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versão de metodologias de trabalho não tem reflexo na grande maioria das obras, atualmente existentes, sobre
Desenho. -, _;, t
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Resultado da experiência de docência em disciplinas do domínio do Desenho e da Modelagem Geométrica, este
livr'o trata O Desenho Técnico clássico em conformidade com as normas internacionais em vigor, integrando as meto~
dologias baseadas no Desenho Assistido por Computador e modelagem 30, de forma tão adequada quanto o ,;,ucesso
das suas primeiras edições tem refletido · ·•. \ 1 - . ·
Na presente edição, 0 livro foi extensamente revisto na sua parte inicial e aumentado par~ incluir as especifici-
e
_- dades de conteúdos de ª'nsin6 projet~ de Engenharia Civil e Arquitetura No final de cada ~apítulo, encontrarn ~se ··
ain9a exercícios de grande utilidade pàra docentes . · ) . •_ · .
. . Destinado aos atuais\ ~ ·• futuros p~6fissionais de Engenha ria, corno manual de formação ou atua_liz~ção em · · t:;:.:c,,~~.--l'i
Desenho Técnico, serve corho elemento de consulta sobre vários assuntos ligados a Projeto (normas, materiais, ele'-' , /1 18 t b
1 \ ' . -. . \ ·- --·
rnentos normalizados; tolerâncias), tornando-se, deste modo, especialmente indicado para as áreas de Engenharia
Civil e Arquitetura e de Eng~nharia Mecânica, Industrial, Naval, Aeronáutica e Aeroespacial.
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Prefácio desta ~diçáo de: Alexandre Gome s Cerveira
Vice- Re ito r e Pres ide nte do Cons elho Científico da Univers idade Aberta de Portugal
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"(._.J Es te livro r esponde de uma forma positiva à necessidade de incluir no es tudo da s matérias de Oes·enho Técnico
capacidades de compreensão e de utilização das tecnologias de informática e dos si stemas de informação. (._.J " _ ,t/'f't '1.. } 1
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"(. .J finalmente , que lodos os capí tulos apres enta\ uma
e xcel ente organização di dáti ca L.J" r
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Pre fácio das e diçõe s ante riores de : Manuel Seabr a Pereira
Carlos Ta':',a/ e;/ Rfü f ~f ~
Professo r Catedrático do I.S.T. - Insti tuto Super i or Técnico da Univer sidade Técnica de Lis boa
"LJ Este livro c~ns títui um marco de i negável qualidade e atualidade no contexto da literatura técnica poduguesa e ia
1. < {, I _, \ .
não fosse O idioma (louva-se a opção dos autores ) o li vro afirmar-se- ia, sem dúvida, inlernacionalme f]te. (... J '.' "J oã ~ Oiq~t/
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13987434 Ac. 84701
BCT
DESENHO TÉCNICO MODERNO
DESENHO TÉCNICO
MODERNO
4ª EDIÇÃO
Tradução
ANTÔN1O EUSTÁQUIO DE MELO PERTENCE
Departamento de Engenharia Mecânica- Universidade Federal de Minas Gerais
LTC
EDITORA
No inleresse de difusão da cultura e do conhecimento, os autores e os editores envidaram o
máximo esforço para localizar os detentores dos direitos autorais de qualquer material
utilizado, dispondo-se a possíveis acertos posteriores caso, inadvertidamente, a identificação
de algum deles tenha sido omitida,
PREFÁCIO
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ. Não posso deixar ele me congratular com a publicação desta A leitura deste livro é fácil e agradável pela razão simples de
obra que responde na atualidade à necessidade de colocar que está muito bem estruturado. De fato, começa por capítulos
D486 as novas tecnologias de informação e comunicação a se1viço introdutórios, quer das funções· cio desenho técnico, quer de
das mais variadas disciplinas tratadas no ensino superior. Nos noções fundamentais cio suporte de sistemas informatizados
Desenho técnico moderno/ Arlindo Silva ... [et al.]; tradução Antônio
dias de hoje, a presença dos meios computacionais nas mais' CAD. Esta preocupação, logo de início, com o suporte das
Eustáquio de Melo Pertence, Ricardo Nicolau Nassar Koury. - Rio de
várias atividades é cada vez maior, e o desenho técnico não novas tecnologias nos sistemas CAD vai permitir uma per-
Janeiro : LTC, 2006
é exceção. manente e consistente utilização desta ferramenta no corpo
restante da obra.
Este livro responde ele uma forma positiva à necessidade ele
Tradução da 4.ed. 01iginal portuguesa atualizada e aumentada incluir no estudo elas matérias de desenho técnico capacida- Depois se passa aos domínios clássicos cio desenho técnico
ISBN 85-216-1522-1 des de compreensão e de utilização das tecnologias compu- com os capítulos que abordam aspectos gerais, projeções orto-
tacionais e dos sistemas de informação e aponta para a sua gonais, cortes e seções, perspectivas e cotagem.
1. Desenho técnico. L Silva, Arlindo. inclusão na formação inicial do ensino superior para melhor
Uma ceita especialização é evidente a partir deste ponto, como
preparar os diplomados para o futuro da respectiva atividade
se pode verificar até pelo título cios capítulos: Representação
profissional.
06-2852. CDD 604.2 de intervençôes no terreno em arquitetura e engenharia civil,
CDU 744 Também quero saudar os autores pela publicação deste livro Desenho técnico em projetos de arquitetura e de engenharia
em língua portuguesa, dedicado ao desenho técnico, por pre- civil, Tolerância dimensional e estados de superfície, Tolerân-
tender ser, no ensino superior, e principalmente nas enge- cia geométrica, Desenho técnico de juntas soldadas, Elementos
nharias, de um enorme supmte a professores e estudantes de de máquinas e Materiais e processos ele fabricação.
cursos superiores lecionados em Portugal e, eventualmente,
O livro termina com um conjunto de apêndices de relevante
em países de língua oficial portuguesa.
importância, como construções geométricas, tabelas de ele-
A documentada referência aos meios computacionais e a algu- mentos de máquinas, normas, tabelas de materiais e tabelas
mas aplicações comerciais mais usuais dá aos leitores uma de tolerância.
bagagem e um conhecimento atual no que se refere aos meios
O interesse pelos problemas do ensino leva-me a enfatizar,
automatizados de representação gráfica capaz de descrever
DESENHO TÉCNICO MODERNO, 4.• Edição Actualizada e Aumentada finalmente, que todos os capítulos apresentam uma excelente
informações de caráter operacional e geométrico, permitir a
Copyright© Setembro 2004 LIDEL - EDIÇÕES TÉCNICAS, Lda. organização didática que inclui, no início, os objetivos, e,
sua análise em aplicações e referenciar nos termos atuais o
Reservados todos os direitos. no final, revisão de conhecimentos, consultas recomendadas,
tratamento, a utilizaçã? e a perspectiva do seu desenvolvi-
palavras-chave e exercícios propostos. Esta preocupação dos
mento.
autores qualifica, também, este livro como uma obra de refe-
Proibida a venda fora do Brasil O desenho técnico é fundamental como base de conhecimento rência e para estudo autônomo.
nas engenharias, na arquitetura e no projeto industrial, e neste
sentido, com toda razão, perpassam pelos vários capítulos
Editoração Eletrônica: {j-a6i eL,cas Seroiçosáe<JJah'fografia'.R.91. ÇiriifícaLtrfa.-M'E desta obra aspectos daqueles domínios em que é notória a
influência da engenharia civil e da engenharia mecânica.
Lisboa, julho de 2004
Direitos exclusivos para o Brasil na língua portuguesa No sentido de preparar a futura atividade profissional dos estu-
Copyright © 2006 by dantes, não podiam os autores deixar de dedicar uma atenção Alexandre Gomes Cerveira
LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. muito grande ao corpo de normalização técnica internacional- Vice-Reitor e Presidente do Conselho Científico
Travessa do Ouvidor, 11
Rio de Janeiro, RJ - CEP 20040-040
mente aceito e estabilizado. da Universidade Aberta
Te!.: 21-3970-9480
Fax:21-2221-3202
ltc@ltceditora.com,br
www.ltceditora.com.br
No seu contexto mais geral, o desenho técnico engloba um Acentuando a importância crescente da atividade de projeto,
conjunto de metodologias e procedimentos necessários ao o programa do livro inicia-se com dois capítulos introdutórios
desenvolvimento e comunicação de projetos, conceitos e idéias onde se integram os conceitos básicos ele desenvolvimento e
e, no seu contexto mais restrito, refere-se à especificação téc- comunicação de idéias e projetos usando o desenho à mão
nica de produtos e sistemas. livre, os princípios básicos de representação geométrica e pro-
jeções, o mundo da normalização e finalmente a evolução do
Não é de se estranhar que, com o desenvolvimento elas tecno-
desenho e modelagem geométrica assistida por computador.
logias computacionais e dos sistemas de informação a que se
assistiram, nas duas últimas décadas, os processos e métodos O livro desenvolve-se nos capítulos seguintes em torno dos
de representação gráfica utilizados pelo desenho técnico no temas clássicos das projeções, vistas, cortes, seções, dimensio-
contexto industrial tenham também experimentado uma pro- namento e tolerância dimensional e geométrica. Dada a sua
funda mudança. Passou-se rapidamente ela régua T e esqua- importância no contexto da descrição técnica ele produtos, os
dro aos tecnígrafos, aos programas comerciais de desenho 2D temas de processos de união e soldagem, elementos de máqui-
assistidos por computador e mais recentemente a uma tendên- nas e materiais usados em engenharia são apresentados numa
cia para a utilização generalizada de sistemas de modelagem perspectiva utilitária e normativa, com referência sistemática
geométrica 3D. às normas ISO, de modo a permitir ao aluno uma primeira
abordagem de projeto com um suporte tecnológico.
Nestas circunstâncias, na organização do ensino e na elabo-
ração de textos ele apoio na área de desenho técnico, põem- A utilização de tecnologias CAD é consistentemente abordada.
se pa1ticulares desafios na forma de conciliar, por um lado, Note-se que a maioria elas ilustrações e desenhos são obtidas
o desenvolvimento de capacidades de expressão e represen- com sistemas CAD 2D e 3D, evidenciando assim as poten-
tação gráfica e a sua utilização em atividades criativas e, por cialidades da sua utilização em diversas situações. No fim de
outro, a aquisição de conhecimentos de natureza tecnológica cada capítulo incluem-se conjuntos de exercícios e problemas,
na área do desenho técnico. possibilitando o trabalho individual e em equipe.
No primeiro caso, procura-se o desenvolvimento do pensa- A extensão e profundidade dos temas tratados neste livro
mento criativo e de capacidades de visualização espacial, de requerem tipicamente dois semestres de quinze semanas, o
transmitir idéias, formas e conceitos através de gráficos muitas que corresponde ao espaço curricular habitualmente atribuído
vezes executados à mão livre, Esta capacidade constitui uma a este tipo de matérias cm cursos superiores ele engenharia.
qualificação de reconhecida importância no exercício da ati- Diversas opções são, contudo, convergentes com os objetivos
vidade profissional do Cngenheiro. educacionais que se pretende atingir. Utilizando como base
os Capítulos 3 a 8, diferentes cursos de um semestre poderão
No segundo caso, trata-se do uso das técnicas emergentes de
ser propostos. Em cursos orientados para o projeto industrial,
representação geométrica associadas aos temas mais clássicos
os Capítulos 1, 2 e 13 deverão ser integrados aos anteriores.
da descrição técnica de produtos e sistemas e suportadas num
Para cursos de vertente tecnológica, os Capítulos 10 a 13,
corpo estabilizado de normalização técnica internacionalmente
abrangendo os tópicos clássicos da normalização de diversos
aceita. A produção de desenhos <:le detalhe e de fabricação,
elementos de máquinas, permitem o desenvolvimento e pro-
incluindo as práticas clássicas de projeções, cortes, dimensio-
jeto de uma vasta gama de produtos.
namento, tolerâncias e anotações diversas, é ainda uma ativi-
dade imprescindível na produção de documentação técnica de Este livro constitui um marco de inegável qualidade e atuali-
produtos e de sua fabricação e constituem, em muitos casos, o dade no contexto da literatura técnica portuguesa, e não fosse
suporte legal e comercial nas relações com fornecedores. a língua (louva-se a opção dos autores) o livro afirmar-se-ia
sem dúvida internacionalmente. O seu conteúdo reflete uma
Importa reconhecer aqui as enormes potencialidades das tec-
experiência de vários anos de ensino, incluindo longas e vivas
nologias de modelagem geométrica atualmente disponíveis
discussões, em que tive o privilégio ele participar, sobre o
em diversos programas comerciais. Protótipos virtuais são
desenvolvimento e as perspectivas futuras do ensino de dese-
facilmente constrnídos e visualizados. As estmturas de dados
nho técnico em cursos de ensino superior de Engenharia.
associadas a estes modelos geométricos são facilmente con-
vertidas para outras aplicações de engenharia, e os projetos
desenvolvidos podem ser verificados em termos de folgas e
interferências em situações de movimento relativo entre com- Manuel Seabra Pereira
ponentes e analisados do ponto de vista estrntural, escoamento Professor Catedrático do IST - Instituto Superior Técnico da
de fluidos e transferência de calor. Universidade Técnica de Lisboa
'
1
A engenharia, a arquitetura e o projeto industrial, freqüente- desenho de elementos de máquinas 1 a classifi.cação e a indi-
mente entendidos como áreas ele atividades distintas e autô- cação ele materiais e os ,processos ele fabricação.
nomas, primordialmente determinantes dos modos de vida No final ele cada capítulo dispõe-se ele uma seção de revisão
das civilizações, partilham de uma mesma área de conheci- de conhecimentos, exercícios propostos, consultas recomen-
mento, indispensável à sua própria existência e realizaç~10 - o dadas, incluindo endereços na Internet e a indicação das nor-
desenho técnico. Conhecimento onde as artes e as ciências se mas brasileiras e internacionais com especial relevância para
encontram, promovendo o desenvolvimento tecnológico que esse capítulo.
mutuamente o renova - o desenho assistido por computador
(CAD) é disso reflexo-, o desenho técnico é o processo que No final do livro dispõe-se ainda da indicação de normas,
possibilita o registro e a comunicação acerca da configuração, tabelas de materiais e tabelas técnicas freqüentemente úteis no
determinada por imperativos de ordem funcional e estética, âmbito desta atividade, onipresente na arquitetura, na enge-
dos espaços e dos objetos, por vezes síntese de conhecimen- nharia e no projeto, que é o desenho técnico.
tos diversos, constituindo-se referência cultural.
Arlindo Silva
O desenho técnico é uma base de conhecimento fundamen- Carlos Tavares Ribeiro
tal e indispensável na engenharia, na arquitetura e no projeto João Dias
industrial, que, no entanto, carece de suporte bibliográfico atu- Luís Sousa
alizado em língua portuguesa. É nesta ótica que surge o Dese-
nho Técnico Moderno - apresentação detalhada dos conceitos P,u·a o Professor
que lhe estão associados, das regras e procedimentos da sua
utilização em geral, e também elas particularidades específicas Os professores que adotarem o livro podem solicitar à LTC
nos diversos domínios de aplicação, conjugando a represen- materiais suplementares-de apoio pedagógico. O pedido deve
tação tradicional e as técnicas ele modelagem geométrica, em ser encaminhado a:
2D e em 3D, no âmbito ela utilização de sistemas CAD. LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.
A/C Editorial Técnico
Destinado aos estudantes ele todos os cursos de graduação Travessa cio Ouvidor, 11
que incluem a aprendizagem do desenho técnico e a utiliza- Rio de Janeiro, RJ - CEP 20040-040
ção de sistemas CAD, mas também aos profissionais que as Te!., 21-3970-9480
utilizam, como elemento ele atualização e consulta, este livro Fax, 21-2221-3202
trata detalhadamente às aplicações dos conceitos de projeções ltc@ltceditora.com.br
geométricas planas - projeções ortogonais múltiplas e proje- www.ltceditora.com.br
ções axonométricas, e aspectos complementares, .sobretudo os
cortes e seções e a cotagem, quer em termos ela sua utilização
tradicional, quer em termos da sua geração a partir da respec- Comentário e Sugestões
tiva modelagem geométrica por recurso aos sistemas CAD. É
também deste modo que apreserita, de forma ilustrada, aspec- Apesar cios melhores esforços dos autores, elos tradutores,
tos e procedimentos específicos no âmbito ela aplicação elo do editor e elos revisores, é inevitável que surjam erros no
desenho técnico na arquitetura e na engenharia civil, ilustrando texto. Assim, são bem-vindas as comunicaçôes de usuários
a sua utilização no ordenamento do território, na modelagem sobre correções ou sugestões referentes ao conteúdo ou ao
de terrenos, na implantação ele obras, no desenho de insta- nível pedagógico que auxiliem o aprimoramento de edi-
lações e no desenho ele estruturas ele edificações. No âmbito ções futuras. Encorajamos os comentários dos leitores que
da aplicação à engenharia mecânica e ao projeto industrial, podem ser encaminhados à LTC - Livros Técnicos e Científi-
· são apresentados, analogamente, por processos tradicionais cos Editora S.A. no endereço: Travessa do Ouvidor, 11- Rio
e por recurso aos sistemas CAD, a tolerância dimensional e de Janeiro, RJ - CEP 20040-040 ou ao endereço eletrônico
geométrica, o desenho de juntas e ele elementos de ligação, o ltc@ltceclitora.com.br
NOTAS BIOGRÁFICAS DOS AUTORES
ARLINDO SILVA - Graduado em engenharia mecânica em e modelagem geométrica dos cursos de engenharia mecânica,
1991 e doutorado em materiais compósitos em 2001 pelo IST. aeroespacial e de materiais do IST, tendo também lecionado
Co-autor de outros dois livros na área de engenharia e reabi- outras disciplinas nas áreas do projeto assistido por compu-
litação de pessoas com deficiências, e de numerosas publica- tador. Nos últimos anos tem sido responsável como dire-
ções científicas e pedagógicas. Desenvolve pesquisas na área tor adjunto do laboratório de engenharia mecânica assistido
dos materiais compósitos e docência em diferentes áreas da por computador do IST. É o representante do departamento
engenharia mecânica, centrando-se atualmente no desenvol- de engenharia mecânica do IST na comissão de normali-
vimento de produto e no projeto mecânico. zação do desenho técnico (CTl). Pesquisador do IDMEC/
tem desenvolvido pesquisa nas áreas do impacto estrutural,
CARLOS TAVARES RIBEIRO - Doutorado em engenharia civil, segurança de veículos automóveis e ferroviários e reconsti-
lecionou disciplinas de desenho, modelagem geométrica e tuição de acidentes rodoviários. Vencedor do Prêmio Cien-
sistemas CAD no departamento de engenharia civil do Ins- tífico IBM 1999.
tituto Superior Técnico (IST), ao longo de mais de 20 anos,
sendo atualmente professor associado nos cursos de engenha- LUÍS SOUSA~ Graduado e doutorado em engenharia mecânica
ria civil e de engenharia mecânica da Academia Militar (AM) pelo 1ST. Leciona nas disciplinas de desenho e modelagem
geométrica dos cursos de engenharia mecânica, engenharia
e, por protocolo com esta, na Universidade Aberta, para as
aeroespacial do IST e mestrado em engenharia da concepção,
disciplinas de geometria e de desenho. Pesquisador nas áreas
onde tem incentivado a utilização de sistemas CAD3D, quer
da modelagem geométrica, computação gráfica, multimídia e
em modelagem, quer na ligação a outras áreas de projeto e
realidade virtual, sob a égide do IST e da AM, sendo autor de
fabricação. Desenvolve pesquisa na área de otimização de pro-
livros e de diversos artigos nestas áreas. Desenvolveu também
jetos de estruturas não-lineares 1 estando atualmente integrado
intensa atividade de projeto de engenharia civil baseado em
em diversos projetos relacionados com a tecnologia automóvel
CAD e GIS.
e com a promoção da segurança automóvel. Esteve ligado e
JOÃO DIAS - Doutorado em engenharia mecânica pelo 1ST. tem acompanhado de perto a fonnaçào em sistemas CAD e os
Leciona e tem sido responsável pelas disciplinas de desenho sistemas de modelagem gráfica associados à área do CAD.
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------------------,-------·•-ffl--""'""''V!
REVISÃO DE CONHECIMENTOS 180 11.6 APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DAS 14. MATERIAIS E PROCESSOS DE
PAIAVRAS-CHAVE 88
CONSULTAS RECOMENDADAS 180 TOLERÃNCIAS GEOMÉTRICAS 260 FABRICAÇÃO 340
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 88
11.7 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA 14.1 INTRODUÇÃO 341
PALAVRAS-CHAVE 181
. 6.. PERSPECTIVAS 95 TOLERÃNCIA 277 14.2 FAMÍLIAS DE MATERIAIS 342
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 181
6.1 INTRODUÇÃO 96 11.8 REGRAS E PASSOS PARA A APLICAÇÃO DA 14.3 BREVES NOÇÕES DE PESO, RESISTÊNCIA E
6.2 PROJEÇÃO PARALELA OU CILÍNDRICA 9. DESENHO TÉCNICO EM PROJETOS DE TOLERÃNCIA GEOMÉTRICA 284 RIGIDEZ 343
(PEIISPECTTVA RÁPIDA) 96 ARQUITETURA E DE ENGENHARIA 11.9 PRINCÍPIOS, MÉTODOS E TÉCNICAS DE 14.4 GENERALIDADES E APLICAÇÕES DE
6.3 DESENHO DE CIRCUNFERÊNCIAS NUMA CIVIL 182 VERIFICAÇÃO 284 ALGUMAS FAMÍLIAS DE MATERIAIS 347
PERSPECTNA QUALQUER 104 9.1 INTRODUÇÃO 183 11.lOTOLERÃNCIA GEOMÉTRICA GERAL 286 14.5 FUNDIÇÃO 353
6.4 LINHAS INVISÍVEIS, LINHAS DE EIXO E 9.2 DESENHO DE ARQUITETURA 183 11.11 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO E DISCUSSÃO 288 14.6 DEFORMAÇÃO PLÁSTICA 356
CORTES EM PERSPECTIVAS 105 9.3 DESENHO DE INSTALAÇÕES 196 ll.12APLICAÇÕES EM CAD 289 14.7 PROCESSOS DE CORTE OU REMOÇÃO DE
6.5 INTERSECÇÃO DE SUPERFÍCIES 105 9.4 DESENHO DE ESTRUTURAS DE REVISÃO DE CONHECIMENTOS 290 MATERIAL 357
6.6 COTAGEM EM PERSPECTNAS 106 EDIFICAÇÕES 204 CONSULTAS RECOMENDADAS 290 14.8 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO E
6.7 METODOLOGIA PARA LEITURA DE 9.5 O DESENHO EM PLANEJAMENTO DE OBRAS PALAVRAS-CHAVE 291 DISCUSSÃO 364
PROJEÇÕES ORTOGONAIS (VISTAS) 107 DE ENGENHARIA CIVIL 216 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 291 REVISÃO DE CONHECIMENTOS 365
6.8 PROJEÇÕES CENTRAIS 109 REVISÃO DE CONHECIMENTOS 223 CONSULTAS RECOMENDADAS 365
A PERSPECTIVA EXPLODIDA 109 CONSULTAS RECOMENDADAS 223
•12. DESENHO TÉCNICO DE JUNTAS PAIAVRAS-CHAVE 365
6.9 -, _j
6.10 APLICAÇÕES EM CAD 110 PAIAVRAS-CHAVE 223 SOLDADAS 293 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 366
12.1 INTRODUÇÃO 294
REVISÃO DE CONHECIMENTOS 110
10. TOLERÂNCIA DIMENSIONAL E ESTADOS 12.2 PROCESSOS DE SOLDAGEM 294 15. MAIS PROJETOS DO TIPO CAD 372
CONSULTAS RECOMENDADAS 110
DE SUPERFÍCIE 224 12.3 BRASAGEM, SOLDABRASAGEM E 15.1 INTRODUÇÃO 373
PAIAVRAS-CHAVE 111
COLAGEM 298 15.2 PROJETO DE ARQUITETURA 373
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 111 10.1 INTRODUÇÃO 225
12.4 REPRESENTAÇÃO DA SOLDAGEM, DA 15.3 DESENHOS DE PROJETO DE ESTABILIDADE
10.2 TOLERÃNCIA DIMENSIONAL 225
\. . 7. COTAGEM 117 10.3 SISTEMA ISO DE TOLERÃNCIAS LINEARES 226 BRASAGEM E DA COLAGEM 298 EM ENGENHARIA CIVIL 373
7.1 INTRODUÇÃO 118 10.4 SISTEMA ISO DE TOLERÃNCIAS 12.5 SÍMBOLOS 299 15.4 PROJETO DE COMPONENTE
7.2 ASPECTOS GERAIS DA COTAGEM 118 ANGULARES 229 12.6 POSIÇÃO DOS SÍMBOLOS NOS INDUSTRIAL 375
7.3 ELEMENTOS DA COTAGEM 118 10.5 INSCRIÇÃO DAS TOLERÃNCIAS NOS DESENHOS 300 15.5 SISTEMAS DE "PIPING" 378
7.4 INSCRIÇÃO DAS COTAS NOS DESENHOS 119 12.7 COTAGEM DE CORDÕES DE SOLDA 302 15.6 PEÇA DE DESENHO INDUSTRIAL 380
DESENHOS 231
COTAGEM DOS ELEMENTOS 121 12.8 INDICAÇÕES COMPLEMENTARES 302 15.7 MODELOS FOTORREALISTAS PARA
7.5 10.6 AJUSTES 234
7.6 CRITÉRIOS DE COTAGEM 123 10.7 VERIFICAÇÃO DAS TOLERÃNCIAS 236 12.9 APLICAÇÕES EM CAD 304 DNULGAÇÃO 385
7.7 COTAGEM DE REPRESENTAÇÕES 10.8 TOLERÃNCIA DIMENSIONAL GERAL 239 REVISÃO DE CONHECIMENTOS 305 REVISÃO DE CONHECIMENTOS 387
ESPECIAIS 126 10.9 TOLERÃNCIA DE PEÇAS ESPECIAIS 240 CONSULTAS RECOMENDADAS 305 PAIAVRAS-CHAVE 387
SELEÇÃO DAS COTAS 128 10.lOESTADOS DE SUPERFÍCIE 240 PALAVRAS-CHAVE 305 CONSULTAS RECOMENDADAS 387
7.8
7.9 APLICAÇÕES EM CAD 129 10.UEXEMPLOS DE APLICAÇÃO E EXERCÍCIOS PROPOSTOS 305
A. CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS 388
7.10 EXEMPLO DE APLICAÇÃO E DISCUSSÃO 130 DISCUSSÃO 246
REVISÃO DE CONHECIMENTOS 131 10.12APLICAÇÕES EM CAD 247
("Í3J ELEMENTOS DE MÁQUINAS 310 A.l INTRODUÇÃO 389
13.l INTRODUÇÃO 311 A.2 BISSETRIZES, PERPENDICULARES E
CONSULTAS RECOMENDADAS 131 REVISÃO DE CONHECIMENTOS 249
13.2 ELEMENTOS DE LIGAÇÃO 311 PARAIELAS 389
PAIAVRAS-CHAVE 131 CONSULTAS RECOMENDADAS 250
13.3 LIGAÇÕES ROSCADAS 311 A.3 DESENI-1O DE POÚGONOS 390
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 132 PAIAVRAS-CHAVE 251
13.4 ARRUELAS, CHAVETAS, CAVILHAS E A.4 CIRCUNFERÊNCIAS E TANGÊNCIAS 392
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 252
CONTRAPINOS 321 AS OVAL E ÓVULO 395
8. REPRESENTAÇÃO DE INTERVENÇÕES
13.5 REBITES 325 A.6 CURVAS ESPIRAIADAS E
NO TERRENO EM ARQUITETURA E zll. ";TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA 253
13.6 MOLAS 325 EVOLVENTE 396
ENGENHARIA CIVIL 135 11.l INTRODUÇÃO 254
13.7 ÓRGÃOS DE MÁQUINAS 326 A.7 CURVAS CÍCLICAS 397
8.1 INTRODUÇÃO 136 11.2 TOLERÃNCIA DIMENSIONAL VERSUS
13.8 ROLAMENTOS 335 A.8 CURVAS CÓNICAS 397
8.2 REPRESENTAÇÃO DO TERRENO, TOLERÃNCIA GEOMÉTRICA 254
11.3 DEFINIÇÕES 255 REVISÃO DE CONHECIMENTOS 338 A 9 HÉLICES 399
INTRODUÇÃO Ã TOPOGRAFIA 136
CONSULTAS RECOMENDADAS 338 A.10 TRANSPOSIÇÃO, AMPLIAÇÃO E REDUÇÃO
8.3 CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM SISTEMAS 11.4 SÍMBOLOS GEOMÉTRICOS 257
PALAVRAS-CHAVE 338 DE DESENHOS 400
DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA 157 11.5 ASPECTOS GERAIS DA TOLERÃNCIA
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 338 CONSULTAS RECOMENDADAS 400
8.4 INTERVENÇÃO NO TERRENO 169 GEOMÉTRICA 257 ,
xvili Sumário
OBJETIVOS
Após estudar este capítulo, o leitor deverá estar apto a:
• Distinguir entre desenho técnico e desenho artístico;
0 Reconhecer a necessidade de aprender desenho técnico como uma forma de
comunicação;
® Explicar a necessidade das normas de desenho técnico;
@ Detalhar as várias fases de um projeto genérico e o papel do desenho em cada
uma delas;
• Enunciar as vantagens do desenho assistido por computador, em especial na sua
vertente tridimensional.
2 Capítulo Um O Desenho Técnico 3
1.1 INTRODUÇÃO Conceito extremamente amplo, a representação gráfica dispõe, da figu.1ra 1.1, sua mensagem não foi recebida de modo cor- A escrita oriental é também baseada em símbolos abstratos,
independentemente das diferentes técnicas de produção, de embora não se possa falar de alfabeto, uma vez que cada sím-
reto!
O desenho é por vezes menosprezado como uma área dentro diferentes linguagens confom1e o domínio em que é utilizada bolo tem um sentido próprio, ou seja, não precisa ser associ-
da engenharia. De fato, o desenho é uma ferramenta impres- No campo da Engenharia, o desenho serve como uma ferra- ado a outro para fazer sentido.
e os objetivos a que se destina.
cindível para o nosso dia-a-dia, quer sejamos engenheiros, menta de trabalho, que acompanha um novo componente (de
Desde as artes plásticas até a processamento de imagens via uma máquina) por exemplo) desde sua fase inicial de projeto, Como exemplo, o "alfabeto" chinês tem milhares de símbo-
arquiteto;:;, jornali.stas, futebolistas ou médicos.
satélite - passando pela fotografia, pelo vídeo, pelo desenho assando pela oficina onde vai ser fabricado até a fase final los, enquanto o alfabeto ocidental tem apenas 27 símbolos.
Uma nova estrutura, uma nova 1náquina, um novo mecanis- nrnnual ou por meios informáticos e sujeita ou não a conven- ~e montagem desse componente na máquina, podendo ir para O objetivo deste texlo centra-se na comunicação gráfica de
mo, uma nova peça nasce da idéia de um engenheiro, de um ções previamente estabelecidas, como no caso do Desenho além da fabricação até a fase ele marketing e publicidade. idéias através do desenho técnico. O desenho técnico é um
arquiteto ou de um técnico 1 em geral sob a forma de imagens Técnico, que a elevam ao nível de linguagem - a representa- Embora, como se pode calcular, o desenho do componente tipo particular de desenho, que obedece a regras bem defini-
no seu pensamento. Essas imagens são materializadas através ção gráfica é a atitude subjacente que permite o registro de não seja, necessariamente, o m.es1no em cada uma das fases das. Se,ve para comunicar uma idéia ou um conceito de modo
de outras imagens: os desenhos. O projeto destes sistemas passa toda a simbologia gráfica que possibilita a comunicação. enumeradas, eleve conter uma grande variedade de informa- único, sem ambigüidades nem significados múltiplos.
por várias fases, em que o desenho é usado para criar, trans- ções para a pessoa que o lê e interpreta, além cios simples "tra-
mitir, guardar e analisar informação. A transmissão de idéias ou conceitos é, numa primeira fase, Contudo) como será evidente ao longo deste e elos próximos
ços no papel". De fato, um desenho técnico é, em geral, acom-
transmitida através de esboços mais ou menos elaborados. Nas capítulos) o desenho técnico pode .ser executado de inúmeras
A descrição com o objetivo de interpretar, analisar e, princi- panhado de muitas anotações e explicações, como) por exem-
fases seguintes) os desenhos ganham complexidade. À medi- maneiras, com as mais variadas formas e aparências, manten-
palmente, estabelecer modos de inte1venção no relacionamento plo, dimensões, material de que deve ser fabricado, normas que
da que as idéias vão evoluindo e tomando forma, os desenhos do sempre o rigor e a objetividade.
dos espaços implica uma atitude ele representação gráfica, 0 enquadram, notas de montagem, escalas, etc., que o comple-
podem passar para suportes infonnáticos com o auxílio do CAD
caracterizada por uma simbologia própria e, conseqüentemen- mentam e sem as quais não seria possível sua fabricação.
( Coniputer Aided Design). Usando interfaces adequadas entre
te, uma linguagem própria.
CAD, CAE (Computer Aided Engineeríng) e CAM (Computer No âmbito deste livro e ao longo de todo o texto a utilização 1.3 DESENHO TÉCNICO E DESENHO
A representação gráfica e o desenho em geral satisfazem apli- Aided Mant{facturíng\ o intervalo ele tempo entre a idéia da expressão "Representação Gráfica" e, em particular) o De- ARTÍSTICO
cações muito diversas e estão presentes em praticamente toda original e o produto final reduz-se drasticamente, como tam- senho Técnico refere-se estritamente à representação gráfica
Um determinado objeto pode ser descrito de muitas manei-
atividade humana. Constitui-se na mais antiga forma de regis- bém se reduz o custo de desenvolvimento. capaz de descrever e analisar informação de caráter operacio-
ras: por exemplo, através do seu nome ou ele um desenho,
tro e comunicação de informação, e, embora tendo conheci- nal e gebmétrico e suas aplicações, e restringe-se ao tipo de
Existe uma frase popular que resume muito bem a vantagem que pode ser um desenho livre, de caráter mais ou menos
do mais mudanças quanto ao modo de produção e de apre- simbologia gráfica que lhe é inerente.
da comunicação pelo desenho: "Um desenho vale mais que artístico, ou um desenho técnico. Como se fará então a distin-
sentação cio que as mudanças tecnológicas verificadas ao lon- O Desenho Técnico) como área ele conhecimento nos domí- ção? Pode-se fazer uma primeira distinção através do próprio
mil palavras". As imagens como que substituem 6 objeto a que
go da História, nunca foi substituída efetivamente por nenhu- nios da Engenharia Civil, da Arquitetura, da Engenharia Mecâ- objetivo ela descrição: se for destinada apenas a transmitir uma
se refere) e o seu impacto ultrapassa qualquer tentativa de
ma outra. O desenho eleve ser considerado uma ferramenta nica e do Design Industriat tem neste livro a sua referência imagem) sem grande ênfase na quantificação das dimensões
definição verbal ou escrita. Se, associado à sua representação,
de trabalho, tal como o teste de fase/neutro para o eletricista nos termos mais atuais com que é tratado, utilizado e com que elo objeto, então pode-se estar perante um desenho livre ele
lhe for conferido o caráter dimensional e ele rigor de exeqüi-
ou a batuta para o maestro. Sem ele, o engenheiro e o arqui- se vislumbra o seu sucessivo desenvolvimento. caráter artístico ou não; .se a descrição for destinada a expliciLar
bilidade em termos da sua fabricação ou da sua construção, a
teto não se exprimem completamente. com rigor a forma e as dimensões do objeto representado, bem
imagem assume) para esse efeito, um caráter operacional e
Não obstante o aparecimento e desenvolvimento de outros como os aspectos relevantes, por exemplo, para a sua produ-
passa a ser "lida" pela representação ele propriedades e carac- 1.2 A COMUNICAÇÃO GRÁFICA
meios ele comunicação, desde o surgimento da escrita, até aos ção, então estar-se-á perante um desenho técnico.
terísticas particulares, especialmente métricas. Convida-se o
que a evolução tecnológica proporciona a representação (grá- leitor a um exercício muito simples: com suas próprias pala-
DE IDÉIAS A distinção entre os dois tipos de desenho - o desenho téc-
fica) de imagens, ainda que de uma forma cada vez mais so- vras, tente descrever para um amigo o objeto ela Figura 1.1, A comunicação gráfica é tão antiga quanto o homem e tem, nico e o desenho livre - pode também ser feita de um modo
fisticada, prevalece e assume lugar de destaque no âmbito do de modo que ele faça um desenho desse objeto descrito. No ao longo dos tempos, um desenvolvimento paralelo ao desen- diferente. O desenho técnico deve ser perfeitamente percep-
registro e da comunicação sobre as formas dos artefatos e a fim, compare os dois objetos. Provavelmente você concluirá volvimento da tecnologia. Desde a antiguidade o homem se tível e sem ambigüidades na forma como descreve determina-
configuração dos espaços nos-quais e com os quais vivemos. que, por mais palavras que tenha usado para descrever o objeto comunica e se expressa usando simbologias várias. O homem do objeto; o desenho livre pode ter, para diferentes indivídu-
primitivo usava a pintura para retratar aspectos da sua vida os, várias interpretações e significados do mesmo objeto. A
quotidiana. Os desenhos mais antigos de que há conhecimento Figura 1.3 mostra um exemplo claro de desenho livre; neste
datam ele 12000 a.C. Sem dúvida que o desenho precedeu a caso, mais especificamente o que vulgarmente se constitui umct
escrita na comunicação de conhecimentos. O povo egípcio, ilustração. Já a Figura 1.4 apresenta exemplos de desenho téc-
por exemplo, desenvolveu rn1;1-a escrita baseada em símbol~s. nico: em (a), uma representação livre de um objeto) porém ele
A Figura 1.2 mostra alguns dos símbolos usados pela escnta caráter técnico; cm (b), uma representação em desenho técni-
egípcia. A escrita ocidental é baseada em símbolos abstratos co do mesmo objeto. A Figura 1.3 e a Figura 1.4 tornam cla-
(o alfabeto\ que, quando associados ele diferentes maneiras, ro O significado do desenho livre ele caráter artístico e ilustra-
significam diferentes coisas. tivo) cio desenho livre, mas de caráter técnico (Figui:a 1.4-a),
FIGURA 1.1 Objeto simples desenhado em perspectiva, mas complicado de descrever por palavras.
J
FIGURA 1.2 Exemplos de símbolos da escrita egípcia.
O Desenho Técnico 5
4 Capítulo Um
biáveis, na indústria militar da época. Em 1876, foi inventada ma capacidade especial para a sua interpretação. A informa-
a cópia heliográfica. Até então, a execução de desenhos téc- ção que ele consegue transmitir é menor que na representa-
nicos era mais ou menos considerada uma arte, caracterizada ção em vistas múltiplas, mas pode ser importante, por exem-
pelas linhas muito finas e pelo uso de sombras. A cópia e re- plo, em esquemas de montagem ou em catálogos de publici-
produção destes desenhos eram extremamente difíceis. A in- dade, onde um simples olhar pode dar uma visão clara do
trodução da céJpia heliográfica, de execução fácil e rápida, veio objeto, sem grandes pormenores. A Figau.·a 1.5 mostra a visu-
aligeirar um pouco o desenho técnico como até então era alização em perspectiva do objeto.
entendido, eliminando o uso de sombras e carregando mais
os traços, para melhorar a reprodução. 1.5.2 Vistas Múltiplas
o desenho técnico tem-se tornado gradualmente mais preci-
A representação em vistas múltiplas de um objeto é um elos
so e rigoroso ao longo dos tempos, processo a que não é alheia
tipos de representação mais usados em Engenharia e se ba-
a instrumentação utilizada na sua execução, eliminando, por
seia no conceito de projeção ortogonal. A quantidade de in-
vezes, a necessidade ele constrnção ele modelos para avaliar o
formação que pode estar contida num desenho deste tipo é
funcionamento das peças ou mecanismos desenhados. muito grande, desde o simples esquema até um desenho ele
produção completo, com anotações, notas de fabricação, no-
1.5 O DESENHO TÉCNICO, MODOS DE tas de montagem etc. Obedece a determinadas normas e con-
venções de representação que) quando assimiladas, permitem
REPRESENTAÇÃO visualizar imediatamente o objeto representado.
FIGURA 1.3 Exemplo típico de um desenho artístico (cortesia de Phil Metzger, Perspectíve without pain, North Light Books, Cincinnati, OH). Como citado, o desenho técnico pode assumir diversos mo- A representação de objetos em vistas múltiplas é, em gen:11)
dos, de representa_~ã91- 1nas _d~v~- manter_ sempre o _1:(8~=?.1:~-~:-·a' mais fácil de executar do que a representação em perspectiva,
~objCtiVid:lde-:qlle O caracterizam. Os modos 1mlis usados eill sendo, por isso, preferido quando o seu leitor está treinado
D~Sefli10 Técnico são as representações ~n_YistaLe ell}_Q~~~~ na leitura de desenhos em vistas múltiplas. A Fign:n1 1.6 mos-
E~_g:iva_. tra o objeto da Figura 1.5 rigorosa e inequivocamente defini-
Estas duas formas de representação) sendo ambas de extrema do pelas suas vistas múltiplas.
importfmcia na descrição de um objeto, contêm particularida-
des que as recomendam em situações diferentes, consoante a
1.6 AS NORMAS ASSOCIADAS AO
mensagem a transmitir e o leitor a que se destinam.
DESENHO TÉCNICO
Todo o processo de representação no âmbito do desenho téc-
nico fundamenta-se no conceito de projeção. Para que o desenho técnico seja universalmente entendido sem
ambigüidadcs, é necessário que obedeça a determinadas re-
gras e convenções, de forma que todos os implicados no pro-
1.5.1 .Perspectivas cesso de desenho "falem a mesma língua". Para uniformizar o
A representação vulgarmente designada por perspectiva é desenho, existem as normas de desenho técnico. Uma norma
usada quando se quer ter uma visão espacial, rápida) de de- de desenho técnico não é mais do que um conjunto de regras
terminado objeto. O desenho assemelha-se, de fato, a uma ou recomendações a seguir quando da execução ou ela leih1-
fotografia do objeto desenhado, não sendo necessária nenhu- ra de um desenho técnico.
a) b)
FIGURA 1.4 Exemplo de um objeto cuja distinção entre a representação artística (à esquerda) e a representação técnica (à direita) não é tão óbvia.
que também não deixa de ser ilustrativo, e do desenho téçni- dentemente da instrumentação utilizada, a geometria descriti-
co propriamente dito (Figura 1.4-b). -~~--~?_1::1:_s,Q_t_µ_i.R__b_ase_ do _ çi~se~_ho técnico. -- - -- - - - - ~
Estes princípios de geometria descritiva cedo foram reconhe-
1.4 A GEOMETRIA DESCRITIVA E O cidos como ferramentas de extrema importância na estratégia
militar da época, obrigando Monge a mantê-los em segredo.
DESENHO TÉCNICO O seu livro La Géométrie DesCríptíve) publicado em 1795, con-
Pode-se dizer que o desenho técnico, tal como hoje é enten- tinua a ser considerado o primeiro texto sobre o desenho de
dido, nasceu como aplicação dos princípios e fundamentos projeções.
da geometria descritiva. ~eometria descritiva se deve a Nos primeiros anos do século XJX, estas idéias começaram a
Ga~erd Monge (1746-1818): Como professor na Escola Poli- ser introduzidas nos estudos universitários, tanto nos Estados
técnica de França, :ryr__Q!:l_ge___dé:S~!lvolveu o conceito d~ __ p_rQj~_- Unidos como na Europa. Os estudos de Gaspard Monge fo-
FIGURA 1.5 Representação em perspectiva de um objeto.
ção, ~m partic~i_lar de projeção geométrica plana. Indepen- ram ainda usados na fabricação de variadas peças intercam-
O Desenho Técnico í
6 Capítulo Um,
-ED-
1
e FASE1
DENTIFICAÇÃO DO
PROBLEMA
1
' FASE2
-
1
' DESENVOLVIMENTO
1 DE CONCEITOS
FASE3
COMPROMISSOS
EXEMPLO 1 cadeira para o carro, sendo mais fácil a arrumação da cadeira den- e maior rigidez fosse a extrusão de perfis ou fundição de peças_ especi~
tro do carro. A cadeíra deve ser atraente e ter um "ar desportivo". ais para a cadeira, reduzindo assim também os custos de manutenção.
PROJETO DE UMA CADEIRA DE RODAS PARA DEFICIEN1ES r1SICOS Este requisito é atingido se a cadeira se assemelhar às cadeiras
FASE 4 - Protótipos. A firma)( executou diversos protótipos da ca-
desportivas, com o mínimo de acessórios, com cambagem nas ro~ deira, tendo efetuado algumas alterações de peças que não resistiram
FASE 1 - Identificação doproblema. A firma X fez um estudo de novo produto. A nova cadeira deve ser leve (peso inferior a 1O kgf). das traseiras, pintada de cores vivas (ao gosto do utilizador}. de modo satisfatório aos testes de fadiga, impacto e segurança impos~
mercado, consultando várias __a-ssocia:ções de defié:ientes, e organis- Esse requisito pode ser atingido com o emprego de ligas leves (alu- FASE 3 - Compromissos. O peso, a r_íg!dez e, conseqüentemente, a tos pelas normas ANSI/RESNA partes 1, 3, 8 e 16. Alguns elementos
mos estaduais e recolhéu opiniões isoladas de deficientes físicos a mínio, magnésio ou fibra de carbono). Deve ser de baixo custo, quer manobrabilidade da cadeira seriam excelentes se fosse empregada fibra foram reforçados e os desenhos finais de fabricação elaborados, con-
respeito das_ cadeiras-de'-_rodas _e~istentes_ no mercado e das cadei- de aquisição quer de manutenção. O baixo custo de aquisição pode de carbono na sua produção, mas sua fabricação em série seria bastante siderando~se estas alterações. Como a firma)( usou desde o início uma
ras de rodas que cadaJndi_víduo p_ossui, _ou gostaria de possuir. Con- ser atingido se os procedimentos-de trabalho na Hnha de produção complfcada e seu custo proibitivo. O alumínio é um bom material para a modelagem 3D parametrizada da sua cadeira, bastou-lhe alterar as di~
cluiu que: (a) 60%-dos uSuárlos',dê-Cadeiras de rqdas pert_encem à forem otimizados e o desperdício de material for reduzido ao míní~ construção da cadeira, pois oferece a vantagem do peso relativamente mensões das peças que era necessário modificar e os restantes com-
faixa etária entre os 18 e os35 anos; (b) 90% dos,usuários Usam uma mo. O baixo custo de manútenção pode ser atingido pelo conheci- ao aço, não perde em rigidez estrutural e é mais barato que o titânio. ponentes refletiram imediata e automaticamente as alterações. Sem a
cadeira de ro_das cfássic_a univers-at, eni açO, com_ poúcas possibilida- mento a fundo dos processos de fabricação e através de testes ajuda predosa da modelagem tridimensional, esta firma teria perdido mais
des de adaptaçã_o individual, com 'pe~o-emtorno de 20 kgf- e de baixo exaustivos de fadiga em protótipos, aumentando a durabilidade dos O baixo custo da fabricação leva à necessária utilização de perfis tempo em alterar individualmente os desenhos das peças envolvidas,
custo; (e) 80% dos usuários-gost~i'iam 'dê ter i,o mercado uma cadei- seus componentes. A cadeira-deve ser ajustável a cada indivíduo. normalizados soldados entre si, embora a solução com menor peso correndo o risco de deixar alguma de fora!
ra leve, de baixo custo, totalmente ajus_tâvel,- com 1'ardesportivo", que Este requisito pode ser atingido se a cadeira possuir alteração da
facilitasse ao máximo sua vida do dia-a-dia.--O problema identificado sua forma, como a alteração dàs' mecanismos de ângulo entre o
é a inexístência de cadeiras de rodas- corh as características que os assento e as pernas, do ângúlo entre o assento e as costas, ou
usuários maís gostariam de ver nas súas cadeiras: b_aixo peso, baixo cambera cambagem das rodas, ajustando-se a cada pessoa. A pos~
custo, ajuStávef e atraente. sibilidade de remover as rodas sem o auxílio de ferramentas e o fe-
chamento da cadeira também pode ser importante para o usuário
FASE 2 - Desenvolvimento de conceitos. A firma X reúne o seu
ativo, que conduz o seu próprio carro, quando da transferência da
grupo de engenheiros, e delineia as linhas de desenvolvimento do
Esboços tfpicos nà dâ firma X. O desenho de conjunto em vistas mtíltlplas da cadeira de rodas da firma X
•
10 Capítulo Um
O Desenho Técnico u
Estes comandos estabelecem com o usuário uma "interface" dados de símbolos, o que acontece com quase todos os
direta e fácil, de acesso ao desencadeamento ele cada algorit-
PALAVRAS-CHAVE
pacotes comerciais de CAD, e diretamente cm escala para
mo ou algoritmos do domíflio da Computação Gráfica - ci- a dimensão pretendida;
CAD desenho técnico clássico
ência multidisciplinar que relaciona aspectos da matemática, O No desenho técnico clássico de prancheta, qualquer erro
CADD geometria descritiva
da geometria e da ciência computacional. cometido no papel vegetal era corrigido raspando-se a folha
CAE ISO
O desenvolvimento ele algoritmos específicos a algum cios com uma lâmina e desenhando-se por cima. Em CAD) os erros
CAM norma de desenho técnico
domínios da Engenharia e da Arquitetura permite definir co- são tão fáceis de corrigir como num processador de texto
cópia heliográfica perspectivas
mandos especificamente dirigidos a operações freqüentes nesse comum. Além disso, os desenhos podem ser guardados em
desenho artístico projeto de Engenharia
domínio e a constituição de Sistemas CAD específicos. suporte magnético, nunca perdendo qualidade (como acon-
desenho técnico vistas múltiplas
tece nos arquivos de papel vegetal) e podendo, a qualquer
Os sistemas CAD podem, hoje em dia, abranger as várias fa- momento, serem alterados ou aproveitados de novo;
ses de projeto e, em alguns casos, também ele produção. Estes O As construções geométricas que tanto tempo demoram se
sistemas permitem a articulação entre si de vários módulos: feitas a mão, tais como tangentes, elipses etc., são automá-
CADD ( Computer Aided Design and Drafting), CAE ( Computer ticas nos sistemas de CAD, poupando muito tempo ao de-
Aided Engineering)) AEC (Architectural, Engineering and senhista e oferecendo uma apresentação muito superior;
Construction) e CAM (Computer Aided Manufacturing). Por O A elaboração de relatórios ou catálogos de marketing e
vezes, referimo-nos ao CAD como Computer Aided Drafling) publicidade é automática, pois se pode fazer a importação
embora a sigla se refira a Computer Aided Design. Ao longo dos desenhos em suporte magnético dos sistemas de CAD
do texto a sigla CAD será usada para denominar Computer para os sistemas de edição e formatação de texto;
Aided Drafting) como rotineiramente se faz. O A utilização, cm particular, de sistemas de CAD a 3D tem as
O desenho assistido por computador tem grandes vantagens vantagens acrescidas da construção dos objetos diretamente
em relação aos métodos tradicionais de desenho. Algumas a três dimensões, sendo possível, imediatamente, a verifica-
dessas vantagens são enumeradas a seguir: ção ele lonas de interferência com a análise cinemática em
.mecanismos, a análise estrutural dos componentes e do con-
O No desenho técnico clássico de prancheta, feito inteiramente junto por elementos finitos (com uma interface adequada para
a mão, a inserção de símbolos repetitivos normalizados era um sqftware de análise estrutural) e - talvez a maior e mais
feito, em geral, com recurso de nonnógrafos ou folhas de importante vantagem·- a obtenção direta da representação
decalque, na escala elo desenho. Com o CAD, a inserção cios objetos em vistas múltiplas e/ou em qualquer perspecti-
de símbolos normalizados é direta, se existir uma base ele va desejada. O Capítulo 2 apresenta alguns exemplos.
REVISÃO DE CONHECIMENTOS
'f\(t;, , 1, •: UO)C i !'f · i', .• ,, .,._ ·,.·<·,, •.__,,_.1·,·,•· 1·· 1,f1·c,<:i-:·,_.-.__;, •r: ,\,-••_,,.,,\,
.r 1'', • , 1 ' '
1. Como se distingue um desenho 'artístico de um desenho técnico? 5. Que vantagens você reconhece no desenho assistido por com-
1)·. i ,-, ... ·, '( !'·i(.l'f'l ,.- ;
2. Por que o desenho· técnico deve respeitar as nórmas de putador com relação ao 9es~nho técrlico tracl_icional em papel?
, , t=c..o•r,.01,.,-1li'.'.)l -(,.. -1·,\(-\-'i·\·o,.. \! '.", '; 1- ,1,,_; ;,_ ,
desenho? V ,'<' >. ,\ \ 6. Que vantagens você reconhece no desenho tridimensional
3. Quais são as duas formas mais usuais d~ n~presentação ele de peças?
objetos em desenho técnico? \11',s,\,"1 (,, rnl)·\:;pln.
7. Que vantagens você aponta no Engenheiro que domina
4. Enuncie as várias fases pelas quais passa o projeto de um totalmente a linguagem do desenho técnico em compara-
mecanismo inovador, dando especial ênfase ao papel do ção com aquele que possui fracos conhecimentos de de-
desenho técnico em cada uma dessas fases. senho?
]:(l<'1d1-riu1 l 1·
/ ( .on"l {-''t (,,-,\i / \\•\(,"r!
CONSULTAS RECOMENDADAS
• Bertoline, G.R., Wiebe, E.N., Miller, C.L. e mecânica - www.machinedesign.com
Nasman, LO., Technical Graphics Com- • Endereço eletrônico da International Organization for Stan-
munication. Itwin Graphics Series, 1995. dardization (ISO) - www.iso.ch
• Dieter) G.E.) Engineering Design, A Mate- 0
Endereço eletrônico da American National Standards Jns-
riais and Processing Approach. McGraw- titute (ANSI) - web.ansi.org
Hill, 2"d Ed,, 1991. • Endereço eletrônico do Instituto Português da Qualidade
• Giesecke, FE, Mitchell, A, Spencer, HC, 1-lill, LL, Dygdon,J.T., (IPQ) - www.ipg.pt
Novak, J.E. e Lockhatt, S., Modern Graphics • Endereço eletrônico ela AmeTican Society of NJechanical
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engenharia, em especial na vertente de
Sistemas CAD em Desenho Técnico 13
15 25 5
2,5
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a) b)
flGURA 2.10 Modelo computacional de uma biela (Cosmos - reprodução autorizada). FIGURA 2.12 Simulação do movimento (cortesia Dynamic Designer lnc.).
18 Capítulo Dois Sistemas CAD em Desenho Técnico 19
a)
1
b)
r
FIGURA 2.15 Sim~lação de fabdbação.
FIGURA 2.22 Placa gráfica (cortesia de ATI Technologies (c) 2000 lnc.
FIGURA 2.23 Exemplos de monitores: CRT, LCD e TFT. FIGURA 2.25 Impressora laser formato A4 da Hewlett Pack_ard.
FIGURA 2.20 Módulos de memória RAM. Direitos reservados).
llll!l""'_________________________________________..,,......,.,...,,..__.,.... ,...,.,....,..,...,_,2J1~
22 Capítulo Dois Sistemas CAD em Desenbo Técnico 23
24 Capítulo Dois
1 Sistemas CAD em Desenho Técnico 25
A idéia é simples e aparentemente não tem nada de especial. de aplicação, utilizáveis cm qualquer momento e em qualquer SoliclWorks-www.solidworks.com Cosmos-www.cosmosm.com
No entanto, este é o conceito fundamental na utilização de um desenho (arquivo), não precisa de justificações. www.sqeclio.pt Dynamic Designer-www.adams.com
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Blocos fornecidas interativamente, ou resultantes de um cálculo, ou
Por bloco deve-se entender qualquer conjunto de elementos lidos em arquivo associado ao desenho em curso?
gráficos constituindo uma ou várias entidades geométricas, PALAVRAS-CHAVE
podendo por sua vez constituir-se como uma nova e única enti-
dade - o bloco-que, em termos de manipulação 1 por se tratar
Camadas '
O conceito de camada (layerna terminologia original) consiste CAD
estereolitografia
de uma entidade, fica sujeito aos critérios do tipo descritos. na possibilidade de se proceder a representações por camadas CADD
fotorrealismo
Por exemplo, no âmbito de um projeto de arquitetura, o dese- suscetíveis de observação simultânea ou não. Tudo se passa CAE
interface CAD-CAE-CAM
nho de uma porta (em alçado, por exemplo) envolve várias como se se tratasse de um conjunto ele folhas de papel em que CAM
modelos 3D
linhas e polígonos (várias entidades) e pode também ser cons- em cada uma se pode representar alguns dos elementos de um CNC
simulação de mecanismos
tituído como uma entidade, que se designaria como o bloco mesmo desenho ou peça desenhada) e que m~a vez todas so- elementos finitos software/hardware
"po1ta". brepostas reproduziriam integralmente o desenho pretendido. equipamento computacional
Este bloco, que por sua vez constitui do ponto de vista da in- Assim, por exemplo, num projeto de Arquitetura poder-se-ia
fonnática um arquivo 1 é acessível a qualquer momento quer ter numa camada a apresentação das paredes, noutra camada
dentro do arquivo (desenho geral) que está sendo trabalhado as janelas e as portas, noutra as cotas, noutra o mobiliário etc.
(planta de arquitetura por exemplo) e onde o bloco pode ter Em qualquer momento se poderia visualizar simultaneamente
sido, entretanto criado, quer posteriormente, a partir de outro a camada das paredes com a das janelas e portas, ou a das
arquivo (outro desenho). paredes e a das cotas, ou obviamente todas.
A importância fundamental deste procedimento, na criação de A obtenção de leiautes segue naturalmente o mesmo proces-
"bibliotecas" de símbolos (portas, janelas, mobiliários ou qual- so) podendo-se obter a representação só das paredes, ou pa-
quer outro tipo de símbolos), inerentes a qualquer domínio redes com as janelas e as portas etc.
REVISÃO DE CONHECIMENTOS
1. Quais as potencialidades do projeto e do desenho 3D de 5. Poderá um usuário, sem qualificações apropriadas, ser um
peças e conjuntos? bom operador de desenho técnico em computador? E de
2. Em que circunstância pode o desenho técnico em papel ser programas de projeto e fabricação assistidos por computa-
substituído pelo desenho assistido por computador? dor (elementos finitos, prototipagem, fabricação)?
3. Quais as áreas de Engenharia em que o CAD mais se destaca? 6. Estarão as normas internacionais de desenho técnico atual-
4. Indique outras áreas do conhecimento humano em que a mente em vigor adaptadas para o CAD 3D?
utilização de sistemas CAD pode ser desenvolvida nos anos 7. Que componentes você incluiria num sistema computacio-
mais próximos. nal doméstico para CAD?
CONSULTAS RECOMENDADAS
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Hill, I.L., Dygdon, JT., Novak, J.E. e informático:
Lockhart, S., Modem Graphics Communication. Prentice www.amd.com
Hall, 1998. www.aopen.com
• Costa, A., Autodesk Inventor. FCA-Editora de Informática, www.hp.com
2003. www.ati-tech.com
• Santos,]. e Barata,]., Autodesk Viz4. FCA-Editora de Infor- www.ibm.com
mática, 2002. www.intel.com
• Santos, J. e Barata, J., 3ds max 4. FCA-Editora de Informá- www.primax.nl
tica) 2002. www.epson.com
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de Informática) 2002. do com CAD/CAE/CAM,
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to. FCA-Editora de Informática, 1999. www.micrograf.pt.
Aspectos Gerais do Desenho Técni'co 27
DESENHO TÉCNICO junto de assuntos que importa desde já introduzir, tais como:
formatos de papel, tipos de linhas e respectivas espessuras,
dobram_ento dos desenhos, escalas, tipo de escrita e suas ca-
Estes dois tipos ele letra correspondem às razões normaliza-
das d/h de 1/14 e 1/1 O, que conduzem a um número mínimo
de espessuras de linhas. A espessura das linhas é a mesma para
racterísticas, legendas e identificação dos desenhos e listas de
letras maiúsculas e minúsculas.
peças em desenhos de conjunto. Todos estes assuntos são
abordados neste capítulo. É importante salientar que para to- As normas ISO 3098 partes 2 e 3 definem ainda a escrita ele
dos os tópicos mencionados existe um conjunto de normas caracteres gregos e caracteres especiais da escrita latina, como
aplicáveis. a acentuação usada na língua portuguesa.
e Usar escrita normalizada na informação indicada nos desenhos. Espaçamento entre caracteres a (2/14)h 0,35 0,5 0,7 1,4 2 2,8
Espaço mínimo entre linhas b (20/14) h 3,5 5 7 10 14 20 28
Espaço m[nimo entre palavras e (6/14) h 1,05 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4
Espessura das linhas d (1/14) h 0,18 0,25 0,35 0,5 0,7 1,4
1234567890 e ~
Contínuo fino a mão
livre*
C1 Limites de vistas locais ou interrompidas
quando o limite não é uma linha de traço
misto. Limites de cortes parciais
abcdef ghi jklmnopqrs tuvwxyz D -1----t-
Contínuo fino em zigue-
zague*
D1 Mesmas aplicações de C1
H1
Trajetórias de peças móveis
Planos de corte
---r--
120 120 185 185 . 185 185
-
·:,
E
~-
e-
Dobra 8 fl
o
-
iE
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------•"I'
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A
3 ~ ~ ~ ~ ~
minam num ponto, devem tocar-se. ! n n n ~ ~
n n n n n n
o
o
o
o o
o
o
o
o
o o ' o o o o
o D o o o o D
4
Quando uma aresta invisível cruza outra
aresta {visível ou invisível), não deve tocá-la. ----!-----!---- ---i----i---
AO A1
5
Quando duas linhas de eixo se interceptam,
devem tocar-se. --t--f-- (841X1189) (594X841)
____
153
,,
6464128 185
Th.... - - j - . -
utilizam. As convenções para a interseção de linhas são apre- têm por base o tamanho AO, cuja área é de 1 nI O lado maior 130
..-=. 185
sentadas na Tabela 3.4. Estas convenções são válidas qual- ele cada formato é igual ao lado menor do formato seguinte.
Dob ra 2
V 1
Dob ra 6
·-'""-
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lados é V2, que é a mesma razão usada para os caracteres na 000 o D o
o o
o D
3.4 FOLHAS DE DESENHO escrita normalizada.
A utilização crescente ele programas de CAD 3D e elas suas A2 A3
Os diferentes formatos podem ser obtidos a partir do for- (420X594) {297X420)
interfaces com equipamentos de produção e fabricação, leva
a uma utilização cada vez menor ele desenhos em papel. Con- mato AO por subdivisão sucessiva 1 como indicado na Figu- FIGURA 3.6 Dobramento de desenhos realizados deitados.
tudo, a impressão e reprodução de desenhos continuam a t·a 3.5.
desempenhar uma função importante na documentação téc- Em casos excepcionais, quando é necessário um formato es-
nica do produto. pecial de folha, podem ser usados os formatos indicados na Existe ainda um conjunto ele formatos extra-alongados, de 3.5.1 Localização da Legenda
A escolha do formato ou dimensão da folha de papel a ser Tabela 3.6, em que o comprimento é o fator multiplicativo acordo com a nonna ISO 5457, mas cuja utilização não se re-
usada, é da responsabilidade do desenhista ou projetista. As indicado na primeira coluna, multiplicado pelo menor· com- comenda. De acordo com a norma ISO 5457, a legenda deve localizar-se
folhas ele menor dimensão são mais fáceis ele manusear, mas primento da folha original (Ex. A3 X 3, 891 ~ 3 X 297). Note-se que os diferentes formatos podem ser usados em pé no canto inferior direito da folha ele desenho dentro da área
obrigam à utilização ele escalas de redução para a representa- de trabalho (~er parágrafo 3.6), para as folh;s deitadas (tipo
Oado maior na vertical) ou deitados (lado maior na horizon-
ção das peças, o que prejudica a sua interpretação e compre- tal), de acordo com o que for mais adequado.
