.1~ l'!'1, •ln~. 11• " '-111•11•r1l•il hlnill'• d,, !111l11\ ill•
podem, portanto, introduzi r amostra de aulas e de ideias curricular es alter-
podemser designada s .1 rn•fos•,11,:,• l' \(ll'rll'l11t'• dl' ~,,111 til' ,111111 \ 11,d1t\111•
nativas para os estudante s d e docência. Essas escolas rambém rêm professo- t:k pwl~~<'n'.':< t' tlnlll iln¾I ( (ti"' n'\flll:\ IIHli!I dl'sCll\'lJl~JJU\>1 11\J l Hl Fl11l,IJ1d1,,
S.1I>e-se que pm~r,111rn• dt> rl,••rm ,,1, i11 w11111 I' l',rllírn 1•1 ,•li••f.,111111•111 11
res experient es n a supervisã o, desenvo lvimento profission al de professores
professon:-s 11.i,1 cst;i11 ;11i11h:1d,•~ n•m II l,11 II Hl\ '•h• i11kh1I ill• 1•11•11'••.,, ,,. 1,
e estrat.égias de avaliação. J\:ão há qualificaç ões específica s para alguém ser
~ralmen~ c.1n.' N'111 d,, ti.i,·,, na~ :lt'l:.1• l''<{'lll.'ir1i• ilu 1'1\•!111 1,, d,, il~•,,111·,,I
designado como esse tipo d e professor - é responsab ilidade de cada um de-
l'Ílll<'nl\l t'SL,1l.1r. 'l'A h 'I:'~ . ;1 p ri11l"Í('lll .:d1k r1 •l'Írl 11 ll'•fwlh t d,1 l " ' 'ldl'IHt\'íl"
senvolver o conhecim ento e as habilidad es necessário s para o emprego em
insuticien~ entre .1 fiirn 1:1,·,h• (ll'nd~111 k,1 in ll-1111dl' 1•11•lt·••P11·• 1•" 1,.,,1111111 •
uma escola de formação de professor es.
desem-uh-iment\l pn.lfissi,111:11 '' '' l't'dh ,, ,r.111il•11 1I,• do líd11l'11~íll', 1,,,,1 l '•
1 1

munidpios . ,,11111 1 !<npe r\'i ~11t1.' :< dn• t••,·,•111• di• 1•11•1t11, li1111it11 m·111 11I 1> 111,'till',
DESENV OLVIME NTO PROFIS SIO N AL &ão ~spons.-í,"t'i~ p,1r t,1rm·,,•r :11•• pr1•t,•.s,,1v ~ ti• 1•1•11111mhlllll,·• d1• tl1·•1·11
t,
'"01 "inwnt\l pro lissi,111:111111 1rm:1,•;i,, p1 .li ka ,-. •111 l•:1•1• 1'111 •11r1• 111·, 1·••1il11tl1,.
Devido ao fato de o magistéri o ser uma profissão rão desejada_"ª ~ aconlo ' "->111 ll L"\ 1m r,11,, {'lllfll"\'fl;II ft-i1 ,. h.l m11 wl1111>111v 11{1• ,l i.1• ,-1•1 111111 i'
Finlândia , a maior pane dos recém-gr aduados dos departam entos de for- 1 11 11
~~em 911 '-' 1'id,1s 11!' pn.•k~•1•1\.'S d,•11•1111•,111 id1•111Ili' lil •1>1111•h 11111• 11• 1' '
mação de professor es e programa s focados em disciplinas busca einpn)!ll hs:;10 ( ·
"ª ukrc\'.id,1 nd as ;111111rid mh•• 1, ,,·11i• .ll' 1-11•!111 \ l 't1l•I' t11 •• 1' 11 •l t· ..,'l t'•

imediato em escolas. Durante seus estudos, os alunos desell\·o h-em Su;,s 1110·1 1·d ., 11 1 11111
. d o pon IO de ,·is1a de d ' ' ualnwmc ,,u ,h is din.•h•l\.'s d t1• 1'•l~•l t1• 11i-r hlii t'lll qw1111" lv1 1' ' til
. - s d e como a v1ºd a esco Iar pod e ser a panu 1111
1mpressoe
um professor. No entanto, os graduado s não necessaria mente adquirem e~;
101
se~s _t~s dias e qu,, tip,1 ,k 1lt!H'111·,.h i111l•11II• 1•1,1li••h•11t1 I l 111'l •'••· '- i'
tais lllt-erv"' - 1 .
N __ , 11 \'<1€s l ,. l:1111 p,1,km ~<'r ti11 a11l'i:11 nit.
1
1

periéncia participan do de uma comunida de de educador es, assumindo _~


rnu '-:-~ ' '. ª
1 111 11d
pa•~- ia. <'Xistt! 11111;1 slµ11ili,·"1il 11dispHI i,1",1~ ctlll'c ,l 1.'.IIIJ,ldllllll~ d, •s
responsab ilidade por uma sala de estudante s ou interagind o com os I
. •1,••,•1111• I , 1ml·1111•1•111,'i••h•1lt1I I' 11 11
. _ , , ·ws ,rradu- ~
Prof - •ns e d -~..:sd)H\11 •
1 I'11111111"1:11,
-1 . •-,. 1-. 1.:l'
Todas essas conS1dera çoes fazem pane do cumculo. po rem, mui ·deahsm.i
O •
l .. , . 1 1111 . 11" 111·,li1111,' n,'
ados licenciado s descobrem haver uma diferença enorme entre
O 1 é fi; ,
·- C'SSnl'('s. \ -. .•
t pnnupa ra;.,111 r ;1n1t•~, .1 sl\\l(l\'(\1' 1' 1tlP\ 11 -1
• 1 li 111 lt 11tl111111• ti,·
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311
'-'•ada l ) g_ll\"t! n11 1 ''-'ntral 1t·111 :1111·1w• 11111;11111 1111·111 11
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d0 auditó rio e a realidade da escola. s º l\'a111cnt • ·l· . l , 1•111••• 1' 1· . Í\•i 1..
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li :-1g 111th·,11i, .lllll"llh' 111:1(, l\'\'lll' "'' 1'• " I' \'

.. . . 172 ....
A v.1111 .1t,1t 1n li11l.111dr·,.1
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,

profissional e melhoria da e~cola du ljUe outra:i• j)rim;ijlulov·•it,· ., . vcrsit(,rins e 1;,r11,a~·llu pr6ti<.:a. () pri11cip11I 11hj,·1i v11 dcss... inwsr imcnr,i 1,111
~ • ' - ·- uur.uuc
r~mpos de rcccsiiao ccr,nOmu:.i \lrn ljUC.ail vcrliau p1.r:i<.lc~•·11v~lvin 1c11111 pr11• cnplwl 11 11 11111110 {· µ;arun tir ,111ct:ss11 l~rnliuírio n 11u1is lormnçilii l"lllllinnndn,
fissional são 14cralmc111 c a4 primcira4 a scrcn, c,,nacL.1s. prind p111mc111,· parn prnli•ss11rl's <Ili<' 1rnbolh11111 cm cscolns n,cr1tis nvnnr.ijn-
A v;overnança da e<l11caçà11 fi11land1·•1a é i11cn11 ~i41c111 c 1111 paíN. AIKumai dri,. i,:,,c 11pllio :lll d,•s,·nv,11 vinic111t1 prnlissionnl é cn111rn1r1dt1 dr pn·sr,idnn.•s
escolas tém uma autonomia rclativame nie alra ,;,,brc s11n~ ,,pcra,,"lc~ e orça- de s,·rvlços cl,· li1rn1a <:•>llljll'I ir iv11. l) j.(llvcrnn inicialnll'nl1' dctcrminnO l~icu
menlll, Ou1ra4, 11n(J. P1ir1anto, o <lcsenvnlvi111e111, , pr• ,íi~•1ill11al de priifcs,,;n•~ rln fnr111:.1çílo dc~<·j:1da, l'11111 lmsc nas ll<' ccssidndcs 1111rnls de dr,c11vnlvinwn1o
ímlan<lc~c~ ap.ircce <le diverHa'l forma H. ldeal111en1 c, a cscllla é 11 pri11cipul érl11c:Kill11:il rl11 paí~. A ~ a111,,rid11d,•, lnrni, cl,• ccl11cat;,lo ,111c possuem cs,·ol.,s
10ma<lor de decisões sobre a prr,je, iill e a aplicação d,, <lcNe11volvirncn10 e cmprcµ;am tlldn, llS prolctisorcs fo:r.cm um invcsrimcnro ele cscnlu sem,·-
profis4ional. Esc(Jla4 tambérn podem ser rw,1 ivuda~ a dirni11uir as dcspc~o~ lhanlc no descnvo lvirncnro de seus profissionais cio eclucaçnn o c:1cln :11111. o
operacionais, t..iis corno livroHdidú1ic114, ay11ccimer11,, e 111an111c11ção1 e p•>· Ministério da Ed11ca<;il<1, junto com ns rn11nidpios1 plnncj,1u clobraro linn11l'in-
111c111n p1íhlicll pum o dcscnvolvi111cn111 profissio1111I de professores c111 2016,
dem direcionar e~Se4 fund1Js para prillridadc~ de de~c11v1Jlvimc11to de pro-
fe 4sores. No entanto, al14uns rnuni cípio•i finlandesc~ ainda 11r14a11iiam pr,,- l' rofc~sorcw finlandc~cs tiuc tenhãin mestrado 1i!rnn clircito-du.iu~n:s~.ir
1111dnutor.nl" pnrn cornplcrnc nrur sul!S uponuuitladc.s notJ~~ -
gramas pr{11io,s de forma unif(Jrme par:J l•>d11, " '' pr.,fcij~11rcs e 11fcrcccm um .
vimenrrnm,rissi1111al. Pmioo~ore~ 11011-ano.~ ir.uci11itH.lo.~116inl.liu~
pouc1J de esp,u;o para que c.1da c~<.:r,la decida , , que seria mais benéfico para
1~'ulcm fudJmcr1Lc.i1iit.:i:1r K<:11~c-;w<lu!ü: •1rnplcn~ 111~ 1:1J ru;uldlldc..ck cdu..
ela. D e acordr1 com uma pcttqui~a naci,,11;11 <.:1111d11zida pchr Univcrhidaclc de
c,ç~o; suas 1,·scs de d,n11oraclo irílo, ,·111ào, frn.:aliz,1r 11111 ass111110 escolhido
JyvaskyHl , cm 2007, cm média, os profc•1'>'1rc~ dcdi<.: avarn ccr<:a rlc sele clia,
•~a~ ciências c<lucaci11ri:.iis. Oi ver")~ prnlc"'l-;, H'<'h do~ ttno-rl11ki.1 ITT1o 1'11sií10
úteis (ou 50 h<1raH) anualrncnlc illl dcsenv,,lvirncrw, profi~hillli:JI; aproxima• 11111
dnmentàl 1ira111 prov; ir'n dessa npor111nid 11de, enquu1110 lecionam cm l'~-
damente metade dcs~c tempo era exrr.rída do tempo pcs,11al d, mprof'cqhorci
<.:ola~. Dnurorado cm cd111:ai,:ão para prllfc-;surcs de dist.:iplinn que 1,·nham
(P íe~.incn, Kivinicmi e Valkoncn, 2007).
seu~diplomas antcri11res cm alKu11111 0111 rn :'1rca a,aclér11 ka (•Xij,\<'111 m,1is rr:1-
A p..inicipaç1io n1J desenvr,lvirncnto profi·,•1io11 al, de a<.:11rdo <:<Jtn un,_rc· 1· 1 .. lo· 11·1· ·,·:,,,.
l,;11110 " ·•
'1s•c · 1
" 1, ro 1essorcs e cvcm, a111cs, 1:1111c 1111· 1•s111c os avan\,IC s • ·' e,
l;.11/,rir, de 200 9 do Mini~r.éri o da Educaçao finlandé~, n:J,, c~tá cm um nivcl
. • a.
· • 1111a
que a d'1St.:1p • · 1CX l~C
· pr111c1p:1 · Ulllll 11111(1··111\•· 1eh'
200?)· , · · c·,o na,s,
cias, educa · VISl<J
adcqu.ido entre os profc,1,,,,req fird.indc,,cq (Mi11istério da Educaçilri,
.r I r d f, 1rr .. as
alcccr pru,c,pal disciplina a1:adê111ka inicial (major) de um ,111111° - por excmpln,
O gr,vernu, con11equcnrementc, csr.á c11n!liucra nu, '"rrna·, e .. para e,1ll<:,1\:;111, para <1111• os c-;1u11antes t•~1qnm
t. n,. tJ11í111,·e,, · · '111 ·1l'1li '···1cl,,s·
. . , 1 .r r rr'h cx1wnd1,
ha~•, legai~ para,, dcqcnv,,lv1mc111,, prof1,;1,1,,na uot1pr"rcsq,, , , 1

., L<111d11·, , .
r • • •1 • , d11 ,,ar.1 a pra li s11:, pc-;qu,~a.
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que tudos ri•1 prrJJeS!l<Jrcij ut!V;Jlll ter a<.:ctt~'J a ap1111, aucqua . ,,
rd,, c11m a l'cij~U ª
15
. (' ' 1
uca pro ,sst!lna , rnanc,au,, r· . . I pc1011 m1111rc1p1rm. , ' . 1) e '
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" ' 174 ,,,, · .. · 11s · .. ·


A vantagem finlandesa
-- e
Lições finlandesas
····· ······· ········ ······ ··· ····· ···· ······ ······ ······· ··· ··· ····· ····· ····· ··· ·· ··· ··· ········ ···· ······ ············· ··· ··· ······ ·············•·.. ,, . , .............

ente em comparação com suas respectivas características e capaci-.


e responsabilidad~ p_ara 2_.E!.'.1_n_:Lamento curricular e a avaliação estudantil. m _ .
O contexto profissional de ensinonãFmlândia difen:s1gníhcat1.vameme do dad es, não com base em padroes uniformes e indicadores est , .
at1sttcos.
de outros países a respeito da forma como~ prbfessorenealizam seu tra- 2
_ Desenvolvedores de educação insistem que o currículo, 0 ensino e a
balho. O ambiente profissi~_almê'n~respeitoso que os professores têDHr.r aprendizagem são componentes prioritários da educação que deve-
Finlândia é um fator importante n~o _apenas para as políticas de formação riam necessariamente estimular o pensamento e a prática escolar dos
-ãepro fessores, mas também para explica! por que tantos jovenslmtãndeses professores, e não o foco na avaliação e nos testes, como é O caso de
se referem ao magistério co~0--~arreira tão admi~ alguns outros sistemas educacionais. A avaliação estudantil nas esco-
O planejamento curricular é responsabilid~ sores, escolas e las finlandesas está embutida nos processos de ensino e aprendizagem
muni6p10s, e nã~ do_Estado. A maioria das escolas ~ t e e é, portanto, utilizada para melhorar o trabalho dos professores e dos
tem seu próprio currículo personalizado, coordenado e_a p _ r o _ ~ estudantes nas escolas.
toridades locais âeeducação. Isso implica corretamente que professores e pessoal e cognitivo dos estudantes é
3. A determinação do progresso
diretores de escolas têm papéis fundamentais no desenvolvimento curricular vista como responsabilidade da escola, e não de avaliações ou avalia-
e no planejamento escolar. A Estrutura Curricular Nacional para a escola dores externos. A maioria das escolas finlandesas reconhece algumas
abrangente e para o ensino médio oferece orientação e regulamentações falhas de comparabilidade ou consistência quando os professores fa-
necessárias que cada escola deve ter em mente durante o desenvolvimento zem todas as avaliações e dão notas aos estudantes. Ao mesmo tempo,
de seu currículo. Contudo, não há nenhum padrão nacional estrito ou des- há um profundo reconhecimento de que os problemas geralmente as-
crições de resulta~ de a rendizagem e as escolas da Fmlâ~m sociados com os testes padronizados externos podem ser ainda mais
inc uir em seu currículo, cQ11foune acontece nos Estados Unidos, na G.tã- problemáticos. Tais problemas, segundo os professores, incluem um
-Bretanha ou no Canadá, por exemplo. É por isso que o planejamento cur- currículo mais estrito, ensino para provas e uma concorrência insalu-
ricular finlandês e a grade curricular result~e dele podem variar de escola bre entre as escolas e os professores. A avaliação em sala de aula e a
para escola. O principal papel dos professores na tomada de decisão pe- avaliação escolar são, portanto, componentes importantes e valiosos
dagógica claramente exige que a formação dos professores estabeleça em da grade curricular da formação de professores e do desenvolvimento
todos os futuros professores habilidades e conhecimentos bem elaborados profissional na Finlândia.
. I • , · d valiação de
relacionados a desenvolvimento cumcu ar, teona e praaca e a 4· A estratégia nacional finlandesa para a avaliação estudantil apoia-se
ensino e liderança docente. Ademais, isso mudou o foco do desenvolvimedn- no princípio de evidências diversificadas, nas quais os dados do de-
e - , • segmenta ,a
to profissional de professores fin1and eses d e 10rmaçao praaca sempenho em testes são apenas uma parte do todo. Dados sobre 0
. s1stem1ca
. escolar mais d
. • . que esenvo ve I bases éticas e teo-
para uma melhona aproveitamento estudantil em diversas disciplinas são coletados por
ricas aperfeiçoadas para o ensino efetivo. meio de testes padronizados fundamentados em amostras e re~i~ões
, r - doses-
Outra resP-onsahilid ade-Tmpu-rtãITT~clm-pr of-esseFes-e-a-ava iaçfilL - :- ' ·
tem ancas. , as prancas
- - - · - ~o oornb~ linlandesas nao
Os municípios planejam de forma autonoma su . _
tudantes. Conforme mencionad~ Q!.~ - ou
dPtPrmi'nar u
seu roog
pr resso de garantia de qualidade de acordo com suas necessidades e aspiraçoes.
- -- - ·- d ,,,r,,
' censitários pad.coni~ os p~
st"i;_'"s--:: - -
=-=m
~.::1ilr,-1ca =--ct"'e-=c
A única a 1·1açao .
- externa "padronizada " da aprend.izagero estudantil. é
sucesso. Existem quatro principais motivos para isso: 0 Exame N va , e final do ensmo
1~ A política educacional na Finlândia prioriza a aprendizagem persona- rn· . acional de Matrícula que os estudantes 1azem ao
ed10, ao I 8 . , I I Isso exerceu,
. ntes da educa- co f, s ou 19 anos, conforme descnto no Capttu O · _
lizada e o ensino criativo como componentes importa . I
, ·u1 ado princ1pa - n orme a d em educaçao, um
I
ção. Por isso, o progresso dos estudantes na esco a e J g ef, · rgumencam diversos especialistas finlan eses
eito notáv I , , . 11
e no curnculo e no ensino med10 gera ·

.. .. 176 . . .. . ... 177 . ...


Lições finlandesas
A va ntagem finlandesa
- e
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······· ······· ··· ···· ··· ·· · ········· ···· ········· ·· ··· ····· ···· ···· ········· ····· ····

y·gura ,. Número médio líquido de horas lecionadas por ano


3.....
Embora trabalho dos professores finlandeses consista principalmen-
O 1
• Finlândia, nos Estados Unidos e na média dos P"';•= da
te de ensino na sala de aula, muitas de suas funções são realizadas fora da letivo na -=,

ocDE em zou
classe. Formalmente, as horas de trabalho dos professores na Finlândia são
compostas por ensino em sala de aula, preparação (no caso de disciplinas
de laboratório, como Biologia) e três horas semanais de planejamento e de-
Ensino
!
senYolvimento com seus colegas. Diferentemente de muitos outros países, Médio
'
os professores finlandeses não precisam estar presentes na escola se não ti-
verem aula ou se o diretor da escola não tiver solicitado que eles realizem
I
outros deveres. Anos finais do
O número médio líquido de horas de ensino, conforme relatado pelos Ensino Fundamental

governos à OCDE, está apresentado na Figura 3.2. As escolas na Finlândia


são aurõnomas para agendar seu trabalho, mas devem ter um recesso de I j
1
Anos iniciais do
minutos a cada aula de 45 minutos, que é geralmente uma pausa bem-vinda Ensino Fundamental
para os professores. Recentemente, as escolas buscaram alternativas de or-
1
ganização para oferecer mais tempo para os professores colaborarem - por o 200 400 600 800 1(XXJ 1200
exemplo, combinando lições ou aulas em períodos mais longos ou grupos
maiores, resultando, dessa forma, em mais tempo discricionário para os li Finlândia
■ Estados Unidos Média da OCDE
professores durante o dia de aula.
A Figura 3. 2 revela diferenças notáveis no número médio líquido de Fcr.:.: OCDE (::4-Jl

horas para professores dos ensinos fundamental e médio entre os Estados


Unidos e a Finlândia em 2012. Mesmo que o tempo de aula seja ajustado Estrangeiros que visitam as escolas finlandesas geralmente perguntam
aos dias de aula anuais, aparentemente os professores na Finlândia passam como a efetividade dos professores é determinada. Eles rambém ficam curio-
menos tempo por dia lecionando. Surge uma pergunta: O que os professo- sos para saber como os administradores detectam quais são os professores
res finlandeses estão fazendo enquanto os professores de outros países estão efetivos
. e ond e estao · 1es: nao
- os maus professores. A resposta geral e· sunp •
ensinando seus estudantes? Uma parte importante - e ainda voluntária -do ha medidas avaliativas formais de professores na Finlândia. \ "isto que não
trabalho dos professores finlandeses é dedicada à melhoria da escola e ao tra- hádispo
. n ibºJ•d
·
1 1 ade de dados de testes censitários padroruzados sobre o apro-
balho com a comunidade. É importante relembrar que as escolas finlandesas veuarnento esco Iar, não é possível comparar o desempenho das esco1as ou
são responsáveis pelo planejamento e pelo desenvolvimento conánuo de seu aUeficácia
. dos pro f,essores da mesma forma como são meclidos no,- Es tados

curnculo. e
Os estudantes recebem suas notas dos pro1essores que te·m , dentre ui d d - ames
d n1dos ou n ª A ustra·1·1a. A única exceção é o uso dos res ta os o, e.'!:
suas funções, o planejamento e a condução de avaliações e testes adequados e matrícula p or d etermmadas • • . • 1 -ific:ir as
esc m1d1as, toda pnmavera, para e as,
e es fin- 0I
d · e·rudJ.I1res
para monitorar o progresso de seus estudantes na escola. Os proiessor _ n as de ensin 'd• •
° me 10 finlandes de acordo com as notas e seu, be ,
landeses acreditam que o desenvolvimento do currículo, a experimenraçao os exarnes. E , . . . . _ arença·o
5
sig •li . ssa noticia anual do 1mc10 do verao raramente rece
de métodos de ensino, a responsabilidade de atuar no apoio ao bem-e car n1 canva d .
tes do seu os pais ou das escolas.
- . - ·
d os estu d antes e a co lah oraçao com os pais sao aspectos 1mportan . s pergu • • ·n-
e I cos mais ,c:ias d ntas quanto à eficiência dos professores ou quanto 35 co .
ah Ih
tr a o ,ora das salas de aula. Esses também são alguns dos e emen ~ e ser ~ - -1~-,1;~ ( anlorme
desc ~ u . .pr.~or não são importantes na Fm~ -
essenciais da liderança dos professores nas escolas da Finlândia. ~ rito anr....:. - ali ;·11 1rilllS-dl.l---
~ 0..E!E~~ ~__professores têm tempo de trab iar

. ... 178 . . . .
. .. . 1 79 ....
a. e
A vantagem finl andes.i
········ ··· ··· ························ ····· ··•.. .. ....... ......... .. ., ....

~.\\~ ' ,, ,~, ,k ~~\~ '<' ,k ('t\t'C't\<l,'r ,'<,nH' ~<'-\l:' '-"''kg a:-. lecion am . Essa é um a . , ·a d os seu s p acie ntes " (Baker et ai. , 20w, p. 7). Pagar os
v,venc1,
e
pro1essores
,"-'>\:~,tiy~' \\\·w~\~ :m~ l''N'
W'«,~t, f so\wc ,, µrop 1·10 ensino dos P~ res com bas
e nas po ntuações de seus estudantes em testes padronizad
. • . .
..
os nao
~e ~t-~ ,~~~,n, \,.h-~,· nm ~ " ~' <k li<kr.111 -;.1 prx,l1 :':-.i,m;1I e re:'p,m sabilidade é um a boa ide ia na F mla nd1a: Auror_i dades e a maioria dos pais entendem
. ) . l . ,
,,~r1r ,~1tin\-~i-.\ -t.' nlt'{",,, p n,h'&-, wc:-. '- s1stl.'m.1 < e 111spl'çan escolar qu e an-
-------=-= que cu1
'da r d e c ri a nças e educa-las sep um processo complexo demai·s
, . . . para
tt,~, , 1-i\-i-.-.,t,;, ,'~\'\' " " ~~'<l~<:'k \' .1, ·al\;1, ào l'Xl-crno:- de ,,om o os professores ns urad o a pe nas po r metncas quantitativas. Nas-@SGQlasJi nlandesa sas•
~ me .~
\-., 't,>.:.i~, .m, "' ,v,m,, ;.~ <'::>,'<1b:: \\,l1K·i,1n.1Yam to i abülido no início d os anos 0
princí~ p_eraciGnal é qu e-a..~ de do ensino e da escola é definida
h "'-'-'' H,-~c-, ,,, di't'{-tx,t'<':-. ,k '<.' ~"'b "'- ,,,m ,, :m xílio de sua própria experi- ofmPio.mrirlTera-çã<:>-mútua.en tre_a _escola e os est u d a n ~
p ~ -- - . ..1· • · - J_ "d d
~¾\.-_'M ,, 'm,, l'""'-~'-''1'<'$... '-'<'ll\S<.~1~m :1iud;\ r :,'eu:-. prolcs:'ores a reconhecer pais. Esses também sãG-os..1ng:r.eu1emes @SSencia1,-,..ua..u ~
,,-~tt\~ t,' tt.:'-,: \' " " ;o;rN :' ,k tl-,ib;,111-1 que pn..xi:'am de m el horias. É suposto ; ; ; na Finlândi a .
;---
n"" ~-,,...,'4., t,n~.m"''"'-"$~lll' ,,, pMt~~,:W;c-:-. pM pad rào, s:'\,) profissionais bem
t..'-rtn,.,.i,'-" (' ~-:-.,;l,) Ú :>{'1~d,, ,) mcll,,,r q\w \K><lem. 1'\;1,-. \-e rdadt-iras connmi-
,t,..._t,-:: xk~~"-~,:~~" ptx\t"""-"-tut,al. º" pro tc:-.SOt'<:'S co nfia m uns nos outros, Os LÍDERES DAS ESCOLAS~S.....PROFESSOJ!.ES
::,(' ,, ' \\fü\\t,·.m , fu-.qm'llt\'11\t'Hti:' ~,brt' cnsi'"' e ap1\:'nd i:wgem e confi am na Independente me nte do quão bem formados sejam os professores em qual-
,~.,.,_ <'\\'~,¼,, ,, 1, a li<k r.mça de sens di1"<:'tot'<.'S. quer sistema educacional, um desempenho consistente no ensino médi.Q...I:_e-
h\t:.' m ~·i.,:,;1\mt'\\I'<.'. id,-n1 i1i..-;1r a e1',.,t i\'idade dos profrssnres..se.rorno.u quer boa lide rança profissionãl no nível escolar. Alguns países permitem que
tim ., \1'• ,-a ~'t~n,'\a -dt' <'n<.'>,ntTa1· 1,,rmas d,, m elh<' ra r a <c-ducaçào. Técnicas su";i; escolas sejam lideradas por nao educador~s, esperando que a adminis-
!/'<'-..'<.' tU-..-:: d.e <',;,tansti,a, d1am:1das de modelos de \ ·ator ~g:nlo-{VA~ tração como a de um negócio aumente a eficiência e melhore o desempenho.
] : : : .. , ...... .u .';·t',1' .\ ~, ,',S~)- t~m, \.'\)ln<) uhictiY; l\:'SOln~ ·p-rnblemaãeõífe- Da mesma forma as autoridades e os administradores locais de educação
. · · , ·
tx'l\\•'"~'-~,x,,,n,,n\l(.lS<.'UC<'lltTa:-,)11~\'11"- · •t ;11,d o -~:s
;IJll~ ., · -•10 •·1proveii-1mento
• - '
são, às vezes, pessoas sem experiência no ensino ou na liderança de escolas.
' '"~
.,n ten<'t ' :, 1\\l\0.-< e as
' ~·;1r.1..-tcnsn.:::1s
, . d. em og:r«
=-:..;...
.. . ._ as,- - -- - - - Na Finlândia, a liderança educacional das secretarias municipais de educação
i::,mb,c-r ,1 "'" .,b<,1,fa,1-en:< <l,, \'.-\ M :-ejam .::ompara<,xies m ais justas dos pro- eSrá, sem exceção, nas mãos de educadores profissionais com experiência na
.
t-.;~,re,: d,, qne ·\\l 1~,imenti:,:-
, d as p,, mu a<;ot'~
• • d e. :seu:s
• • e :s· t1.1d·111res
• em
. restes. área. Esse é um fator importante na melhora da comunicação e no desenvol-
um a ..mati:'<.' m;,i,: (ie1alh:1da d,,s n:-sul rados do VAM levou os pesqmsadorcs vimento de confiança entre as escolas e a administração educacional.
. . ~ I.d ent1hc:1r
. pt.x.1e .. b o ns. ou m.·m s. professores,
.1Juq<J..1n·m ,,.,, •ess:1 mct-xl,ilng1;1 ~ Finlând ia, os direto res de~s..er_qyililicados-p~ lecionar nas es-

1...,, r\!,,rinc ~is rle:>e-r1\-n h ·<..~on:-s ah•rm am ( Ba k·e r c' t a 1.. .1.0 10 ) · É segu ro acre- colas qu e ('d . , . menta • , ~· orno professores.
I e ram, e devem ter um histonco
. .
rliur tjll <' 1,1i:: nw did.is qu:111tir;1 n vas rara mente sao o um co oi. ·
.. , . , ·1 té mesmo.
·,. E~ = --- -
e m uevem ter concm1- -,-,d o com sucesso os estu dos acadêmicos em
. 'd .,,_ b m au professor. administ raçao - e liderança
.
~- p.nn-:ipal t.itor q11.md,, :,c tr;it:1 de 1 e ntmca r um o m o u • ·ócios educacional ofereci'd os por umv · ersidades na
· 1· d · ·. , d o mundo dos neg b' Finlàndi 1 . . ' comandante
·
•\ f<; m··>-tn,, akuns ("Spec.,a ,::tas em a mmt:straçao
~- ' . . d .·. · , · desalárioou o· 11
. . ª· sso s1g n1fica que um CEO de uma empresa ou um
,k s..1<,~nsdh.1111 ,, 11 ,.._l de tais m,>d,das para tom ar eusoc:s fesso· tthtar a . ('li d s para liderar
posentado se m esses méritos não senam qua I ca 0
. · •
1111:-. .1ssun c,imo er;1 1ctt~) ante:-. por exemp ' " 1 1... 10 p ·1~a
· ~' ment o dos pro . ·ôrs uma escol . , d I , um nrofessor
, . · I ( -·1 · . do as pontu,tÇ . ª na Fmland ia. Sem exceção o direto~ ~ - -- - -.
rcs d,• ;}~,,rdo <-'< l m seus nwn tos de d esempen 10 11t1 12•111 expenente • ·- . ' - -1.d e uma personah-
. . . d , , ,·d ' nci-1) . ''T:1nto n
05 d :-,.....___ c~~ ~ompetencias comprovaâas de I erança _
d,,s c:.:tud:mte :- t·m f<:H<:'S '-'omo a pnnc1pal lo nt c e e, 1 e • . 00 dos aae adequ d - - rnb , têm um pequeno
nú · - ~ ª· Em muitas escolãs:-os-diretores ra em d
" "-
t:-"r.1tl,,, l'l\1<lü"- ,1uanh' m1 G rà - Bret;ltl 11a , a11rma um re ·
, )aro de revisa
-)i;ir lllero de --i-- ' a De acor o com
a l' . au as que eles mesmos lecionam toda scman · li •. do
, r,;ili!t:m.1s t!e 11tili ~:1ç :iodas pontu a\-'Ões dos estud am es em te stes. p·ir-i
· ·
av,1
nos a1ts de 2.o 1 , 1 s dos anos na1s
l . I .. 0 . guvcr ensin e: 3, tres d e cada quatro diretores de esco ª I m com-
ü S ~rt ifessnrc"- feiro p<'lú lnsti1ut o d e Política Educac,o na · ~ , sobre· o •Und · na esco a, e
amenral na Finlândia têm funções de ensino
1..-:nur.1111 ,· 1ass,·,·1e:1r .::1ru. ~1.., K' S c:1rd ,a.::os
' d e aco r d o co111 ··1s ta xas di:

.... 180 .. .. .. .. 181 ....


.. ......... ... ... .. ....... .. , .... .... .... .... ,, .

paração c<1m apen;is um terço, em média, d,n, díretore:. Q.1m f <s:bp<iJr,,.tl,.iJí.


da<l es de enhirw nos países da Talís (OC DE, 2,01,41>), Lidicrwi~ y~ o;;•~i<.;,
é um a das principais lireai, da lide rança escolar prcni:.si<mal fl<i } ín¼Jl<lÍ<I.
(h profcs:,()re:, ccmfi.am na vi s.ão de~is lideres e 0 dír~"r emendi:" vlfli,.,
no I rab;;1 lho de seus pr0fc ss<J re~. Por is~>, a lideranya te a ad mi1l-í~1.r"fo'i <l~
escolas fi nlandesaJ> .sã<> informai.:;., porc:m d ica;,~ .> o mfwmt <A~v"d,1: ~
estrangeiros teste munha ram (l l <1rgreav~, J ial.a.,z <: P<mt , 2?9~).
An1 es dOíi ,mos , 990, rorn a r-se d-íreto r C'lC0fa r era;·f,..~emtntt, um~
recompensa pelo I rabalho de sucess<J com<i d 11ci:rwi, Em ;,i}~UJlb caw~, w;
e111.an10, um professor jovem era indi cado como lid<:r do 1::.,e,,ila, A 1:tpt1i-
ência o u as qua lidades de lid erança e r<1m raramem1,: <1 nali:.ada., JY<1n prl:tn-
che r um a vaga de diretor nas escola5, e <>S din.:tor<.- , 11.ãcJ prtx.'Í'>avctm ~ r t">-
pecialistas em admin ist raçã,,, gcslão fim,nceira ou grupo di: pn::.:,â<J p<>líti,.:..
(lóbi) , como de ve.: ocorrer atualmente. No iníci<, d,>., ,m 11'> J<)9 0 , e:,,~~ ~Íl!J·
ação mudou ra pidame nt e. Um e-,1i mu l,m1e de-,-,<1 mud.a n,;a f,,; a n;p-:núm
descentralização da gcht1lo do sc1,,r púhli c,i e a admini -,1,ação cducaci,,mJ
finland esa na época. Um no vo cs<ju <.:m;J de fin.Jn ciamcnt<J <jW: awrn:iwiu ~
autonomia dos munidpios afct,,u imc.:.diatament <: ..,., <:'><.:<1la-, na m.ii,,r pam
do país. Dirc1orcs de cscola1, recebc r.Jm a ,,ferto de ccm tmlar ª" vt'rlJa~,dt
· c1u1' a '' .,.., J'ar1·<1 d<>~· pr<ir••:,,YJrt-,
suas esco 1as; em a1gun s casos, i·sso tn 1 1. •
t V/.1 '1 .,

os custos o peracio nais (ou recorrentes).


, .0 dos anos 1990, um scgun d ,, fa11 1r <le mu d·a.rw"
No i111c1 ,- f,,; º inL,..,p-tnid~
.
• • · · -· J' d" · d · · •n u: do <jU<: muiLU' > ,,u-
.
crise f1r1an ce1ra ljUe atingiu a l·tn an ta miJ J'> ur;,mc
. . . d . . I· . . brar,1:,, , .1'r
,,pc.:riil.
tros países oc1dcnta1s. Dtrewres e.: cs<.:o a M: tcirn.in,m º"' · r
çamenumr,.,.
nais dos municípios na decisão de ctJmo <Ji (utur<>i c or! Ch ,,r _ (h
d d . d, · , ·. m trcrc.:nc1 .ad1>'.> -
<jlle tipicamente ficavam na ca~a os 01~ 1gJ1 1h,
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. . .· . 7, y:mel h.anu: ;;qut·
diretores de escolas finland eses se.: viam cm um.i 111waça J ,,,,(;.
• · Jwm • qu.r.:, ai·1nr..ar -;eu~ 11J··" -~
la de diretores execut1vc1s de cmpresah <jUC 1111
. . . ál ... de l'di.:r da c,;<.:<Jla wvt
cios ao s men:adus cm queda . A 11nagem noM ~ l c.J ' 1 .. J;,rc~
mudanç1s ec l ·
ucac1<Jna1 . ·s. .
c:.omo . • n;,(,1rma'> cumcu
ai; . . ude
mudado. e; randes 1
. · ,· . , , devid<i " ""
..J .. , L~''·
de 199 4 - foram tmplanwdas u,m succtili<J pnm<;: trament e
proí1 .
.ss1.onal e a. ltdcr:inça pedag/ig1c;;,. .. d,,s. d"1r<:1<Jrc11
, •. de, c~ , ·cc1I;., ~. JJcsw:
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a comun1c . 1ade e1CStiCS ,,1<1en:s na r·· tn I';,in d"· ' ,
1,1 se rviu e
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. ,. . . d .. d·· ,Jl1ori.i d.i ~ ed· ',IJ·
no a1us1e das 1>olt1 ,cas cducactona ts e na c< Jll uç il<1 a me .
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fund,1m en1ada nas necessidades dos professores, dos cstu an .
. 'd "(' •·1·miJ~1n.irq
ciedadc. Levando-se cm conta essas cxpen.,enc1as, e r 1c1 1

... . 182. , ...


Li,·,ies llnlandcs:1s
·· ······· ······ ······ ···· ·· ······ ········ ·· ··· ··· ·· ···· ····· ·· ···· ······· ······ ·······
• '-~,
A vanragem finlandesa
... .. .. ... .......... ......... .. .... .... .

crianças com necessidades especiais são comumente vistos como área


. sma,s
. r./ ~;;:; tàfep~
1- ~
~
gressamno . ,
tracas nos repertórios profi ssionais de novos professores. Em segundo lu ar ' Desde que a formação de professores os Illagisterio.
- 1ia. uma estrunira comum para a ava t·1çao anos truciills o ens
nao - de pro1essores
e g '
na Finlândia. fundamental passou para as universidades e vai .
~ e onzou-se a exigencia
Consequentemente, quase 28% dos professores na Finlândia lecionam em de formaçao de pro1essores para mestrado obrig , .
. • . . atono no final dos
uma escola em que o diretor relata que eles não são formalmente avaliad anos 1970, a FmJand1a atram alguns de seus 1·ovens • tal
os. IDiUs enrosos e
Em vez disso, a principal fo rma de avaliação ocorre por meio de diálogos motivados para que se tornassem professores Assim d .
. . · como escnro
pessoais e geralmente informais com o líder da escola. Terceiro, %dos anteriormente, amda existe uma grande iníluência cultural
37 . . 1
no pane-
professores finl andeses do segundo ciclo do ensino fundamental relatam jamento de carreira dos Jovens finlandeses, mas esse fato sozinho não
nunca ter recebido feedback sobre seu ensino na escola. Países se diferem explica a popularidade sustentada do ensino. Dois outros fatores de
na proporção de recebimento de feedback e nas fontes deles. A proporção destaque podem ser identificados. Primeiro, o diploma obrigatório
de professores que nunca receberam feedback sobre seu ensino era de 7% de mestrado em ciências educacionais oferece uma base profissional
em Alberta, q % na Austrália e 1 % em Singapura. Nesse contexto, 42% dos competitiva, não apenas para conseguir um emprego como professor
professores na Finl ândia relatam ter recebido Jeedhack de seu diretor e 43% dos anos iniciais do ensino fundamental, mas também, para muitas
afirmaram ter recebido de outros professores em suas escolas. outras carreiras, incluindo administração de educação e trabalho no
Essas taxas internacionalmente baixas de avaliação e feedbacks formais setor privado. Todos os professores que se graduam são elegíveis à
de professores sobre seu ensino podem ser parcialmente explicadas pelas candidatura ao doutorado que continua sendo graruito na Finlândia.
relações pessoais amigáveis informais nas escolas finlandesas. No entanto, Segundo, diversos jovens finlandeses escolhem o magístério como
se apen as 38% dos professores na Finlândia relatam uma mudança positiva principal carreira porque o trabalho nas escolas é visto como uma
moderada ou grande nas práticas de ensino após o feedback - o número mais profissão autônoma, independente e altamente reconhecida. compa-
baixo de todos os países pesquisados - isso pode apontar para um problema rável a trabalhar como médico, advogado ou arquiteto, por exemplo.
crônico nas escolas dos anos finais do ensino fundamental finlandesas. O Provavelmente um maior controle sobre o trabalho dos professores
desenvolvimento de sistemas de avaliação e feedback poderia ser uma opor- nas escolas - baseado em prestação de contas por meio de resres ou
runidade de acelerar a melhoria das escolas e o desenvolvimento profissional regulamentações coordenadas centralmente desviaria jovens mais
de professores na Finlândia. Os dados da Talis de 2013 sugerem que pro- brilhantes para outras carreiras profissionais em que reriam liberda-
fessores que acham que a avaliação e o feedback influenciam seu tr~alho de para usar sua J:lrÓp.ria_G-Fiativrd- a - ~
de forma positiva relatam maior con fi ança em suas hab ITd 1 a
des de ensino. ~ '-:dslé uma estreita colaboração entre as faculdades de Mdiscipli~
. . 1 . d
Em suma, quais são os pontos posmvos re ac10na os a or , f, mação de pro-
l nas" e ª faculdade de educação nas unh•ersidades ~ desaf ae
. .
• , • • - • • ;i Pnrne1ro,
fessores na Fmland1a com base em perspectivas mternac10nais. . d --.;_-----:pesquisas. A f,ormação de professores de d' • 1· • O11!3fil23da
d1sc1p!].DJS-e o . de
r . gerais o
embora o Processo de Bolonha oriente as estrururas e po iucas , . d _ lõrma.rAl~i. - ... . • ~
~ - e-eoorderrãcla para garanur um o -- ~d mínio prolun-
, .
_ . - ·gnatanas e do das d·1 • 1. , • edauo!!lcas de
ensino superior europeu, ele nao estipula como as naçoes si sc1p mas a serem lecionadas e comperencias P o0
. f, - de professores.
vem desenvolver os currículos ou orgamzar sua ormaçao ponta para todos os formados. As faculdades nas universidades fin]an-
. _ . . . . políticas e nas desas veem a f,armação
Existem, e conunuarao ex1stmdo, diferenças importantes nas . ais de professores como compone me imparranre
. as educac1on de seus p ai professores nas
práticas nacionais de formação de professores entre os s1stem a [ rogramas acadêmicos. Palestrantes e guns . ..
- d professores, aculdad d d' . . . . · de suas propnas
europeus. No mosaico de sistemas europeus de f,ormaçao e . es e 1sc1plmas se espec1al1Zaram no enSin 0 .
discipli fessores de hcen-
~tiê~ . nas, o que aumentou a cooperação com pro d uni-
·--- _ _ __ ) ciatura F I r ld des denrro J
· acu dades de educação e demais 1acu ª '
Lições finland esas
·· ··· ······ ···· ···· ······ ····· ······ ······· ·· ··· ··•····· ·· ····· ··· ·······
• A vantagem
····· ···· ··· ··· ········· ····· ···
finlandesa
········ · ·· · · ··· ··· ····
E q

Yersidade. também são, de forma positiva, interdependentes: somente ~ s escolas é simple~mente ter professores melhores. A a:perién-
ah::an~r:io-êxito...quand ~ todas elas fizerem seu trabalho bem feito. c~ u g e . re.qu . , . ais co
3. :\ formação_ de pro~ess~res ébãseaaa e ~. squisas-etíffi~ -
550
Com base no _qu.e.a...Einlând1a e outros sistemas educacio ._
1 • _. !laJ5 t ~o
é reconhecida devido a sua estrutura sistemática baseada em \ ~ fize ram ar.a...obter o máximo de suas escolas. duas c:ondicões
pesquisa. Todos os professores qüe-s~ am, pela natureza do seu evem e](istir..co.m..relação ª O S f l ~ ·
diplo ma, concluíram suas dissertações de mestrado asea as em pes- ·-;_ primeira condição é que os professores e os estudantes de.emensmar
quisa acompanhadas por exigências rigorosas de teoria, metodologia e aprender em um ambiente que os incentive a fazer o seu melhor. Quando
e reflexã o critica iguais a qualquer outra área de estudo do mesmo Oà.P-rofessores tê.ll)Jilais_co~ re o planejamento curriculu.~
nível nas universidades finlandesas. O enfoque de pesquisas para a rodos de ensino e a ava l· c;;i_o estudantil, el~ são mais inspirados a lecionar
fo rmação de professores prepara docentes em todos os níveis, para dõ1Jtre1fila~~ -r~masrescritos e q:r,,..-i-ido
trabalhar em ambientes complexos de mudanças sociais e educacio- d~ubmeter a testes padronizados externos para e r ~ pm'.'7es-
nais. A formação acadêmica baseada em pesquisa também permitiu SOc-9a-m~ ~ do os estudantes são incentivados a encomrar
a implantação de políticas educacionais nacionais mais radicais. Por suas-prôprias maneiras de aprender sem ter medo de repetir, a maioria irá
exemplo. a elevação de competências profissionais resultou em maior esrudar e a render mais do que quando sao 6Úlotrladí'.F.i a aJcançar os mes-
confiança nos professores e nas escolas quanto ao planejamento cur- ares.
mos padrões sob a pressao os estes re::,,.__
ricular, à avaliação esrudantil, à elaboração de relatórios de desempe- "tu argumentei, em outro lugar (Sahlberg, 201,a), que. se as poh'ticas
nho esrudantil e à melhoria das escolas. A Finlândia fez a integração impedem que professores e estudantes façam o que acham necessário pa.-:a
bem-sucedida entre pesquisas, conhecimento de conteúdo, de didática obter bons resultados, nem mesmo os melhores professores serão capazes
e de prática em seus programas de formação de professores. de alcançar melhorias significativas. A concorrência entre as esco12s quaoro
· ,
De fato, esse foco em pesquisa contem um up o s1
d J •gnificado para a ª matrículas, ensino e aprendizagem padronizados e a prestação de comas
formação de professores. Resultados de pesquisas estabelecem ª ~ase (accouncahility) por meio de restes são os aspectos tóxicos mais comuns 00
·
profissional para os professores 1ec10narem e
trabalharem efeova-
_ mund o dos sistemas educacionais da atualidade. Essas são as formas equi-
. 1 A formaçao de ~ocadas de melhoria sustentável e geralmente constiruem o principal mo-
mente em uma sociedade de conh ec1mento comp exo. d'

P
rofessores - em qualquer sociedade - tem o potencia
. 1
. 1de progre ir
s por meio e
.
tJvo pelo q I fi - ·- __Jo do que
ua tantos professores abandonam a pro ssao ma.t, =
o planejado.
como um efetivo campo de atividade pro fi ss10na apena ,
tífi
T d
a partir de pesquisas empíricas e cien ' cas so I as e c .
ontemporanea5.
ue ~0 O~ ~ Q..é_que..lecion ar é uma profissão comple.xa que requ~r
, . d nsmo requer q rmaçao a d' . . d' . · n arres ao
o profissionalismo como principal caractensnca O e ó- )n ca em1ca avançada. As tendências arua.ts em nersas .-·-
. d tal linha de pen.sa-
. d volvimentos con Unde-suge - - -- -
os professores sejam aptos a acessar e seguir esen . ovos rne rem o oposto: se você é inteligente. segum 0
, , . de forma livre, n nto, você pOd 1 . - • ·- de oucro mundo.
nuos em sua própria profissão e por em pranca, . aiores po e ec10nar porque ensinar nao e uma coisa . _
, . abalh O . t cional Assim, m rtanto, com 0 . - .-:e. mãos praocamen
conhecimentos em seu propno tr ms ru · . d rn ne- te nenrações claras e padrões especwcos em
- d r Finlândia eve . qualquer u lo. milirare5 apo-
desenvolvimentos na formaçao e proiessores na olv1- sentad ~ m pode lecionar. E_m alguns países, por exern lidar com
. iscas de desenv · ~ 0 S Po•~- J -- tf tQ!fSP-arJ ~
cessariamente ser baseados em pesquisas e conqu vantes- a e ~ n 00-een-vei:r.idas ero pcafessares eJCç ·_
. d . . almenre re1e ~ Sez de ornf., • donarn ª rar:s
mentas conúnuos, de alta quahda e e mternacJOn .1 S4 0 pr~ ssor causada por profissionais e aban . ·ados
Finlândia, ecocem ~ ores- são hceno - .
, · d e Professores na ,-, d Par~en . ente. Em alguns outros países, os pro ess ~lcr:un o
O que podemos aprender com as po 1mcas eito e
- r::-'.'. - - ::--:i
Re fo rmulaa o res da eaucaçao requentemente ar
--------- - --
gumenram qu l ~
----- - --------
, -:__1:n~tn-ai--n -
r me10âecfüsos on-::Jineãucle ~
~ , ~cães q u ~

... . 186 .. .. . .. . 187 ....