X) e em pé (tipo Y) indicadas na Figura 3.8 e na Figura 3.9,
ensão. Por outro lado, selecionando formatos maiores, o pro- AO
respectivamente. A direção de leitura da legenda coincide ge-
blema ela clareza fica solucionado, mas, quanto maior é o for- ralmente com a direção de leitura do desenho.
mato, maior é o custo de impressão e reprodução dos dese- 3.4.2 Dobramento dos Desenhos Além disso, para as folhas deitadas (tipo X) e em pé (tipo
nhos, aliado à já referida dificuldade no manuseio. A2 As cópias dos desenhos maiores que A4, devem ser dobradas Y), a norma ISO 5457 permite, por uma questão de econom.ia
e colocadas em pastas. Após dobrada, a folha de desenho deve de papel, a utilização das folhas tipo X em pé (Figura 3.10)
A1 e das folhas tipo Y deitadas (Figura 3.11). Nestas situações,
3.4.1 Formatos ter as dimensões do formato A4, com a legenda no canto infe-
A4 rior direito, perfeitamente visível. a legenda situa-se no canto superior direito da área de traba-
Os formatos ele papel e sua orientação encontram-se regula- lho, sendo a folha orientada de tal modo que a legenda é
A3 Nas Figura 3.6 e na Figura 3.7, ilustra-se a forma de efetuar
mentados nas normas internacionais ISO 5457:1980 e ISO lida elo lado direito. Usa-se com freqüência o formato A4 tipo
AS~ dobramento dos diversos formatos, para desenhos realizados Xem pé.
216,1975. A6 deitados ou em pé, respectivamente, de acordo com a norma
As dimensôes cios formatos ele papel da série A, de acordo NBR 13142.
FIGURA 3.5 Dimensão relativa dos diferentes formatos da série A.
com a ISO 216, são indicadas na Tabela 3-5- Estes formatos 3.5.2 Tipo e Conteúdo da Legenda
3.5 LEGENDAS As normas ISO 7200 e NP 204 definem tipos e conteúdos de
TABELA 3.6 Formatos alongados da série A legendas.
_ legenda é uma zona, que contém um ou mais campos,
TABELA 3.5 Formatos de papel da série A ISO 7200:1984
delimitada por um retângulo. Localiza-se normalmente no
.: ,car1to inferior direito ela folha de desenho'. e contém a i~for- Em relaçã~ à informação que eleve constar da legenda, esta
A3 X 3 420 X 891 mação relativa ao desenho, comO a identificação dos projetis-
AO 841 X1189 norma defme duas zonas para a inscrição dessa mesma infor-
A3 X 4 420 X 1189 da empresa proprietária, o nome do projeto e mação:
A1 594 X 841
A2 420 X 594 A4 X 3 297 X 630 1) Zona de identificação. Esta zona localiza-se no canto in-
A4 X 4 297 X 841 ~norma internacional ISO 7200: 1984 define apenas as dimen- ferior direito da legenda, e deve ser delimitada por tra-
A3 297 X 420
Soes máximas ela legenda e a informação obrigatória e facul- , ço contínuo grosso, da mesma espessura de linha utili-
A4 210 X 297 A4 X 5 297 X 1051 que esta deve incluir. zada para a moldura (ver seção 3.6).
32 Capítulo Três Aspectos Geraís do DeseJJ,ho Técnico 33
210' 261
--------· 185 185
4~T
-0,,~--- ...
Máximo 170 mm
-- 1
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185
153 64 64 128
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1.
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(841X1189)
> (594X841) -
©
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130 105
-- 185 6 185 ®
ll
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6
4r~ 34
f
Dobra 3 F1GURA 3.11 Posição da legenda na folha deitada (Tipo Y).
-r
Dobra 4
-
- -
-
D
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o
-
Dbbra
ITT
~
D
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o
--
4
D A
f N -
DD
00
~ ~
ºº
~!~201
D \ 2) Zona de infonnação adicional. Deve ser adjacente à zona
de identificação, por cima ou à esquerda desta.
A zona de identificação deve conter, obrigatoriamente, a se-
guinte informação:
Esta irúormação é obrigatória, caso o desenho não possa ser
interpretado sem ambigüidades.
A informação técnica relaciona-se com métodos e convenções
usados na representação de produtos ou desenhos de fabrica-
ção, incluindo:
a) Número de registro ou de identificação do desenho. g) Método de indicação de estados de superfície.
A2 Deve localizar-se no canto inferior direito da zona de h) Método de indicação de tolerâncias geométricas.
(420X594}
identificação. i) Valores gerais de tolerâncias dimensionais, não indi-
FIGURA 3.7 Dobramento de desenhos realizados em pé. b) Título do desenho. Deve descrever adequadamente a cadas na cotagem.
peça (ou conjunto de peças) representada no desenho. j) Outras informações técnicas.
c) Nome da empresa proprietária do desenho. Pode tam-
A informação administrativa relaciona-se com a gestão e con-
bém ser uma abreviatura ou o logotipo.
trole dos desenhos, podendo incluir:
. Na Figura 3.12 são apresentados três exemplos genéricos da
k) Formato da folha de desenho usada.
zona de identificação, com a localização dos itens anteriores. ]) Data da realização do desenho.
A zona de informação adicional pode ser subdividida do se- m) Símbolo de revisão. Indicado no campo do registro ou
guinte-modo: identificação do desenho.
n) Data e descrição abreviada da revisão indicada em p).
1) Informação indicativa.
Esta informação deve ser posicionada fora da legenda,
2) Informação técnica.
na forma de tabela.
3) Informação administrativa.
o) Outras informações administrativas. Por exemplo, as as-
A informação indicativa destina-se a evitar erros de interpre- sinaturas dos responsáveis pelo projeto e pelo desenho.
tação relacionados com o método de representação, podendo
No caso de projetos que envolvem várias folhas de desenho,
incluir:
estas devem ser identificadas com o mesmo número de regis-
1
d) O símbolo correspondente ao método de projeção usa- tro e numeradas de forma seqüencial, indicando ainda o nú-
do (método europeu ou americano). mero total de folhas, por exemplo:
FIGURA 3.8 Posição da legenda na folha deitada (Tipo X).
e) A escala do desenho.
"Folha N.º n/jf'
1 1) A unidade dimensional linear: em éngenharia mecâni-
ca se não for milímetros; em arquitetura e em enge- em que n é O número da folha e pé o número total de folhas
FIGURA 3.9 Posição da legenda na folha em pé (Tipo Y). nharia civil se não for metros. de desenho contidas no projeto. A primeira folha deve, obriga-
·lY::f~ ,=\-- ~ 3 LI
34 Capítulo Três Aspectos Gerais do Desenho Técnico 35
Na Figura 3.14 representa-se uma legenda tipo 2, circundada a As várias zonas da legenda correspondem a informação bem 3.6 MARGENS E MOLDURAS
toriamente, conter a legenda completa, podendo, nas folhas
seguintes, ser usada uma legenda reduzida 1 contendo somen- traço mais grosso, e uma legenda tipo 4 (ou tipo 2 completa), definida de acordo com:
que inclui também as zonas com os números 11 1 lla 1 12 e 12a. A área de trabalho numa folha de desenho é delimitada pela
te a zona de identificação do desenho. zona 1 - Designação ou título. A designação deve referir-se
moldura. A moldura é um retângulo a traço contínuo grosso,
Na Figura 3-15 mostra-se uma legenda tipo 51ou legenda tipo 2 ao objeto representado e ser independente do fim particular a
de espessura mínima de 0,5 mm (ISO 5457). A posição da
desdobrada. Est'l legenda está dividida em duas paites 1das quais que este se destina, para não restringir o campo de aplicação
moldura na folha de desenho é definida pelas dimensões das
Esta norma prevê sete tipos diferentes de legenda, que podem a representada em cima deve ser colocada no canto superior do desenho cm ocasiões futuras.
margens.
ser simples (tipos 1, 2, 6 e 7), completas (tipos 3 e 4) ou des- direito da folha e a representada em baixo deve ser colocada no
Zona 2 - Indicações complementares do título. Tem normal-
dobradas (tipo 5). canto inferior direito da folha. Esta legenda só pode ser utilizada As margens são os espaços compreendidos entre a moldura e
mente por objetivo identificar a finalidade do desenho. Indi-
nos formatos A2 1A3 e A4 em pé e A3, A4 e AS deitada. os limites da folha de desenho, sendo zonas interditadas, nas
Na Figura 3.13 representa-se uma legenda do tipo 1 que cor- cam1 por exemplo, a entidade que encomendou o desenho, o
quais não é permitido desenhar. As dimensões das margens
responde à parte circundada a traço mais grosso e uma legen- Esta norma estabelece que as legendas devem ser desenhadas grupo de estudos em que se inclui, o conjunto de desenhos
são normalizadas. Apesar de a norma NP 718:1968, que esta-
da do tipo 3 que inclui também as zonas assinaladas com os com três espessuras de linha, respectivamente 1 12mm, 016mm de que faz parte, a obra a que se destina etc.
belece as margens a usar nos desenhos, ainda estar em vigor,
números 11, lla, 12 e 12a. Por isso, a legenda do tipo 3 pode e 0,3mm, de acordo com a diferenciação evidenciada da Fi-
Zona 3 - Responsáveis e executantes cio desenho. Inscreve-se foi elaborada numa época em que os desenhos eram realiza-
também pode ser chamada de legenda tipo 1 completa. gura 3.13 à Figura 3.15. normalmente o tipo de responsabilidade (projeto 1desenho, có- dos em prancheta com o papel esticado, estando desatualizada.
pia, verificação etc.), a data e a rubrica do responsável. Atualmente, os desenhos são criados utilizando sistemas de
@ @ "' ' zona 4 - Entidade que executa ou promove a execução do CAD e a sua impressão realizada recorrend6'.:se a impressoras
13 10 16 "'" desenho. e plotten,. A norma ISO 5457 estabelece margens mais adequa-
das para a utilização dos referidos equipamentos. De acordo
.Zona 4a (eventual)- Entidade co-proprietária do desenho. Ins-
.~! ® 0
" "'N
oi
"
creve-se apenas no caso do desenho não se destinar à entida-
de executante.
com esta norma, as margens mínimas a serem consideradas
dependem do formato do papel, sendo:
@) ® 0 .,
®
' '
.'" :;;
Zona 5 - Número de registro do desenho. É o número com
AO e Al: Mínimo 20 mm .
A2, A3 e A4, Mínimo 10 mm.
@ -,._ ~I "
'
H
que o desenho está registrado pela entidade executante, indi-
cada na zona 4. É o elemento principal para identificação ou Na maioria dos casos, estes valores são suficientes para que a
impressora "agarre" a folha, mas para alguns dispositivos de
82 50 localização do desenho no respectivo arquivo.
impressão estes valores podem ser reduzidos para 10 mm 1nos
35 145 Zona 6 - Referências às alterações ou reedições do desenho. Estas formatos AO e Al, e 7 mm nos formatos A4 e A3.
180 FIGURA 3.13 Legendas NP 204 tipos 1 e 3. alterações são muitas vezes indicadas por letras maiúsculas ou
números. Eventualmente, nos retângulos inferiores que existem A margem para furação deve ter um minin10 de 20 mm e loca-
nas legendas tipo 1, 3 e 7, podem registrar-se as datas corres- lizar-se na margem à esquerda da legenda.
pondentes às alterações indicadas nos retângulos superiores. Todos estes pormenores são exemplificados na Figura 3.16.
@ @ Zona i - Indicação do desenho efetuado anteriormente 1 que
13 10 16
foi substituído pelo atu<=!-1. Costuma escrever-se nesta zona:
•
1!4 ® 0 «Substitui N», sendo N o número de registro (zona 5 cio dese-
" "'
;;' nho que foi substituído). I
@) ® ® "'· "'
N
Zona 8 - Indicação de um desenho efetuado posteriormente
a '-MARGEM PARA FURAÇÃO
Mínimo20 mm
MARGENS mínimo
20 mm (AO eA1)
0 "'N
"' " 10 mm (A2, A3 e A4)
., ' ' que veio substituir aquele a que diz respeito a legenda. Cos-
@
" iI ' - tuma escrever-se: «Substituído por N», onde N é o número do
registro do desenho que ·substitui este desenho.
82 50 \MOLDURA Máximo 170 mm
Zona 9 - Escala ou escalas em que o desenho está executado.
35 145
Quando haja mais do que uma escala, indica-se a escala prin- LEGENDA
180 FIGURA 3.14 Legendas NP 204 tipos 2 e 4.
cipal na primeira linha, em caracteres maiores, e as restantes
nas linhas seguintes, em caracteres menores.
FIGURA 3.16 Margens e moldura.
Zona 10 - Especificação das tolerâncias gerais. Só se indicam
® quando não inscritas no desenho. No caso de esta zona não
ser necessária para este fim, pode ser reservada para quais- 3.7 LISTAS DE PEÇAS
quer outras indicações.
Em desenhos de conjunto, existe a necessidade de identificar
Zona 11- Campo de aplicação do desenho 1 obse1vações etc.
claramente cada uma d;s peças individuais. A identificação,
Zona 11a (eventual) - Título do que se registra na zona 11. apresentada na forma de tabela, constitui a lista de peças que
'9 ,....... ( 5)
"'oi também pode ser designada por lista de itens.
@ @ CD "' ' Zóna 12 - Anotações posteriores à execução. Jnscrevem-se 1
"1 ~l'" 1 '
'
N
por exemplo, esclarecimentos relativos a alterações efetuadas.
82 50 Zona 12a (eventual) - Firma e número de registro da nova 3.7.1 Localização da Lista de Peças
entidade proprietária do desenho. Inscreve-se se o desenho
35 145 A lista de peças deve, obrigatoriamente, acompanhar_um'â~se.:.
FIGURA 3.15 Legenda NP 2041ipo 5 (tipo 2 tiver mudado de propriedade.
180 nho de conjunto, podendo ser incluída no próprio -~e_se,I;ho 01.J:
desdobrada).
As indicações que constam elas zonas 1 a 10 designam-se por apresentada em folha separada. Quando apresentada em sepa..
indicações principais e as indicações que constam das zonas rado, deve ser identificada com o mesmo número do diesê::trhQ
~Na n01ma brasileira não há correspondência para essa norma portuguesa (N.E). 11 a 12a chamam-se indicações complementares. de conjunto e na legenda deve constar "Lista-de PeçasU.
As_pectos Gerais do Desenho i~e- .
i cnico 37
36 Capítulo Três
T
23
180
45
T
10 23
=
cima para baixo e posicionada em qualquer local do desenho.
Este procedimento está de acordo com a norma ISO 7573:1983,
que apenas refere que a lista de peças pode surgir junto à le-
genda, não existindo uma obrigatoriedade para tal; deve ser
3.8 ESCAIAS
Sempre que possível, as peças devem ser representadas em
escala real. Na prática, verifica-se que, para a majoria das-:
_r-R
"'m
-
DESIGNAÇÃO
N.º DA NORMA
N.º DESENHO . N.º MATAI?
·, -
orientada em relação à legenda, isto é, deve ser lida na mes- peças, isto não é possível. Para que as peças sejam represen~?-
ma direção da legenda. tadas de uma forma clara, precisa e rigorosa, e num formato/
de papel adequado, têm de ser usadas escalas de conversão_
das dimensões reais para as dimensões da representação. AS
3.7.2 Elementos Constituintes da Lista escalas a serem usadas nos desenhos estão normalizadas-
de Peças devendo ser indicadas na zona da legenda reservada para
De acordo com a norma ISO 7573, a lista de peças deve ser efeito. Se numa mesma folha existirem desenhos em vária
organizada na forma de tabela, a traço grosso ou fino. As co- escalas, as escalas secundárias são também indicadas
lunas devem conter um conjunto de informação obrigatória: mesma zona da legenda em caracteres de tamanho inferio
Se houver possibilidade de dúvida, essa escala deve ta
Número de referência. bém ser indicada junto da respectiva representação. As nor
Designação. NBR 8195 e ISO 5455·. 2002 definem as escalas a serem util l 1 1 1 1 1
Quantidade. l 1 1 T 1 1
zadas nos desenhos.
Norma/Desenho N.º
Escala: Relação entre a dimensão do objeto represen
Material. 0
~~
buída à peça individual referenciada. Podem ser usadas abre- no desenho é maior que a sua dimensão real. Escala
viaturas, desde que estas sejam claras e não gerem ambigüi- comX> 1. 5 5 5 50 23 17 7 45 10
dade. Se a peça é normalizada, deve ser usada a designação . 1 .
1 ·
completa de acordo com a respectiva norma. O número da
norma deve ser indicado na coluna respectiva. 3.8.1 Escalas normalizadas
A Quantidade é o número total de peças do tipo referenciado, As escalas normalizadas, de acordo com a norma NBR sf
presentes no conjunto. são indicadas na Tabela 3,7.
A coluna do Material indica a referência do material usado na Outras escalas que não as indicadas na Tabela 3.7, pod· N.ºDANORMA N.•
DESIGNAÇÃO
fabricação da peça. Esta referência deve ser a mais completa ser usadas desde que obtidas a partir das escalas normal~ N.º DESENHO M E N.º MOLDE N.º MATRIZ
possível, devendo, no caso de materiais normalizados, ser in- das, multiplicando-as por um fator de 10. Podem ainda
dicada a respectiva norma. usadas escalas intermediárias em casos excepcionais, por
A lista de peças pode ainda incluir, facultativamente, outras zões funcionais. ·
informações para a fabricação das peças individuais ou mon- A escolha da escala a ser
tagem do conjunto, como por exemplo: presentar convenientemente todos os aspectos do desenh
Obse1vações. Úteis, por exemplo, para indicar que uma causa, nesse formato de papel.
determinada peça é adquirida de outra empresa. No âmbito da arquitetura e da engenharia civil, as es
Peso. consideradas são, em geral, e por razões óbvias, de r:
Número do molde/matriz. Em peças obtidas por fundi- ção. Assim e conforme se verá nos Capítulos 8 e 9, sãcr,:
ção ou fotjamento. lizadas escalas 1:100.000, 1:25.000, 1:10.000 no nível
Autor. estudos de planejamento regional, as escalas 1:5000, 1:2
Nome do arquivo. Útil em CAD. 1:1000 e 1:500 no nível do planejamento urbano e mai
Data de criação do desenho. pecificamente em estudos e projetos urbanísticos e de infr,
Data da última modificação.
truturas.
Palavras-chave.
Número do documento ou do projeto, usado em peças No âmbito do projeto de arquitetura, as escalas mais frec{ FIGURA 3.17 Lista de peças NP 205.
comuns a outros projetos. temente utilizadas são a escala 1:100 para a definição arq
tônica global em que se dispõem as plantas, vistas e corf:__
Esta lista de informação facultativa pode incluir outros tópicos escala 1:50 para definição de pormenores construtivos'
que sejam considerados relevantes.
Projeções Ortogonais 41
4.1 INTRODUÇÃO
A representação de objetos em desenho técnico efetua-se atra-
vés de um sistema apropriado de projeções. Pretende-se que
a representação gráfica de um determinado objeto seja clara)
simples e convencional, de tal forma que a linguagem utiliza-
da seja facilmente compreendida pelos técnicos que terão de
utilizá-la.
Após estudar este capítulo, o leitor deverá estar apto a: 4.2.1 Introduzir um Referendai
4.2 O CONCEITO DE PROJEÇÃO
10 Distinguir os vários tipos de projeções existentes; Se a projeção mtogonal num dado plano como identificação
A noção de que a representação de um objeto pressupõe a de um ponto (o objeto de representação continuará sendo li-
0
Decidir o número de vistas necessárias e suficientes para a representação de uma representação de pontos (vértices do objeto) a partir dos quais mitado a um ponto) é inequívoca, porque a cada ponto cor-
peça e escolher a melhor vista para vista principal; se definem arestas (segmentos de reta) que delimitam as faces responde uma e uma só projeção ortogonal num dado plano
(planos) que constituem a sua configuração permite que se tomado como referência, a inversa, no entanto não é verda-
• Escolher os tipos de representação convencional que melhor se aplicam à peça
generalize para todos.os pontos o procedimento para a iden- deira: para uma dada projeção podem existir infinitos pontos.
em questão;
tificação de um ponto.
Trata-se, com efeito, do lugar geométrico elos pontos do espa-
• Efetuar a representação gráfica numa folha de papel usando projeções A identificação, no plano, de um ponto do espaço constitui uma ço que, em relação a um plano, se projetam ortogonalmente
ortogonais. representação plana e resulta de uma projeção desse ponto no num único ponto (Figura 4.4) e que se constitui uma dire-
plano (Figura 4.1). A direção definida pelo ponto através de ção: a direção perpendicular ao plano que passa pela sua pro-
sua projeção plana (e pelo obse1vador) é designada projetante. jeção ortogonal nesse plano.
Projeção plana
Q'
Projetante
Q'
º-..------+----se.
Q Plano
Ponto
(objeto)
• ªª'
•... •· Q3 4
3,5 .
b)
•.... •· 02 Tal sistema, por constituir a referência relativamente à qual é
a, possível representar as projeções e também as coordenadas
de um ponto, capazes de identificá-lo inequivocamente, é _):GUAA 4.8 O plano vertical roda até coincidir com o plano horizontal.
FIGURA 4.4 A uma projeção ortogonal Q podem corresponder infinitos pon-
denominado referencial ortogonal. Divide o espaço em qua-
tos.
tro diedros (Figura 4.6): o plano vertical é denominado pla-
no vertical de projeção - q:i0 - 1 e o plano horizontal é denomi- A"
FIGURA 4.10 Para cada referencial, as projeções de K são diferentes, mas
Um modo de resolver a indeterminaçfto do problema de iden- nado plano horizontal de projeção - v 0 • o ponto K é sempre o mesmo.
tificar o ponto para o qual se conhece uma projeção ortogo-
Com efeito, a qualquer ponto do espaço, (Figru·a4.7a) e, por
nal num dado plano é a partir da consideração de um segun-
conseguinte, situado em qualquer diedro, correspondem duas
do plano, perpendicular ao primeiro.
projeções (Figura4.7b). São dois outros pontos, mas nenhum
O sistema assim constituído consiste em dois planos mtogo- é o ponto-objeto.
nais entre si. A cada ponto do espaço correspondem não uma,
É óbvio, dado que o objeto é um ponto do espaço e a repre-
mas duas projeções ortogonais desse ponto. A projeção do
sentação que se obtém é no plano. As duas projeções identi-
ponto Q no plano vertical é um outro ponto convencional-
mente designado por Q", e de modo semelhante a projeção ficam o ponto, mas não são o ponto.
no plano horizontal é designada Q'. Contudo, por momentos parece que o problema da represen--},
tação de 3D em 2D não está resolvido: a consideração ele um_:,:
Já aqui a recíproca é verdadeira, isto é, a duas projeções orto- 4.9 Represen_taç~o de um ponto A: não se representa o ponto A,
2º Plano de referência conduziu à definição de um espaço tri-
gonais, cada uma em um de dois planos ortogonais, corres- as suas proieçoes.
ponde um e um só ponto (Figu.-a 4.5). dimensional.
"- 2 no referenc1al
ml 1 , e K, 1 e !"' . 2. As projeções que
I z
iden- ralelas. Este tipo de proJeção chama-se paralela (ou cilíndri-
,,-. ponto K e suas coordenadas: afastamento e cota, no ca), podendo ser ortogonal ou oblíqua, conforme as linhas de
p 1al 1, não são as mesmas que o identificam no refe- projeção sejam, respectivamente, perpendiculares ou oblíquas
':_2i mas nem por isso o ponto K deixa de ser o mesmo. ao plano de projeção.
Ao longo dest: capítulo são discutidas apenas as projeções para-
Projeção de Figuras Planas lelas ortogonais, em paiticular e dentro do grupo das projeções
paral~las ortogonais, as projeções em múltiplas vistas, por serem
a) b) _re-se a situação ilustrada na Figura 4.11 constituída ~s 1_:1a1s usad~s em desenho técnico. Quanto a perspectivas e pro-
FIGURA' 4.7 g e A' são projeções do ponto A, identificam inequivocamente o ponto A, mas não são o ponto A. :_-:Polígono plano [ABCD), um ponto O e ~m plano '71". Jeçoes centrais, serão objeto de estudo em capítulo posterior.
Projeções Ortogonais 45
44 Capítulo Quatro
Plano Plano
rr
Observador Observador
a) b)
e
FIGURA 4.15 Projeção cônica (a) e projeção cilíndrica (b).
o
pectivas projeções. Precisamente, as duas situações determi-
nadas .por:
~
Obse1vaclor
. . a uma distância finita·, Obseivad or- a
uma e1tstancia mfinita.
FIGURA 4.12 Projeção paralela de uma figura.
As p~ojetantes (necessárias à delimitação do objeto) serão res-
FtGURA 4.13 Projeção central de uma figura no método americano. pectivamente (Figu.:ta 4.15):
4.3 MÉTODO EUROPEU E MÉTODO Cônica (ou /c~ntr~l), porque constituem a configuração de
uma supcrficte conica.
AMERICANO
Ao longo do livro, e sempre que nada seja mencionado, todas Cilíndrica (ou ~~ral~l~\ porque constituem a configuração
O desenho é uma linguagem internacional, sendo para tal ne- as representaçôes serão efetuadas de acordo com o método de uma superfic1e c1lmdrica.
cessário que todos os países usem regras comuns para repre- do primeiro diedro.
sentação dos objetos. No Brasil segue-se, tanto quanto possí- De um modo sintético, poder-se-á então estabelecer:
vel, o método do primeiro diedro. Contudo, no continente z
americano usa-se uma representação de objetos com os mes- 4.4 CLASSIFICAÇÃO DAS PROJEÇÕES PGP = {Central ou cônica • d * co
4.16 Referenciais associados ao objeto e ao plano de projeção.
mos princípios, mas com uma pequena diferença, que origina GEOMÉTRICAS PLANAS (PGP) Paralela ou cilíndrica • d = co
uma mudança completa no raciocínio, como mais à frente se
A "imagem" que se pode obter por projeção em 2D de sendo d a distância do obse1vaclo1· ao p 1ano eIe projeção.
ilustrará.
forma (ou conjunto de formas) existente em 3D, não obstante'
Posição do Observador
Na Figura 4.11 e na Figura 4.12 foi usado o método do pri- o caráter inequívoco que deve assumir> resulta de uma rela/
meiro diedro. No método do terceiro diedro, o plano de pro-
o que se refere à d~stâ_ncia ~o obse1vador em relação ao objeto 4.4.2 Posição do Objeto
jeção encontra-se entre o observador e o objeto a projetar,
ção entre três entidades: Observador - Objeto - Plano de pro\ ª?
_u P.lano. de proJeçao, sao de considerar infinitas situações
jeçâo. oss1ve1s (Ftgura 4.14). · i O XYZ e xyz respectivamente ao objeto
ePor sua, vez , a ssoc_ia~c
como se pode observar na Figura 4.13, ao contrário· do mé-
todo do primeiro diedro, no qual o objeto a projetar se en- O número ilimitado de diferentes modos de combinação deS ~edida que a distância vai sendo cada vez maior, as . ao ~lano de !1.ro!eç.a~ referencial cartesiana (Figura 4.16\ é
contra entre o observador e o plano de projeção. tas entidades (considere-se como plano de projeção o fil xo!etant~~ t:nd:m a se tornar paralelas. Numa situação de rmed1ato adnutrr mf1mtas posições do objeto em relação ao
no interior de uma câmara e imagine-se a quantidade de fot te) a chstanc1a do observador é infinita e as projetantes flano, correspondentes a outros tantos valores dos possíveis
A projeção representada na Figura 4.13 é menor que o polí-
grafias que é possível obter de um dado objeto!), permite obt rnam-se definitivamente paralelas. angulos
, . formados ~ pelos eixos X-x >Y-y e z - z >percorrend oo
gono original [ABCD} por duas razões: porque [ABCD] se si-
um número ilimitado de projeções geométricas planas (PG con1unto dos numeras reais, a que correspondem> por sua vez)
tua para além elo plano de projeção e porque a distância entre . termos de. projetantes: Verificam-se assim dois tipos quali-
que implica a necessidade de uma classificação. outras tantas representações com ou sem deformação de
o observador O e [ABCD] é finita. _tivam:"nte chfe1~entes (nao-perpendiculares e perpencHcula- algu~_a(s) dimensão(ões\ mas quantificáveis através ~de um
s\ da1 ser poss1vel estabelecer uma classificação para as res- co~fic1ente: o coeficiente de redução.
Observador
Plano Observador
Plano
Z=z
z
a) b)
em relação ao plano de projeção. Trata-se, assim, e em ambos embora oblíquas em relação ao plano de projeção, é selecio-
os casos, de projeções ortogonais. nada, em termos de utilização prática corrente, a situação de
ângulos X-x, Y-y e Z-z de Oº, considerando, neste caso, o
' ~"'
No caso de o observador se situar "fora" do eixo dos Z, o eixo
observador "fora" do eixo dos Z. Restringe-se, no entanto, a a) b)
de projetantes, embora paralelo (d= oo), não é ortogonal em
posição do obse1vaclor à situação de se estabelecer um ângu-
relação ao plano de projeção, e o tipo de projeção é denomi- FIGURA 4.19 Representações de uma via férrea: a) aproximação a uma projeção central; b} representação em projeção paralela.
lo entre a direção do feixe ele projetantes e o plano de proje-
nado oblíquo (Flgm·a 4.18).
ção de 45º e coeficientes de redução de 0,4 a 1,0.
Pt·ojeção ortogonal Por outro lado é ainda usual, em certos casos, considerar o pla-
no de projeção coincidente com o plano definido pelos eixos vel por um maior conjunto de pessoas, principalmente não (ver Figura 4.20). A projeção de uma figura sobre um plano
A designação PGP paralela ortogonal simples ou PGP parale- familiarizadas com este assunto. Não deixa de ser interessante é formada pela projeção de todos os seus pontos (ver Figura
x-z, e também um ângulo ele 45º do feixe de projetantes para-
la ortogonal múltipla refere-se à possibilidade de obtenção d~ citar que, embora sendo uma representação mais deformada 4. 11, Figura 4.12, Figura 4.13). A figura a ser projetada pode
lelas. No primeiro caso, as projeções oblíquas mais comuns são
diferentes projeções ortogonais de um mesmo objeto corres- do que qualquer outra (referimo-nos ao grupo das projeções não ser plana, e em geral não o é. Será por isso necessário, ao
a cavaleira (coeficiente de redução: 1,0) e a de gabinete (coefi-
pondentes a diferentes combinações das relações XAx Y/\y, paralelas ou cilíndricas), é, no entanto a mais legível. É uma contrário dos exemplos da Figura 4.11, Figura 4.12 e Figu-
ciente de redução: 0,5); no segundo caso, denomina-se militar.
ZAz, restritas, no entanto, aos valores já especificados para este deformação semelhante à da representação por projeção cen- ra 4.13, usar mais do que um plano de projeção para projetá-
"grupo" da classificação, de Oº 90º ou 180°. A obtenção de tral ou cônica que o olho humano capta e que, no entanto, las conveniente é completamente.
Projeção central ou cônica
diferentes projeções de um mesmo objeto nestas condições sabemos corrigir intuitivamente. O clássico exemplo da via
(vistas) criteriosamente selecionadas permite uma total e ine- A projeção central ou cônica e que se refere ao grande grupo férrea - duas linhas paralelas que, de fato, não são vistas pa-
quívoca representação de qualquer objeto. De entre o "gru- de projeções para as quais o observador se situa a uma dis- ralelas, não se apresentam paralelas (em projeção central) e,
4.5.1 Projeção em Dois Planos
po" da projeção ortogonal distingue-se também o "subgrupo" tância finita do plano de projeção é, por esta mesma razão, a no entanto, sabemos "corrigir" e afirmar que o são (Figura' Na Figura 4.21, apresentam-se alguns exemplos de projeções
da PGP paralela ortogonal axonométrica, já definido. situação em que a representação obtida mais se aproxima do 4.19). De fato trata-se de um processo de inteligência huma- de objetos simples em planos de projeção verticais. Como se
modo como "se vê a realidade". É, com efeito, o tipo de re- na e de mecanismo de percepção.
Este grupo, que envolve de início infinitas possibilidades, ca- verificou pelo exemplo anterior, a projeção de um círculo, de
presentação que se obtém através da fotografia. Exibe apreci-
racteriza-se por resultar na obtenção de uma representação com A simples experiência de viver desencadeou a capacidade de per- um cilindro ou de uma esfera num plano vertical tem a mes-
ável deformação no que se refere às relações de dimensões
deformação da verdadeira relação de dimensões do objeto se- ceber e aprender a ver "conigindo" o que se vê. Por se tratar de ma forma. Situações idênticas podem ocorrer com qualquer
segundo as direções do referencial associado ao plano de
gundo as direções X, Y e Z. Verifica-se, no entanto, que há uma representação tão próxima do modo como os objetos são vis- outro conjunto de objetos. Por isso, para definir conveniente-
projeção, que é inevitável, como seria de esperar, por serva-
duas situações bem detenninadas, isto é, dois conjuntos de tos, a esta projeção também se dá o nome de perspectiva rigorosa. mente a forma dos objetos torna-se necessário usar dois ou
riável de ponto a ponto, a distância entre projetantes, segun-
valores dos ângulos XAx, YAy e ZAz, para os quais essa defor- tr·ês planos de projeção ortogonais:
do a direção yisual do observador. Por outro lado, e dadas as possibilidades de localização do
mação é tão pequena que pode ser desprezada, ou, embora
observador - ponto de vista, de entre as situações de se man- • Plano de projeção ve1tical (PV),
significativa, é bem conhecida e quantificável, pelo que se pode É, no entanto, o tipo de representação mais "perfeita" de um
ter a uma distância finita do plano de projeção, é possível obter • Plano de projeção horizontal (PH),
admitir a representação correspondente, desde que se tenha objeto ou conjunto de objetos, e por isso mais facilmente legí-
diferentes tipos de projeção central ou cônica (que aqui não • Plano de projeção lateral (PL).
será considerada). São considerados os três tipos seguintes: Os três planos são perpendiculares entre si, e a interseção dos
paralela, angular e oblíqua. dois primeiros é chamada de linha de terra (LT). Chama-se vista
à projeção ortogonal paralela de um objeto num plano de
4.4.3 Síntese de Classificação das PGP projeção. Assim, tem-se:
• Vista da frente ou vista principal - projeção sobre o plano
Na seqüência da caracterização descrita, uma classificação glo-
de projeção vertical.
bal das projeções geométricas planas é geralmente apresentada
como na Figura 4.20. No presente capítulo, serão descritas com • Vista de cima ou planta - projeção sobre o plano de proje-
ção horizontal.
detalhes as projeções ortogonais em múltiplas vistas. Em capí-
• Vista lateral ou vista lateral - projeção sobre o plano de pro-
. tulo posterior serão tratadas as restantes projeções ortogonais,
jeção lateral.
bem como as projeções oblíquas e as projeções centrais.
Vejam-se de novo os objetos anteriores, agora projetados em
dois planos, na Figura 4.22.
4.5 REPRESENTAÇÃO EM MÚLTIPLAS
VISTAS pe um modo geral, as peças só nece:5sit~-Wc çl~- Qp!~_pJ~.9:_9!Lçle
z .'Projeção para a sua representação, em,,projeçQe~LQç_t:9ge2~~-'.
A representação ele peças em Desenho Técnico é feita princi- Como os dois planos de projeção são perpendiculares e sua
FIGURA 4.18 Projeção oblíqua: feixe de projetantes (paralelo) oblíquo em relação ao plano de projeção. palmente com projeções ortogonais paralelas de múltiplas vistas representação deve ser feita numa folha de papel, é necessário
rebater um dos planos de projeção, como dito anteriormente.
Projeções Ortogonais 49
48 Capítulo Quatro
Vistas Múliplas
Isométrica
Ortogonal
Axonomélrica { D!métrica
\ Trimétrica
Paralela ou cilíndrica (d = oo)
Cavaleira
PGP CC
Oblíqua Gabinete
{ FIGURA 4.22 Projeções de um círculo, de um cilindro e de uma esfera sobre um plano vertical e horizontal.
Mlntar
!
Linear
Obliqua
G"cF'
PROJEÇÕES I'
PROJEÇÕES
1
PARALELAS 1
,, 1 CENTRAIS 1 F
H"ss E" C"= B"
r 1 ' 1 H
ORTOGONAIS OBLfQUAS ~ D"=A"
1 1 i PONTO 2 PONTOS 3 PONTOS E
1
C'~G' J'
'
CIJ QJ
B'-F'
ü
CAVALEIRA/
PLANOMÉTRICAS GABINETE D's=H'
"º
1
A'==E'
,, ô óJ AXONOMÉTRlCAS
1
FIGURA 4.23 Identificação dos vértices de um objeto.
FIGURA 4.24 Projeções ortogonais sobre os planos de projeção que cons-
tituem o referencial.
r
' Na presença de formas mais complicadas, toma-se necessário ção) e designado por II e uma projeção horifontal (sobre um
PERSPECTIVAS PERSPECTIVAS PERSPECTIVAS
MÚTIPLAS
OIMÉTR!CAS TRIMÉTRICAS identificar as projeções dos seus vértices. Para o objeto da Fi~ plano horizontal de projeção) e designado por I associad9s à
ISOMÉTRICAS
u~
VISTAS
gora 4.23, por exemplo, é possível identificar 10 vértices, isto designação do ponto. O resultado é o que se apresenta na
6)
é 10 pontos de A aJ aos quais se pode, por generalização, apli-
c5JB Figura 4.24. Procedendo à planificação nos termos descritos,
L~-----------------,T
FIGURA 4.21 Projeção de um círculo, de um cilindro e de uma esfera num plano vertical.
FIGURA 4.25 Planificação dos plano$ de projeção e representação do objeto da Figura 4.24.
50 Capítulo Quatro Projeções Ortogonais 51
4.5.2 Projeção em Três Planos Este problema, exemplificado na Figura 4.28, deve-se funda-
mentalmente à existência de algumas arestas cuja direção se
FIGURA 4.26 Representação em duas vistas de sólidos compostos. O processo descrito e que resulta, por generalização 1 na apli- identifica como sendo de perfiL Desde logo o problema re-
cação do conceito de projeção ortogonal apresentado, consti- porta-se a uma indeterminação que interessa ultrapassar.
tui a metodologia utilizada na representação gráfica a duas
tas. Todos os objetos desta figura necessitam apenas de duas tros, quando a peça tenha espessura constante (por exem- De fato, à semelhança do que acontece em qualquer domínio
dimensões dos elementos geométricos que definem qualquer
projeções para serem representados completamente 1 sem plo1 em chapa). , forma ou objeto espacial. do conhecimento e até mesmo no dia-a-dia, nas mais diversas
omissões ou ambigüidades. e Indicação dos símbolos de quadrado (D), de diâmetro (0) situações comuns, a indeterminação é superada com irúorma-
e ele esférico (esf). A anotação esjfoi substituída por S0 de No entanto, importa desde já notar o caráter não inequívoco ção adicional, que restrinja o conjunto de soluções possíveis.
Existem algumas peças que 1 para serem represen~ad~s rigoro~ acordo com a norma IS0129:1985, mas continua ainda em da representação da peça apresentada na Figura 4.25 e da
sarnente, necessitam apenas de um plano de prüJeçao, de~de Neste caso, informação adicional pode ser obtida a partir da
utilização. qual se pretende fazer a leitura. Com efeito, ao conjunto das consideração de um terceiro plano de projeção ortogonal aos
que sejam usadas detenninadas convenções na forma de sim- duas projeções ortogonais apresentadas, é possível fazer cor-
bolos complementares de cotagem. Algumas destas conven- Na Figura 4.27 são mostrados exemplos :í~icos_ de conven-- dois planos considerados. As projeções ortogonais dos dez
responder e, por conseguinte, identificar mais do que um pontos A aJ, retomando o exemplo da Figura 4.23, neste ter-
ções são: ções que permitem a representação ele um sohcl~ s1mples~numa
objeto, como, por exemplo, os da Figura 4.28. ceiro plano constituem a terceira projeção (Figura 4.29).
só vista. Note-se que alguns destes objetos estao tambem re~::
• Indicação da espessura da peça pela palavra espessu:~ se-
presentados na Figura 4.26 em duas vistas. Embora sendo possível em inúmeros casos a representação de A planificação, de tipo já indicado e que 1 na hipótese de con-
guida do número representativo da espessura em m1hme-
peças para as quais um sistema de duas projeções as repre- sideração de três planos, corresponde ao processo indicado
senta inequivocamente - e por isso essas projeções apresen-
na Figut·a 4.30, conduz ao conjunto de projeqões ortogonais
tam-se como suficientes -, importa desde já chamar a atenção apresentadas na Figura 4.31 e que, deste modo, identifica,
para este problema a se ter sempre em conta na representa- sem qualquer margem de ambigüidade, a peça da Figura 4.25.
ção de uma peça por projeções ortogonais.
Outro exemplo de um objeto que só fica definido inequivoca-
mente com três vistas está representado na Figura 4.32. Nes-
ta figura, mostra-se a construção das projeções e o rebatimen-
to de cada um dos planos, para melhor compreensão. Mais
uma vez é necessário o rebatimento de planos - neste caso
0 dois - para o plano vertical.
:
0
~I 1
'
'
0 1
1 -+-
0
Ql FIGURA 4.30 Planificação dos planos de projeção considerados na Figug
FIGURA 4.27 Convenções em representações de vista única. FIGURA 4.29 Projeção ortogonal adicional: plano de projeção adicional. ra 4.29.
i'
'
52 Capítulo Quatro Projeções Orlogonais 53
1' J" Chama-se agora a atenção para um detalhe ele extrema im- Sempre que existam dúvidas quanto ao método de represen-
portância, facilmente apreendido pela leitura da Figura 4.32. tação utilizado, deve ser inscrito no próprio desenho o símbo-
A vista direita do objeto, após rebatimento do plano lateral, lo representado junto às projeções na Figura 4.32 e Figura
H" = E" G"~F" G" = H" E" =F"
ficará colocada do lado esquerdo da vista principal. De igual 4.33_ Trata-se das projeções de um tronco de cone, segundo
modo, a planta (ou vista de cima), após reb~itimento, ficará o método europeu e segundo o método americano, respecti-
D" ~ A" L - - - - - - - - - f C " - ' . _ c '~=2-B'_'---fCe,.'_c'~;;.e:DT"--,A"~ B" colocada por baixo da vista principal. É esta a grande caracte- vamente.
rística a ser retida do método europeu de projeções que vem
sendo utilizado nas últimas figuras deste capítulo: a vista di-
reita fica do lado esquerdo e a vista de cima fica em baixo. 4.5.3 Projeção em Seis Planos
De acordo com o método americano, o plano de projeção en- Em casos muito esporádicos (de peças complicadas), pode re-
D'= H' C"=G" contra-se entre o observador e o objeto a projetai.VA diferença correr-se a mais planos de projeção, correspondendo a envol-
fundamental entre os dois métodos é a seguinte: enquanto ver a peça num paralelepípedo completamente fechado, que
1' J' no método europeu a vista direita é representada à esquerda é posteriormente aberto e rebatido sobre o plano vertical.
da vista principal, no método americano a vista direita é re- Obtêm-se, assim, seis vistas. Nestes casos, porém, é preferível
presentada à direita da vista principal. Assim, o objeto repre- recorrer a outro tipo de representação convencional, como
A' =E' B' =F'
sentado na Figura 4.32 no método europeu, será representa- cortes 1 seções, ou vistas auxiliares, que são abordadas mais à
FIGURA 4.31 Representação inequívoca por projeções ortogonais do objeto da Figura 4.23. do no método americano como mostrado na Figura 4.33_ frente neste capítulo e também no Capítulo S. Apenas como
f",
'
1
"' " '
'
r.,\
,, ,'
~ Q "' 1
i' '
1
'
1
' '
"' "' 1
'
1 Íi1',
"' 1
"',-J
FIGURA 4.32 Peça definida com o auxílio de três planos de projeção (método do primeiro diedro). FIGURA 4.33 Objeto da Figura 4.32 representado no método do terceiro diedro.
Projeções Ortogonais 55
54 Capítulo Quatro
Precedência de Linhas
EIJ
VlslaF
três tipos de contorno (Figura 4.35): linhas que provêm da
interseção de duas superfícies, linhas que representam a vista
de topo de superfícies exteriores da peça e linhas que repre-
sentam o limite de superfícies curvas (por exemplo, o contor-
ordem de precedências de linhas já foi abordada no Capítu-
lo 3. Visto que os contornos das peças devem sempre ser re-
resentados completamente, os contornos visíveis tomam pre-
Vistas principais das peças
no de uma esfera). edência sobre todas as outras. na posição de serviço
•
Vista E
tipos identificados na seção anterior, mas sua representação
FIGURA 4.34 Desdobramento das seis vistas de uma peça: A - vista prin- -~~i~E, __qga1:t;??~~ de__ i_~Jg_r~~Ǫ()_ -~-?J:?~e _ a. peç_a. Quando
requer alguns cuidados extras. Quando duas linhas de con~._::; e~st~·em duvidas quanto à vista a ser uiÜiZáda para a vista
cipal; B - vista posterior; C - vista lateral direita; D - vista lateral esquer-
torno invisível_ se interceptam> tocam-se; quando se cruzam, · pnnc1pal, deve ser usada a posição de serviço da peça ou
da; E - vista superior (planta); F - vista inferior.
não se tocam (Figura 4.36 e Tabela 3.4). seia,
. a vista. de frente dessa peça no desenho do conjunto ' Vista__;;::y,
desnecessária
de peças onde ela se localiza ( Figura 4.37).
exemplo, a Figura 4.34 mostra a representação em seis vistas
4.6.3 Linhas de Eixo O nú~e~o de p:~jeções a representar deve ser apenas o
de um sólido, com o rebatimento dos sucessivos planos.
·s?,
v1s~a lateral._ A planta, nestes dois casos, não traz ne-
uma mformaçao adicional, devendo ser omitida. Note-
no entanto, que se as vistas escolhidas tivessem sido a
Vista__;;::y,
desnecessária
D
tsta principal e a vista em planta, a peça não ficaria com- FIGURA 4.38 Peças com vista redundante.
duas linhas de traço misto, mutuamente perpendiculares (ve_f
letamente definida.
4.6.1 Contornos Visíveis Figura 4.35 e Figura 4.36), que se estendem ligeiramente pa
além dos limites dos detalhes aos quais estão associadas, n ~ escolha de vistas deve ser bem estudada, de modo que s:ntar peças diferentes, devendo por isso ser evitado. A
Os contornos das peças devem ser sempre representados com ao su riam
· d'uvt·das quanto à peça representada. Por ve-
devendo nunca terminar em interseções com traços de qu Figura 4.39 mostra conjuntos de projeções que ilustram este
linhas de traço contínuo grosso. As linhas a traço contínuo es, um conjunto de projeções mal escolhido pode repre- problema: o conjunto correto (à esquer~a), e um conjunto
quer qutra espécie.
grosso num desenho podem ter significados distintos. Existem
Capítulo Quatro Projeções Ortogonais 57
'
'
1
1
1
1
1
'
1
'
1
1
1
4.8.2 Vistas Deslocadas
Existem casos em que, para tornar clara a projeção, se repre-}:_
senta uma vista fora da sua posição correta. É então necessá-c _.,
rio assinalar o sentido ela observação sobre uma projeção por:
uma flecha e uma letra maiúscula, acompanhadas, junto dá_}
1
FIGURA 4.41 Exemplos de projeções ortogonais de peças.
_= _ _ ._: -
1
1
1
' vista deslocada, pela inscrição "Vista A", onde "A" é a letra:
:r::_:_
_j _ _ :-
1
1 1
1
1
-
~-~' maiúscula utilizada. Este tipo ele representação de vistas po
1 1
' i 1
' ser observado na Figura 4.42. A vista A será então uma vi
1 deslocada, libertando-se das regras gerais de colocação
vistas, podendo ocupar qualquer espaço na folha de papeL
As vistas deslocadas podem ser locais quando não haja inte~·
resse em representar toda a peça, e distinguem-se das vista~_::_
parciais por serem delimitadas por linhas de traço contínuo::
grosso. A Figura 4.43 mostra dois exeniplos de vistas desloS
cadas locais. Vista A
~~
Vista B d
------+-ª
C!J [, :~ ~
-[ ~b H/CJ/[$1
INCORRETO
{t
tJ!lt_ ~~
-----t-c
l~/CJI~
A
FIGURA 4.47 Projeção de uma circunferência num plano inclinado (elipse).
VistaA 1
«!
CORRETO
1
aos três planos ele projeção. É o caso da peça ela Figu.t·a 4.51,
--®-
1
linhas de fratura (Figura 4.44 e Figura 4.45). A Figura 4.45
apresenta linhas de fratura especiais, que permitem identificar caso da determinação da linha ele interseção entre duas
determinados materiais ou configurações de peças. perfícics quaisquer (Figura 4.48).
Assim, para a determinação em projeções ortogonais da Hnl'(
de interseção entre duas superfícies quaisquer, é inevítávei;- 1
observação simultânea das duas ou três vistas necessárias
suficientes, identificando-se, pelo menos em duas dessas v;:
tas, as projeções de cada um dos sucessivos pontos da lin:
de interseção a determinar. Por correspondência das projeçõ 1 • 1
-G 8
L-.-!-.-..J
de pontos destas vistas com a terceira vista, identificam-se ne~
a terceira projeção ele cada um desses sucessivos pontos, q
permitem determinar a configuração da projeção da linha
interseção das duas superfícies nessa vista.
Por vezes, em nenhuma das projeções ortogonais se co
FIGURA 4.44 Vistas jnterrompidas de peças compridas. gue projetar a verdadeira grandeza de algum detalhe. N
FIGURA 4.50 Representação de peças com um plano auxiliar de projeção.
60 Capítulo Quatro Projeções Ortogonais 61
@) 1
como, por exemplo, pôr as linhas de eixo no centro dos fu- A construção automática torna-se de grande utilidade, em es-
ros. O fato a reter é que, uma vez desenhado o objeto a três pecial para peças como as da Figura 4.59 e da Figura 4.60,
dimensões, qualquer vista ou perspectiva é obtida de forma com necessidade de vistas auxiliares, de maior dificuldade
automática e imediata, e qualquer alteração no modelo tridi- de construção à mão, em prancheta, ou em CAD bidimensi-
mensional irá refletir-se nas vistas. onal.
A
I
VistaB
-l ,,,,,, ,,,,,,
1---- ~--
,
1
' --- ''
1----j-
'
'
FIGURA 4.61 Vistas do apoio da Figura
FIGURA 4.59 Representação de peças à mão livre usando vistas auxiliares. 4.60, obtidas de modo automático.
64 Capítulo Quatro Projeções Ortogonais 65
REVISÃO DE CONHECIMENTOS
1. Desenhe o símbolo que deve acompanhar os desenhos repre- 6. Enumere duas convenções de representação em projeções
sentados no método europeu, ou método do primeiro diedro. ortogonais e desenhe dois objetos inventados por você, em
2. Cada objeto tem três dimensões principais: largura, altura e múltiplas vistas, que as contenham.
profundidade. Quais destas dimensões são visíveis na vista 7. Uma linha contínua a traço grosso pode ter três significa-
principal? E na planta? E numa das vistas laterais? dos distintos. Quais são? Desenhe um objeto imaginado por
3. Qual o número máximo de vistas que um objeto pode ter? si e identifique todas as linhas que compõem as suas pro-
4. Qual o número suficiente de vistas que, em geral, definem jeções.
comPtetamente um objeto? 8. Porque é que se eve, em certos casos, representar arestas '
5. Se na planta de um objeto se vir um furo passante, quantas fictícias?
linhas são necessárias, e de que tipo, para representar esse 9. Quando e por qu se deve recorrer a vistas auxiliares? E as
furo na vista principal? vistas à~liares eslocadas?
CONSULTAS RECOMENDADAS
0 Bertoline, G.R., Wiebe, E.N., Miller, C.L. e • Morais, J.S., Desenho de Construções Mecânicas 3- Dese-
Nasman, LO., Technícal Graphícs Connnu- nho Técnico Básico. Porto Editora, 16ª Ed., 1990.
nication. Irwin Graphics Series, 1995. • Simmons, C. e Maguire, D., Manual o/Engíneering Drawing.
• French, T.E., Vierck, C.J. e Foster, R.]., Edward Arnold, 1995.
Engíneering Drawing and Graphic Techno- • ISO 128,1982 Technical drawings - Gene-
logy. McGraw-Hill, 14' Ed., 1993. ral principles of presentation.
• Giesecke, F.E., Mitchell, A., Spencer, H.C., Hill, I.L., Dygdon, J.T. • NBR 10067 - Princípios gerais de represen-
e Novak, ].E., Technícal Drawíng. P1:entice Hall, 11ª Ed., 1999. tação em desenho técnico.
PALAVRAS-CHAVE
P4.2 - Represente, com as projeções ortogonais completas que Desenhe cada peça numa folha separada, orientando e distri-
considerar necessárias, as peças apresentadas na Figura 4.64. buindo as vistas na folha de modo a ocuparem corretamente
Comece da esquerda para a direita e de cima para baixo. o espaço disponível.
' / ' /
/
B e /
/
D E F
'
' z Z1
J K L
• Lb •
P4.3 - Nas peças da Figura 4.65 falta representar uma das peças, representando a vista em falta. No final, ~opie cada uma
vistas. Complete as projeções ortogonais de cada uma das das peças para uma folha de papel. ,
cüo@~
[;g[] C=]t] g [B [TI)-- CJ
f-l--+-f-H+--1--++--l- 1+-t-1+-I-M 1_'--'-'_LJ_H-+++-+-+-W++ H-l__r,J_+----4-++ 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11-tt-+++º-
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illCm X
cada peça numa folha separada, orientando e distribuindo as P4.5 - Represente, em projeçôes ortogonais com as vistas ne- cionais às da figura. Desenhe cada peça numa folha separada 1
P4.4 - Represente em projeções 01togonais, com as vistas ne- cessárias, as peças da Figura 4.67, recorrendo a vistas auxili- orientando e distribuindo as vístas na folha, de modo a ocu-
vistas na folha de modo a ocuparem corretamente o espaço
cessárias1 as peças da Figura 4.66. Determine as dimensões ares. Determine as dimensões de modo a obter peças propor- parem corretamente o espaço disponível.
de modo a obter peças proporcionais às da figura. Desenhe disponível.
CORTES E SEÇÕES
OBJETIVOS
Após estudar este capítulo, o leitor deverá estar apto a:
0 Decidir sobre a necessidade de recorrer a cortes ou seções para representar
FIGURA 4.67 Exercícios de vistas auxiliares (continuação). cmnpletamente uma peça em projeções ortogonais;
e Saber optar entre um corte e uma seção;
e Optando por um c01te, selecionar o mais adequado;
" Efetuar corretamente a representação gráfica de cortes e seções, respeitando as
representações convencionais.
74 Capítulo Cinco Cortes e Seções 75
COMPLETO
5.1 INTRODUÇÃO 5.2 MODOS DE CORTAR AS PEÇAS
Neste capítulo, são apresentados os vários modos de efetuar rv.tuitas peças podem ser representadas claramente através de
um corte ou uma seção num desenho, usando a simbologia projeções ortogonais simples: peças que não contenham vazi-
adequada. A escolha dos planos ele corte e as representações os ou reentrâncias são exemplos disso. Não obstante, em cer-
convencionais associadas aos cortes são expostas e explicadas tos casos, os vazios de peças, embora possam ser representa-
em cada caso relevante. Os cortes totais, meios cortes, cortes dos por linhas interrompidas, como no caso ilustrado na Fi-
parciais e cortes por planos sucessivos (paralelos e concorren- gura 5.1, podem ter uma representação bastante confusa e
tes), com ou sem rebatimento, são tratados em detalhe, com de interpretação complexa. Nestas situações, empregam-se os
exemplos de cada um dos tipos estudados. O corte de con- cortes.
juntos ele peças é também abordado. As seções, nas suas vá-
A representação em corte consiste em imaginar a peça corta- INCORRETO
rias formas de representação, são também objeto de estudo.
da por um ou mais planos, sendo suprimida uma das suas
FIGURA 5.3 Hachuras corretas e incorretas.
O recurso a cortes e seções num desenho faz-se, em geral, partes. Depois, como ilustrado na Figura _?.2, faz-se a proje-
quando a peça a ser representada possui uma forma interior ção ela parte do objeto que ficou adotandÕ--ãs regras gerais
complicada ou quando alguns detalhes importantes p<:ira a relativamente à disposição elas vistas. Finalmente, executam-
defüü~:ão ela peça não ficam totalmente definidos por uma se as hachuras sobre as superfícies das partes da peça inter- Os planos ele corte são, em geral, paralelos aos planos de pro-
projeção ortogonal em arestas visíveis. Quando isso acon.tece, ceptadas pelo plano ou planos de corte. Esta projeção, cha- jeção e devem passar, preferencialmente, pelos planos de si-
recorre-se a cortes e/ou seções, que ajudam a esclarecer o metria e eixos de furos que eventualmente possam existir.
mada vista cortada ou corte, substitui quase sempre a vista
desenho, evitando o uso de mais vistas. Os cortes e seções normal correspondente. Como o corte é imaginário e a peça {Á hachura de corte, indicando as partes da peça interceptadas
devem ser usados apenas quando trouxerem algo relevante à não está de fato cortada, as outras vistas (neste caso apenas a 'P~io plano de corte, é feita, sempre que possível, a 45º e com
representação gráfica convencional. A representação ele cortes planta) são desenhadas normalmente como ilustrado na Fi- Q,, espaçamento conveniente, conforme o tamanho do dese-
obedece a determinadas regras de representação convencio- gura 5.2. Note-se, todavia, que o uso dos cortes só se justifica nho, escala, etc. A inclinação da hachura não deve nunca
nal, que elevem ser seguidas para que o desenho seja legível. quando favorece a leitura cio desenho. coincidir nem ser perpendicular com a orientação de um ou
mais traços de contorno da peça. A hachura deve ser repre-
sentada com linhas do tipo contínuo fino, como mostram os
exemplos da Figura 5,3.
Embora se deva evitar 1 pode ser conveniente representar de-
talhes invisíveis numa vista cortada, se isso poupar a repre- FIGURA 5.5 Representação conveniente de partes ocultas em corte.
sentação de uma outra vista. No caso da Figura 5.4, a represen-
tação de detalhes invisíveis é redundante porque se adotam
todos os furos iguais, já que a planta assim leva a crer.
CORRETO
Por outro lado, na Figura 5-5 pode-se observar uma peça que,
mesmo depois, de cortada, necessita da representação de par-
tes ocultas (embora· desaconselhável) para definição de um
detalhe escondido para além do plano de corte. Se não for
desenhado o detalhe invisível> a peça não fica completamen-
te definida, sendo então necessária uma terceira vista. Neste
exemplo, pode-se usar um meio corte em vez de um corte
completo, como se explica mais adiante. ·
FIGURA 5.1 Vazios da peça representados por linhas interrompidas.
O tipo de hachura pode ser usado para distinguir diferentes
tipos de materiais constituintes elas peças cortadas. A nonna
NBR 12298 trata da representação de materiais em c01te e dá
exemplos de diferentes hachuras. Note-se que uma hachura
deste tipo pode não determinar precisamente a natureza do
material cortado, ~endo apenas indicativa. A Figura 5.6 _mos-
tra algumas hachuras convencionais. O tipo de hachura pode
ser usado simultaneamente com a cor, embora o uso de cor
em desenho técnico seja desaconselhável. As normas ISO 128-
40 e ISO 128-44 poderão introduzir algumas alterações a este
tipo de figuraçãoYComo visto nos casos anteriores, o plano
secante (ou plan6 de corte) continha um eixo da peça e a
cortava inteiramente. Este tipo de corte toma o nome de cor-
1 te total. Existem ainda mais dois tipos de cortes: os meios
cortes e os cortes parciais. A Figura 5-7 ilustra os três tipos
de cortes possíveis numa mesma peça. Nesta figura, usa-se pro-
positadamente a simbologia de corte para que se possa com-
preender a indicação correta de cada um dos cortes exempli-
FIGURA 5.4 Exemplo de representação redundante de partes ocultas num ficados, embora não fosse necessário fazê-lo, uma vez que os
FIGURA 5.2 Corte da peça da Figura 5.1, evitando a representação de partes ocultas, demasiado confusa. corte. cortes efetuados são extremamente simples.
76 Capítulo Cinco
Cortes e Seções 77
---
na vista onde esse mesmo plano se encontra de topo, sendo
definido por uma linha de traço misto com grosso nas extre-
midades e mudanças de direção (linha tipo H na Tabela 3.3).
Metal em geral Ferro fundido Ferro forjado Metal branco Duas flechas, com uma ou mais letras identificadoras maiús-
(cinzento) (azul) (lilás) {lilás-claro) culas, definem o sentido do c01te. Junto à vista cortada, acima
ou abaixo, devem constar as letras identificadoras. Num mes-
mo desenho, a indicação do c01te deve ser uniforme. A indi-
cação e identificação do corte podem ser omitidas nos casos FIGURA 5.9 Corte parcial de uma peça longa.
em que é evidente.
Cobre e ligas Aço inox Pedra artificial Cerâmicas resist. No meio corte da Figura 5.7, efetuado por dois planos con-
{laranja) (lilás) (cinzento) (vermelho)
correntes no eixo da péça, exemplifica-se o uso do traço re- Dois exemplos podem ser observados na Figua-a 5. 7 e na F:i-
forçado na indicação do plano de corte. Na vista à esquerda, gura 5-9, onde um c01te parcial define corripletamente a cavi-
o plano de corte que se vê de topo (o plano horizontal) apa- dade interior. Em ambos os casos, as partes ocultas não sào
representadas, uma vez que esta representação seria redundante.
rece mais uma vez em traço misto fino - os meios cortes são
sempre delimitados por traços do tipo misto fino.
Alumínio, magnésio Madeira Contraplacado Aglomerados madeira
No corte parcial, não é usada qualquer simbologia de indica- 5.3 CORTE POR PLANOS PARALELOS OU
(verde) (laranja) (laranja) (laranja)
ção e identificação de cortes. Nota-se apenas que, na vista onde CONCORRENTES
///,,, ">//// ///
o corte parcial é efetivamente visualizado, o corte é delimita-
/ / // / / // / Quando os detalhes de interesse não estiverem alinhados uns
/ / // </ / / // // / do por uma linha contínua fina ondulada (tipo C na Tabela
/_., com os outros ter-se-á de usar o número de planos - parale-
/ / // // / / / / / 3.3), pertencendo a parte tracejada, em geral, a um plano de
/ // / / // // / / // los ou concorrentes - necessários à completa definição da peça.
simetria da peça.
Cortiça, couro Plásticos, borrachas Concreto Estanho, chumbo
FIGURA 5.6 Hachuras de diferentes Na Figura 5.10, exemplifica-se a representação de uma peça
(sépia) e betuminosos (cinzento) · e zinco Em peças simétricas (Figura 5.8), é preferível fazer um meio
(verde-claro) {verde-claro) materiais - alguns exemplos. com o auxílio de cortes, utilizando-se planos paralelos. Cha-
corte em vez de um corte completo. Nesta peça, o meio corte
ma-se novamente a atenção para o reforço efetuado nos ex-
mostra não só o int'erior como também o exterior, que não
tremos das linhas que representam os planos de corte e nas
fica totalmente claro com um coite completo, sendo o meio
mudanças de plano de corte{Nas peças de revolução que apre-
corte aquele que fornece mais informação.
sentam alguns elementos que um só plano secante não esclare-
CORTE TOTAL O corte parcial deve ser usado em peças onde os detaJhes de ce, podem ser utilizados cortes por dois planos concorrentes
__ __/!,_ interesse a serem mostrados sejam restritos a uma zona da peça. no eixo da peça, conforme se exemplifica na Figura 5.1:D. e
/ 1/r
/ //\,-~-,-,a Meio corte (preferível) Corte total
/
Corte AA
MEIO CORTE
A
@)1
Corte AA
CORTE PARCIAL
1 1
FIGURA 5.7 Possíveis cortes de uma mesma peça. FIGURA 5.8 Corte total e meio corte (preferível) de uma peça.
Cortes é Seções 79
78 Capítulo Cinco
A-A
m- ,
'
1
@)
1
J
r
-E~
A-A
FIGURA 5.14 Caso particular do corte por planos paralelos.
Peças como a da Figura 5.15 podem ser cortadas por planos pre que possível). A hachura numa mesma peça deve ter
Sucessivos que vão acompanhando os elementos distintos da sempre a mesma direção e o mesmo espaçamento) inde-
FIGURA 5.10 Cortes por planos paralelos. peça. Neste casoi não se procede ao rebatimento elo plano de ,,, pendentemente da vista em que ocorrei
corte não paralelo aos planos de projeção. Assim, a largura ela (4:j Sempre que possível, os planos de corte devem passar pelos
' '
vista cm corte será igual à largura da vista adjacente, tornan- eixos de simetria da peça a ser cortada;
A-A do-se evidente da leitura do desenho que não se efetuou ne- (5:i Na representação em corte, não devem ser usadas linhas
nhum rebatimento. de contorno invisível (traços interrompidos\ se não trou-
xerem nada de fundamental à representação da peça;
(6. As superfícies de corte são sempre delimitadas por linhas
5.4 REGRAS GERAIS EM CORTES ele contorno visível (traço contínuo grosso\ por linhas a
Podem ser definidas algumas regras gerais para a representa- traço misto (p. ex. nos meios cortes), ou por linhas de fra-
ção de cortes: tura.
A representação da vista cortada compreende a superfície A Figura :t.16 mostra alguns exemplos de um corte para uma
1
FIGURA 5.12 Corte e rebatimento por planos concorrentes. obtida pelo plano de corte e tudo o que se vê para lá desse peça simples correta e incorretamente representado. Os erros
ED- , _ plano; ,
~ A porção da peça supostamente retirada não pode ser
apresentados na figura são os mais freqüentes na representa-
ção convencional de cortes. Pode-se verifiqff o tipo de erro
cometido através das regras gerais enunciadas no parágrafo
AIA omitida em todas as vistas;
// Q'~;As zonas em que a peça foi cortada são assinaladas por meio anterior. Assim, e da esquerda para a direita) o primeiro corte
dito incorreto apresenta apenas a interseção do plano ele cor-
r
de hachuras (traços oblíquos eqüidistantesi formando com
/
-©-
'
o eixo da peça ou contornos principais, ângulos de 45º i sem- te com a peça, não mostrando tudo o que está para além do
,; 1
i ;,/
/
1
FIGURA 5.11 Corte por dois planos concorrentes e rebatimento. A-A
1
E9---
/
CJ
-$-
Incorreto Incorreto Incorreto
Correio Incorreto Incorreto A-A
'
plano de corte (regra 1). O segundo corte mostra linhas invi- te, nervuras 1 não é, em geral, mais esclarecedora. Por isso, quan- 1
síveis, que devem ser evitadas quando não trazem nada de do estas peças forem interceptadas longitudinalmente pelo '
novo à representação (regra 5).
O terceiro corte mostra os contornos interiores em linhas invi-
plano de corte, não devem_ s~r tracej~das. No corte longitudi-
nal de tambores'·e ·volái-iieS, os braços não são representados
1
\
----$--- '
em corte, como se exemplifica na Figura 5.17.
síveis, que o seriam se a peça não tivesse sido cortada - ao ser
efetuado o corte, essas linhas tornam-se visíveis, portanto A Figm:a 5.18 mostra a diferença entre o corte de uma peça
r;y\
~✓'
devem ser representadas em traço contínuo grosso (regra 6). com ne1vuras (à esquerda) e o corte de uma peça s~melhan-
O quarto corte apresenta superfícies tracejadas com inclina- te, maciça (à direita). Torna-se assim mais clara a diferença --------
ções diferentes. Este erro é muito freqüente em desenhos de entre ambas as peças.
CAD 2D (regra 3)! Por fim, o quinto corte incorreto mostra
No caso de cortes por planos concorrentes, é usual rebater FIGURA 5.19 Rebatimento de detalhes não cortados.
espaçamentos diferentes na hachura (regra 3).
alguns detalhes que não são interceptados pelo plano de cor- FIGURA 5.21 Distinção entre aba e nervura.
Chama-se a atenção, por fim, para a colocação da vista corta- te, como mostram a Figura 5.1~ e a Figura 5.20 Note-se que
da no desenho. Em geral, a vista cortada ocupa a posição da as nervuras não estão cortadas, embora sejam it1têtceptada
projeção ortogonal correspondente, mas não é obrigatório que pelo plano de corte e os furos tenham sido rebatidos para CORRETO
assim seja. Se o corte não ocupar o lugar da projeção ortogonal Existem ainda alguns detalhes de peças que, quando em cor-
plano de projeção, apesar de não serem interceptados pel
correspondente, deve, no entanto, ser assinalado com a sim- plano de corte. te, tomam uma forma convencional que não corresponde à
bologia adequada, sendo a vista cortada acompanhada pela sua projeção real, mas que é adotada por simplicidade. Alguns
Considerar um dado elemento de uma peça como uma ne1vura desses detalhes podem ser observados na Figura 5.23, sendo
designação do corte e colocada em qualquer parte da folha
pode não ser um processo totalmente claro, como se mostra mostrada a verdadeira projeção e a projeção convencional sim-
de desenho, podendo ser considerada - apenas por analogia
- uma vista deslocada. plificada, preferível em relação à primeira. Em programas de
INCORRETO CAD 3D, estas simplificações não são feitas,. aparecendo as
projeções reais.
5.5 ELEMENTOS QUE NÃO SÃO
CORTADOS E REPRESENTAÇÕES 5.6 CORTES EM DESENHOS DE
CONVENCIONAIS CONJUNTOS DE PEÇAS
A representação em corte de peças maciças como f~O_s, para- Nos co~tes _çle conjunt9§ de peças, as superfíci_es hachuradas
fusos, raios de roda, porcas, rebites, chavetas, elos de c_c;>rren- que p-értençam a peças diferentes deverão.ter hachuras dífe-
rentes. ___}:'odei:n _ser usª5=.i_;3.J __ diferentes orientações (preferenci-
A-A A-A almente a- 30; 45° oll- 60º) ou e;paç;mentos entre linhas, con-
forme se ilustra na Figura 5.24, de modo que seja perfeita-
mente claro que o corte foi feito através de peças distintas.
- ---
Quando .",e_ trata de um c9njunto__ const_ituído por- peç9-s-del_g9--
das, com9 perfi.s-ffietáliç6s, em vez da hachura_dâs•seções.µ_.s,a-
se o preenchimento total em _preto, sendo as peças co11,tígu,1,s
ligeiramente separadas por um filete branco, como mostrado
na Figura 5. 25_
FIGURA 5.20 Rebatimento de nervuras quando não cortadas. Na Figura 5.26 mostram-se exemplos de elementos em con-
juntos de peças que não devem ser cortados, Nesta figura, um
conjunto de peças foi c01tado, interceptando longitudinalmente
um parafuso, uma porca e uma arruela. Seguindô ~- e<:mven---
na Figura 5.21 e na Figura 5.22.(?m geral, os programas de ção, não devem ser cortardos nem o parafuso ne?1_ª gpfc~,
CAD 3D cortam e tracejam todos os elementos que, convenci- como mostra essa mesma figura. Quanto à arfllela,,_ ·p.o_de ou
onalmente, não são cortados, devendo o usuário ter o cuida- não ser representada em corte. O detalhe do rebit_~:Jem uma
FIGURA 5.17 Representação de uma polia cortada longitudinalmente. FIGURA 5.18 Cortes em peças maciças e peças com nervuras. do de alterar estas representações) explicação idêntica.
C01tes e Seções 83
82 Capítulo Cinco
'1'
--•~1 5.7 SEÇÕES
:I•
FIGURA 5.25 Corte num conjunto de peças delgadas. As seções são objetivamente semelhantes aos cortes ,e, como
~stes, são utilizadas para trazer uma maior clareza ao dese-
nho. Conceitualmente, uma seção é uma superfície resultante
CORRETO CORRETO
1
da interseção de um plano secante com um corpo (a peça a
representar). São, em geral,_!:)._,s_a_d_a_s para_4~f.iniJ:o.perfiL.exter-
no de partes _das p~ç_as como n~r_Vura_s,_ br;élç_os _ci_e __ pg_l_i~_,s ___~
volantes, perfis metáliCos, peças priSmáticas, peças_ cl,e.-perfil
variável, etc. Distinguem-:se.rnpi_clam~.Q.t~-- d.9s cçi:!1~§ por .[çpre-
sentarem somente a inter.s~ção do JJfo_no sec_a~t~ _(de,_crnte} c-;m
a peça, não englobando ~quilo que se encontra além desse
plano.
FIGURA 5.22 Nervuras duvidosas em corte.
As seções são normalmente transversais, perpendiculares ao
eixo principal da peça, sempre tracejadas e nunca cor::i-têm tra-
PREFERÍVEL
Corte verdadeiro INCORRETO INCORRETO ços inte1:ro1!1pidos. Na Figura 5.28 ilustram-se algumas fof-
, mas de realizar seções num eixo com escalonamentos, con-
tendo rasgos. Note-se nesta mesma figura que, nos casos em
que a seção é representada fora dos limites da peça, seus con-
1
1 tornos são a traço contJ:rmo_grosso, enquanto que nos casos
'
'
-t-- -t---
1
em que a seção é rebatida dentro da própria peça, seus con-
tornos devem ser representados com traço contí_QllO fino_._
1
Na Figura 5. 29 explica-se a obtenção de uma seção rebatida
sobre a prÓpria peça. Como se pode observar nessa figura, a
1
1 seção (interseção do plano secante com a peça) é rodada até
coincidir com o plano de projeção, através de um eixo de si-
FIGURA 5.26 Corte atingindo parafusos, porcas, arruelas e rebites. metria da própria seção, que é também representado.
PREFERIVEL
Corte verdadeiro
Em peças de perfil continuamente variável, é comum fazer
seções rebatidas sucessivamente ao longo do perfil, como na
Um outro caso prende-se com o corte longitudinal de um eixo,
Figura 5.30. Nesta figura, cada seção é tirada no ponto onde
como o mostrado na Figura 5. 27.
a linha de traço misto c01ta a peça e é puxada sobre essa mes-
Aqui, como o eixo não deve ser c01tado por ser interceptado ma linha para fora da peça, sendo então rebatida. Este proce-
-+--
1
EB- longitudinalmente pelo plano de corte, é necessário fazer um dimento é muito usado na definição de perfis alares: asas de
~- ~-~
B
A
Corte A-A __,____
~
' 1 +
-r-
- - :-L-.:r ----+--h-+-
-~
A
- - - ~ - ~ I-
i' e
JJl -~-
'
i
1
i .:
:
-,----
~ ~ L.
1 Seção A-A
' 1
A-A ,
J[1i4 J i L 1
1
B-B C-C
~~
' 1 '
, 1 '
ftGURA 5.31 Seçao
- e corte d e uma p
secante
~ , enquanto
eça. •-
1 ~
_'. !
~t-
esta além d que o corte
porções da ;e~~a:~ de corte, di ~º:e:~s-~ar tudo aquilo ue
representa ap e nas uma
c1onadas,
. . não restando
, çao
dúde união às cuas
lq
umca peça. v1.d as que o cmte
Em seguida, sao
~ m
cortes e seções
.
APUCAÇÃO E DE
~stados alguns ex
das (Figura 5_3; ~:~:ntes peças m::1~~s de aplicação de
gura 5.35). O leitor ?1enos complica-
e convidado a re-
FIGURA 5.33 Se çÕes de uma h'I'
e ice.
-,
'
.~
FIGURA 5.30 S eçoes
_ sucess1vas
, rebafd
1 as fora da peça.
~
avião i pas
~ de turbi ~ . específico da
for
c evidente a ongem
. nas de hehces
- (Figura gJ• 33) Q se
da evitar o uso d e umapeça •representad Figur
orno na Figura 5. 2 8. seçao, esta tem d e ser. tdentif•
. uando icanão
d a,
d e duas peças dist' se çao, porque aa na
mtas serem inte
seçã d'a 5.31, deve-
o a a idéia erra-
rceptadas pelo plano FIGURA 5 .3 2 Vistas
. auxiliares com cortes. FIGURA 5.34 D OIS
. tipos
, de corte numa mesma peça.
C011es e Seções 87
86 Capítulo Cinco
1
gens que já se conhecem em relação ao desenho em pranche-
ta. Porém, em CAD tridimensional, as vantagens são ainda
A-A
maiores. A peça representada no capítulo anterior, no item
tt- "Aplicações em CAD", poderia ficar muito mais explícita com
a inclusão de um corte no alçado principal. Para tal, basta
definir o plano de corte, que pode ser qualquer cios planos de
:±::1
corte mencionados ao longo deste capítulo, e escolher o po-
sicionamento da representação do corte no local adequado
ela folha de papel (Figura 5. 36). Mais uma vez, a execução
A
1 ele um corte numa peça tridimensional é uma operação ime-
1
*
este detalhe. De fato, as representações convencionais foram
criadas para diminuir o tempo necessário à elaboração de um
FIGURA 5.35 Meias vistas em corte. desenho, sem perda de informação, representando detalhes
complicados de maneira simplificada. No caso ele obtenção
fletir sobre estas representações e tentar compreender cada de- automática de vistas a partir do modelo tridimensional, dei-
talhe das peças e dos cortes 1 procurando, ao mesmo tempo, xou de fazer sentido a representação convencional de deta-
encontrar uma fonna diferente de representar as peças. En- lhes complicados, uma vez que o computador os processa de
A-A
modo extremamente rápido, não havendo o problema do tem- exemplos destas situações\ *MERGEFORMAT. Convida-se o lei-
po de elaboração do desenho. tor a apreciar os erros e a confrontar com a representação
correta apresentada neste capítulo.
Um aspecto importante, é o fato de os programas de CAD 3D
nem sempre representarem os crntes seguindo todas as regras Note-se que é possível, em quase todos os casos, alterar as
anteriormente referidas. Na Figura 5,37 são apresentados projeções em corte de forma a eliminar estes erros.
,REVISÃO DE CONHECIMENTOS
'
',_ )L Por que se usam cortes em vez da representação com li- 3. Como se indica um corte numa vista não cortada?
r---- - ~---
' -·----1'
--,' nhas invisíveis? 4. Porque ê que se omitem as linhas de arestas invisíveis em
,--
'
6. Porque é que não se cortam nervuras? 8. Quantos tipos de seções são conhecidos?
7. Quando é que se usam seções em vez de cortes? 9. Quais as aplicações mais importantes das seções?
CONSULTAS RECOMENDADAS
@ Bertoline, G.R., Wiebe, E.N., Miller, C.L. e gens, desde desenhos de arquitetura até às estações espa-
Nasman, L.O., Technical Graphics Commu- ciais, passando pelo corpo humano:
nication. Irwin Graphics Series, 1995. www.dryair.com/dahp6b.jpg
~ French, T.E., Vierck, C.J. e Foster, R.J., www.hebel.com/ cutaway .htm
Bngineering Drawing and Graphíc Tech- shuttle.nasa.gov/ sts-71/ pob/sts 71/slrnir/cu taway.html
nology. McGraw-Hill, 14' Ed., 1993. ucarwww.ucar.edu/staffnotes/12.94/vizman-vid.mpg
• Giesecke, F.E., Mitchell, A., Spencer, H.C., Hill, I.L., Dygdon, www.cadsyst.com
J.T., Novak, J.E. e Lockhart, S., Modern Graphícs Commu- e NP 167:1966 Desenho Técnico: Figuração de e
nication. Frentice Hall, 1998. materiais em corte.
• Morais, J.S., Desenho de Construções Mecânicas 3 - Dese- e NP 328:1964 Desenho Técnico: Cortes e
nho Técnico Básico. Porto Editora, 16ª Ed., 1990. seções.
• Simrnons, C. e Maguire, D., Manual o/Bngíneering Drawing. • ISO 128'1982 Technical drawings -
Edward Arnold, 1995. General principies of presentation.
e Nos endereços eletrônicos seguintes po- ® NBR 12298 Representação de área de c01te por meio de
dem ser encontrados numerosos exemplos hachuras em desenho técnico
de peças cortadas das mais variadas ori-
PAIAVRAS-CHAVE
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
P5.1 - Utilizando cortes, represente convenientemente as pe- que - corte, dec a sobre o corte a utilizar e represente-o cor- G
ças da Figura 5.38. Nas peças onde já esteja representado um retamente. Cons·dere que as peças são simétricas sempre que
corte 1 represente-o corretamente. Onde não for sugerido qual- existirem <letal es escondidos.
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FIGURA 5.39 Representação de péças em corte partindo das projeções (continuação).
FIGURA 5.39 Representação de peças em corte partindo das projeções (continua).
Caries e Seções 93
92 Capítulo Cinco
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f--"- 1---
FIGURA 5.41 Exercício de cortes.
PERSPECTIVAS
OBJETIVOS
Após estudar este capítulo, o leitor deverá estar apto a:
0 Descrever as diferenças, vantagens e desvantagens existentes entre a
representação em vistas múltiplas, projeções oblíquas, perspectiva e projeções
centrais;
1111 Representar planos inclinados e círculos em perspectivas isométricas;
• Desenhar rigorosamente a perspectiva ou projeção oblíqua de qualquer objeto;
• Desenhar a perspectiva de um objeto partindo da sua representação e1n vistas
múltiplas;
• Esboçar à mão livre a perspectiva de um objeto.
A
Projetantes paralelas entre si Projetantes paralelas entre si
e perpendiculares ao plano e perpendiculares ao plano
de projeção de projeção
e
A
Altura
a) Vistas múltiplas b) Projeção paralela ortogorial
B
A
Largura
c:'.r7c
e
Profundidade
c) Projeção paralela oblíqua d) Projeção central A - eixo das alturas; B - eixo das larguras; C - eixo elas profundidades
e
são marcadas em verdadeira grandeza, sendo as profundida-
A
des afetadas de um coeficiente de redução r = 0,5: perspecti-
va de gabinete, e r = 1)0: perspectiva cavaleira.
Verifica-se que o prolongamento do eixo C coincide com o 120º 120º
traçado da bissetriz do ângulo formado pelos outros dois e de-
termina uma linha de 45º. A esta inclinação corresponde o
designado ângulo de fuga, que pode assumir valores de 45º,
30º e 60º. Quanto ao coeficiente de redução r pode assumir
valores dec 1, 0,75, 0,6, 0,5 ou 0,4. A relação ângulo de fuga
B 120º A
45º vs. coeficiente de redução 0,5 é a mais freqüente,. ;ó senEo
. substituída quando se pretende criar a_l~~- ~.f<:.~~9--~-~pecial.
A utilização de outras relações fica reservada para situações e B
de apresentação de casos particulares de alguma das faces
relativamente às outras.
Perspectivas 101
100 Capítulo Seis
dete~mina o desenho interativo, segundo os eixos de axono- t:rativo em sistema CAD como à mão livre, os procedimentos
Assim, para o traçado de perspectivas cavaleiras, pod~-:-_se r_e-
metna. sao do mesmo tipo, para o que existem basicãmente düi.S méto-
correr a réguas em T e esquadros de 45º, dado que o seu ân-
dos: 9 __ da envolvente (paralelepípedo circunscrito) e o das
gulo de fuga se estabelece normalmente com este valor. Para o traçado das perspectivas isométricas além do uso d
coordenadas.
As perspectivas dimétricas podem ser executadas usando 11m régua T utilizam-se esquadros de 30º, gab~ritos i~ométricot
?u p~p~l-base para o desenho de isometrias (papel reticulad~ ~ primeiro consiste em determinar 1 segundo as três dimen-
_papel próprio, onde estão impressas linhas em forma ele.lua~
isometnco - Flgum 6.10b). soes, e construir o sólido perspectivado (sólido envolvente)
lha de módulo quadrangular formando com a horizontal ân-
com detalhes elo objeto (Figura 6.11 e Figura 6.12).
gulos iguais ao das direções dimétricas (papel reticulado As próximas decisões a serem tomadas consistem na lh
d·~ d escoa O segundo mé~odo consiste em se considerar um dos planos
dimétrico - Figura 6.10a). Ainda no âmbito da execução à a P?s1çao se~un o a qual se representará o objeto em pers-
mão livre, e na ausência de papel reticulado, podem ser esta- _pectiv_a ~ e ~o tipo de perspectiva a usar para que se apresen- que contenha sunultaneamente uma das faces do objeto e duas
belecidas relações trigonométricas, em geral baseadas na tan- das
. direções axonome~ tncas
· e construir toda a perspectiva uti-
tem v1s1ve1s o maior número de detalhes possível.
gente (relação Y/X) do ângulo respectivo. lizando este plano como referência para marcação dos vérti-
Finalmente, um outro aspecto a considerar consiste no m d ces da peça definidos por coordenadas em relação ao plano
< Na utilização de sistemas CAD em geral, é disponibilizada uma debt , . perspectiva em si. Tanto no desenhooo
o er a propna in- de referência considerado.
função que estabelece eixos de movimentação do ctÍrsor ~ue
/
"/i/ / '/
dução utilizados. / / / / /, / / /
/ / / / / J -; /
1/ / /1/ 1/ /
,,, 1/
6.2.3 Desenho de Perspectivas Rápidas " />/
a) /1/
"
Para a obtenção das perspectivas descritas, é fundamental
FIGURA 6.10 Papel reticulado (escala em que é comumente comercializa-
a utilização de material de· desenho adequado para perspec-
do): a) Dimétrico; b) Isométrico.
tivas.
A
A FIGURA 6.11 Seqüência para a obtenção da representação em perspectiva de uma peça.
97"
B
e
A
e
42" 1 1 0,5
7"
35º40' 1 1 0,7
18º 40'
uJ
>-
f1GURA_6.t3_Çonstrução de perspectivas.
D B
~
A B
B A
4. Desenhar a tangente vertical ao arco de circunferência. estes mesmos arcos tomam configurações elípticas cujo rigor FIGURA 6.21 Construção de elipses em qualquer plano oblíquo.
de representação é apenas aproximado, convindo evitar sem-
pre que possível.
Na perspectiva trimétrica, e perante os coeficientes de redu- LINHAS INVISÍVEIS, LINHAS DE EIXO ser cl~ramente visualizados. O tracejado deve ser feito de tal
ção considerados, torna-se desaconselhável a representação E CORTES EM PERSPECTIVAS maneira que a inclinação dos traços seja a oposta em faces
de objetos contendo linhas cmvas. .E . perpendiculares da peça, no caso dos meios corte's. A Figu-
:V m geral, flão -~~ __r~_p!~S_f:I]_t;u::n l~aj:i_as inyisíveis_ em. perspecti-
A construção de uma circunferência num plano oblíquo, em ra ~}~ __mostra esta particularida~e: note-se a inclinação dos
l~!~_,-exc5to q~ando_)_ão i=str)taroente n<:ses~árü_1s,, para a com-
geral, é morosa, mas existe um fato que pode ajudar bastante_ ·_ ~~~sao da pe_~a repr:e.Se[_ltad;i. - tracejados de cada lado do corte. O tracejado é feito de tal
modo que , ao se "fechar" ,a peça so b re o corte os tracejados
na visualização das elipses derivadas das circunferências em coincidam. '
0 s linhas de eixo também devem ser evitadas em perspectiva
planos oblíquos: o eixo maior da elipse é sempre perpendicu-·
teto quando é necessário cotar o centro de um furo p '
lar ao eixo de rotação da circunferência que lhe deu origem,
emplo, devendo-se então representar o centro do furo' co:
A Figura 6.19 e a Figura 6.21 mostram claramente este as.; P_ar de linhas de eixo, tal como em vistas múltiplas e 0
6.5 INTERSEÇÃO DE SUPERFÍCIES
pecto. Além disso, a construção do losango que as envolv · u eixo longitudinal. ' Nos casos em que alguma, ou algumas, das faces do objeto
facilita o seu desenho, pois a elipse deve S-cortes
. -- em perspec t'tvas sao
- raros, mas são usados em e _ de~ c~ja ~erspectiva se pretende obter uma projeção axon0:,.
FIGURA 6,- 18 Perspectiva de uma peça em U. losango no ponto médio de cada aresta. c1alqud
, an o existem etalhes interiores que não '
· d s
podem metnca e um plano oblíquo ou é uma superfície não plana-,- á
determinação da linha de interseção - reta oblíqua no" casó de
-
1
Perspectivas 107
Representação em Perspectiva 1 : 1
/
/11 1 1 //1·_
Para o· exemplo do objeto representado em projeções ortogo-
nais múltiplas na Figura 4.48, e que está representado em
/
/
20
1
_ /,,J
• • 1 /)º
projeção axonométrica isométrica na Figura 6.23, é necessá-
rio determinar a linha de interseção entre a superfície semici- /}o
líndrica a e o plano de rampa ~- Para tal foram considerados ' /
como planos auxiliares os planos projetantes 1, 2, 3, 4 e 5
(planos de frente). Cada um destes planos intercepta cada uma
das superfícies dadas segundo duas linhas, 1,, e 113, no caso do
~~5º~v3º)
plano 1, e cuja interseção dá origem ao ponto 111 e assim su- DESACONSELHADO
cessivamente para a obtenção dos pontos 121 13 , 14 e 15 • Estes FIGURA 6.24 Cotagem em perspectiva.
pontos são pontos da interseção pretendida entre as superfí-
cies a. e i3 dadas, pelo que a linha que os contém constitui-se
como a linha de interseção dessas superfícies e portanto como Existem fonnas aceitáveis e outras desaconselh'aveis
. d e cotar aresta que se vê de cima com a "frente" do ob1'et ~ .
interseção dessas duas faces do objeto. tante sabe ,. , . o, e impor-
FIGURA 6.22 Figuração do tracejado em meios cortes em perspectivas. uma peça em perspectiva. A Figu.a-a 6 24 t •. :- r que e a vista principal que se passa a prestar aten-
modos de cotar. . mos ra os vanos
Quanto maior for o número de planos auxiliares, maior o çao. e ter1plena noção . d e que~ ,a esta corresponde a "leitura" cio
número de pontos obtidos para o traçado da linha de interse- o b Jeto, e e frente.
pelo menos uma das faces ser um plano oblíquo, ou linha não ção e portanto maior precisão no seu traçado 1 mas também 6.7 METODOLOGIA PARA LEITURA DE Assim, para o objeto que se apresenta na Figura 6 15 . t ..
sa d · ~ · 'd •"' m eres-
retilínea no caso de uma das faces ser uma superfície não pla- mais tempo e trabalho de execução. Como em quase todas as . 1' e (m~c10, ' entificar a vista principal (vista de frente) a
situações, o melhor compromisso possível determinado pelo PROJEÇÕES ORTOGONAIS (VISTAS) • 1ateral esquerda (vista do 1 d,
p anta vista ele cima) e a vista
na - não é imediata.
melhor bom senso. ~fproblelma_ da leitura de projeções ortogonais (vistas) iden- esquerdo). a o
Nesse caso, é necessário recorrer ao método geral da interse-
ção de superfícies, nos termos da geometria clássica, e proce- O estabelecimento de um algoritmo para este procedimento é ~~ca-se _og1qmente com o próprio conceito de projeções P_or ~~servação da vista principal, a observação ele uma aresta
relativamente simples, e por isso, quando da utilização dos s,. ogona1s.
· f Encontra-se
l . neste capítulo elo l'ivro por ser neces- s1gmfica
der à sua aplicação no âmbito do desenho da perspectiva. · . . ,. ) d obrigatoriamente
· a existência de ( pelo menos e de
sistemas CAD, o processo de interseção de superfícies consti- :<:::,_.Pano fazer a e1tura e interpretação da representação em vistas 1~1c1~ otds planos distintos, "separados" pela aresta em refe
tui-se em geral uma funcionalidade para a qual o usuário se /t-··-· ara azer a rep,·esentaçao
• em perspectiva. renc1a.
~ Na a se pode cone luir
. d e momento em termos da re·
6.;.1 Método Geral da Interseção de limita quase a identificar as superfícies, a interseção e a preci- }'.;~De um .modo resumido, e dado o propósito de este assunto laçao entre os dois planos, até que se observe o objeto de cima~
Superfícies são desejada, isto é, implicitamente, o número de planos au- .:r ~qm trat~do na sua essência, importa recordar os aspectos Toda a atenção deve ra
, centrar-se entao~ na leitura d l
n amenta1s da leitura de projeções ortogonais. É em suma em que de no vo se verifica a diferenciação entre doisaplanos.
p anta
O método geral da interseção de superfícies dadas (faces do xiliares a considerar.
objeto cuja interseção se pretende obter) consiste em consi-
·.o processo que ~ontribui para o desenvolviinento da ca aci-
dade de percepçao espacial das formas vulgo "vt'sa·o p · t o e,
Será a mesma aresta, is ~ duas projeções de uma m
. . serao
derar um plano qualquer e por conseguinte um plano conve- 6.6 COTAGEM EM PERSPECTIVAS ço" · d ' no espa- ma aresta os segment os o b servados no "interior" das vistas?
es-
niente do ponto de vista da facilidade de representação, em
: ,ª partir a sua representação plana.
geral um plano de tipo projetante (plano de nível, plano de AJ perspectivas, em geral,pão s_ão ço~sJ.as;--uma.JLe-z-q_1.ie..exis~- ssim, int~ressa ter sob atenção a observação silnultânea de Ad re~posta ~Tir~ não da leitura independente, como até agora
frente, plano vertical ou plano de topo), e determinar a sua tem _detalhes que nuµca são_rno.strados na ~"!}.:ól verdadeir-ª'-gran" · as .:s v~stas necessárias e .suficientes apresentadas e plena principal e da p 1anta, mas d e uma leitura conjunta,
a vista 6.26).
(Figura
deZa. Contudo, pode-se cotar uma pé;~pectiva", dê;de (lue_~ nsCI~ncia do modo como se estabelece a relação obse1va-
interseção com uma das superfícies dadas. A interseção de um
sejam seguidas as regras de cotagem descritas no capítulo: r-ob!eto-plan? de projeção perante a observação de uma
plano de tipo projetante com uma superfície qualquer é fácil ~ ~ossibilidade de identificar por correspondência duas r
de determinar, sobretudo porque a linha de interseção está seguinte. da vista. Isto e, olhar a planta significa ver o objeto de cima. Jeçoes de um mesmo vértice designado A b p _o-
duzir a idéia de . . , , _em ora possa m-
contida, necessariamente, na superfície dada, mas também no so, entretanto, e~st1r uma aresta a de projeções a' e ª11 (Fi-
r exem l b se pretenda observar o ob1'eto d e frente para 1
plano projetante escolhido. p o, sa er como se estabelece a continuidade de uma gura 6.27) pode igualmente induzir a idéia de uma aresta h,
Em seguida esse mesmo plano deverá interceptar a outra su-
perfície dada, de que resulta outra linha também contida no
plano auxiliar. Na medida em que essas linhas estão contidas
num mesmo plano - o plano auxiliar-, sua interseção existe
e é um ponto pertencente a ambas as linhas e por conseguin-
te, simultaneamente, a ambas as superfícies dadas. É, pois, um
ponto da interseção entre as duas superfícies dadas. Sabendo
N
~
que a interseção das superfícies dadas deve resultar numa reta
Vista principal
LJ Vista lateral
esquerda
ISJ
- situação em que ambas as superfícies dadas são planas -,
bastará considérar outro plano auxiliar de tipo projetante,
podendo inclusivamente ser paralelo e a uma distância qual- Planta
quer do plano auxiliar inicial, e determinar, de forma análoga,
outro ponto da interseção pretend~da. No caso das superfícies
dadas não serem planas, deverão ser considerados sucessiva- a) b)
mente vários planos auxiliares, determinando-se através de FIGURA 6.23 Determinação da interseção de duas faces sendo uma FIGURA 6.25 Vistas necessárias e suficientes de uma peça (a) e sua identificação (b).
cada um deles um ponto da interseção entre as duas superfí- las uma superfície não-plana.
cies dadas.
i l
,,
Perspectivas 109
1
108 Capítulo Seís
e A F são (Figura 6.33). A combinação destes três parâmetros, tal
como em fotografia, faz variar a distorção dos objetos.
e'sg" f'=h"
g'=h" e'=I"
6.9 A PERSPECTIVA EXPLODIDA
A perspectiva explodida é fll~_ito usada em desenhos de mon-
B" ta_ge_m de conjuntos, uma vez que dá uma boa_ idéia da forma
B"
e da..ordem segundo a qual se montam as peças. Muitas vezes
H=G evita o uso de cortes para mostrar detalhes interiores do con-
FIGURA 6.26 Vista principal e vista lateral esquerda da peça da Figura junto1 já que, nesta representação, todas as peças estão visí-
6.25. veis. Aparece, sobretudo pelo seu aspecto visual, em catálo-
E=H gos e apresentações publicitárias de produtos. A Figura 6.34
mostra um exemplo muito simples de uma perspectiva explo-
e dida. A Figura 6.35 mostra uma perspectiva explodida de um
A'
conjunto biela-pistão, com sombreado fotorrealista.
a'=c'
FIGURA 6.28 Identificação de dois vértices em projeções ortogonais.
A" .-...-----,A"'
6.8 PROJEÇÕES CENTRAIS
J
J As projeções centrais ou cônicas (Figura 6.32) são principal-
FIGURA 6.27 Vista principal e plana da peça da Figura 6.25.
mente usadas em desenho de arquitetura. A nonna ISO 10209-
2:1933 designa estas projeções como perspectivas.
B"'
B"
Estas pe_rspectivas __têm--a--:v:antag~_Ill d~_ mostrar o· objeto con-
definida por b' e b", ou mesmo a aresta e definida por o e o", forme ele aparece _aos ol!-io_s do __o_bservador, mas apresentam
1
ou ainda na aresta d definida por d e d". a desvanfagein- de não nos infqunar sobre as suas dimensões,
uma vez -que, no caso geral, nenhuma das dimensões. estará
É fundamental observar a peça de "lado", e toda a atençã~ deve
.representada em yerdadeira grandeza.
concentrar-se na leitura da vista lateral esquerda. Aqut ta~- FIGURA 6.34 Perspectiva explodida de um conjunto de três peças.
bém se verifica a existência ele uma aresta delimitando dots Alguns programas de CAD 3D permitem a representação em
planos distintos. J projeção central mediante a definição da localização do ob-.
B' A' servador (ou câmara), direção de observação e ângulo de vi-
Não é, no entanto, ainda possível conhecer nada de concreto.
É impreterível O relacionamento das vistas duas a duas e em FIGURA 6.29 Identificação de uma aresta.
conjunto.
Assim, 0 relacionamento da vista lateral e da~ v~sta princip~l
permite identificar, por correspondência, o vertice /B a parttr
· - s B" e B 11' (Figura 6 •28) • De modo
. . analogo, . po-
d as proJeçoe .
der-se-ia induzir a existência das arestas defmidas pelas p101e-
~ li Ili [li [Ili
çoese,e, •
· mento duas a duas das vistas apresentadas foi
D o reaciona
1
possível constatar apenas a existência de dois _pl~nos difer:n-
tes visíveis a partir de cada uma das vistas. Foi amda poss1vel
(o ~ue apesar de tudo nem sempre acontece por excesso de
hipóteses) identificar duas projeções dos vértices A e B.
Repare-se, no entanto, que, dest~s vértices, a necessidade ~e
conhecer três projeções (duas vistas, e portanto duas pro!e-
- ~ao são suficientes) implica obrigatoriamente o relacio-
çoes, n . . d _ .
namento e por conseguinte a leitura coniunta as tres proje- FIGURA 6.30 Visualização da peça da Figura 6.25.
FIGURA 6.32 Projeção central de um cubo. FIGURA 6.35 Perspectiva explodida de um conjunto biela-pistão.
ções. É desse relacionamento (Figura 6.28) que resulta uma
Perspectivas 111
110 ~Capítulo Sefa·
6.10 APLICAÇÕES EM CAD Muito mais interessante é a construção de modelos tridimen- PALAVRAS-CHAVE
sionais que, depois de construídos, podem ser rodados em
O uso de CAD é, como sempre, vantajoso na construção de qualquer eixo, mostrando a perspectiva mais conveniente. construção perspectiva trimétrica
perspectivas. Alguns programas de CAD permitem construir cortes em perspectiva perspectiva explodida
perspectivas isométricas a duas dimensões usando algumas A maior parte dos programas dá ainda a possibilidade de cons- projeção cavaleira
cotagem de perspectivas
ferramentas de ajuda para os ângulos isométricos, como o truir o modelo em estrutura de arame e, posteriormente, fazer projeção central
eixos isométricos
paralelismo ou a perpendicularidade ao longo dos eixos iso- uma representação fotorrealista desse modelo, acrescentando- projeção de gabinete
isométrica
métricos. Podem ainda ajudar muito na construção de círcu- lhe cor, texturas, luz e sombras. A Figura 6.36 mostra alguns
perspectiva bimétrica
los em perspectiva isométrica, desenhando automaticamente dos vários modos de representar um objeto tridimensional em
o círculo Projetado como elipse no plano isométrico que se perspectiva.
pretende, bastando para isso fornecer o centro do círculo e
seu raio ou diâmetro. Contudo; como o desenho é bidimensi- A obtenção de perspectivas explodidas é também automáti- EXERCÍCIOS PROPOSTOS
onal,' a perspectiva fica "estática", não se podendo rodar para ca em conjuntos de peças modelados e montados a três di-
ser visualizada de outros ângulos. mensões. p6.1 - Construa a perspectivaQsométric~e a perspectiva ca-
valeira dos objetos representados por três projeções ortogo-
nais na Figura 6.37.
FIGURA 6.36 Várias representações tridimensionais de um objeto: estrutura de arame, usando sombras e texturas, e perspectiva isométrica.
REVISÃO DE CONHECIMENTOS
1. Quais são as diferenças entre projeções oblíquas, ortogo- 5. Qual é a diferença entre as perspectivas isométricas real e
nais e centrais? simplificada?
2. Por que é que a perspectiva isométrica é mais usada em 6. Corno se deve medir e representar ângulos em perspectiva
desenho técnico de engenharia que a perspectiva central? isométrica? --
3. Um círculo é representado, em perspectiva isométrica, por {j) Qual é a diferença entre a projeção cavaleira e a projeção
GCSJ H: lfr4°
' '
CONSULTAS RECOMENDADAS
• French, T.E., Vierck, C.J. e Foster, R.J., • ISO 5456:4,1996, Technical drawings - Projection Methodsc -
Engineering Drawing and Graphic Tech- Central Projection. FIGURA 6.37 Exercício de representação de perspectivas isométrica e cavaleira.
nology. McGraw-Hill, 14' Ed., 1993. • ISO 10209-2:1993, Technical product documentation - Vo-
,. Giesecke, F.E., Mitchell, A., Spencer, H.C., cabulary: Terms Relating to Projection Methods.
Hill, 1.1., Dygdon, J.T., Novak, J.E. e • Endereço eletrônico da revista Machine
Lockhart, S., Modem Graphics Communication. Prentice Design, com um link, CYBERCAD, onde
Hall, 1998. podem ser vistos desenhos de elementos
70 90
42
1
--•--
1
30
10 30 30 60
_1Q 40
64 10 64
4X020
---{D- ~
1
87,5
40
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49,8 87,6
-+-1--i
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FIGURA 6.38 Exercícios de representação de perspectivas. 1 1 1
l I 1 1
45
40
15
10 20
1
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5 20 50
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30
COTAGEM
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40 12
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20
1s OBJETIVOS
---'------------------------------
Após estudar este capítulo, o leitor deverá estar apto a:
• Usar a cotagem para indicar a forma e a localização dos elementos de uma peça;
• Selecionar criteriosamente as cotas a serem inscritas no desenho, tendo em conta
as funções da peça e os processos de fabricação;
111
Escolher adequadamente a vista onde a cota deve ser inscrita, assim· como sua
orientação;
37 040 13 -• 20
3)
preto.
Dimensão dos caracteres. As cotas devem ser apresenta-
[.--=----,45 ERRADO
~
CORRETO
,_4é_
- - 4) Não pode ser omitida nenhuma cota necessária para a de-
!\\ finição da peça.
L_ _bi!]ha de c_o_IB____ _ _
18 Â1 8 5) Os elementos devem ser cotados preferencialmente na vis-
ta que dá mais informação1ém relação à sua forma ou à
sua localização (Figura 7.5). FIGURA 7.6 Algumas regras para as linhas de cota.
FIGURA 7.1 Elementos da cotagem. FIGURA 7.3 Cotagem: setas e pontos.
120 Capítulo Sete Cotagem 121
100 0300
0275
0 250
-
quando as linhas de eixo separam os algarismos da cota
-~-
(FigDra 7.12), sendo contornada "puxando-se" os alga-
rismos para a esquerda ou para a di;eita da linha. 20 8
13) Num desenho, devem ser usadas sempre as mesmas uni-
INCORRETO CORRETO
dades, em geral milímetros. As unidades não são indica- 2
FIGURA 7.8 Localização das cotas em relação às vistas. das nas cotas, podendo ser indicadas no campo apropri-
FIGURA 7.14 Cotas abaixo da linha de cota.
ado da legenda, de forma a evitar más interpretações.
Quando é necessário indicar outro tipo de unidades, por
9) Cada elemento deve ser cotado apenas uma vez, indepen-
exemplo um binário ou pressão, as unidades devem, obri-
dentemente do número de vistas da peça (Figura 7.9). 7.4.1 Orientação das Cotas
gatoriamente, ser indicadas.
10) Em casos especiais, principalmente em fases intermediá-
14) As cotas podem ser indicadas junto a uma das setas e a
rias de fabricação, podem ser inscritas cotas auxiliares, As_ cota_s __sl~.v~_.gI_ ~-~r _9üentaclas _s_~mpre- em relação à legenda
linha de cota interrompida, de modo a evitar linhas de cota
entre parêntesis (ver parágrafo 7.6.5). . da folha de desenfio (Figura 7.15), de tal modo que sejam
longas, ou eventuais cruzamentos de linhas (Figura 7.13).
licl,as em duas direções perpendiculares entre si, a partir do
FIGURA 7.17 Orientação de cotas angulares.
canto inferior direito da folha.
100
Os valores de cotas oblíquas devem ser indicados de acordo
com a Figura 7.16. Na zona sombreada, embora permitido
pela norma ISO ·129, não é recomendado colocar cotas. 7.'5 COTAGEM DOS ELEMENTOS
As cotas angulares devem ser orientadas de acordo com a Fim A _cotag_~m dos elementos é fundamental para a definiç~o, quer
50 gura 7.17. -~~- s_~_a _form~, _ql]er da sua posição. Uma peça, por maiS cOm-
o plicada que seja, pode ser considerada como um conjunto de
~
elementos básicos, para os quais existem regras ele cotagem
bem definidas 1 apresentadas nesta seção. Alguns dos elemen-
FIGURA 7.11 Inscrição das cotas nos desenhos na horizontal. tos básicos são: prismas, cilindros, cones, pirâmides, esferas
etc., exteriores ou interiores. Por exemplo, um eixo é um ele-
o mento exterior; um furo é um elemento interior.
20 ro
concordâncias têm raio 2, com exceção das indicadas explici- l---------___2Q_Q__ _ _ _ _ _ _ _~-,i
tamente nos desenhos. 150
o o
diâmetro, o respectivo símbolo pode ser omitido por ser evi- FIGURA 7.22 Cotagem de posição. tuações, por uma questão de clareza e legibilidade, não colo-
dente que é uma circunferência. A norma ISO 129 é omissa
car as cotas ao meio da linha de cota (Figura 7.25).
neste aspecto. No caso de o diâmetro ser indicado na outra
vista, então é obrigatória sua indicação.
Os furos devem ser sempre cotados utilizando-se o valor do
7.5.2 Cotagem de Posição
1
diâmetro e não o do raio. Uma das razões para tal é que as A cotagem de posição diz respeito à locªli~.'.:!_Ç~O dos diferen- ____,.
oo 1
brocas são catalogadas de acordo com seus diâmetros (ex.: tes elerriéntos··na peça, sendO essencial para a_ fabfiCãÇáo. Deve ~
o 100 200 300
broca 6 mm, em que 6 é o valor do diâmetro). ser sempre indicada relativamente a detalhes, elementos ou FIGURA 7.26 Cotagem em paralelo com linhas de cota sobrepostas.
Na Figura 7.20 ilustra-se a cotagem de elementos de forma arestas de referência, a partir dos quais as dimensões ou dis-
piramidal e cônica. tâncias possam ser medidas. Na Figura 7.22 apresentam-se o
exemplos da cotagem de posição de elementos. - ;' pio de aplicação desta técnica, para a mesma situação apre-
Na cotagem de arcos, apenas é usada uma seta que toca o arco sentada na cotagem em paralelo.
a ser cotado. A linha de cota deve estar orientada segundo a 150 20 80 100 Nesta forma de cotagem, as cotas podem ser orientadas na
direção que liga ao seu centro, partindo ou não do centro. 7.5.3 Boleados e Con.cordãndas vertical ou na horizontal.
Quando o centro está a uma distância relativamente curta do FIGURA 7.23 Cotagem em série.
Quando uma peça possui as arestas e concordâncias arredon- A cotagem com linhas de cota sobrepostas, também pode ser
arco, a linha de cota parte do centro e liga-se à superfície. dadas, o que pode ser devido·, por exemplo, ao processo de útil em situações de cotagem em duas direções, tal como apre-
Quando o centro está a uma distância grande, a linha de cota
fabricação (como a fundição), pode-se colocar junto à legen- sentado na Figura 7.27.
aponta na direção do centro fictício. O centro do arco só deve da uma indicação geral do tipo.
ser indicado se for imprescindível na construção do arco. Na
Figura 7.21 apresentam-se algumas situações de cotagem de Boleados e concordâncias 12
arcos. significando que todos os boleados (arestas arredondadas) e
_"º ---------~-º--~
25
20
i---=---
50
75 g
J_-#- 1 1
o
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FIGURA 7.24 Cotagem em paralelo.
1-~---~MI
1,,,:y-.,:zp- '
'
35
7.6.3 Cotagem em Paralelo com Linhas T
-·-~
rr .
1 !
1
1
•
1
de Cota Sobrepostas
Uma variante da cotagem em paralelo, e que pode ser consi-
derada uma simplificação desta, é a cotagem com linhas de
- _' +--·-1# 1·-7r ~-
'
oé-+-L--_____)__----+-___j!__-j----+--'
1 '1 ~
1 1
-© FuroNº. X y Diâmetro
1 1 20 170 20
2 20 20 15
FIGURA 7.33 Cotagem de elementos repetidos numa direção.
1
3 60 130 12
1
4 60 60 15 ~--1+- ""
0
5 110 90 30
1
6 140 170 20 a utilização de um dos dois métodos do lado esquerdo. Nos
7 140 20 15 casos à direita na mesma figura, a seta deve, obrigatoriamen- 30"
1 8 170 90 30 te, apontar para o centro do furo.
9 210 170 20
1
A mesma técnica pode ser usada para elementos dispostos FIGURA 7 .36 Cotagem de chanfros.
>-1
-$2___ _ 10 210 20 15
radialmente, tal como no exemplo da Figura 7.34.
Quando se repetem elementos numa peça, mas de uma for-
---2X45º
0---jf-----------------------~ ma não uniforme ou progressiva, pode ser usada uma técnica
de identificação dos elementos, designada por cotagem de
elementos repetidos por referência (Figura 7 .35). Na vista, os "'
elementos são identificados por uma letra maiúscula, e junto 0
FIGURA 7.28 Cotagem por coordenadas.
a esta ou numa tabela adjacente são indicadas as suas carac-
terísticas. Note-se que as linhas de referência podem ser omi-
tidas.
7.6.4 Cotagem pot· Coordenadas
A cotagem por coordenadas é ~sa~la quando na: peça existem
51!
diversos elementos de forma e/ou dimensões idênticas. Neste
critério de cotagem 1 constrói-se uma tabela com as cotas de
posição dos elementos e respectivas dimensões, tal como in-
~- 2X45º
1
1 qJi.º q;1-º
A Evitar
-+-·+-~0_10_
Recomendado
FIGURA 7.46 Cotagem de perspectivas. DESACONSELHADO DESACONSELHADO RECOMENDADO
FIGURA 7.44 Cotagem de linhas invisíveis.
FIGURA 7.41 Cotas em meias vistas.
128 Capítulo Sete Cotagem 129
referência termina no contorno da peça, usa-se como tenni- APIJCAÇÕES EM CAD elas peças, devendo o projetista ter todo o cuidado neste as-
nação da linha uma seta; quando termina no interior da peça 1 pecto particular.
usa-se um ponto. programas de CAD 3D paramétricos permitem importar Na Figura 7.53, apresenta-se o desenho de conjunto do mo-
para os desenhos muitas das cotas usadas na tor de modelismo que foi apresentado na Figura 7.47, execu-
modelação sólida. Todavia, nem sempre as cotas usadas para tado em Solíd Edge. Na Figura 7.54 apresenta-se a cotagem
7.8 SELEÇÃO DAS COTAS a construção dos sólidos são c1s cotas necessárias à fabricação do bloco do motor.
Os processos de fabricação desempenham um papel impor-
tante na seleção das cotas a serem inscritas num desenho. Um
desenho enviado para a produção mostra a peça na sua for-
ma final e deve conter, obrigatoriamente, toda a informação
necessária, e sem ambigüidades, para a sua fabricação. Assim
sendo, durante o projeto e a elaboração cios desenhos, o proje-
tista e o desenhista devem ter em mente os processos ele fa-
bricação a serem usados e a função da peça no conjunto onde
vai ser montada. Não faz sentido definir cotas em relação a
superfícies às quais o trabalhador não consegue ter acesso,
ou tendo acesso não consegue medir as distâncias com rigor
FIGURA 7.48 Motor de modelismo: montagem da tampa no bloco.
e exatidão.
No entanto, o papel crucial na seleção das cotas está relacio- '"'" lillllllll
,~,
ii,Ho~oln l<OUIMI
1, ..111,11
'º"'1'1111
lllfü·II
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111,1;1
...... '"'"''
da peça (Figura 7.51). Quando_µ_ma cota nâo._é essendaLpara
ç1.__ função da peça denomina-se cota não-funcional.
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1
Cota Ajustamento - -
30 20
7.7.7 Linhas de Referência e Anotações
FIGURA 7.51 Cotas funcionais.
As linhas de referência são linhas auxiliares usadas na cotagem
que permitem inscrever anotações, ou os números de referên-
cia, no caso de desenhos de conjunto. Na Figura 7.50, apre-
senta-se um exemplo da sua aplicação. Quando a linha de 52
8
- -
30
o
N
200
se que, no caso de arcos, quando não exista ambigüidade
Outra das grandes vantagens dos p1~o~ramas ele CAD, 3D~:
é usual omitir a quantidade. . _
que qualquer alteração elo modelo sohdo, durante~ ~s suces- D. As cotas são normalmente algarismos inteiros. A prec1sao
sivas iterações do projeto, conduz à alteração automatica, q~er da cota é definida pela tolerância e nunca pelo valor da
da geometria, quer das cotas elas peç~s. Na Fi~ra 7~55 t~- cota. Este é um erro típico em CAD, que resulta de o pro- o
m
dica-se um exemplo do respectivo aviso no p1ograma Solid
grama) pm. 01n1ssao)
. ,- usar v'ilores
~
decimais
. . / nas
. cotas.
Edge. E. Deve-se evitar a cotagem de linhas mv1s1ve!s. .
e •
F. A cotagem d e 1u1os d e ve ·ser feita em relaçao ao seu eixo.
d /
Por outro lado) o controle dimensional da peça aca6 a a e
7.10 EXEMPLO DE.APLICAÇÃO E FIGURA 7.57 Exemplo de aplicação e discussão: cotagem correta.
feito relativamente ao seu contorno. .
DISCUSSÃO G. O símbolo de diâmetro só é obrigatório nas vistas em que
Na Figura 7.56 apresenta-se um exemplo no qual ~ão c~i:ne- não seja clara a simetria axial do elerr:ento cotado. . .
, .
tidos alguns erros t1ptcos • t
em co agem. Estes erros ) 1dent1f1ca-
H. A posição do arco fica definida a partir das cotas totais da REVISÃO DE CONHECIMENTOS
dos por balões> são os seguintes: ~- - ,
I Quando um furo e um arco têm um centro comum, nao e 1. Podem ser usados traços a 45º como terminações das li- 7. Na cotagem de furos ou de elementos de seção circular
A. Os elementos devem ser cotados) preferen~ial~ente1 na vista · necessária a cotagem d e pos1çao
· - d o fu 1•o ) ficando esta de- nhas de cota? é obrigatória a indicação do símbolo de diâmetro?
em que é visível sua forma, ou sua local~zaç~o. ~ventu,~1- finida pelo raio do arco. / . . . 2. Qual a diferença entre cotagem de forma e cotagem de 8. Em que situações podem ocorrer crnzamentos de linhas
e modo a evitar uma excessiva concentraçao J. Cota redundante. A posição dos furos esta defm1da em ie-
men t e 1 e d d . posição? de cota e de chamada?
de cotas nalgumas vistas, estas situações po em ser acei- lação às extremidades. , , , 3. Quais as principais regras para a escolha da vista onde 9. As cotas podem não ser paralelas à linha de cota?
táveis. K. Furos ou elementos circulares devem ser cotados como deve ser cotado um elemento ou detalhe da peça? 10. O que você entende por cotagem em série? E por cotagem
B. Na cotagem em série) estando especificada a cota ~o~al (o diâmetros e não como raios. 4. Numa vista interrompida, as linhas de cota são interrom- em paralelo?
que e, essenc1a
,· l) deve-se omitir uma das cotas parciais.. /
Na Figura 7.57 apresenta-se a peça da Figura 7.56 correta- pidas? 11. Diga em que situações é recomendada a cotagem por
C. Na cotagem de elementos repetidos, apenas um deles e S. O valor da cota depende da escala do desenho? coordenadas.
mente cotada.
cota d o, send o l·ndi'cada a quantidade antes da cota. Note- 6. O que você entende por cota funcional? 12. Como se indicam cotas fora de escala?
CONSULTAS RECOMENDADAS
• Bertoline, G.R., Wiebe, E.N., Miller, C.L. • ISO 1660:1987 Technical drawings - Dimensioning and
e Nasman, L.O., Technical Graphics Com- tolerancing of profiles.
munication. Irwin Graphics Series, 1995. • ISO 3040:1990 Technical drawings - Dimensioning and
• Giesecke, F.E., Mitchell, A, Spencer) H.C., tolerancing: Cones.
@ Hill, I.L., Dygdon, J.T. e Novak, ].E., Te- • ISO 10579:1993 Technical drawings - Dimensioning and
------ chnica/ Drawing. Frentice Hall, 11' Ed., 1999. tolerancing: Non-rigid parts.
• ISO 129: 1985 Technical drawings - Dimen- • NBR 10126 Cotagem em Desenho Téc-
sioning: General principles, definitions, me- nico
thods of execution and special indications. • Endereço eletrônico do Instituto Portu-
• ISO/CD 129-2 Technical drawings - Dimen- guês da Qualidade (IPQ)-www.ipq.pt/
sioning - Part 2: Mechanical engineering. • Endereço eletrônico da International
• ISO 1119:1998 Geometrical Product Specifications (GPS) - Organization for Standardization (ISO)-www.iso.ch
' Series of conical tapers and taper angles.
®
PALAVRAS-CHAVE
anotações cotagem de posição
cota cotagem em paralelo
cotagem de forma cotagem em série
FIGURA 7.56 Exemplo de aplicação e discussão: cotagem com incorreções.
132 Capítulo Sete Cotagem 133
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
P7.l - Usando o fonnato A4, cote as peças indicadas na Figura P7.3 - Cote as peças indicadas na Figaua 4.65 usando a esca-
7.58 em uma escala adequada. Obtenha as dimensões das pe- la da figura.
ças usando uma régua e com base na escala lateral indicada. P7.4 - Cote as peças indicadas na Figura 5-39 usando uma
P7.2 - Cote as peças indicadas na Figut·a 4.64 em uma escala escala adequada à sua representação em papel de formato
adequada à sua representação em papel de formato A4 ou A3. A4.
_A_ _, ,
o
g
A
•I
- N~ Figura 7.60 há uma representação ERRADA de um seja representado o desenho correto do eixo incluindo sua
. ~ e~o é simétrico e as medidas apresentadas são ape- cotagem e detalhes relevantes (detalhes, seções, etc.).
mdtcatlvas dos "comprimentos das linhas". Pretende-se que
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8.1 INTRODUÇÃO cessas de desenvolvimento de acordo com os desígnios legí- Note-se, no entanto, que um levantamento para a representa- observador - a partir dos pontos obtidos, seja através de
timos das populações que nele habitam, mas preservando ção de uma dada porção de terreno pode ser entendido de teodolito, seja por GPS.
A amplitude dos domínios de aplicação da representação gráfi- valores ele identidade e de memória em aiticulaçào com o equi- modo independente do território em que se insere. O próprio
ca no âmbito cios conceitos da geometria e, em particular, do O sistema GPS é basicamente um sistema de navegação cons-
líbrio natural que o sustém. ponto de referência em relação ao qual se estabelecem as
desenho técnico é inerente à realização humana e não tem li- tituído por vinte e quatro satélites e respectivas estações ter-
coordenadas de todos os outros pontos a serem identificados
mites. Está neste âmbito a aplicação do desenho técnico na in- O território é, pois, objeto ele escalas de análise diversas, de restres de monitoração ela precisão das suas órbitas, para de-
com vista à determinação e representação ela configuração de
tervenção no espaço em que vivemos, no sentido da sua confi- decisões de uso, no sentido do geral para o particular, visan- terminaçào do seu posicionamento, havendo atualmente cin-
urna dada porção de terreno, ou mesmo uma parcela de terri-
guração e sucessiva readaptação aos nossos desígnios de âmbi- do às sucessivas intervenções no terreno. A estes processos co estações em diferentes locais do mundo.
tório, pode ser considerado um ponto de cota qualquer (por
to funcional e estético, este último tantas vezes negligenciado. são inerentes o registro e a comunicação por recurso a aspec-
exemplo) e origem de um referencial para todos os outros O funcionamento dos sistemas GPS é baseado na triangulação
to::. específicos do desenho técnico, notadamente as p:s:ojeções
Desde a análise dos modos de intervenção nos solos, de acor- pontos. entre sinais emitidos pelos satélites. Para a leitura e identifica-
cotadas e a sua aplicação no âmbito ela topografia e da car-
do com interesses e condicionamentos diversos, até o estabe- ção da posição de um ponto da Terra, num dado sistema de
togt•afia. Mais recentemente o uso da tecnologia elos siste- Para esse efeito, utilizam-se aparelhos de medida próprios
coordenadas, o usuário deve ser portador de um dispositivo
lecimento e ação elas próprias inte1venções ao longo de todas ma.Ili de informação geográfica, que aqui também se intro- (teodolitos - Figura 8.1) que permitem medir o ângulo e a
as fases da sua execução, sucessivos conjuntos de peças são conhecido como receptor GPS. Na operação de triangulação,
duz, constitui a metodologia indispensável ao registro, comuni- distância dos pontos considerados notáveis para a configura-
desenhados, concebidos e executados segundo regras capa- o receptor GPS recebe medidas ele distâncias em relação aos
cação e apoio à decisão sobre os usos do solo, que constitui ção do terreno relativamente ao ponto de referência.
zes de lhes conferir o inequívoco poder de comunicação que satélites cio sistema GPS (Figu.t·a 8.3 a), através da velocidade
o domínio do planejamento regional e urbano e, em parti- de sinais de rádio.
os determinam. A colocação de uma régua (mira) sobre o ponto desejado per-
cular, o conjunto de peças desenhadas, constituindo um todo
mite ler sua altura (sua cota) através da diferença de cotas
Neste capítulo, apresenta-se o desenho técnico e, em especi- coerente - o projeto de urbanização. Os receptores podem ser de diferentes tipos (Figu:t"a 8.3 b e
(altimétricas) entre o ponto-estação (ponto ele colocação do c), segundo as aplicações a que se destinam, por sua vez fun-
al, a leitura e representação de projeções geométricas planas Faz-se necessário o projeto de infra-estruturas, que inclui teodolito e inicialmente identificado) e o ponto desejado (Fi-
(ver Capítulo 4), nas vertentes da arquitetura e ela engenharia ção da precisão, ele mais ou menos funcionalidades associa-
os traçados das redes viárias e infra-estruturas ele transportes 1 gura 8.2). A esta ação corresponde o chamado levantamento
civil, associadas ao planejamento regional e urbano, desenho das e, por conseguinte dos custos. O seu princípio de funcio-
das redes de abastecimento de água e das redes ele drenagem de um ponto por generalização, o levantamento do terreno.
de infra-estruturas e sua implantação no terreno. namento baseia-se num cálculo de distâncias: suponha-se que
e da respectiva implantação de obras no terreno. Estando devidamente anotadas as leituras em uma ou mais a distância de um receptor em relação a um satélite seja de
Com efeito, é fundamentalmente aos domínios ela arquitetura sessões ele campo, o uso de cálculos de natureza trigonomé- 18.000 lan. O receptor estará no lugar geométrico de todos os
e da engenharia civil que compete a concepção, o estudo e a t:rica permite determinar a posição relativa e as cotas para to-
8.2 REPRESENTAÇÃO DO TERRENO: pontos do espaço situados a 18.000 km 1 isto é, a superfície de
execução da transformação da configuração dos espaços em dos os pontos "notáveis" do terreno, à luz da teoria elas proje- uma esfera centrada nesse satélite, com 18.000 km de raio. Se 1
que se pretende viver, ~ que envolv~ um longo processo de INTRODUÇÃO À TOPOGRAFIA ções cotadas. de modo análogo, for medida a distância em relação a outro
atividades e de profissões inerentes, cuja comunicabilidade é satélite e se verificar, por exemplo, que foi de 16.000 km, isto
A necessidade e o intuito de intervenção no espaço natural Recentemente, tornou-se freqüente o levantamento de coor-
simplesmente indispensáveL significa que o receptor estará na região de interseção destas
no sentido de se proceder à sua adaptação às condições e denadas por GPS ( Glohal Positíoning System). Trata-se de um
O modo de adaptação de um espaço natural a uma popula- desígnios ela existência humana, segundo critérios variáveis dispositivo de leitura de coordenadas de pontos a partir de duas esferas (Figura 8.3 d).
ção ele indivíduos que devam viver segundo critérios de habi- confonne os objetivos de ocupação elo solo, implica, funda- comunicação através de satélites instalados para este fim por Caso se meça a distância a um terceiro satélite, e se detennine
tação, conforto, segurança e identidade; a instalação de uma mentalmente, conhecer e representar a situação existente. consórcios internacionais públicos e privados, incluindo os que é, por exemplo, ele 14.000 lan, tal situação restringe a
zona industrial e a sua articulação com os demais tecidos ur- próprios fabricantes de receptores GPS.
Num sentido geral, trata-se de conhecer a •configuração do posição do receptor aos dois pontos em que a terceirn esfera
banos, ou, simplesmente, a preservação de espaços naturais
terreno. Representá-la mediante obse1vação e medições ade- São então constituídas bases de dados de coordenadas desses faz interseção com a região ele interseção das duas anteriores
constitui uma atividade multidisciplinar, de conjugação de
quadas faz parte do âmbito ela topografi~. Basicamente, trata- pontos, dispondo-se, também, de software específico de pro- (Figura 8.3 e). Fica-se assim limitado à dete1:minação de.duas
interesses e de pontos de vista, que requer muitas ações de
se ele identificar pontos notáveis do terreno, localizados por cessamento e operação para a obtenção de formas diversas localizações possíveis para o receptor. A distância a um quar-
registro e comunicação.
coordenadas medidas em relação a uma referência previamente de representação da configuração do terreno - desde a sua to satélite elimina um dos pontos. No entanto, em geral, é
O território e o uso do solo que o constitui, como recurso li- estabelecida e de que se conhecem a cota altimétrica e as mais simples representação em planta até múltiplas represen- desnecessário, visto que dos dois pontos um deles será ine-
mitado, devem ser objetos de estudo e planejamento para uma coordenadas em relação a um ponto - marco geodésico - de tações em perspectiva, de acordo com o ponto de vista do vitavelmente impossível de ocorrer, (por exemplo, fora da
utilização equilibrada face às suas aptidões 1 permitindo pro- coordenadas conhecidas e oficialmente estabelecidas. superfície da Terra) razão por que as três leituras são sufici-
entes.
À parte aspectos altamente especializados de corr~ção de er-
ros e das precisões necessárias na medição elos tempos de
percurso das ondas de rádio, a utilização da tecnologia base-
ada em GPS para localização de veículos e de pessoas é
inquestionável. E, neste âmbito, por que não a localização de
pontos da Terra e, por conseguinte, o próprio levantamento
para a representação de terrenos, como no caso que aqui se
apresenta?
A precisão e a facilidade de utilização do receptor GPS o
justificam, tendo-se tornado o método mais eficaz para este
efeito.
Seja através do teodolito, seja por utilização de sistema GPS, a
R: Ponto de referência utilização de software específico de leitura e tratamento cios
E: Ponto-estação
P: Ponto a identificar
pontos obtidos permite a representação e geração de plantas
u: Ângulo horizontal entre o ponto de referência e o ponto desejado e cartas topográficas: O processo posterior e permanente de
[3: Ângulo vertical entre o plano de nível do aparelho e o ponto graduado na mira análise no âmbito das sucessivas fases de estudo e de execu-
a ser lido (à partida dever-se-à procurar ter~ = O).
ção das intervenções baseia-se na metodologia de projeções""
FIGURA 8.1 Teodolitos (Wild - reprodução autorizada). FIGURA 8.2 Processo tradicional de levantamento. cotadas.
138 Capítulo Oito Representação de Intervenções no Terreno em Arquitetura e Engenharia Civil 139
a) b) e)
~.
P"
Q"
Q"
FIGURA 8.3 Processo de levantamento por GPS. P"
Q P'
FIGURA 8.8 Representação em projeções cotadas do território português. Por co~vençdo, e vale para que graficamente seja de imediato re-
co~ec1do que se trata da reta de maior declive de um dado pla-
no) e usual representá-lo por dois traços próximos (Figura 8.14).