~ pruiissionaJ d os professores na sociedade finlandesa é um feni.>-
0
im::i::i c..Il[!.._rr.tl. mas a forma cumo os profe\,ores S-4'J prepar.id,~ para lecio-
~~ :C !.....::"lüei.. ~;&:i :.r_câ: IJ!:' .::a:-!!lJ iliil!i_ JJJ~ ~r-~ . . e:III sala~ de a,_.ila ~ pãiõ t:r.ibalhar de forma CJ'_)laboraúva tm CtJTDunídades
• - - • - -- ~,:r,!'!T
o:5ssic,naí;, e arriln11ve
r.ill' • 1. r
a wrmaçao - . de professores projetad.a e
acad'erruca
:::::.~ ,: ~~- :Ji5C.ê-7ü:c :S!'""l' W--wC :r:r~~:,;--r.~i::í ~ - d . ~ i.i :u.t1 tlm ·
. 1-
~ :.= _e.:.2:.<:.. ~~ - -~~ < :,=:. ~.JTIF~:>!2 "-.u:,=lZ.<d2:.. ~ ;r l,inI:ada sis-..emaó.camt:11t.e.. Pará outros países, imitar o sistema curriOJ-
;. :.t:S.•r ~ ~ = :enP: Ex :,"F'T'F'.:1:m• __,_ e _ _: ..-JY:.d._~., Jj._5 :,:!:' ~ 1t•v . : CJ1J o; aspe.cws organizacionais das escolas da Futlándia pode não ser
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~
TI;"' a: e ~~_L" : :n.t'.:: :.. ~:.mi~ e::., ~.m !- 7 ~ ~~nn-- • _ ...-?,,:.,,.;a im.d i gt:n1.e. !'- o em.anw, uma lição positiva que os prop
· rios
~!!5..,-::->
- . - . - ~ "' tJl:i<'. ~ e s es apn:ndf:-ram ao elevar o nível da formação de professores ao de
~ ~ ~~ ~ C :.~__r~~:i:C.LJ:_ _L~.dI.l.?,d;" ~3~ ~~~

sa ..._--;r-e
-- ~ _:rn_ a : , ~ 7!:ic=i-r:
--- -.,,-..,-.--- i, _l~ J j~ ;n-f,,_-,,~_ !.TI
.. :ncas çarrcir.:1., ..cadémícas certamente merece uma análise aprofundada.
:r,t =----:.li~ :e:=-t{F:'1!:Ã-- ~ :. ni!±J:'Gr. A- ~»:.-JR._ ~ ~~ ,, ,•:.,n• C IIli! e ~ º importante para atrai r os jovem mais capazes â formação de
- - . = c• 1Ilent•
;,;v{5Sores ano após ano é que o trabalho de um professor deveria repre-
~:i.:crti:~ = ...-. - . d ~ ~ :i.! : i L ~ ~ ~ :rcr~ ~
-=- "'ai ~ ~ ~ 1=i,- ::e.e :,:r± ~ ~ , ~ , , ::J.It. ~ n:J,án:4:c ~ ~ ;rr<Jfusãu independente e res~uda, e não simplesmente ter foco
~ i=I?l=e:n.açii.o técnica de padrões conduzidos externamente. de testes
..tm-.&.: ~~~~ : r .,; 'J~ :, ..i..-=
:e- ---,x ~ :;e=,< ...:.,-;,-r:CJ::1!:'r ri:.. -·, -,-~ue~ ~ ~ .... :,,-~~- ..;._. = 'r ~ . . o:.ermiaiívcis e de tarefas administrativas. De faw. lecionar não é uma coi-
- J - ~

,;i d.!c 9'J_tr U mundo. t: muito mais dificiJ do que isso. Essa é a segunda lição
~ r~=- ~ : ~-d..~
-
- : Z - ~ ~ Ld: .:-IDêiC:Clié: ~
-- . -----
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- J :,-~_;~d:& -
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-:;-~ ;:r-~-:::rr a ~~.O 1 ~ ?J.


::rr:.c:t::1:-.. }:. z:,-:,-rJb~
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~ !ilIIr.Jb v·
qu.ea F:.nlándia pode o fe-rect:r aos outros.
~~ -:C F----4- ~ ..i:C.:if.J~ z,..-ir:,y"Ti .= ~ - -ce~-,-~ ..:.-J_hci:r_1;:a:n-e,1 ti!"

= ::x:.-: ~ : . =n:. :.·..au:. = • = :p:aq= r.-:::::-" fi"'..t?=riclz ri!:


~ :.r..
E S E 05 EXCELE~TES PROF E SSOR E S FI N LAN DES ES
~- ~-~ ~ ~ ~~
i:--~ -:-:Lr-4IJY::iwi:"·ê ~ ! X " ' ~ : >5 ~ ~~
_:.- ,... :iz-~ :-7..&:'5= = = :l=:-..·,:,. ~ :,
LECJO :--A SSE M EM SUAS ESCO LA S?
6::i= !.i,·. , ;r.,e-,;,, 1Ilill1'
~ :::i!..:i:- _:.e: ,n.1,-=;.. :.~:.,:::u·_ ~ ~:.. ---d.J:. ~ ~ : l : ,t. ~e-a :n:aDl!:! ~ !:.'... Úv!:.' u ?fr.-ilt'g.iu de cvnhea--r e receber di ver sas delegações e5trm gt.>i-
~
..,~ ':.e!: !:':'J ..1---:cç%t:. Af:C:..7' !:::L. ~ r-;:~.... ~ ~ ~~ ..~ ' : i :;, 7,'"t:'J~ , :-<!~ ".lt- d ·.J_caçãr.J na Finlândia nus últim os anO'> em sua busca do desenvolvi-
=:,·,) :i-: •,Í'>L':'m.a·, t:ducat·io nais de alto desempenho t.>m seus países. O que
~ -z:.:ar_r ' lf ~ C â f ~Á j~ _, ~ ?="~»~ ;l;;! ?'r, ~-.u ~,:i nz:, • :.:1.:1.irJric d':', '>t"'> vi,it.ante'> leva con;igo é que a FínLándi.i tem um sistema
:..~.re::-~ ~ -r_r~ :::ae:::-J1:.,:,,-.11 ': ::u:..,::-..-a::1 :..t:.. ':?~-- j:C)'..,1 ã? Ú> i:ClS.. ?!""tlC.ll:'.'"iill- 1': h r m a?''J d!.' pr<J f!::"'> YJT'.:-'> alr..amtnt':: p ad ronizado que requer que todos
~ r~~ tz. ~~anrd. ~ :l:rura;.~:, :.= ;.,; :.rÃ-~~~ .E~::é ;; um :altr '-:~ ;.,;r/e'>', W':C'> tt-nham mtc'> trado, que pode some nte '>t'r obtido nas univer-
:.- ~ -:;tw :. :r- e:~~:.. :...-:..a.rz~:... ~ ...., i:J.._-:.;;;:, ~ f:.1.n::.1.a;iar.., rl!' ;r.tkt:!>:lr~ ~iiad'=., d': pt:,·,quí;a du paí, . PrJ r i, '>o. a cuncurréncia nesses programas de
~ .:=r.~d..:L j:..r ~ ..!:. iu.Ua""J°J~..ê:1. ~ y__c-~ :J.::lã?J!,-~~J:,; ;, ~ J ~ t.> • ~ 1

•·Jr:n,.?;:.'J dt prrJf•.:-,;<Jn:'> é acírr.i.da. \.;mél vi;ita a qualquer uma das univer-


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!:"". .it&:r- -e--_.t""_j_,-:.. ~ ;1.. ~ :e~J. ê... -:,~...!,a~ ,:1.....,~ ?1.......,z.r~ ~ ::,;;:::...:.- ~~~ ::.:--h , d.,. forma~,J de prnft:'>sore; e somente o, melhores candidato.,
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: rr:;r.r~.:a· 'J= .- i ..,-~:;;;-. :e-x·.Ji~.-:.-..,;-!:1,;:,,:;- :V:r,tá:1--:f:;i .:..-.r,D:J.!J.!:.' :>;: : i ~ - ít:.h~id ..dµ, ··'- ·'h--
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C o rno consequénc ia d essa!> lições fin landesas. frequentem ente ouvi pcs- l'SCO 11 1• 1J
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· •dé111 rl<1 cm11 mi e d:1s cs..:.,las.


;,oas questionar em se a qualidade de suas próprias escolas e de todo O siste- csco .a,. v-,,
• ._
ma educaciona l aumentaria se eles tivesse m professores corno os finlandcsc~
'
Scg'fll1clu, ª" l<JIIJ!;P ele 10 :11111~ rle pc~q11i, :11; , is1r 1111írl,·:1~,,,hn• ,11,1;,, 1, 1

- exaramem:e com o ter bo ns professore s melho ro u as escolas na Fin15ndia d:idc e rnclh<1ria das escolas. diversa, t.:rtt·rh.: rrr/~rli::1, rípk ,11 ti<· ''•rt•ln• ,11 ., 1,
~ingapura e C oreia do Sul, por exempl o. Ho uve urn movimento mundial qu~ derivas (i,r;1111 revelada~ (Tedrllic, w ,o). l·'. 111b,1r:1 pc, 1111 /s,1, dr l'l~•iivldndr
chamou a atenção para a qualidade dos professores e como ela poderia ser ele csc.:nlas de111<111s1rc111 :11.:h:1cl"s 1111, 111s, ,1 11wl11r pnrrc• d11~:icntlf nii,, ,, ,·nii
melhorada_ De fato. o desejo de elevar a qualidade d os professores origina- corda que a licln:111\·;1 di•ri v:1 csl fi c111 rc :1s c~1'r1<.:1,•rí•1 k ,1~ 111,11, f 111p, 111 ,11111,,
-se, dab liçõe;, aprenc:lidas co m sistemas educacionais que obtiveram alta pon- dus escolas efcri v:is. lil <J i111pnrr:1111e q11a111, l ri {'llsi1111d c•rlv, ,, l.ldc•1:lll\'11r1;,
tuação em a,·aliações esrudantis internacion ais. Cada um desses sistemas de riva inclui q11alidades de líclcrcs, 1:1is c.:11111 11 se,· firme e ,1b/erlv,, rrr vi,.),1r
sucessu foi capaz de criar uma siruação em que o ensino é visto pelos jovens objcri vos co mp,1ri i lh:1d11s, prn11111vcr I n1hr1 ll111 r111 rq11ipc e• ,·11lq,t11i,111<, 1, 11111•
como urna opção de carreira interessante. A maioria dos p ro_[esso res nesses ni1orn111c111 0 e fccdba ck pess, ,ais fn·q11,·111cs. ~I 11i1as , 1111 ra, ,;1r,1t 1rd,1k.1, dr
país~;, pas;,a a maior pane de '>-Ua vida p rofissional trabalhando cm =~No escolas nwis efcriv:1s i11cl11c r11 aq11dns q11c• 1:1111bé111 c,rnn liµ:1rl:1, ,\ ,·11lr11rn d.1
em:anw. a pan:ir da_per~~ va imeraac iau~Jem três mi~ aciona- escola e;) lidcran\·a: m:1111c r n fi,c11 nn nprr11dl,111dr}, pr,1rl11 1.ir 11111 :1111hi1·111r
dm ag~da~ dos prnfessoce s e...à.melheri<Mias escola~que fre ~ escolar positi.vo. cstubclccct· :i lr :is cxpcctutlvas ~n, h1d, 111, .lc,,.<>n1,,-,lv,,rli"'1i.

lidadcs da equipe.e cnvolvc.:J' us puis ,J.::111 uUl t'illlpalavrn~ , u liJt·1·:111\',I c·,,, ,IM
0.rie:lr am ~ políticas educaciona is na direção errada, em países cm que a pru-
é rnu i111porta11tc 1111.111111 11, prnfi:s,.,rrs . \
fiss-do de professor !>Oíreu uma g uedadcpre stígrosocín t(&ilrlt5erg;-10,3b).
O primeiro mito-é que o l ator maÍsJmpon anr e na~ lhurinclãê(ualidadc O segu11do 1nit<J é q11c a c111:dicladc ck 11111 sistc•111n ccl11.:.1ci,111.il 11,\,1 p,,dr

da tcduc-ação !>ão os pruíes'>ore s. Isso é o qu e a ex-chancel er das escolas de exceder a <Jualidaclc ele se11s pror'l's,11rcs. 1•:s,a ,l1i r11H1\'.1tJ li,·,111 .:t111hc,·i,f~
lias pu1lllcas ed11caci1111aas p<1r llll'ill d,, i11f111rn1,· 1élnti'\Fit 1.,~ ~trf.i,11-.>V ,v
,'
W.5hingum.. D C. Michelle Rhee. afirmou em Wairingfi,r "Superma11 ", cm
Compn11y i111i111lado llmv rltt! 1r;1,.u:, n,,.,, /1 cr(tr1111 r1µ- s ,-1,,,.,/., .l\ ,,t,,111.,· ( ;,m,,
1

:?.:>J ? . e 'J que c:li...-ersos reformulad ores de escolas repetem em


sua retórica de
mudança. St não ÍOs!>e um mito, u poder de uma escola realmente seria maior our º" 7up ( 11:i rbcr e.· l\l11urshl'<I. 1.o,J7. p. .1o). ~ l llll'\Jll<J 01w1111c111,1 apnrc, ,,
dr.., que º b ase familia r de uma cri.a nça o u outros fatores alheios à escola, e nos rclarúrios mais rccc111es e 111ui11J i11fh1 C'11lc, d:, Plsn ( 1 lei >F. W 11.J, P•
111
iodai, a, cri.ancas teriam maior aproveitam ento be bimplebmente houvesse yG). Embora lais rclarórios aprcsc111 c11111111.1 vis,)1111wb: :1111pl.1 "'111-c 111c-ll •
, . .1>rcs11'1r'
raro · J stat.us <l 11s prnks~on::s · · J 1
. t1kn:1-c111 ,1a e· e, 111c ,m, 111 '
suficiente n~ero de bons p rofessores em todas as esco las. Esse mito frc- .,.,,o SUl'la
l - d
qU,..."Iltemen tt l t",'<Ju o. cone usa.o e que o que precisa se 1, e
. . .. . ·r re,·•o cm fJrimeiru , • salantJs e sclecio11ando ca 11dicl:11ns inkiais p:1ra p r11),ll':l lllil' rlc ,;,mi.i,·il,, ,Ir
cnranro, ha_ du,s ,
prufcssnrc•s· co111111a1s ,
• 1ac 111. n 11npac1t1
· c:11rr ·
do s 1,11i1•111a,:111 , ,., q11<•,1q11 ,111'1J•1,lr
lugar í: '>t li vrdr dt profe,,ore s com baixo desempenh o. No
. 1 · J, 11 111d1
· , · que d emonsrram que essa noçao
r'r.,m,..,, dt e...-1di:nt,"la
:- <:', , d e, faro, um mito,. · 1•·1 cc
de(d um sistc11· ·
. l11c:ac:1011al e, 11111a s1111pks "1111.1 e ,,s c~lt11\~1, 11 ,e '
d. • · ·rudos con/Jr· v Uus - uu ·sc:1·.,• ,te 1 seus professore · · , 1 ,1~, 1"11111r111
, •
P rimeir o, de!>de o R.elarono Coleman cm 1966, 1versos es _ . ,. Ao allr111:1r 1~s11, 11• .11 1 ' ' ·
- - -· f ..es1udan11I <1uc os 11mf;·ss . . 1 li 1 . . 1 1 , 11 1. 1,111 n•"' •1•1r
.:nar,u-IJ que uma~rte imponante da v..ar~ no ap.ro~~ ~ V .. , O ~- CJICs tr:r )a 1a111 C e f,,rina lllt CJ)t'II< ('III C' 1111, \ '
r . :- , . profis~ao <fuc um i>nJf..cssor 1•az nât, afcra . .- .. <' 11111.1 , ,-:1,1
o trnbal11,, <111s I1r 11rn 1s. 1·"·1
- - - - - -, . .
? '-'dt :rcr atribu1_ª 4.af.1.;,0n:r. a1b~1_2s a escola, como a 1o rmaçao eª ..7 lin,· .
-1: • . : ~ 6 s csru-
- - - -
> e a~_çar,;u:.LJ!L
, .. _
U.t ·• ., do c·11
cs,o11,ida • ma. 11 1un1a11o parn a mud:i 11ç.i. N,, c111 .1111,,, na 111,i1i1r I' ·"'" d.,,
:b, pais. a infiuí:m.i a d<>~ cül~a' J.G1.;:iAOJ"'
. • - - ~ - . 1· . • •didade. de· •
l,1s, ,ttu ulni Clltc, . - · 1• . , 1 l . 1 . . •111 ,,111n" l, ,,·.11,,
na l· 111 a11dia. 110s l·.~rar ,,s l 1111 •1' < e
'.1.a...-n~,.. Mélb ">ec.ulo depo1'>, pebq u1 !>as s()bre u que exp rca a me varraçao 0 ,,8 .
'¾O da professor cs .
, . .il 1) a li Hllll CII\ C< Jlll(W 1 • . l,·1111.i ,. 11111 ,.,
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d<.ib e, tudantt, na e!>cola conclu1ram
,
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a 2o • • la lo tr (' li rc~11l1,1d11 1 (' \ ( li ll,I '
·b 'd : · salas de au rçu co11j11 111 11 1 , 111 1 ,. IIH'l\ll'P"''•'
:J', .ap:r<Jvtiiammw estudantil medido podem ser atn ur os as ·. ºo vcJfl ,i i, . r a 1:sc:tila c:1111111 11111 tod,1. t-:,sc 11111 11, P• 111 · ' '
' llpac,c, do 1 . , . l , ·k ,·, i,111.1 ,11.11, " ,.1
lr, ua ll111 c m t'ljllÍJ)<' e ,1 ,·ap11 ~il ~,,,·1:1 tJ 1H ' ··
i.
- ,.,u i,tja, p r<.ife, '>oreb e ensino - e um volume semelhante da varraça 1 I·1 d:1~l'~ .
. . . l· ··· · •lidcra11Ç t• · 111• 1111 ji·.
~o l;i~ ll11s· <1ias
d t ,.1.,,w:rt, d=tro da, e'>e<Jlas - ambiente escolar, insra açocs e

. .. . 11)1 ....
-
······ ························ ······················· ········· ··········
Lições finlandesas ·
· ···
······ ····· ·········· •····· ··········· ····· ········ ·· ········ ·· ·········· ·········
saber exatamente quem
entos nacionais de polí- professor. Mesm o que is to fosse claro, seria difícil
Esse mito acabo u indo parar em divers os docum óúmo professor nor-
dade. Contu do, existem é ótimo no momen to do recrut amen to. Torna r-se um
ticas educa ciona is e progr amas de reform a da atuali e, para determinar
es e o papel do coleguis- malmente leva de cinco a dez anos de prática sistemática
estud os sobre a cultur a escola r basea da em equip qualq uer profes sor, seriam necessários
capita l social pela colabo- com confiança a "efeti vidad e" de
mo na escola que mostr am como a elevaç ão do s. Isso seria, no geral,
a influê ncia dos professores so- pelo menos cinco anos de dados consis tem es e preciso
ração profis sional na escola pode aume ntar
é o princi pal fundamen- praticamente impos sível.
bre a apren dizag em dos estud antes na escola . Esse ne que pudéssemos
dor de prêmi os de Andy Voltemos à pergu nta no título desta seção. Imagi
to do Profis siona l Capit al (2012 ), um livro vence s finland eses que tenham diplomas
ssor indivi dual em uma transferir professores e direto res de escola
Hargr eaves e Micha el Fullan . A funçã o de um profe sores altame nte renomada
de futebo l: todos os professo- de mestrado e passa ram por prepa ração de profes
escola é como a de um jogad or em um time s Unidos. Os professores
julgam ento profissional dos para lecionar, por exem plo, em Indian a, nos Estado
ressão vitais , mas a cultur a do coleg uismo e o esas. (Imagine que
para a qualid ade da escola e diretores de India na iriam trabal har nas escolas finland
profe ssores na escola são ainda mais impor tantes Depo is de cinco anos - presumindo
de times que se desempe- não haveria obstá culos linguí sticos).
Espor tes em equip e oferec em inúme ros exem plos dia conún uassem da
nça, comprometimento que as polític as educa ciona is de Indian a e da Finlân
nhara m além das expec tativa s por conta de sua lidera pontuações dos estudan-
no gelo nas Olimpíadas de mesma forma - veríam os o que aconte ceu com as
e espíri to. Usem os o time ameri cano de hóque i Eu diria que, se hou-
os vence u os Soviéticos e tes em testes de avalia ções estud antis obriga tórias.
Inver no de 1980, quand o um time de unive rsitári r dos esruda mes de Indiana.
medal ha de ouro. A quali- vesse algum ganho no a prove itame nto escola
a Finlâ ndia na últim a rodad a para conqu istar a em Indiana e em muitos
r do que a qualidade de seria mínimo. Por qué? As polític as educa cionai s
dade geral do time ameri cano certam ente foi maio to profissional e social
ser dito sobre escolas no outros es tados dos Es tados Unido s criam um contex
seus jogad ores indivi dualm ente. O mesm o pode toª
Pª.r:i O ensino que limita ria os profe ssores finlandeses no que diz respei
sistem a educa cio nal. bem da aprend izagem
, , · · tres' ou 9ua tro ótimo.rpro- uulrzar seu conhe cimen to, exper iência e paixão pelo
0 tercei ro mito e que se 9ua,9uer crzança uvesse 1 te deseu de .seus esrudames. Conh eci algun s profes sores finlandeses expenentes que
·
_1 • ·
maepe nd entemen · ' · hi ··
Jessore.r segwd os, ela crescena multo acaaemrcamente,
• · •

, e'luénc ia de profe.r- lecionam nos E stado s Unido s e eles confir mam meu raaoa ruo pateaco
. , - , d I ___ L:.m
ntado anten·orme nte. Com base no que ouv,· d e ai guns e es. camuc
. , . tem umas
h zstonco soczoeconomrco, ac passo 9ue a9ue,as, 9ue . - teóric a apare- aprese
. • presu nçao , ·.
sores fracos crão demorar mais e ficar para tras.. Essa e prová 1 . eses esm essem
. - , h d e:-.
c ama a .c-.,senu
·a/E/emenr.r f ve que mu1to s d esses rrasla dados professores finland
ceu em uma impor tante reco mend açao polmc a · que não lecion ar ao final do qwnto · ano,
tal como seus
. d E va !uati.on ( Center 3Zendo out ra co15a
~a; . ess an - las finlan-.
of Teacher Policy in ESEA : EJJecu veness, Fa1rn · as. A outra pergunta é: As classif. icaçoe - das esco
da no congresso colegas am encan s
,1 • )
, apres enta d m suas escolas:
for Amen can Progress and The Eauca uon Trust .
.

, , . · · mais uma ve:z, M.


esas colapsanam ·
se profe ssores ameri canos leaona ssem e
ensin o aqw, l" d.13 enr:aria au-
ameri cano em 201,. Otimo s profe ssores e ot1mo dantis nas U1to pr I an t
ovave mente , não. A cultur a educa cional na Fin

nos tes tes eSru xl d m"""'har a alru-
são avalia dos por meio do aume nto da pontu ação 1
1ar quaisq .
. ra das uer professores que não conse gmsse m se• eseesses r-•u•
professores
avalia ções padro nizad as. expe - da
. b m caso sim· ctauv as. Meno s tempo na sala de aula naª
nam e (or- esr 1 as e enconrra.r me-
O pressu posto de que os estud antes se desem penha . - de que a re rangei ros . __,i·d
. , . s pro1e r
ssores a prese nta uma v,sao . ces lho mais temp o para trabal har com seus co egm bem-suceui os.
p 1esmen te tivess em oumo . nolas res CStr , . se rornar e . . eia da
. I . h d . d ·nJl
e I uenc1 a
, dos amb1e °tod ategia s de ajuda r seus estuda ntes a . arnenro a unpartan
ma e d ucac1ona sozm a po ena super ar a gran os con d , , __;1- ;rão para os
. I . d . •fi ca que as eSC as
s1gm pr0 i;"- ~ cor am que esta alem de queso on
r
1am1 ·1·
1ar e sacia menc iona os anteri ormen te. Isso · a conuw U-r
tar apen , ' "'l>ao dos r n alidade dos
. 1· e contra resuJ pro1e ssore s e da qualid ade do ensino \ ·el que a qu
d evena m se 1vrar de profe ssores com baixo desem penho . pra· tados da . , . . parranre na
mito é que apres enta as dificu ldade s mais Profes apren dizag em. Porta nw, e compr eensi 1 mais ,m
profes sores ótimo s. Esse O
, • u excelente sores 1 . , olar
. A . . , 1 . ada ao que signif ica ser um oumo 0 1 gera me nte é citada como a vanav e esc
ti cas. pnme 1ra e re acion

1 193 ....
... . 192 ....
Lições finlandesas
··············· ········ ·· ··· ···· ·················· ··········· ······· ··· •·· ··· ··· ······
• A va ntagem finlandesa
········ ··· ···· ······ ····· ··· ·· ·········· ···· ·· •1••······ ··· ··· ····

influência do aproveitamento escolar. Porém, simplesmente ter professores ·nªuenciar a avalia ão dos resultados de seu trabalho Tambe' d
p~ l - _ · m se eve
melhores nas escolas não significará automaticamente ter melhores resul- confiar nas escolas e nos professores com re açao a essas áreas essenciais do
tados de aprendizagem. Lições de sistemas escolares de alto desempenho, ensino para que a profissão de professor realmente se torne uma opção de
incluindo o da Finlândia, sugerem que aevemos reco-nsi~
pensamos no-ensin0-como profi~ão e no papel da escola em nossa socieda-
-- - -
de. Em vez de sonhar em ter professores como os da Finlândia~Cãnadá
rma como

ou de Singapura-, os-legislacloresâas-iiãçõesd-evi:riam considerar os trê:Se-


- carreira atrativa para os mais jovens,

guintes aspectos queãfefãm a profissão ê!~olesso.r_es:.__


P rimeir.9,__alo.i:ma~ãe-â€-pmfessQr~s...de..'l.eria ser mais-pad i:onizad:rr,-.io
mesmo tempo, o ensino e a aprendizagem, menos pad rooizadQ.ê. Singapura,
cãnããâ- e- Finlanâiaestabelecem altos padrões para os seus programas de
preparação de professores nas universidades. Eles não permitem caminhos
mais rápidos para o ingresso no magistério ou formação ai ternariva que não
inclua esrudo de teorias da pedagogia e práticas relacionadas. Todos esses
países priorizam um rigoroso controle de qualidade antes que qualquer um
tenha a permissão de lecionar.
Segundo, o uso tóxic ~ão de contas (accountabilicy) ~ s
deveria ser redefinido. Em muitos aíses, as práticas correntes que julgam
a qua 1 ade dos professores considerando apenas a m e n s u ~ -
v~itamento de seus e s ~ ~ m s - ~ s .
Imprecisas por~ objetivos da maioria das escolas são mais amplos d_o
que simplesmente ter um bom desempenho em a1gumas d 1.sc1p · rmas acade-
micas. Injustas porque a maior parte da variação no aproveitamento esco-
lar em testes padronizados pode ser explicada por fatores alheios à esco_la.
Nos sistemas educacionais que obtêm alta ponruação em classificações in-
· d
. •
ternac1ona1s, e
os pro1essores sentem que sao - •
mcennva os Por seus líderes
5
e outros professores. Na Finlândia, a pesquisa Tal is de 2013 aponta que~
professores acham sua profissão recompensa d ora por conta da autonomia
profissional e do prestígio social que a acompanha. tor-
Terceiro, mudar as políticas d<2.S_P-rofesso res não é o suficiente para ,
· - ~ ,• 1 es tam!Jdll-
nar a profissão de professor atraente - outras poliucas ~ í'ii
devem muda'"r: As experiências dos países que têm bom posicionamento ê
-- - ~ rl,. vP ri am_tl!t-aulO.c..
clãssifrca~es-i-ntemacionais=sugerem-que..os.~ . , de

--
nom1a . no p1anejamento do seu trabalho, liberdade para uu·1tzar
· mé odos . de -
. 1 - - - 1
ensino que e es sabem que conduzem aos melhores resu ta os ed aurorida
. - - -- --- ----- ------
.. .. 1 94 .. ..
195 ....
CAPÍTU LO 4

A via finlandesa
Estado compet itivo de bem-es tar social

Verdadeiros vencedores n~o competem.


- - --
- SAM U LI PARONEN. autorfinlandês, 191:7 -1974

O que coma a educação finlandesa única é o seu progr_es~o estável de um


~a_que mal ficava nas médias internaciona is para um dos rarQSsis~ as
- - ------- -=---e- -- -
públicos de ensino da atualidade co~ óàmo _pese!Ilpenho: Tão importante
quanto isso é que a Finlàndia foi capaz de criar uma rede de escolas em que
quase todos se saem hem e a repetição de ano é rara. Simultaneamente, a
frequência e a conclusão da educação pós-obriga;ó ria na Finlândia - tanto
no ensino médio, quanto no ensino superior - aumentaram significativa-
mente. O sucesso da educação finlandesa tem sido frequentemente notado
pela mídia mundial e por diversas agências de desenvolvimento educacio-
nal. Esse desenvolvim ento não foi realizado seguindo os mesmos princípios
de reforma educacional , dominantes nos Estados Unidos, na Inglaterra, na
Austrália e em grande parte do resto do mundo.
A Finlândia tem uma economia nacional competitiva, baixos níveis de
corrupção, boa qualidade de vida, um forte estilo de vida de desenvolvimen-
to sustentável e igualdade de gêneros. Tais qualidad~ tornam a Finlândia
uma das nações mais prósperas do mundo. ó sucesso da Finlândia, uma na-
ção europeia pequena e remota, foi construído com versatilidade e orientado
por soluções em todos os aspectos da sociedade. No sistema educacional da
Fmlândia, esses princípios permitiram que as escolas experimentassem a cria-
tividade e assumissem riscos enquanto tentavam cumprir as metas es_tabele-
nd
cidas, mesmo que tais metas representassem ensino efetivo ou apre izagem

. . . . 197 ... .
Li\'Õt'S rinl andesas
-·········· ··· ········· ··········· ·· ·········· ········ ······ ··· ···· · ··········· ·· ····
- li via fi nlandc,;,
...... ............ .... ·········· ···· ·· ······ ····· ·· ··· ····· ... ......... .. ..... .....
w

-

as em outras areas salios são semelha ntes de um sistema educacional JJ·ara. r,ur r,1, ar. agcn-
produri, -:i. Isso está alinhado com as políticas e as estratéoi o· os de . .
soluções e de reforma s educacm nar. 5 também cstii,, ~e rorr,ar, . .
.. d,, mni-
d,) St't'Or público. Ainda

mais interessa nte_ tem sido a estreita
- - "
~
interaçao
entre.as das de _ .
.
i tc .
dos 5 5 ma, cc1ucac,,,_
politicas educacio nais e as estratéoi as econQfl1ic_as desde.o.iníci0 dos anos.,990_ /are ,
s Como resultad o da _ .co mparaça
o rnternaci - rmal
-
' . - ~- -· - amento dos estudant es pur meio ele índic,1clo ,
•se do aproveit _ rc, o,mwu. ,1,5
Esse cap1rulo discute, de to rma mais detalhad a, como as políticas educa- nar . . . . . .
,
srstem;is cduc.icfr,r ·
i·•r •
cio nais na Fi nlàndia responde ram às ideias internaci onais de reforma ed uca-
·r~creristi
ca_" -' - -,----,- _ _ d<Ys d1sr1t1ros_ ___ _ __
cas-d1ferencrn1s " • cst,10 ~e trir-
na~ ~is. ~o r exem_p!õ ,oíiisa mobilizo u diversoq p,,líticus e e,-
cio nal e como elas estão conectad as ao desenvo lvi mento geral da economia
pecíalisra s em educaçao para v1sr1ar outros locais, principalm cnrc Finfánclia
do ~-..mhecim ento e o estado de bem-est ar social. El~sc reve o aumento
da interdep endencia entre as po lít~~s do setoE._público n~ nlanclía dêsãe Canadá, Singap_u ra, _x a ngai e Coreia, para aprender a de/inir sr.ias própria~
1 9 - 0 e apresent a um~ ren_tativa_ ~e_EpQlogia d e-compa
ração-do s princípios políticas educacro na1s e melho ra r suas escolas. Cnmo c<mscquénc:ia, a gltJ-
da re~or:1~ ec!_ucaci onal com-as-p elíticas... de_.dese nvolvime nto-econi>mico_ balização também acelerou a colabora ção internaci onal, a troca ele ideias
na Finlàndi a. O principa l ponto deste capítulo é que a excelênc ia do siste- e a transferê ncia d e políticas educacio nais entre os sistemas cducacionai~.
m; de po líticas educacio nais precisa ser fundame ntada em uma visão dos Analisar os d esen volvi me n tos de políticas e reformas ccluc.rdonais glo-
sisrem as de elaboraç ão de políticas e de lideranç a sustentáv el que não me- bais se tornou uma prática com um em diversos ministéri os de eclucaçfo,
nosprez e as relações complex as entre diferente s políticas do setor público agências de desenvo lvimento e empresas de consulto ria. Por isso, 0 ~ siste-
nessas sociedad es. mas educacio nais do mundo estão começando a comparr.ilhar alguns va lorcq,
funções e estrutura s centrais e, evidente mente, eles se assemelham. Com
isso, surge a pergunt a se a interaçã o global crescente entre /JS lcgislaclorc~
0 PODER DA GLOBA LIZAÇÃ O e educador es, principa lme nte a compara ção dos sistemas educacionais por
indicadores acordad os e o emprésti mo de políticas educacio nais, promoveu
A imemac io naJizaçã o moldou a Finlândi a e a vida de seu povo durante
abordagens comuns à reforma educacio nal por todo o mundo.
as últimas duas décadas. A participa ção da União E uropeia e uma função
O c~nheci ~:_~~ _sobre a mudança na educa~o foi criado e disseminado
ativa na OCDE aumenta ram a mobilida de individu al e a troca de ~':!Is
predomin antemen te pelos pa íses falantes da língua inglesa. Estados Unidos,
entre a Finlândi a e o restante dos_países desenvolviclos:-0 -povo· linlandês, · dºr.1 e.s·rngapura
Canadá e-Rei.no...U.nido-no-O c,ºdente, e A ustra·1·1at N ova -Ze1an
._ , · · · /
entretan to. perm a~did o quamo àg íooalizaç ãõ:Múito s pensam que na regra -
o A sià -:-P-:ac1'fi co ~e tornaram . . Y
__ os centros da gr,w11Jadc para pesquisas
a g lobalizaç ão está levando a um papel cada vez menor dos Estados-nação - - -
e deoar - 0- -~ - --:· - -escolas a efetividade das escolas e a mudan-
es so re a me ll-iori a das
e à perda de sua soberani a, como resultad o da emergên cia da hegemonia ça educacio -r 5- ·- - . , - - - - ? . .
!. - ~~_:__ ?15 peri od,cos acadcmi cos, School Effecúvc11w anil ,\chool
mundial d o dinheiro, da mídia e de empresa s de entreten imento mundiais. rnprovem ent (fu nd au •
---:r-:o em 1990) e journaf of·Educauon ·
· o f Owngc (',undac" /
Outros argumen tam que a padroniz ação d e economi as, políticas e culturas em 200o) são . . . , . . .
- • ' os principa is fo nrns nos quais o conhec1mcn10 contcmpo ranco
se tornam uma nova norma para empresa s e nações competit ivas, diminuin e comunicad o• Al , d mundo ang lo-saxão, os Países O - . . .
s na culru~a Es · cm o arxos. a SuccrJ. a
do, dessa forma, as tradiçõe s e os costume s finlandes es. Mudança panha e a N o ruega se e nvo lve ram de forma mais · no era
· auva 1· ·1ugo ·rnter-
.
global também afetam profund amente as políticas e as prá ticas educacio~ais nacronal e em . . . . .
• pesquisa s sobre a mudança educacional. Surprecndcnrernt·nrc .
e instituiçõ es de ensino. É óbvio que não há uma visão clara das consequen- .
ª Finland· . •
vo d ra, ª Coreia e o Japão - países com sistemas educacionais cqurr,rr r-
cias do processo de globaliz ação nas políticas educacio nais. . • d 1n t1cr,w,io
s e alto desem pen ho - t1vern m apenas uma aniaç.io mu cst.r · ,., '
A g lobalizaç ão é um paradox o cultural: ela unifica e diversifica simult~- de e . ·
onhec1m en1 0 g l o b a I sob re mudança . C reia um desses pa!Sl s se- b.,,cnu
. .,
.
neament e as pessoas e a cultura. Unifica as políticas educacio nais nacionais firrn .
. ~ . 1 • u · /O~ cio Hcrno
erncnre nas . . Estac "' nrr
ao integrá-l as a tendê ncias mundiai s mais amplas. Visto que os problemas
e Unid p esquisas e nas movaçoes dos ,

o,daAu st ra·1·ia e do Canadá .

•• . . 199 ....
.-\ via linlancfes:1
Lições finlandesas
··· ··· ·························· ·· ·· ····· ········ ················· •················· ·· ············ ··· ·· ·············· ············ ................ ····················

_ e~ : ducacional !Il_!!ndiah é i~portante ser \lm


No _ramo do desenvolv__'._m . as educaciona is em distintos países foram pro1·eradas e ,·mplementadas
torm,
consumido-rcríticõaa _ e _das _pesquisas
s evidências disp__Q!l,Íyeis---De fato, em
"'--- -~· No entanlO, a literatu ra profissio nal (especializada] indica que O foco no de~
_ ____
vez de mudar a ênfase para o conhecime nto padronizad o de conteúdo e do- lvimento educaciona l mudou das reformas estruturais para a me li10-
senVo
mínio de habilidades cotidianas, alguns sistemas educacionais avançados es- ria da qualidade e do acesso à educação (Hargreaves, Liebcrman, Fullan e
. -
, 11açao
ento de currículos• uva
tão se focando na versatilidad e, assunção de riscos, criatividade e resolução Hop kins, 2oJO). Como resultado, . desenvolvim
_
de problemas por meio de métodos modernos de ensino combinados com de esrudantes e de professores , mtegraçao de tecnologias de informação e
redes comunitári as e tecnologias inteligentes. O número de exemplos está comunicação ao ensino e à aprendizag em e a proficiência em competências
crescendo, incluindo a China, uma potência econômica que está afrouxando básicas (leirura, escrita e aritmética) e no letramento científico tornaram-se
seu controle padronizad o sobre a educação, ao gradualmen te tornar a elabo- prioridades comuns nas reformas educacionais pelo mundo. Para realizar
ração do currículo nas escolas uma prioridade política nacional (Zhao, 2014). cais mudanças nas escolas, os governos frequenteme nte empregam modelos
O Japão e Singapura estão adotando a ideia de "menos é mais" no ensino a de gerenciame nto antiquados e ruins do mundo corporativo, como concor-
fim de abrir espaço para a criatividade e a inovação (OCDE, 2011 a). Uma rência entre as escolas, padro nização do ensino e da aprendizagem , prestação
das províncias canadenses com melhor desempenh o, Alberta, está afrou- de contas punitiva baseada em testes, pagamento pelo desempenho precaria-
mente avaliados e tomadas de decisões o rientadas por dados. Chamo isso de
xando seu controle sobre as escolas removendo as avaliações provinciais
padronizad as e criando políticas de prestação de contas mais inteligentes,
que focalizam o aprendizad o autêntico e os diversos métodos de avaliação
estudantil. O País de Gales já fez isso. A Escócia também está desenvolvendo
-----
Movimento Global da Reforma Educacional (Sahlberg, 2006a, 200 7, 1010a).