Cabe aqui fazer um breve comentário à denominação de pro-
As 1~rojeções horizontais de outras retas de nível a qualquer
8.2.1.1 Retas e planos em projeções cotadas jeções cotadas que vem sendo apresentada. FIGURA8.11 O ângulo da reta dcom a sua projeção em v0 é o maior ângulo
outra cota podem ser traçadas paralelamente ao traço horizontal
que uma reta do plano a pode estabelecer com v0 •
A representação em projeções cotadas de uma reta s, definida A idéia genérica inicial - uma dimensão muito menor que a(s) e pelo respectivo ponto graduado da reta, confor~ne a cota da
pelos pontos P e Q da (Figura 8.7), limita-se à representação outras(s)- faz prever a hipótese de que, se essa dimensão fosse reta de nível considerada (Figura 8.13 c).
de uma única projeção, tendo associados os valores das cotas o afastamento) também se poderia dispor ·de projeções "afas-
Declive da reta d (Flgum 8.12} ~om efeito) e considerando que o declive é constante) a iguais
de dois dos seus pontos (Figura 8.9). tadas" ou outra qualquer designação equivalente. No entanto)
mcrem~ntos d_a ~istância horizontal na direção definida pela
para os domínios de aplicação prática, já referidos, é "sem- d _ CotaP-CotaQ
Dado que um plano é susceptível de ser definido por três ~cspectlva proJeçao correspondem) pioporcionalmente) iguais
pre" a coordenada correspondente à cota que constitui o ob- <l - Distância PQ
pontos, não colineares (uma reta e um ponto exterior ou duas 1ncrementos da cota.
jeto de aplicação deste conceito) daí a designação de proje-
retas concorrentes), as representações apresentadas na Figu- É claro que, no caso particular de declives a 45º) os incremen-
Em projeções cotadas) a reta de maior declive é representada
ra 8.10 a e b definem um mesmo plano que, por sua vez, ção cotada.
pela sua projeção horizontal d 1 e pelas cotas de pelo menos tas segundo a direção da projeção horizontal são numerica-
contém os pontos P e Q, portanto, a reta s da Figura 8.9. dois pontos (Figura 8.12). ' ' mente iguais aos incrementos da cota.
8.2.1.2 Reta de maior declive e reta de maior
Repare na simplicidade de representação dos elementos
geométricos face à clareza pela utilização de projeções co- inclinação
tadas.
De todas as retas (direções) possíveis de definir num plano há
uma direção cujo ângulo com o plano horizontal de projeção é
o maior ângulo que uma reta desse plano pode estabelecer z
(Figura 8.11). Esta reta é a reta de maior declive do plano, é d"
perpendicular ao traço horizontal desse plano e, por conseguinte, Q"
d d
P(4,3) d
perpendicular às retas de nível (direção de nível), desse plano. Q Q Q
• R(7,0)
R(7,0)
P(4,3) P(4,3)
Q(6,2) Q(6,2)
O método geral ele interseção de planos (mesmo não sendo Para isto, bastará considerar um plano auxiliar qualquer 'IT e
Retas de maior declive determinar a interseção com cada um cios planos a e [3 dados.
(p.ex., de planos de rampa)
um método geral) é aqui perfeitamente aplicável.
a b Obtêm-se as retas r e s, a partir das quais se obtém um ponto
------------
Q da interseção pretendida.
4 4 A determinação de apenas um ponto é suficiente, dado que,
60 30
de começo, se sabe que a reta de interseção i é uma reta de
30 25
3 3 nível ele cota 36, perpendicular às retas de maior declive dos
20 planos dados (que são, por sua vez, paralelas).
40
15 10
2 2
10
Interseção de retas com planos
Planos de nível de cota 2
e de cota 3, respectivamente Mais uma vez o método geral ele interseção ele uma reta com
20
a) b) um plano, por sua vez recorrendo ao método geral da interse-
ção de planos, é aplicável.
1, 1, a) Não concorrentes
b) Concorrentes (ponto de cota 20). Assim, para deterrninar a interseção do plano a e da reta a
dados (Figura 8.20), começar-se-á por considerar o plano 'lT
FIGURA 8.15 Noçã,o de intervalo de uma reta: intervalo para a reta a de declive d 1: 11; intervalo para a reta b de declive d2 : 12 •
FIGURA 8.17 Retas em projeções cotadas. contendo a reta definido pela sua reta de maior declive.
144 Capítulo Oito Representação de Intervenções no Terreno em Arquitetura e Engenharia Civil 145
a'
i'
.
.l.--·---
~760\
60•
---------.J~
a) b)
Com efeito, basta determinar a reta a 1 paralela à reta x ele for- De fato, este plano que passa num dado ponto (domínio,
Paralelismo entre :retas e planos ma a constituir com a reta a um plano (concorrentes e, neste obviamente, do plano) é o lugar geométrico das retas perpen-
A condição ele paralelismo entre reta e plano é verificada ~uan- diculares a uma reta dada.
caso, no ponto de cota 20).
do nesse plano é possível identificar uma reta paralela a re_ta A reta de maior declive é, como se sabe, perpendicular às retas Assim, a determinação de uma reta perpendicular a outra reta
dada (paralelismo entre retas), e por isso merecem conderaçao é um problema de perpendicularidade entre reta e plano.
de nível do plano.
os seguintes dois tipos de situações:
A consideração de duas retas permitiu graduar a reta de maior
Determinar uma reta r passando por um dado ponto Q, do Perpendicularidade entre teta e plano
declive d neste caso com os pontos 5 e 10.
qual se conhece sua projeção horizontal, paralela ao plano "' o fato-de uma reta perpendicular a um plano ser perpendicu-
ct definido pela sua reta de maior declive (Figura 8.23). lar a todas as retas desse plano significa ser também perpen-
Perpendicularidade entre retas
Qualquer reta, desde que paralela a uma ret~ c:o
plano e
A determinação de uma reta perpendicular a outra reta é re-
dicular às retas de nível desse plano. Assim, verifica-se que a
passando pelo ponto dado, satisfaz esta conchçao. projeção (horizontal) de uma reta perpendicular a um plano
Determinar um plano a, contendo uma reta a dada, para- solvida reco;rendo-se à determinação de um plano perpendi-
deve ser perpendicular à projeção (horizontal) das retas de nível
lelo a uma reta x dada (Figru·a 8.24). cular à reta dada.
do plano dado. É, de resto, uma condição que seria de espe-
rar. A questão centra-se, então, na determinação do intervalo
da reta. FIGURA 8.26 Reta r perpendicular ao plano ct.
1 . 1
d =-xe 1, =-xl,0=0,4
' I 2,5
'
virá: Perpendicularidade entre planos
I e Uma vez que dois planos são perpendiculares quando um deles
_Q._ = - donde·
e Ir ' . contém uma reta perpendicular ao outro, determinar um pla-
no perpendicular a outro consiste apenas em determinar uma
2
Ir X la= e reta perpendicular ao plano. Por essa reta faz-se passar um
plano. Qualquer plano assim obtido é perpendicular ao plano
Parâ uma eqüidistância unitária, e = 1, ter-se-á então:
dado. ·
1 1
d, =tan'!'=--=-=l
tancp dª ª 8.2.2 A Representação do Terreno
60
da
n,
v,
50 "'-
• "'(
v, d a,
n, cp cp
40 no
r'
x' la 1,
a) b)
segundo a s;nsibilidacle e a experiência do topografo'.. ou ,am- lanos de nível a uma dada eqüidistância (Figura f'.t.~8 b), : dispondo-se de software ele modelação ele terrenos, a geração
da de acordo com sqftware específico nos termos refe11clo_s em :erada a representação cartográfica por curvas de nivel (F1~ e representação de curvas de nível (contours) é praticamente
8.2, procede-se ao traçado de linhas, unindo po~~os de igua~ gura 8.28 e). automática a partir da base de dados de pontos obtida através
cota - linhas de nível, também muitas vezes designadas p01 de levantamento quer por teodolito) quer por GPS.
Conforme já referido em 8.2, nos últimos anos o desenvol~i:
curvas de nível mento ele software de leitura e coleta de dados e ele represen Mais interessante) porém, não só pelas possibilidades de visu-
Estas linhas que, em princípio, correspondem~ v~lores_ de, c~ta tação topográfica, como de resto todo o domíni~ da cartogra- alização do terreno, mas sobretudo pela inclusão e interação
inteira, são representadas com uma eqüidi~tanc1a altunetnca fia, conheceu alterações radicais de metodologia. com outras aplicações e desenvolvimentos, sobretudo em es-
(ver subseção 8.2.1) previamente estabelecida. tudos e projetos de arquitetura, de engenharia civil e ambien-
tal, de hidrologia, de geologia e geotécnica, é a geração auto-
mática de um modelo 3D cio terreno, designado como DTM
(Digital Terrain Model) - Modelo Digital de Terreno) a partir
das bases de dados ele pontos.
Para este fim é gerada num processo intermediário uma ma-
lha de elementos triangulares (TIN - Triangular Irregular Net-
work), constituída por segmentos (lados dos triângulos) que
unem os pontos de cota conhecida (Figura 8.29).
Sobre os segmentos da TIN determina-se, por interpolação, em
conformidade com a resolução (detalhe), isto é, dimensão
desejada da quadrícula da malha de representação do DTM,
FIGURA 8.30 DTM [Robinson, A. et ai., Elements ofCartography, Ed. Wiley,
as cotas (coordenadas z) dos pontos da malha quadrangular,
1978].
cujas coordenadas x e y sobre o plano de projeção, dada a
regularidade da quadrícula, estão implicitamente determi-
A et ai., E/ements of Cartography, Ed, Wiley, 1978]. tíadas.
FtGURA 8.27 Conceituação dos procedimentos na representação de terrenos [in Robinson, .
Considera-se então sobre a TIN uma malha de elementos qua-
'\;qÍangulares. A geração de uma perspectiva do modelo as-
·:{~im obtida permite representações cio tipo indicado na (Fiª
>gura 8.30).
a)
50
40
30
20
e)
~
das a determinado tema (cartas de temas ambientais, por exem-
Por outro lado, a representação em planta de i~initas curvas "':>J escala em que a informação cartográfica deve ser obtida plo), sem inclusão de topografia.
de nível referentes à porção de terreno em questao, tendo em ,,'.:-?epende, como se disse, do grau de detalhe desejado, em
conta a espessura do traço, conduziri~ a ~~a mancha negra Jtmção dos fins a que essa carta se destina. Estas cartas referem-se, em geral, a grandes áreas e são elabo-
(Se fosse uma zona costeira, se podena ate Julgar tratar-se de radas por organismos oficiais, ainda que com o apoio de con-
_No entanto, o tratamento computacional de bases cartográfi-
uma maré negra.) sultoria externa especializada. Destinam-se incialmente a fins
FIGURA 8.32 Perfil do terreno segundo o alinhamento AA'. cas suscita maior clarificação do próprio conceito de escala.
específicos de interesse nacional, não obstante a possibilida-
tom efeito, parece tornar-se possível a visualização de uma de de utilização para fins particulares, e são, em geral, obtidas
:~arta em "qualquer" escala, através da utilização de funciona-
por meios mais sofisticados, sobretudo através de interpreta-
Jidades do tipo zoom, que todas as aplicações de software, neste
ção de imagem de satélite (detecção remota) e por fotografia
'-~~mínio, disponibilizam. Porém, se a quantidade de informa- aérea (fotogrametria), com posterior tratamento gráfico espe-
,"' O ou o detalhe não for adequado à visualização na escala
cializado até sua obtenção, nos modos em que é disponibili-
Jida em dado momento por zoom de ampliação, serão vis- zada como Carta.
Ol _apenas traços mais grossos e polígonos ampliados. De fato,
à quantidade de informação susceptível de ser observada
(5) · Uma maior escala não estiver contida, não é obviamente o 8.2.4 Plantas Fundiárias, Plantas de
fn que a vai fazer surgir. Localização e Plantas de
8(4,7)
B
(4)-- B' li-n, passou a fazer sentido a designação nível de detalhe, Implantação
além do conceito de escala, entendendo-se por nível de
e a quantidade e o tipo de informação adequado à visu- Dentre as escalas utilizadas com freqüência em plantas topo-
o de uma carta numa dada escala ou a escalas na sua gráficas, e já citadas na subseção 8.2.2, algumas são caracte-
ança geradas utilizando-se funcionalidades do tipo zoom. rísticas de plantas que, em princípio, se destinam a fins espe-
r_isto que, caso se disponha de uma carta 1 por exem- cíficos.
(2) - A (2,5) a escala 1:2000, isto significa que os níveiS,,de informa- É o caso das plantas de localização destinadas a identificar
A ------- A'
Contidos são os que deverão ser visíveis n~Ssa escala. o local de uma determinada inte1venção que se pretende fa-
, temente, ampliando-a para a escala 1:1000, a~ravés de zer. Constitui-se um documento capaz de identificar, em uma
.tor-de zoom de 2 vezes, passar-se-ia a dispor dessa mesma escala regional, o respectivo local do ponto de vista geográfi-
"-?'-escala 1:1000, o que de fato não é verdade, pois nes- co. Para este efeito, é vulgarmente utilizada a escala 1:25.000
b) e) ah já deveriam ser visíveis outros detalhes isto é ou- através da reprodução parcial, isto é, da zona em questão, ela
a) . eis de informação - outros níveis de detalh~ - qu~ não carta militar,
FIGORA 8.33 Rebatimento da reta de maior declive de uma porção de um terreno, entre duas curvas de nível consecutivas.
Representação de lnteruenç6es no Terreno em Arquitetura e Engenharia Civil 153
152 Capítulo Oito
entanto, adequadas à representação e estudos de implantação A idéia de perfil do te1Teno 1 segundo um dado alinhamen-
de obras específicas, tais como as estradas, obras hidráulicas, to, já referido na subseção 8.2.2, corresponde à planificação
principalmente tubulações e canais, para os quais é freqüente da superfície vertical, podendo esta inicialmente ser ou não pla-
recorrer-se às escalas 1:5000 e 1:2000 (Figut·a 8.37). na. Quando o perfil é obtido segundo o alinhamento (e não trans-
versalmente) diz-se que se trata de um perfil longitudinal.
8.2.6 Levantamento de Perfis Na Figu:t"a 8.28c representa-se o perfil do terreno a partir da
FIGURA 8.34 Reprodução parcial de carta militar do IGeoE (Escala 1: 25.000).
respectiva representação em planta; na Figura 8.286 1 segun-
Além da obtenção da representação de um terreno em planta,
do o alinhamento (ou diretri;,,;) AA'.
é quase sempre importante em estudos e projetos de arquite-
tura e de engenharia civil a representação de outros elemcn- O perfil corresponde, por assim dizer1 à representação de uma
'"'º eera ""-"
0 ·
PUBLICADA PELO INSTITUTO GEOGRÁFICO DO EXERCITO- COBE
RTURA AEROFOTOGAÁFICA DA f. A. P. !.9s gráficos referentes ao terreno. Incluem-se neste âmbito os seção. Se apresentar elementos visíveis, além da superfície
LEVANTADA, DESENHADA E '1 ~ • , ., !IA\
, ~, ~ , ) Cosa>. R,,nas All,\od,,p. To"• '°olada çlesignados perfis. vertical ele interseção que contém a diretriz, está-se perante um
Areal. Dunas
Araolm. t::sca,pado
Ctmml,.óOelàbrr.-o Pomb,I Atalola. SI~
/1\e<ro. Oosalecto ~:',;\~:;;-•; Oo~,o de ,cmOO"lial Fo,oos-d• o,O,telOa
Ta,mno p!!<:lrngoso, Pàdrnlra
\t,o ~ lie~ E,iaioodot">arnea,o F3'úl, P,ap do'º"'º'
Tenano mohoso. Aoche<loo
Oon<!o aco,;..so n milornóvals
ltyoja matti,. ls•ep, Capela Ga,z;l,o 30.60
Camlnl1os
!
Corrn\ulw
!"'"
Oe pé--poslo
-~''tº - 4~'
c,,,d•ocos,o
p7"
Momto de ,,.~nar,a,em,wíoos
caminhos
""'""' única --- ·-----= ,,__
~'5 Tuael
,,,
001euo
\ v,as: o.slrni\a: rndu-,icta; om conslrução
FIGURA 8.35 Reprodução parcial de legenda da carta militar (reprodução autorizada pelo IGeoE).
elementos existentes.
ct·f· -
em re laç ão aos limites ele outras e 1 1caçoes ou .. l menciona
Além da cartografia o f icta . d a, sa~o também utili
res
das outras plantas e, portanto, outras escalas para a rep~ .
tação de terrenos. Sem que se constituam documentos t~l
j ,,
~ -- ,
-·~,'
A
,"
' ·, \"'
Em 8 _4 será feita a ilustração da utilização destas plantas ou
à semelhança dos casos referidos na subseção 8.2.3, sao, 'i~-Â-B.37 Reprodução de parte do desenho da planta integrante de um projeto de implantação de uma conduta (escala 1 :2000 no original).
· -- s bem concretas.
cartas em s1tuaçoe
Representação de InteruençlJes no Terreno em A· rquitetura
. · ·t
• Ciut
e Engenharia 155
154 Capítulo Oito
35 / /
___ /--/
3/
A /
25 /
(
,-1
I ________________ _
34,00
N.ºdo Perfil 5
do terreno - distâncias, cotas, etc., bem como toda a informa- de metros), e segundo as escalas consideradas, deve-se admi-
FIGURA 8.38 Planta de terreno definido por curvas de nível. tir q~e a cota de referência é diferente de zero. No exemplo
ção referente à implantação da obra para cujo estudo e projeto
a determinação do perfil constitui um meio indispensável. da Figura 8.40, pode-se verificar que, mesmo na ordem de
grandeza das dezenas de metros, considerou-se a cota de re-
Assim 1 para o exemplo da Figura 8.38, em que se pretende o Na Figura 8.40, apresenta-se um exemplo de representação
corte. A superfície ou plano de seção vertical, contendo a dire- ferência 34, indicada no topo do quadro.
perfil do terreno segundo o alinhamento indicado e com uma de perfil (escala 1:1000 com sobrelevação de 50 vezes), mas
triz, é conseqüentemente perpendicular aos planos de nível.
sobrelevação de 2 vezes, são marcadas segundo x as distânci- neste caso referente ao traçado de uma conduta adutora (para Ainda no âmbito da representação de perfis, interessa citar o
Conforme se referiu na subseção 8.2.1 1 os terrenos são 1 do as entre os pontos numerados (Figura 8.39), e segundo y, os abastecimento de água a três lagos artificiais), que constitui traçado de perfis transversais. De acordo com esta designação,
ponto ele vista do desenho técnico, como que objeto cuja di- valores das cotas. A definição do perfil por traços retilíneos uma peça desenhada de um projeto. trata-se de representar perfis, transversais a um dado alinhamento.
mensão segundo uma das direções é muito menor que as resulta da situação de compromisso, já referida na seção 8.2,
Cabe aqui fazer ainda referência a um aspecto de detalhe em A representação de perfis transversais constitui uma peça de-
outras. Tal característica, que torna quase imperceptíveis as de considerar constante o valor entre curvas de nível conse-
relação à apresentação de perfis. Com efeito, sempre que a senhada fundamental e de grande utilização, principalmen·te
variações de dimensão segundo essa direção, e que justifica a cutivas segundo o alinhamento em questão. ordem de grandeza das cotas é elevada (centenas ou milhares em projetos de estradas e na representação ·de mas.
representação de terrenos com uma única projeção - a plan-
ta; recorrer ao método das projeções cotadas, torna-a, no en- De resto, com que veracidade se afirmaria uma dada configu-
ração de irregularidade para o perfil do terreno, entre duas
tanto, carente de percepção imediata no nível de uma repre-
curvas de nível, apenas com base no conhecimento dessas P = -102.447,966
sentação detalhada minimamente quantificável. P=-102.441,963
curvas? M = -94.477,966
M = -94.501,958 ":D
Não significa isto que se procure complementar a representa- n n
Em termos de apresentação fmmal como peça desenhada inte-
ção de terrenos com a vista principal ou lateral, mas tão-so-
grante de um projeto de arquitetura ou ele engenharia, conforme ~
g ""
li 11
,'o
o,'
ººoo
mente com a respectiva secção - perfil - segundo um alinha-
se verá adiante, é usual proceder-se à elaboração de um quadro;
J)"
\\ n "'g
ll 11
"
cr: ºº
g
mento que deve ser estudado com maior detalhe e para cuja ~o
oo cr: cr:
(há, por vezes, a designação de "legenda de perfil" ou "pente") g
percepção, quanto à pequena variação de dimensão altimétrica,
face à variação de dimensões em planta, se recorre em uma onde deve ficar contida toda a informação referente ao perfil 143.67
144.18 1 + 500
escala diferente (e maior, naturalmente!) segundo essa direção. 143.81
-.----··-
14 .69
~,j, 144.79 14 .20
Diz-se que se procede a uma sobrelevação de xvezes, isto é, g
14 .10
recorre-se a uma escala altimétrica (vertical) xvezes maior.do &, 4.79 "' 2.00
que a escala das distâncias (horizontal). ,,,. 144.69
l_
§
A obtenção do perfil não é, pois, mais do que um gráfico car-
10
ººo E 2,A
tesiano em que, segundo as abscissas, são marcadas as distân- "
--- --tt
,r ,r
cias em uma dada escala entre pontos do terreno de coorde-
nadas conhecidas - precisamente os pontos elo alinhamento p = - 102.465,218
Origem 6 Abscissas M = · 94.481,853
que interceptam as curvas de nível - e segundo as ordenadas 34 5
são marcadas as cot<=j-S desses pontos de acordo com uma es- FIGURA 8.41 a) Diretriz da estrada. (continua)
FIGURA 8.39 Perfil de terreno segundo o alinhamento 1-6.
cala x vezes maior.
Representação de Intervenções no Terreno em Arquitetura e Engenharia Civil 157
156 Capítulo Oito
P8
km~ 1+500
14:!:,60~ ;-- . ~
-------~o-e__~---------------~ - /
~ L - - - - - + - [- - - - ~
1
141.00
~---
T Nº
-'.
DESIGNAÇÃO
CAMADA DE DESGASTE
MATERIAL
BETÃO BETUMINOSO
,. .
,.,
(COl)
s
P7 REVEST. DE SUPERF. SIMPLES _,___ ~
km :e: 1+475 's BASE
--
CALC. DE GRANULOM. EXT.
1~
1 CAM_ADA DE SOLOS SELEC. MAT. DO TRAÇADO__ 10
'
~~~
-
LAGETAS DE BETAO
' REVESTIMENTO
~
~~
CAMADA DE FUNDAÇÃO SAIBRO
-
'
---ç
_________--'-,------~ '
'
~- ~~Ç_ÂO
BASE
LANCIL
CAL(;;. OE GRANULOM.__~~
CALCÁRIO
BETÃO
--"'-
142.00
-----=-- -
i FIGURA 8.42 Perfil transversal tipo de uma estrada.
'
1
P6 ' mente sujeita a outros modos de apresentação do ponto de sarnento de imagem conduziram ao desenvolvimento de apli-
km :e: 1+450 1 / vista gráfico (Figura 8.43 e Figura 8.44). cações específicas para processamento de informação de na-
144.80 ~ - ; : : ; ; ; ; ; ; , ~ ~ ~ - / - - - " - -
tureza espacial ou no mínimo informação associada às mais
~--~,, y 8.3 CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM
diversas bases de natureza cartográfica.
1--
f-
3,50 3,00 _J_ 3,50
J U_s_~ do solo
Topografia
:GURA 8.43 Perfil transversal de rua, num projeto de urbanização. Geologla
FIGURA 8.41 e) Fases da modelagem geométrica de implantação de estrada. (continuação)
.nlr -estrut ras
Com efeito, é através da representação de sucessivos perfis delagem geométrica dos terrenos, permite a obtenção da i · -,"1="1"11.~".'.."~=====~=~.'.,."',-.-"'11~1===,,
1
'll~~n . TillI~1
formação do tipo descrito a partir do próprio modelo geo
'
=u l r
'11= 0,15 0,15
11=
:-'jT
JJ-
vel a apresentação neste livro de uma breve introdução, con- constituir os meios e a essência de representação e comunica-
templando os conceitos fundamentais, além da referência a al- ção de inJonnação envolvendo uma componente espacial. Pontos e nós
gumas situações representativas da sua utilização. o A geodesia - domínio da matemática aplicada que obse1va
A designação Sistema de bz/ormação Geográfica foi publica- e mede grandes zonas da superfície da Terra e estabelece
da pela primeira vez em 1965 por Michael Dacey e Duane ou determina a localizaçãO exata e rigorosa de pontos na
Linhas
Marble, como sendo qualquer sistema de gestão de informa- sua superfície.
ção que possa: e A fotogrametria - método que recorre a técnicas fotográfi-
cas para observação e medição relativas à produção de car-
Receber, armazenar e disponibilizar infonnação baseada em tas, que são frequentemente utilizadas no âmbito da tecno-
localização espacial; logia de gestão da informação geográfica no sentido de es-
Identificar locais segundo a especificação de um determi- tabelecer a representação base para outros dados e infor- Polígonos
nado critério de seleção; mação de natureza especial.
Explorar as relações entre conjuntos de dados inerentes a e A enorme expansão a que se tem assistido nas comunica-
um contexto espacial; ções e, em particular, a flexibilidade nas redes de comuni-
Analisar e relacionar dados e informação como suporte a cação de dados, onde se inclui a detecção remota 1 tem per- -
tomadas de decisão sobre o espaço ou região em estudo;
•
mitido uma descentralização cada vez maior no processa- / Pixel
Facilitar a seleção e transferência de dados para modelos mento de dados.
analíticos e/ou numéricos relativos a aplicações específicas
Desta multidisciplinaridade e da sua evolução, quer no seu todo - :-H Malha ou grelha
capazes de quantificar situações alternativas;
Representar, numérica ou graficamente, parâmetros ineren- quer no âmbito de cada uma das disciplinas 1 a tecnologia dos
GIS continua em rápido desenvolvimento.
tes à zona em estudo, antes e depois de qualquer análise.
Embora a designação GIS - Geographical /11/ormation System, Não obstante a complexidade do ponto de vista tecnológico • o+ Ri * @) Símbolos
e, em particular, em termos de indústria de software dos GIS, FIGURA 8.46 Elementos gráficos de representação cartográfica.
como a tenninologia original para os Sistemas de Informação
obviamente também motivador para os autores e utilizadores
Geográfica, se tenha constituído recentemente como o termo
(ou utilizadores/autores) a julgar pela crescente oferta comer-
mais genérico e largamente utilizado, outras, sobretudo AM/
cial de produtos e novas funcionalidades GIS 1 o processo de Os elementos gráficos são georreferenciáveis através de siste- O software GIS permite a adoção de simbologia gráfica, atra-
FM - Automated Mappings/Facilities 111anagemenl, são tam-
generalização do recurso aos GIS pelas instituições não de- mas de coordenadas que podem ser do tipo caitesiano ou an- vés de diferentes tipos e espessuras de traço, cor e variação
bém freqüentes.
pende tanto ela preocupação acerca de qual o GIS a adotar, gular Oatitude, longitude), e os valores das coordenadas são de forma, em geral de acordo com a simbologia já usada nos
Embora discutível, ao longo de todo o texto considera-se a mas sim da concepção e da criação de um determinado: SIG expressos através de um dos vários sistemas de projeção. processos tradicionais de produção cartográfica, e permitem a
adoção da terminologia original GIS, já comum em todo ó como sistema de informação, da sua manutenção .e atualiza- representação de legendas e anotações recorrendo a diferen-
mundo, incluindo os países de língua não anglo-saxônica, para ção e da mútua e franca colaboração interinstitucional, no As imagens jJodem ser armazenadas sob a forma vetorial ou
raster (Figura 8.47). A forma vetorial representa os dados tes tipos de caracteres.
designar o software inerente à constituição e utilização dos sentido de reduzir a redundância de atividades e aquisição de
Sistemas de Informação Geográfica. informação, para o que também se torna importante uma co- através de coordenadas x, y, z. A forma rasteré representada Os conceitos fundamentais associados ao software de sistemas
erente e clara definição do objetivo de cada uma. malhas uniformes com uma dada resolução, através das CAD - entidade 1 bloco e camada (layeiJ - constituem uma
A abreviação em língua portuguesa SIG (Sistema de Informa- os dados são representados como posições de uma matriz autêntica reconversão metodológica e conceituai em relação
ção Geográfica) passa assim a ficar reservada ao processo de com a malha. aos conceitos e processos de representação gràfica tradicional
constituição dos Sistemas de Informação (Geográfica), propri- 8.3.1 O Conceito de Base de Dados processamento de imagens) a resolução da malha identifi- e são largamente utilizados na representação cartográfica.
amente ditos, que operam sob o software GIS. Relacional sob o Ponto de Vista dos ca-se com o pixel - a menor e indivisível imagem que pode A base de dados constituinte de um SIG tem quatro classes de
Há uma vasta quantidade de domínios tecnológicos diretamente GIS e sua Constituição ser obtida. dados não-gráficos (Figura 8.48):
relacionados e influentes no desenvolvimento dos GIS que
incluem a ciência computacional, a gestão de informação, a A constituição da base de dados, que representa a maior par-
cartografia, a gcodesia, a fotogrametria e as comunicações: cela de custos e tempo na implementação de um SIG 1 é com-
posta genericamente por múltiplos conjuntos de dados de
• Ciência computacional (computer science), que disponibi-
natureza gráfica e de natureza alfanumérica, mutuamente as-
liza a tecnologia de coleta, manipulação, arquivamento e
sociados ou ~ão, geridos pelo software GIS.
apresentação de dados. Incluem-se, o desenvolvimento do
hardware e sqftware de base (sistemas operativos e lingua- Os dados de' natureza gráfica que representam as imagens
gens de programação). cartográficas usam os seguintes tipos de elementos: pontos
e À medida que a gestão da informação evolui relativamente (pixeis e símbolos), linhas, polígonos (ou áreas) e malhas (FiM
à codificação das relações da lógica e da matemática que gura 8.46).
permitem a associação e manipulação de dados, os siste- • Pontos- Definem localizações numa carta de um modo dis-
mas GIS procuram, no seu desenvolvimento, a inclusão des- creto e para fenômenos ou situaçõés de dimensão reduzi-
tes melhoramentos. da, face à escala considerada, para serem representadas por
e A cartografia que se constitui como a metodologia e técni-
1 linhas ou áreas.
ca das disciplinas envolvidas no âmbito dos GIS, contribui • Linhas - Definem a forma de elementos de natureza geo-
com as convenções e elementos gráficos de representação gráfica em que uma dimensão é muito menor que a outra
para a obtenção de cartas. ou, por outro lado, elementos que se caracterizam por um··
Os conceitos de projeção, de sistemas de projeção e de deter- comprimento mas não por uma área.
minação de coordenadas e a apresentação gráfica através de • Polígonos - Definem figuras ou polígonos fechados que
anotações, símbolos, tipos de linhas e tipos de padrões, não identificam a forma e a localização de elementos com deM
FIGURA 8.47 Dois modos fundamentais de registro de informação gráfica: vetorial e raster.
obstante alguma evolução ao longo do tempo, continuam a terminadas características homogêneas.
160 Capítulo Oito
r
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1
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Representaçâo de Intervenções no Terreno em Arquitetura e Bngenbaria Civil
1
'
1
'
' ' Registro de atributos
'
1
Coordenadas
.
1
~-- ' -
Símbolos Tabela de alri utos (feature attribute table)
Pixeis FIGURA 8.49 Elementos constituintes de um tema: os registros das bases de dados são associados aos elementos gráficos em modo vetorial {linhas
ou polígonos).
FIGURA _ Base de dados GIS: 05 dados de natureza gráfica e os dados de natureza alfanumérica são manipulados segundo formatos adequados
8 48 , representando pontos, linhas e polígonos, e o seu relaciona- 8.3.2 Desenvolvimento e Implementação
a cada tipo de processamento. ·-_'\-{:,,:::::,_;' menta, através ela definição ele topologias, e ainda o modo de
i::t{\;> organização e ligação geográfica, é igualmente importante a
da Base de Dados SIG
, ·,-~<:;:;"descrição sobre o modo como num GIS a infom1ação de atri- A utilização de um SIG antes de qualquer operação requer
Atributos. Contêm informação descritiva acerca das caracterís-
Atributos '<fautos alfanuméricos, organizados segundo tabelas cujos regis- necessariamente a constituição de bases ele dados.
ticas dos elementos gráficos a que estão associados:
Referência geográfica ·tros são associados aos elementos de natureza geográfica, é
Índices de identificação Informação espacial. Descrevem a localização e forma dos ele- 'ô;rganizada segundo temas (Figura 8.49). Os dados de natureza gráfica e os dados de natureza alfanu-
Relações espaciais, mentos de natureza gráfica geográficai' mérica deverão 1 pela sua natureza) ser objeto de diferentes
~-S temas constituem-se como "conjuntos lógicos" de elemcn- metodologias de processamento.
permitindo escrever e quantificar a~ caract:rísticas e outras Informação descritiva. Informação acerca desses elementos. ':, de natureza geográfica apresentando características comuns
informações que se pretendam associar ou nao aos elementos Por outro lado o SIG deve ainda conter informação relativa à finidas pelo usuário (p. ex., linhas de água, uso agrícola) Os dados de natureza gráfica correspondem ~ grandes quan-
gráficos. topologia ou cÍispor de meios que permitam estabelecê-la_de'· , amentos, divisões administrativas, etc.\ que se identificam tidades ele informação, devendo, portanto, ser objeto de pro-
Cada classe compreende dados alfanuméricos que podem ser forma prontamente disponível para o conjunto de operaçoes '"fio elementos de natureza geométrica. É através dos temas cessamento próprio. A utilização de sistemas CAD no âmbito
processados quer por processos convencionais de gest~o. de características da sua utilização. e se processam as operações de análise espacial. cio desenho cartográfico é a situação mais freqüente.
base de dados, quer diretamente> em ambiente (carto)graf1co, Na seqüência da representaçào dos elementos de nature~ ,- : âmbito do conceito de tema) interessa ainda considerar a Este aspecto corresponde, em geral, à conversão de cartas
pelo próprio GIS. geométrica, através de coordenadas e relações de topolog1à ·nição de classe de um tema que determina o tipo de ele- existentes para formato digital (Figura 8.50) ou à obtenção
é estabelecida a ligação entre os elementos de natureza ?eo tos de natureza (geo)gráfica, que o constituem. de novos conjuntos de cartas a partir ele fotografia aérea (Fi-
A possibilidade de os GIS recorrerem ao "conh~cimento" so-
métrica e os correspondentes registros de atributos a partir gura 8.51) ou de dados de campo.
bre as relações de topologia constitui uma das diferenças fun- <bertura define-se ainda como contendo os atributos refe-
damentais em relação a outros sistemas de desenho e proces- qual é então possível questionar uma carta no sentido de apr_,_-,,
sentar graficamente a informação atribuída ou permitir a con a um tema e a informação de natureza geográfica refe-
samento de imagens. à localização. As coberturas "guardam" elementos de
trução de uma carta temática segundo um dado item da b
Uma base de dados alfanumérica, cujos registros estejam as- za cartográfica tais como pontos, linhas e polígonos. Os
de dados associada.
sociados aos diversos elementos gráficos de uma base de na- tos destes elementos, tais como o nome do elemento, o
tureza cartográfica) com que se identificam - um rio com uma
o estabelecimento de uma base de informação de nature_ :}o de representação a classificação bem como quaisquer
espacial - SIG - constitui a essência das capacidades dos G :: :~ atributos para cada elemento, são descritos e "guarda-
linha, uma parcela cadastral ou lote com um polígono, uma
casa com um símbolo ou um ponto, etc., por sua vez Um modelo de dados desta natureza é freqüentemente de_ ,,, :é·m tabelas de atributos dos elementos (jeature attrihu.te
identificadores do local em que se situam, através das suas nado -modelo georrelacionado) destinado a manter a liga
coordenadas segundo um dado sistema de projeçào - consti- entre elementos de natureza geográfica e informação desct
las de atributos de elementos constituem bases de da-
tui uma base de dados georrE;/erenciada. va (alfanumérica). cíficas. Quando estes atributos são necessários para
Para a constituição de um SIG, interessa considerar: o conceito relacional pode, no entanto) constituir um de cartas principalmente na representação de títulos
de não só estabelecer e manter elementos gráficos e atrib das, marcas ou quaisquer outros símbolos, são aces-
Índices de identificação. Podem constituir o item de seleção 1
mas usar um item comum para estabelecer ligações tem artir das tabelas de atributos dos elementos (p. ex.,
relacionamento e apresentação da base de dados a que se
rias ou permanentes entre registros correspondentes a ertura referente a curvas de nível é rotulada com as
referem.
tabelas. ;~,:cada curva). Por conseguinte, uma cobertura contém
Relações espaciais. Referem-se à to_pologia, i~to Aé, :w mod? Além do modo como se estabelece o registro de dadq'". --~/dados referentes a localizações como os atributos de
FIGURA 8.50 Obtenção de plantas em modo rasteratravés de digitalização
por scanner de plantas existentes e vetorização e hierarquização segundo
como as entidades gráficas se relacionam (adpcencta) proxi- émento na cobertura.
natureza espacial) através de séries de pares de coorde /ayers sobre imagens em modo raster.
midade) conectividade).
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - \i
j
162 Capítulo Oito Representação de Interuençàes no Terreno em Arquitetura e Engenharia Civil 163
designadamente devido a sucessivas ações ele ordem adminis- os.1.,;! li;.ifi:In. EANDErRPJ s·:rtiTP.A··-
1 ... ,
118 i PEDRO VIRIATO! C.•.BR!!LP.
trativa, à evolução dos processos naturais ou, ainda, devido à , .. ..,-..........
,, ,,' '
intervenção na configuraÇ10 dos espaços, etc. Nestes termos i:.?:.J.:REDE!HCO
A conversão a partir de cartas existentes corresponde normal-
mente a um processo inicial de digitalização por scanner, deverão ser acrescentados, modificados ou eliminados clados,
obtendo-se uma imagem em modo raster. Em seguida, proce- à medida que as condições variam, no sentido de manter a
de-se, sobre essa imagem 1 ao desenho em modo vetorial base de dados atualizada - condição ele validade ela sua utili-
(vctorização) dos elementos gráficos desejados, constituindo- zação.
se como entidades a que serão depois associados registros da
Este processo de permanente atualização pode ainda reque-
base de dados alfanumérica que, conjuntamente com a base
rer a transferência de informação a partir de outros sistemas e FIGURA 8.53 Tipo de ambiente de utilização das componentes (carto)gráfica e alfanumérica de um SIG.
cartográfica assim obtida, constituirá o sistema de informação
a captura ou geração ele dados a partir de fontes menos con-
geográfica sobre o qual os processos de acesso, análise e
vencionais.
operação, nos termos descritos, passam a estar disponíveis.
Normalmente, o desenho dos elementos gráficos pode ser
O caráter global que um SIG poderá e deverá assumir e a pos- Tipos de Dados e Constituição de Em seguida, deve ser incluída a informação topográfica e
sibilidade de compartilhamento, quer na utilização, quer na planimétrica, em geral obtida por fotogrametria e, depois, todo
através de funçôes do tipo CAD, que podem estar incluídas SIG
atualização por diferentes organismos e instituições, impõe o o tipo restante de dados - administrativo ou jurídico, infra-
no próprio software GIS ou ser feito em sistema CAD (Figura
estabelecimento de uma hierarquia de gestão e autorização no As bases de dados SIG contêm diversos tipos ele dados de na- estruturas e elementos físicos naturais.
8.52) e, posteriormente, importado e georreferenciado no sis-
uso e acesso à base de dados. t1.1reza gráfica e de natureza alfanumérica, relacionados, intc-
tema. No caso de se integrar uma grande variedade de escalas e
igtados e registrados de forma a constituírem uma fonte ele in-
formatos dever-se-á prever a sua compatibilização.
}f?rmação operacional (Figura 8.53).
'\::/l origem dos dados de natureza gráfica condiciona o modo Com efeito, uma correta integração de bases de dados requer
'''f!,ôrno são integrados µa base ele dados e o modo como os uma cuidadosa planificação ela estrutura ele ccmtrolc e o esta-
blemas daí emergentes, sobretudo devido a diferentes tí- belecimento de elementos ele referência com vista à inclusão
t<}:iós de origem, são solucionados. e localização exata de sucessivos novos elementos (Figut·a
8.54).
-~ precisão e o grau ele resolução são aspectos importantes na
,eónstituição e desenvolvimento de um SIG Cada uma das novas camadas apresenta características espe-
cíficas que são importantes tanto no desenvolvimento ela base
}~m SIG que se destina a apoiar atividades do âmbito da cnge- de dados inicial como para a sua manutenção e utilização em
~_aria requer um alto nível de precisão e, por conseguinte, a
aplicaçôes diversas.
ção de uma escala bastante detalhada e elevada resolução.
SIG destinado a ações de planejamento e tomadas ele No domínio da cartografia, a informação planimétrica consti-
_isão em macroescala e gestão de recursos naturais em ge- tui-se uma representação segundo as dimensões horizontais
;:-não requer tanta precisão e detalhe. (x, y), devendo possibilitar uma visão ortogonal e em verda-
inição ele temas e ele coberturas no processo de constru- deira grandeza de toda a região considerada.
da base de dados SIG requer uma estruturação lógica da Trata-se de um processo, fora do âmbito deste livro, que re-
.armação constituinte ela sua base ele dados. corre a técnicas especializadas e a software de processamento
ponto ele vista ela representação cartográfica, isto é, da ge- de imagens do domínio da aerofotogrametria, ele transformar
o de cartas temáticas, quer como reflexo direto ela infor- (retificar) a fotografia aérea - projeção central ou cônica em
:ão gráfica e alfanumérica em si mesma, quer dos seus re- uma projeção ortogonal, passando (muito sugestivamente) a
·,,ados por via ele operações, merecem ainda consideração designar-se ortofotomapa .
. ?ssibilidacles ele utilização do conceito ele camada origi-
A constituição da base ele dados planimétrica para integração
-!O dos sistemas CAD.
de um SIG pode ser obtida diretamente a partir do equipa-
,_ caso das bases ele dados SIG que não sejam apenas mento ele leitura e fotografia ou, sem perda ele precisão, a partir
u_.- ema't'1cas no endereçamento de áreas pequenas e discre- da informação planimétrica - cartas-, a cuja produção se
a sua estrutura inicia-se pela constituição da rede geodésica dedicam diversos organismos oficiais com o apoio ele consul-
FIGURA 8.52 Carta georreferenciada, em modo vetorial. la localização de elementos característicos mensuráveis. tores e empresas privadas.
Representaçüo de Intervenções no Terreno em, Arquitetura e Engenharia Civil Hi5
164 Capítulo Oito
. -~7+-
INFORMAÇÃO DE NATUREZA ALFANUMÉRICA
J:
INFORMAÇÃO DE NATUREZA GRÁFICA
,---------------------------------------,
~
l
·--:-
CR;oA ...... :..... .5436m
R.;.o B........................ 3879 m .
. +- j_[~lasse.A.. . . . ·. . . .Floresta··1
i _El_i?~--~·- .......... 2370 m
~ i
'
Classe e... .. ...... R_~gadio
---
'
•---------------------------------------'
FIGURA 8.54 Cada conjunto de elementos gráficos (cobertura) pode ter associados um ou mais conjuntos de dados de natureza alfanumérica, cons-
tituindo um dado tema.
No que se refere à representação topográfica, interessa, so- Este tipo de procedimento é de extrema importância na deli-
bretudo, considerar a informação referente à dimensão mitação de áreas afins, em geral mais amplas, seja qual for a
FIGURA 8.55 Carta temática sobre DTM. (Reprodução autorizada por cortesia ESRl, lnc.)
altimétrica - z. escala de representação utilizada, removendo, portanto,
polígonos pequenos e insignificantes no que se refere a to-
Esta informação provém também de documentos obtidos por madas de decisão em macroescala ou para efeito de integra-
técnicas de aerofotogrametria, constituindo, no entanto, regis- ção e relacionamento com as bases de dados obtidas a partir elo software GIS em gü~stão, podem integrar a booleanos estabelecidos diretamente ou subjacentes a um di-
tros separados e independentes dos registros de informação de modelos numéricos de simulação de processos naturais. do SIG, ainda sob forrÍlato rastet~ e ser represen- álogo mais direto, através de interface própria, que o software
planimétrica. e analisados como tal, ou pbdem ser convertidos em for- GIS e a estruturação da base de dados SIG pennitiram dispo-
Como exemplo deste tipo de procedimento cita-se a inclusão vetorial, ou ainda ser tratados e representados em simul- nibilizar, com inclusão de legenda automática e produção de
A informação topográfica é, em termos da base de dados SIG, de áreas de pinheiro, eucalipto em área de floresta; num ou- cartas temáticas.
registrada segundo tabelas ele valores de coordenadas ele con- tro exemplo, a inclusão de vários tipos de culturas frutíferas>
juntos de pontos, em geral constituindo malhas regulares, que numa única área a ser designada por pomar. Por exemplo, no caso de uma carta de usos agrícolas do solo,
no fundo são também os dados geradores ele linhas de nível
Neste âmbito, revela-se particularmente interessante a possi-
Caracterização Sumária dos quais as respectivas culturas, ou, no caso ele uma carta de uma
ou de DTM (ver 8.1.1.1), que, ele resto, alguns GIS também zona industrial, quais as empresas de determinado tipo ele pro-
bilidade ele visualização de cartas temáticas, por exemplo, uma,, Principais Procedimentos e
permitem gerar independentemente de outro sqftware especí- dução, aí localizadas.
fico de modelação de terrenos do tipo referido.
distribuição ele variação espacial de densidade populacional Operação de um SIG n.o Âmbito
numa dada região sobre o DTM da respectiva região (Figu~ Após o processo de seleção, do tipo referido, de registros na
Este modo de registro de dados topográficos possibilita uma clara ra 8.55).
da Análise Espacial
base de dados alfanumérica correspondente, permite-se soli-
e explícita representação do terreno, mas, fundamentalmente, ))Do ponto de vista de operação, um sistema de informação citar ao sistema, com uma dada cor, a explicitação da sua lo-
É imediato num caso deste tipo notar, por exemplo, o decrés·{:
e uma vez que se trata de uma representação numérica do ter- ;geográfica pode ser definido como um conjunto organizado calização sobre a base caitográfica, bem como a inclusão au-
cimo da densidade populacional em zonas ele declives mai ,-
reno, pode permitir uma representação resultante de operações, hardware, software e dados de natureza geográfica, cons- tomática de uma legenda do conteúdo de algum campo da
elevados.
quer com os próprios registros de dados em si mesmos - repre- os no sentido de captar, armazenar, integrar, atualizar, base de dados correspondente ao(s) registro(s) selecionado(s).
sentação de declives, orientações, riscos de erosão -, quer por Um aspecto importante na aquisição de informação e repnr _nipular, analisar, criar e apresentar todas as formas de in- Pode-se ainda refinar o critério de seleção questionando o sis-
integração e operação com resultados de modelos matemáticos. sentação de elementos naturais na constituição de um SI
ação de natureza geográfica, compreendendo, por con- tema para que, dentre os registros selecionados, apresente os
consiste em se recorrer à detecção remota e seqüentes téc
No que se refere à consideração e representação de elemen- inte, informação de natureza gráfica e informação de na- que obedecem ao novo critério de seleção.
cas de processamento ele imagens. Além de aplicações mili
tos naturais, podem ser incluídas várias camadas de informa- ~'_2ª alfanumérica, como tem sido descrito. Por exemplo, em
res no domínio ela segurança e defesa, os domínios de gestâ Além da seleção e exibição automática dos registros ela base
ção na base de dados SIG, constituindo um dado tema - por :~ção às povoações, a sua área, população, nível econômi-
e análise de recursos naturais e de ordenamento do territórf ele dados alfanumérica que satisfazem esta condição, poder-
exemplo, uso agrícola do solo, vegetação, geologia, linhas de etc. Em relação ao regime hídrico, a caracterização plena
têm constituído as primeiras e até o momento as principa· se-á ainda solicitar a representação na carta.
água e delimitações de sub-bacia e áreas de impermeabilização linhas de água, caudais, alturas médias dos escoamentos
aplicações da detecção remota.
(manchas urbanas). lives dos leitos ' etc . ' E neste âmbito, também ao nível da produção cartográfica
Os dados, obtidos por satélite sob a forma de imagens e reg como justificação de tomadas de decisão e em geral, novas
Graficamente, recorre-se a polígonos fechados, delimitando __ ~ s o processo de implementação segundo os procedimen-
traclos em formato raster, são ortorretificados no sentido possibilidades no âmbito da comunicabilidade com as popu-
malhas e áreas com características comuns, podendo-se tam- constituírem ortofotomapas e serem utilizados como ba _,, \5-:descritos, passar-se-á a dispor de um SIG e, por conseguinte,
lações não podem ser ignoradas.
bém recorrer a pontos, linhas e símbolos no sentido de assi- cartográficas na construção de um dado SIG. O caso mais sf capacidade ele consulta, acesso e análise· de informação
nalar situações particulares dentro de urna área inicialmente nificativo, pela freqüência de utilização, refere-se ao Lands_ _9rreferenciada como apoio à decisão. Inversamente, poder-se-á, por exemplo, inquirir diretamente
de características uniformes. dos Estados Unidos, durante muitos anos o único dotado na carta a informação contida na base de dados referente ao
Os elementos gráficos são, em geral, digitalizados a partir de sensores capazes ele coletaa de informação com resoluç"' i3,4.1 No nível da consulta e acesso polígono ou a um conjunto de polígonos selecionados.
cartas existentes e podem ser sujeitos a operações de sobre- gráfica compatível com a utilizada no tratamento de info
-si~tema poderá exibir a localização de áreas sujeitas a de- E já agora, dentre os polígonos selecionados e exibidos na caita,
posição (overlay) ou operações ele dissolução (dissolve), pro- ção geográfica, quer ainda por meios tradicionais, quer atu
minados critérios de seleção, normalmente por critérios por coloração previamente escolhida, a qual deles correspon-
duzindo novas represelltações cartográficas. mente pelo recurso aos GIS.
Representaçüo de lnte,venções no Terreno em Arquitetura e Engenharia Civil Hi7
166 Capftulo Oíto
As possibilidades ao nível da decisão no âmbito do planeja- progrnmas de desenho, permitem manipular dados de natu-
mento e ordenamento do território não possibilitam mais qual- reza espacial ou geográfica, mas não são um SQ{tware GIS. De
quer a!eatorieclade e tendem a retirar cios poderes políticos a fato o softwareGIS, tendo associado um STG, permite também,
sua quase exclusividade, porquanto a possibilidade de funda- e como particularidade fundamental da sua própria definição,
mentar as decisões tomadas ou a tomar tornam-na por sua vez operações de nahueza espacial.
necessária. Com o caráter introdutório aqui assumido, interessará consi-
Também no nível da produção cartogr:ffica, como justificativa derar seis operações fundamentais de análise espacial: sobre-
de tomadas de decisão e, em geral, novas possibilidades no posição topológica, geração de biiffers, extrzição ele elemen-
âmbito da comunicabiliclacle com e entre sectores ele ativida- tos (feature extraction), conexão ele elementos (/eature
de e grupos ele populações, não podem mais ser ignoradas. merging), e ainda duas operações de bases de dados relacio-
nais: relação (relate) e junção (join).
101; nHu •tn.l í u•u... _ ; - - -
o efeito pictórico da simulação com características dinâmicas,
10, [ 10.iA Hlct iu10.!.1•lH111.cu sucessivas intervenções no uso do solo e na natureza, Sobreposição topológica
1"!17. "' f Ot. ()f, lt"\ lH l JU.!~! .. ~~-'-"_,_i._,_.._.._ _,_,_._,,_,_etc:'-1' pela associação ele um modelo matemático que
Ut:.U(OLfl..l't!'j a•, ..._,xu. r..:..e c•t.•au l n1w::to j ,;:-à~ caracterize, e ao nível de uma dada região em estudo, po- A sobreposição topológica de dois temas referentes a diferen-
u,~ ~-- j o.:. t1, lM"j
;;;o!'. n (011.11•. 1"!
u::.,7[0,.1H.u,i
lQ7) VOA co,n
10•: . urroau •on:t)•~~!.~ r~~.,. .
Í i;:ow.tu l ••W.t>lA,
· dução de cartas, embora o permita com grande precisão e (Figura 8.57), da qual, em termos reais, poderia resultar a carta
áda} mas antes um meio de análise. temática do tipo que se apresenta e a correspondente possibi-
de o valor máximo de um dado campo da base de dados (por dos de uma dada análise, mas também para impressão lidade de consulta à base de dados alfanumérica (Figura 8.58).
exemplo, qual o de maior área), para ser exibido, por sua vez, qualquer escala*. :Üin SIG não se armazena informação cartográfica num sen- Com efeito, os elementos de natureza espacial dos temas são
ainda com outra coloração (Figura 8.56). ?o convencional, e muito menos a imagem ou representa- sobrepostos e os seus atributos são associados. O tema resul-
8.3.4.2 No nível da análise espacial como ' sobre base cartográfica, de uma zona ou região, mas sim tante estabelece uma determinada relação entre os elementos
O software GIS, deve ainda permitir a consulta dos parâme-
apoio à decisão adas a partir cios quais pode ser gerada uma dada imagem, e seus atributos.
tros e especificidades inerentes a um dado tema ou cobertura
êpresentação, referente a um propósito especificado.
SIG, colocação de legendas sobre as entidades gráficas seleci- Não menos importante do que a consulta e acesso são as p No nível da base de dados, esta carta temática passa a ter uma
onadas pelos procedimentos do tipo referido, colocação de 'ros sistemas de software largamente utilizados, principal- nova base de dados associada, resultante da operação de so-
sibilidades ele sobreposição e cruzamentos ele informa -
gráficos de barras ou circulares, refletindo, por exemplo, vari- te as planilhas de cálculo, programas de estatística ou breposição, como se indica.
como, por exemplo, cartas de orientações e carta de ela
ação dos valores dos registros associados aos polígonos sele- de declives, caita geológica e carta de uso dos solos, etc. Qua
cionados, relativamente a um ou mais campos das bases de como tradicionalmente se faz, sobrepondo cartas, de prd
dados, verificação de valores máximos, médios e mínimos com rência em papel vegetal, contra a luz, contendo cada nível 1D Designação Área Bacias Secundárias
identificação dos respectivos elementos gráficos e colocação informação, e tirando conclusôes (sempre duvidosas e obvi 00001 A 140 1
automática da informação existente na base de dados. mente discutíveis, cm princípio devido à imprecisão desta m 00002 B 180 2
Em seguida 1 pode-se proceder à impressão da respectiva car- todologia de procedimento!). 00003 e 80 3
ta temática assim obtida, na escala desejada, ou fazê-la incluir A possibilidade de utilização de várias camadas (layers) ass
num documento em elaboração num processador de texto. ciadas a cada carta temática e a sua sobreposição, aparenf 1D Designação Área Uso do Solo
mente e cio ponto de vista de procedimento, não é muito 00021 1 110 1
A base de dados que contém os registros selecionados pode
ferente do que tradicionalmente se fazia! A diferença de f 00022 2 130 2
por sua vez ser objeto de importação para uma folha de cál-
está na facilidade, no rigor, na precisão e na clareza cios res 00023 3 70 3
culo para posterior análise ou cálculo.
tados não só em termos gráficos, mas também em termos 00024 4 90 4
Em seguida, consulte-se, por exemplo, o registro respectivo processamento cm relação às bases de dados associadas
na base de dados alfanumérica - o registro na base de dados elementos gráficos, como resultado do cruzamento em arn
surge destacado. Solicite-se a sua impressão, ou fique-se na ente gráfico (cartográfico) da informação. 1D Designação Área Classes US-Bac
simples obse1vação. 00091 A1 70 11
00092 A2 60 12
Mas o recurso aos GIS não se limita a uma atitude de regis- ~Esta afirmação é um tanto relativa. Com efeito, a quantidade de inforrnaç 00093 A3 10 13
tro, acesso e cruzamento de informação, para cuja rapidez considerar, por exemplo, numa carta na escala 1:10.000, deve ser muito 00094 B2 120 22
só depende da velocidade de processamento do equipamen- do que numa carta na escala 1:50.000. 00095 B4 60 24
to utilizado (o que se traduz apenas numa questão de cus- Assim, a passagem automática da escala 1:50.000 para a escala 1:10.000 é 00096 C1 10 31
tos), interessa considerar os aspectos de manipulação. Des- nas uma questão de quantidade de papd utilizado (a quantidade de info 00097 C2 5 32
ção é obviamente a mesma! O GIS não a inventa ... ).
locamentos, variação de escala, zoom, etc., elementares e 00098 C3 40 33
O mesmo não se passa na conversão da escala 1:10.000 para a escala 16 00099
inerentes a qualquer sistema CAD, revelam-se ele extrema C4 25 34
A infotmação contida passa a ser excessiva para a escala 1:50.000,
utilidade, sobretudo na obtenção de cartas temáticas, não geral, só fica visível a correspondente ~t que tradicionalmente existe em
só em -termos da sua ,geração como expressão de resulta- nesta escala, tal é a redução sofrida. FIGURA 8.57 Operação GIS de sobreposição.
168 Capítulo Oito
í Representação de intervenções no Terreno em Arquitetura e Engenharia Civil 169
_~:~Lx,.. , , , .s .•-.·-•·-·- >· ;;; ~>~ ~: ·:; ~~-->'--i->t.-.~ Refação e junção do solo - a economia, as múltiplas vertentes ela engenharia
s;::0:s,,,71.b.u VERDE uv11.E E lfREAIIA. civil e da sua interação com outras áreas ele conhecimento do
A informação geográfica envolve dois tipos de dados, espaci-
lHlÇOJ: Uf».Uflt.Í.YITi HIDUSTRIAIS PPEVISTOS âmbito das ciências da terra e do ambiente e a arquitetura.
ais e descritivos, que são usados na definição dos vários ele-
~st!ço·~.,:-~:;~~:~-~~-y:~.r~:·_-_!:!~.11..!.~.!_!_~rs p I\RVIsros
mentos de cada tema. Trata-se de um processo hierarquizado, também do ponto de
UH.ÇO:il H.!DU:STRii\'Iõ EXIST!HITES
.!!.•~~~i URBANOS Para estabelecer uma relação, isto é, para relacionar (relate) vista das instituições que o regem, logo de começo determi-
18'.H.ÇOI Ull.BANOS 1
i
os dados ele natureza espacial com os dados de natureza des- nado pela dimensão territorial em questão e, por conseguin-
i{1 ?96 :;;~·o·;- r~-~:!~é!:.~~~i(?:D,:~~~-~:~-~!.: -~ critiva para cada elemento, é necessário um item contendo um te) cio nível ele detalhe e da escala a considerar: os Governos,
cartográfica, a utilização ele SJG revela-se uma mais-valia sem tros, mas em geral está agrupada em grandes temas, confor- O processo a que um estudo urbanístico pode conduzir é sus-
numa fronteira entre urna zona destinada a essa -tipologia e
precedentes, em termos da precisão, registro e acesso à infor- me se apresenta: ceptível de classificaç{10 nos termos da lei em referência, f1_1n-
outra. ção de características diversas, tais como tipos de antecedentes
mação, procedimentos ele análise e apoio à decisão. Rede viária
A georreferenciação através do uso dos GIS (ver 8.3\ ao estabe- dimensão e, por conseguinte, classes de áreas envolvidas, tip~
Implica necessariamente o tratamento digital ele toda a infor- Ec!Hkaclo
lecer maior rigor na representação, tem contribuído para reduzir de inserção e evenhial conflito com disposiçõc.':i próximas, e ne-
mação, de preferência atualizada, quer ao nível das bases ele Muros e taludes
controvérsias deste tipo, porquanto a possibilidade de fundamen- cessidade, ou não, de alteraçôes nas infra-estruturas existentes.
dados alfanuméricas quer ao nível ela própria informação Obras de arte
tação de autorização ou não-autorização ele determinado uso do
cartográfica. Toponímia Na claboraçào ele um projeto ele urbanização são de consi-
solo face ao planejamento regional se mostra mais precisa. derar as orientações consignadas em outros elementos gráfi-
Números de Polícia
Em quaisquer casos, mais em particular no caso dos PDM, que,
Qualquer processo ele loteamento ou de construção requeri- Eixos ele Via cos destinados a reger, o melhor possível (embora nem sem-
por se constituírem como documentos que consignam as clis-
do por um promotor junto ao respectivo município pode ser, Altimetria (curvas de nível e pontos cotados) pre!), o ordenamento do território e a gerar consensos entre
posiçôes relativamente ao uso do solo, funcionam como o diversos intervenientes com múltiplos interesses e desígnios
do ponto de vista cartográfico, georreferenciado sobre a base Equipamento Urbano
instrumento da sua regulação e, conseqüentemente, como o
cartográfica do planejamento regional e sua implantação ine- Detalhes no modo ele ocupação do solo ou ainda estudos já mais cleta-
conjunto de regras elo diálogo e da comunicação cios munícipes
quivocamente calculada e representada, por conseguinte, de Rede Ferroviária lhaclos, por sua vez contemplando já as disposiçôes e diretivas
com o município. Além de um conjunto de documentos escri-
conformidade com as suas características fundamentais face Parques de Diversão do planejamento regional, os Planos Gerais de Urbanização e
tos ele natureza regulamentar, inclui representações cartográ-
às características estabelecidas no planejamento regional para Parques e Vegetação os Planos ele Detalhe de Urbanização.
ficas segundo um dado sistema de projeção e em escalas ade-
a zona em que a possível intc1venção de insere. Hidrografia Todavia, e 8 parte especificidades próprias da concepção e do
quadas.
Assim, e no âmbito de processos de análise no domínio do Limites de quarteirão e outros modelo urbanístico considerado, para efeitos da descrição e
Em alguns casos já estão em formato digital, segundo temas e Luminárias e postes de eletricidade
ordenamento do território, se os processos tradicionais ele de <tpresentação na grande maioria das iniciativas ele interven-
níveis de informação, e muitas vezes encontram-se disponí-
análise cartográfica, baseados em projeçôes cotadas, se man- ção local, estabelece-se o seguinte conjunto ele elementos:
veis na Internet (Figu:ra 8.60), no site do respectivo municí- Dentro de cada terna pode ainda haver uma maior desagrega-
têm válidos, principalmente que respeite a leitura e interpre- pio. Ainda que por esta via a sua consulta não possa assumir /ç_:~o, que pode ser selecionada individualmente pelo atributo Memória descritiva e justificativa, indicando principal-
tação ele cartas analógicas, na formulação ele estimativas, em mais elo que um caráter informal, qualquer cidadão pode con- /:~ cor que lhe foi conferido. Por exe1T1plo, no caso elo Muni- mente a superfície total cio terreno a lotear, as soluções
processo ele análise e decisão preliminares ou clarificação de sultá-lo junto do próprio Município. fpio de Loures, existem com o grau ele detalhe da Escala 1: 1000 adotadas para a rede viária para o funcionamento das
informações durante uma reunião de um grupo de interveni- $ seguintes quantidades de níveis de informação para cada infra-estruturas e as suas ligações ao exterior e redes
entes no processo de estudo detalhado, de análise e de elabo- As características da informação relativamente aos planejamen-
.',rn dos temas indicados: gerais, o número de residências e os edifícios de caráter
ração destes documentos, inevitavelmente sobre base tos regionais poderào variar de uns municípios para os ou- industrial ou de utilização coletiva;
··Tema Níveis
Documento comprovativo ela propriedade e poderes bas-
\.: 'Edifícios em geral 2
tantes para executar a operação;
JJutras edificações 3
Parecer sobre a aptidão do solo apresentaclo 1 quando
'.Nomes de imóveis públicos e notáveis 4
exista, e extratos da Carta da Reserva Agrícola e da Re-
Nomes de arruamentos 5
PDM - Carta de 6
serva Ecológica;
úmeros de polícia
Ordenamento Planta à escala 1:25.000, com indicações cio local cio ter-
·quipamento urbano 7 reno a lotear, assinalando a sua relação com as ocupa- .
talhes 8
çôes urbanas existentes;
9 Planta detalhada à escala 1:1000 ou 1:500, correspondente
10 ao estado e uso atual do terreno;
11 Fotografia do local;
12 Planta de síntese ela intervenção - em geral operação de
13 loteamento- na escala 1:1000 ou 1:500, indicando 1 prin-
14 cipalmente, a estrutura viária fundamental e suas rela-
ues e vegetação 15 ções com o exterior. Esta planta em geral contém as
'grafia e geologia 16 curvas de nível, arruamentos, informação sobre os lo-
grafia 17 tes, número de lote, área do lote, cotas elas dimensôes
18 dos lotes, e cuja determinação deverá constar na memó-
19 ria descritiva e sobre as eclificaçôes a implantar, sobre-
de quarteirão e outros 21 tudo as tipologias e as volumetrias (Figm.·a 8.61).
23 Perfis longitudinais e transversais cios arruamentos prin-
cipais. Em alguns casos, cortes esquemáticos, que inclu-
Planejamento U1·bano e Desenho em a representação da construção (ver 8.2.6.).
Planta ou plantas com elementos sobre a rede de abas-
'de Urbanização tecimentos de águas e drenagem ele esgotos, águas plu-
.,,.