-\ 1' \
0 MOVIME ~T O GLOBAL DA REFORMA EDUCACIO NAL
- -

um currículo e práticas de prestação de contas mais inteligentes, afastando-


-se de testes externos e de inspeção escolar rígidos. Mesmo na Inglaterra, A ideia do Movimento Global da Reforma Educacional ou, simples-
que já teve o sistema educaciona l com mais testes no mundo, o governo está ment:, GERM (Glohal E clucarional Reform Mo vemen1) surgiu a partir do
pondo um fim a todos os testes padronizad os nas escolas dos anos iniciais
---'.:r~ c,mento da troca internacio nal de (informações de] políticas e práticas.
do ensino fundamental. Naoêu - - d ,. .
m programa. e po lmca mundial formal mas sim uma agenda edu-
Como reação à ênfase exagerada no ensino baseado em conhe..'.:!~enro e cacional ~ o li1c1a · 1com base. . em um determmad ' . ' de~1de1as
. ' o con1unto . para
_....D-ªE
na pi:.eJ;taçãõ:cie-:=-contasj::iQr-m eio-de-testes;___autoridad es no_-munao_rodg es- melhorar os sisten1as. e d ucac10na1s · · ( 1-!argreaves,- Ear, ·
1 ?vroore·e .-= :---
r.1:mnmg,
tão consideran do formªs_c.u.· criculares mais dinâmicas, introduzind o novos
· nal 2001·' Hargre aves e SI11r -
. 1 2009; Sahlberg 2011). O GERM surgiu nos anos
------- - ---- . - -. - -- ey,
métodos de p~st~ção d~ co!!tas e_?perfe1çoam~to-da h~erança ed~~acro 198 '. '
~ e_e uma vertente concreta da globalização na educação. Ele passou a
a fim de e;contrar abordagens instrucionais alternativa s qüe promovam_ª_ ser aceito co " . . ,. . •
mo urna nova o rtod oxia educacional entre diversas reformas
aprenc;li~ag rn1 pro_dutiv..ã necessá~ as..ec~nomi à! ~º-:º!11~_:!_rnent~_"1 d
e ucacionai - •
vez de se focar em apenas uma instituição, as reformas educacionais eS
t ªº u~--n1êlos em
s recentes ao redor do mundo, incluindo reformas nos Estados
. . - - _ .
-' mu11as regiões da Austrália no Canadá no Reino Unido. em
começando a incentivar redes de escolas e comunidad es. No centro dessa a1guns ;- · ' '
s _paises escandinav os, e um número cada vez maior de países cm dt·-
ideia está a complemen tanâade - ou seja, a cooperação entre as escolas e os envolvimen to'
distritos e a busca por um aprendizad o melhor em rede. O agrupamento e Deif7· . .
· com- niuvamente , o G ERM é promovido por meio de estratégias.t' mte-
a transforma ção em rede também parecem ser os fatores centrais na _ rcsses d
. e empresas privadas multinacio nais, agênci,1s de desenvolv,menro
petição econômica dos países e nos esforços para lidar com a globalizaçao. suprana . .
c0 115 ciona1s
.
.
. rnaciona1s,
' d oado res 1111e
r d,1çoes
. 1un . ·1da<, •', ••mpl"t'sas
- pnv. , .de
Embora a melhoria dos sistemas educaciona is seja um fenômeno global, 1 . _ · . · d .. ·
u tona por me1·0 d e suas 111tervcnçocs nas rdorma~ t uc.,c,or • 1ais nat:10-
fi , . . b e como as re-
- .
na o existem an áJ.ises recentes con aveis e comparativ as so r

.. . . 200 . .. .
. . . . 201 ....

f
u. <
l .h;i\es finlnncll·"lo:1!i A via finlandesa
............. ... ... ........... ... , ...... , .. ........... .. .. ............... .... , ...... ····························· ·· ·········· ····· .............. .. .... ... .
·······••...

nais e processos de formação de políticas .io redor do mundo. Em Jlaís rviços E!Plicos. Ao fazer as escolas e os proi
. . esern dos s,:_-=-- -- _ essores competi
desenvolvimento nos bancos ele desenvo1v1mento regionais e globa1s· . ...---dantes e recursos e, entao, responsabilizá-los pelo rem por
· ' estu s resu Ilados (ou .
países industriais, na OCDE e no Fundo Monetário Internacional (F~el~ uação dos csrudantes em testes), esse movimento I •. se1a,
pont - . d. evou a tntrodu ão
nos Es1aclos Unidos, corporações ricas e suas fundações, bem como pm%), drões de educaçao, 111 1cadores e comparativos d . ç
de Pª . e ensmo e aprendi
McKinsey e outras empresas influentes defendem modelos corporativos a ' avaliações e testes almhados e currículo predefinid C , za-
gem, . o. on1orme James
legisladores nacionais. Diane Ravitch (2013) descreveu como a filaniro : ; ham (2007) observou, diversas formas de prestaçã0 d
Pop . . e comas baseadas
risco injeta bilhões de dólares nos sistemas públicos de educaçfoâõs~~ãêlõ: m restes surgiram, nas quais o desempenho da escola e 0
e aumento da qua
Un1dos - e, em menor proporção, cm alguns outros naíses - etr~ ueme. = - ___ l•·dade da educação -
estão relacionados de perto ao pro
- .
d
cesso e credencia-
·
L

mente insiste em estabelecer conceitos e princípios de_gestão ~ o s mento, promoçao, sançoes _ . Em outras
. e financiamentos. _ ~ avras aeducaçãoI __. ,J
\ do mundo dõs negócios nos sistemas escolares. Ao fazer isso, elas promo-
vem a disseminação virai do GERM, não apén~s nos Estados Unidos, mas
mundialmente. Existe um pequeno número de fundações privadas que for-
necem fundos para a educação pública na Finlândia, e elas devem agir sob
-- , . • , .
---- ~~~
se tornou uma commod1ty [qualquer_sea!ÇO ou mercadoria nrod .d
- - -- rc- UZ1 oem v-
-mass;:t'] em que, em u 1ttm~ m~an<;:1a, a eficiência da reaul'z 0 , - • ..i~ -::-=-=:-:---
det-e-Fníiíiao desempenho. - -
Descle os-anos r980,pelo menos cinco características mund·1a1mente co-
,
,0-

uma rigorosa supervisão das autoridades. Sua influência sobre as políticas muns das políticas educacionais e dos princípios de reformaioram empre-
educacionais ou a direção das reformas educacionaís épraticamente nülã:'"' gadas na tentativa de melhorar a qualidade da educação, pn·nc1pa · 1mente no
--------
A inspiração parà o surgimento do GERM veio de três fontes primárias.
- -c----- que tange ao aumento do aproveitamento escolar A pn'me,· ·
,. - ~ 1.2_
A primeira fonte é o novo paradigma da aprendizagem que se tornou domi- da coacomm.1a-entceas.escolas. ·
· · intro-
Quase todos os sistemas educac1ona1s
.,.,.,.-- ~

nà'n i;;:;-;;;anos 1980. O rompimento elas abordagens cognmvas e construti- duziram formas alternativas · mais
de ensino para oferecer, aos pais, -
· opçoes
.

'
vistãs à aprenclir.rgeín gradualmente tirou o foco das reformas educacionais de ensmo para seus filhos (OCDE, 2013d). O sistema de vales no Chile nos
do ensino e passou-o para a aprendizagem. De acordo com esse paradigma, anos 1980; escolas gratuitas na Suécia nos anos 1980; escolas financiadas pelo
os resultados intencionais do ensino enfatizam maior compreensão concei- governo nos Estados Unidos nos anos 2000; e as "secondary academies" na
tuai, resolução de problemas, inteligências emocionais e múltiplas e habili- Inglaterra na década de 2010 são exemplos da fé na competição como fator
dades interpessoais, não a memorização de fatos ou o domínio de habilida- par_a aperfeiçoar a educação. Ao mesmo tempo, a proporção de estudantes
des irrelevantes. Contudo, ao mesmo tempo, a necessidade de proficiência
. 1ares ou .independentes au-
mais avanta1'ados estuda n d o em esco1as pamcu

em Letramento e Numeramentoi também se tornou um alvo primário das mentou (OCDE, 2013d). Na Austrália, por exemplo, quase um terço dos
stud
reformas educacionais. e antes das escolas do ensino fundamental e médio está em escolas não
A segunda inspiração é a demanda do público por garantia~ª governamentais (Jensen, Weidmann e Farmer 2013). Classificar as escolas
mmb '
' ' aprendizagem efeti_~a.pa@ tqgq_s 9~ alunos. A campanha mundial chama~a . ase em seu desempenho em avaliações padronizadas nacionais aumen-
tou ainda m · , .
Educação para Todos influenciou a mudança do foco ela política na~ ~ ats a concorrenc1a entre as escolas. Dados da OCDE apontam
que, segundo d' d , . •
do ensino de alguns para ap~~dizagem.para..todos. Órganizações educacio· d iretores e escolas dos pa1ses da OCDE, mais de tres quarws
os estudam 1· d
es ava 1a os pelo Pisa frequentam escolas que competem com
nais inclusivas e introdução de padrões comuns de aprendizagem para wdos
- ara wdos. pe1O menos .
foram oferecidas como formas de promover o ideal da educaçao P d outra escola por matrículas (OCDE, 2013d). Fmalmente, estu·
. d dos os es111· antes - pri . 1 -
Isso 1evou, d e f,orma geral, ao aumento das expectauvas e to . ncipa mente em muitos países asiáticos - sofrem uma pressao
s comuns. rna1s forte d . tu
d antes por meio das grades curriculares nacionais e os prog~~~ª- ~ ode d para conseguir um desempenho melhor do que os emais es ·
. .
. - f,oro
. mspiraçao . d ,. . de presiaça antes devid 0 , Ih colas de
A terceira mov1mehto e concorrencta e . . e • a competição acirrada para ingressar nas me ores es
ns1no médi 0 .
contas na educação que acompanhou a onda mundial d e-deseenrrabzaçãll· e universidades (Zhao, 2014) .

.... 202 " " .. .. 203 .. ..


A via finlandesa
··· ···· ·· ······ ·· ····· ··· ·· ········ ·· ··· ··• ..... .... .... . .......... . . . . .. . . ...
.. .. ......
,, , ,.,,,,, , ....... .......... .. .......... .. ,, .. ,, ., ., ... ... ..., ,, , , , .. , ... .,
,

Os resultados tornam claro que o Pisa estáse tornando um ele .


. mento in-
1\ sqJ;1111da l'arnc tl'l'Ístil'II 1• 11 pudr1miiaç
,7o na cd11l'ª\'iít>. /\. rcfurni,1 cclu- fluente dos processos de formação de política sem n1vel nacional AI ,
' · em
11 nos anos 1980, seguida (l.J)r disso, os resultados f,ornecem evidências prelim mares de que O p· .
cnrio nal basea da 1•111 l'l'Sllltaclns se pop11l11ri1.0 políticas e nas p . . . isa esta
nos ,mos 1990, inicialmente cm sendo utilizado e integrado nas raucas nacionais federa,s.
plilfti c:is 1·d11t'11cion11is bns1•11dns cm pudrô cs . • d • . d
a n•ln1ivamc111c correta, colo. de avalraçao, de pa roes curnculares e de meras de esempenho. (p. i 7)
p,1ls1·s 1111µ;lo -s11x1'H's. l•:ssns rdiin nas, d1• li11·111
011 seja, na aprendizagem dos que eleva
c11rn111 ii tiico nos n:sul tndos 1·d11rm:ion11is gYias d e Letra ment o e Num eram.ento ram o tempo de
o conse<p1ência, uma crença A s esrraré . . . .
e . .
est11d:111t1·s e no clt-scmpcnho dn escola, Com . rruç'i• o IJara as cham adas
, .
drscr plma s essen ciais na Inglat erra em O ntano
tionad11 - entre os legisladores ,ns mento Global da Ref,orma
11111pl :111w111e act•itn c >,(Crt1lme111c 11iín <p1cs • exemplos prog rama trcos conc retos do Movi
padri ks dl• cl1:sempcnho d:a- s:io
c refor mista s ah1c:11.:illn11is (, de que t•stah clccn Educacional. N~s Estad o~ Unid os, ~ legisl
ação do Nenhuma Criança
profr ssnres t' estud antes ncccs- levou a maioria dos distritos es-
ros <' s11/icicn11·111e1111· ckvn dos pnrn escolas, Deixada para Tras (No Cluld Lefi Behmd')
t ndos cll'sejaclos. A aplicas·iío
sariame111e id1 mclh ornr a q11alid11d1• cios rcs11l colares a dimi nuir o temp o de ensin o de outra
s disciplinas-principalmente
as de avaliaçiín escolar para
ele testes padrnni:1.11dos exter nos e dos sistem de Estudos Sociais, Arte s e Música - e de recre
io das crianças, abolindo 0
rnmp ridos suq~iu originalmcnw
ju lµar a tiirm a n11110 esses padri ies ti1ra111 intervalo cm diver sas escol as para que os estud
antes fossem mais bem pre-
padr, ies. A paclrnnizaçiío parte
dessas polít icas l'd11c:11cion11is orien tadas por p;irados para testes estad uais que mens urava
m o desempenho dos estudantes
ser e-ducados para atingir as
ria irlt'ia de que todos os estud antes dewr iam em Letramento e Num eram ento (Jenn ings
e Stark Rentner, zoo6; Robert
Essa no\·:io, por sua vez, levou
mesm as meta s ambicillsas de apren dizag em. Wood John son Foun datio n, 2010). Poré m,
ao mesmo tempo, para obter
:1 homn geneizaçiio elas políticas
:'1 preva lênci a dl' currk ulos pn•d dinid os e sucesso na vicia e no traba lho, é necessário
que os jovens sejam curiosos,
Naci onal da Ingla terra nos anos
curri cula res nn mund o todo. O C11rrín1lo saibam traba lhar com outra s pesso as, consi
gam resolver problemas difíceis
onais na Alem anha na década
1990. os Novo s Padn1es Educ adon ais Naci e dominem lider ança .
Estad o nos Es1aelos Unidos siio
de l O >O l' os Padn )es 11:'asic os Com uns do A quart a ca~ac teríst ica é a p_reJtaçào de
cont~ baseada em testes, queres-
e quali dade ao ensin o e :1 apren-
exem plos de tenta tivas ele levnr coerê ncia ponsabiliza os profe ssore s e as escol as pelo
aproveitamento dos esfüâantes
dizag em cm todas as escolas. O-desemnenhõclaescõla prin-
mcnlO Glob al da Reforma por meioâ e-tês re·s e.xte rnos pàêlronizaclõs:"" - r '
A terce ira carac tníst ica comu m do Movi 1 -
e e~ el~va r
-
a medi da
-
de
--
aprov eitãrn ~1füa os estudaures,estáJn-::'
no c11rrÍl:11lo, como LctramcnfO c!Pª me111
Ed ucacional é ofocu "ª-" dú,·1i>lina.f c.,·.,·,·nciaú inspeção e recompensa ou pu-
idade s b:ísicas do csrudnnte cm ".m:~ ~~ igado ao proc esso de avaliação,
e N11111craml·n10. l) conhecimcn10 e as habil to .ba s e a ~ o ,
rais s:io eleva dos a alvo e in- mçao_ das cs~olas :... do~ profe sso~~ ~·Pag amen
Leitu ra, Escrita, Matem:ític a e Cicn cias Natu dos professores e classificações
Devi do :'1 aceitaçiiu de aval_'.ª- murais com infor maçõ es dos aluno s ni s salas
dicad or princ ipa l das refor mas educ acion ais. das escola' s nos Jorna is sao exem plos de novos mecanismos de prestação de
· · -
·. como· · .. <I·•.1 l)CD F" ' e•oTI MSS
o rn 1s.1, . .c
·
· 111ter nac1o · 1a1s
· na1s,
• seus dado s pnnc1 . .palmente de testes estu-
-
\' llCS esrud anlls contas que freq uente rnen tc o b tem
penh o educ acion al, cssns disci- d .
n P IH LS, da I EA , como métricus de desem anus exter no s pad roniz · a d os e avali·ações de professores. O prob1ema com
· am • >IC
.. () que os..,l J 1111·os. ·'1· ..,,·1 dl•111 ' os' profe ssores
. · · agora d. om111 . . f,
p1111as CSSl'nc1a1s
1 • •· · · · 11·1 c·1·011~ ·
1sprro rrzarn a prestação d e coma s basead a cm testes não é que estudantes pro essore s
· am, as c-sco Jas c111u1
1· ·
r 1za111 e as po 111eas ec
· 11c.1c1 011.11s , " · ' .
ensm e escolas 5 ~ • .
como os mecams-
1 1 1 OCD E· e pes.,1 ,,, 1 ,·s." IS·· "111
~ diver
· sos ' ao respo nsab1 ltzad os' mas ' sim ' com a forma
na maio r parte e o mune o. De acorc o com a
· rnos d professores e o desem-
•·
' s. as po 1111cas ed. ucni:1·onuis· 11ac1m· ia1s d
• ca . a vez , ~
· esrao · 111·1,· s c11clo influc
0
. n- e prest ação de conta s afeta m o trabalho dos 1
pa1se -·
· rp,1 · l111cr1 1eoP 1sa. h
pen o dos cs d antes na escol a. Semp re que a prestação de contas escoar
·
· - s 111tc-n 1.1c1·ona1s· d e csruc1antes , prmc ( tu ar
• s pdas ava l,a\·oe
crada · · 1da-
ac:c:oun,abilitY ) se base1a em teste s padro nizad os de bavco custo e qu
ca do Pisa:
Breakspear (20 12) l'l'SUl llt' a influencia chi políti d
. b 'l'd d . . se torna
e, como é o caso em muit
a se os lugar es, a rcsponsa 1 1 a e puruuva
'd
gunda opçã o quand o a respo nsabi lidad e é subtrai a.

.... 20.J .... . .. . 205 ....


Lições finbndes;1s A vi., ti11l.111dr.._,
······················· ········ ·· ··· ········ ············•··· ····· ··········· ···· ········ ·· ······ ······················...........
... .

_ _educ•..c1·ona 1e. , • avaliaç;1o aponta que o principal obi' ,1• d


A quinta __ __ __observável
tendência ______ mundialmente na reforma !(era1• t 51•1 . e ivo ,1 Corrid·1.10 .
a~º'!.ª ~ a opç__ào/e ~sco/q_._~..§Ço)1liLdos_pais é uma ide.ia_~ e tornou que u1 11 estado considera os professores
e as escol
as responsáveis
,
' • 1opo -
comumente conheada como consequência das teorias econômicas de" . ,,1•1 . d-' los a cstabelet:er as bases para o sucesso _ é , antes de
- - - - - - - - - - - - ---'--'-.:..C.:.C - 1ton ;1111 ,1- . . .. . , . cx1cns1vamcn1c f:1li "
Friedman nos anos 1950._Eriedman e muitos de seus~ípuÍOs e ,•isscssores (
, ire outros cspccial1s1as, Dranc Ravitch 2013 ) b ' 'º •
-- Dcn • , .• . . . . ' . o teve conclusões sc-
- incluindo o Presidente Ronald Reagan - acreditam que os pais devem ter •lhantes sobre esse progr.ima fedcr,11 de reforma. A T· b •I·
me ,. d . . a e ,1 4.1 também
liberdade de escolha quanto à educação de seus filhos, incentivando, por- . ·rr'l como as pol111cas e ucac1ona1s na Finlândia , dcsde os anos g
11us ' . . ,. . 19 0 ,
tanto, a concorrência saudável entre as escolas para que melhor atendam às fo ram quase opostas as sugerrdas pelo HTTT.
diversas necessidades das famílias. Tipicamente, a escolha de escolas se ma- Outros especialistas analisaram os esforços de muda d .
. nça e 11cac1onal
nifesta por meio da emergência de escolas particulares em que os pais pagam mundial. Ben Lev m ( 1998) escreveu sobre uma epidemia de políticas edu-
·. ,:::r
~'
mensalidades pela educação de seus filhos. Atualmente, existem diversos cacionais e analisou a condição na qual as ideias educacionais podem e
não podem ser transportadas para além das fronteiras. ~ v e s - o
, .,
tipos de escolas alternativas às escolas particulares com mensalidades para
aumentar as opções nos mercados educacionais. Escolas financiadas pelo Dennis Shirley ( 2002) descreveram a mudança educacional glob·il ur·1·..
, , 1 1zan- ,,',/ '' ,
\ \
governo nos Estados Unidos; escolas gratuitas na Suécia; academias esco- do·a me1áfora de "vias"_em seu li vro A Quarta Via, sobre O qual voltare~
lares de ensino médio na Inglaterra; e escolas religiosas nos Países Baixos fular l:ºlterw cmentc nestÇ_ cap.[!ylo_,...Mich.a.c~ 2011 UI I ~ o
são exemplos de mecanismos para aumentar as opções dos pais. A ideologia "fawres da muda nça". <:9-mo alavancas da política ou estratégia cducacion,d,
da escolha de escola afirma que os pais devem poder utilizar as economias que 1êm as maiores chances de ca~;tli~a~ n~ça pretendida nos sisrem-:is
públicas reservadas para a educação de seus filhos para escolher as escolas educacwna1s...,, Na corrida para o avanço", escrevei:ullan (201 1, p. 5)--...ft=
- públicas ou particulares - que melhor os atendem. dt•res~1ffincipalmenrc de países que não têm progredido, ten~ ~
Em 2009, o Departamento de Educação dos Es1ados Unidos lançou um õs ~ rraclos;~ is fato res inc l ~;:;;-àç~o de conl:ls (versw proílr.
programa competitivo de recompensas chamado Corrida ao Topo (RTTT s ~ ade individual dos professores ( vmu.r coleguismo), rec-
_ Race to the Top) , que tinha, como objetivo, incentivar e recompensar os nologia (verm.r pcdagogi,1) e estratégias fragmentadas (1,ersw pcnsamcnrn
estados que criassem condições para inovação e reforma. Com se~ orç~- em sistemas). Esses elemencos ineficazes da reforma educacional, que cor-
mento de USS4,35 bilhões, esse programa foi desenvolvido para induzir respondem profundamenre aos aspcccos do GEHM previamente discuridos,
reformas na educação estadual e distrital por meio do desenvolvimento erraram funda mentalmence os alvos ( vicie Figuras 2.5 e 2.1 2 no Capírulo 2) e
dos sistemas de avaliação de professores e diretores que, essencialmente, continuam errando, ele aco rdo com Fullan. Em sua análise de reformas que
se baseavam em medidas de aproveitamento e crescimento estudaniis. E~e abrangem rodo o sistema nos Estados Unidos e na Austrália, ele vai além:
incentiva a concorrência entre estados e distritos, conforme buscam _pra- De for111;1 alb'lllll:t esses objetivos ambiciosos e admir,iveis, quepre1en-
ticas e praticantes mais eficientes. De acordo com a avaliação do lnsur~to dcm a1ingi r o país in1ciro, serão alcançados com;1scs1ra1égiasquccsião
I · ação parceira
de Política da Educação conduzida em 2013 pe a sua orgamz h sendo util izadas. Nenhum sis1cma bem-sucedido j:í foi concluído com
Abordagem mais Sólida: Abrangente à Educação [Broader,B~l~er A,::::_ l;iis fatores motiv;iclorcs. Eles niio podem gerar, t·m larga escala, 0 iipo
to Education] as políticas do RTTT não atingiram seus ob1~11vfos . d·1s de energia 11101ivacional in1rínsec;1que será ncccss,iriapara irans~m~m
' l 'd ·ncipa1s atores ..' tais sis1cmus massivos. As ;1spiraçôcs amcric;mas e ausiralianas sao oll·
lhoria dos professores e fracassou em I ar com os pn · . ·.1P··,ri irdc umponw
, d' bl mas do RTTT ong1- ·
1no,, 0 b'JCllvos, mas se dcsmoronumqu;rnc1o visias
diferenças de oportunidades. Alem isso, os pro e - . 'bi- de vista de es1ra1é~ias ou alavanca ck mudanças. (íullan, zo, i, P· 7)
. . d . . çao que 1111
naram conflitos entre estado-distrito e sindicato-a mm1s_rra "d fo rma
. - (We1ss,· 20 13, p· 8) conclui que, e
ram O progresso. A avaJ1açao

.. .. 206 , ... . ... 207 . ...


Lições finlandesas
···· ···················· ········ ····· ·· ·· ·········· ·· ·········· ··· ··········· ·········
p
A via finlandesa
·· ······ ······ ········ ······ ········· · · ·· · •· ·• · ·
- z
Movimento global da reforma educacion 1
Nenhum ~o~n~o2~º--.GEJ~M apJ_esen~ados na Tabela 4. 1 foi ado- fa be Ia 4 · 1 · , a em
cornp ração com o modelo 6nlandes de mudança .
ed ucac1ona
tado na""Finfanctia da forma como foi adotado nas polític_as educacionais de ª 1
muitos outros países. Isso, obviamente, não implica que não haja pacf;oniza- Movimento GlobaJ da
çào educacional, aprendizado das habilidades básicas ou prest~ç~ - - O Modelo Finlandês
Reforma EducaciooaJ (GERM)
nas escolas finlandesas, nem sugere que haja uma distinção clara entre cada -Conco"incia entre as escolas Colahoraçào tntrt C1S t.sro/a.s
um desses elementos na Finlândia em comparação com oufros1Yat~o A ideia básica é que a concorrência A ideia básica é que educir as pessoos é um
(unciona como mecanismo de mercado processo colaborativo e que coopcraç:io, rnl,
entanto, talvez implique que um bom sistema educacion;l possa ser criado
ue evenrualmenre aumentará a qualidade, de conraros e companilhamenro de ideias
utilizando políticas alternativas que sejam o oposto daquelas comumente ; produtividade e a eficiência do serviço. en tre as escolas evenrualmenre aumenrado
encontradas e promovidas em mercados globais de política educacional. Quando as escolas públicas competem por a qualidade da educaçãn Quando as escolas
marrículas com escolas financiadas pelo cooperam entre si, ajudam umas às ourru t
O G ERM teve consequências importantes no trabalho dos professores e governo, escolas graruiras, independentes e ajudam os professores a crfarem uma culrura
na aprendizagem dos estudantes nas escolas onde foi utilizado como prin- particulares, evenrualmenre melhorarão o de cooperação em suas salas de aula.
cipal fator da mudança (Sahlberg, na imprensa). O impacto mais notável ensino e a aprendizagem.

é a padronização dos processos educacionais e pedagógicos. Padrões de Apruulqagtm padronqada Aprt ndiragtm ptnonaliiaJa
Esrabelccimenro de meras de desempenho Estabelecimento de uma esrrurura nacional
desempenho estabelecidos por autoridades e consultores educacionais foram claras, elevadas e prescritas centralmente clara, porém flexível, par., o planejamenro
trazidos para as vidas de professores e estudantes sem uma compreensão para rodas as escolas, professores e curricular nas escolas. lncenci\·o de
total de que a maior parte do que os alunos precisam aprender na escola não esrudantes para melhorar a qualidade e a soluções individuais nas escolas para os
equidade de resultados. Isso leva ao ensino objetivos nacionais a fim de enconrnr as
pode ser formulada como um padrão claro. Novas formas de avaliações e padronizado por meio de um currículo mell1ores formas de criar oponunidades de
testes estudantis alinhadas a esses padrões são geralmente decepcionantes desenvolvido externamente para garantir aprendizagem personalizada par., rodos.
a coerência e os critérios comuns de Ucilização de planos de aprendizagem
e até levam novos problemas às escolas. Entretanto, devido à agenda de mensuração e dados. individualizados para aqueles com
padronização prometer ganhos significativos na eficiência e na qualidade necessidades esp,ciais de educaç:io.
da educação, ela foi amplamente aceita como ideologia básica de mudança, Foco tm Útramenro e Nunuramenro Foco na cn"ança como um todo
tanto política corno profissionalmente. . Conhecirnenro e habilidades básicas em O ensino e a aprendizagem focam na
Lt-irura~ Escrita, M aremárica e Ciências aprendizagem profunda e ampla. dando
As vozes dos praticantes raramente são ouvidas nas políticas educacio-
Naturais servem como alvos primários 0 mesmo valor para rodos os JS!X"'°' do
nais e nos trabalhos de reformulação. A literatura sobre a mudança edu- da reforma educacional. Normalmente crescimento da personalidade. do c:ir.i1cr moral,
o rem d • .. ' da criatividade, do conhecimen•o. da éric:i •_das
cacional é primariamente um discurso técnico criado por acadêm'.cos ou po • lnScruçao dessas disciplinas
au~_enra à CUSra de outras (tais como anes e habilidades de um individuo. A me1:1 do ensino
consultores de mudanças. Por isso, dedico um espaço especial aqui ª uma mus,ci). é encontrar o ralenro de cada esrudanie.
, . I , · )mente rele-
prática da melhoria escolar da Escoc1a. Este exemp o e espec1a _ p,,,,aç. d
ao 'contas (accounrabiliry) Ruporual,ilidadt bastada na ronf ""í"
- d d
vante porque a Escócia atuaImente esta se recuperan o e u
ma infecçao ,um
Óa.s,
ie um• rulrura de
ada em lt!SUs Desenvolver graduaimen .
, ai O . comas inclu1am res onsabilidade e confiança dcnITO do_,.,.,m,
tanto séria por GERM que ocorreu h a guns anos. s sm O desempenho d
esruc1an . ª esco1a e o aproveitamento P 1 . rofissionalismo
. . I , 1 s rígt'dos, men- nl e.ida vez rna10r
Jju,,,.,1

- •mumamente
· estao educacional que va onze O P d
planej amentos que beneficiam os cargos mais a tos, cumcu O _ """os aos p ·uJ"'men10 o
do professor e do di reior nO .,- . ·onu
. . . . - . d.1ata e prestaçao ins • roc:essos de promoção, '
surações fixas por me10 de aud1tonas, mspeçao externa 1me Jl'çào e, por fi que é melhor par2 os esrudonres. Drr:,es ern
e pro~ m, recompensa de escolas
<ssores.o . . tscolas t aos tsnl
de contas julgada externamente. • a •erb d pagamento dos professores recursos e apoio as rr.is. J\,·ali>ÇÕ<"
pontuar: as d escolas são determinados por risco de repetir ou ficar para . ·- • ~
. esquislS rernao~ ·
,..o os esrud escolares amostrais e p . 1 d ..,.,_
'"'1ÇÕes f antes em testes. As
ou O fechrequcnremenre incluem a demissão uriliudas para informar os l'!l'' J o •
d •menro d •
1 Avaliações
ados esrud . a escoa. e
Jl.lra info anr,s censicários são utilizados
•mar os legisladores.

.. .. 208 .... .. .. 209


A via finlandc,a
····· ·· ·· ·· ·· ·· ·· ·· ·· ·· ····· ····· ··

·ntensas para melhorar a qualidade, a equidade e a cfi,-~,.1-. d· d •

J
ze S J . . . '""" a a e u.ca.çao.
O ~t odelo Fmlandês • como coroar o aprendizado uma pnondade buscar altc) a . '
• • - EEdlilll'!:lmaelll lCEfill) 1 E.,,.,.,,.:~,..__,,< d.r re.ri.:..l:..::..:loJ
1a1 5
Para iodas os estudantes
.
' · prove11amenw
e tornar a avaliação uma parte integral d
0 processr;
1\ ,c"---""";:,í:sí=i, e il&.c -p os ? o:,sd,-ve::i _._ premissa básica é a d e que tocbs as de ensino e aprendizagem. No entanro, ela rambém leva à privatização de
-:!:: 3':,~.a:t'!' ~ 5::.:'l~e: a ~::ação crian12s d,-, -em 1er prospecms iguais de escolas públicas. O G ER M presume que padrões externos de desempenho,
("'_ê ~~~ ::i::J~ ü:' ~ ~ e,, ~ Cf.li" ncn-s.o e-du.::acional m 1 f'SO.'>la. Vism qur
Z)::.-L_-;:ô 1l ,li=ro::rn::-b.::Íl!. SE.!JOZ'\~ e::::!'t' z:.c. a aprernii=..ag.-ec::i na escob f J.m plamt"nte
que descrevem o que os professores devem lecionar e o que os estu.dantes
~.2$ ?1=J! ~ ==l ê']" ~~ l!:5 .:Jecess:irl.»rlt"!- in.·he:::iciada pdJ base famili ar das crianç,,s devem fazer e a prender levam a uma melhor aprendizagem para todos. A<>
ÓJ:!- :::i'\"""i-.2~ ~=r~..b.-=::~ ~ ?1:l~ ':l~ ,. ;x-kts famres Jsse>ciados. J equidJde de
focalizar o básico e definir metas de aprendizagem explícitas para os estudan-
; ,: ~ ~ il~ t".:D:'10=::'ras p-:i:::üczs ~.llrados re-quer que- as t"S('0l a.s sejam
~~ ?r::-ii l. fd:l:::aç:tt> d" S!'r.!~ :5:!ios ii.:::rdada~ àt> :irordo rorn suas n~S1dJdes tes e professores, tais padrõ es colocam uma grande énfase no domínio das
?°"az' ~ ~ ~ 5":'.:'~ - ? ~~CilS C'f :l reais de lidar rom =
iniquidades. A esrolha principais habilidades de leitura, escrita e letramento matemáti co e cienúiico.
Ã-.-::C:1~:- - --:r.1~ =i!C:ltr t"-!- .r..o:le:::::i.. da =la geral mente 1,-,-a :i ~ g:,ção que
a~en:2 a :!liquidarlt" de- resulodos.. A formação sistemática dos professores e a inspeção externa ~~o elementos
essenciais dessa abordagem.

M:::i,c,s ~
se,, p roblemas agora estão desaparecendo gradualmente e Existe alguma evidência de como o GEHM afewu a aprendizagem dos
6'--'"C:.O ~ 2 um o.Li-ric:uJo e políti cas d e aYal.iação mais inteligemes. Niall estudantes? Evidências são apresenradas nas Figuras 2. 5 e 2. 12, qu e mostram
:Mzc~-:..--m:i : ~=- j j ). q'..lt' ]ecic,na na Escola Primária Plockton (anos iniciais como alguns dos sistemas educacionais infectados pelo GERM se desempe-
d_.~ ~ r a l . no Brasil]. faz um apelo rom inceme pelas "questões nharam desde o Pisa de 2000. Nenhum dos países que se uniram ao GEP.M
-E' ~ r · s :'Ov.!is rr-a realização da p rática den tro d as estruturas nacionais (ou foram infectados por ele) - Estados Unidos Reino Unido Canadá..
' ' ,
---,:,~ L ~:_es ê e políécas e p ráricas ~. Ele v ai di re ro ao ponto de como Au strália, Nova Zelândi a, Países Baixos o u Suécia - foi capaz de melhorar
,:; G .::3.M :c'-e:::a o s vrofes;,o res e as escolas: ª aprendizagem dos estudantes, conforme mostrado nos resul tados dessa
pesquisa internacional.
~::!' = ~-igo prãrico real que. sem uma compreensão das bases r:i-
. Em 2º 12 , a OCDE (2013d), quando coletou os dados desseesrudo de6í
ci<;C2.l t> :ró:-ica do clesell\-oh-imemo escolar. os pra ric:imes podem ser s1s1emas ed . .
~~E~dc•5 ?'~r 21Jtli:-o:-es quan10 a diferentes prõ,mções subj acent es 3 ~
5 ucac1ona1s, determinou o seguinte:
- ..n; :;:úruiim ec:::i:nh05 d:>desenvolúmenro. e os esq uem3S d e a, -aliaç.ao • Desci e O m1c10
· · · dos anos 1980, as reformas em muitos países ofereceram
-.::::::;-,~ .s ?3SSl!..-::J a ser z,plicad os como uma máscara ou fach3da. d3lldo aos pais e a os esru d anres mais
. opçcies de escola (p. 14 ) .
= ?.:Jlr bria pst"".roocien!ÍÔC3 aos jul gamentos críticos im posw s que
Entre 200 3 e 2012, houve uma clara tendência das escolas em utilizar
aw ~ dO =i.a:cia "1~ clt- ei..7ressões de diferent es opiniões e model os de av r -
a taçoes estudantis para comparar o desempenho da escola com 0
e :br:ação._ Po.r r.:160 ,d o mecanismo de inspeção. uma di k rença de pon-
' - . _, d .. d .
--o ~·~,Siaccmce:.ru2.i_q-,.1epo enam uzi r o
d eb
at~~
o d,·.;10<'0 sobre a
--"· · e · ·ul- • Em 'd1•
º
desernpenl1 d 1str1tal
' . ou nac10nal
. e com outras esco l·as ( P· 119) ·
. .
:,:-".«nwL f ~" ,.~- ad~ =
rela.roes c,;ricas e di ferenc111 s de poder de 1 rne ª,nos países da OCDE com dados comparaveis de 200 3 ª
"'
=--=i:o.. t ·
-
= "
-..1são s,.:pl2--n:a a ourra_ C o mand o e conrrole subsi,iud
d 30 ~
: · em
:i.012 osestu d
' antes em 2012 tinham 20% mais prob
ab 11
'l'd d d0 queos
ªe
"=.1_:::,z2id-dàe. o cfilpg-o e a e.x:ploraf:<O conceirual. ,; ncub os estudantes d , 2 d f . ou avaliações
d e 003 e reque ntar escolas em que 1esres
St-.:r,-or,::,::,=u prárico.-Qu= sofre são aqude, que ino , -am e 3 presen- 0 apro . · · rrabalho
d veuame1110 estudantil são utilizados para monu orar u
~ .ao,-:a~ l:le.ias.. (p. ax )
os professores (p. 160).
:e-'"',
O,(_- c.c,.M . l . d ,- e con-
'?-=JilO!l :c,opula.ndade mundial em m eio aos eg1s1a o ro MU11os
· paíse fi reender como os
_•- , = · , _. . _ _ , nd:inien- llleca • s izcram seus 1Jróprios estud os para comp . •.
5 - - _ , :í= :::,::..e ~ oorque enfanza algumas no, -as o nentaçoe~ 1u . ntsmos l . . . . educac,ona1s.
\'' ihor O 5
· e llle rcado afetam a qualidade de seus si iemas . ra-
- --::.:.- -:-r-.: • ·~ ~ dirrtf1•
- > :"''--~ ~ 0enLIL2cg<':n e a aGm1rusrraçao educac1on aL Ele sugere
41 · • . , • • ..... _ • •.
g (:i.010) . ma de esculas g
eSiudou o impacto de 20 anos do si5te

--·· 2 10 .. ..
. ... 211 . ...
a e
Liçi,e,i Ílnlandc~, A via finlandesa
···•··· ··· ····· ·· ··· ··· ······························· ... ... ..... · ··· · ··•·· · •· .. , ...... .·· ·· ······ •··· ······ ····· ··· ··· ··· .. .... . ... ····· . ..... .

b P ). A equidade de resultados na educaçã . ·e.


tuitas (escolas particulares financiadas pel o go verno) na Suécia e obteve a zo' 3 , . 27 o s1gni11ca que o Sta
seguinte conclusão : . econômico dos estudantes pouco impacta O quão b tus
socJO . , em eIes aprendem
ola. A eqmdade e alta na agenda em todos os siste
O experimento su eco (utilizand o fo rnecedores paniculares com fi ns na esc . , mas escolares bem-
edidos. Um foco na eqmdade da alta prioridade a prog .
lucrativos) se mostrou ca ro e, de forma geral , não levou a ganhos de -SUC ' . . , ramas universais
serviços de saude e educação especial ab
aprcndii.agcm significativos. Ao mesmo tempo, as reform as suecas, em- do início da infancia,
, .. rangentes nas
bo ra cm pequ ena escala, parecem ter aumentado a iniquidade, mesmo esc olas e um curnculo eqmlibrado em que artes música e esport d
' eseesru os
n,, contex to deste sis tema muito equitati vo. (p. 19) acadêmicos' têm o mesmo peso. A alocação justa de recursos também é im-
partante para a equidade. O Pis~ de 20_, 2 (OCDE, 2013b, p. 93 ) mostra que
O Instituto Grattan , na Aus trália, examinou co rno o s mecanis mos de
a alocação justa de recursos esta relacwnada ao sucesso de todo O sistema
mercado, principalmente concorrência, escolha e auton o mia das escolas
' escolar: alto desempenho estudantil tende a ser ligado a uma alocação de
impactam o desempenho das escolas. A conclusão foi que se basear em mer-
recursos mais equitativa entre escolas favorecidas e desfavorecidas.
cados não é a melh o r forma d e melho rar a aprendizag em d os estudantes. O
A terceira descoberta é gu~_a..escolha..e.a.concorrência entre escolas não
relatóri o afirm o u que
au~~arn o desemp~nh.9 de sistemas educacionais (õ~ ~
[A )o aum enta r a concorréncia, as políticas governamentais aumentaram Nos países da OCDE, a escolha e a concorrência entre as escolas estão rela-
a efici éncí a de muitos setores da economi a. l's o entanto, a educação es- cionadas a níveis mais altos de segregação no sistema educacional. Isso, por
colar não é um deles. (Jensen, Wei dmann e Farmer, 20 13 )
sua vez, pode ter consequências adversas para a equidade nas oportunidades
O s dad os d o Pi sa sugerem qu e as noções por trás do GERM estão cor- e resultados de aprendizagem. De fato, os sistemas educacionais bem-su-
retas? Há rrés achad os distint os do Pisa 20 12 que vale a pena o bservar a fim cedidos se saem melhor do que aqueles que têm maior escolha de escolas.
de analis ar co m o os elementos d o G ERM estão associados a reformas bem- Todos os sistemas escolares bem-sucedidos têm um forte compromeámento
-sucedidas n o mund o tod o. em manter controle sobre suas escolas públicas e locais. Os dados do Pisa -.::
A primeira descoberta é que os sistemas educacio nais que dão------,.__
âs escolas de 2 0 12 mostram que a prevalência das escolas financiadas pelo governo e 3 ...
auton o mia sobre seu currículo e avaliações escolares. geralmente tem me- das gratuitas, e a concorrência relativa por estudantes, não têm uma relação .:
lhor desempenho e m co mparaçãu com escolas que não tém a ~ ma auro- perceptível com a melhoria da aprendizagem estudantil. ~-
nomia (OCDE , 20 13d, p. p ). Isso contradiz a premissa básica do GTR~I, ~ Tabela4--1 s ugere-que-cnnarrefo--fintttfl~muda11~~ é -~ :!-
que presume que padrões de ens ino estabelecidos externamente e restes radicalmente diferente do modelo do GERM. Uma caracterísáca , · do ~-
padronizados alinhad os são pré-co ndições para o sucesso. O Pisa mostra
ensino e da - a--- ___ ,.....,., . , l
apre n 1zagem na r m1and1a e a a ta con ança no
s professores

que o sucesso é frequentemente associado à auton o mia profissio nal e à cul- ~~º
e nos direiores-- no que--tange-a-cumculo. avaha~çaoo,, oorrggii!aru23w.a'J"çavo - ::,:::.-
t avali;rc:ã'ã ' _ s
tura colabo rativa balanceadas n as escolas. E vidéncias também apontam que e ç O O trabalh-ocla escola. Outra caractensuca .
<;istemas de educação co m alro d esempenho estimulam seus professores no SColas ince . · . _.- · · ,,.r novas ~
ntrvãm professores e esrudantes a expenmen~ _
e ah ordao-e -- _ -- -- - - e;:- loca' cra □ vo..t
estabelecírnenro de suas próprias metas de ensino e aprendizagem, ao cnar Ífi5 ___ _,:,.:_ ns - em outras E_aíavras a- ro mar-a-eseei,r u~
p1rador · - . ' . olas rem como
ambientes de aprendizagem produti vos e desen volver múltiplos modos de ob· . _ para ensinar e aprender. Ainda ~ -
Jet1vo cul ·- ~- - - _::;; ~ neita os lega~ o,
avaliação estudantil para apniar a aprendizagem e o aprim o ramento das es- ped , . trvar a renovação ao mesm9 tel!lpo~ ~ roo
co las da melho r forma possível. ~ agogicos d -- · ~·º " Pnsino e a organ~
eseo,,.._ _ __ as escolas. Isso não significa ~ s Jo. o
A segunda descoberta. é que a alta 1m:dia de n_; ultaâos·de-aprenmzageTTI e ~, t.raâi- -- . - - - --- - . dade e o ºr-=-
que • - ~l.Qfla1s_ nãõ existam na Finlândia; n~ v::-,~ desas são o
a equidade do sistema todo são frequ cnr ernent.e intcr-r~laciq nad ~ ~S DE- trnporra , - - -- --- - . nais finlan
e que, atualmente, as políticas educaoo

. .. . 212 ... .
. ... 213 ... .
a 11111111
Lições finl andesas ,\ vin finlnndesn
········ ·· ··· ···· ··· ··· ··· · ········ ···· ············ ····· ···· ·· ···· ·· ···· ·· ······ ···· · ···· ········· ······ ·· ··········· ·· ····· ..... .... .. ........... ..... ...

resultado de três décadas de desenvolvimento sistemático e princ 1·p· 1 UMA ECONOMTA DE INOVAÇÃO
. . . a mente
10tenc10nal que criou uma cultura de diversidade confiança e res pe110 ·
' na
sociedade em geral e no sistema educacional em particular. A1,rincipal tran sfor maçfo econàmica e a necessidade d . .
'f'd · d . , . esotis11cadosco.
Eu chamei essa abordagem alternativa ao Movimento Global da Reforma ecimentos e habr 1 .i es em rndustrras de aft-a recnolo . r
n11 . -· , . . gia 01t'l't'Ceram 30
Educacional de A Via Finlandesa. Uma tentativa semelhante no desenvolvi- ··srema educacional da 1· mland1a oporrun,dades tinicas •
de re .
novaçao radical
s1
mento de uma socieclãêl~mação e de um sistema econômico é cha- ,lo s anos , 990. 1sso ocorreu ao mesmo tempo em que se d•·d ts obr:ivam rn•s.
mada de O modelo finlandês (Castells e Himanen, 2002; Dahlman, Rouui e importantes processos econômicos e políricos: a queda da União Soi~érica
Yla-Anttila, 2006). O que distingue a Finlândia da maior parte dos outros (, 989 _ 1991), uma recessão econômica profunda e severa desencadeada por
países é o nível comprovado ~e desemp_enl_l.9 _çlo ~istema educacional_q!!L uma crise bancária finlandesa ( 1990 - 1993) e a inregraçào à União Europeja
ocorreu simul~mente nos resultados ~rendi~ge~ e~de (, 99 2 - 1995). Cada uma dessas mudanças influenciou o seror educacional
na edu-caç~o. São essas as aplicações da próxima geração da Terceira Via, finlandês direta ou indiretamente. Em meados dos anos 1990, um claro con-
ou ce~trismo radical, que ficou conhecida nos anos 1990 pelas lideranças de senso finlandês surgiu de que as tecnologias de comunicação móvel evenru-
Tony Blair, Bill Clinton e Gerhard Schroder. Na educação, a Via Finlandesa
parece ter inspirado profundamente a Quarta via (2009):
almcntc abrigariam a transformação para uma c;conomi:r do conhecimenro
--
e que esse era, talvez, o melhor jeito de sair da crise econômica e entrar no
coração da potência europeia (Halme et ai., io14). Também St' 1101011 qut' a
-
A quarta via é uma forma de inspiração e inovação, de responsabilid:1-
economia do conhecimento não se traia apenas de preparar capital hun1Jno
de e sustentabilidade. A quarta via ~ão estimula a reforma ri~tc
por meio dos Ei:QÍessores, não os utiliza como pontos f i n ã ~ a para que tenha melhores habilidades e conhecimenlO; também se irara de
das p~~ governamentais ou _".-;:;ga _s~ ~otivação ~ rer consumidores altamente instruídos e críticos, capazes de se beneficiar
in~-
de mudança definido Eelas
_ _ . . : . . . . -- - --agendas políticas- de-- curto prazo e de produtos tecnológicos inovadores em mercados que requerem maior
se; especiais~ <_>S qual,; são fre_9!lCnt~mC!!_IC al~s. (Hargrcavcs lcrramento tecnológico.

-
e Snirley, ;:;;09, p. 71)

A Via Finlandesa é um caminho profissional e democrático para a me-


Jh-o riaqu~e a partir ~a base, é c~nd~zÍd-o-pefo_t_op_o_ e õJCr~ e
- No início de 1993, a Finlândia se encontrava na pior n.wssào económi-
ca desde os anos 1930. O desemprego escava cheg-Jndo :i ia%. 0 ,·olunw do
Produco Interno Bruto havia caído , 3%, o setor bancário e5r.iv:i desmoni-
~ªnd0 eª dívida pública escava ahíssima. O governo comand:ido pdo n_üi·o,.
pressão pel~ Jad~~ "P~ m:i~s de profes~ res__9u~ificados co~.~o; · . . ·. nac' •i ,na/ ddürlllJ.
Jovem
. jlr'1me1ro-mrn1stro Esko Aho respondeu a essa cme
e c-apazes de criar en~!!9 e~rendizag~m_EIQ!iind~s_e amplo:_~~
-- - --. . " 1 d I comunrdacles inesperada 1) . . . . r I· 11 • di n.-ciun:ido,, :i
.
Hargreaves e Sh1rley descrevem a Quarta v~~ ~a ___:senvo ve - ~ z . · nme1 ro..Qli..ID.vesttmcntas...1..o.ram. . . i l l ] ~
rnovaçào , - , . . d d·.. ·011ai., A esrr:11,~
profissionais potentes, responsávei~e ~ g9r~ s~ em uma profis ~ , .. e nao a promoção de diversas a1~ ',J ·
---- - -- - . . 'd 1· • "(Hargreavcs gra de sob · , . . • - d · d1ís1rias conwn-
rriàisautorregulamentada, mas não 111d1v1 ua 1sta ou ego~ , . rev1venc1a tirou o foco da diversrftcaçao as 111 •
1
. 1 . • • rnunic:11·fa move.
7 1
nJ andesa, os professã"res des~
e-Shirley,wo:.._9_,-p-.-1-0-7')-. N;--a~ V"1-a' F"'i"::""
c1onais e d·
. . ª ma d eira e o levou para a alta cecno ogia eco .1
. ~------'-- .- .- - - - -.-lh - r:: il. d·;-meJfiorau;._QUI I.: Ela IIH rod . · •. . . , · ividade <' :icderou ·
buscamâltQs padrões e ob_1eu~os~ o~p~rt1 a_<:1os, a em _e - - - ~ . de . . uzru uma nova polrtica nacional de compcur . . .- d,·
-- - . ~ fi · . 1e das redes Pr1va11za i'10 d , , . . . . . . ., .rou 3 hbaahZJí•10
nuamente su~es.cnlaJ;_p_or~e!9.9~ col~oraçao pro sswna , ç e empresas e agencias publicas e ,te< 1e . . 1 • i-
lllercados r . . . F idi't A pnn,·1P3 ,up<
contato, a partir de evidências e literatura da área. si , · isc,us e propriedade estrangeira na Ftn ·11 • • • 1ibor.11j,,
ç,io era d . . .. • . • ., ri v:1dü eª~ · ~
rc . e (]Ue a factlttaçao da rnovaçao no ~cwr P . i >n'' .1u1-
Ciproc•1e11 . • d • seriam sup<'r' :.. 11
rcrv ' tr_s os perso nagens públicos e ~ • .• 1111 ,iis .unp ·
cnç,1o tr· 1· · · - . . .-, •m un1.LJN1 1111~
<1c tcronal direta e ao 1nws1JU1C1 11 o-,;

.... 214 ....


.. · · l i 5 ... .
Lições finlandesas A via finlandesa
·· ··· ··· ······· ··· ·· ··· ···· ···· ······ ··· ···· ·· ···· ······· ·· ········ ··· ·········· ······ ···· ··· ········· ··•······ ·············· ·· ·····

de pesquisa e desenvolvimento. Superar a crise era principalmente 0 swra Enso na fabricação de papel. Diversas univ "d
_ -- resul- e da . , . ers1 ades fin] d
tãdo da grande concentração na indústria das telecomunicações e d . m muito ligadas a pesquisa e ao desenvolviment d an esas
. . . . , o apoio estava , . . . _ o essas empresas 0
da Nokia Corporatton em especifico. A Nokia deu origem a uma ind'ustna . r as agencias governamentais de movaçao facilita . · e
,ato, . ., 1 , ram a inovação como
eletrônica totalmente nova na Finlândia, que foi parte essencial da su terceiro elemento no tnangu o finlandes do conheci .
um . mento e da mova-
' . b em-suced"d
- econom1ca d · \' d pera- .0 Economistas finland~ses que endossaram a importân • d . •
çao I a a Fm an ia nos anos 1990. ça . .- - - ___,___ eia a movacao
Segund_o, o acúmulo e o desenvolvimento de conhecimento se tornaram ~ducação
_ na política nacional de_ desenvolvimento
__ .
tamb,em uveram ~
umae
da ~

a p~ncipal~ aràcteríst1c:a~a-revirav0ta f>ªr'.1 tirar a Fi~lâ~dia d~-depressão. ~ ç importante. A educaç_ao era vista COllTtrnm,sídad- ''=~-
função _ - - - -- e e mveshmenro
Sem muitos recursos naturais para utilizar, os principais determin~ntes da otencial_ não__apenas como um gasto _ - _para aju~ esenvolvereadotar
P
Finlândia para estratégias de crescimento se tornaram o conhecimento e a ~ais in; va5~es por toda a ec?~ia. Um povÕãliãmemeedrrcmkíécerrã=-
internacionalização ativa de sua economia e educação. Em 1998, o Fórum menié "insubstituível para a implementação e novas tecnologias nacionais
Econômico Mundial (FEM) classificou a Finlândia em 15º lugar em seu ín- e internactonais" (Asplund' e-Nfâlirant~, 2oõ6--;-p:--zllh+.- - - -- -
dice global de competitividade econômica. Em 2001, a Finlândia chegou à A soci~d~nformaçã~ eco;omi~ imento foram fatores
primeira posição nessa classificação influente que abrange mais de 130 eco- contextuais importantes para a mudança educacional na Finlândia desde os
nomias mundiais (Alquézar Sabadie e Johansen, 2010; Sahlberg, 2006a). O anos 1970. O setor econômico na Finlândia esperava que o sistema educacio-
gasto bruto em pesquisa e desenvolvimento, comumente utilizado como ín- nal fornecesse jovens habilidosos e criativos que tivessem as competências
dice de competitividade em economias baseadas em conhecimento, cresceu que as empresas precisavam para lidar com ambientes econômicos e tecnoló-
de 2% em 1991 para 3,5% em 2003, e para 3,9% em 2010, ao mesmo tempo gicos que mudam rapidamente. Em seu desejo por elevar os padrões de co-
em que a média da OCDE estava flutuando entre 2 e 2,3% (Statistics Finland, nhecimento e habilidades, os empregadores finlandeses, por exemplo, foram
n.d.b). O número de trabalhadores da economia do conhecimento na força relutantes em defender uma especialização mais definida e seleção precoce
de trabalho finlandesa também aumentou de forma significativa. O tot<!_l da em escolas, diferentemente de muitos outros países à época. Ao passo que
força de trabalho em _pe~isa e desenvolvimento em 1991 era~ ~ente ª indústria finlandesa ativamente promovia o melhor aprendizado de mate-
õ iiiesi'no da m-éilia da OCDE na época - pouco mais de cinco a cada 1.000 mática, ciências e tecnologia, ela também apoiava formas mais inovadoras
trabalhadores. Em.2003,_ esse número havia subido pa~2~ c a ~, de parcerias entre escolas e a indústria como parte do currículo formal. A
quase três vezes mais do que a média simultânea da OCDE. rápida emergência de empresas geradas pela inovação em meados dos anos
A transformação da economia finlandesa em uma economia do conhe- ' 99° introduziu projetos criativos de resolução de problemas, projetos in-
cimento é descrita como "m~morável, não apenas por conta de suas difi- terdisciplinares e métodos de ensino inovadores nas escolas'. Algumas das
culdades econômicas anteriores ... [mas porque] é interessante ver que um_a ~rincipais empresas finlandesas lembraram os legisladores de educação da
15 •mponânc · · e abertos a no-
· d e manter o ensino e a aprendizagem cnauvos
economia do conhecimento pode se desenvolver com sucesso em um P_ ª . 13

.e• . " (Dahl man, R outti e Yla-Antnla, vas ideias - fi , d - determinados


pequeno e comparavelmente pemenco , e nao xa-los em prestação de contas e pa roes pre
0
P rmeio d e testes nacionais.
2006, p. 4). A confiança e um maior investimento em inovação resul~ram
,· d · · a·or conhec1men- A. entrad . d safio e uma mu-
e
em po1incas e ucaaomus nos anos 1990 que 10cavam em m 1 d ª na União Europeia em 1995 marcou um e
to e melhores habilidades, além de criatividade e resolução de problemas. O ;nça rnentais para e na Finlândia. A União Soviética desaparecera a~den;
e , . ., . 1 . rih ·u notavelmente ªfi guns anos antes, um evento que impulsionou a consorIdação da idena 3 _e_
grand e ,oco em matemanca, c1enc1as e tecno ogia cont UI , l
nIandesa o idenral. O proce>
para o crescimento da Nokia como líder mundial em comunicação move ' como membro de pleno direito da Europa c

... . 216 .. .. .. .. 217 .. ..


1.1,,í'ro !11,l,,1111,·•·•• A ví• li,1lamJr10
,, , ,,, .,,,,, , .. , ,.,, , ,,, ....... , , ,,, ,,,, ............,, . , ......., , ,,,, , .,,., ... , ..... . ··········· ···························• .. .......... .................. ,, .... , ....... ..
,

so cll' adrsiíc, pura s(• 1ornar 11m E,11ad,,- n1cmbro da U11ii'l r, Eurr,pci:, foi,~,, .,,rou uma c v()lução pcrí6dica, ou 8Cja, a natureza da mud-ança.. ed uca-
mo ,
impor111111<· q11an10 s1111 i111roduçi'1 11 dc(í11i1iva cm 199~. Quundn umu nr,va : nal mudou durante cs'ia'i cp()cali. O que é importante
CI" .
. r
nn,-Q, r, oom,irme
idc111icl11dl· fi11lanclc,m ,.uq.(i11 d11ran1 e OH ;111,,ri de adcn11o /11Jni11o E11r1,peia, n, m,n rr.idn n:i Tabela 4.2, é que'>'> anos 1990 marcam um dívio/.!r de água~
íi11lund1·sl·s foram me 11 ivad1n1a ~aran1ir que clcu mcHmon e HllaHinli1i111iç?ic1, ímp1Jrtan rc na lii'it6ria que distingue doi'l período,; na educ;içã11 finlande1 a.
incluindo l'Scolas, es1ivc;s1wm 1111 memnn nível dn11 <1111ro11 paÍhCH c11mpcu~. 0 pcrínd1J anterior a 1990 foi caract.erfaado pela críaçã() de Ín!iríwiçlic-,, e
Na verdade, a mf, rep11ra~'.l10 ern Ma1cm(11ic;1 e C ií·ncia11 nau cHcnl;iHfinhin- cHrrutura11 para um sistema educaci1Jnal ba!ieado no bem-estar. o5 an,16 ,;e.
clcsns cm e1,mp11ra~·iío cuni o re11wn1e da Europa ne m anoH1970 e 19lln mnri- g1Jín1es a , 990 HC preocuparam mais com int.eres~.,, ideia!i e ín<ivaç?>t1 que
vnu II melhoria cio desempenho educacional finlandéH aré 1J nível europeu. formaram o 11ío.; 1cma cducacírinal c11mo parr.e integral de um sistema o;,-x:íal,
Embora a cd111.:uçilo 11:'lo cs1eja incluída nos rcqucrímcnrr,Hform:,ili r,u na\ cconnmico e político cnmplexo. Parte do suce,;'lo da Via Finlande-;a surge
pnli1íc11s com,ms de exigência para í111rc,duç1lo ã Uníãn Europeí;i, u prnccs'ili da capacidade de criar um equilíbrio ponrual emre C'>'><.>s dfJí!i período, de
de aclcsiín, por sua vez, leve um ímpac1111an1f vcl pm i1ív,, nr, for1alecímcn- mudanç.i cducacíon.il.
1,, das ins1i111içc1cs públicas, i11cl1d11d,, o 11iH1ema de educaç1l11 da Finlândia, Dni~ procc~o.;os simultáncoo.; tiveram um papel importante no dc<,envol-
princip:dme111c cm meio à pi<,r rccesGilo cconí)mica dc11cri1a anteríormcn- vimento do 11i-.1ema educacional da Finlándia desde 1970. Por um l:wo, uma
le 11cs1c capí111I,,. Adicionalmente,"" cd11cuclore•-1 (inlande11c~ Hc 1nrnararn maior intcraçil,-, entre divcrsa5 pl)Jílicas do setor público fortaleceu a coerén-
cada vc:r. mai11 <.: ic111cs du11 ,líver"º " l'iistema'I cduc;1ci<.111ai11 finlandcHCij, h 'ill cía da~reforma~ cconbmicas e sociais e, c1Jm i5S<>, criou crmdições parao que
<.:cr1am1:n1c 1:s1i11111lrn1 a reforma cd11c;u;iunal cm and,1mcn11, e a ;idoçno 2c l largreaves e Fínk ( 200(,) ch.imam de" liderança su51en1.ávcl" na cduc;.içãJJ.
11ovas ideias conlr,rme maiHinform.ii,:õcs .~obre pc.í1íc11'I cm ,.1u1ros sís1cma~ E~~a maior coerência permite que um compmmetimcnto sistemático renha
fr>rnm prnnramcn1e disprmibili:r.arlas. uma vísilc, maíKduradoura e uma cooperação entre os ,;cwre~ de díferenrc:,,
A liis1/,ria e a menialidadc pcN~(lal dm1 finlande11cs fügercm que ele, se prilíiíca'i e estr.itégia1;, Por outro lado, a ín1ernacíonalízação e a ímegração
csfon,:arn ao m;íxinu, quando se deparam com cs~e 1íp11 de clesaíili gJ1Jhul. Por da Finlândia ã Uniã1J Europeia harmonizaram e intensificaram a con50li-
exemplo, cxpcríérn.:iaHconw ;1~ucrr:1c11111ra a Uní?l,, s,,ví1:1ícu ( 1939 - ,944), daçfo e o dc~c ·
, · n v 1, l v1mcnr<1 • · · - pu' bl ,case
de 1ns11tu1çoes ' r o·=
sua-5 ,unç ..., bas'•·cas·
as ü límpia . cl aHele '\IP e ;1 pro,unr cla reccssali . . d",n,c
" ccontlmic.i . , ,·,>dnb ano,

1990 oferecem boas evidências dtJ espírito compc1i1ivo e re~ílícn1e finlao dc~,
ou .rúu, como di:r.crn /JS finla11dc11es. E1isas a1i1.udc~ educw.:íonais e cuhur~,,
r
,oram comp Icmen1aclas por p1,1Hl<. ' .
• . : ól~ CC(lllom,cas, de ernprcg1J, e "•ocíaí~(1n ·
'
1anc1csas tiuc cvo 1urram< lescl e os anos 1970, cnquan10" csia lJC1ec·imcn 10 de
11111 csr,11!0 de bem-c~1ar social, de sua~ i11111i1uí,;,i cs e p1JJí1íca~ foram cnn·
(i nic
cluíclliN111, fi m doM anos 19ko. A s1Jhrevívéncí;1 11cmprc foi a melhor .º
. • ~ • • d
e1e 111sp1raç;,11 e c11cr14w para que o li í,nlan c11es 11uperns11cm as ex
pcc1a11vali,
A análise da mudança educacional 14cralmcn1c incluí cspeculaçilo so~rea
na1urcza h:í~ica da rn11rla11c;a Hcj:1ela c v(Jlucí(Jn,íriu ou rcv1Jlucínn:íri;i, E~SC'>
tcrm,,s Sc referem li rn11da11c;a HcJ·.i eh C(JfllÍmw ctJm um desenvnlvirncnro
. ' ,. . ' . ' . {)t~
•;u1rl de umõJ fa~c pólra 1m1rn, 11cja um:, rr.mHíçilu radical cm que 111s11 11J!Çd··
r· n ·w;,~ ,,,ta l mc111c 11 1,va~Hilo crí.1rlrrn. A mucl.mça cduc;ici1Jnal na r·
' 111 j-Jn
' 'ª

.. .. Zlk .. ..
.. .. 219 ....
Fin lând ia des de 197 0
dên cia ent re as polí tica s do seto r púb lico na
Tab ela 4.z. Ma ior inte rde pen
• Polfticas Prindpkls da
Polí ticas Polí ticas de
reforma eclocaeional
, Estr atég ia
econ ômi cas emp rego soci ais
Ênfas e na equid ade e
Estab eleci ment o de um Novo s sistemas de
t~ Ano s 70: Econ omia pequ ena e
geren ciam ento de riscos
acess o igual itário à boa
abert a que depe ndia sistem a de benefícios educ ação funcb.menral
Inst ituc iona lizaç ão. para adult os. Siste mas para
~ da expo rtaçã o e ativo de políti cas de para rodos . Gara ntia
J2 Cons olida ção dos pilare s desem prego , equil íbrio
regul amen tada pelo empr ego e desem prego . da provi são pública da
8 do Estad o de bem- estar entre a vida pessoal
;.:,
Estad o. Inves timen tos Forta lecim ento da educa ção.
socia l e forta lecim ento e o traba lho, acess o à
ª5
a. ri

.ã""
do capit al socia l guia do
princ ipalm ente em capit al
físico.
form ação para o merc ado
de traba lho. educ ação conti nuad a e à
Si ·::;
pelo gove rno. Culr ura das habit ação.
o estru ruras de prod ução
-e
., .5.,
cr -e conv encio nal indus trial.
·a Rees rruru ração do
g Reescruru ração do sistem a Servi ços de bem- estar
Rápi do cresc imen to do ensino médi o par.a
8.:q .,se Ano s 80:
Ree stru tura ção. setor públi co. A prod ução de bene fícios em caso de estud antil e sistem a
aume ntar o acess o a
de saúd e. Siste mas de
...l:l ""il·o., Esta do de bem- estar socia l indus trial se conc entra desem prego. Utiliz ação
empr éstim os estud antis
todos os estud anres.
.,e j nos setor es meta lúrgi co e da apose ntado ria preco ce Tran sferê ncia das es<.'Olas
... ri conc luído . Rees truru ração e bene ficias socia is.
·o:; made ireiro. como parte das nova s de ensin o médi o para a
de regu lame ntaçõ es Rees trutu ração da
....e o
-o econ ômic as, infra estru tura
políti cas de empr ego.
legis lação de desem prego .
admi nistr. ação muni cipal .
e:
8.
., de tecno logia
-e da infor maçã o e
~
.5 admi nistr ação públ ica.
<

1
Polí ticas de Políticas Prindpiosda
Polí ticas
I Estr atég ia econ ômi cas emp rego sociais refo nna e d ~ 1
Corre ção das Forta lecim ento da
I O cresc imem o do setor A recessão cana os
Ano s 90: Idei as e conse quên cias sociais autonomia dos profe ssore s
públi co estag na e come ça benef ícios em caso de
Inov ação . da grand e recessão, e das escol as por meio
~ a cair. O setor de serviços desem prego. Novo sistema
Liber aliza ção do setor princ ipalm ente para os do currí culo baseado
privados come ça a cresc er de benefícios para o
nas escolas, inova ções

.g público. Dive rsific ação
de expo rtaçõ es po r meio
e surge m novas ativid ades mercado de traba lho para
incen tivar o empr ego.
desem prega dos há mujto
temp o e endiv idado s. coord enad as e ~e de
·ª~ ri de merc ados guiad os
econ ômic as de infor maçã o
Refo rma do sistem a de Requalificação e escol as e muni cípios
e.
8~ ..
'8.
>
o
pela inova ção e pela
disse mina ção de ideia s de
e comu nicaç ão.
Aume ntam os políticas de empr ego. educa ção conti nuad a dos
desem prega dos.
para o comp artilh amen to
de ideia s e muda nças.
.5 inves timen tos em pesquisa
o
-o uma socie dade form ada Expa nsão do setor d o
.,~ e desen volvi ment o.
por redes de contatos. ensin o super ior.
:eB ~
"i:i
Rees trutu ração do setor
banc ário.
8. '.!2
~ ~
O envel hecim ento da Reno vação da legisl ação Reno vação da
O foco nos servi ços
~ ~· Ano s 2000 : popu lação preju dica o da imigr ação. Adap tação legisfaçào de educ;,ç.ia.
e:
Ren ovaç do. aume nta. A admi nistra ção
e,
emprego. tnfas e em do sistema social para foCTalec.imenro das
-~ ~
Forta lecim ento de áreas centr al perde sua função e
.5
direitos e obrig ações maio r diver sifica ção. políticas de avaliaçlio e
.!j
o da econo mia com bom a prod utivid ade do setor
-o
dos desem prega dos. estre itame nto do contr ole
público é enfat izada.
8. desem penho e renov ação
Enfatizada a abord agem e-sraral sobre as ~ bs e.-
]" de políti cas socia is (mais
entre setor es. a prod urfridadC' no setor
.5 priva tizaçã o) para se c.-ducacio nal. Aum( 'n to do
< cquip ar.Jr à realid ade r:uuan ho d:is t>~cofas.
financeira .
-
c...-c2:_ss:t ~ ;::.-o~~?,-~:i~ S=:° ~ =--e :"t'"~a;ãc- B =~-.:::r:n•,
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do s-c:e ~ ::ic-ra5 =r.:::::..--a5 ::h..,.:,~e>:::Zli M:.:~ ~
= = o;. i 9~:: :·::::,= = res. = '.:j::J ~;:::::i,:, ~ ==- ao ~ =
::10-, ·o s:= po. '·ér:' ro : ce 5002 ·;. · .::a ~ CT] :'oi :::::-oOzi:JJ.
_.;lb d:3..~ 2s. 6-eções ~ cizr--~ =~~:;.:.: .e:::::i ?o5.c:2:-
~erio:-es...
3. A éni= ::a :o~~Õ22e :-.zéo:-,:=1 =
i=r esse:::ici...l ::12 ::m:r.
,=-:e,.,,~ pob:ías ào o,em :· pôEco =
C ~=ão E:.:..~ ::ião :"oi=-
Yerrida =
n=s ou ~ c~a.i-as :ws sa:o:-es i.e po~::ca p-3::i'll-;;
í:nhmdeo,es êi.: ra:1:e 2:5 déczd2s e.e 199::i e ::.??:::'. A.o :nes::no ==?ª ~
principio, àe :gua!dade e equidade cüs-:em:..--iacfos :,o ::r,_~ cios n ::-;
19-;o perderam graduaimenre a :.ru1ué!>.cia nessas poliricas..

Em = desde 1970. hom·e dois períodos de rn,;:dança e d u ~


diferenciais. porém iruerlig;a<los. q,.:e sã-9 ~~ ~
de rnud~ e. fumes--~ ~ Y a ~ u - q u ~ ~ Por um lado- o;
princípios da reforma educacional foram criados cada ,·ez mais de :o;::..
índ~deru.e com ourros se!ores de polióca pública. seguindo um P. ~ 1
de compkme.ru~. Po r outro, ideias para uma mudança e d ~
p~cipalmeme para melhorar o ensino e a aprendizagem nas escolas. {orCJ
desenvolvidas com base em boas práticas e tradições passadas na f inl~
Al~~s '•ez.6, ~~ foi chamado d:.c o ~ e r ~ ~ ~
equilíbno ~ogi~emr~ o progressismo e o conserv a ~ ~
da aprendiz.agem com ? passado _e-o ensino-para o fururo (Sun° - .
201 s). Uma eondusãó ~ muro sobr;;;runção das poliricas ~:iais e cdJrw-

. ... 222 .. . .
E
Liçx~ finlandesas A via finlandesa

·· ········· ··•····· ·· ···· ····· ······ ·· .. ··· ··· ····· ····· ··· ··· ·· ·········· ····· ··· ·····•···· ········ ···· ······ ···· ························ ·· ··· ·· ····· ·• ·

as opornmidades econômicas e sociais de seus filhos, os pais finlandeses re- r· ura 4 . 1 • Desigua ldade de renda (Gini) e resultados d
ig ndizagem de Matemát ica (Pisa) nos países da OCDEª em 2012
corriam ao sistema educacional, que atuou como instituição equalizadora apre
na sociedade finlandesa. Korea1 •Japan
A desigualdade de ~ - ~ um ~fator:. fre.que]lteme~te _responsáve~ or SAO
• Netherlands
Anland • :c.t ._
,..,on..
afetar a vida das pe.sso~em-mais_aspectos_çlo q~e ap_e!)as o-~
arcar com seu custo de vida. O_s sistemas e~ucac1~ma1s .:!? soc~dades mais
SWltzer1and i :eanada
520 • ·~nd
Germany. lreí:hl Aus~
igualitárias rêm um desemp!_nho mell!_or do~~ o~~<:>s? Richard \Vilkinson • Belglum Ne~ ZElaland
e Kate Pid ert(2009) afirn1am. ~em.seu liv.r._o O esp_ir_jto da !_i.!!_aldade , ~ de
faw: esses sisten;as s~ saem.mel hor-em mais.coisas. Na verdade, \Vilkinson
e Picken mostram como a desigualdade de renda também está relacionada
~~-~~:C8
lcel-1'!d • Hungary
' UI(

i~:~· ·:~:-----·- ----~----------·-·--·-···--·- --··-·--·-·


a muitos outros problemas em nossas sociedades. A desigualdade de renda, 480 SWêden


fsra!!i
que pode ser mensurada de diferentes formas, calcula a diferença entre os SkJv:lkla
Gre!!C9
quintis mais ricos e os mais pobres em cada país. Na Figura 4.1 , eu utilizo os 460
TurJtey

dados do Banco de Dados da OCDE sobre Distribuiç ão de Renda e o Banco


de Dados do Pisa para construir uma relação entre a desigualdade de ren-
440
da e a aprendizagem de Matemática nos países da OCDE. Aparentemente,
há uma relação não muito forte, porém reconhecível entre a distribuição
de riqueza e a aprendizagem estudantil : em sociedade s mais igualitárias, os 420
0.25 0.30 0.35 0.40 0.45 0.50
alunos parecem ter um melhor desempen ho na escola. \Vilkinson e Picken
Aumentos da desigualda de (coeficiente de Gini)
mostram como países mais igualitários ( estatisticamente) têm cidadãos mais
alfabetizados, taxas de evasão menores, menos obesidade, melhor saúde Funu.· OC D E (101 3a) e Banco de dados da OCDE sobre distribuiçio de r<nda

mental e menor índice de gravidez na adolescência do que em países em que ( www.OCDE.o rg/ social/ inco me-distribution -database.btm) .

a diferença de renda entre os ricos e os pobres é maior. Todas essas desi-


gualdades estão intimamente ligadas ao ensino e à aprendiza gem na escola. Almoços complem entares na escola, serviços abrangentes de bem-estar
É compreensível que a desigualdade de renda, pobreza infantil e falta e ~upone precoce aos necessita dos foram disponibilizados para todas as
cnanças em todas as escolas finlandesas, sem custos.,To da criança, por lei,
de bem-estar estudantil adequado nas escolas tenham um papel importante tem direito · ' _ _ _ _ ,-
na melhoria da qualidade dos sistemas educacionais. Isso vem sendo bem -- -~ rv1ços de bem-esta r em sua escol~
compreendido na Finlândia durante os últimos 50 anos. ~ e c~pítulo sugere que o progresso educacional na Finlândia deveria -
ser visto - - -::-----mais --~- - ~ - âo,--,- - --,,--..-..... ,.- a
- , ~ ~'!_l ~ .contexto amplo desenvolvunento e de re
economico . ___ _ _ _ _..:,::_:=.:;:.=:..:...::~;:==:.:..~ ;;_e..~~- -
.. -~ c1ais, nacional e internacio nalmente_, ·.,Curiosam ente, o cres-
cimento d 0 d
setor e ucacional finlandês coincidiu com uma transfnrmac-ão
e ~ica 1· · - - ~ ---,.
ào mf>l'ess1onante,.de nma.ecano mia..agrária_P guiada peb.prod.u-
;,P~~~ma sociedade da informaç ão moderna e economia guiada pelo
11
-e· -~11!.~ ato;-éf"Fínfândiã se transformou em um estado de bem-
star social d .
r1 . mo erno com uma dinâmica economia do conhecimento em
e at1vamen
te pouco tempo. A experiência finlandesa dos anos 1990 repre-

... . 224 . ... . . . . 225 . . ..

r
Líçõe, r.nlandesa, A via finlandesa
.. ··· · ·· · ·· ·· · .. .... . . . .. ... ... .. ········ ······· .... ···· ·· ·· ·······•··· ····· ···· ·· ··· ·· ············ ····· ··· ············ ·• .....

~ um dos noucos exemplos documentado s de como a educação e ) conse.


r - C onforme observado, este capítulo afirma que O desempenho d o sistema .
quemeroente. 0 conhecimento podem se tornar forças impulsionadoras do acional deve ser visto no mesmo contexto de outros sistema .
educ s na socie-
cresciment0 e da rransformação económicos. Durante a década de 1990 a ade por exemplo, saúde, meio ambiente, Estado de Direito gove
d , . , , rnança,
F:..-tlá.-ldia se tornou a economia mais especializada do mundo em tecnolo~ia economia e tecnologia. Alem de operar bem na Finlândia, 0 sistema educa-
Ot' telecomunicações e, assim. concluiu sua transição de um país impulsio- cional também faz pa~e de um est_a do de bem-estar social democrático que
nado pt'los recursos p ara um sistema econô mico e educacional guiado pelo funciona bem. Tentativas de explicar o sucesso do sistema educacional na
conhecimento e pela inovação. Finlândia deveriam ser postas no contexto mais amplo e vistas como parte
!'-os ,mos 2000 . a Finlândia consistentemente obteve altas ponruações da função geral da sociedade civil democrática. Economistas se interessa-
em .comparações internacionais da competitividade econômica nacional, ram em descobrir por que a Finlândia conseguiu se tornar a economia mais
L-a.-isparéncia e boa administração. avanço tecnológico, inovação, implan- competitiva do mundo. Educadores estão tentando descobrir o segredo do
::..ção dt polfocas de desenvolvimento sustentável e, surpreendentemente, alto desempenho educacional da Finlândia. A qualidade de uma nação ou
felicidadt da população. A Ftnlândia foi, diversas vezes, classificada como a de suas regiões é raramente resultado de um único fator. A sociedade como
economia mais competitiva na primeira década do século XXI pelo Índice um todo precisa operar de forma harmoniosa. Isso pode ser chamado de ç
dt C ompetitividade Global do Fórum Econó mico Mundial6 • Isso é impor- excelência do sistema.
tante. visw que a Finlândia sofreu uma crise econômica grave no início dos Quatro caracteris.ticas-eomuns são frequentemente mencionadas como
anos 1990. Tomar~se uma economia competitiva de conhecimento, líder fato~ rip.11intes.__ ara o rogresso educacional e econômico posi~o.
em inuvação e pesquisa, e o primeiro país a tornar a conexão à internei de E1nprimeiro lugar, o desenvolvimento de po mc I as o na mtegração
bwda larga um díreiw humano de todos o s cidadãos exigiu uma grande re- entre elas, não~ Hucas exclusivas de subsetores. O dese~lvimento
estn.1rur ação do sistema económico finlandês. Além.disse,a-~ do setor educacional é estimulado por decisões políticas de médio prazo ba-
~ -Es tado de Direito e, consequentemente, goza 9 seadas em valores básicos sustentáveis, como oportunidades iguais de boa
b-ai.x~ ~ de..roilJ.J~ umum.paRel imponante no desenvol~ educação para todos, inclusão de todos os estudantes na educação comum
ea.mómíoo e no desempenho das instituições púbJicas. publicamente financiada e a alta confiança na educação pública como direito
-~ çãlii.51_óJjca_gjse~ª-9e 19.9~ a boa administraçã~, civil, não como obrigação. Essas políticas de médio prazo integram a edu-
a fo~ eot:~_o social e uma rede de se~~5~_s9cial extensa propor~ ª ca~ã~ e a formação profissional, e envolvem o setor privado e a indústria na
- - cono- cnaçao e no monitoramento de seus resultados. Da mesma forma, políticas
pelo tstado de ~ - e 5 ~aram.possÍY.e]J!!11a recupera~ e
mica e.xcqx:ionalmenJ.u..á.pid<!,.JJma recuperação semelhante do progresso econômicas e industriais integraram políticas de ciência e tecnologia e sis-
<:e(Jnómico finlandés foi registrada após a crise financeira mundial de 2-ooS- temas de inovação com cluscers industriais. Políticas integradas melhoraram
0
'vm
· d 05 pnncip1
· · ·os estrateg1cos
· · uu·1·1zad o para urar
· a econom1·a finlandesa .da
desenvolvim ento s1stem1co
· • · e a mter
· 1·1gaçao
- d esses setores, promovendo,
- r • . . 1 d . . to em pesquisa portanto' um a l'dI erança po l'1t1ca
. coerente e mais , 1para a sua im-
. sustentave .
roc.e-<,,;ao 1oram os m ve1s conunuamente a tos e mvesurnen
.., . 'rul Apesar plementação hem-sucedida.
t: uesenvolv1mento.. conforme descrito anteriormente
. neste cap1 0 · w
d<h a"Jn e,; bru':ieos nos gastos públicos tanto no início dos anos 199°, quan t' .Em se01,nd J
t>~-'=~gar, o de.s.emrolvimento e a mudança da estrutura estra-
. , 2 . fi 1 . ' - do conhe· eg13.foum._ , , . d d
~p<>~ cnse se.a mais recente a crença finlandesa na geraçao C..QQ§lrnídos caro 11roa visão de longo prazo. Estrategias e e-
. . ' dO scirnento senvolvim e •
ami.-nw t ru. inovação permaneceu forte. Em 2013, apesar cre . ento nacional tais como o Programa da Sociedade da Imormaçao
. - . squ1sa e ern '
ec.tm<Jrtno:> t'>tagnado, a Finlândia gastou 3,6% de seu PIB em pe E- e ' 995 , ª ESt ratégia Nacional de Aprendizagem ao Longo da Vida em 199 7
ru:+,envol vimento, um dos gastos mais altos dentre todos os países da o CD
ª Estratégia 2020 d o Mm1steno
. . . . da Educaçao - serviram
• como enquadra-
rnento geral , . fatiza-
para as estratégias do setor. Essas e outras estrategias en

··-- 226 .... . ... 227 .. ..


a
Lições finlandesas
A •ia finlandesa
·· ····· ···· ···· ····•·········· ·· .... .. ········ ····· ······ ·· ·· ····· ·
.. ..... .

ram uma versatilidade cada vez maio r, coerê ncia entre diversos setores e reensão mútua do que é importante para alcança be
0 a co mp . r o m comum e
desenvo lvimento de capacidade de resposta e criatividade nas instituições over O desenvolvimento de uma economia do conb •
prom . _ . , . . eCJmenro. De fato, a
locais e regio nais. eração a a va entre a educaçao e a mdustna mcentivou as esc 1
cooP . o as a resta-
Em terceiro lugar, <:JS papéis das instituições públic~s ~ -d o governo têm pr áticas criacivas de ensino e aprendizagem principalment li
rem ' e a menran-
sido fundamentais no desenvolvimento d e_ políticas_ e_na impl<!.!l~ão das re- do O empreendedo rismo e desenvolvendo atitudes positivas para O trabalho.
form as educacional-e econômica. U;na boa go vernança, instituiçõ ~
de alta qualidade e o Estado _de Direito desempenham· papéis-imponames Box 4 , 1 , A liderança nas e scolas finlandesas
. . . . . .. . . . . . . . . -. ... . .
no desenvo lvimento- d e)~oUticas e na implementação clãs m_u_da~
-- ~ - ,~~ anho das esco las na Finlândia esrá aumentando. Há cenro e cinquenta anos. ; an·~~- ~
jadas. A ~ abo rdagens d e avaliação em ambos os setores são o ri~ tadas pelo educação pública finlandesa nasceu, a ma10n a das esc-O!as tinha apenas um professor. Hoje em
desenvo lvimento, e vários ato res do sistema são respo nsáveis pelo processo e dia, essas escolas não existem. Nas escolas atuai;, os professores de,·em ser capa= de trabalhar
•unros em espaços compartilhados e juntos educar os estudan tes. Cada professor rem que adaptar
pelos resultados. Instituições específicas, tais co mo o Co mité Parlamentar do ~ us pensamentos e princípio s pedagógicos aos dos o utros professores. Por isso.; =ncial que
Futuro, são constiruídas po r representantes públicos e privados, bem como a escola renha uma cul tura comum que possibilire o ensino e a aprendizagem consisrenres para
objetivos co mpanilhados. É por isso que cada escola deve rer um direror.
pelos protagonistas-chave da sociedade a fim de construção de consenso.
Um diretor de escola na Finlândia sempre é, também, professor. Quase rodos os diretores fin-
Quarto, uma fo rça de trabalho altamente instruída e ampla parti=P~ ~ landeses lecionam algumas aulas ioda semana_ D iretores de escola finlandeses têm cada ,·ez mais
na educação em todos os ní~eis ga rantem a p rovisão de capit; l hu~ arw ne- funções administr.nivas. M uims se queixam que a carga de trabalho está se tornando muito pe-
sada. O direto r precisa d e uma boa teoria de liderança a fim de lidM de forma bem-sucedida com
cessário pa ra um bo m-sistema educacio nal e para o crescimentÕeconômi- rodas as tarefas e as respo nsabilidades na escola. Eu diria que os dire!Orcs também dewm ter uma
co. Por exemplo, todos os professores devem ter mestrado, e a maioria dos visão do que é uma boa esco la e deveriam saber como a liderança pode ajudar a alcançar ral ,i sãa.
No meu trabalho como direto r, e u faço com que os valo res básicos se rom em .a base sobre a qual
trabalhado res é incentivada a participar de um desenvo lvimento profissio- posiciono minha Jiderança. Em boas escolas, rotinas diárias funcionam bem e o ensino é et'eti\·o.
nal contínuo como parte de seu trabalho. Os professores são considerados Minha função é ajudar meus professores a dar seu máximo, e tomo as dm.sões necessárias para
profissionais em suas escolas e estão, po rtanto, envolvidos ativamente no que minha escola funcione bem. Eu trabalho duro para criar uma boa atmosfer3 na escola e para
inspirar os professores e os estudantes. Como lider da minha própria escola e como parte da rede
planejamen to e na implementação de mudança s em seu trabalho. de ou1ras escolas públicas no meu distrito, devo conhecer as políticas locais e nacionais. É im-
A flexibilidade é um dos principais denominado res do desenvol vimento portante garan ti r que a verba pública seja utilizada com sabedoria em rodas as escolas. incluindo
na minha. É isso o que faz um bom d iretor de escola.
educacional e econô mico na Finlândia. O sistema educacional passou por
Eu me esforço para ser um bom direm r da minha escola. Isso signilica que 1enho que fazer o meu
uma grande transformação no início da década de 1990, quando a maior melhor como adm inis1rador, líder, diremr e guia pedagógico para professores e esrudan1es. Em
parte das regulamentações estatais foi abolida e o número de caminhos para o utras palavras, que ro ser uma pessoa boa e e m quem as pessoas co nfiam. Para mim. o maio r
desafio é combinar rodos esses aspectos do meu trabalho. Ser diretor de escola não é como ser
oporrunidades de educação fo i drasticamente elevado. D a mesma forma, as adminis trador o u treinador de uma equipe desportiva. Um dire!Or de escola é responsável peb
regulamentações do setor privado fo ram afro uxadas e no rmas mais flexí- pane de um s is te ma social complexo que muda co ntinuamente. Sem a experiência de pro fessor,

veis fo ram introduzidas, principalmente para incentivar a criação de redes seria muito di fícil realiza r este trabalho co m sucesso .

de contatos entre as empresas privadas, universidades, pesquisas públicas e


- MA RTTI HEL LSTRÔ M, Diw or Eminºto da & cola Aurora, Cúladtdt&poo
instituições de desenvolvimento.
r-- ········· ····································
Estrururas intensas integradas de po líticas e visões estratégicas em mais
/ ~ais~ i s s o , 0 -principíõinã1s 1mportanred1ntese-r1vo~
longo prazo aumentaram a liderança sustentável no desenvolvimento da 1
0 s~ciedad e finl andesa foi o incen tivo do crescimento intelectu~ da_a~ \
educação e do setor privado. D evido a esse fa tor de sustentabilidade, d1zagem de d . d. 'd ~ -- _1::-:-: - - _ .i _ _ ,_ 1. ___ .i õ r,ocr, menro
si stema educacional resistiu aos princípios orientados pelo mercado do I1 _ c_a a m 1v1 _u._0-0-0eseruLw.v-1meruu..uc-,.,w•~ 1\

-.. 1 e aprei:!flizagem em insti tu ições de ensino e em locais de trabalho se prov0! ,.,/-


Movimento Global da Reform a Educacio nal. O diálogo frequente e aberto '-,ser urn d . . . -
. os pnnc1pa1s fatores de sucesso.
entre líderes de empresas privadas e o setor de educação pública aumenrou
--------------------
------...:-- - -----
----- - -_---:.-
228 .. .. 229

d
L.i,,-õcs rmlJ:.-.d=, ,\ , i., rinlJndr'-'
· ·· ·· · · ···· · · · · ········ · ······· · ··· ·· · · ······ ········ ······· ··········· ·· ·· · ·· ·•• ............ ..

-
l ~O VAÇAO E STR A'i
. . GEIR A , IMPLE~ {E N TAÇÀO ,\ classificaç ão ~geral rda. . tivamente
• baixa de " inov ir'in n d
• ,. :te ur.1ç.1 ...
,, 11 ,,,
.
Est,1 •dos U nid o s na class1/ica çao da OCDE (da qual ,1Fi nl 'ind· • . r-
F lS L A S DES A . • , 1.111,1,i p.irlr(
~tuitos observado res estrangei ros ficaram surpresos po r te rem visto ape-
po u) cm ,
- 0 , 4 (OCDE. 20 q c) levan m uma q11t·stiio import intl•· p ·

~,·s reformul ad o res d a educ:u;:l()


• · , or ljlll' , h
n0s Estados Unidos 11·10 111 ·1·,
1
I

~
;itU-, · 1 l,llll llll'•
· •
nas a kn,mas
'bu
ino,·acões

o ricrinalme

nre fi nlandesas sendo praticada s em sala \hor :is inovaçõe s educacio nais amcric:rnas que omros pniscs trtilil.lr,im p.ir.i ,\
de aula. em o lhar mais de pen o da o rigem d o s atuais modelos ped agógicos .J
melho ra r O d ese mpe nho d e seus sistemas de educaç.10 ao lnn~ do iihinw
da Fínlánd ia. das práticas de melho ria escolar e d a inovação educacion al em J
século? D e acordo com a OC D E. os Estados Unid0s dem0 nstr,
ge ral revelam outra caracterís tica intrigante d as escolhas fin\an~esa s: muitas 111111111 a ino- ,"'.. '1

,·ação ape nas mo d esta e m seu sistema educacion al: no enr.m1o. an mcsmn r~
das inovaçõe s que fizeram as esco las finlandes as flo rescerem \·1era m de ou- ,.
tempo. ele é o lid er mundia l na produção de pesquisas, modl'los pdi ic,,s l'
tros países. geralmen te dos Es tados Unidos. Isso é surpreend ente, devido à
inovação para o utros países. As cinco ideias americana s cducaci,inn is a se- -~ ·'~
boa posição da Finlândia como uma d as socied ad es mais inovado ras e uma
guir foram esse nc iais na aceleraçã o do s11ccss,1 da Fi nl.indi.1 na r.:cl11c.1ç.1o.
das maio res economia s de conhecim ento d o mundo. r!)'
1• Filosofin dn Educnçii o de John Dcwcy. As raízes das ideias pt·d.1-
Outra observaçã o é que tod os os sistemas educacion ais bem-sucedidos
gógicas da Finlândia d ata m dos anos 1860. quando Uno Cyi;tr1.,l'IIS,
fo ra m deri vados de lições im pon ames e modelos práticos d e outros países.
que, às vezes, é chamado de pai do ensino fundament al na Finl.india,
Singapur a, u m d os reformula d o res m a is bem-suce didos e com melhor de-
afi rmou que. e m uma sala de aula ideal. os :1lu110s fab m mais do qu,·
sem penho educacio nal. envia seus alunos para estudar Educação em uni-
o professor . Ele també m foi um proponen te dos aspt·ctos pr:i1kns cl.,
versidade s american as e britânicas e incentiva seus próprios professores
educação e insistia que tanto os meninos, quanto as menin:is clnwiam
univer sitários a colabora r co m ensino e pesqu isas com colegas estrangeiros.
aprende r tod as as habilidad es p ráticas que as pessoas precis.1m ,~rn su,r
o Japão. H ong Kong e a Coreia d o Sul fize ram o mesmo. Mais recentemen-
vida cotidiana. É co mpreensível que o pensament o educaci,inal prap:-
te a China também se beneficio u da inovação educacio nal importada dos
mático e focad o na criança de Jo hn Dewey tenha sido amplaml'll lt:
E~tados U nid os e de o utros sistemas educacion a is ocid entais.
A Finlândia não é exceção a essa tendê ncia. As prá ticas mais bem-suce-
aceito em meio aos educad o res finlandese s. A filosofia da educaç;io ck r:, ~
~
Dewey serve de fund ação para a form,1çào acad~mica de professorl's
d id as em pedagogi a, avaliação estudanti l, liderança e melhoria escolar na 11
basead a em pesquisa na Finlàndia e tambt'.• m influenciou o trabalho ,., 4
Finlândia são predo minantem ente estra ngeiras. O s estudantes e os di_retores ,1 ~
~
do acad êmico finlandês mais influente, M:m i Koskenniem i, nos am>$ "' j
•J
fi nlandeses estudam psicologi a educacion al, métodos de ensino, teonas cur- J
:.
1940. Tod os os p rofessore s dos anos iniciais do ensino fundaml'rH al '-1 i JJ
riculares mode los de avaliação e administração d e sala d e aula, pesquisados 7.
leem e explo ram as ide ias de D ewey e Koskenniemi como partl' ck .,
IJ I➔
e d esenv~lvi d os e m universid ades e instituiçõ es d e pesquisa am ericanas. O
seus cursos d e mestrad o. Muitas escolas fi nlandt:sas adotaram a visiin
currículo de formação de p rofessore s d os anos iniciais do ensino fun~a'.11en~
de D ew ey da educação para a d emocracia ao aumenrJr o a.:cssn dos
tal (apresen tad o n a T abela 3.2) nas unive rsidades finlandesa s inclui livro,
estudante s à to mada d e decisão no que tangt• às suas próprias vidas
didáticos e a rtigos de pesqu .isa com mo d e 1os, meto
, d os e teon· as escritas por
. nais.
. Cursos de d esenvo 1 . e ao estudo na escola.
académicos inte rn acio v1mento pro fissio nal e de 2 • Aprendiz
. .agem coopcmt ivu. Dife rentemente da maioria dos out ros
melho ria das escolas e p rogramas ma is lo ngos gera 1m ente me . 1 em pales-
u . ·
pa,ses, a aprendizagem coope rativa se tornou uma abo rcl·,gem pt:da-
·th
trantes estrangei ros convidad os a comparti ar seu con h ectm . ento e expen- • ,
, _ gógica amplame nte praticada po r todo o sistema t•duca.:ional ~nl_a~dêS.
éncia com educado res finl andeses. A confiança nas I· d e1·as am ericanas e. rao
d A esco \ a a b
comum na Finlândia que alguns chamam o sistema escolar da Ftn · 1· dia e rangente d e nove anos da F1n· 1·and.,a. l·•111 ~·•ada• no 1mc1
• 0 da
an d écad a de 1970, foi desenvo lvida com bast: na ideia da aprendjugem
labo rató rio em g rande escala d a inovação educacio na l ame ricana.