I
Espaço urbano ,Area única - ex
Espaço urbanizável .Verde urbano - existente ::,,;~.-do planejamento urbano, por sua vez determinado viais, eletricidade, etc.).
Espaço industrial ~~ Verde urbano - programado , osições e condicionamentos regulamentados pelo Regulamento com as prescrições inerentes à ocupação
.. Espaço industrial proposto I··_Terciário - programado ,stabelecidas disposições ele uso cio solo com nível cio loteamento. -
~Espaço natural e de proteção .Núcleo de formação histórico Pe\,ctS facultativas: perspectivas, representação de sombras, etc.
iEspaço do e~uilibrlo ambiental . e.;,.., Servidão de utilidade pública
~.o.rrespondente à implantação das edificaçües, equi-
Usos Propostos -....._Espaço mult1uso ~.;Programas estrangeiros çial e coletivo, público ou privado, zonas verdes e Os sistemas CAD e a reconversão de metodologias que os ca-
.Espaço semi-rural M11Parque de ciência e tecnologia as. Caem neste âmbito os planos de Urbanização 1 racterizam, em particular os sistemas CAD específicos de mo-
-~Área única-existente 1'ilnslilutos de socorros a naufragas a:_ly.O~ processos ele licenciamento de loteamentos 1 delação ~e terren~s, desenho urbanístico e paisagismo, a que
:~8;1dos por legislaçào própria1 freqüentemente atua- se as~o;iam functonalidades de realismo (rendering) 1 têm
FIGURA 8.60 Exemplo de d~cumento integrante de PDM; Planta de Ordenamento do PDM de Oeiras e respectiva legenda, conforme disponi diftcada. const1tu1do um poderoso meio ao nível da concepção, no clomí-
no respectivo site da Internet.
172 Capítulo Oito Representaçi'io de Intervenções no Terreno em Arquitetura e Engenharia Civil
173
~jj
Moradia hanrJa c:on1/nua
T2BC
I.FT7
!'li •
Moradia ban{)a Gontinva
T3BG
~
Moradia lsola<la
[iJl
Moradia gnmlnada
UG
'í41
liiiiíif,í
~
Moradia geminada
.SG
~
Momdia Isolada
"
•=1=i
Blooo <le aµi;iâmentos {4 Pisos)
í3, T4 e T5
8.62 Parte da planta de síntese de um projeto de loteamento gerada usando-se o sistema AVcad (reprodução autorizada, CEDRA, lnc.).
15
/
14
/
13/
~
a) b)
PERSPECTIVA SUDESTE
Jl-l.I-:!-
/
'"
,, /
,/ -+
éé
4--
,
12-------
""
"'"
e) d)
8.65 a) Implantação de um patamar num terreno; b) determinação das retas de maior declive dos planos dos taludes; c e d) determinação
PERSPECTIVA SUDOESTE seção de taludes com o terreno.
os casos envolvem necessariamente estudo e análise entre taludes adjacentes a cada um dos lados do patamar e à
-~<lições existentes (topografia) e das alterações ao ter- determinação da interseção dos taludes com o terreno.
Jn termos de movimentação de terras.
Assim, e supondo para os taludes ele lados 1 e 2 os declives
:a_ente da dimensão da obra, haverá maior ou menor indicados (Figura 8.65 b), a graduação das respectivas retas
:tação de terras. Isto poderá ser fundamental na de- de maior declive permite estabelecer planos de nível at!xilia-
*º de interserções de planos - taludes, num pata- res, cuja interseção com os planos de talude dá origem a retas
\i:;l_Utna base de um edifício etc. - com a superfície do de nível, cuja interseção entre si, por sua vez, determina pon-
;:_rregular, segundo um dado alinhamento, com decli- tos de interseção entre os taludes.
te entre cmvas de nível consecutivas.
Em seguida, a interseção de planos de nível auxiliares, com
im perante um problema de interseção de superfí- os taludes, conduzem a retas de nível, e com o terreno con-
do método das projeções cotadas (ver 8.2.1). duziria às próprias ctuvas de nível.
,8.65 a ilustra-se a implantação de um patamar no A interseção das retas de nível com as ctnvas de nível da mesma
clicado. cota permite obter sucessivos pontos da interseção pretendi-
da (Figura 8.65 e).
iestabelece-se previamente uma inclinação para os
à problema reduz-se à determinação da interseção A união seqüencial destes pontos cletennina a configuração
da interseção dos taludes com o terreno (Figura 8.65 c). No
caso de esta união deixar de ser possível a parti_r de certa altu-
, que pode ser variável entre taludes de uma mesma obra, é ra, significa que a eqüidistância das crnvas de nível é incom-
DETALHE (Perspectiva Sudoeste) r resultados de estudos de estabilidade de taludes, no âmbito
,solos: análise dos diferentes tipos de solos, características físi- patível com a cota de alguns pontos da interseção taludes-ter-
FIGURA 8.64 Modelação geométrica de urbanização e sua visualização em 3D (trabalho acadêmico executado pelos alunos Ana Ouro, Jorge Costa- ~- e seu comp01tamento face a solicitações várias, naturais ou reno pretendida. Deve-se então proceder a interpolações de
Gonçalves). e pluviométrico, vegetação, tráfego, no caso de uma estrada etc.). curvas de nível, e igualmente de retas de nível, e procurar
176 Capítulo Oito
Representação de Intervenções no Terreno em A1'quitetura e Engenharia Civil 177
sucessivamente as respectivas interseções dos elementos (re- Para este caso, os dados ele montante e de jusante (cada uma
tas de nível e curvas de nível) interpolados (Figura 8.65 d). das "paredes" de um e de outro lado da barragem) têm os -150----
declives indicados no perfil dado, e a determinação cm planta
Nota-se que 1 de acordo com o método geral de interseção ---145---------
resulta, pois, da sua interseção com o terreno definido pelas
ele superfícies, as linhas (ou retas) ele nível determinadas --140----\~rn~\-------------.
suas curvas ele nível.
pelos planos auxiliares em cada uma das superfícies em
questão têm a mesma cota. Assim, e a menos que se pre- Neste âmbito, são de considerar também os sistemas CAD es-
tenda proceder a interpolações elas curvas de nível do ter- pecíficos para modelação ele terrenos. Jncluem funcionalida-
reno, correspondentes a interseções deste por planos ele des que permitem a implantação de obras.
nível a essa cota (ver 8.2.2.1), a graduação das retas de maior --125
Trata-se de funcionalidades que desencadeiam algoritmos de
declive correspondentes aos planos dos taludes e, portan-
interseção de superfícies e representação ela linha resultante, --120
to, as retas ele nível aí determinadas deverão ser as retas de
com possibilidades de visualização em 3D. -115
nível, segundo cotas (e portanto eqüidistâncias) respectiva-
mente iguais às cotas das linhas de nível inicialmente apre- Assim, além de permitirem a modelagem geométrica das
sentadas. edificações, se o terreno for definido por DTM (ver a subseção
8.2.2.2), a implantação e a inserção das obras - i. e., do mode-
-105
-11
-100 º--====-\\\\\\\\\~",'ó
Finalmente, a união dos sucessivos pontos obtidos permite
lo geométrico das edificações - no terreno possibilitam ainda - 95-------'~
obter uma poligonal que não é mais cio que a configuração
visualização em 3D da implantação das obras segundo dife-
em planta cio terreno, após a construção cios taludes, pores-
rentes pontos de vista, corno para o caso ela barragem apre-
cavação ou aterro pretendidos (Figura 8.65 d).
sentada.
A obtenção de perfis que, juntamente com a representação em
Sobre a imagem assim constituída, as possibilidades de visu-
planta, permitam medições de áreas e de volumes é imediata
alização segundo diferentes pontos de vista do observador, 011i
e, em geral, imprescindível (Figuua 8.66).
ainda, segundo efeitos de rendering sobre DTM, gerado a partir
Na Figura 8.67 a são dadas a representação do perfil e do das curvas de nível, constituem um processo sem precedentes
alinhamento do eixo do coroamento de uma barragem cuja nos métodos de análise como apoio à concepção (Figura 8.68).
implantação em planta, por aplicação cio método das proje-
ções cotadas na implantação de obras, nos termos aqui des-
critos, se apresenta na Figura 8.67 b.
Porém, mais relevante ainda são as possibilidades que estes
sistemas têm de permitir simular a movimentação, os acessos
e a circulação por entre as ruas e a sua confrontação com os
/
8.67 b) Implantação de uma barragem a partir da representação do seu perfil (Figura 8.67 a) e do alinhamento do eixo do seu coroamento.
volumes edificados (ou a edificar, segundo uma dada propos-
ta urbanística em estudo).
1 1000 t
5~ 015
FIGURA 8.68 Implantação de barragem e súa visualização por recurso a um sistema CAD.
FIGURA a.67 a) Perfil de barragem a implantar no terreno definido pela sua planta topográfica na Figura 8.67 b.
178 Capaulo Oito Representação de Intemençôes no Terreno em Arquitetura e Engenbaria Civíl 179
Assim, com vista à obtenção de informações ele caráter lit.oge- são representados os símbolos fundamentais e os que deles
ológico, é prática comum efetuar trabalhos ele prospecção, derivam.
sobretudo através da realização de sondagens e recorrendo a
métodos geofísicos. 8.4.4.2 Ca1etas geológicas
Internacionalmente) as normas que regulamentam a simbolo-
8.4.4.1 Fichas de i·esultados de sondagens
gia a ser utilizada nas cartas e cortes geolôgicos são as ela ISO
Em termos de uma c::1m1xmha de prospecção, é fundamental 710 de 2001.
definir a localização das sondagens ou da rede de alinhamen-
As linhas ele separação da,s formaçôes devem ser representa-
tos para aplicação dos métodos geofísicos, implantando-as
das com traço mais espesso cio que os símbolos e as tramas.
numa planta da zona em estudo.
A legenda inclui a representação das diversas formações exis-
Com o decorrer cios trabalhos vão sendo obtidas informações
tentes, ordenadas pela sua idade relativa e traduz o significa-
sobre a constituição geológica, que serão registradas cm fichas
do elas cores e cios símbolos.
de resultados do tipo da que se apresenta na Figura 8.69, onde
se inclui a identificação da sondagem através do número e da Na Figura 8. 70 pode observar-se uma amostra ela Carta Geo-
localização e o registro, nas profundidades respectivas, dos di- lógica ele Portugal na escala 1:1 000 000 1 editada cm 1968 pelos
ferentes tipos de formações por intcnnédio de uma classificação Serviços Geológicos ele Portugal.
sumária e da respectiva simbologia.
As cartas geológicas são documentos elaborados com base em 8.4.4.3 Cot1:es geológicos
resultados das sondagens de campanhas ele prospecção e nos
Um corte geológico, segundo determinada direção, é elabora-
levantamentos ele campo, facultando informações sobre adis-
do através da conjugação de dados topográficos e geológicos
tribuição planimétrica das diferentes formaçôes geológicas da
(Figura 8.71). Contém o perfil topográfico (ver subseção 8.2.6)
região, bem como a tectônica e dados de natureza hidrogco-
e informações sobre o comportamento elas diversas formações
lógica.
geológicas em profundidade, referentes à disposição e estrati-
Os limites das várias formações geológicas, implantados so- ficação cla~_ y-áí·ias formações e acidentes geológicos,
falhas) fi!ües, dobras, ondulações, etc. FIGURA 8.70 Amostra da Carta Geológica de Portugal.
bre uma base topográfica, são representados por diferentes
colorações ou tramas que as representam, de acordo com a
Na representação dos cortes, é usual considerar uma sobrele-i
especificação 220 do LNEC (1968) e por um símbolo gráfico
vação da escala vertical (ver subseção 8.2.6)) o que permite R10S~bor n,oMaçiio
cio período geológico a que se reportam. Nesta especificação
melhor percepção elas camadas de menor espessura. Deve-se 1
contudo evitar este procedimento sempre que as camadas
sejam inclinadas, pois se poderá induzir em erro de interpre-
tação.
l i SONDAGEM, _ _ _ _-;],·[ ~:i;~~"'·,•_·;=~ As linhas de separação elas formações são representadas com
1 localização:
! v "'" "'v
traço mais espesso do que os símbolos, podendo-se també
PROFUNDIOAOE ES-~~s~~RA AlTERAÇAO ROO , _oESCRl~~o'I coITTE -
lf----+----+--- '
distinguir diferentes formações usando-se cores ou tramas.
~- •<.~ : Na representação de formações inclinadas ou dobradas, as'
16,00-+--- ,,, Margas r- ~! bologia respectiva deverá ter orientação paralela aos vári
FIGURA 8.71 Corte geológico (Folha 19~A da Carta Geológica de Portugal - Escala 1 :50.000).
16,00
estratos. No entanto, quando se tratar deformações de orige
6,00 As;las '~,':': :,1
22,00 -+---+-- --·····--···'-,-__ ,',.',':1..;..! ígnea, e por não existir estratificação, a simbologia deverá t~
Margas , orientação paralela à linha de base cio desenho.
alravess.
17,00 plfilóes
dolerfücos No âmbito ela utilização dos sistemas CAD e GIS, é notáv,·
todo o processo de representação no domínio elas caracter
39,00
~ ticas geológicas e geotécnicas dos terrenos. ,
=~
-~
REVISÃO DE CONHECIMENTOS ISO 14120:2002 Safety of machine1y - Guarcls - General ® ISO 19108:2002 Geograph~c ~nfonnation-Temporal schema.
requirements for the design anel construction of fixcd and • blSO 1911 :=2003 Geographtc 1nfom1ation- Spatial referencing
1. Caracterize os processos fundamentais) do âmbito da to- 10. Explique o que você entende por um sistema de informa- movable guards. y coordmates.
pografia, para determinação de coordenadas. ção geográfica. !SO/TR 14825,1996 Geographic Data Files (GDF). ® ISO 1~113:2002 Geographic infonnation-Quality principles.
2. Explique a importância e aplicação do método de repre- 11. Caracterize as classes ele entidades gráficas integrantes da • ISO 15642:2003 Road construction anel maintenance ® ISO/1R 19120:2001 Geographic infonnation _ Functional
sentação por projeções cotadas versus a representação por base de dados de um SIG. equipment- Asphalt mixing plants - Terminology and com- standards.
projeções ortogonais múltiplas. 12. Caracterize as principais operações de análise espacial com mercial specifications. ® 1SO/TR 19121:2000 Geographic infonnation _ Jmageiy anel
3. O que você entende por reta de maior declive de um plano. uso de sqftware GIS e cite algumas particularidades da ISO 15643:2002 Road construction and maintenance gricldecl data.
4. O que você entende por intervalo na projeção horizontal nova base ele dados resultante, face às bases de dados as- equipment - Bituminous binder spreaders/sprayers - Ter- ® NBR 13133 Execução ele levantamento topográfico.
de uma reta de maior declive. sociadas às coberturas SIG entre as quais são realizadas: minology and commercial specifications. ® Sites sobre sistemas de informação geográfica:
5. Qual a relação entre o declive ele uma reta e o intervalo? operações GIS. ISO 15644:2002 Road construction anel maintenance www.gis.com
6. Explique em que termos e por que razão a eqüidistância 13. Caracterize os objetivos e tipos de intervenção no domí- equipment - Chippings spreaders - Terminology and com- gis.stanforcl.edu
afeta a relação entre declive e inte1valo de uma reta. nio do planejamento regional e urbano. mercial specifications. ® Sites sobre modelação de terrenos:
7. Justifique por que razão as retas de maior declive de um 14. Explique como você procederia para a análise do enqua- :mo 15645:2002 Road construction and maintenance www .eaglepointcom/landsca pe
plano são perpendiculares à direção de rúvel desse plano. dramento e possibilidades de utilização do solo de um lote\ equipment - Roacl milling machine1y - Terminology and www.landworks.com/proclucts/landscape
8. Além das capacidades de visualização, explique quais as de terreno face às prescrições do planejamento regional commercial specifications. e Sites sobre software GIS:
vantagens da representação de um terreno por DTM em cio conselho a que o referido lote pertence. ISO 15688:2003 Road construction anel maintenancc AutoCAD Map - www.autodesk.com
relação à sua representação por linhas de nível. 15. Quais as peças desenhadas fundamentais constituintes de ._equipmcnt- Soil stabilizers -Terminology anel comrnercial Arcvicw e Arclnfo - www.esri.com
9. Explique a importância da adoção de um coeficiente de um processo de licenciamento de loteamento? specifications. Mapinfo - VIWW.mapinfo.com
sobrelevação de cotas na representação do perfil de um ·:···rso 19101:2002 Geographic information - Reference mo- Intergraph - www.intergraph.com
terreno segundo um dado alinhamento, - dei. ® Instituto Português da Qualidade (IPQ) - www.ipq.pt
·:1s0 19105:2000 Geographic infonnation- Conforrnance anel "' International Organization for Standardization (ISO) -
,'.. testing. www.iso.ch
'ISO 19107:2003 Geographic information - Spatial schema. Amedcan Society of Civil Engineers (ASCE)-www.asce.org.
CONSULTAS RECOMENDADAS ®
0 Bertauski, Tony 1 Plan Grapbics for the 0 Mitchell, Andy, Geographic Information Systems at Work i
Landscape Designerwith Section-Elevation tbe Community. ESRI Press, 1997.
& Computer Grapbics. Paperback, Frenti- e Moudon, Arme Vernez e Hubner, Michael, Monitoring La
ce Hall, 2002. Supply with Geographic !Jiformation Systems. John Wiley, perfil transversal
e Casaca, J., Matos) J.) Baio) M., Topografia Sons, 2000. · perfis
Geral. 2ª Edição, Lidei - Edições Técnicas, 2000. "' Neto, Pedro) Sistemas ele Informação Geográfica. Lidel, zoo' perpendicularidade
e Gaspar, Joaquim A., Cartas e Projeções Ca,tográficas. 2-ª • O'Looney, John, Beyonel Maps: GJS and .&ecision Mak' Planejamento Regional e Urbano
Edição 1 Lidcl - Edições Técnicas, 2000. in Local Government. ESRI, 2000. plantas
e Gasson, P.C., Geometry o/Spatia!Forms, Analysis, Syntbe- e Pérez-Gomez, Alberto e Pelletier, Louise, Architectural projeções cotadas
sis, Concept Formulation anel Space Vision for CAD. Ellis presentation and Perspective Hinge. Cambridge, MIT, M raster
H01wood, 1983. sachusetts, USA, 1997. reta de maior declive
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Díffusion: 7be Aeloption and U.5e o/ GIS in Local Government latitude, longitude anel altitude for geogra- al também se representa o eixo do pavimento de um da para implantação de uma pista de aeronaves segundo 0
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terior Designers. Ed.'John Wiley & Sons, 1999. format anel codes used in construction.
Desenbo Técnico em Projetos de Arquitetura e de Engérthà:fld_---biâtJ-___ 183
9.2.2 Desenhos de Conjunto: Plantas, onada pela altura dos vãos (de portas e de janelas) de modo esclarecer a configuração interior das edificações (Figm.·a 9.1
Para os desenhos de localização, recorre-se freqüentemente
a incluí-los. Este corte é, em geral, supostamente considerado b) e devem ser referenciados nas plantas.
às plantas fundiárias, fornecidas pelos próprios municípios, na Vistas e Cortes a 1 m de altura, sempre que se respeita urna implantação do
escala 1:10.000, onde se marca a localização da obra em ques- As plantas que 1 como se referiu, correspondem a um corte hori-
Os desenhos de conjunto definem a forma, as dimensões e a parapeito das janelas a 0,90 m ou ainda a uma outra altura,
tão. Estás indicações podem surgir em forma de planta e/ou zontal, apresentam as paredes em crnte, podendo ser preen-
articulação dos principais elementos das construções. Apre- como, por exemplo, abaixo do ponto de início de arcos, se os
corte, conforme a referência tomada. chidas em tracejado ou em preto nas superfícies correspon-
sentam-se sob a forma de plantas, vistas e cortes. houver, ou ainda passando por diferentes níveis, se necessá-
Os desenhos de implantação resultam de levantamento to- dentes às seções determinadas pelo plano de corte. O seu
rio, para urna maior explicitação ele outros elementos
As plantas referem-se aos vários níveis de edificação, ineren- arquitetônicos cio projeto (Figura 9.1 a). dimensionamento deve ser respeitado e depende do material
pográfico, em geral em escalas 1:1000, 1:500 ou 1:100, con-
tes a cada piso e também da cobertura da construção. Não cor- utilizado. Se for concreto, sua dimensão é da ordem dos 0,25
forme a necessidade ele detalhe ao nível da implantação,
respondem exatamente ao conceito ele planta apresentado em As vistas correspondem rigorosamente ao conceito de vista m; se for de alvenaria, está diretamente relacionada não só com
cujo estudo se baseia nos procedimentos descritos ao lon-
4.4, mas a um corte horizontal na planta a urna altura condici- apresentado no Capítulo 4, identificadas pela sua orientação as dimensões dos tijolos, mas também com a sua disposição.
go de 8.4.3. geográfica (Norte, Sul, Leste e Oeste) (Figura 9.1 c).
Os vãos são representados de modo diferenciado conforme
Os cortes (ver Capítulo 5) definem os detalhes internos dos correspondam a portas ou janelas. A representação das po1tas dá
7 40 edifícios, por exemplo, compartimentos e escadas. Permitem indicação do seu sentido de movimento e, tal corno as janelas,
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FIGURA 9.1 Projeto de arquitetura de moradia: a) Plantas. (continua) FIGURA 9.1 Projeto de arquitetura de moradia: b) Cortes (continuação).
186 Capítulo Nove Desenho 1'écnico em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil
187
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1 1§1 1§ LIRA 9.2 Elaboração simultânea de planta, vistas e modelagem em 3D de uma edificação em sistema CAD específico para arquitetura através
sistema AutoCAD da Autodesk, lnc. '
,~ 1•• ,de plantas e vistas (Figu1·a 9.2). regiões que as adotam de um modo conjunto e harmonioso.
Um conjunto de telhas corretamente dispostas sobre a estrutura
2.3 Desenho de Coberturas que as suporta constitui um plano (ou "água" - designação
exclusiva em telhados) com um declive apreciável e adequado
,presentação de cobe1turas conesponde a um caso particu-
ao escoamento de águas (ela chuva ou do degelo das neves).
~
:~o projeto de arquitetura. Com efeito, representa a planta
nível superior (o último nível) da edificação e, contrariamente Os planos de uma cobertura, que têm orientações de acordo
a J 2
das as outras plantas, não corresponde a um corte da
_cação por um plano de nível, mas sim a uma vista em planta.
com os lados do polígono que em planta definem o contorno
da edificação (Figura 9.4 a), determinam entre si retas de in-
L-----1 e
ci
l]J (1) terseção (Figura 9.4 b) que, de resto, recebem designações
1 1
bertura de uma edificação, além cio aspecto funcional que a
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"::l _ria designação sugere, pode apresentar diferentes tipos de con- próprias em termos do telhado que passam a constituir. A
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CONCRETO TIPO •1.ECA" IMPERMEABILIZIIÇÀO RrnOCOOE RUFO METÁI.ICOEM ZINCO
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Rincão Beiral
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Empena
Esc: 1/100
FIGURA 9.5 Exemplos da determinação de uma cobertura com várias águas em planta.
Empena
a) b)
FIGURA 9.4 Cobertura de uma edificação. sso é repetido pelo menos para mais um ponto. Note- 9.2.4.1 Escadas
s vértices do contorno da cobertura são já um ponto
ção de duas águas adjacentes - o ponto de cota O. A escada tem como principais elementos os degraus e pata-
mares. O degrau é constituído por duas partes distintas: o
utilização de sistemas CAD, é possível gerar auto-
como já citado 1 de acordo com o método das projeções cota- Para cada caso deverá ser procurada a interseção de cobertor (0,25 a 0)8 m) visível em planta, e o espelho, obser-
te configurações de coberturas sendo dados os
das (ver 1.2.1). (águas), definidos pelas suas retas de maior declive, ern vado em vista (0,175 a 0,195 m). A relação de dimensão entre
cada uma das várias águas (Figura 9.6).
cípio adjacentes. Pelos pontos graduados fazem-se passá cobertor e espelho é, em geral, fixada de acordo com a ex-
Na Figura 9-5 apresenta-se a configuração em planta de co- pressão empírica seguinte:
nos de nível de igual cota que interceptam cada uma das
berturas com várias águas cujos declives, embora arbitrados, são cuja interseção se pretende determinar, segundo retas Qmunicações Verticais
declives correntes das águas de coberturas. vel a essa mesma cota.
2e+c~64
ento construtivo comum a todas as edificações com
Para a detenninação elos segmentos de interseção dos vários A interseção das retas de nível de igual cota, de cada u sendo e: altura elo espelho, em centímetros
piso) cuja importância é tão fundamental quanto
planos (águas da cobertura), são graduadas retas de maior águas, (Método Geral de Interseção de Planos - ver 1.2 e: largura do cobertor, em centúnetros
êl -estabelecer a comunicação (vertical) entre os
declive que identificam cada um dos planos constituintes das determina um ponto pertencente a ambas as águas e, p· f:São as escadas e, em edificações de médio e gran- Constituindo em geral objeto de desenhos de detalhe, é, no
águas da cobertura. to, um ponto da interseção pretendida. )'.hbém os elevadores. entanto, indispensável a sua representação nas plantas e cor-
190 Capítulo Nove Desenho Técnico eni Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 191
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· 4.2 Elevadores
re que uma construção exceder 11,5 ma partir ela cota
ira, deve incluir elevador. O elevador, que pode ocu-
- espaço entre as escadas, necessita de um espaço acima
FIGURA 9.6 Geração da configuração de coberturas em sistema CAD. (Reprodução Autorizada Roofbuilderto-ols.com.) Vel superior, destinado à casa das máquinas.
ensões correntes do corpo de elevadores são da ordem
tes (ou vistas, se forem exteriores) no sentido de ser conheci- As dimensões das escadas são regulamentadas, sendo com X 1,35 m, devendo-se considerar ainda um acréscimo
da a sua localização e inserção no conjunto da edificação. os seguintes valores para a largura: _:-•"rn para o contrapeso, que pode ser em largura ou em
(!didade (Figura 9.9).
As escadas são, em geral, constituídas por vários lances e pata- 0,80 m em moradias;
mares intermediários. Entre os patamares, os lances de esca- \ 0,90 m em habitações coletivas; Çj{itros tipos de edifícios, como edifícios públicos (p. ex.
da, ou seja, o conjunto de degraus, vencem o desnível. 1,10 m em habitação com mais de 2 pisos;-patamar: 1,2~_ ~is), ou edifícios com garagens subterrâneas e elevado-
1,40 m em edifícios com mais de 10 pisos - pataffi automóveis, as dimensões dos elevadores serão obje-
Na sua representação em planta, o sentido ascendente da es- nálise própria e de acordo com disposições dos própri-
1,50 m.
cada é referenciado por uma seta colocada sobre a linha de icantes.
eixo do lance (Figura 9.7). A distância horizontal entre as escadas que vão para o pav·
superior e para o pavimento irúerior é, em geral, de O,
Sempre que existam mais de dois pisos se1vidos pela mesma Desenhos de Detalhe
quando não há elevadores entre elas.
escada, a sua representação na planta da escada, visível em cada
um dos pisos, inclui dois traços paralelos de tipo traço-ponto com No caso do desenho de escadas, também os sistemas CAD e·;: Jlho de detalhe é utilizado principalmente na apresen-
a orientação de 45º (Figura 9-7 b) interceptando a linha de eixo particular, os sistemas CAD específicos para arquitetura, d.is ·\e particularidades menos comuns na construção que
do lance no ponto pertencente ao plano de corte hotizontal (pla- de funcionalidades que desencadeiem um algotitmo para ~ :.ficar bem definidas, quer em termos de configuração FIGURA 9.8 Solução de escada gerada automaticamente em Sistema
no de nível) que dá origem a essa planta. lo e traçado automático de escadas com opção de observ trica, quer em termos de funcionamento e materiais CAD de acordo com dados do usuário.
192 Capítulo Nove
Desenho Técnico em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 193
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Corte C- e Corte D- D
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FIGURA 9.10 Desenho de detalhe: detalhe de janela (elemento desenhado constituinte de um mapa de vãos) .
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constituintes: madeira, ferro e ligas metálicas e, mais atualmen- As portas, sendo exteriores, devem assentar na soleira, que deve\
I]J
te, o alumínio anodizado. estar a um nível máximo de 0,10 cm acima do nível do solo, e,
~
B
suas dimensões mais correntes são (Figura 9.12):
9.2.5.1 Janelas e portas Altura: 2,10 m
Sempre que existam diferentes tipos ou dimensões de janelas e
portas a considerar numa construção é usual incluir no projeto
uma outra peça desenhada: o mapa de vãos devidamente refe-
Larguras: 0,70 m em portas interiores (uma folha ou um--_
batente)
0,80 m em portas exteriores (uma folha ou um
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renciado nos desenhos de conjunto. batente)
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O, 75 m em p01tas exteriores (duas folhas ou uni: '
O mapa de vãos estabelece as dimensões, formas de abrir, pro-
batente)
cesso de montagem, etc. de portas e janelas (Figura 9.10 e
Figura 9.11), interiores e exteriores, constitui-se como um No âmbito da utilização dos sistemas CAD, vale citar a possi,z
_L_ ~-
desenho ele detalhe.
Um mapa de vãos inclui, por conseguinte, a representação,
em planta e em vista, das janelas e portas da edificação em
bitidade de desenho de portas (assim como qualquer outrc:{',
detalhe) através da sua inserção no desenho em curso. Ess
desenhos, disponíveis em bibliotecas de desenhos, por exe
'
Corte A-A
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escalas geralmente 1:20 ou 1:25, referenciadas por uma letra
plo de portas, de janelas, ou de qualquer outro detalhe (pux
dores, por exemplo, se assim se entender) podem ser obtido.
_L_ ~-
ou um número em relação às representações nos desenhos
li(
de conjunto (em geral, as plantas). por qualquer dos processos seguintes:
No que se refere às janelas, podem ser de dimensão variável, Acumulação de desenhos p1óprios ao longo do tempo ou pr
sendo as mais freqüentes: positais em momentos de inspiração de desenho de portas·
Aquisição junto de produtores de software (na internet
Largura: 1,50 m FIGURA 9.11 Desenho de detalhe: detalhes de
muitas propostas de arquivos de desenhos de detalhes porta (Elemento constituinte de um mapa de
Altura: 0,50 m acim2< do peitoril ou 2,50 m se for de sacada. construção); vãos). CorteB-B CorteC-C
194 Capítulo Nove Desenho Técnico em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 195
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Com ombreira
Duas folhas
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Porta de correr
Porta vaivém
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FIGURA 9.12 Representação dos vários tipos de portas em plantas de conjunto, incluindo referência numérica para representação dos seus detalhesi '
em mapas de vãos.
--
Solicitação junto de alguns fabricantes ele um dado tipo de
'
detalhes (a idéia terá começado por um fabricante de lou- F1GURA 9.14 Cotagem de plantas em arquitetura.
ças sanitárias), que, no propósito de incrementar as suas
vendas, disponibilizam aos projetistas arquivos de desenho
dos seus produtos, no sentido de que a sua inserção em
projetos de arquitetura acabará por prescrevê-los. -:cotas de espessuras: representando as medidas da espes- Como se sabe, aumentar ou reduzir as dimensões de um dado
ra dos pilares, paredes e pavimentos; desenho cotado segundo qualquer das direções permite a
Os exemplos da Figura 9.10 e da Figura 9.11 correspondem otas de eixo dos vãos: que estabelecem as medidas en- mesma modificação na linha de cota correspondente, po-
a algum destes modos. e eixos de todos os vãos; dendo optar-se pelo reajustamento automático do respecti-
otas de implantação: determinam a localização para vo valor.
9.2.5.2 Chaminés 'implantação dos pilares, das paredes e níveis de pavi-
Dentre os desenhos de detalhe, vale ainda citar o caso da re- 9.2.6.3 Equipamento intedor e coragem
presentação de chaminés (Figura 9.13). Sentando-se o valor da cota, perpendicular à linha de cota,
A representação de equipamento em desenhos de arquitetura
espondendo a distâncias medidas a partir de um ponto
São recomendações gerais de dimensionamento considerar um envolve, fundamentalmente, os aparelhos sanitários e os apa-
Um até o início das paredes e eixos dos pilares. As cotas
número de saídas de fumaça igual ao dos dispositivos que relhos das cozinhas.
ltantes correspondem à adição ou subtração das cotas
servem, Cada conduto de fumaça pode medir 0 130 X 0,30 m
tidas. Em situações de edifícios de maior porte, sobretudo edifícibs
(por cada saída de fumo), elevando-se a uma altura de 0,60 m
comerciais, pelo menos em nível de estudo de instalação, é
em relação à linha de cumeeira, A espessura das paredes é,
:6.2 Cotas em cortes usual a representação do próprio mobiliário. De resto, a utili-
em geral, de 0,30 m, incluindo material isolante,
zação dos sistemas CAD para simular a instalação de diferen-
tipo de representação) são incluídas cotas de implanta- tes tipos de mobiliário é nestes casos perfeitamente adequada
9.2.6 Cotagem em Desenho de elativas a um nível considerado de referência. e usual.
Arquitetura , são cotados todos os níveis (pavimentos) em relação a Existem símbolos que permitem, quer em planta, quer em vis-
referência) devendo-se indicar também a cota do teto do ta, representar qualquer tipo de mobiliário no sentido de dar
Embora em todas as figuras apresentadas até aqui neste capí-
_o piso. maior ênfase à justificação do espaço projetado por comparti-
tulo se tenha seguido as normas gerais de cotagem em dese-
nho técnico, interessa citar alguns aspectos de utilização prá- ser apresentadas indicações sobre as dimensões verti- mento e, por conseguinte, aos valores das cotas considerados
FIGURA 9.13 Representação de chaminés. (Figura 9.16).
tica bastante generalizada, resultantes da adoção de normas ntre os níveis dos pavimentos 1 sua espessura, pés-direitos
internacionais, em especial das normas francesas, como com- ras de portas e janelas (Figura 9.15).
plemento das normas gerais de cotagem em desenho técnico, 9.2.7 Apresentações Realistas
Podem ser consideradas cotas interiores ou exteriores, e hto à utilização dos sistemas CAD, é já conhecida a fun-
fonne se apresentem no interior ou no exterior da planta, àJidade de atribuição automática de cotas.
São já bem conhecidas as apresentações e animações realistas
9.2.6.l Cotas em plantas tas não devem ser repetidas nem aplicadas sobre o <lese interessante ainda é a sua alteração simultânea por ma- de projetos de arquitetura, em termos de forma, cor e textura
A cotagem em planta utiliza os tipos de cotagem em série e em de escadas, vãos de portas, aparelhos sanitários, etc. ação e modificação dos desenhos no âmbito da produ- dos próprios materiais a utilizar, quer em termos da apresen-
paralelo com a origem çomum a determinado ponto de referência, A sua representação deve seguir uma ordem própria (Figura 9.l da concepção, nos tem1os detalhadamente descritos. tação do seu exterior, do interior, da sua inserção num con-
Capítulo Nove Desenho Técnico em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 197
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Estudo da iluminação exterior do Festival Hall, projeto de
Kirkland Partnerships (Toronto, ON). Renderingexecutado por
Cícada Design (Toronto, ON).
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FIGURA 9.15 Cotagem de um corte em arquitetura.
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sos ele utilização do sistema CAD como instrumentação ele
desenho em 2D, na medida em que pressupõe a modelagem
Interior do Museu de Arte Moderna de San Francisco, projeto
de Mario Botta.
Praça de entrada de Museu Entrance. Renderingexecutado por
Shinsuke Baba (Brookline, MA).
geométrica tridimensional da edifica\:ão. FIGURA 9.17 Rendering de modelos 3D (reprodução autorizada Ught-lmage Software).
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1 Todavia, este processo é atualmente muito freqüente no âmbi:
"---- Área de serviço '° 1'-- to do projeto de arquitetura, na medida em que, como se refe~
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riu, pode ser simultâneo à elaboração de plantas e vistas e redes ele abastecimento ele água, de drenagem, elétrica e de O desenho ele instalações, cuja maior importância se reporta
~
- -
COZINHA 2D, a que se .segue um processo ele rendering do modelo 3D. e, atualmente, cada vez mais, de telefones e comunicações ao traçado em planta, deve, pois, ser explícito em todos estes
12,09 mr--
~ 0,2 285 gemi, são igualmente objeto de estudo e projeto. aspectos.
X ,, oi N A Figmra 9.17 apresenta ilustrações deste tipo, por utilizaçã
1 o
- do sistema -~DStudio ela Autodesk, Inc. sobre modelos geo'
ºº
X X
tÍ/Fº 1
- métricos, obtidos em Architectural De.skt.op - sistema CA
projeto ele instalações, que envolve mais uma vez urna par-
êscrita de justificação, quer de traçado quer ele dimensiona-
Representado em geral sobre plantas de arquitetura não cotadas
os=t::
310 1
(Esc. 1:100 ou 1:50), utiliza diferentes tipos ele traço para repre-
específico para arquitetura, que opera sobre o sistema , hto, com base em conceitos e princípios ele ordem científi- sentação das tubulações (de águas frias e de ágüas quentes, por
hJ--1- 1
I --- I.S, lO genérico AutoCAD. e tecnológica, com observância de requisitos mínimos (cm exemplo), códigos de indicação de trajetos, indicação do calibre
plexiclade elo fenômeno físico do escoamento em pres- ternas e sistemas ele bombeamento.
é já conhecido. vês de condutores, quer sob a forma ele tubulações (á
quer sob a forma ele fios ou cabos (eletricidade), impli, interior de tubulaçües obriga à consideração de cuida- Por vezes, quando há muitos pisos, muitas derivações e, em_
Constitui necessariamente um trabalho aparentemente acres- correta inserção destes elementos nas construções, sob a critérios de traçado e dimensionamento e à inclusão ele geral, mais do que uma coluna de abastecimento, é ainda usual
cido relativamente aos processos tradicionais ou aos proces- ma de redes. acessórios complementares. a inclusão de uma perspectiva isométrica da rede de abasteci-
198 Capítulo Nove Desenho Técnico em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 199
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Li 1/
FIGURA 9.18 Rede de abastecimento de água em edificação com indicação de diâmetros das tubulações.
Torneira a ligar
Rede de Águas Frias
Tubo ttex/vel
Rede de Águas Quentes FIGURA 9.21 Esquema (kit) de montagem de rede de abastecimento de água.
Hidrômetro
Válvula de regulagem para caso de incêndio , 1 do projeto de arquitetura de algum modo estiverem gráfica, no nível das peças desenhadas do projeto de rede de
ou sistema secundário etrizadas cotas altimétricas, pode-se ainda permitir o incêndios, pauta-se por critérios elo mesmo tipo dos descritos
do automático do esquema de montagem do tipo indica- e ilustrados para '.1S redes de abastecimento de água.
Válvula de passagem
a Figura 9.21.
is interessante ainda na utilização de sistemas CAD especí-
para o traçado de redes de abastecimento de água refere-se
ém ao processo de dimensionamento, medições e quanti-
, . Com efeito, associados aos elementos gráficos, incluindo
O programa CAD específico pode também, e de modo análogo,
auxiliar no dimensionamento e instalação (representação) de redes
de incêndios e, em especial, dos chamados sprinklers (Figura
9.23).
FIGURA 9.19 Desenho de detalhe de projeto de abastecimento de água.
liotecas de acessórios, pode haver atributos alfanuméricos
Válvula de descarga
cluam, no nível do dimensionamento e do esquema geral
9.3.2 Redes de Canalizações de
, donamento da rede (Figura 9.22), restrições, quer de tra- Drenagens
mento de água, sem escala, vulgarmente designada kit de quer de inclusão de acessótios, e mesmo possibilidade de
Chuveiro
montagem. Isto tem como efeito explicitar a sua configuração A drenagem, que 1 por definição 1 completa um ciclo face ao
, ância e de controle de disposições regulamentares ou de
para além da representação em planta e cortes e auxiliar a fornecimento, é também objeto de um projeto próprio no
s de dimensionamento (por exemplo, a impossibilidade
quantificação de dispositivos acessórios e de ligação das tu- Torneira misturadora
âmbito dos projetos de instalações.
r dois diâmetros sem uma junta de transi~ão).
bulações, sobretudo curvas e tês (Figura 9.21). No âmbito do projeto de drenagem interessa considerar as
O de redes de abastecimento de água ele mâ:ior comple-
O traçado de redes de abastecimento de água com auxfüo dos Torneira redes de drenagem de águas residuais e de drenagem de águas
, por exemplo, em edifícios altos para os quais' é neces-
sistemas CAD também é muito facilitado em relação aos pro- pluviais.
ombeamento e para cujo dimensionamento se requer
cessos tradicionais. Mesmo no âmbito dos sistemas CAD ge- hidráulico, além da mera obsetvância de disposições Reporta-se ao traçado e dimensionamento das redes de esgo-
néricos, a própria caracterização geral da sua utilização 1 prin- Tomada de água em incêndio
entares pode estar associado ao sistema CAD específi- tos e inclui as redes de esgotos domésticos (ou águas servi-
cipalmente a utilização de camadas (layers), permite o traça- :lpodelo matemático para o respectivo cálculo, cujos re- das) e a rede pluvial.
FIGURA 9.20 Simbologia para representação de acessórios em redes irí_
do da rede em camadas próprias - rede de águas frias numa se traduzem em indicações quanto às características de
ores de abastecimento de água.
camada, rede de águas quentes em outra, e ainda acessórios As peças desenhadas que integram o projeto de drenagem estão
ionamento a adotar.
em outra. Estas camadas são estabelecidas, por sua vez, sobre sujeitas ao modo de orientação e seqüência do projeto de abas-
a camada (ou camadas) que contêm os vários desenhos de Caso se recorra à utilização de sistemas CAD específicos sionamento de redes de incêndio obedece a especi- tecimento de água, muito embora uma diferença fundamental
arquitetura, sobre os quais se instala (desenho) a rede de abas- redes de abastecimento de água, normalmente dispõe-se, de dimensionamento e traçado, que fogem necessa- entre as redes de abastecimento de água e as redes de drena-
tecimento de água. de princípio, de bibliotecas de desenhos de acessórios. S te fora do âmbito deste livro 1 mas cuja representação gem determinem configurações de traçado, de diferentes ti-
200 Capítulo Nove
Desenho Técnico em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 201
Rede de esgotos domésticos !idade, principalmente sob os tetos de garagens, por ser usual
prescindir da colocação de tetos falsos nessas zonas.
Rede de esgotos pluviais
_J fP"rld Rosqvoi,
Os ramais de descarga dos aparelhos sanitários são, em geral,
/
,ç/' ligados a caixas de união colocadas no pavimento. De cada
/' Caixa c/ sifão de pavimento
uma, parte um ramal ligado a um tubo vertical, em geral, ele
maior diâmetro, pois recebe vários ramais - a coluna (ou co-
Caixa de reunião, de pavimento lunas), ou tubo ele queda da rede (Figura 9-25) embutido nas
paredes cio edifício ou inst,ilado cm courettes próprias.
-O- Caixa de visita A ligação ao coletor implica, por vezes, trajetos do ramal de
ligação de extensão apreciável devendo-se prever caixas de
Ralo de pavimento visita (Figura 9.26) nas várias partes retilíneas e assegurar sem-
pre um declive mínimo para os ramais, ele resto também devi-
damente regulamentado.
Coluna ascendente
Um outro elemento freqüentemente associado à rede ele águas
servidas refere-se à inclusão de tubos de ventilação. Os tubos
Coluna ascendente-descendente
ele ventilação sujeitos a critérios de traçado e dimensionamento
próprios podem satisfazer a ventilação de ramais ele descarga,
de tubos ele queda ou ambos e carecem da respectiva repre-
Coluna descendente
sentação em planta. No entanto, sua utilização é mais freqüente
em edificações ele médio e grande porte (Figura 9.27).
FIGURA 9.22 Processo de dimensionamento de rede usando-se o sistema CAD_ Pi N • .
funcionamento (reprodução autorizada Helix delta"Q). pe efwork Analys1s Program, a partir do seu esquema de A apresentação em corte é também usual no sentido de serem
Idem águas pluviais
obse1vados os tubos de queda e colunas, o modo de ligação
dos ramais e ligaçôes ao coletor geral através· do ramal de li-
gação (Figura 9.28).
·;- ><,\f1GURA 9.24 Simbologia possível para representação de acessórios em
, '_rêdes interiores de drenagem. Os projetos de drenagem podem também incluir peças dese-
nhadas com elementos de detalhe em uma escala maior, 1:20
Drenagem de águas residuais ou 1:10, referente a disposições constlutivas ou representação
de acessórios, com a indicação de legenda nos termos das
redes de drenagem no interior das edificações e, em parti- regras gerais do desenho técnico sobre este assunto (Figura
ar, as redes de águas se1vidas são constituídas por ramais 9.29),
descarga dos aparelhos sanitários com uma parte vertical e
rtes horizontais alojadas (embutidas), nas lajes de pavimen-
9.3.2.2 Drenagem de águas pluviais
ou sob estas quando se prevê a adoção de tetos falsos que,
lado inferior ela laje, impeçam a visibilidade da tubulação. A rede de drenagem de águas pluviais é, do Ponto de vista de
s construçôes atuais, sempre que se opte pela segunda hi- representação gráfica no respectivo projeto) mais simples. Em
, tese ele instalaçôes elas tubulações, é freqüente a sua visibi- geral, inclui-se nas peças desenhadas que representam a rede
FIGURA 9.23 Representaçã9 de rede de sprinklers, usando-se o sistema CAD específico (reprodução autorizada Autodesk, lnc.).
= =
pos. Enquanto na rede de abastecimento de água o escoamento
ventilação da rede doméstica, e incluem simbologia própria p
é sob pressão, preenchendo toda a seção da tubulação, nas
representação ele elementos e órgãos acessórios (Figura 9.2
redes de drenagem o escoamento é em superfície livre (não
preenche toda a seção da tubulação, e o escoamento se dá Também, quanto a se reconer aos sistemas CAD, os procedim
por ação da gravidade). tos são do tipo descrito em relação ao dimensionamento,
do e representação ele redes de abastecimento de água.
Embora o traçado das redes de drenagem obedeça a critérios di-
Assim, enquanto na rede de abastecimento de água o tra
f~r~nt:s, as redes de esgotos domésticos e a rede de águas plu-
das tubulações é qualquer, no caso das redes de drenagem
viais sao, em geral, representadas simultaneamente sobre dese-
na-se impossível a consideração de trajetos que obriguem "a
nhos de arquitetura na escala 1:100 ou na escala 1:50 não cota-
bi~!a" cio _cscoa~ento, a menos que se preveja (e sempre se d
dos e utilizando diferentes tipos e espessuras de traço, confonnc
evitar) a mclusao ele bombas hidráulicas que elevem O fluido FIA 9.25 Ligação de aparelhos sanitários: Ramais de descarga em corte e em planta (Regulamentos Gerais das Canalizações de Água e Esgoto
se refiram a drenagem de água servidas, pluviais ou tubos de
escoamento - bombeamento de águas se1vidas. , CAE (reprodução autorizada por JN/CM).
202 Capítulo Nove Desenho Técnico em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 203
;:;; ;;,;
/ dT,bo
llL
1/
✓ Torneira a ligar
ffe,f,ef
/'.'. Cordão de borracha
Fita de Ç_(l.!.Jl@"'
/
½mlw-
:~
S1lao de garrafa
X X 1 /'.'. -
J Fita de cortiça -----,
ºº
X X 1 ;;:;_ "" "
'
J_
FIGURA 9.29 Representação em corte e em planta de parte das redes de drenagem de uma pequena edificação,
·-ê, drenagem de águas servidas, sem qualquer confusão, fa- No caso de cobe1turas em telhado, é freqüente a instalação de
FIGURA 9.26 Traçado em planta da rede de águas , do-se uso de simbologia e tipos de traço próprios (Figura calhas ao longo dos beirais para recolhimento das águas. Estas
servidas em pequena edificação. 24). calhas estão ligadas em alguns pontos ela sua extensão a tu-
'.rede de drenagem pluvial é, em geral, constituída por tubos bos de queda, em geral desembocando em caixas de visita,
queda embutidos nas paredes (em geral nos cunhais) ou colocadas ao nível térreo (Figura 9.30).
eridos em courettes da edificação ou fixos nas paredes, por O ramal de ligação ao coletor pluvial, em geral instalado no
es com efeito estético, sobretudo através de cores contrns- nível térreo, está sujeito ao mesmo critério de traçado que os
es com as do edifício. ramais de ligação em redes de águas servidas.
tubos de queda recebem a água da chuva que cai sobre a
rt:ura da edificação e em pavimentos expostos (varandas 9.3.3 Redes de Instalação Elétrica
rraços). No topo dos tubos, e ao nível da cobertura e dos
mentos expostos, emergem ralos para onde a existência Os projetos de redes de instalação elétrica são, do ponto de
equenos declives nos pavimentos ou cobertura dirigem vista gráfico, do tipo dos projetos de redes de canalizações de
abastecimentos de água.
075
0110
090
0110
FIGURA 9.28 Representação em corte e em planta de parte_ ---------- ----{J-L _________
Para coletor pluvial 0 125 0110 ____ _
PISO TÉRREO das redes de drenagem de uma pequena edificação. FIGURA 9.30 Rede de drenagem pluvial de cobertura de edificação.
Desenho Técnico em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 205
204 Capítulo Nove
São apresentados, mais uma vez, sobre plantas de arquitetura la) dos quadros de distribuição (Figmra 9.32 c), que, mais uma
GIO GIO
e definem o traçado dos condutores e os aparelhos elétricos a vez, inclui símbolos gráficos adequados.
instalar representados através ele simbologia própria.
A instalação elétrica é, em geral, embutida 1 isto é, os conduto-
res são colocados em tubos-base de plástico, por sua vez in-
Em situações de maior complexidade ou de inclusão de disposi-
tivos e acessórios espediis, deverão também ser apresentados
os respectivos desenhos de detalhe constrntivos ou ele instalação.
.,
• "
.o
ff
'º
seridos no interior das paredes nas quais são abertos canais "-b
ainda antes do seu acabamento (reboco e pintura). 9.4 DESENHO DE ESTRUTURAS DE '"
:110
"º
No caso de edificações industriais, cuja instalação elétrica en-
volve condutores de maior diâmetro (e, por vezes, com maior
EDIFICAÇÕES / ºfu
número de fios), podem ser exteriores e fixos nas paredes ou Entende-se por estrutura de uma construção o conjunto ele
tetos por meio de acessórios adequados (tipo braçadeiras apa-
rafusadas) ou por colagem.
elementos dessa constrnção cuja função é assegurar boas con-
dições de estabilidade e, para um dado período de tempo, re- , /
Para este fim, nas plantas que integram o projeto ele instala-
ções elétricas e acompanhado de simbologia adequada (Fi~
sistir aos esforços que as ações a que está submetida lhe trans-
mitem.
A configuração das estruturas depende de vários fatores, con- -:
/
gw.·a 9.31), deve o traçado ser feito no exterior da parede de
forma a elucidar sobre a face em que devem ser abertos os
respectivos canais (Figura 9.32).
forme o fim a que se destinam, tendo em conta as caracterís-
ticas físicas do ponto de vista da resistência dos materiais dos
/
vários elementos estruturais que as constituem, à luz da plena::
O número ele condutores no interior do tubo (embutido ou satisfação de estabilidade face às ações a que estarão sujeitas,<
não) em cada zona do traçado é representado por meio de em conjugação com critérios de economia e de estética.
pequenos traços oblíquos, podendo-se também recorrer a sím-
bolos gi·áficos.
9.4.1 Genet·alidades. Materiais
Quando existem circuitos independentes na instalação elétri-
ca de uma edificação 1 pode-se recorrer a diferentes tipos de No que se refere aos materiais principais dos elementos cons-~'
traço para visualizá-los de modo independente e, p01tanto, mais tituintes das estruturas resistentes que asseguram a estabilidá
explícito. de de uma dada edificação, os mais utilizados são a madeirar
a pedra, o aço e o concreto armado.
Em termos de desenhos de detalhe, os projetos ele redes de o
instalação elétrica limitam-se, em geral e nas situações mais Cada um destes materiais tem características de resistência pró:4 --©-------
correntes, à apresentação esquemática (e, portanto, sem esca- prias e é utilizado segundo técnicas de trabalho específicas, a)
m m o
rv m m
Corrente Símbolo geral Eletroduto passando Eletroduto passando Eletroduto
alternada de eletroduto acima de uma supertície abaixo de uma supertície conduíte
Caixa de derivação
(3 eletrodutos)
.P
Eletroduto atravessando
verticalmente uma parede
tf'
Interruptor unipolar
Eletroduto
que sobe
;f
Comutador de
r\
Eletroduto
que desce
cb ~3
Botão
<llb
Tomada múltipla
t i
'
/
/
Interruptor
unipolar para iluminação dupla dois sentidos Tomada simples (3 fases) /
rL,
Tomada para
r O] X
Lâmpada com
extremidade
X 5X60W
Grupo de cinco
telecomunicações Antena Alto-falante de eletroduto lâmpadas de 60 W
X'
Suporte para
xi
Lâmpada fixada Lâmpada
-D
Aparelho
~
lâmpada com numa parede fluorescente eletrodoméstico Campainha b)
interruptor
FIGURA 9.32 Parte da planta de uma rede de instalação elétrica: a) Circuito de iluminação. b) Circuito de tomadas; (continua)
FtGURA 9.31· Simbologia utilizada na representação dos acessórios mais comuns em instalações elétricas de edificações.
206 Capítulo Nove
Desenho Técnico em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 207
eu 1GxJ
~ f"
A 1 ' do vão da viga (supondo também que, quanto às suas carac- -PERFIS> 180- Aço Fe 430 NP EN 10025.
~,OmA ' -PERFIS< 180 E Chapas - Aço Fe 360 NP EN 10025.
ln~ 15A
'1' terísticas físicas, a viga é perfeitamente homogênea) ou se for -Parafusos e porcas de rosca métrica - Aço classe 8.8
r
lcg~6KA
10A
,l 1 ,1 15A ,l
: uma ação exterior distribuída de forma perfeitamente unifor-
PROTECÃO ANTICORROSIVA
' '" '"' '"' '"' 'i me ao longo cio seu vão.
1 1
10rnA \
1
1
? 1
1
1
tituem determina uma orientação dos esforços ele modo a atua- Soldaduras -t3-($lj
rem perpendiculannente às juntas, e os blocos que constituem 1
-
1 - Silllbologia Simbologia
1 1 0 arco são solicitados à compressão transmitindo esforços igual- Oficina Montagem Oe1alhe
Oficina Montagem
Detalhe
1
mente ele compressão aos pilares em que o arco se apóia.
!
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e<~ 6
! e<-1'~
N,c1ACU/TO
1
'1 1
1
Assim) para uma mesma carga consegue-se, em geral, um vão ~ ~3 f , .
3
' maior com um arco elo que com uma viga, processo, como se
1
;v-
,·016 1
12,,1.5~ ~{1,51' ~{2,),,.2,5~ 1~(2.5
CONDUTORES - SEÇÃO n>m' ;016
'"º
1~
2,~,s, T(2,s 12,~,s'~ ~12,,),.,1.5~
sabei determinante na arquitetura e na construção em geral H5~
r~
2,2,s • T(2.5
DES[GNAÇÃO ENTRAM
INCAMí~'<l
ELLIMlNIIÇÃO
IN0NTING
AN E
SPACE NO
TOMADAS
SOCKET
TOMADAS
SOCKET
TOMADAS
SOCKET
ANE SECADOR AN.E
FIGURA 9.32 Parte da planta de uma na Antiguidade. ~ ~' 3 '
3
~i:;::
FAN CO>L SPACEND OECABELO SPAGENO
EOUI~ OUTLETS OUtLETS OUTL8S
EOUIP HAIA DAYER EOUlP
e)
f'OTÉNC•A rede de instalação elétrica: c) Quadro '"º
elétrico.(continuação)
9.4.1.2 Madeira r' ~ é ~3
"~
-~
-'-"Z
r ~ ~i::;::
e>~ 15
Quase simultaneamente com as estruturas de alvenaria, as es- 10° a ~o•
9.4.1.1 Pedra
/- ~3
Os esforços de flexão resultám em forças (representadas por truturas ele madeira também foram de utilização freqüente, "~
---r;.
A pedra, que foi muito utilizada na Antiguidade, sobretudo setas) que tendem a deformar a viga tal como indica a linha :' ){?-5-:~ndo, no entanto, utilizadas em construções relativamente f - - - ···--·, - ~
a<O,i'al
interrompida na figura. /·-_-"f,{!quenas e que não se pretendiam tão duradouras como as
pelos egípcios 1 gregos e romanos, é um material com elevada
resistência à compressão, mas de fraca resistência à tração. É,
por isto, um material de excelentes condições para ser utiliza-
Quando a viga se deforma, suas fibras superiores ficam sujei- & pedra. ·ª-~" ~
~
' ,.,
.,
tas a esforços de compressão, e as inferiores, a esforços de ·;;;:\;):r,M_uito embora seja hoje em dia possível um tratamento da Verificação da~_:5_?'.?~-- Soldagens em geral
- --·-
do em colunas, pilares ou paredes, desde que estejam sujeitos tração. Se a viga for de pedra, se rompe mais facilmente que_ \{k::.::Ji1:adeira para aumentar substancialmente o seu período nor- RX Por raios X
apenas a forças de compressão e centradas. É o caso das es- outros 1?ateriais para uma dada carga, pois resiste muito pou- i<i'::i\:Jin~I de duração, o problema fundamental continua a ser a sua us Por ultra-sons fl_J9'\,, fl.~.'\.
truturas representadas na Figura 9-33 a e b. co a esforços de tração, condicionando assim o vão. , ---<,,i,ulnerabilic\acle à ação do fogo.
Preparação e execução das soldagens segundo o F{ê-9ii[ãin8nto de
O vão representado na Figura 9.33 a é vencido através de um Os esforços de compressão sobre os apoios (parede ou pilar ·:Relativamente às suas características mecânicas, a madeira su- Estruturas de Aço para Edifícios (artº 26 a 37, 60, 65 NP 1515) e cum-
elemento estrutural designado vigai que deve suportar a ação sobre os quais se apóia a viga), são tr.1nsmitidos a estes consti-, primento das recomendações do EUROCODE 3 sobre execução e con-
··'pOrta deformações relativamente grandes, principalmente se tro!e de qualidade.
que lhe é transmitida por uma parede que suporte qualquer outra tuindo-se como ações sobre cada um deles. Em situ;ção de- mparadas com as deformações a que a pedra resiste antes
ação (e, portanto, o seu próprio peso) que sobre ele se apóia. estabilidade1 devem suscitar um esforço de reação (resistên- Observações: Salvo indicações nos desenhos de projeto, devem utili-
atingir a ruptura. zar-se cordões com 0,7 da espessura do elemento mais fino a soldar
cia à compressão por parte dessa parede ou pilar) capaz de' nas juntas de ângulo, ou de peneiração total nas juntas de topo a topo.
Assim, são transmitidos à viga esforços de flexão, e aos apoi- ando solicitada segundo a direção das fibras, resiste de forma
equilibrar a ação sobre cada um deles. Estas ações sobre cadá
os, esforços de compressão.
um dos apoios que suportam a viga são iguais, e, neste caso;- oximaclamente igual aos esforços de trações e aos esforços
FIGURA 9.34 Tipo de legenda sobre especificação das ligações dos ele-
mentos estruturais em estruturas metálicas reticuladas.
Ação sobre a estruturat 'ando solicitada normalmente (perpendicularmente) às fi-
s, as resistências à compressão e à tração são diferentes entre
t diferença de características mecânicas segundo a direção lização tridimensional em fases construtivas (Figura 9-35 b e c),
bem como fases finais da edificação a executar (Figura 9.36).
São atuante é designada anisotropia.
Esta possibilidade assume ainda maior interesse no caso de
Compressão
--, estruturas especiais, em geral de caráter público (Figura 9-37).
· 1.3 Estruturas metálicas
turas metálicas são formadas por elementos de aço la- Como já foi referido, o processo pode ser simultâneo à repre-
Tração 01 geralmente chapas ou perfis laminados, ligados en-
sentação das projeções ortogonais que formalmente constitu-
por meio de rebites, parafusos ou soldagem) segundo em o projeto, ou, conforme a tendência atual, o processo de
· icações a definir caso a caso (Figura 9-34). desenho consiste na modelação tridimensional, a pattir da qual
são geradas as vistas desejadas - plantas e vistas na conformi-
:ção dos diversos elementos metálicos - barras ou perfis dade da representação e apresentação formal dos projetos.
dos, podendo ainda por combinação entre si (soldagem
arafusamento) dar origem a outros perfis, ligados uns
Utros pelas extremidades, em pontos designados nós ela
9.4.1.4 Estruturas de concreto armado
_tura-permite constituir estruturas metálicas, em geral do O material estrutural mais utilizado atualmente na construção
,reticulado (Figura 9-35 a), cujos projetos também se é o concreto.
entam segundo os conceitos de projeções geométricas
a) A argamassa de cimento é uma mistura de areia, cimento e água
S no âmbito do desenho técnico.
em proporções adequadas. Se além destes elementos a mistura
mo ao nível da elaboração de projeto ele arquitetura, a uti- incluir também pedra, com dimensões e dosagens convenien-
FIGURA 9.33 Efeitos de ações em vigas (a) e em arcos {b).
de sistemas CAD, além do desenho a duas dimensões, tes, o material assim obtido passa a constituir-se concreto.
208 Capítulo Nove
Desenho Técnico em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 209
FIGURA 9.37 Visualização 30 do modelo geométrico de uma ponte metálica (reprodução autorizada).
rF.
i/
JclJ. .lJ_t_ tll~_tlJJ~J•~
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Zona de compressão
>)
2j j j l l~ hl l j j I j l
FIGURA 9.35 a) Vista parcial da vista prin- i\ /~
cipal de uma estrutura metálica reticulada;
FIGURA 9.38 Solicitações numa peça·de concreto armado.
b) Modelo geométrico tridimensional; e) De-
talhe de ligação (reprodução autorizada). e)
Eoncreto, no momento em que é fablicado, é fluido e pode ser áreas das seções elas barras a considerar) conforme o número
çado em qualquer molde ou recipiente, adaptando-se à sua de barras e os diâmetros das suas seções - gradualmente variá-
. Passado ce1to tempo, faz pega e endurece, comportan- veis em conformidade com a variação do valor dos esforços a
então, cio ponto de vista da resistência, de modo análo- que os elementos estruturais estarão sujeitos, como também a
a pedra. P01tanto, resiste bem aos esforços ele compres- mão-de-obra de corte, dobragem e colocação elas barras no
.; e mal aos de tração. interior elas peças de concreto armado, quando da sua
locação de aço nas peças de concreto, nas zonas que fi- moldagem, fica inquestionavelmente mais facilitado do que se
sujeitas a tração (Figura 9.38), pe1mite torná-las resistentes a configuração elos elementos de aço, em vez de ser à base de
barras, fosse outra.
, ém aos esforços de tração, obtendo-se assim um matelial
gêneo ~ o material concreto armado, mas de alta resis-
. ) quer à tração quer à compressão, bastante trabalhável 9.4.1.5 Peças desenhadas em projetos de
nômico relativamente a outros materiais com idênticas estruturas de concreto armado
Atualmente é freqüente a utilização de estruturas de concreto
_o, a ser colocado nas zonas que, devido ao efeito das ações armado. Neste caso é necessária a constmção de um molde
e os elementos constituintes elas estruturas de concreto (fôrma), geralmente em madeira, destinado a conter o con-
do - normalmente, lajes, vigas e pilares - ficarão creto e a permitir a correta colocação da armação.
nadas, é em geral sob a forma de barras. O conjunto de
s que se utiliza no concreto armado designa-se armação. A fôrma é posteriormente retirada após a pega do concreto -
FIGURA 9.36 Visualização do modelo reação química do cimento com a água durante o processo de
tridimensional de uma edificação industri- ,a utilização ele barras, não só se permite obter sucessiva- evaporação desta, que confere ao concreto o endurecimento
al (reprodução autorizada). áreas de armação - áreas das seções ele aço (soma das que lhe faz conferir a designação de pedra artificial. Assim é
210 Capítulo Nove
Desenho Técnico em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 211
necessário, para cada estrutura de concreto armado, fornecer sapatas), indicando a constituição 1 a forma e a localização das Tal não é adotado, pois tomaria morosa a representaç~lo - prin- indicada escrevendo-se e = x. sendo x, a espessura da laje
dois tipos de informação: armações, destinando-se a fornecer aos armadores de ferro (não, cipalmente se por processos de desenho tradicionais - e so- em metros, aproximada até os centímetros.