(\Í'fü:..N1l\ -:? A t- L t'


.... 2 3 0 .... .. . . 23 1 .. . .
t.OD ~ (\/\-, ' lfA

A via finlandesa
.......... ·························•· .. •· .. ·•······· ··· ········ ················ ·············
·············•· ······· ....
\ ,
,·qi" J.1,· l·,11 pi·, 111c-11,,,: ~111µ,•s ck 1·::111dn111cs l'l.'111 c~t1'\t1111-.1s fomilia~s brado. rnisn1rando disciplinas acadêmicas com anes, , .
. _ ,. musica, trabalhos
d"i·i,ili,.tdas. l\•t'\"111, t~•i .11'\'l~irm:1 ,·11ni.:11l.w nn.:i,,nal cm h)'}-1 que manuais e educaçao f1s1ca. Essa estrutura também .
. · requena que todas
ln·, •11 ., ,, ,,.,..111 1i', ,11'\ ·111 ,., ,, ,,,,·,-.11 i\'n, dn ti..,rma ,111c <' '-" 111hcdda atunl- as escolas proporcionassem aos estudantes tempo sufi ·
1 ciente para suas ~
111r11tt•. I'·"·' 1,,d.1:: :,:: ,·s,·,,la:: li11l.111ek :,;1,:. ,·\11t l'>' di::::,, p1·squisadon-s e atividades autodirigidas. A influência de Gardner tamhé r . •
m 101impor-
n1 11,·.,dPr,·,- (k ,IJ'l'\'IH~i,.1)l_l'tn ._•rn,1wr.11i,·.1. i11d11indn D.1vid Johnson, tante no sistema finlandês, conferindo uma definição mais ampla de .,,
l l, , ~1-r J, ,lt 11,, •11 e Eli: .11•,·th l ·, ,h,·11 ( ,· Yad ,. Shlom,1Sharan). , ·isitaram " talen to". Atualmente, os professores finlandeses acreditam que mais i/' ~
1
.1 Fi11U11d i.11•.11 a q11.1l iti.-.1r pr,,frss,'t'\'S ,. instrnwrcs cm seus métodos de 90% dos estudantes podem aprender com sucesso em suas salas de
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d,· ,·11~im'- S,•11,: liYr,,,: ,..1r1i~''" ti,,1-.1m tradm,idüs para o linlnndcs e aula se receber a oportunidade de evoluir de forma holística. ~
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'"''"l'·"1illt.1d,,,: ,·,•m 1,1cl.i:: :1,: l'S L'l1las. l ) C11ní .:11I,, N:ici,'tlal de 1994 -1· Avnlinçõcs alternativas em salas de aula. Sem um sistema censi-
J
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,111·11111111111.11·,i~t:lll·i.1de que 1,1clas t·,-..-,11.is d,·sem'\11'-csscm sua pró- tário de frequentes testes padronizados, o sistema educacional fin-
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pri., ~:r.,ck ,·11n·i..·ul.1r d,· t~,rm:i a mdhnr.1r ,, n,sino 1• a :iprcndi1..:1gi;-m landês se baseia no monitoramento local e nas avaliações estudantis
1k ,1,·1•rd,, '"'111 id,·i.1s 1"-h1ç.1\°i,,11ai:: ,'\lllStrut i,·istas. Emb11ra a apn·n- planejadas pelos professores. Uma abordagem focada na criança, in-
di,.1>,:.'-'111 '"'••pn.1ti\'.111.1,, tt·nh.1 sid,1 mc:11.:i,m.1d.1 t:,1mo pr.irica pt-d,1- terativa e para a criança como um todo no currículo nacional exige
~<•!l,il·.1 1,l,ri~.11,,ri.1 11.1:: ,·st:,1l:1s. h,111n· di,·c~as rt.X'lltll1' nda\'úCS para que diferentes modelos de avaliação estudantil sejam utilizados nas
qu,· ,,:: pr,1 li.•~1ll'l'S i111.·l11issc111,·k11wntü:- d.1 :1pn·11diz.1g.-cm l'l.)opcr:11fr:i escolas. Além disso, alunos do ensino fundamental não recebem no-
1,,11 s,·11 n1-<in,, n·i:,11 l.1r. Dcsclc ,·111.i,\ .1 .1pn·ncliz.:_1!-,rcm cooperativa se: tas em suas avaliações antes da quinta série. Tomou-se natural que
1, ,rnPII 1'·1r1,· i11to.·~ r.1I d.1 for m.1\·.i,1 inici.1I d0 pnif...·ssor na FinlàndiJ os professores finlandeses achassem atraentes os métodos alternati-
1• 11 111 d P~ t<·111.1s 111.1i:- 1wp11l.1n·s 111• dcsc11Y,1l\'iml'tlt,1 pn1tission:1I de vos de avaliação estudantil, e é irônico que muitos desses métodos
1•1 1>t'o.·:-N'n:·:- .. hd('rt':, ,·,-,·,•l.11'\'~ 11.1 Fi11l.111di:1.
l n 1t-li~f•11dm: nni ltipl1L'>. 1,.) ,·,-pirit.1 d.1 rd~irm.1<--<luc.Kional dos anos
"-J~l na Fi11l:111di.1 i11d11i11 ,1111 r.1id1•i.1 d,•ri\',1d.1 das unin•r.;idades t' :i,;,.

r1,:111i,·,1s ,111wric.111os: ,) clesc11Y11h-imc:nt,> d.1cria11\·.1 -.-omo 11m 11 1do. O


· · ~c:r,1 l n('
l >bjt'll\'l' J c·ns1111• · n.1 1···111 1·.111d 1.1
·· 1•r.1 .1p1,··1r1. ,1 oJc.:•<••n,-ot,;men1,
hPh:-IÍl'l' ;. 1> crcs.:imt·ntn d,• 11m:1 çri:m\·,, ll>\.·,mdo ,·m difrn-nt<'S :ispt,....
~
1
tenham sido desenvolvidos nas universidades americanas e sejam,
ainda assim, muito mais populares na Finlândia do que nos Estados
Unidos. T ais métodos incluem avaliação de ponfólio, de desempe-
nho, autoavaliação e autorreflexào e avaliação de métodos de apren-
dizagem. Os programas de formação de professores na Finlândia
incluem elementos de estudo de avaliação educacional e teorias de
I 8
. . . . Apus . a b,, 1,r . a s1. ·l t.-ç,10
· t • ..1 :.ep.i
. .. r:ir:i,>
1,,:: dt• 1.il1·111l> ,. d:11111d1~·1K1,1. • 1 dt· avaliação, além de fornecerem a todos os estudantes o conhecimento cJ
~ ,. . 1
1·,-111tl .1111.-,- cm nwa d,,s d,)S .1111>:- '~"º· as po, 1~. " '-~ • •'-- • t' pd·
·1 · ··1·• vl11 " I · iml'liS ,-'l
e as habilidades práticas sobre como utilizar métodos alternativos de
1k.1s ,·,-,·ol.1rt·:: .10,•1.,r.1111
J •
,1 pn11np1,1 • · dt.' q111• l\ld·.1:,· as'-• · ·rian \·as ...,,,i,,m
r"' avaliação estudantil na sala de aula. .e
. 1· . . d . 1
,g.,· ; -··1 •que ·1ses..'0l.1s ...,.
.1p1"tc·11cln ((li<'.._••l 1s 1...-m e 1kn·m,·s 11p,>s t' mte tl<.:t. < • . • . 5• Â\'aliação de pares. Outro aspecto surpreendente da educação fin. " .:>
ckn·111 ,·,w,•n1r.1r tt,nnas · d...- ,·11 1l'l\',lr
• t•s..-;,•s d·t·
I erclltt':.. , . •.1:>r--
· n,'C!OS ind1\7· ~ L
- landesa é que ela não tem muito do conhecimento de mudança que ~

,!
CL

cl11.1i,- d...- 111.111cir.1t'<t1tilibr.1d.1. A lt'<..>ri.1 das intdig;em·ias mülriplas. ~<' normalmente se espera que guie legisladores e autoridades da educa- l
1h1w.m:I t;.1rd1wr l 1y:-;). se 1,1r11,m .1 pnn.:,pa . . 1 ,.dc1.a n.i
. . t r.m,frrt'nrtJ
- ção no planejamento e na implementação das reformas desejadas na
· · · d,. I'ºI tt1i::1s
el t·:,M·:- pmu.:1p1os " · · · · ~-lar
p:1r.1 a pr:111..:.1 l':ilv • • M·1is uma n :1a. educação. Pesquisa e desenvolvimento de reforma e mudança edu-
• . • . . ...J • -~ • • ul:ir d,.,.,..
,, t u111.:111', N:inl•11.il de: 1->9,t c:nt.111 ~.1 ,1u,· a t'<111c.1\.H' t':>C cacional que abrange o sistema todo não pertenciam ao repertório da
pr,•p1•1t i,,11.1r..1 10<lc1s l>S t:'Stud:mtt'S. op,lrtlllll.d a d t:'S d. <:' d t'- .._e,woh-er
academia finlandesa. Por isso, o número de pesquisas relacionadas 3
.- --1estru111r3
r, ,d.,, , ,, ·"f.X-"'ll ,:- de su:1:- nw111,•s. 1.. \mst'tlllt:'lltt·mt:'nte • t':,:,;
·
..
1111
essa área permaneceu mínimo. Em yez disso. especialisras em educa-
n I rnn1 l.1r n i~i11 1111,· t< )d,ts .1:- c:-.:<1!.1~ 1i,·1..·ss,·m 11m pn1!:-"'1m ··1 t.'<l ,- ção finlandeses se basearam em fontes estrangeiras de especialiuç:io

• . .l ;:. ....
. ... 233 ... .

b
l.i,·,l,•..:; finland(•sas A via finlandesa
··········•················· ··· ·················· ···· ··· ······· ·· ····· . .... . .

<' conhecime nto. Um bo m exemplo de uma inovação desenvolvida rigorosa em algumas partes da comunidade empresanaJ. .
. . . Líder
riais finlandeses seguiram a nsca a forma como o perusJ:oulu f, .. es empresa-
nos Estados U nidos é a avaliação por mais experientes (coaching) , que 01
tado. Grande parte das grammar schools adm· . d tmplemen-
c, ·olui11 nos anos 1980 e 1990 como resultado d o trabalho de pesquisa mtstra as pelo se .
foi integrada às redes de escolas públicas dos m U01C1p1os . , . tor pnvado
e dcscn\'o lv ime nto d e Bruce Joyce e seu s colegas (Joyce e Showers, e todas a .
dades escolares foram abolidas. O Fórum Finlandes . d .. s mensali-
199'i)- Brncc Joyce também visitou a Finlândia nos anos 19 80 para , . . e Polttica e Ne . .
(EVA), um forum de 1de1as de políticas pró-me do, ,,.rmanc1ou . gocios
q u alificar líderes educacionais e professores sobre como o impacto - rca uma fu nda-
çao oposta a essa reforma escolar em andament o e quena •
do desenvolv imento profissional p ara professores pode ser estendido. . . ver as escolas ar-
uculares como alternativas a essas novas escolas A d' • p
A avaliação de p a res ou orientação de colegas - ou seja, um processo . iretta conservadora do
Parlamento acusou os defensores doperuskoulu de serem SOCta • 1. .
confidencial p or meio do qual os professores trabalham juntos para . . . tstas. avi sando
o modelo pre1ud1cana o progresso econômico · 1 .
refletir sobre as práticas atuais, expandir, aperfeiçoar e aprender no- que. , escave e a prospendade da
sociedade finlandesa. Ja a esquerda defendia as refo d. d
vas h abilidades; trocar ideias; conduzir pesquisas em sala de aula; e . . ~ rmas 12en o que elas g:i-
solucionar problem as juntos na escola - se tornou uma prática nor- rantmam uma boa educaçao para todas as crianças na F.m1an • d"1a. melhorando.
m al nos programas de melhoria das escolas e no desenvolvime nto dessa forma, o bem-estar e a prosperidade da sociedade finlandesa. Também
profissional n a Finl ândia desde mead os dos anos 1990. houve um debate n_os ~os 1970 sobre a capacidade do novo peruskoulu de
acompanhar a comda_1~ternacional por uma fo rça de trabalho qualificada
Para muitos educadores, incluindo a mim, os Estados Unidos são lar de
e b~m for~ada. Os cnacos temiam que o peruskoulu não permitisse que os
muito conhecimento sob re mudança educacional , pesquisas e inovação. A
mats capacitados e talentosos progredissem o quanto deveriam na escola.
questão d e por que isso n ão a parece em comparações internacionai s, como
No fim d a d écada de 1980, quando a oposição à reforma educacional em
n as avaliações estudantis internaciona is o u na revisão recente da inovação nd
a a~e~to estava especialment e forte, alguns pais, políticos e lideres em-
d a educação pela OCDE, é importante. De fato, os visitantes dos Estados
presariais expuseram suas críticas e insatisfações com o peruskoulu. do qual
Unidos frequenteme nte se pe rguntam por que as inovações que levaram me- todas as seleções e separaçoes- (streammg· and cracking) de alunos (segundo
lho rias a to dos os sistem as educacio nais bem-sucedidos no mundo não fo- . alguns a.nos ames.
. abolidas
. sido
sua capacidade d e progresso esco1ar] 11av1am
ram praticadas e m larga escala no sistema educacional dos Estados Unidos. De acordo com · · • r
esses cnucos, a en1ase na igualdade social levou a uma su-
Lições da Finlândia sugerem que isso pode ocorrer porque o trabalho da d
pressão
• .
da ind·1v ua J"d
·d
1 I a e. Essa preocupação foi, na realidade. exposta pelo
escola nos Estados Unidos é tão conduzido por burocracias, prestação de pnme1ro-min ist ro na Reumao . - Anua1de Diretores de Escolas Finlandeses
contas po r meio de testes e concorrência que as escolas estão simplesmen- em novembro de J 987:
te fazendo aquilo que são forçadas a fazer nessa situação estranha. Muitos
visitan tes dos Estados Unidos notam com frequê ncia que o que eles veem Ao acreditar que qualquer um pode aprender qualquer coiS.J. os objeti-
vos da escola abrangente são muito ambiciosos. Ao tenrar educar JOOJ
na~ escolas finlandesas os le mbra de práticas vistas em muitas escolas ame-
a população ao nível da escola abrangente sem nenhum rendimenro.
ric;mas nos anos 1970 e 1980. os recursos financeiros e mentais de uma pequena nação esdo sendu
desperdiçados em uma tarefa desiludida. Esses mesmos rerursos edu-
cacionais seriam extensivamente necessários plr.1 educar aqueles que
0 SON HO F I NLANDÊS D ES AFIADO se mostraram talentosos em diferentes áreas em niwis inremJ,;oniis.
. r d . . d 1 970 que cria- Essa é a única forma de conseguirmos m:mrer J pmiç:io dJ Finl.in<ltJ
St:n a um erro pensa r que as re wrmas e ucacto nais os anos ..
na concorrência internacional árdua em ci.:ncias e n-..,nomi.J. (..\h.'-
ram o peruslcoulu finland ês fo ram apoiadas po r todos os líderes empresanats,
,. d / r . . larmente Pitkanen e Sahlberg, 20o6)
po 1111c o~ e e ucado rc<;. A campanha contra o peruskou u 101 pa rucu

.... 2 34 .... 23) ....

b
A 1ia finbnclf'S.I
Lições finlandesas ··•· ···· ···· •······ ······ ······· ····· .........
······· ··•····· ··· ···· ·
·············· ·•··· ········ ············ ······· ··· ····· ·· ·······
eiro esrud0 ·,
ança política, os líderes empre- dezembro de 2001 , quan do novidades do prim bl'
Estimulados por essa perc epçã o da lider d' 1 F. I ' d' s I Pis;i forJm pu ,_
s na m1'd',a mun ra : a m an ia havia sede
cada • em pen iado melhor d0
em 1988 para desc obrir a verda- .
sariais finlandeses lança ram uma pesquisa • •
rodos os outros pai ses da OCD E em Lein '
ira Mate . . .• que
meio de educ ação na Finlândia. manca e C1encias . d °
deira situa ção do peruskoulu com o principal mensurad os ao final do perusl.:oulu. De fato,
a Via r,· 1 d . · quan
a acab ando com o talento. Em • m an esa tora val'd 1 d·
A cruel conc lusão foi que o peruskoulu estav
.
aram o Pisa s.ilva, ra• O pm,s1<,:011/u tmlan
• ªd ·•·-
e segundo o que muit os afirm drs
alun os capazes e bem-dotados • . . ,
ª"
outra s palavras, não estava perm itind o que , .
da Reforn1 Ed 11cac1. onal.
porq ue ele insistia na igualdade influências tox1cas do Mov imen to Global ª
prog redis sem com todo o seu pote ncial
em todas as salas de aula. Isso
social ao emp rega r um currí culo unificado
econ omia. O sistema educacional
coincidiu com a desre gula men tação da
finlandesa para uma economia
tinha que apoi ar a trans ição da socie dade
a pessoas - incluindo o então
de merc ado mais liberal e competitiva. Havi
men tavam que a transformação
prim eiro- mini stro da Finlâ ndia - que argu
l para uma economia do conhe-
econ ômic a, de uma econ omia pós- indu stria
talentosos recebam oportunidades
cimento, requ er que estudantes capazes e
pelos estud antes medianos", prin-
de prog redir livre men te, e não "esp erar
cipal ment e em Matemática e Ciências.
acional finlandês conforme os
A camp anha para refor mar o sistema educ
-ação Pública que surgia con-
modelos do mov imen to da Nov a Administr
Refo rma Educ acion al de 1988 na
tinuo u até a déca da de 1990. A Lei da /
nal e metas com uns de rendi-
Ingla terra, com o prim eiro currí culo nacio I
baseadas em resultado, da Nova
mento para todos, políticas educacionais
dos Estados Unidos, eram vistos
Zelândia, e o modelo baseado nos padrões,
adequadas à nova Via Finlandesa
por algu ns finlandeses com o alternativas
ialização cada vez maiores foram
na educação. Escolha, concorrência e espec
a educação. Avaliações nacio-
mencionadas com o uma form a de melh orar
escolar eram promovidos com oª
nais e testes regulares do apro veita men to
s sistemas educacionais que pa-
maneira necessária para acom panh ar outro
acional entre eles e a Finlândia.
reciam estar aum enta ndo a diferença educ
até o final dos anos 1990, em-
As críticas continuaram e se fortaleceram
a controvérsia de que os escudan-
bora conclusões de pesquisas não apoi em
do peruslcoulu (Linnakylii e Saari ,
tes estavam apre nden do menos por cont a
1993). Dire cion ar a responsabilidade de
planejamento curricular, melhoria
icípios e escolas em meados dos
da escola e avaliação estudantil aos mun 0
s e diret ores para desenvolver
anos 1990 aumentou o apoi o de professore
os modelos de administração de
sistema escolar da Finlândia sem utilizar
mente silenciadas no início de
negócios. As vozes críticas foram repentina

. ... 236 .. .. . ... 2 37 ... .


CAPÍTULO )

(O f~turo é finlandês?
·································

Um bom jogador de hóquei joga onde o disco estiver


Um ótimo jogador de hóquei joga onde o disco estará.

- WAYNE G RETZKY,jogador canadense de hóquei que está no Hall da Fama

A f inlân_dia_e_stá_~orma_e scolar-a b i : ~
1970. ✓Pesquisas sobre características específicas do peruskoulu levaram ao
desenvolvimento de ciências educacionais aplicadas, ou de didática de dis-
ciplinas, nas universidades finlandesas. ~ o entanto, com~s.-mais
genéricas da mudança educaciOftatpermanece ram relativa~te int~
Mesmo atualmente, pesquisas sobre ça educacional, a melh~e
ª = s c o l a s na Finlândia são modestas se comparadas aos pa-
drões mternacionaisj m numero muito maior de trabalhos ana 1ticos e de
~quisa do sistema educacional finlandês é desenvolvido sobre as políticas
educacionais do país em diferentes estágios de sua história. De certa forma,
é paradoxal que mesmo com um conhecimento de mudança educacional
' d [i seu
nacional não desenvolvido, a Finlândia tenha sido capaz e trans orma~
sist d d, d conforme este hvro
ema educacional em apenas cerca de uas eca as, " .
descreve. Os modeJos da_m_JJ.dan.ç a-rut..Finlândia f0am, com fre~enc1a1 e:_:
gos - l' . s ducaciona1s, conforme
disc 'd- -~---,_r------~
~ d o s de outros países. masJlS-p0 .1.t1ca e

----- -----~-.. = - -----c-----


·1 · ·d
uti O anteriormente roram desenvo vi as e, e '
-
ntão implementa as_:.
-
d a
aco· d
° - - - - -- - -
-!.: C.Qffi os princíeios da Via Finlandesa.
A. . " ,_________ _ _ _ _--=-;::;::- zilhada. Ate o m
, fi do sécu-
gora, a Fmlandia se encontra em uma encru e às vezes,
1o XX . " . , dendo com e1es ' .
ad ' ª Fmlandia seguiu outros pa1ses, apren _ e desenvolv1-
aptand 0 , · reestruturaçao .
""' suas boas ideias para a sua proprta rros do que h-
••1ento D . h . , feito por ou .
era · e fato, é mais fácil seguir um camin ° Jª . . A Finlândia
d Ie pens,11 • t.
r a mudança. Porém o futuro exige novjlS formas e~ ~ _,,~, "'--1:,1..
------ ' -~ r!J
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... . ~~ ~ ~~

~ -~:;2~=:-~:~:~~~:=-~_:~;::~~ --~~:
.:1::1.t:::-J ~~~ ..... ~~.... J-1.' ~ ---~ : ~ ~..::~.:.D-=--:i., ::-..~ _...~~-=--::::-;..:a-::~~ .R._~.: .:::::l. . .. .

?T=1__:?=J ? CL.._':_~' .::.L.~_:;e:-.:e ., ~ !. F°:::j b ~ ,_. . :· ~..;,- i - :r.--~ ~ ~ '::" §....,

. .. . .!4 1 .
O foruro ~ fi."lbndá.'
.... ...... ..................... ·····················•··········

rnai~ prúxirna~ d,, r; EI\M, di~rancia ndo-c,c, portant<), de '><= U vi7.inho ,,ríen- Dessa forma, as políácas educacio nais atuais esúmulam a COoperaça_o en~
as escolas e tentam proteger professo res, escolas e crian _ d . .
ral e de rradiçiie~ mai~ nc'.rdica., da re.,ponsa bilidadc ba<;<:ada cm confiança •. . . ças a concorre:noa
insalubre. As palmcas educaciona1s_daF .mlándia incenti labo
e o utra~ forma~ de cultura., de e-.colas coh1b,,ra1iva~. . - ~ ~ o
e a rivalid~de arrus1q_s_a_e.nao a coococrên cia...e a esrnlha.
Explicar, , ,,u eõ'KJ educacirmal de paÍ'IC'"'l ou = las nlío é nada fácil. Sahe- ~
desenvolvida,
~ ,. d. . d
A Fin an 1a e a terra as organiza ções não ,nw..~~....mais. .
. E.~stem
·,c que a f-inlándia re m profcw ,rc."i bem preparad ~, C'IColas - - . _ =----,,e
1~ g ~_pos ~u so':1e~a~es nao gove~am entais
regis ~nlànd:-
de forma pedaK''Kica, bon~ dircwrcs de escrJlas, uma sociedad e relativa-
um totaf de 1, _m1lhoes de membros. Em média. cada cidad'ae eiaz p:u te--
mente hr1mogímca, urna visão educacio nal nacional inclU.'liva e énfase em com
::---:-- _
de trés associaç ões o u sociedad es. Jovens finlandes --1. es s_
nccc<,,idadc.-s de educaçãr1 c.~ pccial - cada fato r, i.cparada e coletivamente, "-' wcrn se envo1
1 1 vem
s m\e nonnal menrc ~
-
ões Juvenis e espnrtlva
ativamen te em associaç___,__ r:ern rn<Na&
ccrt.arneme ::iíuda o sL'ltcma educacio nal finl andi.-s a ter um bom desempe- "'-"'f'="'f',=->"-!..!-""-~

cfaras e princípio s educacio nais. Eles aprendem habilidad socms. · · reso1u-


nho ( 1larKrc;,vc~, 11 .ilao.z e Pnnr, 200!!; l laur..maki cr ai., 2008; Kasvio, :u:>11; _ _ -~ es
- E. comumeme
ção cíeproble mas e lideranç a ao participa r dessas assoo·açoes.
Maui, 2009; Sahlbcr~ 2010a; Simflla, 201 ~; Valijarvi ct ai. , 2007). Críúcos
a que tais associaç ões ofereçam um d ·
afirmam que, visto que a Finlándia n:iú tem uma po pulação étnica muitodi- . . na
aceito Finlândi
_ - ,ai
- or agrega o posi-
ver~ificatla que caracreri1/.a mui LUs outrr,, países, suas escolas obtém um de- ovo a educaçao formal oferecid a pelas escolas.
•.crnpcnh o mclh,,r. Ourrr,., suKcrem que os baixo!> níveis de pobreza infanúl A receita da Finlândi a para melhora r a aprendizagem p;ira todos os es-
e uma •llicicdade •,ocialmc nrc coerente podem explicar o bom desempenho rudames difere daquela encontra da em muitos outros países:
educ;ici1Jnal do·, estudantes finlande',C',. No entanto, cu argu~ 1
·q ~ m.ir_opa rnmidad es iguais de edttea~o p•iblio ~ c k
:"'- ..._,-
a J·inl~ndia rcr_c~ t.abdccid u um;i educaçã<> e cuidados lnfantisj ~i- para...toclos.
ª"
vcn,ai•, p;,ra t<><faq c rian~ e por ter mantidú s uas escolas como ~os 2 . Fortalec er o profissio nalismo e a confianca nos
prof ~ ' '::~. ~;:
,r od _. ~ ':
de aprcndir.agem e cuidadol,,.O!> pr,,ft.-<iv,rcs podem focar no guc é mais im- 3. Incluir O<; nrnfesso
- ~ res-e.os 1re1ore s em t 05 as a~os ceru;rais 'e:
prm;mre e n,, que P"dcm faze r de melho r: ajudar a!> crianç~ apren!ere~- -..::-
.' de P~~ne1am emo, impleme ruaçãa e avaliação da educas_ào. incluindo
EI;,~ ni1fJ 1;ií,, íncomrxl ada, po r tõ t<.'b frequent e~ aplicàéfÕs nas esrolas,
con- -
cur~~ulo, avaliaçõ es e ~ á ~ .
cnrri:nciil CfJrn 1,utril~ e•;o,l.,s ,,u meta!> de dc'>Cmpenho impüstas Por admi• 4. Faciluar a colahor~o
-
. das escolas basead ~des
- para a me Ih ona
ni'>tn,d,Jrc•i. Dc•.de ,, íníci,, d os ;,n<Js 1990, a!, escola~ finlandesas foram sis- ~tre escolas, associaç ões não governam entais e cornuaidadr::s locais., .........
stJaS
r.crnaric..arnentc incentiva das po r autorida de!> educacio nais a explorar A . .
ricos
pnncipa l mensage m deste liv ro é que as escolas em ambientes
pd,pría~ c1Jncepçi ít'b de aprendiz agem, de<JCnvo lver método~ de ensin~ para -

1
em competiç ão
• . . d d' - cn·ar ambientes
, c . h estao estagnad as em um dilema educacional complexo. O
aCtJrnp,m 1,ar 1iua5 prupna~ ,corras e aprcn rzagem cm açao e am,n o à fre
de . me requer um pensame nto corajoso e novo sobre o pro..--esso
1,ecfilgl,~icm para atender ~ q nccc~~íd adcs de rodos os seus estudantes. E par ensino A cul tura atua1 da responsa bilidade tóxio no setor público. . . da
f, •
i,,.,,, 'JUe muíttJ\ c•1tudant t°'> finlandes es a prendem bem em todas as escol~s. orma com O . .
. - . . I _1 d . . a Fin/ánd1a, _ ou e emprega da na Inglater ra, na América do Norte e em mmtaS
A pu 11J 1caç;,,, fu trutara para avalwrru reJ a taao.s e ucac10nau n Iras panes d 0 _ · · - 13
Naciona l de Educaçao . e da co . mundo, frequent emente ameaça o capital social dJ esro
de 1999, d,, C<mlj(;l111, Naciona l de Educaçií o, e a Lei . - esru·
1 con ~un, d ade; ela prejudic a mais do que fortalece a confi:mç:i'. Como
de 199>l, c·,ri pulmr1 a~ exí~éncí as e os príncípi, ,.., básicos da ava ,açao sequenci a n~ fi . . _ . 1 .. tX , íl ·te
~
us urn . ' ao se con a mais em professo res e lideres esco.Lares:
rlanríl e c•.c1Jlar. ( J~ profc•,·,u rc~ '>ií,, rcspc,nsávCÍ', pela avaliaçã o geral de ~ ª cnse de · - 3 b -
u~-
suspeita s, conform e O'Neill (2cxn) observo u. Enu,vrJ
c~ru
·
. d·,mtc.i, ur,·1sz.inc J • • - • , •
,, uma mt\ tura de avalraçu es diagnos 11ca,
• . e,
formanva ca
· !'rico..,
por transp • · 1
• • · '. plane)ª' rna· • arencia e responsa bilidade ofereça, aos pais e aos Po
' 1e de•,<.;inpen 10 e 1v,rniltiva . A rcsp1Jn'>abílidadc do munscrp ro e
J r.tl o cinismo
rs rnfo rrnaçõ . .
profi . . es, tambem alimenta as suspeitas . a b;m:a mo e -
irnpl!'me 11tar qu;iir,que r av;ili,K<1c~ 11ece~'>ár ia'> dcn lr" e sobre suas escola» ssronal.
e,,1111, , •cin · nccc~~1
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.. .. 242 . ... . ... 2 43 ....


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Lições fi nlandesas
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\S' ·,; \.l . ,'


dos melhores formados •= ...... . .
no ensino médio a cada ="'-
'' . , .•f'/., Os cinco fatores interligados a seguir são frequentemente citados quan- al5~•ns
" - -- -- - - - v Pnncip;il
~/ do especialistas finlandeses explicam os motivos que embasam o bom de- ~ o forte apelo d a carreira de professor é O faro de qu<' l' ~ -
\ -~ / sempenho educacional. Todos estão relacionados à educação ou à escola e rrado é um requisito básico para o emprego permanente como proiõ-~r
não devem sugerir que fatores sociais, comunitários, do ambiente físico ou nas escolas finlandesas. e ter um mestrado abre portas para OUtr.1$ furur.1,
familiar não tenham funções importantes. opções de emprego. Por isso. indi\; duos que escolhem o ensino C\'lmo pri-
meira carreira não sentem que suas ,; das sào limirad:is a trahalh:u t'm umJ
_..,,.,/~ ·--
O peruskoulu oferece oportunidades iguais de educação para tod03 . escola. De fam, professores com mesrr.ido genlmemt' arraem O inn.-re:-..~ de
Todas as crianças ful'iande-sas começam sua educação formal em agosto do' departamentos de recursos humanos no setor pri,.ido nnl:md..:S e o~7Jllli:>-
ano em que completam 7 anos de idade. Normalmente, os anos iniciais do ções do terceiro setor. Eles também têm acesso a esrudos dê' doutondo em
ensino fundamental em sala de aula dura seis anos e é seguido dos anos fi- universidades finlandesas. :\o longo da última dê-.":lda. as esrohs linlanàe,;;is
nais do ensino fundamental de três anos, embora o peruskou!u de ho je seja notaram um aumento no número de direto res de e;;cobs e proiess..,~ qu..-
têm doutorado em educação. - - -- - - - ·
formalmente uma educação unificada de nove anos de duração. Atualmente,
é amplamente reconhecido que o ensino dos anos iniciais do fundamental Westbury e co legas apon tam que prep:irar prol"=~ par.i uma proris-
de seis anos fornece uma base sólida para o sistema educacional de alta qua- sào baseada em pesquisa foi a ideia central do d~nn>himento d;i tom1Jç-.i-,1
lidade. A experiência finlandesa e pesquisas internacionais mostram que o de professores na Finlàndia desde meados dos m os 19-0 (Wt!'Stbur:, et JL
investimento no desenvolviment o precoce da infância e nos anos iniciais do 2005). As altas qualificações academicas dos professores ixrrnirir.un qu<' .1;
ensino fundamental será compensado em séries futuras por meio de melhor escolas tivessem um papel ativo cad:i n:•z m:iior ~o pl:mej:unenl\' runi,ul.1r.
aptidão e de habilidades de aprendizagem, bem como por meio de resulca-
dos gerais positivos (Cunha e Heckman, 2010) . As escolas são tipicamente
na avaliação de resultados educacionais e na conduçio dJ mclbt1riJ~ l.1r
- ------ --. ~
~ revisão d a OCDE ( 20051 cfiequidade nJ t'C!ur:iç-.lo n:i Finl.indi.1
-
pequenas, com tamanhoS_ de turm_as va~ando de 15 até 25 e~ ~Em descreve como o país criou um circulo ,;rruoso ao n-dor do t'nsino:
2014, 2 3% das escolas abrangentes finlandesas tinham menos de 50 alunos;
Alto srarus e boas condições de tr.ih.i.lh() - rurm.1s p<'qttm.1-, .lf''-'' .l<!~
somente 7% das escolas tinham mais de 500 alunos. Em outras palavras, as quado a conselheiros e prof== d<" :tlunos ,-um O<'\."($$.~.KÍ<"> <'>t"'<'-
escolas finl andesas são pequenas de acordo com os padrões internacionais. ciais.. ,·oz nas d~sões e-srobres. b:ii.,-os niw is d~ prt~mus cfüciplm.t-
As séries iniciais do ensino fundamental (da primeira à sexta série) tipica- res e altos níveis de autonomia profissi()n.ll - ni:imum.1lru nu=' <k
mente têm menos de 300 alunos e geralmente funcionam separadamente cand idatos.. lev-:indo a progr.mus de pn-p.ir.iç:'io de 11n11ffl>!'n .i.l~~:~
st te seletivos e intensivos.. Isso. p<>r sua n-z.. le,.1 ª'' $1.."-= nu•= oJ
das séries superiores (sétima à nona), embora o peruskoulu unificado e eja
carreira no ensino.. rdmi,-a esi-.ibilidJde d3 l~>f\'J d<" ir.ih.tlh-.• d..>S pn>-
gradualmente unindo essas duas escolas. Como consequência das condições ,
t·.esson>s · (dos qu.11>·- uS- resu1m1'"d, Piou ,-.i,.• JJ'<'-
e suc..-sso no t'nsmo , • '
financeiras apertadas dos municípios finlandeses, cerca de mil escolas abran- nas um exemplo) <!um:rronrlronçj(f"d,'0.lfü $UIUS0Sd,, -,lrtci~Y' ! I)

gentes foram fechadas ao longo da primeira década deste século. Muitas de-
. -· l' d' = ..;nomt':;{11oni,'t'1
las eram escolas rurais pequenas. ---..... _ m d'ia, a profissão dos protessort'S n:i Fin :tn 1.1 e "'J
Ho·1ee .· .-:
d~tras orofi<:~ - -- - - - - - -. 1 ,,ckmd,.i,:,m,, u,.1r
- ·-L~ e s alrarnente respei~ d:i..-s_ os P-roln..""- n'S l~ -·'-=~- .
. . - ~ l :,.ie; NS<'.id.1,
, . . - À-docblciãé m~~ ; rofissão inspiradora que atrai muitos jover~
problem --- - ,
- as em suas salas de aula e escobs. Por em pr:im:t ,;o u,, · --.ir l '
/\/ '---- --- - bte,·e em e~ _ - - .----::~.1li;
, landeses .\ :t'la sociedade finlandesa, a profissão de profe~ ..,..___:_•uencias OU-SUluçoes fr<"quentementt' alcern 3 n,·.is e 3 ' - ·

---
impacto d . - -- - . - -:in'int>i'pc,.,tt"SSl>-
muito-;:-~peho-;;preço~ lililico, conforme expffcado no Capítulo 3~ 1 - - __ os procedimentos implemenr.1Óos. Os p:iis c"ünn. rill .
, - .- , - _ arra_,
- - - -- . d que _ res como --- - - ---- . l10 r ;ir:t l'-' :'<'li> h'-'-
docencia e consiaerada uma- profissão mde~dente e respeita a sendo profissiomis que s:ilxm o qu<' e md P-
- -

.. .. :!47 ""
Lições fin!Jnd~sa.s O futuro é finlandês?
···· ······················· ························· ········ ··········· ·············· · ················ ····· ···· ··············· ·················· •·.. , . ..........

A Finlândia tem uma político inteligente de prestação de c o , ~ o· a inclusão de serviços de saúde e-hem-estar.em tod
c; d_, . . . . as as escolas, para
Finlindia não seguiu o mo,;mento de responsabilidade educacional que pre- Iodas as crianças,
todos os dias; a garantia de um currículo equ1'lih rado por
_ ; .- _
sume que n"Sponsabilizar mais as escolas e os professores por seu desempenho IÕclo O sistema escolar qtte atengera a inteligências múltiplas d' ' -
:- . , . e 1,eremes
é o segredo para aumentar o aproveitamento estudantil. Tradicionalmente, a -ersonalidades de forma 1gual1tana; e a garantia de que bo , ,
P . · - - _ ns pro,essores
avaliação dos resuhados estudantis é de. responsabilidade.de cada professor tossem empregados em todas as-·escolas.
---
Somente após os pri · • resu -_
me1ros 1
e de escola finlandesa. Devido à ausência de testes nacionais p~dro~s; tados do Pisa se tornarem públicos no fim de 2001 , muitos adm't• 1 iram que
:i :ivaliaçào estud:intil é baseada em testes criados por professores, no nível essa estratégia finlandesa de estimular um aumento na qualidade com in-
esçolar, ~ <:_m avalia_ções nacionais amosrrais._Normalme nte, os alunos fi; - vestimento na equidade na educação estava correta. De fato, os sistemas
landeses não são a,-al.iados por meio de notas numéricas que permitiria uma educacionais mais bem-sucedidos são aqueles que combinam qualidade com
comparação direta entre os alunos antes da quinta série do ensino fundamen- equidade. A OCDE (2012) concluiu, em seu relatório EiJuidade e Qualidade
tal. São aplicados apenas avaliações descritivas e feedbacks, dependendo de na Educação, que:
como a avaliação estudantil for descrita no currículo da escola ou no plano
[Os] defensores da escolha da escola geralmente argumentam que a
educacional municipal. Os anos iniciais do ensino fundamental é, até certo introdução de mecanismos de mercado na educação permite o acesso
ponto, uma "zona livre de testes padronizados", e os alunos podem se focar igualitário ao ensino de alta qualidade para todos. Acredita-se que O au-
em aprender para saber, criar e sustentar a curiosidade narural. O medo de mento das oportunidades de escolha de escola permitiria que todos os
apren~r$ a ansiedade não são comuns nas escolas finlandesas. estudantes, incluindo os menos favorecidos e os que frequenram escolas
A responsabilidade educacional no contexto da educação finlandesa pre- de baixo desempenho, optassem por escolas de melhor qualidade, vis10
que a introdução da escolha na educação pode estimular a eficiência, in-
serva e aumenta a confiança entre professores, estudantes, líderes escolares
centivar a inovação e, acima de rudo, aumentar a qualidade. No entan10,
e autoridades da área da educação, e os envolve no processo, oferecendo a
evidências não embasam essas percepções, visto que a escolha e os me-
eles uma intensa sensação de responsabilidade e iniciativa profissionais. A canismos de mercado associados podem aumentar a segregação. (p. 64)
responsabilidade compartilhada pelo ensino e pela aprendizagem caracteriza
a forma como a responsabilidade educacional é organizada na Finlândia._0- _ A Figura 5.1 mostra como a equidade (a força da relação entre a base
pais. esrudantes ~çfessores preferem <Lre~ponsabiliza çfuún1~ ~amiliar dos estudantes e seu aproveitamento mensurado na escola) e a qua-
permita que as escolas mantenham o foco em aprender e que ofereça maior hda~.e (resultados mensurados de aprendizagem em Leitura, Matemática
liberdãde no planej~~nt; ~urricular vis-a-vis a cultura de testes externos e Ciencias) estão associadas entre si. Seguindo a definição da OCDE de
um sistema e d ucac1on · a] b em-sucedido (por exemplo, ai to aprove1·ramen-
padronizados que prevalece em alguns outros países. . . .
10 e alta e .d d )
b qui a e , a Figura 5.1 ilustra que os sistemas educac1ona1s mais
em-sucedid os em 2012 f,oram Canadá, Co reia, Estônia, Fm · 1·and'1a e Japa-o
Aumentar a equidad~ de resultados é a política ecl11cacio11al essell·
cia_l. O Sonho finlandês foi desenvolvido com a ideia de que todas as crianças (em 0rd em alfabética).
A assoe·taçao- entre a base familiar dos esrudantes e seu aproveirame · nto
podem aprender e que devem receber oportunidades iguais para obterem
.
sucesso na escola. Nos anos 1970 e 1980, muitas pessoas na F m an .
dia te- r mensurado
do
I d d d'
, na esco a foi o tema de milhares de estudos es e a ivu i , - .
!a:1çao
. . . obi·euvos Irados em s1s·
. d
miam que, quan o a igualdade e a equidade fossem os prmc1pa1s . ,
Relatorio C 0 1eman na decada de 1960. A equ1'd ad e d e resu __
ternas educaci0 • d. . . . - - ·;;a mais incerta,
- a qua lºd
d a educaçao, d
I a e dos resultados da aprendizagem sena· pre1·ud1cada.
E - ~1s 1mmw conforme essa associaçao
• . d -rudanres nao
~ ---=----·
- rn outras p 1 - - --
A Via Finlandesa para melhorar a-equidadt j!:1,cluía o ajuste do_financiarnento d . ~ avras, quando o histórico socioeco nom1co 0 ~es ----:- ·~
. d d . 1· - o e a fle- eterrnina d - - - - - - .. ai . .. ~uHal@
esco1ar as ver a eiras necessidades de cada escola· a universa 1zaça N . seu esempenho escolar, o sistema educacion e nlfil'> -
·1·d . d d - · ' - · · e!desde a Figura 1 - , 1 d índice do status
xib1 1 ª e a educaçao especial para que a ajuda estivesse d1sponiv _ 5. , a equidade é determinada pelo calcu O 0

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· · l ~I
Lições finlandesas O fururo é linlandés'
······· ········· ······ ····· ······· ·············· ·····•· .....·········· ..............
··············· ············· ·· ····· ···· ···· ··· ··· ········· ···· •· ······ ··· ······· ····

acesso universal à educação inicial infantil; educação abrangen te para pes- A TRANSF ERÊNCI A DO CONHEC IMENTO DA MUD
ANÇA
soas com necessidades especiais; um foco sistemátic o em saúde, bem-estar
Atualmen te, a Finlândia é frequentemente utilizada como modelo de
e felicidade dos esrudante s na escola; uma abordage m à criança como um - -;- -
. d d se
uma mudança educac1o na. _em-sucedida.- "Conforme as soc1e a es
todo por meio do currículo equilibrad o; e formação baseada em pesquisa __
habilidades"
afastam-da era da padromza çao de poucas , escrevem Andy
para todos os professor es. Em outras palavras, a Finlândia alcançou ótima " . •
. .
Hargreaves e colegas (2008, P- 92), a Fmlandia possui liç-oes essenc1a1s
excelênci a do sistema ao criaropõrn rnrdades- itfâiviâuais: , . .
, d d
------------,o-J ser, educacwnal e economica ment
----- Para os paises que deseiam e, soc1e a es
0 sistema educacio nal finlandê~_!:!~ lideranç!.1 e esl'!_bilidacle 1
- do conhecim ento bem-suce didas e sustentáve is" · No entant ·d • d
o, as I e1as e
reforma e princípios de política empregad os na Finlândia desde
lítica sustentáv eis. O sücesso cíaeducaç ão finlandesa não é ~ e . . _ os anos 1970
não necessana mente funcwnar ao em outros contextos cultura·s ••
quàlqiie~ e reforma edu~acional nacional em si. Na realidade, o de- · 1 ou soc1a1s.
senvolvim ento edu-cacional na Finlândia foi baseado no ajuste contínuo do Por exemplo, na Finlândia, assim como em outros países nórdicos, as pessoas
ensino às necessida des em mudança dos indivíduo s e da sociedade. Risto confiam umas nas outras e, por isso, também confiam em seus professores e
Rinne e colegas (2002) afirmam que, embora o su~gimento da nova admi- diretores mais do que em outros países (OCDE, 2008). Da mesma forma,
nistração do setor públic:o t_enha represent ado mudanças revo~cionárias e~istem outros fatores socioculturais que foram mencionados -por algy_ns
no discurso educacion al finlandês, a nova retórica e as novas práticas não ohs=ado res externos, tai~ c_ o ~pi tal__gicial, honlõgeneidade~ tnica e
consegui ram enraizar-s e na educação de forma tão fácil quanto em outr.as o al_to ~~~s profission a! d_o_s p(ofessotes,_q . u e . . p ~~ l
aQco11s1der'!! a tr_ansfenb thdaje _dos modelos.e. .d~RQJ.ític as educaciona is'.
partes da sociedade . Conseque ntemente , os valores básicos e a principal
visão da educação como serviço público permanec eram os mesmos desde De fato, muitos querem aprender com os finlandeses a dese~ olver um
os anos 1970. Governos de direita e esquerda respeitara m a educação como b~m sistema edu~ cion_al _(Barber e Mourshed , 2007; Darling-Hammond e
principal serviço público para todos os cidadãos e mantivera m sua crença de Lieberman, 2012; Hargreav es et al. 2008· Mortimore 201r OCDE •011a
que somente uma nação muito e amplamen te instruída será bem-sucedida
201 3g; Ofsted, 2010). Desde o iníci: dos ~nos 2000, d:zena: de mill:a:es d:
em mercados mundiais. visitantes viajaram de muito longe para aprender as lições finlandesas so-
Nos_si~~e_!!l~ edu::_aci_?n ais que passam poi:_ ond~s_e_onda!! de refolJllas, breª melhoria educacion al bem-suce dida. Entender o sucesso educacional
finlandês no ,e ~tan~o~ re<· ,~: :
;n~L · - ·• ~ d · so~ ·
a ênfase é posta, fr~entem ente, na impkmen tação ena cQnsolidação de • -~ > ~U.I.LíLC01lSCJt:.nc1~
c_ulnu-a.is~ icas e_e_~ ômicas.~ u as chamo de fatores invisíveis porque
mudan ç.i""sE:r ojetadas externani ente.-O principal resultado é a frustração e
freq~e~em ente ficam escondido s devido a fatores visíveis, tais cQ!)10 o am-
a resistênci a à mudança, não o desejo de melhorar as escolas. Uma situação b" . - --- -
política estável desde a década de 1980 e a liderança educacion al continuada lente escolar, os professor;~, a grade c~1rri~ular; a-tec..flologia eu:.
Não é t-ao s1mp
· Jes quanto parece. Uma equipe de revisão 1·armad a por
permitira m que as escolas e os professor es finlandeses se concentrassem em · b .. ·
especial" t
desenvolv er o ensino e a aprendiza gem. Em vez de alocar repetidam ente re- . , . . ts as externos da OCDE que visitou a Finlândia o servou que t'
d1f1c1l 1mam . l d · l' d" d ·a s ·r al-
cursos financeiro s e tempo na implemen tação de novas reformas, os profes- o·nar como o sucesso educac1ona a Fin an 1a po en. t
O
sores na Finlândia receberam a liberdade profission al de desenvolv er co- cançado ou mantido sem referencia r o sistema da nação mais amplo e co-
rnumente · d e valores sociais distintos que soc1e
a cetto · d adcs m.ai s· individu-
nhecimen to e as habilidad es pedagógic as relaciona das às suas necessidad~s .
. , . nrn•aws ec
. . " (1-1 ª·o·
. . s podem achar d1fic1l de aceitar
alistas e menos equitativa ·_
• uma d ec~
· Apos
·m d·1v1·d ua,s. e
· d a de formação prática de pr_oressor es cen tralt-- -
nd 1
zada, após o lançamen to da reforma escolar abrang~ te na década de i9 o,
7 ai., 2008 , P· 92). Outra equipe da OCDE que visitou a Finlâ ia con_li~'.n:J '.
. '
que as abord agens da Fmlandia . . . ,, b·1-•iam cm d1Hr.;,1s
0 foco do""s·progr amâs dê des~nvolv imentopro fissional passou a.ser de acen- ao ens1110 equcrauvo st · st
Íorrnas f,0 1ec1das • . . . otessores podem
der às demandas e às expectativas autênticas das escolas e dos indivíduos. rta de intervenç ão com o ,1po10 que os pr ·

.. .. 252 ... . . ... 253 ... .


Liçô.-, finlandes:is
··· ·········· •· · ···• · ··· · ·· · ......... . .. ···················· ······· ····• ·······•• .. ,
O fururo é finlandês'
····· ·· ···· •··· ········· ···· ····..

d um dos crês elemenros da ceoria de mudança da M K. .


... ..........
-
recebe r uns d os o urros, incluindo os pro fessores de educação de alunos com
Ca a - • c msey e frágil ten-
necessidades especiais e auxili a res de classe (OCDE, 2005). Além disso, a m vi sra as concepçoes contemporaneas da mudança d . .
do e . . . . e ucacional sistêmi-
Finlândia mostrou que a mud ança e ducacio nal deve ser sistemática e coe- Eu 1 -á ind1que1 a fraqu eza do pnme,ro princípio de ref, d .
ca. . . orma a McKmse
rente, em contraste com os atua is esforços d e intervenção, a-es mo, de muitos apírulo 3. O s segundo e te rceiro princípios enfraq Y
no C • . . •• . . , uecem o poder do
o urros países. A conclusão foi que '"desenvo lve r a s capacidades de e;;:,b s irai socia l e a mfluenc1a de fatores alheios a escola para .
caP . . exp11car os resul-
é muito ma is impo rtante cio que testar os es tuda ntes ao máximo, e algumas t ados educa cionais. Curiosamenre, a experiência finlande·a " fi
' nao con rma as
políricas n ão e scolares associadas ao esrado d e b e m-esta r social também são conclusões e a s reco menda ções da McKinsey & Company.
n ece ssárias" (G rubb, 2 007, p. 112). D ive rsos novos a rtigos sobre a educação Quero exemplo de muda nça educacional contrário à y 1·a F' 1 d .
111 an esa e a
finlande sa conc luíram que a confia nça, o profi ssionalis mo d os professores reforma
__ educacional dos Estados U ni dos..conhecida~,,.u-.xrança
mmo NeftL .. _ r _· .
e o c uidado com a queles com necessidad es especiais são os principais fat o- Deixada para Trás - No Chilj LefL B ~sa reforma, aprova-
res (vis íve is) qu e clistin)?;u e m as escolas finland esas el a m aioria das demais•. da po r ambos os m a iores partidos políticos em 2002, exige que escadas, es-
Tamb~m exis te m tco ri~1s ele mud an ça que re present am paradi g mas muito colas distritai s e e scolas regu la res garantam que todos os estudantes sejam
difere nt es d aqueles d a Via F inl and esa. proficientes, cm cada série, em Macemátic.i.c.Le.iJ:ur.~ e vido ao
Tai s observações sobre o pro bl e m a d a tra nsfe ribi lidade do co nh ecimenm fato de que o p a pel federal na educação nos Estados Unidos é limitado 05
da muda n ça educacio n a l contradize m o pe n sam e nto daqueles que afirmam estados defin e m o que o d esempenho da série sig nifica. De acordo com ~sa
que co nt exto, cultura. política o u go\'e rn ança n ão são muito impo rtantes lei fede ral, no entanto, as escolas devem obter "progresso anual adequado"
para um s is tema educac io n a l e para o s seus líderes durant e a busca po r uma a fi m de que as taxas de proficiência aumentem anualmente até chegar cm
\'erd a cle ira melho ria n os result :id os educaci o n a is. A e mpresa de consulro- 2014. Se uma cria nça n a esco la não aringir a meia de proficiência, a escola
1;a int e rnac io na l l\kKin sey & Co mpany ana lisou ;1s po líticas e as práticas será rorulada como "escola de baixo desempenho" . Os principais mecanis-
educa c io n a is e m 25 países n a e sperança de d escobrir como os sis temas es- mos para ating ir a mudança pretendida são a prestação de contas por meio
co lares com m e lho r d ese mpe nho d o mund o se d estacam . Ao mes mo tempo de testes padronizados, melhoria d a escola, ações correrivas e reestrutura-
e m que rt'co nhecc qu e o contexto d e te rm ina o ca minho que o s líderes dos ção. A falha em atingir a m eta d o prog resso anual adequado pode levar à
s is te m as d eve m seguir para alcança r uma \'crdad e ira m e lho ria nos resulta- perda de estudantes o u ao fec hamento da escola. Tal legislaçào, de acordo
dos, a l\lcKinse y a rgume nta que c ultura. po lítica o u governança não será tão co~ muitos pro fessores e ;cadêmicos. levou à fragmentação da instrução,
impo rtante para o s iste ma esco lar e p ara o~ seu s líde res g ua nt o o s se~~n~ maiores interve nções d e scoordenadas co m o ensino bábico em sala de aula
princ ípios el e reforma educac io n a l: e um ma io r n úmero de tut o res mal form ados trabalhando com esrudantes e
1. A qualidade de..w1LSi s1c ma edu cacional não p o d e exceder a qualidade professo
. re s· (D·ar1·mg- llammond, 20 10: Rav11ch.
• 201oc). Comuconscq~ ·
eia, as e scolas s, 0 f reram excesso el e o n·ent açoes
· 111s1ruciona1s
· · · nara nu~ I uer
de seu s professo res:
2 . A única m;neira d e m e lho rar os res ulta d os é m e lho ra ndo :Linstr.!!<j~; e
estudante co - -::-. _ i:.::~ es ·'?
• rn Utl!._aumen ro de compo rta mentos an11e icos, cais ~
como -
3. O bter resulta d -os uni ve rsa is a ltos som e nt e e• poss1ve
. • 1 c~ m __ a implc-
__ t.udantes
- col·a n. d o em provas e adminis- -t radares
- mampu
- ~ ando os proiocolos - J
,,,--
1
m entação d e m eca nism os p ara ga ra ntir que as e scolas fo rneçam ins- dc ~ liação
-
d - -- ~ ~ção
esn.i anti 1, bem co mo uma perda da cnn11nuiaaoe na m
-

truções de alta qualidade pã rá1oda:i :is cria n ças (B a rbi'r c Mourshcd,


e narnclh · · .
o n a s1~tc rn;.i1ica 1.:5colar.
----- =.::----
2007 , p. -t o ). A n arure·za perve . r sa d o NC LB se to rno u ev1'd ente em verm ont ' um pe-
queno e,;ra d O . . .- 1 . 1 a Em agosto
A v isão da l\lcKinsey ela m e lho ria educacio n a l perte n ce :i um paradig- d ame ri cano n o nort e d a reg 1ao d a Nova ng aterr · ,
e l o 14 0 d d estudantes a
ma m ecanicis ca e reduc io nis r:i b aseado n a teoria clássica de capital humano. .. ' a no cm quc a refnrma d everia ter leva o to os os
profiClencia L . , . d Ed ção de Vermont,
e m c 11ura e Ma temá tica, a Secreta na e uca

. ... 2 54 .. ..
2 55 ....

a
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1 ·ornaiit:,· .\'1·1,· •irm c1o.r do•início do Capírulo, ilusrra, O 1CI ramento e a edu.
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· • 1•111sn, e1o 1 •
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, um papel ccnr ra•1no que significa
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1 111ti 11 m.1r , 1
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11s cl,·mcn1 os se parados
d e um srsrema complexo raramenie funcionam da
11.1 -\,·.,h,1,•::I,, -:-;,1, i1•11.1l \k l )t·s1·111p1·11hl' Ed11\',11·i1111.il. 11·111 a 11wlh11r 1,,xa d,•
,, ,1h·l111111\·s d,, 1, 11s ,· t' d .1ssiti,·.11l,11•m st·~1111d11 111~.11· 1n1 ll\'111•1·st.1r info n- inam:irn aclcq11aela cm 11111 novo ambienr e e isolados de seu sisiema original.
til. Km ~11.11·.111.1..1st, ·1,·1.wi.11.1111b,:111 ,·snn ·,·11 cp11· ., 1\ ~1:1wi11 d,· l•:d11rnç:lo l'or isso, crn vez ele apenas aspec1os ou inovações específicas de ouiros sís-
,l, \',·rm1•11t 11.\ ,, 1,111~,1rd .111111· 1,,d.1, ,,._ su:1s 1·s1, 1l.1s li 1ss1·111 1·lnssiti,·ntbs ri,· icmas ccl11c11cio11ais, o que pode ser pego emprestado são as carac1erísiicas
t--11, ,• 1ks'°ll\\>1·11h\\. I\ difo:il im.1~i11.1r 11111.1 r.-1, i.rm., 1•dut:,1do11al m:1is dis- 1, os pri11cípios po líticCls ele um sistema completo e maior, nesse caso, a Via
Fínlanclrsa. Em 11111 sis1cma co mplexo, as interações cn1 re os elemen1os do
1.111, i.1'1.1 d,1 \' i.1 l'i11l.111ck s.1 1111 p11h1 i,•.1,; 1·d111'.Kio11ais 1·111 q11alq111·r 11111m
~iswrna clc1cr111i11am o comportamenro daquele sistema tanto quanto seus
~, ns 1k .,lt,, dt·:-~111pt·11ltt1 d,, q11t• 11 N L I 11.
, ~ diti:·l't·n,·.1s •·111 n· t•s.,,s .1b,,rd .1~1·11s .\ 11111<lall\'il 1·d11ç;1l'i1111nl <' à Viu dcme111os i11cli vicl11ais isolados. Al15uns problemas que devemser considera-
dos ao co111empl.i r a transferência ele ideias do sistema educacional finlandês
Fll\l.111dt-:-.1. d,·,, ri1.1, ,ws11· li\' n• s:,,, <k f.111\ i111por1;1111n : 1·111 v t•1. dt· St' bn-
para 111.t1ros países inc luem:
, ,·.1r 111• fp1 l\t'\·i111,·111,, h11r,,n.1ti,·,, ~11i.1d1, p, ,r clados dns polilirns ,. rt·f11r-
111.1s t'í.l11,·.1-:i1•11.1is 1,,111 ,·s1.1bdt,·i1111·111,, ck 11w1.1s dt·tnlhndll, os finl u11dt·s1·s r. Propul.wrc.r técnicos do Óom descmpe11/w educacional. Eles incluem uma
~r.1tl11.1lmt·111-.:· ach111irir.1111 ,,,nti.111,·.1 11.1s t·sr11l.1s •• fc,rrnkccr:1111 n n·spu11sa- escola abrangente comum para wdos, fo rmação de professores base-
t-ilid,1d,· l'l'\>IÍ::., i1111,1l t'll lrt' pr1•ft·:-.,<' l't'S 1· líd,-r,·s .1li111 dt· (jlll' o sist,·111:1 1·cl11• ada c m pesquisa, s11por1c profissional para os professores, polí1icas
1.·.i-·il'11.1l f1111c-iv11.- 1·,,1111>11111.1 1•ri,:_a11i1.1,·.ip clt- .1111llap1•rl'ei\·ll:11111·1110. Em Wt inteli~c ntcs de prest;1çiío ele comas (accou111aóiliry) , escolas rela1iva-
dt· .1,·rt-<li1.1r í\11<' .1 i11s1n11i:11, p.1d n >11 i1.1d.1 ,. t,·st,·s rd a,·i1>11ad11s podem s,·r mcntc pequenas e boa lidera nça ed ucacional, principalmente dentro
.1pli.-.1<l,i..-- 111, 11lti1m, 11111111t·11H' p.1r.1md hllr.,r ., :ipr•·11diznµt·m do <•srndanlc •
1
elas escolas.
f,II <T ,,,111 11m· .1s 1·s,·Pl.1s d,· b.1i\.1' d,·s,·mp1·11h111)(1i.s.1111 most rar o ront r:"irir\
2• f.'a tore.r .rocioculturai.r. T'ais fato res incluem uma forte base no valor
,•s tinl.mdt·st·s 1r.1b.ilh,1r,1111 sbtt·m.uir.111w 1111\ a111011µ\\ dos i',lrimns io;uws, so~i;tl cio lc1ramc1110 e ela educação, intensa ética profissional, con-
. · • • 1 ··,r -,~1m·lh11r1·s fiança de lo ngo prazo cm institu ições públicas (incluindo escolas) e
p,1r.1~,1r.11111r11111· '"' pr11hss11,11:11s l'Olllpt'lt'lltes 1111•· pll< 1·111 cn. '
\',,llltil\'llt'S
,i • - 1· •' 1
llt' .,p rnl( u.;1~1·111 p.1r.1 tom is ,,s t'S III ( ;1111,·s \ ' S 11,
,l -1 •·'1111 1rnb·1 ' lhn11cl11 capital social guiado por um estado de bem-estar social.
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, • s. ,111111< ,
1'ch1- 1· l.iiap>cs com outros se/Ores p úólicos de po/iticas. O sucesso de umsewr
1·1111,xi.1s .1s ,-s,'l>l.1::. t\ s :ibo rd.tl.!,t'IIS r.1,·11111a1s
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1.·.i-·1·1>11.11.1prt·st·111.1c1.1s ,·1>rrt·sp1111m•m • .1 .1s • • •
pr111c1p.11s· • 1 · 1 c· 1: 11•t e 1r><><ir
H t' l:IS <o • J " • • clept'ncle cio sucesso ele w cl os os demais. Por isso, um bom desempe•
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1)n
11 hn educacio nal somente pode se r explicado por meio de princípios
:<t'f i•m,,111r:,d.1s 11.1s p,,lrm·.1 s ·
1•cl11, :ic1 0 11;11s d1· d1n·rsos p,11s1
d,1 111\11\(h) tltcl,, 111.IS 11:1,111,1 Fi11l:111di.1. ' polít icos mais amplos, inc luindo out ras políticas públicas, tais como
•• . . 1 I• 1:·111 1,11cli;1 u1· políticas ele sat'.rdc, juventude e emprego.
l111p,111.1r .1sp1•, 1,•s 1·sp1•,ifrn >s d,, s1sk·11rn ,•duc:inorrn <,1 ' '
. :l . 1 . . 1 1· . . ., ,•d11caçtlt1I.
l' 1111111 ,> n11 11.11, .1 ~T.1c ,. ,·11 rn , 11 br, a tn rmaç:\0 t ,. pr11 çsso n.:s. • . ser caule1oso para evr·1ar a ilusão de que
, precisa
O t>ovo 1·lll I·,meI'es tambem
. 1 1 · :l 1 . ·1r·1 aq111• r~ d · .ooucac1õííãi"s
,·s1'<:, ·1.1 , , 11 .1 1( ,·r.111,-.1t's,·,,l.rr. pr,>vav1·l111c·1111• 11·111 f) llllCU vn ili P· • ,1 k l)S método .
., · s atuais .• -
ele mensuração do clcsempcn 110 ossi~
, · . l) si~t1•11h e - __ m indicadores
- . .
,111c· t·sµa.1111 nwlh,,r.1r s1·11s prllpmis s1stl'm;1s 1.c·<luL·a,·1011ms. · · ... . •rau c.lur
· I1· 11111n~._,,,, ,ir para sempre. Embo ra existam van1agens e1aras e
1. • I' . •ho e1t' t•<h1car' 1b . . . 1 .. d :1 conomia da edu·
uc·m·t·s1.1r tm1.me ,·s ~.1r:111t.- a 111das ,1s L-ria11\-.1S sq .r;1tn t1t\·a, smi< • l<to g O ,11s - p r111c1palmente os re acwna os • e
. 1 . . bem 11;1 ' 1·,,r n1c 11lfll
1a. ( .011
.,p, 1 1 1, t11t•r.1 • "
llt'ü':-. .1 n1>s p.1ra .1prt·11d1 •r l'Sl'll

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Wi~ <i <: r1<>'> númcr•>h de apr(JVCÍll.tnH: nt<) e~tud.J111il prn<l11zi<lns pelo Pi,a í<'<.:!: '' lC) ,1 llú'O•
.. Jrofiss:ln rcspcir:ub . Enq11nnro n.ln se cnnti ' ,r nos•· pror·,. t :<$rll'('SC' t'lll
e ,,uira'> pc>KjUi'la), haver~ uma pre'i~ão cada vez maior nos pr/1xinins ,Hltl\ Cid 1111111 1

par.1 qu<: ~ dc..e-nvo lv.im un id.ide·, cduc.icio nai h de 111ens11ra\·fio (jlle inellior seu rr;ib:t llrn como pro fission nis, jovens 1nlt•n1osos muiro pmv:iwlrnc'ntt• nJo
.-ln aní.im um le~ue ,n;ii,,r de .J pre11diz.i~er11 e rccqnheçun a fa ce 1111tt[ivd da, c<1nsider:trfin :r doc.:ênt:ia como carrt'Írn parn :i sua vid.1. Mt·snhi qu,• .t L,111_
fu tur;,, '>'>cicdadc ~. C) l'i~;.i an;i li '>a ;.i pcna~ uma pa rte do resultado desejado sidcr<'m, prnvavd mcnrc pa rn riin de lccio n:i r ct•do pnr <'Olll,r d.t 1:,lr.t d,· 11111
d;, cdu(4_i,li<,. Aci mC",rn,, tc rnp,1, conforme Pcter Mortimo rc (loo9) cscrl've: :utthicntc' cll' 1rab:illro pro (issinn:il respt'irosn. A ,·xperit:nci.t d., Finl.india ,.
ele 0111 ros siste mas ed11cacin n11is bcm-s11.:cdiclos dt•mnnsrr.r isso d.tr:tnwnr<'.
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Fin:rl111c111c, grnças II cs111dos inrt•rn:i.:io nais d,· :ivaliaç:1o esnrd:mril ,. in-


limít;J<J,, d,, <JU <'í• t't1, irradn rra, <'"><:"la~; dt' pode adot ar ap,·na, 11111 pn ,.
clic.:aclores cducac.:ion ais, as dilcren.,:as <'lllrc os sisrem:is t-d11c:1cion:iis ,,)ln :ilr,1
jt't<, rr~nwcr,al; de i1411,ira 11 papd e a o ,111rihrri\' âo do, prolc"orc,; e
a (,irrna vnno 'K'U~ n:, ultad,r, ,ã,, apre,crrwcl," (pelo rru:rr, ,~ cm :rlKU• dt's<'rnpen lro e os sisrern:ts com dificuld:ides <'S l.io se rorn:indn 111.1is visivt·is.
111a·, de wa, tahda,) i:,timula uma leitura bUi><:rficial c "d:1" ifi<·a1,',ri.," o segredo ela melhoria csr:ivcl t' d,i altu d < : ! i c n 1 ~ gl'r:tl d.1
d11 •-iuc dc:v••ria ,cr u111 <.c\tudri 111:ii, i111crc"a111 c, pnrc:111 n,cnci~lnrc,11 ,. FUtlfindia é o rcs11lrado de runa c.:ombit1.:.1.t;àn in1cligt'nl<' ele• 1r.1diçiics n:ici,111:1is
mai, <.,,rnplcrJi. ( p. 1-) c.iull11ê11c ias csrran~ei ra:;. Na cduc t\·;io i~11ernaci,mal. St'r ,J pr<-ct1 rs,1r <' <'sr:1r
110 topo n;io é 11c<.:cssa riame111e n rndlror lu~ar :i S<' ocupar
.1<1 rr;msl~1rn1.1r
Muiw~ pmfci,i.on:·, e din.:tore, na Fin l.í ndi;i rém uma percepção l't:tka
sísremas cduca<.:io nais para atender ús r~e<.:c~sidadcs dn 1t11t;-;:;;,rõ r 1:;s,\ .1Tiii<'--
<4t>.fcrnmcnw ~ intcrn.icionai,; de rne11, ur.içã,1 e compara\·ão. Eles veem o
jur si111plcsn1 t•111c ficar pníximo dus líci~ rt ! s ~mcnr<' e n nwlh,1r pl.1n,\
cn>inc, <: , "f'r~ rulil.agem <.:< JJTI<J pr9cei;!>O!i complexo:, e csr.Jo cientes d~
é difícil quiJntífi ca r ~u.J eÍ<:tividad e.
Podemo'> .Jprcndcr iJlg uma coiijil com <J~ finlandeses? Não sugiro lluc
Ó FUTURO DA EDUCAÇ ÃO FINLAN D ES A
<>utr<Js p;iÍ5<."'> deveri.Jm .:1dowr 0 biblema educacional fin landês ou arr mcs-
m<J '>CU', clcment<J'>, t.ai., como o puu.ikoul u nu a formação académica dos Na primeira década dcsrc mik1nio. a FinUndia cstabclt',cu um.1rt•p111:i\·•i1
profe,,·,Qrc·,, ClJITI<J cu cl.:1rnmen te mencione i acima. Contudo, existem mui- global como modelo de na~·;io cducadonal. A midi.1 inran.t<.:ion.,I lt'W p.1p<•I
Uü e<1Í ~;, ~ yue podem<J\ ;iprcnder un , com <JS <Ju tros 11a educação.
Embora
fu ndamental na pro moç;io da nnva posiçio da Finl.indi:1no l!ulnl~ll<' m11ndi.1I.
a 51:n-,ibilidade <1<Jb pr,1blerna '> com ILtm,feréncía de ideia~ educac.:ionai~de A rcvisra New.,· 111.:el..· inti11rlo11 seu arrif.\ll sobn~ a Finl.indi.1, d<' 2-1 d;;;.,i~
um lug<1 r p;,r;i <> <1u1ro tx:jil e,scncial, cu propo ria que Irá tn:s principais li- 1
99'), "O futuro é finlandJs ". O :irrigo ress;ilravn a t~1r111:i intdip;rntc -:.imn .1
ÇJ>e, d.. J· i11l.índi,;, que ,cri;im relevant es par.i rcnrar mdliurar a yualidadec ~~inl;india co nsegu iu criar uma visàtl nacio nal p:1ra 11111:i soci<-d.,d<' b.1st•,1d.1 cm
il CtJUid<1de d;, cdJJ.CaÇ;Jo cm <>utr<i'i luga rc,. 111ov·1r'lo . m b rna
CJLI t:, co ' tcc.:no 1ogras · lllOV<'tS • S <' ·111 1·orm.1,,ws
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• · d <' .:omt1111<.:J ·
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l'rimt:íro, devcríam o, reconside rar as p<1lí1ic.is educacio nai s que dcfcn- difcrc11t"s ~ cle' OUlr,ts
1· d
Ht'll '.fll'Ct'J..·• 1999 . Este 1vro l'SCl'l'Vt'U Clllllll o st:<1<'111,I
·· ("' ) .. .·.
d1:m ~ llia,_<1 ~ : rréncia e iJ privatiza~·ão corno principais propulso· l"dul·acional d·a 1~· · rn anc1·,a progrcd 1u
1 • ' e1e lo• rma es1av<' · · · do,· .m,,:.·
· 1d <'Sd<' o 1111,·to
rt:'> da c:tmtínu<1 mclhoriiJ cducac ionãl.-Aíu almcnte, nenhum dos
sisrcmas
'97° aré meados dos anos 2 000. Fabrican1<·s de cdul:trt's, mat•stn>s· d<'.·o rqt1<'S·
(;(luc-.u:km.Ji '> o>m mclh<Jr desempen ho se baseia, principalmente, em rais Iras sinf'Ontcas,· .. d es,gners• .
de 101,.ros .
e mo tonsras •
de Fllrmul:i '· 1 •
I s.10 , rmu<>,,,
J)<'1lírit:a). D r: fa,,,, a experiénc iiJ finlandesa mo'itra que um foco consisrcn· do. llll<' a c u1tlir,t• e a soc1cdade· ·
ftnlanclcsa ·
s Lll.ll' valorizam a 11wen11,•1 •1dt,• ·1
· · 'd
t<: m, (;(JUídade e na re'>pom.Jhilid;ide crJmpar1ill1ada , e não na
escolha e na cna, · . 1 d
rvrc ª e e a tomada de risco s;io cap:11.cs clc :ilinwn1:1r. Pl:1 ~111. •> sisrt·m.i
crmc,:,rri:nci", p<>de n:-,ult.ar cm um sistema cducacio11 ;,il no qual todas as .
educacional r..nn 1anc . Ics ' contrnuar. a. sendo um modelll 11<1 lu1un1.
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uianp, ;,prendem mcll1<,r d<1 que .Jnlc'i. · ·111 ' }:;


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Porurnla' do, a 1·te1eran\'ª cc1u.:anonal . s1.ste1111ca
\cguncl,,, devemos rccnn, ideriJr as p<>líticas de professores dando ª ck s 1
sua , . . . . · d d . .. !x·I ··o 1
970 , cst rut 11r;1 pol111ca estavd e sua c,11npkmcnr:ine a < • t-.:t · 0 1 1
um.- form:.ril, · Vt•r, Jtana
1 un 1
,
· : ·. cm nr, vcl d, J me~, rado paga pelo governo, ofc·
.-

. ... 258 ....


U f11111rn i, liulandcs/
········ ···· ··· ·· ···· ········ ·· ·•· ....., .... .. .. .. ..
......................... .

nos seto res de política pública su gere m que seu desempe nho educacio nal nuír:im a moral d os p rofessores e prejudicaram muitas fun , .
- . çoes ele apoio aos
pe rm anecerá bo m. Po r o utro, os resulrad os d a pesquisa do P isa, especial- •swda n res cm um m o mento c m que a necessidade ele ,.
e . , , . aux1 110 e conselhos é
me nte, cria ra m um sen time nto d e complacência entre os legislad ores d e edu- ·ti nd,i mato r do q ue a nt es. A historia pode, um dia mostrar . _, ,
• , • • ' <111 c a 1· 1n1anclia
cação, os po líticos e o público e m geral com relação ao status d a educação h lhou e m a p re nder co m suas propri as lições fiC'lnclo cle·s· r .
• , . ' • , s ,1 1or111a, perd,cla
finl andesa. Isso po de le v ar a uma condição que favo reça a pe rmanência das na jo r nada ru m o a m ud a nça eclucac1o nal.
coisas como estão, e m q ue as po líticas ed ucacio nais e os líderes de um siste- A mudança educacio
. • nal
. na .Finlâ ndia
, . _foi
- esti -
mulada
- ~ ,,nela
__cu Ir ura e pc,1a
ma de alto desempenho são m ais motivados pelo d esejo d e mante r a situação cmoç;io pela sobrev1venc1a social, p~ l111: a ~ económica.A Fj nlândi; -1uos-
atual d o que o d e ve r o que as possíveis reformas do futuro po de m exig ir rro u que ~xist~ uma for ~ •!~<:_rnativa_~e~ mudança no processo qu~ uitos
d o sistem a educacion al finla ndês. So m ente agora, após avaliaçõ es estudan- ,.outros pa1scs 1mpleme_n!i:f~l.:. O s p roprios fin landeses aprenderam que 0
tis internacio n ais te re m dado sinais preocupan tes d e qued a no d esempenho con hecime nto técni co e os interesses po líticos não siio su(icientes para re-
estud a ntil, as au torid ad es finl a ndesas escu ta ra m co m m ais atenção súplicas nova r a socied ad e sem um comp romisso emocional. De foto, as refo rmas
pela re novação d o sistem a educacion al. educacionais m u ndiais mo stram que uma abordagem muito racional ii mu-
~ _f inlâ ndi a n ão fez muitas m ud a nças pa ra melho ra r suas escolas des- dança não fu nciona . A renovação requer energia, e a energia é produzida
d e q u e os p rimeiros resultad os do Pisa for ain di vulgados en~ 2001. Muitos pela emoção. E m u ma era de g randes mudanças, a paixão emocional geral-
d e n ós, na Finlâ ndia, nota mos que o utros paíse~ con tinua ram mellioran_do mente surge da crise - o u ela sensação de sobrevivência - da mesma fo rma
seus sistemas escola res, m as a Finlândia não fez o mesmo. Ao mesmo tem- como ocorreu na Fin hindia. Porém, ela também pode vir do reconhecimento
po, quand o a siruação financêCr-a e m di versos municípios piorou de forma de novas opo rtun id ad es e inovações econô micas, tecnológicas ou culturais.
sig nifica tiva, as a uto ridad es e muitos educad o res dedica ram tempo e esfor- No início d o século XX I , a Finlândia se tornou uma nação mocle!Q_ por
ço intelectual para d escobrir com o a re putação inte rnacio nal da Finlândia out; os motivos: ela construiuuma economia cio conhec,~ o competiti::;
co rno líde r educacio n al po de ria ser convertida em produto s comerciais e ; o m-esmo temp0 e m c~ mantinb a_g r ~ < l ã jusrl~::rs~o modelo
lucro. A situação da educação na F inlâ ndia parece ser semelhante àquela nó rclic~ d_e estado .de be m~estaL-socg),. Uma fábrica ele iêleias de alto nível
d e 20 13, qua ndo a No ki a ve ndeu sua divisão de celula res para a Microsoft. chamada N ew Club of Paris considerou possíveis futuros para a Finlândia
Vale no ta r que , qua ndo a Appl e lançou o iP ho ne, a Nokia ma nteve a posi- e afi rmo u que a sobrevivência já não é mais o impulso para mamer tudo o
ção d o min ante na indústria dos celula res e, iludida pelo seu sucesso, não foi que de bo m a F inlâ ndia construiu. Em suas recomendações para o governo
capaz d e reconh ece r o d esafio. A N o kia inventou a tela sensível ao toque, finlandês, o N ew Club ofParis sugeriu que:
m as fa lho u em d ar o próxim o passo. A Apple deu esse passo e, como resul-
O utros propulsores com efeito emocional precisam ser idcn1ificados.
tad o, ultrapassou a N o kia. O q ue aconteceu lá é semelhante à siruação da
A questão é como aumentar a cscal.1de rcconhccimen10 e exploração
educação fi nlandesa no m o m ento. O eno rme Auxo d e estra ngeiros do mun- emocional. Em vez de sobrevivência, o propulsor da mudança poderia
d o tod o que vê m v isita r as esco las finlandesas no tavelme nte be m-sucedidas ser uma visão poderosa, ou o Grande Sonho da Finlândia. Se as pessoas
d e ixaram as au toridad es co m med o d e muda r alguma coisa. O propulsor não gostarem muito da ideia, é fútil publicar novas estratégias. A nova
d a muda nça conduzido po r ativistas da educação nos anos 1990 fo i extinto. est ratégia com dimensões culturais e emocionais deveria ser simples:
Embo r a o sistem a educacio nal finl andê s continue se d esem penhando bem po ucas palavras com as quais as pessoas possam se idcn1ificar imcdiaia
inte rnacionalme nte, há alguns sinais de que partes d o sistema educacional e cmocional meme. Isso é o que falta atu,ilmcnte. (St:ihle, 1007, p.i)
fo rt e e equitativo po de m estar d esm orona ndo. A grande m aio ria de des~esas
~ lg uns fi nl a ndeses se p reocur am..c. 9 ~ 1 l a í s _ Lv.illil_g.or

escola res é coberta po r impostos 1oca1·s. s·1tuaçoes
- econo• m1cas
· catastroficas
. . outr,is naçõ es neste mundo-comp.c.titivo e g lobaliz~o. Diversas compara-
em muitos municípios, co nforme Pe te r Jo hnson d escreve no Box i· 1, dimt-

· --· 260 , ...


"" 26 1 .. ..
Lições finlandesas ..... . .. . . .. .. . . .... . .. . . . O futuro énnlandês!
·········· .. . ...... . ..

ções internacionais indicam que a Finlândia se tornou um dos países mais o,·ação será mui to difícil. Conar verbas e tornar a ed _ d
ren . . . ucaçao e alta qualidad
1não é uma mane ira rnteligente de recompensar as pesso e menos prová-
funcionais e atraentes de diversas formas - incluindo bem-estar, gover- ve as por seu bom trabalho.
nança, desempenho econômico, desenvolviment o sustentável, educação e
- Peter Johnson, Dirttor d, Educação C, , d
felicidade. Para um pa ís pequeno e jovem, de certa forma, parece ser bom •• •• . . •• • ••• ••. . •. . . •. . . .. •.•.. •. , laaat t l<oUola
······· ···
o suficiente. Em 2008, o Ministério das R elações Exteriores convidou uma
o-=espírito- dessas
- recomendações gerais deveria também ser Ievad
influente delegação de líderes para pensar e m como garantir essa situação O em
conta com relação à educação. O p rincipal instrumento que co d -
positiva, ou mesmo for-talecê-la, no futuro. O relatório final do grupo suge- - - •- • A • n~ -
Iírn '
, cas educac10na1s
....,_ --- - - - - da Fmland1a e a renovação da educaça-0 atual mente e, o
riu que funcionalidade , n atureza e educação são v istas como temas essenciais
p~ d!Ees_envolv im.ento par.a_--a_Educaç~e Pesquisa para 2011~
sobre os quais o futuro da Finlândia deveria ser construído. Ele também in-
Assim como o documento antenor para 2007 - 2012, esse plano dá conti-
sistiu que, apesar o u talvez p o r conta da situação positiva atual , a Finlândia nuidade às políticas e aos princípios anteriores de desenvolvimento. Tais
deve continuar se perguntando "qual deve ser nosso próximo passo" em documentos enfatizam a garantia de igualdade de oporrunidades, melhoria
todas as áreas de o pe ração (Ministério d as Relações Exteriores, 2010). da qualidade da educação e dignificação dos professores como principais
recursos para uma boa educação. Além disso, eles também colocam uma ên-
Box 5.1. Liderando um distrito escolar local
fase pro fund a no princípio w aroplementan"dade ao desenvolver o sist~
O desenvolvimento do sistema ed ucacional é baseado nas políticas fiscais sistem jticas e susten- edu~ n~ d . o . . Tudo isso tem a presunção de que o sistema edu-
táveis. A educação finlandesa d epende intensamente do financia mento público. Como resultado cacional finlandês continuará se desempenhando bem nos próximos anos.
da crise fina nceira mundial, o setor público finlandês foi fo n eme nte atingido. Rapidamente. os
municípios vêm sofre ndo ape n os o rçamentários. Ao longo da última década. a dí,·ida dos mu-
Contudo, existem algumas tendências na administração do sistema educa-
nicípios finlandeses triplicou e a dívida nacional finlandesa t~t-á m aior do que nunca. O ~u".'enw cional e na sociedade finlandesa em geral que parecem causar preocupações.
da produti vidade e o cone nos gastos públicos agora são pohuca.s p~bl,ca.s comuns na Fmland, 3 • Primeiro, as autoridades nacionais de educação enrijeceram seu controle
Unificar o u fechar escolas pequenas é um dos resultados dessas pohucas.
D e um ponto de v ista internacio nal. a Finlâ ndia co ntinua sendo um pais de pt!quenas escob ~. sobre as escolas. Essa mudança indica que a confiança na capacidade das es-
O ta manho médio de u ma esco la abr.:mgeme na Finlà_nd ia é de 100 estudantes. Em 1~8. hav~~ colas de julgarem o que é melhor para os seus próprios alunos e pais está di-
1.988 escolas abrangentes. D esde 2004 , o número caiu q %. Um_total de , .900 escolas abra minuindo. Por exemplo, as Estruturas Nacionais Curriculares de 2004 redu-
entes desapareceu desde 1990. Isso mudou radicalmente a dens,_d ade e a _noturc~ d_a rede dae
:,colas abrangentes na Finlândia. Mais estudantes agora fazem cra1e10s ma,, longo, aie a escol . j ziram o papel das escolas no planejamento curricular. As Novas Estruturas
Mui tos v ilarejos são afetad os quando sua esco la focha: Grande pane dessa m udança estrutura Nacionais Curriculares de 20 16 não mudarão a organização tradicional do
foi guiad a po r problemas econômicos. não ed ucac1ona1s. . . . . tilizas- trabalho nas escolas: elas simplesmente acrescentam novas expectativas so-
. - d . bl" o finlandês também fez com que mu nos mumc1p1os u
A piora da s1ruaçao º.s~to r pu ic . sanar sua crise fina nceira crônic.:a. P rofessores bre a antiga estrutura.
sem dispe nsas rempora n as de professores para I s dias ou cm albr1.ms casos, algumas
fo ra m mandados para casa sem recebe.r paga~ enlO fºr ~dgun_ mun.erada o utros t~m que cui-
Segundo, o Programa de Produtividade do Setor Educacional para 2006
C . s estão de licença ,o rça a nao re .
sem anas. Enquanto os pro es~ore . 1 - . . as mas os imp:ictos negativos - 2010, um programa do governo, e o programa govern amental para 2011
dar de suas aulas e estudantes. A s econo mias gera m ente sao m1mm '
e as esco Ias façam mais
· com menos recur-
- 201) pedem que os mumc1p1os . , .
dessa prática nas escolas são g raves. d 1· . do setor público. P revi,ões eco-
r ·
Eu me preocupo co m os e , ettos em
lo ngo prazo essas po ,ucas
I d sabemos par experiénc1a
. sos, o que geralmente ocasiona unificações de esco1as, resul tando em escolas
.
. • . - m melho rias no futuro. Por um a o. , .. . .
nômicas na F mland1a nao prom ete
.
fi ..
. recu rsos mance1ros nao
:- resolve os problemas d1ano~ cad a vez maio res. Em alguns casos, os ganhos de produn·vidade são obados
_
P rópria, que simplesm ente d' aumentar 0 s ".ª . , , d d
por me10 da redução de atividades apos o peno O e aulas' da educaçao es-
d b . educacionais cria uma siruação
. . - constan te as ver as . d
das escolas. No entanto, a 1m_m_u1çao_ . ·cadas As escolas e os municípios serão capaZô .
q ual algumas estruturas essenc1a1s serao pre1ud1 . . . 1 ma~ uma anilise cuidadosa pecial e dos serviços d e aconselhamento estu an til · Isso pode acabar sen
d
d
o
~ , Eu acho que e poss1ve , > . d" .
d e conquisrar mais com menos no utur 0 : . p . ossercl• ros - ondea po upançapodeser . 1 .al as escolas finlan esas.
· · cessa.n a recisam .. pre1u teia! para o desenvolvimento do capita soci n d'- bre
das eslruturas e práticas arua1s sera ne . r . .d - ~J que ha1 · a desenvolvimento e , . 1 finlan e, so
d
feita e para o nde os recu rsos poupa os po
d em ser transien o, Pª" Alel!l_d isso,.nã.oJüu.Jma.icL . a clara no sistema educac10na
. d '. b "blica geral para a educação, essa
- No e ntanto sem uma quanua suficie nte a \ cr a pu
renovaçao. . , -~ 1direção a educação pública deve s.eguir no fururo.

. .. . 262 . . . .