0
Os desenhos definidores da estrutura ou desenhos de mol- se denomina annadores de barras ele aço) indicações para o bretudo a posterior leitura. Por outro lado, a não necessidade
crnte, dobragem e montagem das barras. Junto das designações dos pilares e vigas é também possível
de, que representam a forma exterior final da estrutura e de representação de outras arestas que induzissem a simulta-
-•~-,;,...,._ indicar as dimensões das suas seções sob a fonna de um pro-
destinam-se aos carpinteiros que constroem a fônna. O cri- Utilizam-se em geral, as escalas 1:20 e 1:10. neidade de arestas visíveis permite adotar uma representação
duto ele dois números a X b, sendo o segundo número (no caso
tério de cotagem nestes desenhos deve ter cm conta este com todos os traços a cheio, que se pode considerar corres-
das vigas) a altura total medida desde a face superior da laje.
processo construtivo. pondente ao que seria o aspecto de uma vista por baixo cio
w Os desenhos constituintes do projeto ele estrutura de con-
9.4.1.6 Desenhos definidores da estmrura, pavimento, devendo todos os elementos ser referenciados. Por vezes, nas plantas dos desenhos e ele forma a tornar a re-
creto annado devem incluir logo no início um outro dese- esquemas esuuru1·ais presentação mais explícita, as vigas podem ser sombreadas.
A referência dos elementos consiste em atribuir designações
nho especialmente importante - o esquema estrntural. A Os desenhos definidores da estrntura, ou desenho de mold aos pilares e vigas e é inscrita geralmente junto dos elementos Um tipo de representação, especialmente para o esquema es-
escala mais corrente é 1:100, mas também podem ser usa- representam as formas externas dos elementos ele concret a que dizem respeito, utilizando-se linhas de referência, se trutural em que o principal objetivo é explicitar o modo como
das as escalas 1: 50 ou 1: 200. armado sem acabamento. .necessário. os vários elementos estmturais se ligam, através ela sua refe-
Autêntico mapa da disposição e ligação dos vários elementos rência exaustiva, é a forma apresentada na Figura 9.40.
Na Figura 9-39 apresenta-se a planta da estrutura do paviment '<\~s pilares podem ser representados de duas formas diferen-
estruturais, destina-se, pois, a apresentar o modo como todos de um edifício. , s. Se os pilares tiverem continuidade para o piso superior, Esta representação é suficiente para localizar todos os elemen-
esses elementos estruturais deverão se ligar e a referenciar cada curece-se toda a seção (Figura 9.40). Se os pilares existi- tos estruturais a serem detalhados nas restantes peças dese-
um deles. A esta vista corresponde um corte em planta, feito acima d
apenas para baixo do pavimento representado, desenha- nhadas que integram o projeto estrntural de concreto armado.
pavimento, de forma que os pilares representados que es
É a partir dessa referência que se identifica a representação em apenas o contorno da seção comum a traço mais grosso do A fundação dos pilares é, em geral, constituída por sapatas de
belecem a continuidade para o piso superior se apresent
detalhe, em ger.1l contida em outro desenho, da sua configura- e o correspondente ao contorno elas vigas e lajes. concreto armado.
como elementos cortados, e que as arestas das vigas des
ção geométrica detalhada, a disposição e configuração geomét.J.i- pavimento (isto é, imediatamente abaixo e que o suporte designações das lajes são indicadas dentro de uma peque- Para localizar as fundações elos vários pilares da estrutura é
ca das aimaçôes e a respectiva cotagem. sejam convencionalmente, e no âmbito do desenho de es circunferência desenhada a traço fino localizada no centro necessário recorrer a uma planta de fundações, como a que
Os desenhos dos elementos estruturais, ou desenhos de arma- turas, representadas a traço cheio (e não a traço interrom laje. No caso de haver setas em duas direções ortogonais, se apresenta na Figut·a 9.41, correspondente à estrutura do
ções, correspondem, do ponto de vista cio desenho técnico, à do, embora se trate de arestas invisíveis). _ta-se de uma laje armada em crnz. A espessura das lajes é piso represen.tada na Figm.·a 9.40.
representação ele cortes longitudinais e transversais e de seções Com efeito, nos termos das convenções do desenho técnic/
transversais das várias peças de concreto armado (lajes, vigas os contornos das vigas deveriam ser representados a traço j
e pilares e/ou pórticos, muros e/ou pa1·edes resistentes e terrompiclo, dado que são arestas invisíveis. 715 4 60
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FIGURA 9.39 Referência dos elementos estruturais num projeto de concreto armado. FIGURA 9.40 Esquema estrutural.
212 Capítulo Nove Desenho Técníco em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Cívil 213
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A cotagem de localização dos pilares e das respectivas funda- presentar nos desenhos tanto em corte transversal como lo
ções faz-se mediante a indicação da distância entre os respec- gitudinal.
tivos eixos e também entre os próprios elementos estruturais,
Os ganchos na extremidade das barras, que se destinam:}
que, neste caso, são as sapatas e os pilares.
aumentar a sua aderência ao concreto, têm as dimensões
acordo com a classe do aço e são definidos no regulame
9.4.1.7 Desenhos dos elementos estruturais referido. Note-se, no entanto, que sendo atualmente freqüe
Os desenhos dos elementos estluturais, que, como se referiu, a utilização de barras nervuradas nas armações, é dispens"
correspondem a representações em corte, em geral por pla- a execução de ganchos nas extremidades, procedendo-se à
FIGURA 9.42 Representação de armações, em desenhos de projeto, de elementos de concreto armado: vigas.
nos verticais, longitudinais ou transversais, (caso elas lajes) e representação como se indica na Figura 9,42.
seções longitudinais e transversais, respectivamente por pla- O modo de indicação cios grupos de barras representados'
nos de frente e por planos de perfil (caso de vigas), e por planos âmbito das peças de concreto armado em que se inserem
de nível (caso dos pilares), devem ter todas as informações gora 9.43) é o seguinte: :Oi em geral, não se requer a especificação do comprimen- Quando uma armação é constituída por várias barras iguais
sobre a geometria do respectivo elemento e sobre o número,
n0dXL.A. _-'._dka-se apenas: (Figura 9.44), dispostas paralelamente, a designação geral
diâmetro, localização, espaçamentos, amarração e dobramen-
pode ser feita por uma das duas formas seguintes:
to das barras que constituem as armações. que significa n barras de diâmetro d (em mm) e comprim n0d
A qualidade do concreto e do aço bem como os recobri- L (em mm) de aço da classe A ... indicada na legenda do n 0 d p.m.l.
'érios de cotagem de desenhos de armações em elemen-
mentos utilizados devem ser indicados nas peças desenha- pectivo desenho. 0 d// Ll
turais de concreto armado e sua designação e os modos
das, sendo estes valores definidos de acordo com o "Regu- O comprimento L é um comprimento total, incluindo ga Omuns de apresentação de conjuntos desses elementos sendo, no primeiro caso, n o número de barras por metró_J~t: _,
lamento de Estruturas de Concreto Armado e Pré-esforça- quando houver, é indicado quando o projeto especifica strados nas figuras seguintes, respectivamente para vi- near (p.m.l.) e, no segundo caso, 11, a eqüidistância --êriJf;t:\: ·
do" vigente. barras.
o exige. A classe do aço só é inscrita quando existe na m gura 9.42), pilares (Figura 9.43) e lajes (Figura 9.44).
As barras das armações, de seção circular, têm diâmetros nor- peça mais do que uma qualidade de aço, caso contrário,, por exemplo, na viga V3 da Figura 9,42, existe uma A indicação de L pode ser suprimida nas
malizados (ver Anexos) expressos em mm, devendo-se re- informação será incluída na legenda do desenho. o de três barras de diâmetro 12 mm. das. O símbolo// indica a eqüidistância entre as
Desenho Técnico em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 215
214 Capítulo Nove
Muro de suporte
Quadro de pilares
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ser substituída pelo símbolo # quando se trata de uma malha, senha-se apenas um tipo de barra de cada camada da a
ção, indicando, através de linhas de referência ou diret ô
isto é, barras eqüidistantes segundo as duas direções perpen- -
te sobre a barra) o diâmetro e o correspondente afastam ""ô> >\
diculares.
ou então o número de barras por metro (Figura 9.45). e
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Pode-se escrever# 0 d// Ll ou# L1 X 12) tratando-se, no pri- s ôe ~
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No caso das sapatas, cujo dimensionamento se rege pela
meiro caso, de uma malha quadrada com as barras à distância _,
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L1 (freqüente em malhas de armação de lajes (Figura 9.44);
ção entre a capacidade de carga do terreno e a ação q . s
é transmitida pelos diversos elementos estruturais (em _,
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no segundo caso> de uma malha retangular com barras distan- ó
os pilares e paredes da estrutura) (Figura 9.46\ as peça
tes de um valor 11 num sentido e de um valor 1 2 no outro, Assim:
senhadas devem obviamente definir todos os aspect
n0d; n0d p.m.l.; 0cl//L,. detalhe da sua geometria e das respectivas armaçõesj
e no caso de malhas quadradas: referenciadas em relação à planta de fundações.
ou Por vezes, e dada à semelhança de geometria entre >\
g g
junto de sapatas) é comum a apresentação de uma sap
1
Antes destas designações) pode-se acrescentar outra designa- 00
acomp~tnhada de um quadro que inclui todas as situa tg! ~ ôe
ção à natureza ou função da annação. Estão) neste caso, por ô
ôe w ô
exemplo> as designações para os estribos das vigas e as cintas Não é comum a inclusão de esquema para dobrame s '">' e
nos pilares (Figura 9.42 e Figura 9.43). barras. Recomenda-se, contudo, esta prática no caso s" ~
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com armações cuja dobragem seja menos habitual. _,"' o
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A indicação do comprimento total das barras interessa para § _,
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que o armador de ferro possa cortá-las com comprimentos Cabe ainda referir que> quando se pretende executar a 0
adequados. No entanto, ele necessita também de indicações longas) é geralmente necessário acrescentar as barras/ FIGURA 9.44 Desenho de detalhes de concreto armado: lajes,
para poder dobrá-las convenientemente. Por isso) devem ser neste caso indispensável prever uma sobreposição e
desenhados esquemas relativos à forma de dobrar as barras, ção numa extensão que está regulamentada (ver RE
que podem ser incluídos nos próprios desenhos de armações, função do diâmetro da barra e das classes de aço e do:
conforme se apresenta na Figura 9.45, ou fazê-los constar de to) sendo também impo1tante a cotagem dessas sobrep
uma lista que inclua essas informações. Finalmente> apresentam-se ainda exemplos de peças . .
É o que acontece> em geral> quando se recorre à representa-
das integrantes de projetos de estabilidade em concret.
ção em planta das annaçõe~ de lajes. Estas normalmente são que, pela configuração e geometria específicas da es
constituídas por conjuntos de barras iguais e eqüidístantes: de- questão) são apresentados sob a forma de um dese~
216 Capítulo Nove Desenho Técnico em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 217
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FIGURA 9.45 Esquema de dobramento de armações (no âmbito da representação de uma laje em planta).
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O bom desenvolvimento de um projeto de engenharia está ine- rem consideradas em si mesmas autônomas quer pela s ]
vitavelmente relacionado com o processo de planejamento de- especialidade e pelos meios envolvidos, quer pela fase em CÍ "'"' ,... ~~ ~
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vidamente cuidado em que cada atividade é estabelecida num surgem no desenrolar da obra.
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Assim, do ponto de vista do planejamento, as várias ativíd,
eles podem equivaler aos próprios blocos estabelecidos
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O registro e representação de informação referente ao processo
de planejamento e evolução em projetos e obras de engenharia âmbito da utilização do sistema CAD na fase do projeto. "-
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civil, constitui-se em geral de diagramas lógicos e gráficos de
banâ.S, gerados por software de planejamento e gestão de obras
Blocos, enquanto sistemas fundamentais em sistemas . ----
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FIGURA 9.47 Armação e dimensões de um conjunto de elementos estruturais de tanques de uma ETAR- Estação de Tratamento de Água-
ciais.
FIGURA 9.48 Armação e dimensões de um conjunto de elementos estruturais interligados de um reservatório.
220 Capítulo Nove Desenho Técnico em. Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 221
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9.5.2 Um Modelo Geométrico, do Ponto Assim, por exemplo, se o moclclo geométrico de um edifício
-",'º-'-=~-ccC7"º~'~"~'~"~''~'----~º'c+r!l•I i •IH J •:.• , w./J-.-i.!'~• lt4 ~ . L ! L _ f .a_,.: -.i L!L _!!..._
se con.stitui corno uma "bela" torre de vidro de quarenta pi-
;~--;' -~:r;;_~;.:-:r;;) ;:t;~,..; .::J • de Vista do Sisteirna CAD
.sos, para o gestor de planejamento tal modelo só existe no
p:,.~~•-~í-.P•i'
0.91 r..i__dellllil ~......
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Se os blocos no âmbito cio projeto s?to identificados com ares- último in.stantc cio processo construtivo.
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~.,r_."."::·..,,.~d-~~-~!i:".-• . o,
; __Qil' pectiva atividade de planejamento, então a atribuição de um
~r.,;.:,ij í,,..., _.,íi'd~aé,iiiÍc,:flilQ_,_·.,~- .._.1,.-~~- 1W
!ill•tllllllll~-t C
Com efeito, para o gestor do planejamento, o primeiro mode-
p~""••.•· ~•.c!~..;,_. código, o rne.m10 código que identifica as atividades, pode
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i>,:,y_n~;\i~!f •w,,,~ to~ 1 lo geométrico pode constituir-se o conjunto elas fundaçôes do
relacionar diretamente o bloco como um elemento do mode-
~-iiíiií-~ -~il _f;lí,;jii.i.i;
o.âlfll"tifg_.....". •1 lo geométrico estabelecido no âmbito do projeto. Simultanea-
edifício. Outros modelos podem corresponder às sucessivas
111,:" ói'Ítitlllllt'Miií' -----. configur;:ições geométricas do edifício com dois, .sete ou vinte
_íifi.êflútii.·ít. iííf,í,.:nd•rir,w
"' t~l~i.tQ"!tt.• IIQ- . . • mente, a sua afinidade com uma atividade de planejamento
pisos, com ou sem paredes, com ou sem as redes ele tubula-
"",. ~,_....._... ~,.ç
~IJ--;t, •:•.r_,_• _11 !"'•.,::;
' <f corresponde, por sua vez, a um dado estado do processo cons- ção, etc.
fi~;; _' _•.,_:·,,>,~ "'."~./"°!'. _',I _:_,\,,," ~A•'"; 0 .. trutivo.
Deste modo, afigurar-se-á possível apresentar simultaneamente
Isto significa atribuir aos blocos de um modelo geométrico có-
para cada um destes modelos através ele três diferentes cola-
digos alfanuméricos - os mesmos cócligo.s atribuídos às ativi-
boraçôe.s, pelo menos três estados principais referentes às ati-
dades de planejamento. Deste modo é possível estabelecer uma vidades: concluído, em cw:m, planejado.
_.._t ffl!mermccl Task -Super-Gruic:a!ia;;k amswnmary base de dados de códigos ligada ao modelo geométrico.
-tiDlf•C•tiOll b•tll'f :i!r Mm;;,ior.a lilmi: PmuCT1! Olmp,'e!e __· !la%"1ffl
Urna seqüência de sucessivos modelos geométricos de con-
Nestes termos, toda a base ele daclo.s de planejamento pode formidade com sucessivas datas, por sua vez referentes a cada
FIGURA 9.49 Gráfico de barras de planejamento de atividades de uma obra.
associada aos blocos definidos no modelo geométrico atra- planejamento gerado, pode constituir o que designaremos
vés de um código comum - o código ele atividade, atribuído como o conceito de modelo geométrico dinâmico de planeja-
ao bloco (Figut"a 9.52). mento.
Qualquer informação constante nos outros campos da base
i:âe dados do modelo de planejamento, ou mesmo o resultado 9.5.4 Uma Aplicação de Software,
' -~e quaisquer operações .sobre campos da base de dados, rclati-
iVamente a cada registro, pode ser refletida graficamente (por Get·ador de Modelo Geométrico
emplo, variação ele cor no modelo geométrico) nos blocos que Dinâmico de Planejamento
constituem e que se identificam com as diversas atividades. '...,,
De acordo com os pfocedimentos descritos, foi desenvolvido
um gerador de moclelo.s geométricos de planejamento por
O Modelo Geométrico do Ponto de integração das aplicações de software Primavera® e AutoCAD®.
Vista do Planejamento - Um Modelo A aplicação assim desenvolvida, em c+ +, constitui-se uma
Geométrico Dinâmico interface de ligação deste.s dois sistemas e é susceptível de ser
utilizada a partir do ambiente AutoCAD.
ponto ele vista do planejamento, o modelo geométrico
'al (em 2D ou 3D) do projeto é apenas o último instante No nível da aplicação assim constituída foram ainda disponi-
rocesso de planejamento, na medida cm que o planeja- bilizadas funções de manipulação) possibilitando diferentes
to se constitui como um proces.so dinâmico, gerador de visualizaçôcs para cada modelo geométrico de planejamento
ssivos modelos geométrico.s correspondentes às diver.sas gerado e uma preparação rápida de leiaute para impressão.
e, por conseguinte, cliversa.s configurações (geométricas) No âmbito da utilização desta aplicação, interessa considerar o ar-
?bra, no tempo: quivo de planejamento em fonnato ASCII (arquivo *.PRN, no caso
)modelo em cada instante (cada data date), relativamente à cio Primavera), gerado pelo softwarede planejamento (Figura 9-53).
,. em que o planejamento foi gerado (cada data de planeja- Cada registro contém o código de atividade, a sua descrição e as
~r para a data (o time now) em que o gestor entender datas early sta,t / late sta,t e early_finish / late finL,-h para cada
atividade.
FIGURA 9.50 Gráficos de planejamento e indicadores de decisão no âmbito da gestão de projetos.
.um dos modelos gerados para os instantes assim refe- Por sua vez, o modelo geométrico no âmbito da elaboração e
'dos constitui o modelo geométrico de um dado estado de.senvolvimento do projeto deve constituir-se com a justapo-
()cesso construtivo de urna dada obra. sição correta e adequada de sucessivos blocos.
junto de traços independentes, mas entidades geométricas, ou Estes blocos podem (devem), assim,
mesmo conjuntos de entidades, constituindo blocos, susceptí- as atividades definidas pelo planejamento, atividade.s·
veis de corresponder às diversas e sucessivas fases do proces- em si mesmas os sucessivos passos para controle e
so construtivo. eia do processo construtivo (Figura 9.51).
~ .--- - -~ Atividade
10
Descrição EARLY
START
EARLY
FINISH
' ' ,' ', '. -'-' ,,', ·:_,,•' :/> ',,
. .UIVÍDAO~& 1
~
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1
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1 8008601050
8008602060
8008603170
8008603270
Fundações
Pilares
Vigas
Laje-1
9OCT90
5MAR91
5JUN91
3SEP92
15OCT90
8MAR91
7JUL91
5SEP92
1 TV
FIGURA 9.51 O processo projeto-planejamento-obra.
FIGURA 9.52 Ligação de blocos de modelo geométrico e da base de dados de planejamento.
222 Capítulo Nove. Desenho Técnico em Projetos de Arquitetura e de Engenharia Civil 223
Para cada bloco deve então ser atribuído o mesmo código da Além do mais, foi ainda considerada a possibilidade de apresenta-
atividade de planejamento considerado quando do estabele- ção de silhueta da configuração geométrica global do projeto, q
cimento de modelo de planejamento correspondente. é apresentada em cor cinza. Esta funcionalidade revela-se de ap
dável interesse quando, para a representação de um dado m
A aplicação dispõe de uma interface própria para esta ação: o
delo de planejamento, se pretende apenas um dado tipo de a
usuário seleciona um bloco através de um clique ou pelo nome
vidades - qual seja, a rede de abastecimento de água de um ec · FIGURA 9.56 Visualização de um modelo geométrico
desse bloco. Uma janela abre-se e solicita o preenchimento de planejamento (obra executada em cor escura, obra
fício, por sua vez referente a um dado estado de desenvolvirne
do código. em curso em cor clara).
- por exemplo, concluído, por conseguinte com uma mesma e
Para cada atividade (cada registro) é definido o estado de de- Esta apresentação teria apenas um conjunto de traços sem qua
senvolvimento em relação ao calendário, com base num clado quer ilustração ou indicação quanto ao seu enquadramento SÃO DE CONHECIMENTOS
time now escolhido. O estado da atividade será do tipo con- localização na configuração do edifício.
cluída) em curso ou planejada. Finalmente 1 a aplicação altera . Quais as escalas mais utilizadas em desenhos de projeto de
A silhueta do edifício ou da parte do edifício, conforme o in' 4. Quais as vantagens no projeto de arquitetura e de enge-
o layer / e a cor do bloco conforme o estado calculado. arquitetura e em que tipos de situações são mais comumentc
teresse do utilizador por todos ou apenas alguns dos bloco nharia civil por se recorrer aos sistemas CAD, face aos pro-
A interface da aplicação permite ainda a visualização de um) utilizadas cada uma delas? cessos tradicionais.
constituintes da configuração do edifício, estabelece desr
dois ou de todos os estados de desenvolvimento do modelo Idem em desenhos de projetos de edificações, no âmbito 5. Quais as peças desenhadas ou conjuntos de peças desenha-
modo uma referência indispensável à observação e perce da engenharia civil.
geométrico de planejamento, para cada time now considera- çâo do estado de uma dada atividade, neste caso a rede d i Indique que particularidades gráficas caracterizam a cotagem
das, fundamentais no projeto de estabilidade de uma edificação.
do ou para cada data date, de cada data de planejamento con- abastecimento de água (Figura 9-55). 6. Quais as vantagens de constituição de modelos geométri-
siderada (Figura 9-54). em desenhos de projetos de arquitetura e de engenharia ci- cos de planejamento em complemento dos gráficos de
Sobre os modelos geométricos de planejamento, podem tam: , vil, face aos critérios gerais de cotagem em desenho técnico. barras (cronograma de atividades) comumente utilizados.
Além disso, foi ainda considerada a possibilidade de apresen- bém ser gerados processos ele rendering para maior eficá
tação de silhueta ela configuração geométrica global elo proje- de visualização dos estados da obra, segundo um dado pon
to, que é apresentada em cor cinza. de vista, em cada momento de um dado planejamento. NSULTAS RECOMENDADAS
,'Ferreira, F. e Santos,]., Programação em • Gurewich, O. and Gurewich) N., 0994),
AutoCAD- Curso Completo, FCA (2002). Master Visual C++ 1.5", SAMS Publishing 1
AutoDesk, Inc. 0995\ Customizing Auto- Indianapolis, USA.
-:-CAD, Sausalito, California, USA. • PRIMAVERA Uscr's Manual 0995), USA.
• Ribeiro, Carlos Tavares et ai. 0996) Con-
ceber e representar com AutoCAD, McGraw Hill, Lisboa.
fundações
janelas
lajes
madeira
modelo geométrico de planejamento
FIGURA 9.54 Operação de visualização de um dado estado de evolução FIGURA 9.55 Observação da rede de águas integrada na configu pedra
de um projeto. do respectivo edifício. pilares
planejamento
portas
redes de instalações
sapatas
sprinkler
vigas
Tolerância Diniensional e Estados de Supe,jicie 225
10.3 SISTEMA ISO DE TOLERÂNCIAS dficação de tolerâncias menores pode obrigar à utilização de valor da tolerância obtido na Tabela 10.3. Todavia, no caso
LINEARES processo de fabricação ou de acabamento adicional.
\1111 geral esta informação não é suficiente. É necessário especifi-
car a posição da zona de tolerância em relação à linha de zero.
_,:,:Para o projetista ter uma idéia das tolerâncias obtidas, apre-
Genericamente, o valor da toler::'i.ncia depende de três fatores•;. Note-se que, para os mesmos valores da tolerância para um
:.•Sentam-se, na Tabela 10.2, as relações típicas entre alguns
1) Cota nominal; i'..processos de fabricação e as classes de tolerâncias fundamen- conjunto furo/eixo, a escolha de diferentes posições pode
2) Qualidade (parágrnfo 10.3.1); ::tais, de acordo com a norma ANSl B4.2:1994. conduzir a .situações de folga ou aperto.
3) Posição da zona de tolerância em relação à linha ele A norma ISO 286-1, define 28 classes de desvios fundamen-
;:os valores das tolerâncias para cada uma das classes de qua-
(parágrafo 10.3.2). tais (posições do campo ele tolerâncias) para furos e outras 28
, ade, são indicados na Tabela 10.3. Como se pode verificar
esta tabela, o valor da toleráncia depende da cota nominal e classes para eixos, representadas graficamente na Figu.t.·a 10.4
FIGURA 10.2 Exemplos de eixos e furos.
10.3.1 Classes de Qual.idade IT a classe de qualidade especificada. Esta tabela permite obter e que sào:
· valor das tolerâncbs para cotas nominais até 3150 nun, que
A norma ISO 286-1 define 20 classes de tolerâncias fundamenc:~/ Furo§ - A B e CD D E EF F FG C, H J JS K M N p R s T u VX
Desvio fundamental - É a posição da zona de tolerância em obre a gama de cotas nominais mais usuais. Para cotas nomi-
tais, também designadas classes de qualidade, representadaÂ; YZZAZBZC
relação à linha de zero. A norma ISO 286-1,1988 define 28 -.. ais superiores a 3150 mm, a norma ISO 286-1 define as re-
desvios fundamentais para eixos e igual número para furos. pelas letras IT seguidas de um número de ordem: ras para a determinação da respectiva tolerância. Eixos- a b c cd d e eff fg g h j js km n p rs tu vxyz za zb zc
ITOl, !TO, !Tl, .. .IT18.
Classe da tolerância-Termo usado para designar a combi- Na Tabela 10.4 apresentam-se os desvios para eixos para as
nação de uma tolerância fundamet1tal com um desvio funda- Por exemplo, todas as cotas pertencentes à classe IT8 têm 0.3.2 Desvios Fundamentais posiçôes a-j. As restantes posições são indicadas na Tabela 10.5.
mental, como por exemplo hS ou Glü. mesmo grau de precisão, independentemente da cota nominaf
ara dar tolerância a uma cota não-funcional (cota não relaci- Os desvios fundamentais para furos são indicados na Tabela
Cotas-lintlte - As cotas-limite correspondem à cota máxima A imposição de determinada cota nominal de uma dada tolit nada com a função da peça), podem ser considerados desvi- 10.6 para as classes A-N, e na Tabela 10.7 para as restantes
e à cota rnfuima. rânc~a fundamental implica a imposição de um certo grau l s simétricos, os quais podem ser determinados a partir do classes.
qualidade. A utilização geral de cada uma das tolerâncias fun ..
Cota máxima (CMAx, cmâx) - Dimensão máxima permitida ao <lamentais referidas é indicada na Tabela 10.1.
elemento.
O processo de fabricação utilizado condiciona a gama de to
Cota mínima (CMíN, Cmin) - Dimensão mínima permitida ao TABELA 10.3 Valores das tolerâncias para as classes de qualidade mais usuais
lerâncias obtida para o produto final. Por outro lado, a espe-..:: \
elemento.
~
l Mandrilamento 800 1000 11 15 21 28 40 56 90 140 230 360 560 0,9 1,4 2,3 3,6 5,6 9 14
'
Torneamento 1000 1250 13 18 24 33 47 66 105 165 260 420 660 1,05 1,65 2,6 4,2 6,6 10,5 16,5
~~
)
Cota nominal
~ n s ã o atual Aplainamento 1250 1600 15 21 29 39 55 78 125 195 310 500 780 1,25 1,95 3, 1 5 7,8 12,5 19,5
Cota mínima (Cmín) Tolerância Frezamento - 1600 2000 18 25 35 46 65 92 150 230 370 600 920 1,5 2.3 3,7 6 9,2 15 23
Cota máxima (Cmáx)
Furação 2000 2500 22 30 41 55 78 11 O 175 280 440 700 1100 1,75 2,8 4,4 7 11 17,5 28
2500 3150 26 36 50 68 96 135 210 330 540 860 1350 2,1 3,3 5,4 8,6 13,5 21 33
FIGURA 10.3 Representação gráfica dos desvios, cotas-limite e tolerância. Fundição injetada
µm-micrômetros = 1Xl0-6m. As classes ITO e lTOl são indicadas na norma ISO 286-1.
228 Capítulo Dez Tolerância Dimensional e Estados de Supe,fície 229
'
cri -290 - 150 -95 -50 -32 -16 ---6 o
"'o e 14 18
+ :5
·a; E 18 24 o
~B o -300 -160 -110 --65 -40 <-20 -7
"'o
oQ_ o
/\
(/)
o FUROS ~
e 24
30
30
40 -·310 -170 --120
o
"8"' ·;; w V -80 -50 -25 -9
"'a, ~~@!j f-('J o 40 50 -320 -180 -130
e
e~~
E
Q)
"'e
D
o
C D E 1,1~ &i=':~ w
Linha de zero
50
65
80
65
80
100
-340
-360
-380
-190
--200
-220
-··140
-150
-170
-100
-120
-60
-72
-30
-36
-10
-12
o
o
2 GH 120 -410 -240 -180
N~~~~~
100
o JS J
"' "'>o
.Q
>
li
w f-~
K M 120 140 -460 -260 -200
~
"'
o
Q)
~
"'
a,
e
-~"'
w
1
11
PRsTu~~~
Vxy,~ 140
160
180
160
180
200
-520
-580
-660
---280
-310
-340
-210
-230
--240
-145
-- ·170
-85
-100
-43
-50
-14
-15
o
o
"'a,
~1
ZA~ 200 225 -740 -380 -260
o
"'a, -820 -420 -280
ZB~ 225 250 li
·;;;
zc 250
280
280
315
-920
-1050
-480
-540
-300
-330
-190 -110 -56 -17 o ;,;
o
-360
.g
315 355 -1200 -600 .;;
-210 -125 - 62 -18 o
"'o 355 400 1350 -680 -400 .5
-760 -440 "'"'
+ ~"'o 400 450 -1500
~ zc -230 -135 -68 -20 o ,Q
450 500 -1650 -840 --480 ~
~~ zb
Q_
C'J
a,
o
~~~,,,,,xY
500 560 o
"' ·i""
j::: U) -260 -145 -76 -22
"§ li ~~ 2
za .ijj
Q)
560 630
e
Q)
a,
o "'
CD 630 710
-290 -160 -80 -24 o
E 710 800
Linha de zero
"'
l:l
e
ef f
800 900
-320 -170 -86 -26 o
2 900 1000
"'
.ÍI
"'o
·;;
"'>o
c;ii~~ ~
1000 1120
-350 -195 -98 -28 o
1120 1250
~ /\
o
"' "'a,
Q)
U)
· - CD
.ijj
t::: cri
e 1250 1400
-390 -220 --110 -30 o
e CD b~
o E 1400 1600
"'
,Q
> ~ o
/\
/\
.ijj
o
e 1600 1800
-430 -240 -120 -32 o
"'
a,
o a
.ijj
6
6
/\
EIXOS ~
o
1800
2000
2000
2240
-480 --260 -130 -34 o
/\ "'
Q)
2240 2500
""'
6i
6i
V 2500 2800 -520 -290 --145 -38 o
V t::: 2800 3150
t:::
FIGURA 10.4 Posição dos desvios fundamentais para furos e eixos
Para facilidade de consulta, estas tabelas estão repetidas no 10.4 SISTEMA ISO DE TOLERÂNCIAS
Anexo. ANGULARES
O cálculo das cotas-limite obriga à determinação dos dois
desvios (inferior e superior), o que, de acordo com as tabelas Quando as peças possuem superfícies planas ou cônicas com
apresentadas, requer a determinação de um dos desvios nas pequena inclinação, as suas dimensões angulares podem ter
tabelas dos desvios fundamentais e, a partir do valor da tole- tolerâncias usando o sistema ISO para tolerâncias angulares.
rância, obter o outro desvio. Ao desvio obtido nas tabelas é As normas ISO 1947:1973 e ISO 5166:1982 estabelecem o sis-
usual chamar-se desvio de referência. A norma ISO 286-2 apre- tema ISO de tolerâncias angulares. Existem 12 classes de qua-
senta tabelas para as quais os dois desvios podem ser lidos lidade representadas pelas siglas ATl a AT12, cujos valores
diretamente. são apresentados na Tabela 10.8. Esta tabela deve ser usada
--,,,,
li
'
230 Capítulo Dez Tolerância Dimensional e Estados de Supe1_fície 231
--lfllillDlillmillmmlllllllm llillBIDI
3 , , , . , mllllllllilDIII , ill1111111
1!1111111111!1 lllllm-llll'lll
1
6 10 +280 +150 +80 --1-56 +40 +25 -1-18 +13 +8 +5 O +5 +8 +12 -Hl'I. -6+8 -6 -10-tl'I. O
3 -2 -4 -6 o O +2 +4 +6 +10 +14 +18 +20 +26 +32 -1-40 +60 1--'1 "-º+--'-14
'---I +290 +150 +95, +50 +32 +16 +6 O +6 +10 +15 -l+ó -7-1-/J. -7 -12+6 O
14 18
3 6 -2 -4 +1 O +4 +8 +12 +15 +19 +23 +28 +35 +42 +50 +80 18"-jc--"2---l
4 +300 +160 +110
C-'- +65 +40 +20 n o +8 +12 --1-20 --2-1-ll -8+1'1. -8 -15·11'1. 0
6 10 -2 -5 -1-1 O +6 +10 +15 +19 +23 +28 +34 +42 +52 +67 +97 24 30
30 40 +310 +170 +120 +25 +10+14+24 -2+1'1. -9--1-L\ -9 -17+1'1 O
10 14 +40 +50 +64 +90 +130 +80 +50 +9 O
1---1-----+ -3 -6 +1 O +7 +12 +18 +23 +28 +33 40 50 +320 +180 +130
14 18 +39 +45 +60 +77 +108 +150 50 65 +340 +190 +140
+100 -1-60 +30 +10 O +13 +18 +28 -2+L\ -ll+L\ -11 -20-M O
65 80 +360 ·1-200 +150
18 24 +41 +47 +54 +63 +73 +98 +136 +188
f--f---t -4 -8 +2 O +8 +15 +22 +28 +35 80 100 +380 +220 +170 +120 -1-72 +36 -1-12 o -1-16 -1-22 +34 -3+b. -13!-l'i -13 -23-!-L\ O
24 30 +41 +48 +55 +64 +75 +88 +118 +160 +218 100 120 +410 +240 +180 C\I
e-'-''"-1--"""-J-".~t=-1-'ccêé-1--+--t---t-+--t---t----1---1
120 140 +460 +260 +200
;-
.-
30 40 +48 +60 +68 +80 +94 +112 +148 -1-200 +274
1-----1----1 -5 -1 O +2 O +9 +17 +26 +34 +43 140 160 +520 +280 +210 +145 -1-85 +43 +14 O +18 +26 +41 li o,•3+L\ -15-!-L\ -15 -27-1-b. O
40 50 +54 +70 +81 +97 +114 +136 +180 +242 +325 f.2'16~º'+'c'18~0'++~5~8~0-t+::,3~10±+2~3~0+---+-+-+---+-+-t-----t---i ~ C---1---+--1--C---!---+-+--+--t
180 200 +660 -1·340 +240
0 --l---6__5__,
f-5 __ _7 -1 2 +41 +53 +66 +87 +102 +122 +144 +172 +226 +300 +405 +15 O ~ -1-22 +30 +47 -4-1-L\
+2 O +11 +20 +32 f-------i-::--+--+--+-----+----'-=t-----'-'--'-+-=+-=+----=--=-=+_:_:"----l 200 225 +740 +380 +260 +170 -1-100 +50 -17-1-l'i -17 -31-1-ll. O
65 80 +43 +59 +75 +102 +120 -1-146 +174 +210 +274 +360 +480 225 250 +820 +420 +280 1
0 --l---1__
f-8 __ 00__, -9 -15 +51 +71 +91 +124 +146 +178 +214 +258 +335 +445 +585 250 280 +920 +480+300 +190+110 +56 +17 o li +25+36+55 --4+L\ -20+L\ -20 -34-!-L\ O
+3 O + 13 + 23 +37 f--f---+----+--+---+-----'--'-+--=-:__:_1--=+--=+---'--'-=---+----==___j
100 120 +54 +79 +104 +144 +172 +210 +254 +310 +400 +525 +690
l-"""º'+,,_31~s'--l'+-'1"'os,,0'1-+'-'s"'4"-of'+'"33:"º+---+-+-+---+-+-t----+-I me------+---+-+--1---+--+-+--+---1
315 355 +1200 +600 +360 +210 +125 +62 -1-18 o ~ -1-29 +39 +60 -4-J-l'i -21-1-L\ -21 -37-1-l'i O
120 140 +63 +92 +122 +170 +202 +248 +300 +365 +470 +620 +800 '-"'35,_5'--1-_..,40"'0'--l'+:_,1.,,35"'0++'-'6,::Bv_Of'+c-40:"0'l----f-+-+---+-+-t------t--l .g e----+--+--l--1---l---+--l--+----I
140 160 -11-18 +3 400 450 ·1·1500 +760 +440 + 230 + 135 + 68 +20 o ,Q)E +33 +43 +66 -5-h1. -23+L\ -23 -40-l-b. O
O -1-15 +27 +43 +65 +100 +134 +190 +228 +280 +340 +415 +535 +700 +900
e-"45"'0'--l-"50"'0'--l'+-'1"'65"'.0'j-+'-'8"'4v_Of'+,,.48"0'J-----f-+-+---t----J--t------t--l .00
160 180 +68 +108 +146 +210 +252 +310 +380 +465 +600 +780 +1000 500 560 +260 +145 +76 +22 O :g o -26 -44
180 200 +77 +122 +166 +236 +284 +350 +425 +520 -1-670 -1-880 +1150 '-"-~~"'~'--l-"~"'~~'--l'---+-+-+---+-+2_9_0-l-+-1-,o+--+-+-ao-+-++-2-4+--o-l .! e-----l---l-+-o-+--+-_-3_0_+--_-5-0---1
200 225 -13 -21 +4 O +17 +31 -1-50 +80 +130_ +180 +258 +310 +385 +470 +575 +740 +960 +1250 f-7"-1"'º+""ªº""º'--l'--+-+-+---+-+-+---+-+-t-----t--i
800 900
o e---l---l-+--+--+---+------1
225 250 +84 +140 +196 +284 +340 +425 +520 +640 +820 +1050 +1350 +320 +170 +86 +26 O o -34 --56
900 1000
250 280 -16-26 +4 +94 +158 +218 +315 +385 +475 +580 +710 +920 +1200 +1550 1000 1120 +98 o -40 -66
O +20 +34 +56 f--+----+---+--+----+---+----'-:__:_1----'-=--l-=+--'=--=--=-----'-=___j 1120 1250
+350 +195 +28 O
280 315 +98 +170 +240 +350 +425 +525 +650 +790 +1000 +1300-1-1700
1250 1400 +30 O o -48 -78
+390 +220 +110
315 355 -18-28 +4 O +21 +37 +62 +108 +190 +268 +390 +475 +590 +730 +900 +1150 +1500 +1900 1400 1600
355 400 +114 +208 +294 +435 +530 +660 +820 +1000 +1300 +1650 +2100 1600 1800
+430 +240 +120 +32 O o -·58 -92
1800 2000
400 450 +126 +232 +330 +490 +595 +740 +920 +1100 +1450 +1850 +2400 2000 2240
'--L-__J -20 -32 +5 O +23 +40 +68 f--=-::-1----c=+-cc:-:+--+---+----+----==-+-=+-=:+-=+=c.::._i +480 +260 +130 +34 O o •-68 -110
450 500 +132 +252 +360 -1-540 +660 +820 +1000 +1250 +1600 +2100 +2600 2240 2500
2500 2800 +38 O o -76 --135
500 560 +150 +280 +400 +600 +520 +290 +145
o O -1-26 +44 + 78 f--f---+----+--+----+---+--1---+----+-----+--___j 2800 3150
560 630 +155 +310 +450 +660 1 Os valores de Li encontram-se na Tabela 10,7 nas colunas à direita
630 710 +175 +340 +500 + 740
O O -1-30 +50 +88 f--+----+---t--+---+--+--l---+---+--1-------
710 800 +185 +380 +560 +840
800 900 O +34 +56 +100 +21 O +430 +620 +940
o
900 1000 +220 +470 +680 +1050
as a título infonnativo, pois atualmente estas duas nor- tabelas das quais são extraídos os desvios ou a tolerância
1000 1120 O +40 +66 +120 +250 +520 +780 +1150
o s foram retiradas. A única norma em vigor relacionada com surgem em µm.
1120 1250 +260 +580 +840 +1300 lerância angular é a ISO 3040:1990, que indica que os cones 2) Quando são indicados os dois desvios, estes elevem ter
1250 1400 O +48 +78 +140 +300 +640 +960 +1450 em ter tolerâncias geométricas, o que será apresentado no obrigatoriamente o mesmo número de casas decimais, ex-
o 6:ximo capítulo. ceto se um dos desvios é zero. Também na indicação da
1400 1600 +330 +720 +1050 +1600
1600 1800 cota máxima e mínima ambas as cotas devem ser indicadas
o O +58 +92 +170 +370 +820 +1200 +1850
0.5 INSCRIÇÃO DAS TOLERÂNÇIAS com o mesmo número de casas decimais.
1800 2000 +400 +920 +1350 +2000
2000 2240
o O 1-68 +110 +195 +440 +1000 +1500 +2300 NOS DESENHOS
2240 2500 +460 +1100 +1650 +2500 10.5.1 Indicação de Tolerâncias Lineares
·stem várias formas alternativas de indicar as tolerâncias
2500 2800 O +76 +135 +240 +550 +1250 +1900 +2900 ensionais num desenho. Merecem referência desde já duas A simbologia ISO é muito usada, em especial na fase de pro-
o
2800 3150 +580 +1400 +2100+3200 jeto, e corresponde à indicação da cota seguida da letra que
Os desvios, ou a tolerância, devem obrigatoriamente ser in- indica a posição e a respectiva qualidade (Figura 10.5). Ape-
dicados no mesmo sistema de unidades da cota, normal- nas como referência, a simbologia ISO pode ser indicada se-
mente milímetros. Note-se que, em algumas situações> as guida dos desvios (Figura 10.6) ou das cotas-limite (Figura
232 Capítulo Dez
Tolerância Dimensional e Estados de Supe1fícíe 233
6
10 50 80 125 200 315 500 800 1250 2000 3150 5000 8000
-+---+--+--+-~
10
16 40 63 1ºº 160 250 400 630 1000 1600 2500 4000 6300
TABELA 10.7 Desvios fundamentais para furos: posições P-ZC 16
25 31.5 50 80 125 200 315 500 800 1250 2000 3150 5000
25
40 25 40 63 100 160 250 400 630 1DOO 1600 2500 4000
40
63 20 31.5 50 80 125 200 315 500 soo 1250 2000 3150
63
100 16 25 40 63 ºº
1 160 250 400 630 1000 1600 2500
100 160 12.5 20 31.5 50 80 125 200 315 500 800 1250 2000
160
3 6 -12 -15 -19 -23 ·-28 -35 -42 -50 -80 1.5 4 6 250 10 16 25 40 63 100 160 250 400 630 1000 1600
6 10 -15 -19 -23 -28 -34 -42 -52 -67 -97 1.5 2 3 6 7 250 400 8 12.5 20 31.5 50 80 125 200 315 500 800 1250
10 14 -40 ·-50 -64 -90 -130
-18 -23 -28 33 2 3 3 7 9
14
18
18
24 <1
-
-41
-39
-47
-45
-54
-60
-63 -73
-77 -108
-98 -136
-150
-188 1.5
400 630 6.3 10 16 25 40
63 100 160 250 400 630 1ººº
-22 -28 -35 2 3 4 8 12 µrnd - rnicrorradiano = 1 X 10- 6 rad.
24 30 O)
"O
41 -"48 -55 -64 -75 -88 -118 ·-160 -218
30 40
~
-48 -60 --68 -80 -94 -112 -148 -200 -274 1.5
-26 -34 -43 3 4 5 9 14
40 50 ãle -54 -70 -81 -97 -114 -136 -180 -242 -325
50 65
·oo
41 -53 -66 -87 -102 ,-122 -144 -172 -226 -300 -405 30f7
65 80
'g
-
32
=43
-51
-59
-71
-75
-91
-102
-124
-120
-146
-146
-178
-174 -210
-214 --258
-274 -360
-335 -445
·-480
-585
2 3 5 6 11 16
• 1 1~ 30+01 --1
80 100
100 120 t: -37 -54 - 79 -104 -144 -172 -210 --254 -310 -400 -525 -690
2 4 5 7 13 19 FIGURA 10.5 Simbologia ISO.
FIGURA 10.10 Cota nominal e desvios simétricos.
120 140 /\ -63 -92 -122 -170 -202 -248 -300 -365 -470 -620 -800
140 160 CI> -43 -65 -100 -"134 -190 -228 -340 -415 -535 -700 -900
-280 3 4 6 7 15 23
160 180 ãl
-e -68 -108 -146 -210 -252 -310 -380 -465 -600 -780 -1000
180 200 ro -77 -122 -166 -236 -2a4 -3so -42s -szo -610 -aso -11so
200 225 5" -50 -80 -130 -180 -258 -310 -385 -470 -575 -740 -960 -1250 3 4 6 9 17 26 29.980
225
250
250
280
~
o
-84 -140 -196 -284 -:334"401lj_:-~412255_l:'-5~2<00'_)_::-:"6414D4-::<8"2"0+--1",0'"5~0-~13~5~0:+---+-+--t-t-----\---j
-94 -158 -218 -315 -385 -475 -580 -710 -920 -1200 -1550 FIGURA 10.6 Simbologia ISO e desvios. 1-- 29.959 ~ 1
56 4 4 7 9 20 29
280 315 ·~ - -98 -170 -240 -350 -425 -525 -650 -790 -1000 -1300 -1700
315 355 ~ 62
108 -190 -268 -390 -475 -590 -730 -900 -1150 -1500 -1900
5 11 21 32
FIGURA 10.11 Cotas-limite.
4 7
355 400 - 114 -208 -294 -435 -530 -660 -820 -1000 -1300 -1650 -2100 -29.980)
30f7 ( -29.958
O)
400 450 126 -232 -330 -490 -595 -740 -920 -1100 -1450 -1850 -2400
li! -
68
132 -252 -360 --540 -660 -820 -1000 -1250 -·1600 -2100 -2600
5 5 7 13 23 34 1 • • 1
1.. 30.5 min .. 1
450 500
500 560 c3 -150 -280 -400 -600
560 630 ~ -
73
155 -310 -450 -660 FIGURA 10.7 Simbologia ISO e cotas-limite.
630 710 83 175 -340 -500 -740
710 800 ~ -
88
185 ·-380 -560 -840
FIGURA 10.12 Cota-limite numa direção.
800 900 ro ·-21 O --430 -620 -940 f não se recomendando estas formas de indicação das
900 1000 ~ -
100
220 --470 -680 -1050
As cotas-limite são, em geral, indicadas pela cota máxima_ so-
1000 1120
~
o -
120 ~25~04.:-~5~20~::_••7p8~01_\=-;"'
260 -580 -840 -1300
1g5~0+--t---+--+--t---t--r-t-1-!l-r=::!:::J bre a cota mfoima (Figura 10.11). Quando a dimensão do
1120 1250 les podem ser indicados diretamente em seguida à cota
1250 1400 ~ -300 -640 -960 -1450 10.8). Quando um dos limites é zero, não se apre- elemento é apenas limitada numa direção, a cota máxima ou
1400 1600 -
14
º 330 -720 -1050 -1600
nem o sinal nem as casas decimais (Figtua 10,9). mínima é indicada seguida da designação "máx." ou "mín."
1600 1800 370 --820 -1200 -1850 (Figura 10.12) de acordo com a norma ISO 406: 1987.
110 a tolerância é simétrica em relação à linha ele zero,
1800 2000 - 400 -920 -1350 -2000
2000 2240 440 -1000 -1500 -2300 o valor de um dos desvios é indicado precedido pelo
195
2240 2500 - -460 -1100 -1650 -2500 (Figura 10.10).
2500 2800 550 -1250 -1900 -2900 10.5.2 Indicação de Tolerâncias em
240
2800 3150 - 580 ·-1400 -2100 -3200
Desenhos de Conjunto
-0.020
1-- 30 -0.041 • 1 Em desenhos de conjunto ou desenhos de montagem, por
vezes é necessário indicar as tolerâncias, simultaneamente para
FIGURA 10.8 Cota nominal e os desvios. furos e para eixos. A forma de indicação nestes casos é idên-
tica à usada nas peças individuais, sendo a distinção furo/eixo
fornecida pela já mencionada utilização de caracteres maiús-
culos ou minúsculos. A simbologia ISO pode ser indicada de
1- • 1 duas formas alternativas (Figura 10.13). Pode-se ainda indi-
car corno referência os desvios após a simbologia ISO (Figu-
JGURA 10.9 Cota nominal e desvios com desvio nulo. ra 10.14).
234 Capítulo Dez
Tolerância Dimensional e Estados de Supe1.fície 235
devem obrigatoriamente ser indicadas. Quando os desvios 5 ~ Cota Máx. Eixo {cmáx) Cota máx. eixo {cmáx)
expressos em minutos ou em segundos, o seu valor deve Cota mín. eixo {cmln)
precedido por Oº ou por 0º0 1 , respectivamente. Na Fi ~;:::5=:::::::;:::':::;::::;h,J,.-zona de
----~----~ts-,l,-Zonade tolerância
10.15 apresentam-se várias formas alternativas de aplicar t tolerância do eixo
lerâncias em ângulos. do eixo
030 H7/h6
10.6 AJUSTES
O sistema ISO de desvios e ajustes é essencial para se garant
a montagem correta ele duas peças. A escolha adequada e
ml1ltânea elas classes de tolerância para o furo e para o eixo
tolerância
um ponto essencial. Aperto máximo (Amáx) au furo
Cota mfn. furo (CMÍN) Foi a máxima Fmáx
030~l 10.6.1 Tipos de Ajustes Cota máx. furo (CMÁX) tolerância ,'----Zona de
tolerância
do furo
do eixo
FIGURA 10.13 Simbologia ISO em desenhos de conjunto. Na montagem de um eixo num furo, três situações pode FIGURA 10.17 Ajuste com aperto. FIGURA 10.18 Ajuste incerto.
ocorrer: folga, aperto e ajuste incerto. Para a compreensão
estudo adequado destas situações, introduzem-se, desde · ste com aperto (A) - Ocorre quando a dimensão real cio
algumas definições e conceitos: , antes da montagem, é maior que a dimensão real do furo. Tole.rância do ajuste C'Jfai) - É definida como a soma algébri-
Ajuste - É a relação obtida da diferença, antes da montage ranticla em termos de tolerância quando a cota máxima ca das tolerâncias dos dois elementos. Alternativamente, pode
furo é menor que a cota mínima cio eixo. Esta condição ser obtida a partir elas folgas e cios ape1tos de acordo com:
das climensôes das duas peças ou elementos. Note-se q
quando duas peças ou elementos são montados um no ou de ser escrita, como: T,,, ~ t+T
030 F7 (!8 8!6) (furo e eixo) têm, necessariamente, a mesma cota nominal. Aperto =} CMÁx< cnún
Ajuste com Folga (F) - Ocorre quando a dimensão real d' do ilustrada na Figura 10.17.
030 h6(~ood eixo, antes da montagem, é menor que a dimensão real
rto máxhno (A.n,ix) - Corresponde à interferência máxi-
Ta/ = A.n.'ix - Amin
furo. É garantida em termos ele tolerância quando a cota Classe do ajuste - Resulta da combinação ele uma classe ele
~W·à. entre furo e eixo que pode ocorrer na montagem. Ocorre
FIGURA 10.14 Simbologia 1S0 e desvios em desenhos de conjunto. ma do furo é maior que a cota máxima cio eixo. Esta concliç tolerâncias para furos com uma classe de tolerância para ei-
:q~·ando a dimensão real cio eixo coincide com a cota máxima
pode ser escrita como: fa dimensão real do furo coincide com a cota mínima: xos (ex., H7/u6).
10.5.3 Indicação de Tolerâncias An.gulares Folga =} c~·!ÍN>cmáx A.nã...., = c,rnix -Cl>,,JÍN = es-EI
sendo ilustrada na Figura 10.16. ·erto min.imo (Am1n) - Corresponde à interferência míni-
10.6.2 Ajustes Recomendados
As regras para a indicação das tolerâncias lineares podem tam-
bém ser aplicadas na inscrição das tolerâncias angulares, com entre furo e eixo que pode ocorrer na montagem. Ocorre A partir das 20 classes de qualidade e das 28 classes de desvi-
Folga máxima (F mrix) - É a máxima folga, resultante elas tol
a exceção de que, para as tolerâncias angulares as unidades ndo a dimensão real do eixo coincide com a cota mínima os fundamentais> obtém-se um número de combinações mui-
râncias impostas para furo e eixo, que pode ocorrer na m
dimensão real elo furo coincide com a cota máxima: to elevado. Nos ajustes em que se combina a classe de tole-
tagem. Ocorre quando a dimensão real do eixo coincide co
a sua cota núnima e a dimensão real do furo coincide com: A..-.ín = cmín -CMÁX = ei-ES rância de um furo e de um eixo, pode-se obter um número de
sua cota máxima, podendo esta relação ser escrita: combinações possíveis na casa elas centenas ele milhar.
te incerto - Ocorre quando a dimensão real elo furo pos-
r menor ou maior que a dimensão real do eixo. Nesta si.tu- As classes ele ajuste elevem ser limitadas de modo a reduzir a
' tanto pode ocorrer aperto como folga na montagem, e o multiplicidade ele ferramentas e calibres de verificação. Por
Folga mínima (F mín) - Ocorre na situação inversa da foi é incerto. Para este tipo de ajuste pode-se calcular a folga outro lado, muitas das classes de ajuste possíveis conduzem a
máxima, isto ét quando a dimensão real do eixo correspon a e o ape1to máximo, não fazendo sentido falar ele folga tipos ele ajuste sensivelmente idênticos. As classes de tolerân-
à cota máxima e a dimensão real cio furo coincide com a e eito mínimos. Este tipo de ajuste é ilustrado na Figm-a 10.18. cia recomendadas para furos e eixos, de acordo com a norma
mínima, de acordo com:
JSO 1829, são indicadas na Figura 10.19. Como primeira op- Na Tabela 10.9 são indicados alguns dos ajustes recomenda'
ção devem ser escolhidas as classes de tolerância circunscri- dos para o sistema de furo base, respectivas aplicações e tip
tas por um retângulo. de montagem. Estas recomendações são baseadas nas nor
ISO 1829 e ANSJ B4.2. Na Figura 10.20 estão representad
Para simplificar ainda mais o processo de escolha cio ajuste,
graficamente as classes de ajuste recomendadas. As d8.sses d
seleciona-se um conjunto de classes de tolerância com o mes-
qualidade apresentadas são apenas indicativas para constru~:
mo desvio fundamental (ex.: H) e algumas classes de qualida-
ção mecânica corrente, podendo o projetista selecionar um;t
de (IT6, IT7, ... ), para o furo, que depois são combinadas com
classe de qualidade superior ou inferior.
as classes de tolerância recomendadas para o eixo, por exem-
plo, Hll/cll, H7/k6, H7/s6. Existem dois sistemas normaliza-
dos para a realização destas combinações: 10.7 VERIFICAÇÃO DAS TOLERÂNCIAS "
E
f7 Unha de zero
:~ ~ X
·ro
Sistema de furo base - Baseado num furo com desvio fun- E E
Após a fabricação elas peças, as tolerâncias especificadas pre E
"
-º' ,!. <(
damental na posição H. sam ser controladas. Nesta seção são abordados os as i"
"-
o
"-
o
.s.s o
E
·;,
Sistema de eixo base - Baseado num eixo com desvio fun- tos relacionados com a verificação ela tolerância dimensio d!! E •ro
o E
damental na posição h. após a fabricação das peças. Apresenta-se a interpretação e te g
ID
reta do significado das tolerâncias inscritas nos desenhos,
O sistema de furo base é o sistema mais utilizado. O sistema guns aspectos do controle de qualidade e ainda alguns eq
~
<(
"
<(
de eixo base deve ser usado apenas quando daí advêm vanta- pamentos usados.
gens econômicas, como, por exemplo, quando é necessário
montar num mesmo eixo diferentes peças contendo furos com C11
diferentes desvios.
10.7.1 Interpretação das Tolerâncias
FIGURA 10.20 Ajustes recomendados: posição das zonas de tolerância.
Dimensionais
Os desvios e as tolerâncias elevem ser escolhidos de modo a
fornecerem as folgas ou apertos requeridos pelas condiçôes Quando uma tolerância, ou, mais concretamente, uma das,
funcionais. Convém citar mais uma vez que as tolerâncias de tolerância é especificada, importa saber como interpretar seguinte, onde, por exemplo, para as interpretações para fu-
é dada nos desenhos, obrigando a uma interdependência en-
devem ser as mais elevadas possíveis, mas sem prejudicar os verificar na prática a dimensão com tolerância. ros e eixos será introduzida a condição de máximo material, mas
Jfe dimensão e geometria. Esta interdependência está relacio-
requisitos funcionais. Por outro lado, como cm geral o furo é nada com o requisito de envolvente e com o princípio de que está inter-relacionada com as imperfeições geométricas.
A primeira questão importante é saber se o desenho está
o elemento mais difícil de fabricar, deve ser escolhida uma -máximo material, que são apresentados no capítulo seguinte.
não de acordo com a norma ISO 8015:1985. Esta norma de
qualidade inferior ou igual à do eixo, por exemplo H8/f7.
ne os princípios gerais da tolerância e aplica-se genericame' uando o princípio da independência é aplicável, os dese- 10.7.2 Controle de Qualidade e
A escolha da classe de ajuste mais adequada a cada aplicação te à tolerância dimensional linear e angular e à tolerância :pbos devem conter, junto à legenda ou dentro desta, a seguinte
é influenciada por outros parâmetros, tais como o acabamen- ométrica. Introduz o princípio da independência, que def' Verificação Dimensional
to das superfícies, a necessidade ou não de lubrificação no que requisitos dimensionais (tolerâncias dimensionais) e g Um primeiro aspecto importante relacionado com a verifica-
contato e qual a viscosidade do lubrificante usado, as varia- métricos (tolerâncias geométricas) elevem ser verificados ção dimensional tem a ver com a temperatura. As dimensões
ções de temperatura, entre outros. dependentemente, exceto se alguma indicação em contrá ndo as tolerâncias dimensionais interpretadas do seguinte reais das peças variam com a temperatura. Particularmente em
oclo: uma tolerância dimensional linear apenas controla as peças de grande qualidade e com grande preci::,ão dimensio-
ensões locais (medidas entre dois pontos), mas não os nal, a temperatura sob a qual é realizado o controle dimensi-
TABELA 10.9 Classes de ajuste recomendadas para o sistema de furo base
ios de forma dos elementos, por exemplo circularidade onal não pode ser arbitrária. A norma ISO 1:1975 estabelece
retilineidade, que são conceitos geométricos apresentados que o sistema ISO de desvios e ajustes é definido para uma
próximo capítulo. Não existe qualquer controle da inter- temperatura de 20ºC.
Grande folga, precisão muito fraca, permite grandes
ção entre erros geométricos e erros dimensionais.
O controle de qualidade das peças e, em particular1 da tole-
velocidades. eixos ando a nonna ISO 8015 não se aplica, então a interpreta- rância dimensional é um processo por vezes complexo e so-
Rotativo Para movimentos rápidos, permite grandes variações de o é a seguinte: fisticado, que requer alguns cuidados na interpretação dos
H9-d9 temperatura e lubrificantes de elevada viscosidade.
Casquilhas, Furos (cilíndricos)- O maior diâmetro possível do cilindro resultados e na própria execução do controle de qualidade. A
Rotativo Boa precisão garantindo folga, permite velocidades À mão pistons imaginário perfeito que circunscreve o furo e que apenas o recomendação ISO/R 1938:1971 indica alguns métodos e téc-
justo HS-17 moderadas e lubrificação com lubrificantes de baixa nicas a serem usados. Note-se que, apesar de a designação
toca nos pontos mais "altos" da sua supe1fície não deve ser
viscosidade. desta recomendação ser em tudo idêntica à de uma norma 1SO,
inferior à cota mínima. O diâmetro máximo para qualquer
Deslizante H7-g6 Permite deslocamentos e rotações com precisão. Guias posição ao longo do furo não eleve ser superior à cota trata-se apenas de uma "recomendação" e não de uma norma.
Deslizante Folga mínima nula, permite uma montagem precisa dos À mão sob pressão Rodas máxima.
justo H7-h6 eixos, podendo estes, no entanto, ser facilmente dentadas Eixos (cilíndricos) - O menor diâmetro possível do cilin-
desmontados.
10.7.3 Equipamentos
dro imaginário perfeito que circunscreve o eixo e que ape-
Ligeiramente Com madeira Rolamentos, nas o toca nos pontos mais "altos" da sua superfície não O controle de qualidade é realizado nas modernas unidades
H7-k6
preso chavetas ·deve ser superior à cota máxima. O diâmetro mínimo para industriais, com base em sofisticados equipamentos que usam
Para montagens que necessitam de uma fixação qualquer posição ao longo do eixo não deve ser inferior à métodos como os ultra-sons, ]asei~ entre outros. No entanto)
Com martelo Engrenagens,
suficientemente rígida, mas que permita a desmontagem. continuam a ser usadas técnicas de verificação de tolerâncias
Bloqueado H7-n6 rolamentos, cota mínima.
uniões. mais baratas e menos sofisticadas, mas igualmente precisas para
interpretação apresentada para furos/eixos, significa que se
H7-p6 Para peças que necessitam ser alinhadas e montadas Prensa a frio Pinhões ern as qualidades correntes, como as que são em seguida indicadas.
Apertado elemento está em todos os pontos na cota mínima/máxima,
a frio rigidamente e com precisão. Não permite a desmontagem. eixos motores Na recomendação ISO/R 1938, especifica-se, por exemplo, que
tão deve ser um cilindro perfeitamente circular e reto, ou
Apertado Para conjuntos cuja função é transmitir grandes esforços. Prensa a quente Rotores de ·a, um cilindro perfeito. Todas as interpretações apresenta- os instrumentos de verificação podem ser do tipo "calibre fixo"
a quente H7-s6 motores ou instrumentos de medição (como o caso dos paquímetros),
s são discutidas e esclarecidas em mais detalhes no capítulo
238 Capítulo Dez
Tolerâncía Dimensional e Estados de Supe,jtcie 239
cada um deles com as suas vantagens e inconvenientes. Atu-
almente, atendendo à sofisticação, resolução e precisão cada , • como se1·am as nonnas ISO 14253-1:1998 e ISO/
ranc1as, la.s que requerem processos de fabricação mais rigorosos e
vez maiores dos instrumentos ele medida, estes últimos têm 53.2,1999- um controle mais rígido.
substituído gradualmente os calibres fixos. 4) Em operações ele subcontratação (peças encomendad~s ~l
outras empresas), torna-se mais fácil definir preços e "eh1:11-
Os calibres fixos, alguns deles indicados na Figut·a 10.21, são TOLERÂNCIA DIMENSIONAL GERAL nar O problema relacionado com as cotas sem toleranc1as
instrumentos manuais não reguláveis que permitem verificar
- ca1 tolcr1.ncia dimensional nos desenhos diretas.
uma gama de dimensões. Os calibres passa/não passa são caçao ' . " . pode
~
por
muito usados para furos ou eixos. Outro tipo de equipamento se~ simplificada quando a classe de tolerancia e a mes- A menos que seja explicitamente especificado no projeto, cotas
muito usado, principalmente para a verificação de ângulos , t0 das as dimensões lineares ou angulares. Note-sei
não conformes com a tolerância geral não elevem ser automa-
raios ou concordâncias, são os gabaritos (Figura 10.22). Os
1
ia," que quando para detennina.c1a _cota e• ~.p 1·1ca~--a
l uma
ticamente rejeitadas.
paquímetros analógicos ou digitais (Figura 10.23) são instru- FIGURA 10.23 Paquímetros (cortesia da Fred Fowler Co.). diferente, então esta eleve ser indicada duetamente na
• te,n quatro classes de tolerância geral de acordo com
mentos de medição, manuais e reguláveis, muito úteis. Os • EXtS ] , . • j'\
paquímetros têm a vantagem de poder ser usados para ler cotas <·--nna ISO 2768-1:1989. Também para a to crancia geome- 10.8.l Tolerâncias Gerais :l
exteriores, interiores ou profundidades. Atualmente existem '[ que será abordada no próximo capítulo existe um con- !,I
modelos digitais, mais precisos (~ 0,01 m1n) do que os tradi 'fo de classes gerais. As tolerâncias gerais para as cotas lineares, excluindo baleados i'
1
e concordâncias, são indicadas na Tabela 10.10. Para baleados
cionais paquúnetros analógicos (precisão ~ 0,05 mm) e que sse de tolerância geral a ser selecionada depende dos 'i1li
e concordâncias, as tolerâncias gerais são indicadas na Tabe~
podem ser ligados diretamente a um computador (fazendo o ísitos exigidos da peça. Os princípios gerais para a ~ua
registro para controle estatístico, por exemplo). Outro equi- - 0 são os mesmos aplicados na escolha de urna toleran-
la 10.11. Finalmente, as tolerâncias gerais para cotas angula- !
res são indicadas na Tabela 10.12
pamento idêntico aos paquímetros, mas que permite, geral- :rticular, os valores das tolerâncias devem ser os maiores
mente, uma precisão superior ( = 0,001 mm) é o micrômetro
111
I! síveis, mas sem prejudicar a funçao e requ1s1tos das peças.