1111111
Liçô,•s finland rsns O fururo é finlandés?
··· ·· ···· ··· ··· ··· ····· ················· ....................,
........
T erceiro, a finlândia está se afastando de sua posição.no topo-eomo..na,. do que em outros ~ C D-.&-Rão..é.a11.e
te _ . - ' I"' lli!.S.Jentar manter um a,
çào mais transparente, país com a economia mais compet~iva e sociedade cfeseÍÍÍpenho escolar, mas..se_esforçar 2ªru ue O -~ º . .,.
- . . , . - . ais conunue sendo uma
socialmente igualitária, de acordo com os índices internacionais maisTecen- sõciedade 1gual1tana e mantenha ~ a posição na lideran .
. - -- - • • - .1 - - - - - --ça como o sistema
tes. o~ dados do Pisa de 2012 mostram que parte do declínio da Finlândia educacional mais equ~tat1vo..u.o~ - - - - - - - - --
est;1 ocorrendo po rque estudantes e escolas com baixo desempenho estão Na reforma do seu sistema educacional a Finlândia
' - __ escutou c..o.m..aten-
caindo a tal ponto que estão ficand o com um desempenho notavelmente pior ão os conselhos dos outros países com relaça-o a~ que, , . '
ç;,.----- - . . _ e neces~
do que antes. Na pesquisa do Pisa de 2003, a amostra finlandesa apresentou aumentar a qualidade da ae:endIZagem estudantil e cum ·
-- . nrnov s
6,8% de estudantes com baixo desempenho (abaixo do nível 2) e 6,7% de naeducação. Autoridades finlandesas da educação dedicaram atenção es-
estudantes com alto desempenho em Matemática (nível 6) (OCDE, 2004 ).
pecíãlãõ-que as organizações internacionais' como a OCDE, a eomissa • .o
Nove anos depois, quando Matemática foi, mais uma vez, o foco da pesqui- Europeia e as agências das Nações Unidas, consideraram como sendo os
sa do Pisa, a Finlândia tinha 12,2% de estudantes com baixo desempenho passos necessários para as políticas educacionais finlandesas. A comunidade
e 3,5% de estudantes com os melhores desempenhos. Essa é uma mudança de pesquisa educacional da Finlândia adotou modelos e ideias de seus co-
significativamente negativa, mas que ainda mantém a Finlândia acima da legas estrangeiros.
média. Em 2012, as médias da OCDE eram de 23% e 3,3%, respectivamen-
te (OCDE, 2013a). A T alis de 2013, da OCDE, também mostrou algumas Figura 5.3. Desigualdade de renda na Finlândia utilizando 0
tendências preocupantes entre os professores do ensino dos anos finais do coeficiente de Gini (%) para 1991-2012
fundamental na Finlândia: a participação em programas de desenvolvimen- 30 r - - - - - - - - - -- -- -- - -- - - - -
to profissional é baixa, os professores raramente recebem feedback sobre
seu ensino e muitos deles se sentem despreparados para lecionar nas escolas 28t-- - - - - -- -- - - - --,,.,,----- --
atuais. Talvez a conclusão mais problemática seja a natureza exageradamen-
te tradicional do ensino e da aprendizagem nas salas de aula do ensino dos
anos finais do fund amental. Apenas os professores dos anos finais do ensi-
no fundamental do Japão e da Croácia relatam taxas mais baixas do uso de 24 t--- - -- - -~ - - -- - - -- - -- - -- -
tecnologia, aprendizagem em grupos menores e projetos que duram mais
de uma semana. 22 t - -- ------c~--- - - -- -- - - - - - -
Outros..indicad0res-t ambém-sugerem que-as desigualdades na socieda-
20 t--'~,____ _ _ __ _ __ _ __ _ __ __ _
de finla~desa e em seu sistem-ª edu_caci_onal estão ~~l_!!_e_l'!_t~ndo. A Figura 4· 1
sugeriu que, quando a igualdade de renda em um país diminui, más notícias
virão. Em termos de igualdade de renda, a Finlândia está entre os melhores 18 '----- - - - -- -- - - -- - -- - - - - -
1990 1995 2000 2005 2010 2015
países no mundo, ao lado de outros países nórdicos. A Figura 5· 3 ~~ stra
Fa,. u.· S!>Iis.."<S Finl,nd (~ d.e).
como a desigualdade de renda mudou na Finlândia ao longo das ul~1mas
duas décadas. A desigualdade ca~a ~ez ~ r é freq~~_:1:~la.99 !1-ª.-
da a problemas sociais- que
-- ~ situação atual da Finlândia, uma nova orientação é necessária.
5 r~~m cad a_v.ez.maJs,_ti!_tS
· · menta da
COJ!!_q Q. ~-u-=----:- -
Também e· 1mponante
· • - e uma colaboraça·o con-
manter uma comurucaçao
violência, diminuiçãÕ da confiança social, piora do bem::_:::ªr !í_!Íantil,.au-
tínuas e anvas
· . • Atualm en te, no
.mtemactonais.
.
mento da pobrê:iãe diminuição â ~ re·ndime·nto e~õlãr. Por is_so, o ~esafio com parceiros · entanto.· a
Finlând· . d. d be Como resuk1-
para a Finlândia, o nde a desiguald~de de renda aumentou_mais rapidamen- ta se tornou um parceiro que mais a o que rece ·

.... 26; ----


r

Lições finlandesas O futu ro é finlandés~


············· ···· ·•· ··· •·· ······· ············· ·············· ··· ··· ······· ············· ····•··· ··· ·· ················ ······················•• ......... .··· ····•· ·· ·•··
\ ,'--
a educação e insistiu que nada além de se tornar a p · . 1 .
do, ela precisa estar preparada para colaborar e trocar experiência s com ou- . , . nnc1pa economia do
.
conhecime nto do mundo, e tambem a mais competitiva , era sufiaeme
tros sistemas educaciona is que sejam fontes confiáveis de inspiração, ideias e para
colocar a Finlândia •
de volta na trajetória de outras econo mias
inovação. Eu sugeri que é necessária uma nova pa5-~ria global r-ara a lideran- _ . avançadas.
- soa.al
o sonho, entao, era fazer o sistema educacional produzi·sse coesao
ça ~ mudãnça-e ducacional-:-E"ssa-parc ería d~ ~i:.bas_eada~ i a
' 1a a se tornar·
transforma ção econômica e inovação que a1·udariam a Fiºnlan d'
dos sistemas encrsl5oas prattcãs,ãíémôe f sposição para avançar sem medo
e implement ar ideias e soluções in~ docaS-para-o-futurQ da educação. A um membro, completo ~a União Eur~peia e permanecer uma nação comple-
Finlâhâiãi na~tê~ ~~a po~ e ssa competição de novo~es eduêã- tamente autonoma. O sistema educacional, corno foi discutido nos capítulos
cionais. Porém, ela não pode manter tal posição sem uma visão inspiradora anteriores, era o principal propulsor que tirou a nação da crise económica.
da educação. Até hoje, as autoridade s finlandesas de educação dedicaram As visões anteriores de educação foram cumpridas e agora está na hora de
mais tempo a pensar em como tornar a fama mundial da educação finlan- formar uma nova visão que seja capaz de guiar a mudança educacional na
desa um negócio lucrativo, do que a construir verdadeira s parcerias educa- Finlândia ao longo das próximas décadas. P!1ra concluir, ofereço algumas se- l'

cionais que poderiam ter sido úteis no desenvolvi mento de uma visão tão ~ ara plantar esta n~':'!I v i s ~ o fu~
O So nho finlandês para o futuro da educaçâo finlandesa deveria ser algo
necessária. Após o Pi_sa de 2oo~ er feito com que a educação finlandesa se
como: aj~ar todos os estudante.s-a.enconrrarem s(u ra/entn epairàa aa ercela.
t.9rn~~e mui1ª_ia~ n; r~~a, as política~ de educa5_ão troi:;:;-e r~
Esse talento pode ser acadêmico, artístico, criativo, cinestésico ou de outra
:ºs _f@gmenta dou P-art~s_de uma nova l~gislação que o~!_Tl~ios foram
origem. A paixão surge quando a curiosidade leva à descobena do ralemo
obrigados aimplemem ar2 em uma visão compartilh ada .9~direção geral.
- - - .
Qualquer movimento precisa de uma base que parta de um conjunto cen-
------ único de..cada_pe ssoa. Toda escola_J:!recisa ser uma comunidade segura de
tral de valores, filosofias e uma visão comument e compartilh ada. Da forma aprendizag em para que todos os estudantes se empenhem, explorem e in-
como a vejo, a Escola finlandesa 2 . 0 deveria ser baseada em uma comunidade terajam com outras pessoas. A escola deveria ensinar o conhecimen to e as
~ d a f o r m a como sempre fez, mas devena preparar os jovens para
de a~.ei:e m gue a ap.rend~<!f;Ê!!!. tenha orig~rn_n..9smteresses,füip ~o
e~ criatividad e individual e tenhaJ como objetivo, ajudar cada aprendiz a errarem, também. Se as pessoas não estiverem preparadas para estar erra-
encontrar seu próprio talento. Seja q-~al fo-r a visão, formas -cÕ~pl~tamente d~ onforme Sir Ken Robinson (2009) afirma, não terão nenhuma no,·a
ideia valiosa. Estar disposto a arriscar-se e tolerar o fato de estar errado são
novasyees colas...d.exem..ser conside~"ãdas- A-no~.a-par ceria-global ~a ~u-
dança educaci0na l-deveFia-eorneyar--deste..p.Qnto de partida. as únicas formas como os finlandeses podem utilizar ao máximo nossos re-
cursos humanos escassos.
A ideia inspiradora , ou o Grande Sonho, uniu co~f~equência o povo
O formato existente da educação requer mudanças radicais. Em primeiro
finlandês e proporcion ou a ele uma fonte de energia emocional que pode
ser utilizada para realizar mudanças. Após a Segunda Guerra Mundial,ª lugãr e mais '"importante , as escolas finlandesas devem restaurar o engaja-
ideia era oferecer a todos os finlandeses urna oportunida de igual à educa- mento estudantil que foi, uma vez, um ponto para que a aprendizagem mais
ção pública de boa qualidade, independen temente do lugar onde moram, de personalizada ocorresse na escola. Personalizar não significa substituir os
seu status socioeconôrnico ou de outras condições de vida. Essa se tornou professores com tecnologia e estudo individualizado. A nova escola finlan-
a principal base do desenvolvim ento do peruskoulu no início dos anos 197o. desa deve ser um ambiente socialmente inspirador e seguro onde alunos
A primeira pesquisa do Pisa, em 2000, comprovou que o Sonho finlandês possam aprender as habilidades sociais das quais precisarão em suas vidas.
Aprend iza em ers . I' -
lizada e educa ão social levam a mais es ec,a ,zaça~
havia se realizado. O quinto estudo do Pisa, em 2012 , insiste que um novo
sonho finlandês é urgentemen te necessário. ~ as desenvolve m interesses comuns mais intensos de conhecimento e ha-
bilidade N- . · mas de mud~-a
Em meio a uma das piores crises econômica s pós-Segunda Guerra -.._ s. essa nova visão para as escolas, o~
surgiri~am.- - -- -- - -- - - - , °>!' ' ,:)..\11.,.::t__i-
' l•
Mundial no início da década de 1990, a Finlândia se voltou novamente para
---- \\,t,,\1.0-~"'1 \')l
.
\. ,, t ,l \
... . 266 .... \. \1.. l \\i\ Uli'
--
O fururo ; rinbndês?
L:çte :~ ··· · · ··· ·· ······ · ··· · ······· ·· ·· ··· ········ ·· · . . . . . . . . . .. . . . . . .

.U t'TIOS nmno ba-ado na .ala ck_aula- Desen...-oh·er uma aprendj... ,·ez m aior de esrudantes achará que o ensino na - ~0 1 e, -trre1evame
1. . ~- a

Po r já terem aprendido em outro lugar o que é impo~


zagát" ~ e baseada em aá ...-i.&des e',-enrualmerue le'\-a a • . . • ,..nre para e1es.
uma g ~ em q,.1e as pessoas podem aprend;,-, mai; d o que agora é Uma tendenoa comum na maior pane dos países da OCDE é um
emi:nacl.o= escolas por meio de disposiri...-os digirais.. a qualquer mo-
en=j:unento e interesse cada vez _menores
. o-
d123gem na escola.
. . . .
entre os ·0 , .
A Fmland1a nao e exc,.,..,;o.
1 ens na apre.n-
Alguns sugerem que.
mento e em qua!que;- lugar. D ispogri~-os ponáie:s oferecerao aresso ~ . . · -,-
on-lir.e ao conhecimen:o e a ourros ap::endi:z.e:s.. C o nhecimento e ha.. quanto mais , ·elhas as cnanças. menos motivadas ficam no que diz
hilidades cornp.arrilhadas que escio se tomando pane integral da es-- respeito ao que ocorre em suas escolas. Minha própria observação
pecializ2ção moderna e do trabalho pro:i5Sio na.l ramhém se comarao após ,;sirar escolas e salas de aula no mundo todo é que O que mais
pane da.s esco las e das salas d e aula tradicio nais...-\ FmLindia e alguns falr.:i é um e,,7>írito verdadeiro de curiosidade, tanto entre as crian-
outros países = que não é a duração do ano letivo ou do dia ças.. quanto entre os adultos. Se a curiosidade estiwr relacionada a
e..,-ploração. investigação e aprendizagem, deveria ser um elemenio
de aula que mais impana.. ~lenos ensino pode. na ve rdade. levar a ma:s
aprendizagem dos esrudam es caso as circunscinc:ias sejam adequadas e cen tral d a aprendizagem na escola para crianças de iodas as idades.
as soluções sejam inteligentes. Tais s i ~ adequadas incluem con- A curiosidade representa a sede por conhecimento e, por isso, é uma
fiança nas escolas. supone e o rientação ap ropriados a todos os esru-- força intensa oculta da aprendizagem e do aprm·eitamenro.
d.ances e um currírulo que pode ser localmente ajustado para atendei Precisamos repensar as escolas para que a aprendizagem se baseie
aos interêS5êS e às exigências das comunidades locais. mais em planos de aprendizagem indi,;duais personalizados e menos
Em vez d e conúnuar pensando no fururo do ensino em tennos de alo- no ensino baseado em um rurrirulo pad ronizado. A arte d:i educa-
car tempo às disciplinas.. ago ra deveríamos dar um passo fume e repen- ção no fururo será encontrar um equilíbrio entre os dois. Por conra
sar a forma co mo o tempo é o rgani:zzrlo nas escolas.. Isso significaria das possibilidades educacionais em e.,-pans.:io em nosso mundo digi-
dedicar menos tempo às disciplinas com·encio nais.. tais como língua tal, crianças jO\·ens ingressam nas escolas com diferenças enormes
materna, ~fatcmárica e C iéncias. e mais ternpa para integrar temas. ena-e elas com relação ao que já sabem e ao que conseguem fazer.
projetos e atividades. .'.'s aruralmeme. as aulas organizadas d~·eria.m es- Isso também quer dizer que jovens e-scào interessados em uma gran-
tar mais dispon íveis nos anos inicia.is do ensino funda.mental. e. então. de variedade de problemas que podem ser completamente estr:mhos
d everiam d iminuir gradualmente conforme a capacidade dos alunos para professores em suas escolas. Planos de estudo personalizados
de gerenciarem seu próprio compartamento e aprendiz.agem se desen- o u aprendizagem personalizada não devem significar que os estu-
volve. Isso também significaria fazer uma mudança do ens ino comum dantes somente esrudarão sozinhos com ferramentas e informações
apoiado no currirulo para um sistema baseado nos planos individuais de encontradas na internet, mas que de,·eri:im ter planos individuais
aprendizagem. Fa:zer isso daria a todos os esrud.antes mais tempo pa.í3 bem-preparados.. ricos e educacionalmente jusrific:idos para a :ipren-
participa r pes= lrnenre em ..,orblwpJ., projetos e artes signiricanies. d izagem , que sejam d t>sem ·o h ; dos em conjunto e :icordados entre os
2. Aprendizagem mais peraonali:.ada. É imponante que todo jovem ~ pais ~-o s..p.r:ópri0s e~ d.m1es.
adquira de1e rminados conhecimentos básicos, como leitura.. escrita >· Foco na. habilidades sociais. empatia t lidrram;a. No futuro, as
e uso da matemática. ~ o fururo, será imponante que os esrudan1es pessóaS-p :J:SS:lrlo mais tempo e dlr:io mais a1enç3o pessoal às l t'C1lO-
tenham form as alternativas de aprender essas habilidades básicas. .-\s logias de mídia e comunicação do que o faz.em :imalmente. De um
crianças aprenderão mais e mais fora da escola do que cosrumá, -am 05 ponto de v ista educacio nal. isso rt'present:i duas coisas. Primeiro. 3 5
aprende r na esco la, por meio de mídias. internet e d e diferentes re- pessoas geralmente p assado menos 1empc junr.is em um ambienie
d es sociais das quais fazem pane. C o mo resultad o. um número oda físico social. A interação social se da.r:i com o uso de redes soci:iis e

.. .. 268 . .. .
Lições finlandesas . ,
O fururo éfinluides.
. .. . .. . ............ ..... .. .... .. .. ...... .. ..
········· ············ ····· ···· ··· · ······ ·· · · · ·· · · ·· · ························ ········· ····· ...·······
comunic ação de novas ideias para os outros Não ,
o~tras ~e~~me ntas futuras que são vinculad as às soluções tecnoló-
avaliar como os estudant es aprendem oconh. ecim . e ªPenas imponame
gicas digitais. Segundo, as pessoas aprende rão mais sobre O mundo , . .
bas1cas na escola, mas também sabe r como esenvol d emo e as habilidades
e ou~ras pessoas com as tecnolog ias de mídia e comunic ação. Um
cação, suas habilida des de resoluça- 0 de pro blemas vem sua comuni-
enga1am ento cada vez maior em mídias e redes sociais criará uma .
e.
Testes convenc ionais de conhecim e d r e sua cnatividad
n~va fonte de aprendiz agem com outras pessoas com interesses si- mo a iorma co
conhecem os

agora irão gradualm ente dar espaço as novas IOrmas d a1·
r mo
milares. Automa ticamen te, essas novas ferramen tas sociais aumen- e av iação nas
escolas. Conform e elas avançam pa ra enranzar r .
tarão as oportun idades de ação criativa, visto que as pessoas podem as habTd1
. 1 ades de en-
sino que todos precisam em um mundo comp1exo e 1m
se tomar pane de projetos de código abeno, desenvo lvendo jogos ou ·•
_previs1vel, os
critérios para ser uma escola bem-suced·d tam.b·.
soluções digitais ao lado de outras pessoas nessas redes. 1
ª em terao que mudar.
As pessoas aprende rão mais do que pre .
As escolas precisam repensar no que deveria ser sua função central no . . . . . ctsam com ferramentas e .
dias d1gita1s, por isso será cada vez mais dT il sab mi-
que tange a educar as pessoas. A função da escola não pode continua r r - . I ic
d
er ex.acamem
e que
,unçao as escolas tiveram na aprendiz ag
sendo o que é atualme nte: fornecer o conhecim ento e as habilidades . em os esrudames (ou na não
aprendiz agem, se preferir). Dois temas serao - .
básicas mínimas das quais os jovens precisarã o no futuro. O futuro é importantes confo
rme
avançam os rumo ao fim desta década.
agora, e muitos jovens atualme nte já estão utilizand o essas habilida- . .
Primeiro, a curiosid ade na escola será m. ais
des em suas vidas. As escolas precisam se certificar de que todos os . importante do que nun-
. d .
ca, servmdo como motor de aprendizaae enga1an
estudan tes sejam fluentes em leitura, em matemát ica e nos conceitos . . . · o m, o, assim, rodos
os estudant es. em aav1dad es intelectuais' sociais, culrurais . f' .
de ciências e tenham o essencial do capital cultural. Tão imponam e f , e 1s1cas. A
alta de enga1am ento e a principal origem dos desafios r
quanto isto, no entanto, é que todos os estudant es desenvo lvam ati- que os pro,es-
sores enfrenta m nas escolas e nas salas de aula hoje em dia. Ao fim do
tudes e habilida des de que precisam para usufruir das informaç ões e
peruslcouf~, um número cada vez maior de jovens acha o aprendizado
das oportun idades disponív eis. Eles também precisarã o desenvolver
~a escola irrele~an te, e busca caminhos alternativos para cumprir seus
melhore s habilida des para interaçã o social (vinual e real), aprender
mteres~es. Por isso, a curiosidade e o engajamento na aprendizagem
a coopera r com pessoas muito diferente s delas e aprende r a lidar com
produav a na escola deveriam ser um critério importante para julgar
redes sociais complex as. O que provave lmente a maioria das pessoas 0
sucesso ou O fracasso das escolas no futuro.
no futuro não aprende rá em lugar algum a não ser na escola, e que
Segundo , a capacida de dos estudantes de criarem algo valioso e novo
precisar á fazer, é resolver problem as reais em colabora ção com outras ·
· importan
na escol a sera· mais te do que nunca, não apenas para alguns,
pessoas. Isso se tomará uma das funções básicas das futuras escolas:
mas para todos os estudant es. Se a criatividade for definida como
aprende r empatia , coopera ção e resoluçã o criativa de problem as em
~er ideias originai s que tenham valor, a criatividade deveria ser tão
,- peqoeno s~ divíduos diversiÉ 9Dos,
importa nte quanto o letramen to e deveria ser tratada da mesma for-
~ - - -- - --
+ A finalida de da escola é encontr ar seu talento. -0 sistema educacio-
nal atual julga o talento indmcfuã lprincip almente por meio de testes
ma. As escolas finlande sas tradicionalmente incentivaram a tomada
de riscos, a criativid ade e a inovação. Essas tradições precisam ser
de conhecim ento padroniz ados. Na pior das hipótese s, esses testes in-
reforçad as. Quando o desempenho dos escudantes ou o sucesso das
cluem apenas questões de múltipla escolha. Na melhor das hipóteses,
escolas é mensura do, o aspecto criativo da aprendizagem individual
eles se expande m além do conhecim ento rotineiro e requerem análise,
e do compor tamento coletivo deveria ser altamente valorizado. Em
pensame nto crítico e habilida des de resoluçã o de problem as. Contu-
outras palavras, uma escola bem-sucedida não é aquela capaz de levar
do, raramen te abrange m domínio s não acadêmi cos que incluem cria- · 1onge em
· di v1'd uo, seja ele estudant e, seja ele professor. mais
cada tn
tividade, habilida des artísticas, domínio complex o de informaç ões ou
seu desenvo lviment o do que poderiam ter ido sozinhos.

.... 270 ....


.. .. 271 .. ..
O futuro é finlandês?
.. .
LiçÕ<'s finl:mdes:is ······ ·· ·•··· ··· ············· ········ ········· ·· ·········· •.. ... .. ........ .... ....
,

···· ····· ······· ·········· ···


··· ·············•·· ··· ······· ·· ········ ··················
e quando nos apro-
tipo de esco- signifi cativa s e recom pensa doras. A felicidade floresc
A Finlân dia está. agora, no camin ho certo para o novo Robin son ( 2009) diz tratar-se de
A posiçã o decad ente do ximam os d e nosso eleme nto, que Sir Ken
la descri to por esses quatro temas de mudan ça? lsão de se con-
forçou os legisla- "desco brir a si, e não poder fazê-lo se estive r preso na compu
país nas classificações do Pisa, da OCD E, desde 2009, te cheio de pessoas
matem ática e de forma r. Você não pode ser você mesmo em um ambien
do res finlandeses a faze rem algo. A piora nas capaci dades ionais estão se tornando
um estudo de pesquisa iguais" (p. 148). A tua!m ente, nossos sistemas educac
comp reensã o de textos (letram ento). expost as por redefinidos do zero.
aprend izagem dos obsole tos e não precis am de mais reformas, mas, sim, ser
nacional de larga escala compa rando as habilid ades de ça sugeridos na
ental entre 2001 e A concre tizaçã o dos meus quatro temas de mudan
estuda ntes finlandeses dos anos tinais do ensino fundam ional, mas uma renova -
r a atençã o das autoridades Finlândia não é apena s mais uma reform a educac
2012. foi um sinal alarma nte e o prime
iro a chama e da aprendizagem,
nen, Vainikainen ção, uma transf ormaç ão contín ua e sistêmica do ensino
e d os políricos finlandeses (Hauta maki, Kupia inen. Marja A Finlândia tem 0
desse estudo, os re- avança ndo passo a passo rumo ao novo grand e sonho.
e Ho tulain en. 2013). Três seman as após a divulg ação mudan ça exige uma nova
tendên cias decep cionan tes do necessário para fazer com que isso aconteça. Tal
sultad os do Pisa de 2012 confir maram essas lição importante
decidi ram anunciar parceria e lidera nça mundi al na mudança educacional. Uma
aprov eitam ento estuda ntil. Autor idades da educa ção ar a excelência
o negativo. Ela se da Finlân dia é que existe m camin hos diferentes para alcanç
uma campa nha nacion al para reverter o desenv olv iment ento Global da Reforma
ro e contro lada educa cional . Esses camin hos se difere m do Movim
chama "O Futuro do p eruslcoulu" e é liderad a pelo minist de aumentar a pro-
ho um tanto conser vadore s Educa cional discut ido no capítu lo anterio r. Uma forma
por duas forças -tarefa . Os métod os de trabal iras e, talvez, a me-
ter aprend ido algo dutivi dade e a eficiên cia pode levar a econo mias finance
dessa campa nha questi onam se os finland eses pode riam me aponta m os futurolo-
foram desenvolvidas lhores serviç os tempo rariam ente, porém , confor
com Alber ta e Ontár io, onde iniciativas semel hantes , verbas cada vez
o de professores e gistas finlan deses Pirjo Stãhle e Markk u Wilenius (2006)
e imple menta das com sucesso ao engaja r grand e númer que haja investi-
menor es jamais criarã o melho rias susten táveis a menos
direto res na reform a educac ional. a econom ia finlandesa e
já havia convi- mentos simult âneos em algo novo. Previs ões para
No entant o. o Sindic ato de Educa ção na Finlân dia (OAJ) s são necessários
a pensar sobre o para a socied ade em geral sugere m que mais investimento
dado seus memb ros e a ampla comun idade de interessados educacional e eco-
foi a reação dos professores para trazer novas ideias e inovaç ões no desenvolvimento
futuro da educa ção na Finlân dia em 2012. Esta que vem sendo, tradi-
o sistemático sobre nômico, e para mante r o alto nível de capital social
finlandeses ao vácuo da lideran ça e à falta de um diálog ional na Finlândia.
OAJ mobilizou pro- cionalmente, o propu lsor do ótimo desem penho educac
a direção que a educa ção finlandesa deveria seguir . O iar de uma das
fessor es e cidadã os de toda a Finlân dia para compa rtilhar em suas opiniões °
N final dos anos 1990, a Finlân dia foi capaz de se benefic
ão, criatividade e
a
sobre como a educa ção deveria ser condu zida no futuro
. Nenhu ma dessas econo mias nacion ais mais compe titivas. A experimentaç
escolar, e a confiança
duas iniciativas sugere quaisq uer mudan ças radica is à
estrut ura atual ou à os contat os foram vistos como o coraçã o da melhoria
io essencial da ges-
lógica do ensino na Finlândia. Além disso, não trarão nenhu m recurs o ou ~os profes sores e nas escola s foi reforç ada como princíp
incentivo e apoio
invest imento novo impor tante que aceleraria a reform a
no mome nto de uma ~ao educa cional . A mudan ça educac ional deveria trazer
a nas salas de aula e nas
crise econô mica profun da na Finlân dia. ª tomad a de riscos para que a criativ idade floresç
te é possível comª
Dois mil e trezen tos anos atrás, Aristó teles afirmo u que
a felicid ade é 0 escolas, levan do a novas ideias e à inovação. Isso somen
uma liderança edu-
propó sito final da existência human a. A felicid ade se
tornou , de fato, um ren~va çào contín ua da educa ção finlandesa, guiada por
as do setor público.
dos índices utilizados para mensu rar o sucesso das naçõe
s. Algun s sistemas cacional intelig ente intima mente ligada a outras polític
e a felicid ade das a educacional so-
educac ionais , como o da Finlân dia, veem O bem-e star . O que muito s países busca m no mome nto é um sistem
d s a fazer .o
to que a felicidade ·
cialme nt e Justo com escola s que inspire m profes sores e esru anre .
crianç as como objetivos integr ais das escolas. Eu acredi
e as acham isrJs educacionais
surja quand o as pessoas conseg uem fazer as coisas que gostam seu melho r. Seym our Saraso n ( 1996) lembr ou os reform

.. .. 272 .. .. . . . . 27 3 . .. .
1.;1,i,•s linl:mdl'sJs
e, Í11111r,, /· finl11n,J;, t
····· ·· ········•··· ······· ·········· ············ ··············· ······· ··· ··· ·········· ··· ·········· ·· ··········"• .................... ........... , .. ,

que "os professores não podem criar e manter contextos para a aprc11Ji;awm ·ilic r11a1ivo para a aprcneliz:igcn, personaliz·ida I'· , r } , . . º ' 1 .,,
' ~ ·· '· ,,r,J 11, 11nlandc·;("1\ , .
produrii·a, a menos que tais condições existam para eles" (p. 167). A polític:i sonalizaçiio 11;u, se 1ra 1a ele fazer com 'fllC , ,, c·Grud~ni. ,·'-· Ih '·• pt r-
,, t ~ rr,m.i cm rlc (r,rm·
educacio nal finlandesa se adequa precisamente a essa convicção. O gover- inclcpe11elc11I<' cm c:11mp111ael11res. /1 Via Fi nl:incb;i de . .1 . •
no finlandês entende a importância dos professo res e, dessa forma, investe . . .. • vc arcn,1\."til'-Dtce.\ · i,
chclcs ele c:aela <:r1a11ça c:11m organ1z,1cr'lc~ flexívci~ e ,1·~ . "
1 ("f <:ntc:, t.trn.inb{Y.; rf,.
_:. • • '
intensam ente não apenas n a formação e no desenvolviment o profission.il
ap!:_cncl1z;1~c~. /\ sabcdona cfo cd11 caçii11 (,nland,-~., í: ~írnpb~a...furu,..'iú cu,~
dos professores, mas também em ambientes que estimulem o trabalho para professor e aJ1.1clar os cs111dantes a faicrcm scu mcl11t,r, _
que o magistério atraia e retenha talento. ,.. Como uma força ele co111rapcsn con1ra o Movimcrw, (; Jr,hal da Ref,irma
Muito antes do aumento da atenção à educação finlandesa após a publi-
Ecl11cacio11al que e~1;í conduzindo os sí~1cm;i~ cclucacic,n;1j~ pclr, mund,,, a
cação dos resultados do Pisa de 2000, tive o privilégio de receber Scymour Via Finlandcs;1 revela que um currículo cri;ui vo, prnfcw ,rc\ aurí,n,,mn~ li-
Sarason em Helsinque por uma semana, em 1995. Ele estava finalizando a derança corajosa e alio dcsem pcnlro caminham lad,, a lado. A Via Finland~""ª
revisão de seu livro A culcura da escola e o problema da muda11ça, cio qual a clcmrmsl ra claramente qu_e a culaburar;iln com prQ.ÍCw1re<1 e nii,, r, confr,,n :-
observação acima foi retirada. Levei Seymour para visitar escolas, falar com
professores e falar para as autoridades educacionais seniores sobre as leis
- /1 evidência é clara, e 11
in com e les é n caminlrn para mcllrorc~ rc~ulradr,~.
caminlro ú frc111c lambém deve ~cr.
da mudança escolar da forma como ele as via. Ele também leu as Estruturas
Nacionais Curriculares das escolas abrangentes e do ensino médio e os pla-
nos de desenvolvimento educacional que havíamos preparado para o futuro
do ensino. Em nosso último encontro, pedi que Seymour resumisse suas con-
clusões. Ele respondeu: " Por que você me trouxe aqui? Seu sistema escolar
me parece muito próximo ao que John Dewey tinha em mente e ao que cu
venho escrevendo sobre o ensino e as escolas pelas últimas três décadas"•
Realmente, John Dewey sonhou com o professor servindo como um
guia para ajudar as crianças a formularem perguntas e elaborar soluç~es.
Dewey via a experiência própria do aluno, e não as informações fornecidas
pelos professores, como um caminho crítico para a compreensão. Dcwcy
também afirmava que a d emocracia deve ser o principa l valor cm cada es-
cola, da mesma forma como é em qualquer sociedade livre. O sisrem~ cd.u-
cacional na Finlândia, como Sarason apontou, e, mold a d o po r e s•sas 1de1as
de D ewey e complementado com os princípios finlandeses da praticidade,
criatividade e senso comum. O que o mundo pode aprender com a mudança
·
ed ucac1ona1na Fm · 1·andº1a e' que e' passive · tem,1· e·ducacional bom
· um sts
' 1crtar
e equitativo para todas as crianças, mas e necessano ter a m1·s t u ra certa de
, , •
inventividade, tempo, paciê ncia e determinação.
. . . dora para
A Via Finlandesa da mudança educacional deveria ser mce nuva
aqueles que acharam que concorrencia, escolha, prestaçao e cont .,Is baseada
• - d .
, 1
a. Além disso,
. I
cm testes e pagamento por desempenho são um b eco sem sa1c
c·1m1n 10
o futuro da educação finlandesa descrito acima pode ofe recer um '

.... 2 74 ... . ... . 275 .. ..


Posfácio

Frequentemente me perguntam se há algum país oferecendo nacional-


mente os tipos de educação que eu defendo. A Finlândia, eu respondo, e,
ao longo das 275 páginas acima, Pasi Sahlberg explica claramente os mo-
tivos para isso. Ele descreveu como e por que o sistema finlandês evoluiu
da forma como evoluiu, como ele funciona atualmente, os princípios sobre
os quais ele é baseado e os desafios que ele enfrentará no futuro. A educa-
ção na Finlândia é perfeita? É claro que não. Ela permanecerá assim para
sempre? Como?
Assim como todos os sistemas humanos, a educação finlandesa está em
um processo constante de transformação. Ela está embutida em diversas
mudanças econômicas, sociais e culturais que afetam a forma geral de vida
na Finlândia. E elas, por sua vez, são parte de tendências globais ainda maio-
res que afetam todos nós, onde quer que estejamos. Sistemas nacionais de
educação têm que evoluir exatamente por isso. Como devem fazê-lo é exa-
tamente o assunto deste livro.
O principal tema do Lições finlandesas é que transformar a educação se
trata de criar as melhores condições para que os jovens se tornem aprendi-
zes engajados, indivíduos realizados e cidadãos solidários e produtivos. O
Movimento Global da Reforma Educacional ( ou G ERM, como o Pasi tão
primorosamente o chama) pode declarar ter essa intenção, mas as práticas
que ele promoveu nas escolas tiveram efeitos totalmente opostos. Em todos
os países, o movimento dos padrões restringiu currículos, diminuiu a moral,
reduziu aspirações, aumentou a ansiedade e dificultou o aproveitamento de
estudantes e professores. Os países que se saíram bem nas agendas padroni-
zadas geralmente pagam um alto preço pela perda de criatividade, inovação
e engajamento dos estudantes, as grandes qualidades das quais a vitalidade
pessoal, cultural e econômica agora depende.
Nos últimos anos, meu próprio trabalho se focou na importância da cria-
tividade nas escolas e em permitir que os estudantes desenvolvam seus ta-
lentos e paixões pessoais. Em seu último capítulo, Pasi argumenta que esses

.. .. 277 . ...
Lições finlandesas JJ,,sfáci,,
····· ······· ··· ······ ·· •·· ········ ···· ······· ·· ·· ········ ··· ····· ····· ······ •· ··· ···· ····· ····· ········· ··········•·· ······•... .,. .. . . ... .. . .........

aspectos devem ser prioridade na próxima fase da evolução da educação uito mais chances de viver suas vidas com cnnfian .
m _ . .. . ça e cnru\1a~m0 e: de cum-
finlandesa. O que isso envolve? p rir os desafios com os quais se depararem com resilP ._ d
cnc1a e escnv<>lru .
Eu defino a criatividade como o processo de ter ideias originais que pos- AJ'udar todos os estudantes a encontrarem seu Elcm . . ra.
, enr0 tem implica ,;C<I
suam valor. Existem diversos equívocos quanto à criatividade. Um deles é na estrutura do curnculo escolar, nos métodos de en~· . ç
. _ . . . , mo e aprend11.agem
que se trata de um poder especial que apenas algumas pessoas têm. Não é. e na avaliaçao e no credenciame nto. Ajuda-los também : no centrr, do
. esta
É um processo que utiliza diversas capacidades que todos nós temos. Outro ciue representa perso nalizar a educação. Conforme Pa~·1 argumenta, . .
faze-
_ .
equívoco é que a criatividade é limitada a certos tipos de atividades, prin- -lo com o coraç~o e _d e forma determinada agora é O principal desalio dos
cipalmente à arte. Não é. Por mais essencial que a arte seja na educação, a sistemas educac1ona1s realmente envolvidos em ai· udar 05 -ovens a serem
1
criatividade não se trata apenas dela. Podemos ser criativos cm qualquer bem-sucedid os em um mundo que está mudando mais rápi'do d,, que nunca.
atividade que envolva nossa inteligência, incluindo matemática, ciências, Pelos últimos 15 anos, a Finlândia esteve bem à frenre dos demais · d
na e u-
tecnologia e qualquer coisa que você possa fazer. cação. O resto do mundo tem muito a aprender com essas lições finlandesas.
Eu faço uma distinção entre a criatividade geral e a pessoal (Robinson, Uma das lições mais importantes é que esta história ainda está em evolução
2011). Um dos obstáculos ao pensamento original são os padrões conven- e está longe de chegar ao fim.
cionais de pensamento que não damos o devido valor: todos podemos ficar
facilmente presos no "senso comum". Existem técnicas de pensamento cria-
tivo geral que qualquer um pode aprender e praticar para desafiar os hábitos - S IR K EN ROBIN SON
aceitos de pensamento e para gerar novas ideias e perspectivas. Tais técnicas Lo, Angdu, JtttmÓm dt 201 -1

deveriam ser ensinadas rotineiramen te nas escolas, assim como outras ha-
bilidades essenciais. Elas também deveriam fazer parte do desenvolvimento
profissional de professores para que eles possam utilizá-las para eles mesmos
e ajudar os estudantes a fazerem o mesmo.
Em meu livro O elemento: como encontrar sua paixão muda tudo (The
elemenc: How Finding Your Passion Changes Eve,ything), eu analiso mais de
perto a criatividade pessoal (Robinson, 2009). Todos temos padrões únicos
de aptidões e interesses. Estar em seu Elemento se trata parcia~ment~ de
- e sufic1en-
descobrir o que são os elementos. S ah er no que voce• e, om nao
b
. d · - Você pode ter
te. Muitas pessoas são boas em c01sas as quais nao gostam.
0sta ~
urna aptidão para música, matemática, design ou culinária, mas não g
•d
de nada disso. Para estar em seu E 1emento, voce eve gostar
dele · Se voce,
, ah li p I ontrário, voce
gosta de algo em que e, bom, nunca parecera tr a 10. e o c , .
nte, um novo senso de propos1to
recebe energia por fazê-lo e, frequenteme
também. "b
d ntes sai am,.
Existem algumas coisas que queremos que to d os os estu a
, mb, precisa. m descobnr•
entendam e sejam capazes de fazer. Porem, eles ta em
. , .
e capac1"d a d es umcas. Q uan d o o fizerem, tem
e desenvolver seus interesses

1
. . . . 278 .... 1
.. .. 2 79 ... .
1
Notas

INTRODUÇÃO

1. O Banco Mundial e a OCDE utilizaram a Finlândia como exemplo


em Aho, Pitk.anen e Sahlberg (2oo6) e na OCDE (201 ia). A McKin-
sey and Company se refere à Finlândia como comparativo mundial
de boas práticas em Barber e Mourshed (2007) e Auguste, Kihn e
Miller (2010).
2 . Alusão à Norrhern Exposure, uma série televisiva de muito sucesso na

década de 1990 que retrata o choque cultural entre pessoas de origens


e culturas diferentes.
3. Houve um debate público na mídia finlandesa logo após a publicação
dos primeiros resultados do Pisa da OCDE. Diversos membros da
comunidade acadêmica finlandesa rejeitaram os resultados argumen-
tando que os testes não mensuravam Matemática ou Física "pura",
mas algumas formas de conhecimento cotidiano comum, irrelevantes
para estudos mais aprofundados dessas disciplinas.
4. Howard Gardner visitou a Finlândia em maio de 20w, e sua entre-
vista foi publicada em Helsingin Sanomat no dia 28 de maio de 2010
(p. B9).
5. Nota: tradução do termo inglês "white paper'' -documento legislativo
que explica e apoia uma política pública particular.

CAPÍTULO I

I. Peruslcou!u é o termo finlandês que se refere à escola obrigatória com


nove anos de duração, formada por seis séries do ensino abrangente
e três séries do ensino abrangente superior (Nota: Referem-se, res-
pectivamente, aos anos iniciais do ensino fundamental e anos finais
do ensino fundamental, no Brasil) .

. .. . 281 .. ..
Nora.-.
... ... .. .... ....... .. ....... ........ ... ....... . .. .............. ....

:_ '. ~~ -né a ~eç.úblrc;s ~e refere ar, período de r94ri- rc;,94 na hisróri;; Marem:íríca e C iências) mensura as rendénci· . .
•. .. . as no aproveuamenro de
tinla.nr:e,-.;; em Afa<:ut.ran ( í')') ~ J - Marcmarrca e C1ênc1as na quarta e na oitwa ; · EI .
. ' 5cries. · e e conduzido
,..-...r,r.,..:.p.r,r,i ~re an anri~c, ~ínásir, (ap0<1 r, quínrn ;,nr, do eMinr, fun- cm um creio regu lar de quarro anos desde 199 d
. . _ 5, tornan O O TIMSS
r:amr.r.r;;I da ~t.ar_,;1r, t.r;,-:íleira). 2 o r, a quinta ava!1açao de rendências no aprovcir· d .
. . . amemo e Matema-
4- .l_ r:&-.;m:. •.ér:e ~ um ;;nr, adiciona! w,lurirárir, apó'l a cr,nclu<iãr, da rrca e C rênc1as. O PIRLS (Progresso no Esrudo rnrernac1onal . • sobre
. _ .
~ J,.r__;;r~r, r.f:.r.e;iri,n;; . Ll'l:.Ónre<i rém plano'! de ;,prendi7.agcm perv,- a Alfabe11zaçao para a Leitura) mensura as tcnd cnc1as ' ·
na compre-
r.aíi=i r.-: -:prc;;men re rr.i!m. radr,~ a dí~ciplina,;, tema<i ";,cadémico<i" ensão de rcxros na quarta série. Avaliado pela pr·i me· ira vez em 2001
'!:.rf.r:cr,ç_ L m é,.-,-, ç.rir.crpai-: r,bjerivr,<: d;; décima 'lé rie é propürcir,- o Plíl LS é aplicado em um ciclo de cinco anos reguI·ar dcsde enrao. - '
1 ; r ,,,-.<: ·r .,;,ens r.:rn;, -.e~1. nca r,pr,rn.nid;;de de melhr,rar '!CU'l conhe- Tanro o Tf MSS quanro o PIRLS. foram avaliados em 2011, quand nos
.
.:..'m~rr.~ e r.;;r.1:ii::ar:e,i a li rn de e;,.e ~ejam bem-<:ucedidr,<1 no en~inr, ciclos de ambos os csrudos se alinharam· Mais infiorm·açoes - e rcsu1ra-
mP...?.ir. A c:h:1rra •.é-rie é rirgani7..ada u ,mr, parte dr, peru.,kr,u/u nr,rrnal dos esriio disponíveis cm rimssandpirls.bc.edu (cm inglês).
~ ~ .ec.;r,r:4f:.;:i ç.r.r 11'!1~~ ç:,rr~f~<'/J!"~. 3. N.íl. : não há um sistema de ensino federal no C•n•d.- •, Co · · -
. ., . . " " •1. " nsuru1çao
v-;v-.,_7'f;i<:t;;r,g,r.r.i:,r.<:r.c.r,rr.lhir,g..lan<:-:ve-r-'lheet/ wpl 2o q/ 01/ 20/ atribui as prov1nc1as a responsabilidade exclusiva pelo ensi no. Cada
rr, r n ia-h igh-<:chool-ex it-ex;, rn /.
-::v~ :-r:-! 1:.r...,-,t:..-rr,prc:'./4 'Jr. u::d.-r.r.,-e;. li província o u rcrritório rem se u "ministro" da educação.
r-, i:, - ·.•,...;r. ,_r.,, i.rir. fr.1 L.:T.a ir,1cracin de melhr,ria e'lcr,lar financiada
~ r. c;a-,-;e-rrv. ·I': r: n!-.a u ,rr.r. r.f:. jeú-u, av,íu;:, mudança de urn si~rema
C APÍTULO 3
~e ~r-;,r. r.ne.-,r-;,r:r, ~.rralrr.e1'íre p;;:a um cenário de liderança Inca!
I': ;-.-:~fi:r.:-r;. cr.r.r::-.t-.a. L rr,;; r ,r,;; de:-.críçh, pr,de ~.er encnntrada (em 1· N.R.: raxa de câmbio que permite harmonizar o poder de compra
":r. 1,,-;s,,:,i:-:, r.a ce-,e ée r::r,,, rr,r;;dr, de Hel!-:tri,m (i.r...r,4J.
relarivo a difercnres moedas por meio da eliminação das diferenças
-, ,."' _' 'lr."' .rr. '1 ac1r,r.,, f r:e <.dl~ée e P.err,- f-.-:r;;,r ('[ H L; www.rhl.fi/ l-nl nos níveis de preços em diferentes países.
.. , · ·
'\I'"..[, r!-.!r.~. ~.-. ,,,p;1é'>J e urr. r:-,-:muu, e p '1
d e<;rruí~·" e de<.envr,lvi- 2
• O Processo de Bolonha é urna iniciativa intergovcrnamenral que tem,
m~ rr. r:r. \(ir.r-:rir;r, Fi:-.!;;-r,dé.1 de A ~•.untri'l <.. r,cí;,io, e Saúde. O Tf f:·• arualmenr e, 46 signatários. Seu objetivo é criar uma Área Europeia
,. , ~~, _,._,, r, . ,.,.;,..Jaie c,-,rr.r, i,rr. tridr,, além da cfJmunidade cicnri -1
,, , ~ - ,r;.>v• ~ h A<Ch • ' de ensino superior com sistemas harmon izados de formação e o Sis-
fr.::; C,r".t:-:,w,r.:.-:-: !.:. ire;, I': rr,rr.aér,re-: de deci<:.i:r, nr, gr,vernr> cenrra_ tema Europeu de Transferência de Créditos (ECTS). A fo rmação de
~ ; ..r, ,.,
t
. r.~J,. . r.. ic.if,tr..~. r ) r , -
;en'"'1",
- . .de e r> bem-e~rar nd
d ~u
e ç.rr>rf1f>VtT professores é descrita em Pechar (2007) e Jakku-Sihvoncn e Niemi
(2006).
3· Uma colaboração po r ro da a Europa na formação de professores au-
menrr,u d evido ao Processo de Bo lonha e a programas de troca es-
pecífi ca na Europa, mas relações intensas e arivas de pesquisa perma-
nece ram entre as universidades finlandesas e seus homólogos norte-
·amc ric.:a nos, britâ nicos e australianos.
4· N. T : é 11 ma das etapas de forrnaçiio do professor - grnduação - mes:
rraclo · d ~ n e fcrc-se ao processo de 1mc 1aça, 0 do professor a
· · .-..
ln uçao.
~al,1 de aub.

283 .. ..
Noras
Lições finlandesas
················ ······ ······ ············· ················ ....... .... ........... , ....

a impleme ntação de políticas e estratégias de fc d .