FIGURA 10.24 Micrômetros (cortesia da Fred Fowler Co.).
i:fÓ.dicação de classes de tolerância gerais nos desenhos apre- 10.8.2 Indicação nos Desenhos
<nta algumas vantagens:
Quando são aplicadas tolerâncias gerais, deve obrigatoriamente I'
(Figura 10.24). Note-se que a precisão dos equipament Os desenhos tomam-se mais fáceis de ler. ser indicada no campo apropriado da legenda, ou junto dela, 111
depende da tecnologia usada pelo fabricante, com as co o projetista e o desenhista economizam \em~JO ao elimina- a seguinte indicação: 11
qüentes implicações em termos de preço. Na Figura 10~ rem a necessidade do cálculo elas toleranc1as, fazendo-o
apresentam-se alguns equipamentos mais gerais e sofisticad apenas para as tolerâncias que são indicadas diretamente 1S02768 'I
e com os quais é possível obter uma precisão até 0,00001 nas cotas. seguida pela classe de tolerâncias de acordo com a norma ISO
Outros equipamentos mais sofisticados, usados sobretudo pa , ) Com base nas tolerâncias gerais é mais fácil determinar o~ 2768-1.
verificação das tolerâncias geométricas, mas que também poi' processos de fabricação a serem usados e se com estes"ser_a
Por exemplo, para uma classe de tolerâncias média:
possível cumprir as tolerâncias especificadas. As toleranc1-
dem ser usados na verificação das tolerâncias dimensionais/
são apresentados no capítulo seguinte. -· as indicadas diretamente nas cotas são normalmente ague- ISO 2768-m
FIGURA 10.21 Exemplo de calibres (cortesia da Mahr GmBh).
Considerando os equipamentos não reguláveis referidos, de,
monstra-se 1 mais uma vez, a importância de selecionar classes:
de tolerância ou de ajuste normalizadas, particularmente as_ TABELA 10.10 Desvios admissíveis para cotas lineares excluindo baleados e concordâncias.
recomendadas.
1 Para cotas nominais inferiores a 0,5 mm, os desvios devem ser indicados junto às cotas.
Fina
±0,2 ±0,5 ±1
m Média
e Grosseira
±0,4 ±1 ±2
V Muito grosseira
FIGURA 10.25 Instrumentos de medição sofisticados e muito precisos (cortesia da Mahr e Fred Fowler Co.). ~ · -, ,a o,5 mm , os desvios devem ser indicados junto às cotas.
· - - ·111 f,en01es
Para cotas nominais
240 Capítulo Dez
Fina
m ± 1o ±0º30'
Média ±0º20' ±0º10' ±0º5'
e Grosseira ±1º30' ---- Requerida remoção de material
±1º ±0º30' FIGURA 10.27 Especificação dos estados de superfície.
V Muito ----- ±0º15'
------ ±0°10'
-----
(por usinagem)
~
definidas, podendo inclusivamente ser especificadas nos de- Superfície
belas referenciado como matriz GPS, no qual são indicadas as senhos. Espessura de linha dos símbolos d' 0,35 0,5 0,7 1,4 2 \/\1 usinada
normas relacionadas com cada uma das características geomé-
Altura H, 5 7 10 14 20 28
~
tricas do produto. Indica ainda as normas relacionadas com a Perf-11 da superfície - Resulta da interseção da superficie real Superfície
com um plano especificado, que lhe é perpendicular. Altura H, 10 114 20 28 40 56 'v\N polida
242 Capítulo Dez
'tolerância Dimensional e Es!ados de Supe1ficie 243
b
7~
,E_
,-.-··
.
·-
ef'
-Ev
Estrias paralelas ao ~----7
-
plano de projeção
da vista. --
FIGURA 10.33 Indicação simplificada dos estados de superfície.
✓
-
. .
•
superior esquerdo do desenho. No caso de desenhos peça
peça, o símbolo deve ser inscrito após o número de referê Os valores típicos da rugosidade, obtidos com os processos
eia da peça. Ambas as situações são indicadas na Figura 10.3 de fabricação mais comuns, são apresentados na Tabela
Quando um estado de superfície é aplicado na maioria da~_, 10.18.
TABELA 10.18 Rugosidades típicas obtidas pelos processos de fabricação mais comuns
Retificar
comprimentos de base, ele acordo com.ª nonn~ J~O
Afiar (pedra)
88:1996, para os quais são medidas as rugosidades, sao m-
Esmerilar acios na Tabela 10.19.
Polimento
as normas ISO 4287 e 4288, são definidos ainda _outros_ parâ-
". etros, como a mínima e máxima profundidade clã rugosidade,
Superacabamento ;-i:ssimetria da rugosidade etc.
Fundição em molde
de areia
Laminação a 10.10.6 Medição das Rugosidades
quente
istem várias técnicas e equipamentos para a medição da
Forjamento gosidade das superfícies. A mais simples, mas que requer
Fundição em molde essoal especializado, é o tato. Consiste em "passar o dedo"
permanente ela superfície e comparar depois com m~u escala_ ele
Extrusão gosiclacles normalizadas (Figura 10.36). ~Existem equtp~-
entos mais precisos, designados por rugosunetros, que pe1-
Laminação,
.hlitem não só determinar o valor da rugosidade, como tam-
Estampagem
.'.bém obter seus diferentes parâmetros. Estes equipamentos
Fundição injetada oclem ser manuais (Figura 10.37) ou montados numa base
• Gama de rugosidades freqüente O fixa sendo o movimento do rugosímetro controlado a par-
Gama de rugosidades menos freqüente tir d'e um computador no qual se podem programar: os po~-
tos ou trajetórias em que as rugosidades são medidas (F1-
10.10.5 Parâmetros da Rugosidade 'gura 10.38).
.A medição elas rugosidades e ondulações das superfície~ deve FIGURA 10.37 Rugosfmetros manuais (cortesia da Mahr GmBh) .
A definição do estado de superfície é um processo por vezes
··ser efetuada nas direções que fornecem os valores mais ~le-
complicado, pois são inúmeros os parâmetros envolvidos. Nesta
:.:-Vados. Em geral, a menos que algo seja cspecificado 1 na dll'e-
secção, faz-se uma abordagem das definições e parâmetros mais
.ção elas estrias.
importantes, sendo o leitor remetido para as normas interna-
cionais em vigor no caso de pretender informação mais deta-
lhada.
TABELA 10.19 Comprimentos de base normalizados
Considere-se a peça indicada na Figura 10.34 e o perfil da
superfície indicado na Figura 10.35, resultante da interseção
da superfície real com um plano especificado. O termo perfil
é aqui definido de uma forma genérica, embora nas normas 0,4
ISO 3274,1996 e 4287,1997 existam definições mais detalha-
das como: perfil de referência, perfil primário, filtros do per- >0,02; ~0.1 0,25 1,25
fil etc. FIGURA 10.34 Periif da superfície.
>0.1;~2 0,8 4
A partir das irregularidades do perfil (Figura 10.35) é defini- >2; ~10 2,5 12,5
do um conjunto de parâmetros: - Rugosidade média ~' definida como a média aritmética
dos valores absolutos elas coordenadas do perfil >10; .s:;80 8 40 FIGURA 10.38 Rugosímetro estacionário (cortesia da Mahr GmBh).
246 Capítulo Dez
1blerância Dimensional e JLr;;tados de Supeifície 247
Para a calibração dos equipamentos é importante a consulta
ela norma ISO 5436,1985. A norma ISO 11562,1996 estabelece ~oras máxima e mínima são obticla.s a partir das equações C,llin = Cn + ei = 50 - 0,142 = 49,858 mJTI.
os tipos de filtros e suas características para a medição dos perfis a) ~ ( 4) respectivamente
das superfícies. A condição para ve1ificara existência de folga é Folga • C~.fu,-1>cm:L;:•
': ~ CN + ES = 130 - 0,023 mm = 129,977 mm
Como a cota mínima elo furo CMíN = 50,00(hmn é superior à
~ CN + EI = 130 - 0,035 nun = 129,965 nun. cota máxima do eixo c .. = 49 920 mm, verifica-se que de fato
10.11 EXEMPLOS DE APUCAÇÃO E
04Og11 otagem nas formas requeridas é indicada na Figura 10.40. existe folga. As folgas ;ãxima' e mínima são calculadas a par-
DISCUSSÃO tir das expressões (6-7)
MPLO 3 - Considere-se o ajuste entre um pi.stom de um
Em primeiro lugar, resumem-se as principais expressões usa-
or e a respectiva camisa. A cota nominal é de 50 mm. Es-
Frn:,x • . - emu1. = ES - ei = 62 - ( - 142) = 204 µm
. = C,MA),'. = 0,204
das na tolerância dimensional: mm
b) a uma classe de ajustes adequada e determine as cotas
Tolerância: imas e mínimas para o pistom e o cilindro. A partir destas Fmm
. = C~IIN . = EI - es = O - (-80) = 80 µm = 0,08 mm.
. - emax
5 verifique se existe folga e determine as folgas máxima,
T=CMÁX-CNÚN (1) ·~a e a tolerância do ajuste. A tolerância do ajuste é calculada de acordo com a expressão
(5)
T=ES-EI (2) Tabela 10.9 são indicadas as classe.s de ajuste recomenda-
Cota máxima: T = t + T = 62+62 µm = 124 µm = 0,124 mm.
0
Aperto máximo:
39,831 :;::: 62 µ.m = 0,062 nun. rior à cota mínima, o desvio superior é sempre maior que o
A,n,;x=cmáx -CMIN=es-EI (8) desvio inferior.
desvio ele referência é obtido na Tabela 10.6. Note-se que
Aperto mínimo: Amín=clllin -CMÁX=ei-ES FIGURA 10.39 Exemplo 1.
(9) lasse H possui um desvio inferior nulo (ver Figura 10.4)
EXEMPLO 1-Determinação das cotas-limite para um eixo de
10.12 APLICAÇÕES EM CAD
= O; ES = T = 62 µm = 0,062 mm.
diâmetro 40 e classe de tolerância gl 1. Cotar usando a simbo- Tal como a cotagem) a indicação da tolerância dimensional
logia ISO, a simbologia ISO e os desvios e usando as cotas O desvio fundamental é obtido na Tabela 10.6 para fur partir das expressôes (3-4) podem ser determinadas as co- nos desenhos em CAD é bastante simples. As diferentes op-
máxima e mínima. (neste caso desvio superior) e para a classe de tolerância s máxima e mínima ções ele inscrição elas cotas com tolerâncias (simbologia ISO,
posição N(Coluna ~ IT8} ES = -27 + 6.
A partir da Tabela 10.3 obtém-se o valor da tolerância, na li- .,'-"X = CN + ES = 50 + 0,062 = 50,062 mm desvios, cotas-limite, etc.) podem ser inscritas de uma forma
nha 30 a 50 mm e para a classe de qualidade ITl l. O valor de d é obtido na Tabela 10. 7 para a classe de quali simples nos desenhos. Na Figura 10.41 apresenta-se um
clacle IT4, 6 = 4 µm = 0,004 mm "'' = CN + EI = 50 + O = 50,000 mm. exemplo de introdução de tolerâncias dimensionais cm Solid
t = 160 µm = 160 X 10- 6 m = 0,160 mm. Edge. Neste caso o projetista/desenhista tem de conhecer os
ES= -27+ 6= -27+4 µm= -23µm= -0,023mm. - Pistom: d9. Uma vez que a classe ele qualidade é a
O desvio fundamental é obtido na Tabela 10.4 para eixos esma para o furo e para o eixo (IT9), o valor ela tolerância é valores dos desvios e introduzi-los nos campos da tolerán-
(neste caso, desvio superior) e para a classe de tolerância ele O desvio inferior é calculado a partir dos valores da tolerâncfa( mesmo do furo cia. O cálculo das cotas máxima e mínima· é automático.
posição g. e do desvio superior de acordo com a equação (2) Existem programas, como o Mechanical Desktop, que pos-
E!= ES - T = -23 - 12 µm = -35 µm = -0,035 mm.
= 62 µm = 0,062 mm. suem uma base de dados do sistema ISO de desvios e ajus-
es = -9 µm = - 9 X 10-- 6 m = -0,009 mm. tes bastando ao usuário introduzir a classe de tolerância: a
desvio fundamental é obtido na Tabela 10.4, correspon-
O desvio inferior é calculado a partir dos valores da tolerância de;erminação dos desvios e cotas máxima e mínima é auto-
e do desvio superior, ele acordo com a equação (2) mática. Na Figura 10.42 apresenta-se um exemplo dos cam-
s = -80 µ.m = -0,08 mm. pos de introdução ela tolerância dimensional em Mechanical
ei = es - t = -9 - 160 µm = -169 µm = -0,169 mm. Desktop .
As cotas máxima e mínima são obtidas a partir das equações
.Apartir da expressão (2) pode calcular-se o desvio inferior
Tal como para a tolerância dimensional, a inscrição dos aca-
(3) e ( 4), respectivamente .êi = es - t = -80 -62 = -142 µm = -0,142 mm. bamentos superficiais e dos estados de superfície é fácil usan-
C 111 h =c0 +es=40-0.009=39.991 mm. 013ON4 As cotas máxima e mínima obtidas a partir das expressões (3- do sistemas de CAD. Na Figura 10.43 é indicado o menu para
4) são o programa Solid Edge, e na Figura 10.44 para o programa
cm,,, =e,, +ei=40-0.169=39.831 mm. Autodesk Inventor. É possível, inclusive, colocar diretamente
em,ox
. = e n + es = 50 - 0.08 = 49,920 1mn os estados ele superfície nos sólidos tridimensionais.
A cotagem nas formas requeridas é apresentada na Figura
10.39. Note-se que as diferentes formas são alternativas.
;~--
3.2 1 100
2\7 =
RmighM,;,;
f0-, -•CN t,lilllirn\rn,
fJ2 Minim!xn
j Sp.acing 1= Rot&od
5ilmpfug kmglh
r·~·~- Olhm r0\1gh!W$t Villuet
Leild8!
t· AW~ :h,;,w lew:Jer~
r.· Automalic!eadeis P Bi:mtlei:idet P Srwrt Arn:,w~tyle;
t" floIBaders.
F@,
Recartilhado
surf:ace Type Mi$C:el!aneous:
D F'
"'
0K C.ancel 40
020 H / 0 -i2~i·02
B
Fresado
7
6,3 12,5 12,5
32
2
Qual a relação entre o valor da tolerância e o custo de 5. Que fatores condicionam o valor da tolerância?
fabricação de uma peça? 6. Qual o significado de dois números reais colocados um
FIGURA 10.42 Tolerância dimensional em Mechanica/ Desktop.
2. Diga o que você entende por eixo? E por furo? por cima do outro sobre a mesma linha de cota?
3. O que é uma tolerância fundamental? Quantas classes exis- 7. Quais as diferentes formas de indicar uma cota com tole-
tem? râncias?
4. O que você entende por cota nominal? Qual o significado 8, O sinal dos desvios deve ser indicado nos desenhos? E
físico dos desvios? para as cotas-limite?
250 Capítulo Dez
Tolerância Dimensional e Estados de Supe,fície 251
m
• ISO 2538:1998 Geometrical Product Spccifications (GPS- wwv-,r.mmsonline.com
• Morais,]. S., Desenho Técnico Básico, Porto Editora, 16ª Ed., :_ Surface texture: Profile method - Metrological characte- • Quality On-line - www.qualitymag.com
Series of angles and slopcs on prisms.
1990. ristics of phase correct filters. • Quality Progress On-Line
• ISO 2768-1:1989 General tolerances-Pa1t 1: Tolerances
ISO 12085,1996 Geometrical Product Specification (GPS)- www.qualitydigest.com
linear and angular dimensions without individual toler
No,mas ,dadmm~s com a <rneümma ,<<,o,-,~ ce inclications. Surface texture: Profile method - Motif parameters. • Quality Today - www.qualitytoclay.com
s1onal: ~
• ISO 2768-2:1989 General tolerances - Part 2: Geometri ISO 13565-1,1996 Geometrical Procluct Specification (GPS)
- Surfacc texture: Profile method; Surfaces having stratified Endereços eletrônicos de equipamento parà verificação das
• ISO 1:1975 Stanclaid refercnce tempe1ature tolerances for features without individual tolerance indi
for industrial length measurements. tions. functional prope1ties - Part 1: Filtering and general measu- tolerâncias:
• ISO 129:1985 Tcchnical drawings - Dimensioning - Gene- • ISO 3040:1990 Technical drawings - Dimensioning an' rement conditions. • Fred V. Fowler Company
ral principies, definitions, methods of execution and special tolerancing - Cones. ISO 13565-2,1996 Geometrical Procluct Specification (GPS) www.fvfowler.com
indications. • ISO 3599,1976 Vernier callipers reading to 0,1 and 0,05 - Surface texture: Profile method; Surfaces having stratifiec\ • Mahr GmBh
• ISO 286-1:1988 ISO system of limits anel fits - Part 1: Bases • ISO 3611:1978 Micromcter callipers for externai measur, functional prope1ties - Part 2: Height characterization using www .mahr.com (Representante em Prntugal - www.izasa.com)
of tolerances, deviations and füs. ment. the linear material ratio curve. • Mitutoyo - www.mitutoyo.com
• ISO 286-2,1988 ISO system of limits and fits -Part 2, Tables • ISO 5166,1982 System of cone fits for cones from C -1,3
of standard tolerance grades anel limit deviations for holes 1: 500 1 lengths from 6 to 630 mm and diamcters up to 50'_
anel shafts. mm. (Retirada) '
• ISO 370:1975 Toleranced climensions - Conversion from • ISO 6906:1984 Vernicr callipers reading to 0,02 mm.
inches into millimcters and vice versa. 0
ISO 7863:1984 Height setting micrometers anel riser blocks'
0
ISO 406: 1987 Technical drawings - Tolerancing of linear e ISO 8015:1985 Technical drawings -Fundamental toleran'
and angular dimensions. cing principie. . _àcabamento superficial cotas-limite
• ISO/R 463,1965 Dia! gauges reading in 0.01 mm, 0.001 in 0
ISO 8062:1994 Castings-System of dimensional tolerancef custo
and 0.0001 in. and machining allowances. , ,, desvio de referência
• ISO 1101:1983 Technical drawings- Geomctrical tolerancing 0
ISO 10579:1993 Tcchnical drawings - Dimensioning an desvio fundamental
- Tolerancing of form, orientation, location anel run-out - tolerancing - Non-rigid parts. . ajuste ince1to desvio inferior
Generalities 1 definitions, symbols, indications on drawings. ajuste recomendado desvio superior
• ISO 13920,1996 Welcling - General tolerances for welded.
• ISO 1119:1998 Geometrical Product Specifications (GPS) - classes de qualidade IT desvios
constructions -Din1ensions for lengths and angles - Shape
Series of conical tapers and taper angles.
• ISO 1660:1987 Technical drawings - Dimensioning and
and position. t classes de rugosidade estrias
• ISO 14253-1,1998 Geometrical Product Specifications (GPS) controle de qualidade grau de acabamento
tolerancing of profiles.
- Inspection by measurement of workpieces and measuring cota máxima instrumentos de verificação
• ISO 1829:1975 Selection of tolerance zunes for general
equipment - Part 1: Decision mies for proving conformance cotarrúnima montagem
purposes.
or non-conf9_~~!?-ºce with specifications. cota nominal parâmetros da rugosidade
252 Capítulo Dez
processo de fabricação
tolerância
qualidade
tolerância do ajuste
rugosidade
tolerância fundamental
rugosímetro
tolerância dimensional
símbolos
tolerância dimensional em CAD
sistema de furo base
tolerância dimensional geral
sistema de eixo base
verificação das tolerâncias
sistema ISO de desvios e ajustes
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
TOLERANCIA
Pl0.1- Complete a seguinte tabela (cotas em mm e desvios
Pl0.2-Considere a montagem da tampa do motor de
emµ)
lismo indicada no capítulo anterior. Escolha uma elas
ajuste adequada, caracterize a montagem e calcule as e
GEOMÉTRICA
máximas e mínimas para o "furo" (diâmetro da cavidad
bloco) e para o "eixo" (diâmetro da tampa).
_E_ 20 200.1 Pl0.3 - Pretende-se montar um rolamento num eixo d
H7 310 mm de diâmetro. Escolha uma classe de ajuste adequad
-500 1000 149.5 racterize a montagem e calcule as cotas máximas e rrúni
_K8 soo para o eixo e para o "furo" do rolamento.
23P9
120z6
_ZA8 8
OBJETIVOS
Após estudar este capítulo, o leitor deverá estar apto a:
@I Identificar os símbolos geométricos e aplicá-los convenientemente ~a tolerância
das peças;
e Compreender as vantagens da utilização da tolerância geométrica, em conjunto
com o dimensional;
e Conhecer os princípios gerais da tolerância e as vantagens da sua aplicação na
tolerância das peças.
ceipumo rJnze
rior, mas para a mínima quantidad. 1 imçao _1dent1ea a ante- Cota nominal- e , I' . .
e e e matenal. desenho. ,ota e 1mens1onal, sem tolerância, insc à qual é definida a perpendicularidade, deve ser co- 11.5.2 Tolerância Geo:1nétrica de
Condlçãovlrtual(CV)-Corresponcl . f· . . símbolo especial (ver Seção 11.5.3), e no quadro
!11
elemento geometricamente p ·.Ç ·t ela _rnnte1ra l11nite de um Cota teoricamente , da é indicada a letra maiúscula que identifica esse
Elementos
~ e11e1 o, o )tida a pa 1t·. 1 da ual LI _,, e~ata - Cota considerada exata
e to1erancias inscritas no d _ nl 1t e as cotas
9 , ma tole1anc1a gcométri· ca e., ,ap 11cac
. Ia. ,
.. ese 10. Esta condiçã ~ 1 'd ia!. O quadro da tolerância geométrica é ligado ao elemento com
pai tir elas condir·õcs de ~ . o e o )tl a a
1/ max1mo material - 1 . . I • Cotagem funcionai - Filosofia de . , - . tolerância por intermédio de uma linha de cota. Podem ocor-
ométricas. e e as to erancias ge- ~tolerância~ Área ou volume definida pelos valores
seacla na função ela peca. cotagem d1mensio rer três situações:
râncias geométricas inscritas no desenho.
e~~ de ajustamento para um elemento exte1: - ~ , Elemento-Tennog . 1ap1cacoaumaporçãof,·
1· 1 1) Quando o elemento com tolerância é uma aresta ou super-
mrrnma do elemento geo . t .· no E a cota l e1a -
me 11camente perfr ·t . ta como uma superfície ou um furo. 1s1ca d fície, a seta aponta diretamente para o elemento ou para
creve o elemento consid ., 1 . d - e1 o, que c1rcuns-
c1ac o, ten 0 contat0 uma linha de chamada no prolongamento do elemento (não
nas nos pontos extremos. com este ape- Elemento dimens.aona
· 1 - Corresponde a u1
bolos geométricos indicam o tipo ele relação a ser apli- devendo ficar no prolongamento da linha de cota), tal como
C~ta de ajustamento _pat·a um eleme . / ~ da a um elen:iento ou conjunto de elementos~ª cota a indicado na Figu.1·a 11.6.
:ntre elementos. Estes símbolos encontram-se normali-
maxima d -1 . nto .1nter110 - E a cota Elemento interno - Fl, emento que, numa monta
o e emento geometncamente _perfeitcfi . . e acordo com a norma ISO 1101:1983, sendo apresen- 2) Quando o elemento com tolerância é um eixo ou plano
creve o elemento cons,·ct . ., d -- - ---- que circuns- cont1clo noutro elemento É , l . gem, V médio, a linha de cota ela tolerância posiciona-se no pro-
eia o, tendo contat , · o caso e e um eixo. na Tabela 11.1, agrupados por classes, Alguns destes
nas nos pontos extremos. " o com este ape- longamento da linha de cota, ele acordo com a Figura 11.7.
Elemento externo ~ Elemento os são também usados na constrnção das peças em sis-
Cota de lo .,_ ~ .,
caJ.U.açao - E uma cota dim - · conter outro elemento ~ o , dque, numa montage de CAD paramétricos. As dimensões e proporções dos Note-se que a cota (cj>S) pode também ser colocada no pro-
localizar um elemento c11 . ], ~ ' enstonal que permite • caso e um furo. longamento da linha de cota.
1 1 e açao a outro
s encontram-se nonnalizadas de acordo com a norma
Modificador- É um súnbo!o es ec· 1 3) Alternativamente ao caso 2 acima, a toledncia pode ser
plo, a localização de um furo rel f ' como, por exem-
a ivamente a uma superfície no quadro da tolerância geo1
ção ele u -· / .
/f, ta' que J~ode ser in
ne oca e que significa a
posicionada com a seta apontando diretamente para o eixo,
Cota de máximo matedal (CMM) - . . . eito de referencial está associado à definição de uma tal como indicado na Figura 11.8. Vale dizer que as regras
cação do princípio de / . .Cota clefm1cla pela apli- ficaclores~d~l~CIJ~~o ou condição a essa tolerância. Os
maxuno matenal a um elemento. eclade geométrica de um elemento relativamente a ou- gerais da cotagem, sobretudo o cruzamento de linhas, con-
colocadas ~epi~sentados, em geral, por letras tnaiús
Cota de mínimo material (CmM) - e 1 . . ' no mtenor de um círculo (Seção 11.S.S). eferencial), sendo discutido em detalhe na Seção 11.5.3. tinuam a ser válidas neste caso.
cação cio princípio do / . . ota e ef1mcla pela apli-
mmtmo matenal a um elemento. Referencial- Muitas elas t 1 • .
o erancras geométricas a 1· d
Cota local atual _ Qua 1quer e1tstancia
. • e 1ementos ou ·ios l d. P 1ca a ,5 ASPECTOS GERAIS DA TOLERÂNCIA :1.:1..5.3 Referendais
numas -.- tivame t . " ._ e ementos unensionais são definidas
sal de um elemento ist / , _ . eç;ao transver- n e a outros elementos (Referenciais) É
opostos. ' o e, a cota medida entre dois pontos penclicularidade de uma su - r .. ~ o caso da
GEOMÉTRICA De acordo com a Tabela 11.1, existem relações geométricas
ela relativamente a u , pe1 tcte, a qual so pode ser d que requerem a indicação de um referencial. Por exemplo,
ma outra. Neste caso, na superfície .r dos conceitos de símbolo geométrico e de referencial,
e para a tolerância geométrica um conjunto adicional de as relações geométricas de paràlelismo ou de perpendicula-
TABELA 11.1 S' b 1 eitos e procedimentos a ser considerado, apresentado em riclade são definidas para um elemento e relativamente a
im o os usados na tolerância geométrica outro. Isto requer a colocação do referencial no segundo ele-
ida.
mento.
Inscrição das Tolerâncias Ó referencial pode ser indicado ele duas formas, direta ou por
-
D Planeza
Geométricas nos Desenhos
tolerâncias geométricas são inscritas em quadros de acor-
intermédio de letra, de acordo com a nonna ISO 5459:1981:
ORIENTAÇÃO
J_
1' --z~--~------- Perpendicularidade
-----------
lnclinação
SEMPRE
Modificador Símbolo
Tolerância
geométrica
Referencial
$- Posição
------+-----
LOCALIZAÇÃO
©
-~-----t----____:=~-~--
Concentricidade ou ....._______
coaxialidade SEMPRE
Simetria LO
o
SEMPRE IS)
Batimento total
@]
B C A
A
@] B
FIGURA 11.7 Tolerância geométrica de eixos e linhas de centro (método e)
indireto). d)
b)
_L 0,01 A
FIGURA 11.11 Indicação no quadro da tolerância de vários referi(
Princípio do
máximo material @ ISO 2692 Ver Seção 11.7.3
Princípio do Zona de tolerância
mínimo material CD ISO 2692-Amd. 1 Ver Seção 11. 7.3 fj" Distância projetada
Envolvente
® ISO 8015 Ver Seção 11.7.7
Zona de tolerância
projetada ® ISO 1101
ISO 10758 Ver Seção ·11.5. 7
Diâmetro 0 L---,--'~ Pino a montar
O símbolo de diâmetro é um modificador especial, o
único que não é circunscrito por um círculo. {Montagem não é passivei)
a) Sem modificador b) Com modlficador
-0,2
:1
FIGURA 11.16 Zona de tolerância projetada.
262 Capítulo Onze
Tolerância Geométrica 2 63
CffiCUIAIUDADE
DEFINIÇÃO
Se o valor da tolerância de retilincidade é precedido pelo
símbolo de diámetro, a zona ele tolerância é limitada por
um cilindro de diâmetro t.
A zona de tolerância no plano considerado é limitada. P?r ~ois
cilindros concêntricos que distam entre si de uma distancia t
radial.
INDICAÇÃO
DESCRIÇÃO
DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO
1
'
Tolerância Geométrica
264 Capítulo Onze
DEFINIÇÃO
DESCIUÇÃO INTERPRETAÇÃO
INDICAÇÃO
A zona de tolerância é limitada por duas superfícies tan-
gentes a esferas de diâmetro t, cujos centros estão locali- O eixo com tolerância deve
zados na superfície de forma geometricamente perfeita. estar contido numa zona de
tolerância paralelepipédica
ele largura 0,2 mm na direção
DESCRIÇÃO horizontal e 0,1 mm na dire-
ção vertical em que são para-
A superfície deve estar contida entre duas super- lelas ao eixo do referencial.
fícies tangentes a esferas de diâmetro O, 1 mm,
cujos centros se localizam na superfície com a
forma geometricamente perfeita.
266 Capítulo Onze
Tolerância Geométrica 267
t ~~-~=11~-º•
O eixo com tolerância
J_ 1
deve estar contido entre
li duas linhas paralelas, que ~-~-~ DEFINIÇÃO C: Tolerância de perpendicularidade ele uma superfície relativamente a uma linha
:1 distam entre si de 0,1 mm. ~
1, Estas duas linhas são per- L_ __,\r---""""-":L.1-H"CL,<J
pcncliculares ao eixo que \
Eixo do referencial A A zona ele tolerância é limitada por dois planos paralelos que dis-
seive de referencial.
tam entre si de uma distância te que são perpendiculares a uma
linha de referência.
~V
DESCRIÇÃO
~1
DEFINIÇÃO B: Tolerância ele perpendicularidade de uma linha relativamente a uma superfície INDICAÇÃO INTERPRETAÇÃO
~-+-~ ~
A superfície com tolerância
CASO A - Zona de tolerância plana
eleve estar contida entre
Quando projetada num plano, a zona de tolerância é limitada por 0
dois planos paralelos que
duas linhas paralelas entre si separadas por uma distância te que
são perpendiculares a um plano no caso de a tolerância ser ape- m 1, distam entre si de 0,05 mm ti--- ~--- f-
INDICAÇÃO INTERPRETAÇÃO
zona de tolerância
t!
INDICAÇÃO DESClUÇÃO Eixos de referência
INTERPRETAÇÃO Projeção do eixo do furo no ~lar!o
definido pelos eixos de referencia
-Jj_/o,os/A/ A superfície com tolerân-
DESCRIÇÃO: O eixo do furo, projeta ~ no p d d O 08 m as quais estão inclinadas 60º
cia deve estar contida . .d lano definido pelo eixo da peça, deve estar con-
entre dois planos parale- tido entre duas linhas paralelas entre s1 ~ afasta as e , m '
los que distam entre si relativamente ao eixo da peça (Referencial A-B).
de 0,05 mm e que são
perpendiculares à super-
fície que serve de refe-
rencial. 0,05
Superfície -Referencial A- - .
DEFINIÇAO ~ ·a de 1·nclinação de uma linha relativamente a uma superfície
B : T o 1eranc1
/,~
j/ ~ \ ··················J
das de 0,08 mm, que es- Superflcle de referência
tão inclinadas 60° relati-
vamente ao eixo A-B.
Eixos de referência DEFINIÇÃO C: Tolerância de inclinação de uma superfície relativamente a uma linha
CASO E - Linha considerada e linha de referência
em planos diferentes
A zona de tolerância é limitadaApor dois planos paralelos
Neste caso, a zona de tolerância é aplicada à projeção da
entre s1. que d.ist am de uma distancia te que se encontram
. h d
linha considerada, no plano que contém a linha de refe- inclinados de um ângulo a relativamente a uma lm a e
rência e que é paralelo à linha considerada. Unha considerada referência.
Unha considerada projetada
Unha de referência
Tolerância Geométrica 271
270 Capítulo Onze
@) planos paralelos
afastados ele 0,1
mm, os quais estão
inclinados 75º rela-
CASO A - Tolerância especificada numa direção
A zona de tolerância é limitada por dmis linhas paralelas entre si)
que distam de te que são posicionadas si.metricamente cm rela-
ção à posição teoricamente exata ela linha considerada. Isto é vá-
tivamente ao eixo lido para tolerâncias especificadas apenas numa direção.
de referência. Eixo de referência
DESCRIÇÃO INTERPRETAÇÃO
INDICAÇÃO
Cada uma das linhas deve
DEFINIÇÃO D: Tolerância de inclinação de uma superfície relativamente a outra superfície \ - · Superfície de referência
estar contida numa zona
de tolerância definida por
Zona de tolerância
duas linhas paralelas afas-
~~
A zona de tolerância é limitada por dois planos para- tadas entre si de O, 1 mm
lelos entre si, que distam de uma distância te que se e que se localizam sime-
encontram inclinados de um ângulo a relativamente l:isl tricamente relativamente 20 ·15 15
a um plano de referência. à posição teoricamente
exata.
- ~ Plano de referência
POSIÇÃO
.J!\J 30 l 30 30 j
DESCRIÇÃO: O eixo de cada furo deve localizar~se dentro da zona de tolerância retangular de
DEFINIÇÃO A: Tolerância de posição de um ponto
dimensÔes 0,2 X O, 1 mm, em que os eixos da zona de tolerância são posicionados a partir das
cotas teoricamente exatas.
INDICAÇÃO INTERPRETAÇÃO
DEFINIÇÃO B: Tolerância de coaxialidade de um eixo
Eixo de Referência
DESCRIÇÃO
fi±z1
Ponto de referência
INTERPRETAÇÃO
plano médio da peça (re-
ferencial A).
INDICAÇÃO
CASO A - Tolerância especificada numa direção
O centro do cilindro Zona de tolerância t
deve estar contido numa Quando projetada num plano, a zona de tolerância é limitada por duas 1
retas paralelas a uma distância tentre si, localizadas simetricamente em
zona de tolerância circu- 1 +--~~+--+ relação ao eixo ou plano de referência. Isto é válido no caso de a tole-
lar de diâmetro OiOl mm,
cujo centro coincide com Centro - Referencial
rância ser especificada apenas numa direção.
o centro do furo.
274 Capítulo Onze Tolerância Geométrica 275
- -1·····
afastadas ele 0,05 mm
e posicionadas sime-
tricamente em rela-
-zona de tolerância
ção ao plano médio
Plano media de referência
ele referência. Apoios do equipamento de verificação
DESCRIÇÃO: O batimento radial não deve ser superior a 0,1 mm durante 1 rotação completa
da peça, e para qualquer um dos planos correspondentes a cada uma das seções transversais
CASO B - Tolerância especificada em duas direções pe,pendiculares da peça. Cada um dos planos deve ser verificado autonomamente. O procedimento prático
corresponde a colocar um medidor óptico, mecânico ou outro sobre a superfície da peça,
A zona de tolerância é limitada por um paralelepípedo de seção transver- em seguida rodar a peça 360º e anotar o valor máximo do desvio medido para cada um dos
sal t1 X t2 , cujo eixo coincide com o eixo do referencial. Isto é válido no planos. Se o valor máximo medido para todos os planos não exceder o valor máximo da tole-
caso de a tolerância ser especificada em duas direções perpendiculares rância geométrica especificada, então a forma geométrica ela peça verifica a tolerância geomé-
entre si. trica de batimento. Note-se) mais uma vez, que o batimento é uma tolerância geométrica "di-
nâmica") e que, neste caso, por exemplo, cilindricidade e coaxialidade estão sendo verificadas
INDICAÇÃO simultaneamente.
INTERPRETAÇÃO
0,05 A·B
Plano médio de referência
0,1 C-0
DEFINIÇÃO B: Tolerância ele batimento circular - Axial
BATIMENTO CIRCULAR
de medição perpendicular ao eixo) por dois círculos A zona de tolerância é limitada (para
concêntricos a uma distância t entre si, e cujo centro qualquer cone de medição, cuj'o eixo
coincide com o eixo de referência. coincida com o eixo do referencial) por
dois círculos que distam t entre si de t.
Note-se que no batimento circular as medições são
efetuadas independentemente em cada um dos pla- A direção de medição é normal à super-
nos de medição. fície, exceto se algo em contrário for
especificado.
Plano de medição /
Superfície com tolerância
276 Capítulo Onze Tolerância Geométrica 277
r
superfície considerada, não pode exceder 0,1 mm dido autonomamente em cada círculo da superfície do cilin-
durante uma rotação completa da peça, e cm qual- dro, no caso do batimento total axial este é medido em toda
quer um dos cones de medição considerados. a superfície.
_,,_ .. V INDICAÇÃO DESCRJÇÃO INTERPRETAÇÃO
O batimento total radial não eleve
exceder 0,1 mm, para qualquer pon- Instrumento de medição
DEFINIÇÃO D: Tolerância de batimento circular numa direção específica to da superfície considerada, duran-
te várias voltas completas em torno
)e
A zona de tolerância é limitada por dois círculos que distam entre si ele t para qualquer cone de ·"'~'!/ 0,1 e
cio eixo ele referência e com movi-
medição que satisfaça o ângulo especificado e cujo eixo coincida com o eixo do referencial. mentos radiais do instrumento de
INDICAÇÃO DESCRJÇÃO medida. Tanto o movimento de ro-
tação da peça como o movimento
~o l/:o,1IA radial realizam-se ao longo ele linhas
IAI - A mesma ela definição anterior, tendo cm coo- fcl que correspondem à forma teorica-
ta agora que a direção não é a direção per- Zona de tolerância
mente perfeita da peça considerada.
pendicular à tangente à superfície, e sim a
1 direção especificada.
1~
a um dos símbolos, foram apresentadas em seguida e para 11.7.2 Interdependência entre Geometria
_á um deles as definições, modo de indicação nos desenhos
e Dimensão
BATIMENTO TOTAL Uma tolerância dimensional pennite apenas controlar a dimen-
são local ele um elemento (distância entre dois pontos), mas
A diferença entre batimento total e o batimento é que, enquanto o batimento é verificado para ,7 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA
não os desvios de fonna que podem oconer. Os desvios ele for-
cada uma elas superfícies independentemente, o batimento total é verificado simultaneamente TOLERÂNCIA ma são controlados por intennédio da tolerância geométrica.
para todas as superfícies. O batimento total continua a ser uma tolerância geométrica compos-
ta que afeta simultaneamente a forma e a posição. princípios fundamentais da tolerância estão relacionados A tolerância geométrica, por sua vez, apenas p~rmite contro-
a dependência ou independência entre tolerância dimen- lar os desvios de forma, orientação e localização ele um ele-
DEFINJÇÃO A: Tolerância de batimento total - Radial al (linear e angular) e geométrica. mento relativamente aos parâmetros teoricamente exatos, in-
dependentemente das dimensões. As tolerâncias geométricas,
A zona de tolerância é limitada por dois cilindros coaxiais que dis- e ele acordo com o princípio da independência, são verifica-
tam entre si de te cujos eixos coincidem com o eixo de referência.
,7.1 Princípio da independência das independentemente da dimensão atual dos elementos.
Note-se, neste caso, que a tolerância de batimento total permite incípio da independência estabelece que, quando requi-
controlar simultaneamente a circularidade e a cilindricidade (for- dimensionais e geométricos são especificados simultane- 11.7.3 Princípio do Máximo Material
ma) e a coaxialidade (posição). nte num desenho, estes elevem ser verificados indepen-
temente, exceto se alguma relação particular for definida, Quando aplicada a um elemento, a condição de máximo materi-
, o seja o caso dos modificadores de máximo material e da al significa que o elemento ou o produto acabado, contém o má-
INDICAÇÃO DESCRJÇÃO INTERPRETAÇÃO olvente, que serão discutidos mais adiante. Ou seja, se a ximo possível de material permitido pela tolerância dimensio-
nal. De acordo com esta condição, a dimensão ele elementos ex-
O batimento total não deve ex-
ceder 0,1 mm para qualquer
-
--cp ---
Rotação de 360º
Medidor
+ Translação rância geométrica não contiver os referidos modificadores,
olerâncias geométricas são verificadas independentemen-
as dimensões dos elementos.
ternos, tais como eixos ou chavetas, está na cota máxima, e ele-
mentos internos, tais como furos ou rasgos, estão na cota mínima.
ponto ela superfície especifica- No caso da montagem de um eixo num furo, quando ambos
da durante várias rotações em [2;c: esenta-se em seguida um exemplo onde o princípio da
estão na condição de máximo material, significa que ocorre a
torno do eixo A-B e com movi- \ enclência é aplicado. Independentemente das dimensões
folga mínima. Isto é válido quando os enos geométricos são
A [[] mento axial do instrumento de l~-2'.J is do eixo, os desvios geométricos devem ser verificados,
máximos. A montagem de peças, notadamente no que diz res-
medida. A linha ao longo da , é, devem estar contidos nas zonas de tolerância definidas
peito a folga ou aperto, depende das relações entre as cotas e
qual o instrumento de medida é svio máximo de circularidade de 0,02 mm e desvio máxi-
os erros geométricos. Do exposto, pode-se concluir que, se as
deslocado e o eixo do cilindro em torno do qual se faz o movimento de rotação correspon- de linearidade de 0,06 nun).
cotas da peça a ser montada não estão na condição de máxi-
dem às posições e formas teoricamente exatas, isto é, a um cilindro geometricamente perféffÕ. ando o princípio ela independência é aplicado, os desenhos mo material, os enos geométricos podem ser aumentados sem
Vem conter junto à legenda ou dentro dela a seguinte ins- prejudicar a funcionalidade da peça.
'.5ão:
O princípio do máximo material é indicado nos desenhos com
o modificador @. A sua aplicação facilita a fabricação sem
278 Capítulo Onze Tolerância Geoméflica 279
__1s~o~h~7~(º=º="~1-~+----,JJ0 o,os@I AI
INDICAÇÃO NO DESENHO DESCRIÇÃO 11
1 1 Cota virtual 0 ·150,05
r
Como nenhum modificador é indicado,
- 0,06
aplica-se o princípio da independência. As
1
~ Condiçâo virtual
ªó
º'
,::
~ - - - - - - - ----·- - - - - - - - - -
29,96 mm ,s 0 ,s 30 mm
Independentemente da dimensão local cio
1
~
1
Cota máxima 0150
(Cond. máximo materi ai)
1
Máximo desvio da linearidade= 0,06 mm __J Condição virtual
Máximo desvio da circularidade= 0,02 mm
perpendicular ao referencial A
J__ 0 0,2 (Ü) A
ó
º'g
perturbar a montagem dos elementos, para os quais existe uma tação de acordo com o princípio da independência. Na F 0
dependência entre geometria e dimensão. ra 11.19 é indicado o respectivo calibre. Quando o print
O princípio do máximo material é um princípio da tolerância, do máximo material é aplicado aos elementos, a condiçã
o qual requer que a condição virtual (ver definição em 11.3) máximo material permite incrementar a tolerância geomé a) Indicação no desenho b) Dimensões locais
aplicada aos elementos e, se indicada, a condição de máximo especificada, desde que o elemento com tolerância não
Cotas locais = cota mínima
material não devem ser violadas. Este princípio pode ser apli- a condição virtual. Isto será demonstrado nos exemplos a'' Cotas locais = cota máxima
cado aos elementos com tolerância, aos referenciais ou a sentados ao longo elas próximas seções.
ambos. O princípio do máximo material encontra-se definido A cota virtual é obtida a partir da soma da cota máxima Ci_
na norma ISO 2692: 1988. com o valor da tolerância geométrica ele perpendiculari ,,
N
(0,05). Este conceito pode ser interpretado como a cota ó
11.7.4 Principio do Máximo Matet·ial um calibre de verificação geométrica deve ter. Todas as 8
Aplicado aos Elementos com tras definições foram apresentadas na Seção 11.3. Note-se
na Figut·a 11.18, apesar da existência do modificador de·
Tolerância ximo material, o princípio da independência para a cotà Referencial A Referencial A
0•"
4X 08+ü, 2
+0,1
~
--~cr FURO
FIGURA 11.21 Exemplo de tolerância de posição de elementos com aplicação do princípio do máximo material.
dos furos e dos pinos. O objetivo é minimizar os custos de pinos é ele 7,9 mm que correspondem à condição de
1
fabricação sem prejudicar a montagem das peças. material. Nestas circunstâncias existirá sempre folga 00,2
pinos e os furos se a localização de ambos for exata, Zona de tolerância
Note-se que, neste caso, a tolerância geométrica de posição
não inclui referenciais 1 pois a posição do furo/pino com tole- cação da peça ocorreram erros na localização de pin FIGURA 11.24 Furos e pinos.
rância é definida a partir das cotas de localização teoricamen- ros, erros esses que terão de ser limitados de modo a-.
te exatas dos mesmos. No caso geral, a tolerância geométrica a referida folga.
de posição pode incluir referenciais. O valor máximo da tolerância geométrica de localiza
Descreve-se, em seguida, a interpretação da tolerância indica- furos e cios pinos é igual ao valor da folga mínima, i~-
da. Convém citar que existe uma norma específica para a to- - 7,9 = 0,2 mm. O valor desta tolerância deve ser dividf
lerância geométrica de posição, que é a norma ISO 5458: 1987. dois elementos, por exemplo, uniformemente como n1
virtuais dos furos e pinos são ambas de 8 mm obtidas do se- tas (Seção 11. 5. 6).
1
INDICAÇÃO NO DESENHO
DESCRIÇÃO
+0,2 INDICAÇÃO NO DESENHO REQUISITOS FUNCIONAIS
4><08 +0,1
e, A superfície exterior do eixo, não
Cada um dos furos de cf:>8 deve ter pode ultrapassar o cilin~ro envo/l-
1
as dimensões locais compreendi- ~- vente perfeito na sitl1:çao de ~na-
-- -- - - - -
das entre 8,1 e 8,2 mm. e'- -~ - - - -
ximo material, cujo diametro e ele
lll , , c--
~
o
M
30 mm.
Uma vez que existe uma tolerân- 0
- 10<1º2 E Os diâmetros mínimos locais não
cia geométrica de posição, as co-
0 ---- tas de posição dos furos são teo-
podem ser inferiores a 29,96 mm.
- - ---i-----i---u - - - - ' -
ricamente exatas. INTERPRETAÇÃO FORMA IMPERFEITA
l-----'.=======--~'.:"._____ ------1_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _,
Envolvente para uma forma perfeita
1
. e s1tuaçao
• - de máximo material
Nesta situação, todos os diâme-
INTERPRETAÇÃO - SEM MODIFICADOR APLICADO AO REFERENCIAL tros locais têm de estar compre-
o
M endidos entre as cotas máximas
- ·1
<D
t:ii:32 m 0
o m ~- - - - -- e mínimas e as fronteiras do ci-
M N
0 0 lindro não podem ultrapassar os
Considerando que não existe modifi-
limites da envolvente (diâmetro
cador aplicado ao referencial, então to-
30 mm).
dos os furos com tolerância devem " ' - Diâmetros Locais ___J,
satisfazer a condição virtual
INTERPRETAÇÃO FORMA PERFEITA
(<j,8 = 8,1 - 0,1)
_C_ Envolvente para uma forma perfeita e situação de máximo material
No caso extremo, quando os furos es-
"' tão na situação de mínimo material, isto Se todos os diâmetros locais es-
o tão na situação de máximo mate-
é, quando o seu diâmetro é de 8,2 mm,
então a tolerância de localização au- o
8 ria! ( cp = 3a mm) 1 então o eixo tem
menta para 0,2 mm.
8 - ~- - - - -
de ser rigorosamente cilíndrico.
~1
1 te, ou seja, quando o seu diâmetro é
~e aumentar o valor das tolerâncias geom<etnca~ue/
1 g N maior que 10 mm (no caso extremo 10,2
o d eve ve1-if•icar. No entanto , é importante nao co / nc• ir
mm, que corresponde à situação de
íl valor da tolerância com o valor da tolerância geometnc~
mínimo material), então sua posição - no desenho. Embora nao . no1ma 1·iza• d o, m·0-oduz-se,., aqm
rlta . 0,2 para
-IBL "' pode variar, o que se traduz num au- máximo material
onceito de tolerância de bônus como sc~d~ a tol~ran.~1~
mento da tolerância de localização dos
outros furos. ; ional que se obtém da condição de max1m~ matena .
nsidere-se o exemplo indicado na Figura 11.2 .
de 0,2 mm. Ou seja, como a tolerância ele retilineidacle é de- .tipos de equipamentos são usados para a verifica~ão de uma forma bastante rápida e eficiente, os erros de fabri-
acabamento a serem utilizados, em função da precisão fí
finida para a situação de máximo material, então, se a dimen- rância geométrica. Estes equipamentos possuem difc- cação. Na Figura 11.29 apresenta-se um equipamento deste
rida.
são da peça for inferior à dimensão definida na situação de '.sensores, (mecânicos, acústicos e ópticos). tipo, sendo ainda apresentado, ele forma esquemática, o prin-
Contt·ole de qualidade e .inspeção: A utilização dos cípio de funcionamento para verificar, por exemplo, a
máximo material, surge uma tolerância adicional ele bônus, a l!'3. 11.28, apresenta-se um equipamento relativamente
pios da tolerância geométrica, além ele permitirem a fa circularidade.
qual é máxima na situação de mínimo material. Note-se que o usado para medição dos erros geométricos de circula-
ção de peças ele uma forma mais rigorosa e econômica:
modificador de máximo material só pode ser usado na tole-
rância geométrica de retilineicladc quando, tal como neste caso,
bém facilitam a inspeção ou o controle de qualidade da; .~ coaxialiclade de peças. Este tipo de equipamento usa
mecânicos para detectar os erros geométricos das peças.
Na Figura 11.30 apresentam-se exemplos da utilização elo
software para a análise e verificação dos erros geométricos.
mas.
é aplicado a um elemento dimensional (cota), não podendo
um conjunto de equipamentos mais sofisticados que Existe ainda um conjunto de equipamentos para peças de maior
ser aplicado no caso ele um elemento (por exemplo uma ares- dimensão e com funcionalidades tridimensionais (Figura
ta). Numa situação em que não existisse modificador de má- 11.8.1 Passos Fum:llamen.talis -'tem verificar uma gama maior de tipos de erros geo-
os. Estes equipamentos permitem, quando ligados a 11.31). Em muitos dos casos, estes equipamentos usam
ximo material, a tolerância total seria sempre de 0,2 mm, ele
Existe um conjunto de 5 passos fundamentais para a e mputador e com o sqftware apropriado, determinar, sensores ópticos e laser (Figura 11.32).
acordo com o princípio da independência.
especificação das tolerâncias geométricas no projeto:
1) Isolar cada um cios elementos/peças e definir a funç
11.8 REGRAS E PASSOS PARA A
funções na peça/conjunto. As funções definidas dev
APLICAÇÃO DA TOLERÂNCIA funções específicas e simples e n::w funções gerai
GEOMÉTRICA exemplo, a válvula de um motor tem como funções f
vedação do cilindro, não permitindo a passagem dos
A seguir são indicados alguns conceitos e princípios para a quando fechada, e executar o movimento imposto
aplicação da tolerância geométrica: vore de camos.
Precisão: Tal como descrito ao longo das seções anteriores, a 2) Listar as funções por ordem de prioridade.
tolerância geométrica é uma filosofia de projeto que permite 3) Identificar os referenciais. Estes devem ser baseados
especificar peças e elementos de uma forma mais precisa e ta de prioridades das funções da peça, podendo un'F
rencial ser usado na especificação da tolerância relaC:
0 FIGURA 11.29 Equipamento
rigorosa. para verificação de erros geo-
11
111111
!I
I'
1
~
{'
•
r- \.,
a) Circularidade b) Coaxialídade
FIGURA 11.31 Equipamento para veri-.
ficação tridimensional de erros geo-
métricos. (Cortesia da Mahr GmBh.)
FIGURA 11.28 Equipamento para verificação de erros geométricos de circularidade e coaxialidade. (Cortesia da Mahr GmBh.)
286 Capítulo Onze
Tolerância Geométrica 287
Paralelismo
11.10.1 Tolerâncias geométricas gerais A tolerância geral para o paralelismo é igual ao maior dos
lares: ela tolerância dimensional ou da tolerância de retili ·
As tolerâncias geométricas gerais são aplicáveis a todas as
características geométricas dos elementos ou das peças, com dacle/planeza. O maior dos dois elementos deve ser cons_
rado o referencial.
K 0,6 0,8
L 0,6 1,5 2
TABELA 11.4 Tolerâncias gerais de retilíneidade e planeza.
Referencial A - Eixo
11.10.3 Controle de Qualidade das Peças erância geométrica geométrico. Na Figura 11.40, é apresentada a intctprctação da
Cota virtual
· d1 : Cota de ajustamento do elemento referenciado) tolerância indicada. Note-se que algumas tolerâncias geométricas
A menos que explicitamente especificado no projeto, cotas que
gerais possíveis estão inter-relacionadas com outras das indicadas.
excedem a tolerância geral não devem ser automaticamente
rejeitadas, exceto se essa cota for uma cota funcional, cuja
, _ (d
2
: Cota de ajustamento cio elemento referenciado) As tolerâncias dimensionais gerais foram obtidas a partir das Tabe-
· io coaxial máximo, é dado por: las 10.9-10.12 e as geométricas a partir das Tabelas 11.4-11.7.
tolerância a ser excedida implica a inadequação da peça para
o fim a que se destina.
11.12 APLICAÇÕES EM CAD
_4_+o,os 0,025 +o os...1-2...) ~ 0 ,.19 mm
11.11 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO E FIGURA 11.35 Exemplo 1: Cota de mínimo material. 2 + 2 ' .30 Ao conceber uma determinada peça, o projetista tem em mente
DISCUSSÃO .ão de envolvente e a condição virtual representam o
uma série ele relações geométricas a aplicar aos diferentes ele-
A cota virtual (0 12,04) é definida pela soma do diâ mentos. Os modernos programas de CAD paramétricos, tais
Para ilustrar a aplicação e interpretação da tolerância geomé- ara verificação geométrica, indicado na Figura 11.38.
elemento na situação de máximo material (0 12) + como Autodesk Inventor, Mechanical Desktop, Solicl Edge,
trica, são apresentados dois exemplos. tolerância de concentricidade (0 0,04). Note-se quej Solid Works, ou ProEngineer, permitem, durante a realização
o referencial na situação de máximo material, a zona 2 Exemplo 2 dos desenhos, definir as relações geométricas entre elemen-
11.11.1 Exemplo 1 rância para o eixo do elemento da esquerda (referenci tos, muitos deles sugerem mesmo relações geométricas que
A máxima inclinação cio eixo do elemento ela direita oco
11.39 é indicada a tolerância geral de uma peça. As podem ser aplicadas, bastando ao projetista aceitar ou recusar
Na Figura 11.33 indica-se um exemplo de um eixo com tole- de tolerância geral são: m para o dimensional e H para o a relação geométrica proposta pelo programa. As relações
do este se encontra na situação de mínimo material
râncias dimensionais e geométricas e que envolve o princípio geométricas são fundamentais para a definição rigorosa da
Figura 11.35). Neste caso, a zona de tolerância do effi
de máximo material aplicado aos elementos com tolerâncias e dimensão (0 0,09\ pennitindo, pottanto, maiores erros geometria das peças, tendo uma importância acrescida, no caso
aos referenciais e o princípio da envolvente. cação sem prejudicar a montagem. Quando o diâmetr de as peças serem fabricadas por equipamentos automáticos,
Os requisitos funcionais, estabelecidos pelas tolerâncias ins- mento ela esquerda tiver uma dimensão inte1média (11,95 os quais, com as interfaces adequadas, permitem importar
critas no desenho são, neste caso: então o diâmetro da zona de tolerância do eixo será ' diretamente a informação relativa à geometria das peças.
1) Todas as cotas locais do elemento com tolerância, devem A zona de tolerância para o elemento do lado esq A tolerância geométrica pode ser inscrita diretamente nos de-
estar contidas na zona definida pela tolerância dimensio- máxima para a situação de mínimo material (0 24.95_~ senhos (Figura 11.41) ou indiretamente nos sólidos tridimen-
nal (0,05 mm), isto é 11,95,a;0,a;J2. 11.36). Note-se, neste caso, que os erros de fabricaçã sionais (Figura 11.42). Atualmente, a maioria dos programas
2) O elemento cujo eixo é o referencial do elemento com to- tidos são máximos quando ambos os elementos "rod FIGURA 11.38 Exemplo 1: Calibre geométrico. paramétricos tridimensionais permitem a inscrição da tolerân-
lerância deve ter um diâmetro entre 24,95~0~25. sentidos opostos. O eixo do elemento do lado esquetd
3) O princípio de máximo material é aplicado ao elemento com estar contido na zona de tolerância (0 0,05). ·
tolerância e ao referencial. O desvio coaxial (Figura 11.37) é dado por: f------~72~5~----------~~
50
Para a interpretação da tolerância inscrita considere-se, em pri-
t+l1d 2 + -
Desvio coaxial ~ 2 - - -
M- 1 )
1 +11di-.!_
meiro lugar, o elemento (eixo) da direita deformado geome-
tricamente de acordo com a Figura 11.34.
com:
l 2 2 lz 8
2X45º
~
o - - - - ,- º'
"
d Referencial A - Eixo
~
~ -r,,;J-r---f-----, Cota virtual
o & :g FIGURA 11.39 Exemplo sobre
lO
m
~ Com tolerância ISO 8015
Tolerâncias gerais ISO 2768-mH
tolerância geral: Indicação no
desenho.
30 15
l
72,5 ± 0,3
1 o·o,os
FIGURA 11.33 Eixo com tolerâncias dimensional e geométrica.
50 + 0,3 -1 ;' 0,18 li 0,2D
FIGURA 11.36 Exemplo 1: Erros de fabricação máximo~{ ~j ... ~ o
24~0.2
:= 0,5B
- RI
e erencia IA E"IXO fi--,-1a1,._"_-·_1N--- l 1;a.~~'1s1
m
N
o
o .
Cota virtual -
,._
.,o
oi
Desvio coaxial máximo
I'---~ t____
,r
_.f._j)(';----.-.Ji:.t)_22,±_(),.:?_X4!5º± 1°
& Q
.,o- ~
@!
~!
\~º ~?o '-0,02
D
J_'o,z'c
'-012 ó L1 L2
-0,1 gil '/ 0,1B 00,05
o [El->00, 1®-I AI s (ti)
L/'0,os , ~0:05 .. ---·: w---- --
~
FIGURA 11 .40 Exemplo sobre to-
FIGURA 11.34 Exemplo 1: Cota virtual. FIGURA 11.37 Exemplo 1: Desvio coaxial. - / 0,1:B! O :à, 1 ;e
! lerância geral: Interpretação.
Tolerância Geométrica 291
290 Capítulo Onze
• Giesecke, F.R., Mitchell, A., Spencer, H.C., • ISO 2692:1988 Technical drawings - Geometrical tolé
( referenciais
retilíneidade
Hill, I.L., Dygdon, J.T. e Novak, ].E., cing - Maximurn material principle. símbolo~ geométricos
Tecbnical Dratuing. Prentice Hall, 11 ª Edi- • ISO 2692:1988 Amcl 1:1992 Least Material Requiremeri simetria
ção, 1999. • ISO 2768-1:1989 General tolerances-Part 1: Toleranc_é tolerância
• Gooldy, G., Dimensioning, To!erancing linear and angular climensions without individual tol tolerância de bônus
and Gaging Applied. Frentice Hall, 1' Edi- ce indications. tolerância em CAD
geornetTicamente perfeita
ção, 1998. e ISO 2768-2:1989 General tolerances - Pa1t 2: Geome tolerância geométrica
ção
• Krulikowsky, A., FundamentaLr;;o.fGeometricDimensioning tolerances for features without individual tolerance indica tolerância geral
and Tolerancing. Delmar Publishers, 2ª Edição, 1997. a ISO 4291:1985 Methocls for the assessement of depa
Puncochar, D. E., Jnterpretation ofGeometricDimensioning
!!) from rounclness - Measurement of variations in radiu
& 7blerancing. Industrial Press, 2ª Edição, ® ISO 4292:1985 Methods for the assessment of departure
1997. roundness - Measurement by two and three-point me RCÍCIOS PROPOSTOS
0 ISO 129: 1985 Technical drawings - Dimen- o ISO 5458:1998 Geometrical Product Specifications (G 4. No furo central elo elemento D vai ser montado num eixo.
Geometrical tolerancing - Positional tolerancing. ~1- Desenhe as vistas necessárias e suficientes para a re-
sioning - General principies, definitions, Selecione uma classe de tolerância adequada para o furo,
o ISO 5459:1981 Technical drawings - Geometrical to
taçâo da peça indicada na Figura 11.43. Cotar, dar to-
methods of execution and special indicati- ele modo a garantir um ajustamento do tipo apertado a
cing Datums anel datum-systems for geometrical toleran_ das e indicar os estados de superfície e acabamentos
ons.
9 ISO 286-1:1988 ISO system of limits anel fits - Part 1: Bases • ISO/TR 5460: 1985 Technical drawings - Geometrical t rficiais de acordo com as seguintes especificações: ~- 1.
5. Planeza das superfícies do elemento B, com uma to eran-
of tolerances, deviations and fits. rancing-Tolerancing of form, orientation, location and Os 3 furos iguais têm qualidade 6 e as tolerâncias estão
cia de 0,1 mm.
• ISO 1101:1983 Technical clrawings-Geometrical tolerancing out - Verification principies anel methods - Guideline_S na posição J. . 6. Paralelismo das faces opost::ts do elemento B, com uma
- Tolerancing of form, orientation, location anel run-out - • ISO 7083: 1983 Technical drawings - Symbols for geom~ As dimensões longitudinais da peça têm quahclade 7. Con-
tolerância de 0,1 mm.
Generalities, definitions, symbols, indicat.ions on drawings. cal tolerancing - Proportions and dimensions. .
sidere desvios simétricos. 7. Perpcndiculandade das faces perpend·1cu lares do elemento
• ISO 1660:1987 Technical drawings - Dirnensioning anel • ISO 8015:1985 Technical drawings - Fundamental to! Os eixos têm qualidade 7 e as tolerâncias estão na posi-
B com uma tolerância de 0,2 mm.
tolerancing of profiles. dng principle. ção g.
292 Capítulo Onze
05OX1O 025X5
Elemento e
Elemento B
DESENHO TÉCNICO
Elemento A
015
DEJUNTASSOLDADAS
FIGURA 11.43 Exercício de tolerância e acabamentos superficiais.
NOTA: Para todas as tolerâncias, é objetivo especificá-las ele- Pll.4 - Diga qual a dimensão da zona de tolerância para-_
vadas o mais possível, de modo a reduzir os custos de fabrica- posição dos 8 furos da peça indicada na Figura 11.45.
ção, mas sem prejudicar a funcionalidade e a montagem das
peças. Quando aplicável, podem ser usados modificadores.
A tolerância dimensional deve ser inscrita nos desenhos usan-
do as cotas limites.
Pl 1.2 - Considere a montagem do pistom no interior da ca-
misa do motor de modelismo apresentado na Figura 11.44.
1. Discuta quais os elementos de cada uma das peças devem
ser com tolerâncias diretamente e quais podem ser remeti-
ir dos para a tolerância geral.
'
2. Quais as cotas máximas e mínimas para cada um deles, de
modo a garantir um ajustamento adequado (A cota nomi-
nal é de 14 mm)?
3. Discuta quais os elementos para os quais devem ser apli-
cadas tolerâncias geométricas. FIGURA 11.45 Exercício sobre a determinação da zona de tolerância.
294 Capítulo Doze Desenho Técnico defuntas Soldadas 295
Revestimento
Banho de fusão
Arco elétrico
Cordão solidificado
FIGURA 12.1 Vários exemplos de soldagens de dutos de escape de um motor de Fórmula 1. A complexidade dos elementos é tal que a soldage,
o processo construtivo aconselhado (cortesia de Rainer Schlegelmilch, Grand Prix • Fascination Formula 1, Konemann). FIGURA 12.3 Esquema de soldagem com eletrodo revestido.