5. Houve um debate contínuo a respeito de se o exame de matrícula afeta . , . re orma e ucac,onal
Para uma perspect iva pro-de!tverology' vtde "gu·,a de campo" de Bar-·
de forma negativa a forma como os professo res lecionam nas escolas .
ber, Moflit e K,hn (2011). Para uma perspectiva cnt1ca, ·· 'J • .
de ensino médio. Algumas das conclusões de pesquisa s empíricas são vtae cnuca
de Seddon (2008).
relatadas em Haivala (2009).
2. Por exemplo, _Hargr~av~s (2003): ~chleicher (2007) e Grubb (2007)
1 ressaltar am a 1mporta nc1a de pol1t1cas
. .
alternativas de ed ucaçao -
para
transcender as reformas educac1o na1s convencio nais.
CAPÍT ULO 4
3. Fatores culturais foram discutidos por observadores externos da edu-
1. Estas são as duas principais revistas acadêmicas dedicada s à melhoria
cação finlandesa. Vide Hargrea ves et ai. (2008), Schleicher ( 2oo6) e
escolar e à mudança educacional. Grubb (2007).
2. A ideia inicial de "uma nova ortodoxi a educacio nal" é de Andy Har-
4. Um arquivo da cobertur a da educação finlandesa feita pela mídia des-
greaves. Vide Sahlberg (201, ).
de a pesquisa do Pisa de 2000 pode ser encontrado on-line, em www.
3. Também conhecid o na literatura especializada como literácia e nu- pasisahl berg.com (em inglês).
merácia, letramen to e letramento numérico.
4. Neste contexto , estudos acadêmicos são represen tados por outros
compon entes curriculares tais como Letrame nto, Numeram ento, Le-
tramento Científico...
5. Eu estava liderand o um projeto nacional chamado Resolução Cnºati-
va de Problemas em Escolas que tinha ligações próxima s às empresas
finlandesas de inovação tais como Nokia, Kone e Vaisala. Ele era ad-
ministra do e fundado pelo Conselh o Nacional de Educaçã o Geral.
Parte da inspiração para esse projeto foi a iniciativa Resolução Criativa
de Problemas sediada em Buffalo, Nova York.
6. O Fórum Econôm ico Mundial (FEM) é uma organiza ção internacio-
nal sediada na Suíça que coordena pesquisas sobre economia. Com-
parações semelha ntes da competit ividade econômi ca nacional são
feitas pelo Instituto Internac ional de Desenvo lvimento de Gestão
1
(IMD). Na classificação interna da União Europeia da competitivida-
de econômi ca de seus Estados-membros, a Finlândi a foi classificada
no topo, ao lado da Suécia, em 2010. 1

5
CAPÍT ULO
1
1. Um exemplo saliente desta cultura de responsabilidade é a aborda-
gem fam osa e controve rsa chamada "deliverology", que se baseia em
metas, mensurações e responsabilidade para gerencia r e monitora r

.... 285 ....


Pl_eferências bibliográficas

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..f\.· f.J]'"\ V~:.~; t; ;l,;;-~;-';:.il!? t.JÍ r.J~}_,, j~/C--_::.,-==.,c ..,,_,: -: ::ic:..e:.7 V-..-::.c:i.:=í~C ,:i::i° E.ê.a:;,_ J.. & Sai-~erg.. P. r ::-..o5; . ..i...ccou::ciliiii.r,;- ar:ecrs rhe use or· sm:ill
'n:.':l'/.>J J.J•.:·v':::lr.17.D!:::at. ~ --!..~ [ea:ni:-tg i.:: , cl:coi IT'..4drernacics. •\ ãrdú: Sr:u.d.ús in. .ita lu.m.c.:ic.s
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A'>PJ~'_._._v_ H... ~: M..-.1i-....r1!.<!.. '~- 'z.-.,-.,(,__ ?:·/2:c.;:.:.._. :;'.:·,,..-::..:: ~ -.e ,·.fé :e U CDE Educarion \"fo rkir:g Papers. ~ o. , ). OCDE Publishing.
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. . .. 30 2 .. .. p; ... .
Lições finla.nd= , Índice
·········· ··· ··· ······ ····· •· ···· ····· ... ...... ... ................. ............ , ..

Campbel l, D. T. 126 Compar ações internac io nais na Consenso l l • !",,, 67, "9,
u
Auguste . B. 27n1 2lj, us, 144
educação . Vid, também Movimen to
Austráli a 21, 23 Campbel l, E. 64 Conrexro para 3 reforma 111
G lo bal da Reforma Educacio nal
Autonom ia 41, q 9. 171-178, 186. 187, Capital humano 68. 96. 171 19 1. 211. (GE RI\!). Vid, também avaliações Cooperaç:lo
212 228. 240,214 internac ionais po r no me 46. 50. 96. entre os cdu,adore~ 1S1, 100,
Capital profission al (H a rgn~aves e l i 2 . 1 39. 22 3, 226. 2 34
l O<)T, 24 l
Autorreg ulament ação 81
Fullan) 192 competê ncias adultas 102 enrre se1ores da econumia 218-
Auxílio financeir o para o ensino 119, 129
Capital social 220T . 263. 17, concorrê ncia e escolha 11. 40 . 10.
supe rio r 103
86. 89. 20 2, 20 3 Cooperaç:io inrerst·1orial 119, 218
Avaliaçã o em sala de aula. Vúl, Caracter ísticas culru rais do povo
equ idad e 210F Corrdaçào e caus:ilidadc ll, 140
Avaliaçõ es: informai s finlandês q 8. q 9. 110
esrudant es resi lientes 210
Camoy. M. 223 Corrida ao Topo , 1, 10 , l6, 4 ,. 106 ,
Avaliaçã o Naciona l de Desempe nho horas lecio nadas 117F. q6, 179F 107
Educaci onal dos Estados Unidos 256 Castells. ~I. 11. 2q matricula na educação especial
IOS. 109, l i I F Coun1 ry llr,md Drlega1inn 140 , 48
Avaliaçõ es internaci onais. Vid, po r Causalid ade e correlaç.ã o 52. q o
melhoria escola r 208, 230. 247. Creche 48, 90, 92
no me Center for America n Progress and
27 3. 2820, 284n Créditos do curso 70, 1r, 1. 171, 1sin
Avaliaçõ es. Vid, também Testes the Educario n Trusr 191
narureza do ensino 69. 116. 161
d efinitivo s; Padroniz ação no Cenifica ção em educação Criaiivid ade 101- 20<), 11 6, uS
políticas educacio nais 89
aprendiz ado/test es. Vid, 1ambém profissio nal 77. 80 C rise cxon6mica li, 41, 111 , 167, 271
professo res/ e nsino '-19, 166, 1So,
avaliaçõ es internac ionais listadas por Crocker, R. 11 l, 81
Chaker. A. :--. 48. 132 184,190, 191
no me reprovaç ão de ano 131. 1l2
Chijioke, C. 47 Cultura J., o,-ola e o proM,ma J.,
in fo rmal resultado s da aprendizagem 9S, mudanra, A (Sarason) 271
China 19. 20 , 26
nacional 99 Cultura do ensino 148, 1p
Christen sen. K . B. 121, resultado s da reforma
educacio nal sobre variação no CuhurJ escolar 191- 191
Ciências educacio nais aplicadas 2 39
Baker, E. 18 1 Cunha, F. 108, 146
Classificação d as escolas 170 desempe nho estudant il 10-1-1 00,
Banco Mundial 2.1, 26, 39, 47 107F, 131 F C uriosidad e 148, 1(,7
Clima econó mico e cond ições para a
Barber, M. 47. 19 1,213, 254, 281.281 Complac ência 26o Currículo
reforma 88. 94, 211-223
Base familiar Vid, também Fatores Compro misso emocion al 261 desenvolvimento 176-178
Coesão social 21, 48. 19, 226, 267
socioeconómicos em resultado s e aprcndiz.1gem cooperati va 111,
Colaboração internac ional 199 Comuni dade d e Aprendiz agem
educacio nais 10 3, 104, 123 . 131 , 190, Profissio nal (PLC) 82, 111 2 Jl
210T, 249, 210F Colaboraç-.io na uni versidad e 83 em reforma 19, 61, 61-69, 81
Comuni dades de aprendiz agem s1, ênfase em Ciências 11 9
Bases do ensino 20 1 Colabor ação p rofissio nal 192 , 2q 86
ênfase cm Matem:i1ica 11 9
Bau rie r, E. 121 Colabora ção. Vid, C o laboraçã o
Concepção do conhecim ento 81, 81 na fo rmação de prof,·ssores 161 -
Benavot , A. 46 internaci onal; Colaboração
Concorr ênt;a na área do ensino , 14 1691 171
profissio nal na forrnaç.1o inicial infaniil 91
Berliner, D . C. 84, 89, 142
Cole man, J. 64 Concorrência e ntre as escolas 23. 4 o.
Berry, J. 71 no ensino profissional 70
S3, 86, 89, 201
Comi té Curricul ar da Escola d os padroniza~·:io 104, 108
Bjorkvis r, O. 16 1
Anos Iniciais do ensino fundame ntal Condiçõ es de trabalho 16. 44 , 9 9, unificado (Finlândia) 17, (,o
Bo letins 141 147, 156
18 Currículo Nacional para a Escola
Bracey, G. 121 Confianç a 3 1, 36, 40, 41 , -1 3. S4
Comité C urricula r Escolar Abrangente 66
Breakspe a~ S. 126, 204 Abrangente 59 Conselho de Exame de Matricul a 7; Custo da educação 101-103, 116- 118
Brophy, J. 129 Comitê do Sistema Educaci onal 59 Conselho Nacio nal de Educaçã o 36, Custos da guerra H
Bush, G. W. Vid, também Nenhum a \ 9, 6o, 80, 9 3, 166, 174, ~2
Comitê dos P rogramas Educaci onais Cn,maeus, U. 13 1
Criança Deixada para Trás 11
6o. 6 1, 62 Conselh o Nacio nal d e Educaçã o
Geral 62, 67, 8 J, 284n

.... 3o4 .. .. .. .. 3o5 .. ..

o

Índicr
···· ··· ······•· ··· ········· ··· ··· ····· ·· ............ .... ...........

D ahlma:n. C. 11. 214 . 216 Di,·ersidade 41, 109. 129-qo . q 3-q6 ensino 149 . t 58-119
estrurur.1 da reforma de 10 1í 9 1F :scôcin l oS-11 0 (Prockrun)
D arlmg-Hammond . L 31. 36, 11 8. Do hn. ~. B. 125
cstnllura histô rica do ensino 6o- bcoln abt:ingc-nrc ini<"rior Vi,lt
1,1. 11;- 211 D uncan. A. 15
63 Escola dos anos inidnis cio ensino
Davis. R. 8 5. 'l6 métodos 60-6.2 funclan1c-n1al
D écimo ano 10 1 Earl. L. 20 1 participação da 71-77 Escola
\ . nbrangen1e supnior. 1··1
,. (
N Deli~erology" i.Jl4n Eco no mia baseada no conhecimento Efciw da g lo bali7.açào na ' nos tm.1is do r nsinn lunclnmrnral
D cmomtn ção de pronciéncia 8o 21 6, 225-227 colaboração com a po lítica Escnb básic:1 nbr.1n!{rntr. Vii/,
educacional 198-199 Pau.,kvulu
D epa n amem f(}: Educat i(}n ( Reino Eco no m ia competiti,·a 19. 20, 51. 197,
Cr..idr-,) 47 200. 216, 223. 225n4. 226 Efetividade 179-1 S0. 191 Escola pr.:-pnm~ria 90-9 1
D eparumento de Educação d os Economia global 35 Elicácia.211. 7 1. 179 Escola cios Jflos inici.1is do rnsinn
Esrado-; Cnidos 206, 256 fundamental
Educação alternativa. Vidt Escolha Eficiência 49. S2F, S7-SS
avaliaç5o 1 p. 2 ll, 147• 14N
D= penho finlandês cm avaliações de escola Elemento 27S
inte rnacionais e a rd_ucaç.1n cspcci.il 110 • 149
Educação baseada em pesquisas 19, Elemento. O (Robinson) 27S e prokssores/ ens ino 111 . 1, 9•
a p roveitamento geral 87. 88, 94- 82, 169-172, 186
<y,, 11 7. 118 F Elley. \"1;'. B. 96 111-15S. 119T. 16.2
Educação equitativa Vidt rambém cs1ru1ur.1 dn cs.:ola 1.1111 . 41
;;,tenção internacional ')(>-99, Emigração rural 6 7
Equidade de resulrados; Variação nos liistúria d.1 n·forrna 1s.r.o. (1 4
254n.; Ensinar para restar 70, 1.p-1 .p
resultados de a prendizagem resultados de aprcndizngem 111 .
cívico 107T , 121 , 122
Educação especial (inclusiva) 66. Ensino comum 108, 268 11 9
d(.-clínío 11 8. 11 9
na5 d i5Ciplina5 essenciais 113. t08- t 10 . 130. fi O Ensino democrático 6S Es_c olas financiadas pdo governo.
1qT, 114- 118 Educação holística 17, 19, 2 32-2 33 Ensino médio Vule Escolha de =ola 16. .20. 40 ,
PISA 107T , 115-120 Educação infantil 91 avaliações internacio nais 9S-99, 203. 206. 209T. l i J
D esenvolvimento econó mico na ~ Educação m inimamente im·asiva" 11 3. 139-140 Escolas. Vidt Por nível
Finlândia 5S-58, 27 2-27 3 currículo 166-167 Escolha de escola 2o6, li O, 111. -4'}
1 3-1
D esenvolvi mento educacio nal e professores / ensino 138-139.
Educação obriga1ória 19-6 t Escolha pan:ntal. Vidt Es.:olha ele
m undial 123 113. 139
Educação para Todos 20 1, 20 2, 203 t•scola
estrutura histó rica (ginásio) 6o,
D esenvolv imento educacio nal no Anos finais d o ensino fondamental Erpfriro da igua/d.,dt, O (Wilkinson ,.
62
pe nodo pi,s-gu erra 14 e co nhecimento cívico 121. 122 Pickc11) u-1
rendimento escolar 7.2-77, 10 1
D e<Y.:-n vo lvimento profissio nal 172- e professores/ ensino 136. 137F, sistema da reforma Erunrial Elem,nt.t c,f Tea,-1,,r Policy
175 159T, 182-1 81 sistema/estrutura da reforma de in ESEA (Ccnter fo r Amcric:in
D e'>iguaJdade 264, 265F educação especial 108-11 0 2015 64, 91F, 16o Progress and Thc Edu,.uion Trust)
lições de casa 138-139 192
De,,ey J. 13, 68, 231 . 274-275 Ensino superior
liderança t 8 1
Didática 2 39 participação no .17, íl, 7 2• 71, 121 Estabde.:imenro ele institui,·,ks
mé1ricas internacionais 111 F, t 13,
e reforma l!OT, !li
D iferença de aprov eitamenro 104 tqT, 121-122, 136, 137F, 174, 181,
184 e formação de professores Estabilidade do sistcmJ cdu.:acionnl
D iferença de conhecimento 10 4
sistema em reforma 1-tn 1, 61 Envolvi mento da sociedade civil 6 3 lll
D ife renças d e habilidades 6o, 66, 68,
1endéncias negativas 264, 272 Envo lvimento na escola 1S8, 269- Estado de bem-est.1r social -1 J. 64, 67.
104, l ú<)· II O, 144, 176
Educação uni versal básica 270, 272, 27S 111 , 150, .21 8. u oT. u1-.2.2S. 256
Dife n-ncia ndo instrus:õcs 65-68
(Finlândia) 58 Eguidade e Qualidade na Educ.irJu Est:í~o 161, 164T. 170- 171
D iploma d e bacharelado em
Educação profiss ional. Vidt também (OCDE) 24s- 249 Estó rias de educadon·s
cducaçJr,. Vide Formação d e
ensino médio finla11di:scs 67. 151. 1;o l l';I, 261
prr,fe<osnre'l: prr,gr;,mas de g raduação Equidade de resultado. Vide também
avaliação e certificação 80 Educa çao
- equnattva;
· · •
Diretor. Vr.d, Adrn ini~rração cscc,la r Vanaçào nos Estrt·ssc 70, IJ':I
e rendimento escolar 72
resultados de aprendizado 103-112, Es1nuura do sistema ,•d11,.1dm1.1I -IV•
'-1 2 ·'-16, 2 09T. 212, 220T. 247-252 57. t12F. 65F

306 ....
. ... 3o7 .. . .
lndicc
············· ····•·· ·•······ ··· ··•·
......, .

E:~~ =p=,·..= A ~ (;)t R.L:r:.!.:.:.b F o ~ de proiessores Habilidades/ conhecimento não


lnicia1iva de Alb
=
r:r..:__~ e -.::
Ed,;.,:-=.::i,:,..:= desem-ob,; mento profissional 1es1ados 39 das Escolas (A" _c)na para a Melhoria
' V ~..::., ~d,.-,:;-~ ~ e~ Ec:ra-çi,o) r-i- 1- , Haivala, K. 177T1 5 ISI Rl
1novação 10 1
:....: : escola de formação 16ST Halasz, G. 24, 182,24 2, 253 , J-14, 18, 211-214 2n
1 es1rangcira. Vid,
E.=-::-.:::.:"d!\ ~""°°"= Cc:ri=L.;es estágios 1- 1-1 72 . novação
. '
Halme. K. 5r , 215 ideias emprcscadas Pegando
: ",;. :-L ioco pedagógico 169- 171
programas de graduação r6 1-16<). Hansen, S. E. 247, 161 lmidt Man (Spurlock) 38
Si.-cw"..r= res::~.e:-= : F. 2íl Í
1-4-t /), 4 7 Hargreaves, A . 19, 23, 24, 26, 31, 36, Inspeções escolares i8o
E~ > i:-..:.e-:r~.,.._;:-'..ã: 6:i E.d!Ia:-.çã<j rigo r académico 158-1 00 41 , 8--1, 85, 89, r82, 192, 201,207, 2q, lns1i1uição de Seguro S . 1d
Gs.= e pi<:°<'" C -'2G. :a ( ICC5) 5êleção de candidatos 152-r 5-1 219, 2.p, 244n2, 253 r,· l' d. ocra a
11 ,T. r: :. r::!C m an ia (Kcla) 9r-92
Formação prática So. 82. 16<). 171. Hau1amaki, J. 31 , 68, 115, 117, 145,
E:. ,.,/J:~., éc-s ~ ~..as, eêncacior.~.:S Instituto aus1raliano Granan
r- ; . r-í- 1-6. 252 2--12, 272 112
=-~ ...z.-4- , - .
lns1itu10 de Política Educacmnal
Fórum Econômico '-!undial (FE'.\!) Heckman, J. 108, 246 18o
Ex.;..-:-;e é.e ',fa:r..c:~ V.dl E.x-z:r.e lns1itu10 Internacional de
~=-r.~ CÍ!: ).1;,~--=. cu:.a
2r6. 226n6
Fórum Finlandês de Política e
Hells1réim, M. 31 , 85-86, 85n6, 229
Hel..ringin Sanomat 47J13
Desenvolvimento de Gestão 22606
E.xz::-~ ~i:C....r....ü C.e ~1z=r."cclz 69. - '.\"egócios ( E\ ._-\) lnsti1uto Nacional para a Saúde e
~ ~ ..s~--.J ~ =,._, ~- Fraillon_ J. r2r-122
Herança cultural da Finlândia 150 Bem-Es1ar 92n7
1ntegração. Vide Interdcpendências
e.X-~-~,~ ô, t:=:nr, r..éé:o 6c.,-- 1 Himanen, P. 2q
Frimoclig_ '-!. 1- 1
Hirvi, V. 36 -12, 51, 198-199, 220T, 227
E ~::--.·é ,,.;:: ~ . ç a) d.e ;·td.a Fullan_ '-!. 20. -l i- 8-1. r92, 20 1, 2o6-
Hobson, C. 64 1nteligências múltiplas 231
~..-=!..,1:.3 2!:Yi
Holcombe, R. 256 1nterdependências
Er?e-:"i!:nC~ a:--.:ri~ ~ i-➔ Fundo '-lonetário Internacional
( F'.\11) 202 Homogeneidade 48 Interesses privados 15, 201
- .
~ ~--:T~.!:":'". J. :.:: ). 2! 2 Hopkins, D. 201 Investimento em inovação 211 . 217,
220T, 225-226
F ~ 6 r~,....~ 8: . ~S Gameran. E. i:,8 Horas de instrução 134-138, 178,
179F Investimento na educação. Vidt
f~"Z.rJ-;-~ r;c:!;r..,; Co ~ 2)3 Garden_ R . .-\. r 12
1ambém Cascos com a educação 126-
F~li7 ~ :,r/2".r:;C(F."i;_r.r-..::r..o,s :105 Gardner. H. 125, -!7T13, 232 Hotulainen, R. 272 127, 216-217, 220T, 222
:e,L:~os ed:.rca::c.--:-.Z:S ;-;-, -8-8,_ 1::3. Ga:slos com a educação Vule rambém How the World's Best Pe,forming ltkonen, T. 110
J<)✓ E';fl. Z f 2 . 22 ; -22 ) . 249- 2 ) :, ln..-esrimenro na educação 10 1-103, Schoo/..r Sysums Come out on Top
Fe!ú::m.dt: z.:.1. 4 í - ú.2 125-r:ú!, q1 (Barber e Mourshed) 191
Jahnukainen, M. 110
FJ!.2nu(~ 2~..-2 Género e ensino 11-1
Ideias emprestadas 4 3, 29 , 83, 230• Jakku-Sihvonen, R. 158, n
F:.:-.znci;:~:1':'m', p.:.i>!:w d.a educaçfo. GER.\I ('-lovimento Global da
Reforma Educacional). Vídt 234, 258, 265 Jardim de infância
Vuú i;,;r,i,ém E=do dt: brn-H:srar
y,c:~: r:.2- 1:.3. 149.262 '-lovimento Global da Reforma Inclusão 65, 68, 144 Jennings, J. 205
Educacional (GER\I) Jensen, B. 203, 211
Fínz.. D. ~ / Índice de Competitividade Global do
Goldstein, H. 125 Fórum Econômico Mundial (FEM) J imerson, S. 119
Fie~ Wüdd ar.d Ediu:atvm, The
'D1: :-ling- H.;,:n~~_,,:-u:lJ 36 Grammar Sdwol..r 56. 62F, 6-4, 128 226n6
Johansen, J. 216
Fl~wilí6.tie 2zx G rek, S. --16 Índice de financiamento 76 Johnson, P. 232
F'/...f, err. n:um:erzrnento Wi Gretzky, W. 239 Índice do Status econômico Social e Jokinen, H. 173
Grubb, ~ - 1o6, 131 , 24--1n2, 254 Cultural ( ESCS) 103, 249 • 2; 1
F<YJ; n<> !eu-z~ner,1r, e w, Joumal of Educacional Change 199
<lum-.t"~ íf}._1-'ftUJ 2 ~ ;f Individualidade 4 8_49
Joyce, B. 84, z34
F-,cr, n;..;. di'.ciplim.s es,encíais 204- Habilidade5 não académicas --16, 87, Influência internacional. Vide
Jurisdições educacionais 41, 46
Z.'.,-<j 141, 209T Pegando ideias emprestadas
Inglaterra 22- 26 Jussila, J. 171
é.-d~·,dt:wultrh rc. r, r26, 15,:, Habilidade5 sociais 269- 270

.... 308 ... . . ... J09 .. ..

cftt
Ltç,x·s finl andrsas
···· ········
.... ... .... .······· ···· ··· ··· ·• ····· ·····
- lnd lcc
··· ··· ····•• .. .. . , ........ .... .. ...
,
··· ··• •,, ,, ......
Lieberrnan, A. 2.01 , 253
Kangasnierni. S. 111 Modelo de negócio 20 1
Liiten, M. 151 0 1,jcr ivr, da cducacàr bá .
,. , ,ica 4 l
Kansanen. P. 2.47 Modelo finlandês. Vide Via
Lindy, I. 51 , 215 Ohjcrivn moral da ed , ,
Kasvio_ M. 2.42 Finlandesa ' uca.,..n22-2 3
Lingard , B. 125 OC J~I: (a pena, ciraç?>e1 de
Kauffrnan. S. 25 7 Modelo cradi cional ela educação 56, rcl,11orros) 41, 4r, 71 ,_ 0
Linnakyla, P. 68, 115,236,241 , 24 5 258 • , 7, 75, 0 7, 9~ -
Kekkonen , U. 67 99, 107, 11 7- 120, 140• 1R2 , 1''3 i
o , ?11
Losito, B. 121-122 Modelos corporacivos 20 1 215,251,252, 2(,4
Kela ( Instituição de Seguro Social da
Finlândia) 92 Modelos de Valor Agregado (VAM) OCDE (Organi,.açiio para a
180 Cooperação e Dcscnvolvi mentr,
Kerr, D. 121-122 MacKinnon, N. 210
Modelos do E n.<ino, Os (J oyce e Econômico). Vide ,~mbém PI AAC
Kets De Vries 21 Maliranta, M. 217 (Programa para a Avaliação
Weils) 83-84
Kemmen, P. 67 Manning, M. 201 1nrernacion al das Compcréncia,
Moffic , A. 243nc
dos Aduhos); PIRLS (Progrmo
Kihn . P. 37m, 243n1 Marjanen, J. 272 Mood, A. 64 no Escudo lnrcrnacional sobre
Kinnunen, R. 82 Martin, M. O. 112 a Alfabc1i1.açào para a Leitura);
Moore, S. 201
Kivirauma, J. 212 Matrículas nas escolas 72, 73 Pisa (Programa lnrcrnacional
Morcimo re, P; 125, 253, 258
Kiuasmaa , K. 56 de Avaliação de Alunos); Talis
Matti , T. 152, 231 , 242 Mourshed , M. 36nc, 47, 191, 253-254 (Pesqu isa Inrcrnaci onal sobre Ensino
Kivi , A. 53 McEwen, L. 85 MovimenlO Global da Reforma e Aprendi1.agem)
Kiviniemi, U. 174 McKinsey and Company 191,202, Educacional (GERM) ansiedade dos csrudanres 71, 139
Koskenniemi, M . 57-18, 152 254-255 agences/ discurso 207, 208, 21 0 base fa miliar 88, 103
McPartland, J. 64 base do 200-202 compecências de aduhos 101-102
Kreiner, S. 121
caraccerísticas comuns para a conhecimenco cívico 122F
Krokfors, L. 167, 169 Mehtalainen, J. 82 melhoria das escolas 202-208 custo da educação 126-12 7
Krzywacki-Vainio, H. 167, 169 Mejding, ]. 96 efeito nos resultados 210-212 desempenho do ensino médio
Kupari , P. 68, 71, 11 2., 139, 2.42 Metas de proficiência 255 sobre 13-17, 14, 27, 240,277 123-124
Murgatroyd, S. 31, 86 desempenho finlandês 113-1 q .
Kupiainen , S. 272 Métricas internacionais. Vide
269
Kuusi, P. 64 também Avaliações internacionais desenvolvimenm profissional 172
por nome 29, 46, 96-100, 102 Nenhuma Criança Deixada para Trás desigualdade de renda 224
Meyer, H.-D. 46 15, 205, 255 economia finl andesa 216, 226
Laukkanen, R. 241
Miettinen, R. 82 New Club of Paris 261 estudo da Finlândia 23-2-1
Lavonen , J. 167-169 horas lecionadas 135-137, 139,
Miller, M. 37m Newswee/c 259
Lehtinen, E. 82.-84 178-1 79
Ministério da Educação 24, 70, 160, Nichols, S. L. 142 modelo finlandês 36n1, 2-1-1, 258-
Lei do ensino médio 69
166, 173-175, 227 Niemi, H . 158, 170, 183, 110n2 259, 25)
Leis da Formação de Professores pagamenco dos proícssores 117·
Ministério da Educação e Cultura N iiniluoto, 1. 82
Levin, B. 2.07 92,77 158
Nokia 24, 2.15-216, 260
Lewis, R. 223 Ministério das Relações Exteriores reforma global 199, 201-203, 211 ·
"Nova ortodoxia educacional" 201 213, 2)1
Letramento. Víde também 32, 48, 262
resuhados da aprendizagem
Resultados da leitura/ letramento 22 , Ministério de Assuntos Sociais e
"O Futuro é finlandês" (Newsweelc) (Matemácica) 10-1, 1o6-i o7, IJI.
123 , 150,201 , 202, 270-271
Saúde 9in7 249-25 0
2 39
Licença parental 91-92., 111 Mitos da melhoria das escolas 19°- sobre 96, 103, 125-116, 198
Li ções de casa 87, 96, 138 Nuikkinen , K. 245 taxa de graduação do ensinll
194
Liç;;,, finlandesas (Sahlberg) 15, 16, Mitra, S. 134 Obama, B. Vide também Corrida ao médio 71
49-12 Topo 15, 20-21 variação nos resul1ados de
Modelo de educação 22 , 23, 27- 28 , aprendizagem 87, 104-1 07
Liderança educacional 252, 253 Objetivo da competitividade
35-36
nacional 22 2

311 ....
3IO
Índice
····· ·········· ··· ············· ························
·············

() f~ICri 11\, l \ 1 resultados de Matemática 104,


i111 rocl11~·ão do 62-61 Princípio da complememaridad
106-107, 131, 249-250 2ll, l\9 e l OO,
( likkn 11e 11, J. 167, 169 o posição ao 211-2 37
sobre 96, 103, 121-126, 198
Oi11incn, 11 . 11. r,o Pcs,p1isa e dcsc11volvimcn1n 216 1endências negativas para a Princípio de oportunidades i .
27, li, 6o, 86, 246 guais 14,
t )limpía,fa~ l 111 c rnado nais 97, 9 KT Pes,111isn cm ecluca,;·ào 2 l') Finlândia 260, 264, 270-271
O lki111111ra, E . Ri Pesquisa 1111rrnacin11al sobre Ensino variação nos resultados de Problemas crônicos da educa -o
aprendizagem 41 , 104-108 41-42 ça
Ullila, J. ,,~ e /\prcnclizagcm (Talis) . Vid~ Talis
(Pesquisa lnlernacional sobre Ensino Pitkanen, K. 56-57, 63 , 74, 235 Processo de Bolonha ,6,
()'N e il, O . l ,IJ
e /\pre11cli1.np;cm) Plano de aprendizagem individual Pr~fessores/ ensino. Vule Iarnhém
O111Ítrin, Ca11nd:í 22-21 Pesquisa Nacional da Ju ve111ucle 111 109 Tah_s (Pesquisa In1emacional sobre
Opor11111idade, eennl\micas li, 114 Pesquisa Nacional cios Professores Ensm? e Aprendizagem)
Plano de Desenvolvimento para a
( ( >rv.;ani1.:1\·fo cio ) l.iç,i,·..-,f,11/and,•.w ., aorudes 182-18-1
174 Educação e Pesquisa 263
(2' cdiçi\11) ,19- p atração à profissão -1-1, 112 _118,
PI/\AC (Programa para a /\valiaçào Planos de aprendizagem 181, 187-189, 2-16-247
O rw 1n i1.açi\cs nào p;ovcrnamen1ais l111c rnacinn al das Cnmpc1ê11cias dos individualizados. Vide Planos de avaliação e feedback 179_180 ,
2 43 /\duhos) 102 aprendizagem personalizados 18-1, 264
Orien1açào dos colegas 231 Picke11, K. 224 Planos de aprendizagem categorias de 100, , 19_, 00
Oric111açào ,. a consclha menln de Picsanen, E. 174 personalizados 13, 10, 71, 109, 130, condições de trabalho q 7, 111
carreira 6K, 70 Piiraincn, K. 11,211 176,267 desenvolvimento profissional
Pobreza 111, '-li, 224 172-175
PIHLS (Progresso no Es111do
e a reforma finlandesa -1-1, 49_1, ,
P adroni1.:1<iào 11a aprendizagem/ lni ernacional sobre a Alfabetização Políticas de emprego 220T
'-17
ICsleS 19, 142, 176- 177, 202-l0\, para a Lei1ura) 46, 113-11 í , 111112 Políticas do selar público 220T, 222 e autonomia 181
209'1', 2.17, 270, 277 Pisa Políticas que transcendem a cultura e gênero 110
Pai-;amcn10 cll' brmus 11 K Pisa (Progra ma lmcrnacional de 42-4-1 e qualidade da educação 188-191
l'aixàn 20 9T, 266, 27K /\valia~·ào ele Alunos) Políticas sociais 220T educação especial q 9
ans iedade dos cs111da111cs 7 1, 139 foco pedagógico 169-172
Papel cios municípios na cducaç:'in Pont, B. 24, 182, 242,213
base familiar 88, 10 3, 111 , 224 , horas lecionadas , 3-1-138, 178.
7,1, K\ -86, 17 1- 177, 220 T, 236,262 Popham, J. 142, 203
249, 210 F 179F
Paradoxos ria educaçiio finl andesa carac1e rís1icas da reforma instrução guiada por testes
População imigrante 41, 143-14-1
I Jl educacio nal mundial, geral 210- liderança 171-182
População nascida em outros países
ens inar menos, aprender mais 13 3 212 modelo tradicional \6, 219
-li, 142-141
equidade por meio da diversidade concorrência cn1 re escolas 202 pagamento 151-117
críricas ao 47113 Poskiparta, E. 82 papel histôrico q8-111
141 desempenho gera l 87-88, 114T, Prais, S. J. 121 primeira tarefa 172-1 n
1cs1a r menos, apn:11dcr m;1is 139 111-116, 121-122, 123 F, 248, 264- Pré-escola 93 prestação de contas
Parceria g lobal 266 261 (accountabilicy) 11-12, 41 , 47, 10,
Preferência de profissão do parceiro/
1'aru11cn, S. ••)7 es1uclan1cs imigranlt'S '-11 71, 96, 1o6, 139-1-13, 116, 185, 187,
gasw s na educação 127,128, 127F cônjuge 111
1':1r1idu /\~r:írio 67 19-1, 201-209, 217, 23-1, 241 , 248,
ho ras lecio nadas 131-q6 Prêmio Grawemeyer 317 2\1, 217, 274
Pcclia r, 1-1. 16 111 2 impor1i'111cia cio 46, 124-128 professor de disciplina q9, 166-
Preocupações fiscais 272-273
Período pós-~uc rra 14, 19 padro nização 203-204 169, 185
Preparo para a escola 93
/'cruJ·J.-oulu polí1ica baseada em 1cs1es 139-qo professor do ensino primário
qualidade cio ensino 191 Prevenção versus reparo , 10-111
d cfiniçiio 37, \4111 162-166
e :1 re provação de ano 12H resiliência cios esmdantes 210-211 Primeiro Estudo Internacional de profissionalismo 89, q ;, :?...p-2-12,
e o Sonho finlandês 43 resuhados de C iências 117, 11 SF Matemática 112 218-219
ideais d o 6 3-68 resuhados de Leirura 127 qualificações por nível 1-19· 119-
Principais valores na Finlândia I í,
16o

.... 312 ....


.. .. 313 .. ..
Índice
Liçô<-'S finbnclcsas ······· ············· ····•············· ... ..........
·· ····· ······· ··············· ··· ········ ·····•···· ····
(Tendências no Estudo Inte rnacional Segundo Estudo lntemacio
responsabilidades 1,, 4 o, 171_17~ Rede Tta,h for Ali 160 de Matemática e Ciências) 117-120 Matemática (SIMS) na! de
112- 114
resp o nsabilidades al~m do ensim, Redes para a reforma 82F, 84- 87, Resultados da aprendizagem de Sellar, S. 121
qS 93-94 conhecimen tos cívicos 62- 63
rig:or ,u.-adêmico 118-160 Separação de séries 104, 232
Reforma C urricular Nacional ele Resultados da aprendizagem de
sindicato 16o Seu Irmãos, Os (Kevi) 11
199485,232 Matemática 104, 106-107
Programa Comum d e Av:iliaçào da Shirley, D . 2 3,31 , 36, 41 , 82 201
Reforma educacional, Finlàndia. Resultados da aprendizagem de
No\'a Inglaterra (Necap) 116 207, 214 , ,
Vide Via Finlandesa · outros países. Vide avaliações
P rogTama d e mestrado. Vide Showers, B. 2 H
Reforma educacional, internacional. inte rnacionais por nome
Formação de professores: programas Simola, H. 222 , 242 , 212
Vidt Movimento G lobal da Reforma Comparações internacionais na
de graduação
Educacional (G ERM) educação. Vide GERM Sindicato da Educação (OAJ) 162
ProgTama de Produtividade do Seto r 244, 272 ,
Reforma Escolar Abrangente (anos Resultados de leitura/ literácia 46,
Educacion:il 263
70) 85, 104 113-116, 11 502, 127 Sistema Europeu de Transferência
Programa Inte rnacio n al de Reforma nacional dos Estados Rhee, M. 11, 190 e Acumulação de Créditos (ECTS)
Avaliação de Alunos. Vide Pisa
Unidos. Vide também Corrida ao 16 1, 162, 166-168, 171
(Pro1,T3ma Inte rnacio n al de Ríley, K. 121
Topo 206-207 SiS tema organizacional sem cl"•º
Avaliação de A lunos) Rinne, R. 2\2 69 =S
Registros escolares 113- 154
Pro1,T3ma para a A\'aliaçào llobert Wood Johnson Foundation
Inte rnacion al das C o mpetências dos Rúgn ofError (Ravitch) 36 Sistema paralelo de educação 6o-ó 2
201 128 '
Adultos ( PIA.-\C) 101 Rcinikainen, P. 68,115,242, 2.15
Robinson, K. 267, 273, 278-279
Programa Tea, hfarAm<'n·,a 160, 16 "Relatório Coleman" 64 , 190,249 Sistemas falhos de educação 40
Robitaille, D. F. 112
Programas de formação de Rclcvãncia do Modelo Finlandês Sisu 132, 218
para outros países 26, 44-46, 51- 12 Routti , J. 11, 56, 214, 216
professores d a Universidade de Sonho finlandês 11, 234
Helsinque 113, 163-1 66T , 16ST Renda 224, 264, 265f Ruutu, Y. 19
Spieghalter, D. 121
Progresso anu al adequado 211 Rendimento escolar 72, 100, 264 Stãhle, P. 261, 273
Progresso no Estudo Internacio nal Renovação da reforma 260-263, 272- Saari, S. 171, 235
Stark Renmer, D. 205
sobre a A lfabetização para a Le itura 273 Saarikko, H . 167, 169
(PIRLS) 46, 97, 1q-1 '-1 , 11502 Starisrics Finland 41, 12, ?if, 71T,
Reprovação 128-131 Sahlberg, P. (citações a o utros 10 1, 101F, 109, q 4T, 216, 26iF
P rojeto Aquário S5-S6, S506 lleprovação de ano 128-131 trabalhos) li, 17, 63, 70-71, 74, 81,
84, 128, 145, 148, 156, 119, 179, 187, Status Econômico, Social e Cultural
Promoção auto mática 131 Residência SR ( Índice ESCS) 104, 210F
190, 200-201 , 201n2, 207, 216, 220,
( P roposta da) Associação dos Resolução criativa de problemas em 2 31, 242 Suécia e a reforma 211
Professores Finlandeses da Ed ucação escolas 200, 21 7111
Primária (FPSTA) 63 Sahlberg, P., experiência 16- 24 , 38_40 Sulkumen, S. 68, 115, 24 1
Responsabilidade. Vide também
Propulso res da mudança 258-261 Salminen, V. 51 , 211 Sumara, D. 84
prestação de co ntas
Salo nen , P. 8 2 Surpassing Shanghai (Tucker) 36
llesponsabilidadc compartilhada 248
Quarta Via .p , 207 llcsultaclos da aprendizagem cio Salo ne n, V. 151
Quarta Via Mundial, A (Hargreavcs numcramento. Vide Resultados Sarason, S. B. 273 Talento 233-231, 266, 270, 277
e Shirley) 2 3, 36 da ap rendizagem de Matemática; Schleiche r, A. 44 , 94 , 121 , 244 , 24402 Talis ( Pesquisa Internacional sobre
Quarta Via, A (Hargreaves e T I MSS (Tendências no Estudo Ensino e Aprendizagem) 99-100, 136,
School Effectiveness and S chool
Shirley) 23 , 36, 41 , 207,214 Internacional de Mate mática e 174, 181-182, 183, 184, 194, 264
fmprovement 199
Ciências) 46 , 111 - 114, 11102
Schulz, W. 121-122 T amanho de turmas 246, 2.17
Hesultados da aprendizagem ele
Ravitch , D .1, 17, 10 , 202, 207, 251 Seddon, J . 24402 Taxa de graduação do ensino médio
Ciênc ias. Vide também TIMSS
Rayon, P. 125 71-76
Segunda República 11112
T eddlie, C. 191

.... 3 14 .... 3I 5 ....


Lições finlandesas
···················•·· ····· ·· ········ ·· ········ ····· ········ ······ ········ ············

Tendênci as negativas na educação


finlandesa 270-271
Via Finlandes a 197
caracterís ticas do sucesso 246-213
Sobr e o autor
Teoria da aprendiza gem 201 contexto para o sucesso 244-245 ·· ···· ····· ··· ········· ····· ·····
e qualidade da educação 212-215
Terceira Via 22-23, 214
fases de reforma 81-89
Terceiro setor 136 futuro da educação 259
Término dos estudos 232-233 , 247- nadando contra a corrente 240-
248 244
releváncia para outros países 26
o Dr. Pasi Sahlberg é, amalmente, professo r visitante da Escola de
Testes decisivos 11-18, 69, 71 , 89, Educação da Universi dade de Harvard. É ex-direto r geral cio Cimo (Centro
139- 140 sobre 15-17, 43, 239-140, 274-275
tendências negativas 170-271 de Mobilidade Internacional) do Ministéri o Finlandês da Educação e
TIMSS (Tendênc ias no Estudo transferin do o conhecimento da
Internaci onal de Matemáüc a e Culmra. Trabalho u como professo r ele escola, profcssor-cclucaclor e con-
mudança 213
Ciências) 46, 111-111, 111n2, 111 selheiro de políticas educacionais na Finlândia e corno especialista para di-
Vide também TI MSS (Tendências no
Toom, A. 161 Estudo Internacio nal de Matemática versas organizações internacionais e empresas de consultoria, incluindo
Têirnroos, ]. 68, 11 \ , 242 e Ciências) Banco Mundial, O CDE, Comissão Europeia e organizações da ONU. Ao
Torrance, H . 121 Visão da educação 22, 4 3, 152, 266-
longo das últimas duas décadas, analisou reformas educacio nais ao redor
Trabalho com a comunida de 270
Visão em longo prazo da educação do mundo e trabalhou com líderes educacionais nos Estados Unidos, no
Transferê ncia do conhecim ento da
mudança 213 227-228 Canadá, na Europa, na Austrália, no O riente Médio, na África e na Ásia.
Transparê ncia 24 3 Voutilainc n, T. 82 o Dr. Sahlbcrg trabalho u no Banco Mundial cm Washington, D.C., e na
Tucker, M. 36 Fundação Europeia para a Formação cm Turim, na hália. Venceu o Prêmio
/J/aiting for "Supuman " 190 de Educação cm 2012, na Finlândi a, o Prêmio Grawemeycr cm 20 13, nos
União Europeia 29, 43, 143, 198 Wall Srrut j oumal, Tht •38
Estados Unidos, e o Prêmio Robert Owen cm 2 0 1.1, na Escócia, por conta
União Soviética \4, 211-21 7, 219 \Veidmann , B. 20, , 212
de seu trabalho sobre a equidade e a excelência na educação. É professor-
Unicef 141 Weil, M. 84
-adjunto na Universidade de 1-Iclsinqu c e na Universidade de Oulu. Para
Universid ade de Jyvaskyla 171-1 72 Weinfeld, F. 6-1, 190, 249
Weiss, E. 206
mais informações, siga-o no Twitter: @ pasi_sahlbcrg, ou visite: www.
Universid ade de Oulu 171-1 72
Westbury, 1. 161 , 247 pasisahlberg.com.
Uso de tecnologia 264
White, ]. 51
Vainikain en, M .-P. 272 Wiborg, S. 211
Valijarvi, J. 68-69, 7 1, 88, 112 , 11 1, Wile nius, M. 17,
128, 139, 173, 242,244, 241 Wilkinson , R. 224
Valkonen , S. 174
Variação nos resultados de Yla-Anttil a, P. 51 , 56, 214, 216
aprendizagem 87, 104-107 Yo rk, R. 64
Vauras, M. 82
Vermo nt 255 Zhao, Y. 20- 21, 46, 125, 200, 203
Vertentes 61 , 62, 65

.... 316 .. .. . ... 317 ....


SESI-SP editora

EDITOR-C HEFE

Rodrigo de Faria e Silva

EDIÇÃO

Deisi Deffune

REVISÃO

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PRODUÇÃO GRÁFICA

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COMERCIAL

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© SESI-SP Editora, 2018


A comunicação Impresso
e o papel têm uma ótimo
história ambienta l
poro contar liil
---
Este livro foi compo sto em Fourni er MT ST
e impresso em pólen soft 80g/m1 pela
Lis Gráfica, em abril de 2018.
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Grawemey_er. Awards
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este li ~ra~~Os de
, _. . ._.:.1111__!1-~-.::'..~~~,-.
, lanej ada e
conscienciosa, construir um admirável sis-
tema escolar. Para isso, bastar.restar m~ü~' atenção às
necessidades das crian elecion~ i 1r5·reparar os
educadores de modo sério e comr.eê!tente, no sentido
,; :~.
de construir uma comunidade,.i,educacional que não
• I. ~

se·a somente atrativa do onto de vista do espaço fí-


. _ . ~-~
-11.:.11--.;.i.!.al!I f,?P.icie •os prazeres

:; . . . . . . . . . . . .~-·~ ;·_. irador, Sahlberg, um


•· dos . -':"' .... ,"-· _' educação de nossa épo-
.. ca, ar.resenrn µm __ novo paradigma educacional, que
·•~4.••-- •. -....·>t·:. :· ;,· . . ~;--.. i..··. . .........-"':·•:.~· . ,::: .. . . ''..
•:•,. .. . .·
t - .. ·· \·· ,; · ,1 ,· ' . ·>\•.) pode se tornar uma!referência a todos que intencio-
, · .· · ··_: nam. .melhorar e de~envolver a educação.

Em poucas palavras, é simplesmente o livro que


deve ser lido obrigatoriamente a fim de se enten -
der por que a Finlândia desen volveu o que p ode
ser o sistema educacional mais bem-sucedido do
mundo no decorrer das últimas décadas.

Kenneth Bernstein, D aily Kos

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