296 Capítulo Doze Desenho Técnico de Juntas Soldadas 297
Escória -
.. 2.5 Outros Processos de Soldagem
Metal depositado
em ainda alguns processos de soldagem que) pela sua
(solidificado) -------- cificidade, não são incluídos nas categorias anteriores.
e parágrafo focam-se quatro destes processos.
FIGURA 12.8 Soldagem por eletroescória.
gem por eletroescória. A soldagem por eletroescória
\ processo muito eficiente na soldagem de seções muito
~ Arco elétrico
·essas. Não existe nenhum arco elétrico (exceto para iniciar
Metal depositado (fundido) devem ser muito bem preparadas e com um espaçamento
·rocesso), sendo o calor necessário para a fusão fornecido
muito pequeno ou nulo, obtendo-se penetrações muito gran-
FIGURA 12.4 Esquema de soldagem por arco submerso. resistência à passagem da corrente oferecida por um ba-
des e distorções muito pequenas, devido à entrega térmica
de escória em fusão a uma temperatura aproximada de
muito localizada do processo. Em superfícies espelhadas) é
OºC. A escória funde então as faces das peças a soldar e o
habitual lixar a zona da soldagem para que o feixe não seja
l ele adição é fornecido pelos eletrodos, de modo contí-
arco submerso, ou soldagem por plasma, para citar apenas al- refletido.
' diretamente para o banho de escória. A Figura 12.8 mos-
guns. As características particulares de cada um deles, bem como Eletrodo Soldagem de polimeros. A soldagem de polímeros é seme-
. um esquema deste tipo de soldagem. Com ele consegue-
suas vantagens e inconvenientes, ultrapassam o âmbito deste ~Água para
arrefecimento lclar placas com espessuras que vão desde 13 até 900 mm. lhante à soldagem de metais, mas a temperaturas muito infe-
texto. A Figura 12.4 mostra um esquema de funcionamento da riores. Só os polímeros tennoplásticos podem ser soldados, uma
soldagem por arco submerso. dagem por feixe de elétrons. Nesta soldagem, o calor i
vez que só eles fundem com o aumento de temperatura. Os
essário para a fusão das peças a ~brem soldadas é forneci-
polímeros termoenclurecíveis degradam-se ou ardem com o
por um feixe de elétrons projetado a alta velocidade sobre
12.2.3 Soldagem por Resistência nta. Podem ser obtidas grandes penetrações de solda, com
aumento de temperatura, não sendo por isso soldáveis.
' a pequena zona afetada termicamente, reduzindo a A soldagem ele polímeros pode ser feita ele duai maneiras
A soldagem por resistência usa o efeito Joule e a pressão para
efetuar a ligação de duas peças por coalescência. A pressão é orção das peças. As peças a soldar têm que estar em vá- distintas: a) através de movimento relativo e atrito para gerar
aplicada externamente, Material o, sendo este processo muito usado quando existe o perigo o calor necessário à fusão ou b) através de uma fonte de calor
soldado__, externa. A Figura 12.9 mostra dois tipos de soldagem por
Eletrodo contaminação dessas peças. Como senão aponta-se a gera-
De fato, neste processo de soldagem pode não existir fusão de raios X, de intensidade proporcional à tensão usada na fricção. A Figura 12.10 mostra outro tipo de soldagem que
do metal a soldar, por isso ele poderia ser englobado na sol- dução do feixe de elétrons. usa uma tocha de ar aquecido (200 a 300ºC) e material de
dagem no estado sólido. No entanto, tem sido historicamente adição.
separado da soldagem no estado sólido por envolver o forne- ldagem por laser. Este tipo de soldagem é semelhante
anterior, sendo a fonte de calor um feixe de laser. Este Um outro tipo de soldagem de polímeros, muito usado na união
cimento de calor através de resistência elétrica, ao contrário FIGURA 12.5 Esquema de funcionamento da soldagem por resistên
e, de grande intensidade, gera uma coluna muito fina de de tubos topo a topo) utiliza uma peça de metal aquecido, sobre
da soldagem no estado sólido, onde o calor é gerado por atri-
tal vaporizado, que promove a soldagem da junta. As juntas a qual se pressionam os tubos a soldar. Quando os tubos atin-
to ou simples pressão.
Con_!atos _
A soldagem por resistência é bastante rápida, podendo ser
obtida uma boa soldagem por coalescência em poucos segun-
dos, sendo econômica e perfeitamente adequada a processos
de fabricação automatizados. Nunca é usado material de adi-
ção, nem r~vestimentos ou gases de proteção, fatores que aju-
dam tambem na sua automatização. A soldagem por pontos,
tão comum na indústria automobilística, é um tipo de solda-
gem por resistência.
3 Junta em V simples
6/2;/.\\\;~?' Junta dobrada
,/
1 ~
7 Junta em U dupla
das. (continuação)
bos, aquecendo-os.
5 Junta em Y simples
6,;/2:e,,\\?' 12.5.2 Sim.bolós Suplementares
12.3 BRASAGEM, SOLDABRASAGEM os símbolos elementares podem ser completados por um sím-
no intuito de simplificar o aspecto gráfico, convém adot~r,
E COLAGEM 6 Junta em meio Y simples
rz:;;; 1F:ês,s7?' ~a as soldagens usuais, a representação simbólica descnta
a norma ISO 2553.
bolo que caracteriza a forma da superfície exterior da solda.
os símbolos suplementares recomendados são definidos ~a
Chamam-se processos de brasagem ou de soldabrasagem aos Figtlt"a 12.13. A inexistência de um símbolo suplementar s1g-
processos em que são usadas temperaturas mais baixas que representação simbÓlica deve fornecer, sem equívoco, to-
7
na solda e onde só é fundido o metal de adição. Os processos
de brasagem são aqueles em que o metal de adição tem um
Junta em tulipa (ou em U)
6/2;/.,~\ \\\1?' s as indicações úteis sobre a soldagem a efetuar, sem que
ja necessário para isso sobrecarregar o desenho ou apresentar Designação Símbolo
ponto de fusão acima dos 45üºC, enquanto os processos de
soldabrasagem usam metal de adição com ponto de fusão 8 Junta em meio U
(ou em J) Gt1@ês, ,SI?'
a vista suplementar.
ta representação simbólica compreende um símbolo elemen7
Plana ---
........__,,,,
abaixo dos 45üºC. Em ambos os casos, a junção das peças é Convexa
r, podendo ser completada por:
conseguida pelo efeito de capilaridade do metal de adição em
Cordão de confirmação na um símbolo suplementar;
Côncava ,,--....
fusão para dentro da junta a soldar. Os metais de adição mais 9 raiz da junta 6,;?i\ê\\\')?' uma cotagem convencional;
comuns são, no caso da brasagem, as ligas de níquel, magné-
sio, cobre, alumínio e metais preciosos; no caso de soldabra-
sagem, as ligas de chumbo e estanho. A colagem distingue-se
indicações complementares - em especial para os desenhos
de fabricação.
De bordos arredondados
tangentes J..,
da soldagem e da brasagem e soldabrasagem pelo fato de o 1O Cobre-junta permanente
Junta em ângulo · M
material de adição não ser um metal, mas sim um polímero 12.5 SÍMBOLOS
ou até um cerâmico. Nos casos mais comuns são usadas resi-
nas termoplásticas ou termoendurecíveis, podendo também ser Os símbolos usados no desenho técnico de solda servem para
Cobre-junta removível MR
usados elastômeros artificiais. FIGURA 12.11 Tipos de símbolos elementares na indicação de juntas>\ referenciar de maneira simbólica vários aspectos relacionados
soldadas. (continua) :(-;< FIGURA 12.13 Símbolos suplementares.
com o processo de soldagem. 0s)$_í_mholo,'?_ ~.LeJner1tares dizem
300 Capítulo Doze
Desenho Técnico defuntas Soldadas 301
~~~p-;,a V
1
2a
= flecha
= linha de referência (contínua) lado oposto
à junta A
lado da flecha Lado oposto Lado da flecha
da junta A à junta A da junta B
2b -= linha de indentificação (interrompida)
,..-,,. 3 = símbolo de soldagem Flecha Flecha
~~/M X
..._,, 2a Junta A
~ ~
rc-~~'++
1
&~""&~ ~
Junta
por soldar
Jun~-ª B
~
lado da flecha
/
~L~ ~
FIGURA 12.14 Exemplos de aplicação dos símbolos elementares com sfm-
los que compõem a indicação completa de uma sold~-;
que são:
lado da flecha;
lado oposto à flecha.
inição destes termos é importante, pois embora a flecha
e terminar por uma seta. A seta pode ser omitida ou substitu-
ída por um ponto.
\
bolos suplementares. • uma flecha (1) por cada junta soldada ( ver também a estar, sempre que possível, imediatamente adjacente à 12.6.2 Posição da Linha de Referência e
ra 12.16); a, pode haver casos em que isso não seja possível. A po-
0
uma linha - de referência - contínua (2a), e uma linh b da flecha em relação à solda pode ser qualquer uma (ver
Respectivos Símbolos
identificação - interrompida (26); .·\ a 12.18). No entanto, desde que a solda seja ele um dos A linha de referência deve ser uma reta traçada, de preferên-
nifica apenas que o acabamento superficial da solda não é e o símbolo de soldagem propriamente dito (3), com: "' 4, 6 e 8 (ver Figura 12.11), a flecha deve ser dirigida cia, paralelamente a borda inferior do desenho. Na impossibi-
necessário. Embora seja desejável a explicitação do acabamento por um símbolo elementar e, eventualmente, por um a chapa que está preparada (caso d da Figura 12.18). lidade de isto acontecer, deve ser traçada na perpendicular à
superficial com os símbolos recomendados, pode ser feito um bolo suplementar; borda.
desenho em separado com os detalhes da soldagem se O seu • um certo número de cotas e de sinais convencionais,
uso for demasiado confuso. _ormar um certo ângulo com a linha de referência à qual se O símbolo de soldagem deve ser colocado sobre a linha de refe-
A linha de identificação pode estar colocada abaixo ou liga; rência ou sobre a linha de identificação, dependendo do caso:
da linha de referência.
12.5.3 Conjugação dos Dois Tipos
No caso de cordões de solda simétricos, deve mesm:
de Símbolos omitida. As espessuras de traço a utilizar devem ser as a
das em linhas de cota.
A conjugação dos símbolos elementares e dos símbolos suple- 1
mentares forma o símbolo completo para a especificação com- Falta ainda definir vários detalhes relativos à indicaçã
pleta de um cordão de solda. A Figura 12.14 mostra exemplos soldagens, como sejam:
de cordões de solda e dos símbolos elementares e símbolos • a posição da flecha;
suplementares a serem usados para defini-los corretamente.
• a posição da linha de referência;
• a posição do símbolo.
12.6 POSIÇÃO DOS SÍMBOLOS NOS
DESENHOS 12.6.1 Posição Relativa da Flecha e da
Os símbolos elementares e suplementares já apresentados não Junta Soldada
constituem senão um dos elementos do método de represen-
1 Ç)s exemplos dados pela Figura 12.16 e pela Figura 1
!
tação. A Figura 12.15 mostra o conjunto de linhas e símbo- definem o significado dos termos:
a) b)
Lado oposto Lado da flecha Lado da flecha Lado oposto
à flecha
à flecha
\ /
Flecha
-~
I
Apenas em
soldagens
simétricas
~1 V
/ Junta de
bordas • 11
~r--
-------- ___ ':c,,j__ _
.y
z
a) Soldagem a efetuar b) Soldagem a efetuar do Junta de
do lado da flecha lado oposto da flecha 2 bordas • 11
retas
FIGURA 12.19 Posição do símbolo em relação à linha de referência.
Juntas em
• O símbolo deve ser posto sobre a linha de referência se a 3 ángulo
FIGURA 12.20 Colocação das dimensões de um cordão de solda. Pode ser necessário introduzir indicações compleme
desenhos que envolvam soldagens que ainda nã
contempladas nos exemplos e procedimentos anter
FIGURA 12.21 Dimensão do cordão pela especificação da dimensão da A indicação do processo de soldagem também é im
garganta, a, ou da base, z. O processo de soldagem deve ser referenciado por u FIGURA 12.24 Indicação de uma solda periférica.
304 Capítulo Doze
Desenho Técnico de Juntas Soldadas 305
~ODE CONHECIMENTOS
111
ere os diferentes processos de soldagem e as suas ca- de referência e em que casos se põem sobre a linha de iden-
-------- fsticas básicas. tificação?
la vantagem de usar notação simbólica na representa- 6. Onde, preferencialmente, deve ser colocada toda a simbo-
FIGURA 12.26 Indicação do processo de solda ;-- e soldagem? logia referente a um cordão de solda?
gern.
ssível usar simultaneamente símbolos elementares e 7. A cotagem da seção transversal de um cordão de solda pode
los suplementares? ser feita de dois modos. Distinga-os, dando exemplos.
FIGURA 12.25 lndicação de solda em campo.
ue a necessidade dos símbolos suplementares. 8. Onde se poderá inscrever, na simbologia apresentada, o
:9.ue caso se põe o símbolo de soldagem sobre a linha material ele adição a ser usado na solda?
soldabrasagem
soldagem com eletrodo revestido
soldagem por arco elétrico
I
General Arrow Side I Other Side 1 soldagem por arco submerso
soldagem por chama
-Orientatíon st , a de identificação soldagem por eletrocscória
RCÍCIOS PROPOSTOS
Note: ~ , :2.1 - Utilizando a simbologia correta, referencie as soldas
enhadas à esquerda, de duas maneiras diferentes, em cada
a das colunas da direita, da Figut·a 12.29.
·~• Canceí
A F
) )) )) ) ) ) ))))))))
------- -------
B G
1-------- 1-..------
e H
1-.. _____ _
1--------
E J
.._ _____ _
FIGURA 12.29 Exercícios de simbologia de solda. (continua) FIGURA 12.29 Exercícios de simbologia de solda. (continuação)
Desenho Técnico de Juntas Soldadas 309
1-------
- ------
1--------
1--------
T
l--------
-------
F1GURA 12.29 Exercícios de simbologia de solda. (continuação)
ELEMENTOS DE .2 ELEMENTOS DE
te1 do seu passo e da geometria da aresta de corte permite obter
uma série de saliências e reentrâncias que constituem a :rosca.
ll¼Mf~
REDONDA
os da rosca- superfícies laterais do filete geradas pelo
ento helicoidal das linhas de flanco.
'
1
'
TRAPEZOIDAL
da 1·osca - superfície gerada pelo movimento do 1 "
~
•m
do da crista.
ou fundo da rosca - superfície reentrante do filete
a pelo movimento ela linha de fundo.
entos dimensionais ele uma rosca são definidos pela
J __ ~ ___ Elxo _____ _
RETANGULAR DENTE DE SERRA JSO 68,1973 e estão indicados na Figura 13-9, em que NORMAL AO EIXO
FIGURA 13.6 Roscas cilíndricas simples. esentam os perfis de duas roscas conjugadas, respecti-
e de um parafuso e de uma porca.
etro nominal (D, d) é a característica fundamental das
-pois a maioria das restantes características de cada tipo
a está, em geral, normalizada em função do diâmetro
I I , t. No caso de uma rosca macho, o diâmetro nominal
,
p e com o seu diâmetro exteriori no caso de uma rosca
Rosca simples o diâmetro nominal é o mesmo que o da rosca macho /
FIGURA 1,3.2_ Traçado de uma hélice no torno e obtenção de uma
com per1tl triangular. rosca
1
da. , i
etro dosjlancos(D 2, d 2) é o diâmetro da superfície que /
-Jtn
os pontos médios dos flancos. - ~ - _ _}_ ___ E i x o - - - ~ -
-------
~ -G- FIGURA 13.7 Rosca simples e roscas múltiplas.
,que utilizam o sistema métrico. O perfil Whitwortb usado, Na Figura 13.11 encontra-se ilustrada simplificadamente a
-geral, nos países anglo-saxônicos e, no caso das roscas gás representação de uma rosca.
das em canalização), também nos países que utilizam o
Na Figura 13.8 definem-se as designações adotadas pela ma métrico. No perfil métrico, o ângulo dos flancos é a. = e Quando se trata da representação de roscas exteriores em
540~: 1983 para referir os vários elementos geométricos do vista longitudinal ou em corte, (Figura 13.11), desenham-
, portanto, o triângulo fundamental é eqüilátero.
ftl ~1~ngu!ar. O triângulo definido por três vértices consecuti se dois traços contínuos fortes correspondentes à crista do
-B- -Et-- dois mtenores e um exterior, chama-se triângulo fitndam
fepresentação ele roscas, tal como são vistas e como têm filete, afastados, portanto, de uma distância igual ao diâ-
~{mmJ-
Rosca para madeira
Unha de crista
~
"'
I
"' A representação das roscas interiores segue sensivelmente
as mesmas regras que a das exteriores (Figura 13.12).
Na representação simplificada de roscas, o traço grosso cor-
·[na-•
responde sempre ao contorno da peça obtidá pela operação
p/4
que precede a abertura da rosca. O traço fino corresponde
ao fundo da rosca. A zona tracejada nas peças roscadas re-
Rosca macho
Raiz presentadas em corte corresponde à peça que se obtém an-
u -Ângulo do flanco
H~'/3 p tes ela abertura da rosca. O limite tracejado é, por isso, sem-
Rosca cilíndrica Rosca cônica 2
/3-Ângulo da rosca ________ Eixo da rosca pre o traço grosso, quer se trate de roscas interiores ou exte-
FIGURA 13.5 Tipos de rosca.
FIGURA13.8 Elementos geométricos do periil. FIGURA 13.9 Elementos dimensionais das roscas triangulares. riores.
--------------------------------- --
C9
usinagem fina, média ou grosseira.
C9 1,8 2 72 74 78 82
Resta, ainda, citar que:
0 O diâmetro nominal é sempre indicado em milímetros,
exceto quando se trate de roscas Whitworth ou gás.
2 2,2 76 78 82 86 0 O passo é indicado sempre em milímetros, exceto quando
2,4 2,6 80 82 86 91 se trate de roscas Whitwo11h ou gás.
_______ ---= FURO
FIGURA 13.13 Conjunto de peças roscadas.
2,6 2,8 85 87 91 96 e O comprimento da rosca é cotado sempre em milímetros.
PASSANTE
----------- 2,9 3, 1 90 93 96 101 Note-se a possibilidade de cotar simultaneamente o furo cego
Quando se i:eprescntam em c01te duas ou mais peças
das em conJU~to, a rosca exterior tem sempre preced 3,4 3,6 95 98 101 107 e a respectiva rosca.
-------------=
sobre a rosca interior (ver Figura 13.13). <t 4 4,2 100 104 107 112 Em construção mecânica, pode-se efetuar uma representação
As caracterí~ticas a serem indicadas explicitamente na cot-, 4,5 4,8 105 109 112 117 simplificada da montagem de peças em que inte1vém um con-
FIGURA 13.12 Exemplo de um furo roscado.
. , a, ct··
de roscas sao as seguintes·· tipo de i·occ 1ametro no 5 5,3 11 O 114 117 122 junto apreciável de parafusos ou rebites. Freqüentemente, este
5,5 5,8 115 119 122 127 conjunto é disposto de uma forma regular (padrão). Pode-se,
6,4 6,6 7 120 124 127 132 de acordo com a norma ISO 5845:1995, evitar o detalhe da
G 1 1/2" representação individual das peças roscadas. A Figura 13.16
Tr3OX1 Tr3OX1 X4O/029X6O
7,4 7,6 8 125 129 132 137
e a Figura 13.15 apresentam a simbologia e exemplos, res-
8,4 9 10 130 134 137 144
pectivamente. Note-se que a distinção entre ligação aparafu-
9,5 10 10,5 140 144 147 155 sada e rebitada é feita pela designação do clem~nto, por exem-
11 12 150 155 158 165 plo MlO para a ligação aparafusada e 010 para a ligação
12 12,5 13 rebitada.
13 14 15
15 16 17 13.3.1 Parafusos
17 18 19
Os parafusos são destinados especialmente a ligar entre si e a
19 20 21
manter unidas duas ou mais peças. Na indústria mecânica, tem
21 22 24 ainda diversas aplicações, como supo1tar esforços que atuam
022 23 24 26 paralelamente ao seu eixo, transmitir movimento nos tornos
25 26 28 mecânicos, prensas, etc.
1
- 1
1
28
31
30
33
32
35
i ! 34 36 38
1 ~
37 39 42
1
' ' •• 25 o 30 .,
"' 5 40 43 45
! 1
i 1 " 43 45 48 1
---+ -+-t-+- -
1
'
-1------- --------,
---1---- - 46 48 52 ------+-----
1
;
1
i
'
1 30 1
50 52 56 - -t-+-+- •-
' 54 56 62
i 1 100
58 62 66
_________M.?_Q______~
3/4"
------"~--- 62 66 70
66 70 74
FIGURA 13.14 Exemplos de cotagem de roscas.
FIGURA 13.15 Exemplo de furações,
316 Caprtulo Treze
Elenientos de .Máquinas 317
Furo escareado
sem do lado
escareado do fado de ambos
mais próximo
+
mais afastado os lados
--[•---,-~
Furação e montagem
em oficina
f
Furação em oficina
f ~ * * SEXTAVADA
"
* *
montagem no local
a b
Furação e montagem
no local
® ®
em oficina
-il'f-f---!i-- -6-f----it--
V ESCARIADA ABAULADA
REDONDA
. ~==="li ~
Montagem
no locar -4-f-----a
p ESCARIADA
~
~-
---lf-----,-- -~
AB;~LADA FURADA EM CRUZ
ijJ-r flJ-r fB ✓
FIGURA 13.19 Cabeças de parafuso com fenda.
montagem do
parafusoou
Furação e
rebite no local
[Dr
--j-- - - --+ - - - +- - - - ----j- -- - - "e
ª
-•TI.-
'-"'
DE OLHAL
CABEÇA REDONDA DE
FIGURA 13.16 Representação simbólica de furos. FENDA CRUZADA
*
(TIPO PHILLIPS)
~~\
O parafuso (Figura 13.17) é formado por uma haste cilín-
drica, ou espiga, na qual a pa1tir de um extremo se abre uma
ranhura helicoidal denominada rosca, tendo no outro extre-
As cabeças dos parafusos (Figura 13.18) cujo aperto
com chave são prismáticas, podendo ter as formas n ---~-f-----lt-- ~w DE ARGOLA
mo a cabeça, a qual tem por fim exercer pressão sobre uma zaclas de acordo com a norma ISO 1891:1979. As mé
~
CABEÇA REDONDA DE FENDA CRUZADA
das peças a ser ligada. "a", "b" e "c" da mesma figura são funções do díâmett' OU DE OCO CRUCIFORME
minal "d". (TIPO POZIDRIV)
- - ~
As cabeças ele parafuso cujo ape1to é efetuado com unia
ve de fenda têm forma de revolução e uma fenda onde:::
a chave. De acordo com a norma ISO 1891 podem ter ,
--ffi-f-----~ RECARTILHADO RETO
~
sas formas (Figura 13-19). SEXTAVADO INTERNO
8,8 800 640 12 TABELA 13.5 Classes de qualidade das GUIA CILÍNDRICA
-
BOLEADA
-
BOLEADA
u\31----? t•
__ 0,25d
TABELA 13.3 Classes de qualidade em aço inoxidável 05 500 r.=====-,,,1=- 1A'"' oco BISELADO
50 macio
TABELA 13.6 Diâmetro do rebaixo para cabeça dos
parafusos
r~r----_L______l
CHANFRADA
J
TI!
\i------f. ?-
~
CÔNICA DE GUIA CILÍNDRICA
70 encruado
A1
elevada
80
resistência
Austenítico
50
70
macio
encruado
~I31-----~
V'\)/_11: ±1- -j3- -&-
CÔNICO
-.----r-r===-
uj
A2 2,5 7 12
elevada 5p . i, . AUTO-ROSCANTE
80
50
resistência
macio
3
3,5
8
8
12
12
14
u\=f~-----------:-__:: _, TIPOS TIPOAB
4 10 14 16 18 J_ L.b==="
___ 3J'_ \
~
70 encruado
A4 5 11 16 16 20 22 AUTO-ROSCANTE (ENTRADA TRONCOCÔNICA)
elevada
80 13 20 20 24 FIGURA 13.23 Tipos de pontas de parafusos.
resistência 6
45 macio 8 18 24 24 30
Ferrítico F1
60 encruado 10 20 30 32 36 38
50 macio 12 22 34 34 42 45
C1 temperado 14 26 38 42 53
70 e revenido 16 30 42 42 53
Martensítico 50 macio 20 36 48 53 63
C4 temperado 24 42 56 56 63 85
70 e revenido
30 53 75 75 95
temperado FIGURA 13.24 Furos cotadós com rosca sem saída ou abertos.
C3 80 e revenido 36 63 85 90 95
320 Capítulo Treze Elementos de Máquinas 321
atm
NORMAL
~~ CEGA COM CALOTA ESFÉRICA
-~~
CEGA
~ em geral uma haste cilíndrica roscada em
. e,
onetro , . . . ;-
extremidades (Figura 13.29). Os pns1oneiros s"L0
: sempre acompanhados por porcas.
ii-~
DE ENCOSTO PLANO
-®G)DE ENCOSTO CÔNICO
ij--~
DE ALMOFADA
eça
Ça e outra onde enrosca a porca. Por nao ex1s li
- ~m que atue uma ferramenta para fazer
erros P
.
. e odem apresentar diversos d ispos1trvos,
··
~ 1
am na Figura 13.30, para que seja poss1vc proc
o ape1t ~•
os· quais
•eder
-e--~ ~--m
aperto.
{j--@
DE RESSALTO DE ENCOSTO ESFÉRICO
g
em de prisioneiros, indicam-se sempre três cotas pa-
aoseuc,·!Xo como se JJode ver na Figura 13.31.
i-® -0--@
DE FENDA DE FUROS DE TOPO
~
As porcas podem ter certas configurações destinadas a per- lita o girar da porca quando esta tiver de dar aperto em supe1
mitir a sua imobilização em relação à rosca macho (Figura fícies ásperas e desiguais e protege as peças das marcas pro-
13.27). Por exemplo 1 utilizando-se pequenos parafusos de vocadas por sucessivos apertos.
fixação.
As chavetas são peças metálicas que se aplicam para ligar peças ISO 2492
que precisam ser montadas e desmontadas rapidamente. Ser-
FtGURA 13.35 Tipos de chavetas.
m
Os enchavetamentos, ou ligações com chavetas, divid
em enchavetamentos longitudinais (Figura 13.
enchavetamentos transversais (Figura 13.37). Cavalete Tipo A
~@/@
das em material resistente, porque, em geral, precisam
tar esforços consideráveis. Efetivamente, uma das prin as e nos rasgos.
aplicações das chavetas de montagem é a de fixar nos: 'gnação das chavetas faz-se pela indicação do tipo, se-
as polias de transmissão de movimento, nas ligações dé da largura, da altura, do comprimento (se a chaveta for
, 1 1 ões de eixos, nas manivelas 1 etc. No entanto 1 podem ta la) e do número da norma respectiva. Em geral, nos
~ ,µ ~ tj.::z:, servir como reguladores de potência tipo fusíveis, dest
1 os indica-se apenas a designação da chaveta, eventu-
a partir quando é atingido um determinado nível de esfí e com uma linha de referência. Cavalete Tipo B
1
Helicoidal Elástica Elástica
de pressão curvada ondulada Em regra, as chavetas são colocadas na sua posição co _ , asas em que a ligação realizada está sujeita a :hoq~es,
forço e bem ajustadas. A cavidade onde se alojam, situada tÍ ter interesse fixar as chavetas aos eixos. Nestas s1tuaçoes,
é)
das peças ou simultaneamente nas duas peças a serem li
$-
e-se às chavetas fixas ou cavaletes (Figura 13.39).
chama-se rasgo (Figura 13-38). A norma ISO R 774:19
rmas além de estabelecerem a correspondência entre
metr~s cios eixos e as dimensões das chavetas, especifi-
! também as dimensões que permitem definir a profundi-
Chaveta
1 dos rasgos e a distância entre os fundos cios rasgos elo
Elástica com
Anel de e do furo, depois de feita a montagem (ver Anexo B).
retenção
Dentado Dentado exterior
exterior interior
4.3 Cavilhas e Contrapinos
as são peças que servem de ligação entre duas haste~,
~
ou sem articulação, e correntemente utilizadas em ma- Cavalete Tipo C
as. A Figura 13.40 mostra um exemplo ele aplicação de FIGURA 13.39 Cavaletes.
has na imobilização de um volante na extremidade de um
de segurança
com duas lingüetas
'Cavilhas simples sc1vem para ajustar peças diversas. Podem (o que facilita a sua extração) são muito utilizadas em vários
FIGURA 13.34 Tipos de arruelas. forma cilíndrica ou cônica, e também ser abe1tas no extre- tipos de máquinas, e costumam também ser chamadas de
FIGURA 13.36 Enchavetamento longitudinal. , mais delgado para não saltarem fora. As cavilhas com olhal contrapinos ou freios (Figura 13.41).
324 Capítulo Treze Elementos de Máquinas 325
-r=-·· - ~ ~-------~
@
- • 1 • • • .. • • • • •• ; • • ••
• I • • • 1 I I • • 1 t 1 1 1 • 1
ou montados em série ou em paralelo (Figura 13.46). É
CllÍNDRICO ISO 2338 possível montar as molas em série e em paralelo de forma
a conseguir as condições de carga e deformação pretendi-
1=---~ --'-=-~
e
das. A versatilidade e o pouco espaço que ocupam, garan-
tem uma vasta gama ele aplicações cm dispositivos de cor-
t+CÔNICO ISO 2339
~·· te e estampagem, amortecimento de massas em movimen-
to) fundações de máquinas etc.
~ _riP~ B-,3~ _riPo_A- -l
FIGURA 13.42 Tipos de rebites.
COM CABEÇA 1so 2341 "" Molas em espiral - são as que se utilizam geralmente em
cordas de relógios e brinquedos.
'i CANELADO ISO 8744
TABELA 13.7 Diâmetro de rebites
L _ ~ L ~ - ~ ;r ~- - -:
+ 1
CANELADO A UM TERÇO JSD 8742
---:::::::~L~-=__j~fol - -
1r:-:--
1,2 1,4
'
-
1,6
2
TIPO MOLA RANHURAOOISO ..
2,5
CONTRAPINOS 3 3,5
[ ] 4
5
ISO 1234 6 7
~-
8
10
12 14
16 18
-~ 11111·1111 11/i,i:
11·
L
20
24
30
22
27
33
JIILIIII11 1
·
0
de uniões utiliza elementos elásticos 1 como molas ou
-e borracha, que apenas permitem certos deslocamen-
lares, de amplitude pequena de um eixo em relação
1
i
9
de duas rodas dentadas que engrenam. se empregam sobretudo quando os eixos cujo movirnen
pretende transmitir estão relativamente distantes. Este ti
Quando a engrenagem é n01malizada 1 a fonna do perfil dos dentes
transmissão é bastante utilizado em mecânica e desemp
é geralmente indicada pela referência à norma respectiva. ENGRENAGEM ENGRENAGEM
funções análogas à de uma engrenagem cilíndrica. Os e
EXTERNA INTERNA
Na representação de engrenagens cônicas e helicoidais, adapta- plos apresentados na Figura 13.67 mostram os elos da
se também uma representação convencional semelhante à que rente, e na Figura 13.68, as respectivas rodas dentadas
se referiu para as engrenagens cilíndricas. Na Figura 13.65
apresenta-se a representação convencional, a representação
sores, destinados a manter a corrente tensa ("esticada"}.
A Figura 13.69 ilustra as representações simplificada e e
I
simplificada e a representação esquemática das engrenagens.
Na Figura 13.66 são mostradas as convenções utilizadas para
indicar o tipo de ligação das rodas aos respectivos eixos. Es-
mática de uma transmissão por corrente, bem como algun··
ele uma corrente articulada e polias dentadas utilizadas
tipo de transmissão.
I
AUSÊNCIA LIGAÇÃO
tas convenções simbólicas surgem habitualmente associadas As características das correntes com roletes em aço estã DE LIGAÇÃO COMPLETA
a desenhos esquemáticos. finidas pela norma JS0487:1984. As dimensões das corr
REPRESENTAÇÃO DE ENGRENAGENS
+1+
I
EM CORTE EM ESQUEMA EM CORTE EM ESQUEMA LIGAÇÃO SEM LIGAÇÃO SEM FIGURA 13.66 Representação esquemática de en-
TRANSLAÇÃO ROTAÇÃO grenagens e ligação das rodas ao eixo.
'
~
_,.,..-------, w ----- '·
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FIGURA 13.67 Correntes de Trans-
,,_____ .,.,..,/! xo -~- l missão.
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--
.'<":::.'.:"i
\\ /',, ....._\
-·,* / /1' \\
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A
! FIGURA 13.71 Transmissão por correias dentadas.
/-r-··"_____ ,
~( ~+~+~ -t1}
\. ...__r_.---
i .L------· i
A
REPRESENTAÇÃO REPRESENTAÇÃo D H
SIMPLIFICADA ESQUEMÁTICA 40~0~112 0,3
na roda (Figura 13.70). vada resistência ao desgaste, para que dure bastante tem~o e
polias encontram-se na Tabela 13.11, definidos pela n tenha um bom comportamento, principalmente no penado
~
í 1 ~
transmissões por cabos utilizam uma série de cabos p:ra-
s, em geral de aço ou cânhamo, dispostos de forma analo-
CORREIAS RETANGULAR
CORREIAS TRAPEZOIDAIS
às correntes trapezoidais, apenas com a diferença de as ra-
FIGURA 13.70 Polias utilizadas em transmissões por correias. Uras periférict1-s terem perfil arredondado em vez de FIGURA 13.73 Polia de transmissão por cabos.
336 Capítulo Treze
Elementos de Afáquinas 337
Anel exterior
ROLAMENTOS DE ESFERAS
CONTATO CONTATO
Anel interior RÍGIDO RÍGIDO AUTOCOM- AXIAL AXIAL
ANGULAR ANGULAR
SIMPLES DUPLO PENSADOR SIMPLES DUPLO
SIMPLES DUPLO
Anel de retenção
m
ou gaiola
~ ~ ~ ~ ~ ~
Esfera UJ
o üoti:
,-a:
º'i's "w
z
w
(j)
w s:
D
tl êl tj tl tl PJ P1
Rolamentos axiais (( s:
o. ü
w u:
(( ::;
ü.
"u5
ROLAMENTOS DE ROLOS
AUTOCOM- AUTOCOM-
CILÍNDRICO CILÍNDRICO PENSADOR PENSADOR CÔNICOS
DE AGULHAS
DE FLANGE DE FLANGE DE ROLOS DE ROLOS SIMPLES
SIMPLES
INTERNA INTERNA SIMPLES DUPLO
~ ~ ~ ~ ~ 8
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El El D ô B tj
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(( ::;
ü.
"
u5
REVISÃO DE CONHECIMENTOS hendo-a de acordo com as mesmas tabelas. As placas tiva figura e os valores das tabelas do Anexo B. Construa a
ensões 100 X 100 X 10 mm. O diâmetro nominal do lista de peças para cada caso, preenchendo-a de acordo com
1. Indique as principais vantagens da normalização de com- 4. Existem rolamentos desmontáveis. Indique as desig · so é 10 mm. Arbitre as outras dimensões. as mesmas tabelas. As flanges são iguais e têm diâmetro exte-
dos que vocc conhece e possíveis aplicações. rior 100 mm. Arbitre as restantes dimensões, tentando manter
ponentes. -Represente num desenho a ligação roscada (6 parafu-
2. Compare e discuta os perfis roscados mais usados. 5. Indique vantagens da representação simplificada de/ as proporções da figura.
tre duas flangc.s, apresentada na Figura 13.79. Seleci-
3. Compare e discuta as formas de transmissão de potência ponentcs em desenho à mão, num sistema CAD 2I)' elementos da ligação roscada de acordo com a respec- Pl3.3 - Substitua os elementos da ligação do problema ante-
apresentadas. sistema CAD 3D. E as desvantagens? rior pelos da Figu.t·a 13.80. Note os elementos de .segurança
adicionais
CONSULTAS RECOMENDADAS
e Bertoline, G.R., Wiebe, E.N., Miller, C.L. e 0 NBR 11145 Representação de molas em desenho
Nasman, L.O., Technical GraphicsCommu- 0 NBR 11534 Representação ele engrenagens em
nication. Irwin Graphics Series, 1995. técnico.
e Cunha, L. V. Desenho Técnico. Fundação ,., Pillot, Christian. Mémotech - Dessin Technique. <
Calouste Gulbenkian, 11ª Ed., 1999. Casteilla, 1986.
® Giesecke, F.E., Mitchell, A., Spencer, H.C. 1 Hill 1 I.L. 1 Dygdon,
0 Endereço eletrônico da International Or-
J.T., Novak, J.E. e Lockhart, S. 1 1l1odern Graphics Commu- ganization for Standardization (ISO) -
www.iso.ch
nication. Prentice Hall, 1998.
,., Endereço eletrônico ela revista 1l1achine
13 ISO Standards Handbook 32. Mechanical Transmissions.
Design, www.machineclesign.com
ISO, 1988.
,., Endereço eletrônico da Anierican National Stan
e Morais, Simôes. Desenho Técnico Básico. 3º Volume, Porto
titute (ANSI) - www.ansi.org
Editora, 1990. 0 Endereço eletrônico do Instituto Português da Qc:-
@ Normas Portuguesas, ISO e DIN correspondentes aos ele- (IPQ) - www.ipq.pt .
mentos deste capítulo. O Anexo C contém uma lista exaus- e Sítio da American Society o/Mechanical Engineeti FIGURA 13.79 Ligação roscada entre duas flanges. FIGURA 13.80 Ligação roscada bloqueada.
tiva elas normas abordadas-neste capítulo. - www.asme.org
e NBR 8993 Representação convencional de partes roscadas e Endereço eletrônico da Chicago Gear
em desenho técnicos. www.chicagogea1works.com
PALAVRAS-CHAVE
anuelas porcas
chavetas rasgo
enchavetamentos roscas
molas rolamentos
parafusos transmissão de movimento
pinos uniões de eixos
EXERCÍCIOS PRO.POSTOS
P13.1 - Represente num desenho a ligação roscada apresen- roscada de acordo com a respectiva figura e os
tada na Figura 13.78. Selecione os elementos da ligação tabelas do Anexo B. Construa a lista de peças par
i
I'
!
~ ilita que este realize sua função. Daqui resulta imedia- suportar um peso próprio menor; uma aeronave mais leve
Estampagem
Forjamento
Estiramento
Extrusão
10000 a.e. 5000 a.e. o 1000 1500 1800 1900 1940 1960 1980 1990 2000 2010 2020
mente do modelo de computador p:;:ira a fabricação sem ter 14.2 .f'AMÍUAS DE MATERIAIS OURO COBRE
_l______L_ __ __j___ - - ' ---~--~--~ ~ _L__'
sequer de passar por um desenho impresso em papel. Contu- BRONZE LJ'lll'TAIS 1
do, a passagem pelo papel pode ser necessária se a empresa O universo dos materiais ele uso geral pode ser divididQ
FERRO METAIS AMORFOS ) DESENVOLVIMENTO
que projeta e produz a peça não possuir tecnologia de fabri- seis grandes famílias, como se mostra na Figura 14.3., FUNDIDO
LIGAS AL-LfTIO LENTO· CONTROLE
AÇOS BIFÁSICOS DE ouÀuoADE E
cação por comando numérico ou se as empresas que proje- família pode ainda subdividir-se em classes, subclasses e AÇOS
AÇOS MICROLIGADOS PROCESSAMENTO
tam e produzem são diferentes, havendo então necessiclac:e bros. No caso dos meti is, por exemplo, a Figtu.·a 14.4 m MADEIRA AÇOS NOVAS SUPERLIGAS
PELES LIGADOS
de comunicar informação: mesmo neste c<1s0 podem ser trans- um desdobramento possível da família em classe, subclá
FIBRAS COLAS LIGAS
membro, chegando-se finalmente 80 material, para o qual
feridos os modelos tridimensionais entre empresas, com toda
a base de dados que os acompcmha. Uma tecnologia interes- um conjunto de atributos (propriedades mecânicas, f1 BORRACHA
LEVES
SUPER LIGAS
POLÍMEROS' L
térmicas, etc.) únicos que o definem completamente. [:corviPqs1T@ ELASTÔMEROS
sante permite a transmissão ela informação do modelo 3D, TIJOLO/PALHA
PAPEL
POLfMEROS DE
LIGAS TITÂNIO ALTA TEMPERATURA
juntamente com os desenhos de fabricação no mesmo arqui- Das seis grandes famílias apresentadas, algumas dcstaci ZIRCÔNIO ETC.
vo. A ferramenta e-drawing, da SolidWorks®, permite que as pela sua maior aplicação no campo da engenharia, e PEDRA BAOUELITA
eventuais dúvidas no desenho ou no modelo sejam facilmen- BARRO
sua importância relativa tenha sofrido grandes alteraç
VIDRO NÁILON
te esclarecidas. No caso de ser necessário recorrer aos dese- longo dos tempos, como mostra a Figura 14.5. CIMENTO
nhos impressos cm papel, é prática corrente inscrever na fo- CER~ÁMICOs,J REFRATÁRIOS
É notório o domínio dos materiais de origem natur CIMENTO
lha do desenho para fabricação toda a informação necessária VIDROS
primórdios da civilização e o domínio dos metais até ffi'-': POATLAND
à fabricação da peça desenhada. O processo de fabricação
do século XX. "f T 1 -------.-----
utilizado é importante, pois condiciona a informação a ser 10000 a.e. sooo a.e. o 1000 1soo 1soo 1900 1960 1980 1990 2000 2010 2020
incluída nos desenhos e determina, além do modo de cotar e A crescente lltilização dos materiais não-metálicos em a'" DATA
definir tolerância, a própria geometria e forma da peça. O ções de engenharia deve-se às crescentes necessidades
FIGURA 14.5 Importância relativa dos materiais ao longo dos tempos (baseado em Michael F. Ashby).
processamento dos materiais é definido como a ciência e a
tecnologia pelas quais a matéria-prima é convertida numa for-
ma com estrutura e propriedades adequadas para uma deter- basalto é pesado1 a pedra-pomes é leve. O conceito de leve e
erísticas muito específicas das indústrias de ponta e à re-
minada função. De um modo mais natural, pode-se entender de pesado eleve, no entanto, ser quantificado através da den-
ão de custos que pode ser atingida pela substituição de
como tudo o que se faz para transformar materiais cm coisas sidade. A Figura 14.6 mostra algumas classes de materiais e a
ériais metálicos por materiais não-metálicos nos objetos de
úteis. variação possível da sua densidade.
, quotidiano.
Neste capítulo, serão abordados, de forma genérica, os dife- Quanto aos conceitos ele resistência e rigidez, sua apreensão
ande crescimento dos polímeros, cerâmicos e compósi-
rentes processos de fabricação existentes. Não será feito um pode não ser tão imediata. Aliás, existe uma natural confusão
está ainda ligado à necessidade de controlar as proprieda-
estudo exaustivo de cada um, uma vez que o objetivo não é o entre as noções de resistência e rigidez, que levam posterior-
para cada tipo de utilização: é possível 1 com estes materi-
conhecimento do processo de fabricação cm si, mas sim as mente a algumas visões distorcidas da realidade. De fato, a
fazer "materiais na medida das aplicações", ou seja, clar-
implicações que ele tem no desenho técnico e na própria resistência e a rigidez são quantidades distintas e perfeitamente
as propriedades pretendidas para desempenharem suas
concepção de peças. definidas.
s, sem desperdícios de material. São ainda materiais cuja
Outros processos de ligação, como a soldagem e as diferentes da específica e rigidez específica estão, por vezes, muito
formas de ligação mecânica foram já abordados cm capínllos daquelas dos metais (ver parágrafo 14.3). O custo, cm 14.3.2 Resistência
anteriores, não sendo por isso tratados aqui. FIGURA 14.3 Famílias de materiais.
cial dos materiais poliméricos, é muito inferior ao dos me-
pelo que o seu consumo tende a aumentar, aliado ao fato As pessoas que não têm formação em engenharia ficam, por
ma grande pa1tc deles ser reciclável, com menor consu- vezes, confundidas com o modo como a resistência dos mate-
\de energia, relativamente aos metais, devido ao seu baixo riais aparece tabelada nos livros e nos catálogos de fabrican-
tes em força por unidade de área (Newton por metro quadra-
to de fusão.
do - N/m1 - no sistema internacional de unidades, ou libra
igas metálicas já atingiram elevado desenvolvimento, en- por polegada quadrada - psi - no sistema anglo-saxônico ele
to os não-metálicos estão em franca expansão. unidades), que parece ser uma unidade de pressão e não ele
resistência. A explicação é simples e é facilmente ilustrada por
3 BREVES NOÇÕES DE PESO, um exemplo.
íal pode suportar, sem alterar a sua forma, será reprc- uma dada aplicação será aquele que apresentar a 1mdor resis-
100 . a pela tensão de escoamento. tência especifica .
DENSIDADE A Figut·a 14.8 mostra a variação ele resistência e de resistên-
[ton/m~]
.3 Resistên.da Específica cia específica das classes ele materiais. A Tabela 14.1 rnostrn
bem como o melhor material em termos de resistência não é
,--endentemente do material de que é feito determinado o melhor material em termos de resistência específica. As fi-
anente, ele será tanto mais forte quanto mais material bras não podem ser usadas isoladamente, mas sim dentro de
-o problema é que também será mais pesado. O que se compósitos. Se retirarmos as fibras ela nossa análise, a Tabela
de, em geral, é uma maior resistência sem acréscimo de 14.1 mostra que, por exemplo, a balsa é o material com a me-
,Assim, um parâmetro extremamente importante será a nor resistência de todos os tabelados (note-se o ranlúng de re-
rtcia por unidade de peso específico, ou, mais simples- sistência), mas cm termos ele resistência específica compete de
ª resistência específiG1 (razão entre a tensão de esco- muito peito com o aço AISI 4340 e a liga ele alumínio 2024-T4,
t~ e a densidade) do material. O melhor material para sendo, inclusive bastante melhor que o aço comum AlSI 1010.
100000 ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ,
RESISTÊNCIA
0,1 [MPa]
w
w w
.ª~ê·~" -••
w w w w w
"• u .ig e _.g w o w ~ o • 10000 + - - - - - - - - - - - - - - - - -
•E ·ê .O
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•
~
1000 +-----------
J
100 +---
0,1
RESISTÊNCIA
ESPECÍFICA
[MPa, rn~/ton]
1000 +-------------
SOON
Uma barra de seção transversal 10 X 20 1run2 (dupla da seção carga, existirá um ponto a partir do qual a barra deixa ,
anterior) suportaria o dobro da carga até a ruptura, mas a sua regressar ao seu comprimento inicial quando se retira a
tensão de ruptura seria a mesma, podendo ser, por isso, con- sem, no entanto, partir. A tensão correspondente a esse
siderada uma propriedade material, pois é independente das chama-se tensão ele escoamento. Todos os materiais se
o, 1 +---~--,---,-----,,----,----,-----,----,
dimensões! mam por ação de cargas e todos os materiais rompem ,
Se a barra for feita de um material metálico, acontecerá um do a carga é suficientemente elevada, mas uma das cara e
©
E
,o
fenômeno interessante antes de se atingir a ruptura. Se medir- ticas inerentes aos materiais metálicos é sua capacidad
mos com alguma precisão o comprimento da barra antes e cederem antes de romper. A margem existente entre a te' ~
depois de lhe aplicar a carga 1 verificaremos que a barra irá sofrer de escoamento e a tensão de ruptura é uma medida da
uma determinada deformação (dL na Figura 14.7), que se rância de um material, ou seja, da sua capacidade de
anula quando a carga é retirada. À medida que se aumenta a mar antes de romper. Deste modo, a carga máxima qu FIGURA 14.8 Variação da resistência e da resistência específica. Para cerâmicos, a resistência é em compressão.
346 Capítulo Quaton:e Materiais e Processos de Fabricação 347
TABELA 14.1 Ordenação de diversos materiais pela sua resistência. TABELA 14.2 Ordenação de diversos materiais pela sua rigidez.
Fibras Aramid 3000 4 1310 229,01 1 Fibras Carbono HM 5 450 1 1830 24,59 1
Fibras. . Cál'!Í~~o )¾S •
~ '48. 2. 183D 22(1,2$ 2 Flbtâs carbono.HS 2 300 2 1830 16,39 2.
Fibras
Fibras
Fibras
Vidro S-2
· .Jll!ft,rl . ' ·
Carbono HM
4770
8820
2240
1
3
5
2355
2.35'5
1830
202,55
'IM;'í'l(
122,40
3
4
5
Fibras
C.ôrílpósitosdê p•IL
Fibras
Aramid
60%C.HS/Epóxl ( 11)
Vidro S-2
6
1
3
130
140
86
7
6
9
·
1310
ne~
2355
.
9,92
l',l'l!t.
3,85
.
:l
5
€:ofll!!Íl8iloMle P!>IL , ll@flQ; l'lli!:[F!<ll(i 01.1 · . MOO . . )l 1713'0 . • 11.3,64 6 Eibêifü Vidro E 4 72 .11 298!. , :J,oe ·
Compósitos de poli. 50%Vid.S/Epóxi ( li ) 1100 9 2000 55,00 7 Metais Aço AISI 4340 11 21 O 4 7850 2,88 7
Melais. . iil!l~ioJIAl-íW., ,, . .-1/l!l'â ló• M/50. .•24,63 .8 Mé!~i.s · Aço AISI 1010 18 210 7850 ··2,f!8
Metais Niquei lnconel X750 i8oo· 7 8500 21,18 9 Metais Alumínio 2024-T4 10 73 10 2770 2,64 9
l.4etítia •lilu!l11Dil lll"';~: ,: ', ~; .: . ···,1i . 27.70 .1$,93 10 Me)àis Níquel lnconel X750 9 213 8500 . l!,64 -- ~-a-•
Metaio Aço AISI 4340 1120 8 7850 14,27 11 Metais Titânio6Al-4V 8 110 8 4450 2,47 11
Madeir~s · : Bàlsa f IH - · ;ap ·rs:o 12Jé 1{1 .J:;q.mp<5sitpsd~ poli.:: 50%Vid,S/Epóxi (li) .7 45 lE Z!Jal}- • :á,;Z!l .fl';
Madeiras Pinho ( 11) 55 16 510 10,78 13 Madeiras Balsa (li) 12 3,2 ·18 180 1,78 13
'E1>@0J:ílàstIêos · l'li!'fl<m ~Q j'S '114Q t,02 14. f\/1:;;d<êír,;\il Pinho{[I) 13 7,0 · ~J ,".·610--• _;.i,Wi··.-f,f:
Ten11_o_pl_á5-_t_icm;; ABS 50 17 1050 4,76 15 Compósitos de poli. 60%C.HS/Fpóxi (1-) 16 10 13 1760 0,57 15
Compósitos ele.poli. 60%C. 1-1S/Epóxi ( L ) 8.0 14 J-t.i,,o 4,55. 16 ,Córnp<'!\ílto$êl.êpóli: 50%Vid}l/Epóxi (L) 20 · lf· : . ;'1,.- .-•••,::.m:l_flíl;:. _; ---~~; :)11!"•.
Termoendurecfveis Epóxi 69 15 1650 4,18 17 Termoplásticos Náilon 14 3,5 16 1140 0,31 17
Metais Aço AIS! 1010 3.10 12 7850·, 3,95 18 <TétrriôêácILifeôíveis Poliéster t9 8,li· · ·' .t~. ·-'4;:&Gll'.'. - •lf,;ih ,~II
Termoendurecíveis Poliéster 28 19 1200 2,33 19 Termoplásticos ABS 15 2,1 20 1050 0,20 19
Compósitos de poli. 50%Vid.S/Epóxi ( I__) 35 '18 2000 1,75 20 rer'rfjôeodürêdVeís Epóxl 17.- · 3,!l IA"·· .. 111'6!'\ · a,~é . :.ll-
io tomar em conta o peso, dividindo o módulo ele Young Os plásticos podem ainda ser divididos cm tennoplásticos
14.3.4 Rigidez provocar a ruptura cio mecanismo, por interferência ent{'
dentes. 'la densidade, obtendo assim a rigidez específica. O melhor (recicláveis) e termoendurecíveis (n~to recicláveis). Existe ain-
A rigidez é uma medida da deformação sofrida por um material erial para uma dada aplicação será aquele gue apresentar da uma terceira categoria, os elastôrneros, que pode ser de tipo
antes de atingir o escoamento qnando lhe é aplicada uma carga. Em termos práticos, o módulo de Young corresponde àJ aior rigidez específica. A Figu.a-a 14.9 mostra o escalona- termoplástico ou tcrmoenc\urecível. Os polímeros termoplás-
É normalmente expressa pelo módulo de elasticidade, ou mó- são necessária para clu plicar o comprimento ele um nto de rigidez para várias classes de materiais. Da mesma ticos caracterizam-se por ter menor rigidez e menor resistên-
dulo de Young, nas tabelas de livros e catálogos de fabricantes. material. De fato 1 isso nunca é possível, uma vez que a~ a, a Tabela 14.2 mostra que o materi8l com a maior rigi- cia mecânica que os tennoenclurecíveis, além ele se "derrete-
disso o material já ultrapassou a sua tensão ele escoametlf não é o material com a maior rigidez específic8. rem" com o aumento de temperatura. Por seu lado, os termo-
Por vezes, não só é importante que determinado componen-
te não ceda por ação ele uma força, como é igualmente im- endurecíveis não "derretem": em vez disso queimam, ou de-
portante que sua deformação por ação dessa força seja pe- gradam-se, com o aumento ele temperatura, sendo por isso
14.3.5 Rigidez Especifica .4 GENERAUDADES E APUCAÇÕES DE
quena) sob pena ele pôr em risco seu funcionamento nor- impossível a sua reciclagem. A expansão térmica dos plásti-
mal. Por exemplo, um par de rodas dentadas não pode ter A rigidez específica é também uma razão muito impot ALGUMAS FAMÍLIAS DE MATEruAIS cos é cerca de 10 vezes superior à dos aços, pelo que este
uma deformação muito elevada dos seus dentes, de modo a Pode-se também ganhar cm rigidez utilizando mais ma pormenor tem que ser levado em conta quando existe con-
e item serão apresentadas as características típicas de al-
não provocar atrito excessivo entre os denles e eventualmenle mas com o inerente acréscimo de peso. É novamente n tacto entre os dois tipos de material.
:.mas famílias e classes de materiais que ajudarão em esco-
_8s simples. Um estudo mais aprofundado, fora do âmbito
e texto, pode ser consultado no final cio capítulo, nas re-
10000 ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1000 ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 10000 ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ,
ncias que se dedicam exdusivmnente ao estudo dos ma-
RIGIDEZ RIGIDEZ CUSTO
[GPa] ESPECiFICA RELATIVO
1000 - - - - - - - - - - - - - - - - - ~ [GPa.m3 /ton] (POR
mo +..:'------'-------- apontamento interessante é dado na Figura 14.10. Trata- 1000
UNIDADE DE
do custo relativo dos materiais por unicbde de volume. VOLUME)
istem poucos registros deste indicador, uma vez que os [ton/m 3 ]
.4.1 Polimeros
0.1 llso de polímeros (ou plásticos 1 como mais vulgarmente são
heciclos) em projeto eleve apoiar-se num conhecimento
)
'vio de noções básicas de química e ele características com- 0,1
0,01
• •• o
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rtamentais e ambientais. Existe um número bastante eleva- m m (J) .!!! m
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•E de plásticos disponíveis comercialmente - cerca de 15.000. o ·• ,o E',
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1n •O entanto, a maior parte das aplicaçôes pode ser satisfeita (J) '-=
w o~ • 11 ~~ E
o
:.'J
E
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u] 11
u] rum conjunto mais reduzido ele plásticos. Os melhores plás- "' u] a. ~ ü
Os plásticos têm uma tenacidade inferior à dos aços, por is A Figura 14.14 mostra as combinações possíveis de materiais
Os plásticos não devem ser projetados com os mesmos níveis
são menos tolerantes a concentrações de tensão e reduç"' para um compósito ele matriz polimérica.
de tolerância que os metab. Ainda assim, procluzcni-se bons
apoios autolubrificados de plástico. Podem ser inflamáveis e bruscas de secção. As propriedades do compósito dependem, entre outras, ela
devem ser projetados tendo em consideração que suas pro- Muitos plásticos são atacados pela radiação ultravioleta. percentagem relativa cios seus constituintes. Em termos de
priedades se degradam ao longo do tempo. pos::,;ível, deve ser prevista a reciclagem dos plásticos depo; propriedades mecânicas, as fibras longas são, sem dúvida, as
da sua vida útil. mais eficazes em todos os campos. A Figura 14.15 mostra as
disposições possíveis deste tipo de fibras no compósito.
A Tabela 14.3 mostra as siglas por que são conhecidos
Os reforços de fibra de carbono e os de fibra ele boro produ-
polímeros habituais, bem como as suas aplicações e a classe
zem os compósitos ele maior rigidez. Os reforços de fibra de
que pertencem.
Aramid produzem os compósitos de maior resistência.
A Figut·a 14.11 mostra alguns exemplos ele utilização de
Os compósitos com reforços de fibras curtas obtidos por
ças em polímeros. moldagem injetada são a forma rrnüs simples ele compósito.
Podem substituir os plásticos não reforçados sem alteração
14.4.2 Compósitos de Matriz Polimérka sensível de projeto.
Um material compósito é, por definição, formado por dois Os compósitos de fibras longas requerem considcraçôes so-
bre o tipo ele reforço, tipo de matriz, percentagem relativa de
mais materiais, em nível macroscópico, com proprieda
constituintes, configuração das fibras, número de camadas e
superiores a qualquer um dos seus constituintes isoladam
sua orientação.
te. A Figura 14.12 mostra exemplos de aplicação ele comp
sitos a quadros e aros de bicicletas, enquanto a Figura 14., O uso de qualquer reforço, que não seja fibra de vidro irá
mostra veículos de corrida sobre o gelo. No caso particu'f aumentar, muito provavelmente, os custos do material não
dos compósitos de matriz polimérica, a matriz tem como ft( '1GuRA 14.12 Bicicletas com quadro em compósito de carbono (Kestrel, EUA). reforçado.
ção suportar o material de reforço e distribuir as forças
este, podendo ser do tipo termoplástico ou termoenclurecív;
As matrizes ele termoplásticos não são tão boas como as ·
termoendurecíveis em termos de propriedades mecânicas,,
especial sob temperaturas superiores à temperatura ambf
te. O reforço, material que deve resistir à aplicação doses('
FIGURA 14.11 Exemplos de peças em polímeros. ços, pode ser de vários tipos e assumir várias formas.
PE
PVC Policloreto de vinil (termoplástico). Usado em pavimentos, tecidos, filmes
e tubulações.
PP
PS
PET Poliéster (termoplástico). Usado em fita magnética, fibras e filmes. Na
forma termoendurecivel é usado em revestimentos e resina em compósi-
tos.
FIGURA 14.13 Veículos para corrida sobre o gelo, fabricados com madeira e compósitos.
PMMA Polimetilmetacrilato (termoplástico). Também conhecido como acrílico.
Usado em ·anelas e decora ão.
PA Poliamida (termoplástico). Também conhecido como Náilon. Usado em
tecidos, cordas, en rena ens e ór ãos de má uinas.
ABS Acrilonitrilo-butadieno-estireno (termoplástico). Usado em malas de via-
em e telefones.
PC
POM
PTFE Politetrafluoretileno (termoplástico). Também conhecido como Teflon.
Usado em armazenamento de produtos qulmicos, vedantes, apoios, jun-
tas e revestimentos anti-aderentes.
PUR Poliuretano (termoendureclvel). Usado em espumas, elastômeros, fibras,
folhas e tuba ens.
PEEK Polielereterketone (termoendurecivel). Usado em adesivos e resinas de
com ósitos. SiC
Fenólicos (termoendurecivel). Usado em equipamento eléctrico. Neste PET EP, PF PP HM E
PF Al20J Arame
grupo encontra-se a baquelita PP PEEK Aramid HS s
B
EP Epóxi (termoendureclvel). Usado em adesivos, revestimentos e resinas etc etc
de com ósitos.
SI Silicone termoendurecfvel . Usado em ·untas e adesivos. FIGURA. 14.14 Combinações possíveis de materiais constituintes de um compósito de matriz polimérica.
Capítulo Quatorze
Materiais e Processos de Fahricaçüo 351
350
defonnaçôes, corno, por exen1plo, calibres dimensionais. O ferro fundido maleável é obtido a partir do ferro fundido
,-,_Ser barato, é também us<1do em peças ele grandes dimen- branco através de tratamento térmico, recuperando alguma
É ainda usado cm peças de geometria complicada ou de ductilidadc. É usado em acessórios de tubulaç~to, apoios ele
es finas, por ter uma boa fluidez no estado líquido. motores e m-áquinas em geral.
, rro fundido dúctil derivzi da mesma matéria-prima do fer-
ndido cinzento, com adição ele pequenas percentagens 14.4.5 Aços ao Carbono e de Baixa Liga
agnésio. Possui maior ductilidadc e resistência que o fer-
mdido cinzento. É usado em carcaças ele bombas 1 válvu- Nesta categoria temos todas as ligas metálicas que possuem
FIGURA 14.15 Tipos de disposição de fibras mais comuns num compósito de fibras longas: a) unidirecional; b) cruzado 0/90/0; e) cruzado 0/45 caixas ele engrenagens, máquinas agrícolas, máquinzis de ferro e carbono na sua composição. Sobre esta classe ele ma-
eração, pinhões, engrenagens 1 roletes, corrediças. teriais recai, por excelência, a escolha para a constrll(;ào ele
erro fundido branco é extremamente frágil e duro, sendo elementos de máquinas e todo o tipo ele construção metálica,
'do em camisas ele moinhos, máquinas ele granalha, freios abarcando cerca de 90% de todas as aplicações ele metais. A
Apesar dos aparentes problemas que lhe possam ser aponta- Os materiais cerâmicos, tais corno os vidros, devem ser pr
\JViários, laminadores. Figau·a 14.17 e a Figura 14.18 são exemplo disso.
dos, os compósitos têm vindo a substituir os habituais materi- tados para resistir majoritariamente a esforços de compres
ais estruturais, nos últimos 40 anos, pelas suas excepcionais devido à sua inerente fragilidade em tração.
qualidades de resistência e rigidez específicas e, em alguns A Figura 14.16 mostra a aplicação de nitrcto ele silício na
casos, de resistência à corrosão. São usados em todas as in- bricação de um rotor de turbina. Neste caso, os cerâmi
dústrias. apresentam a vantagem de poder trabalhar a elevadas temê
Neste momento, cerca ele 60% da produção mundial destina- raturas sem perda de propriedades.
se às indústrias aeronáutica, aeroespacial e militar. Cerca ele
90% elas embarcações ele recreio possuem cascos em 14.4.4 Ferros Fundidos
compósito, exibindo grande durabilidade. Muitas peças na
indústria automobilística são também em compósito, nomea- Como material ele engenharia) o ferro fundido, vem já d
damente, pára-choqucs, capôs, algumas peças dos motores e o século XIV. Antes desta época, a maioria dos objetos ele i
os pneus. Canoas, kayakes, raquetes de tênis, esqui e tacos de eram feitos a partir ele óxidos ele ferro obtidos diretamente
golfe são mais alguns exemplos de aplicação de materiais minérios ele ferro. O aço, tal como hoje o conhecemos 1
compósitos. apareceu no século XIX.
A designação "ferro fundido" aplica-se às ligas de ferro, e
bono e silício, com percentagens de carbono entre 2 e
14.4.3 Cerâmicos e Vidros
Existem quatro tipos fundamentais ele ferro fundido: cinze
Em finais dos anos 1980, os cerâmicos começaram a ser usa- to, dúctil, branco e maleável. -.
dos em aplicações onde os metais tinham predominância, cm O ferro fundido cinzento é utilizado em elemento'.:> sujeitos a::
especial em ferramentas, aplicações de alta temperatura e de desgaste, tais como camos, engrenagens, guias, blocos
elevado desgaste. Ainda continuam a encontrar aplicações motor, volantes de inércia, discos e tambores ele freios. É ta
novas, 20 anos depois. bém usado como isolante ele vibrações em suportes de FIGURA 14.17 Peças variadas em ferro fundido.
Os cerâmicos, tal corno aqui se mencionam, não são produtos quinas e em instrumentos de elevada precisão que não tol ,-
de "bano" (cerâmicos tradicionais ou cerâmicos porosos), mas
sim cerâmicos avançados, com reduzida porosidade, na sua
maioria de óxidos, nitretos ou carbonetos sinterizaclos para
obtenção de elevada densidade.
As suas propriedades mecânicas são valores obtidos cstatisti-
camente1 devido à elevada variabilidade destas. Possuem ele-
vada dureza e fragilidade devido às ligações covalentes e iô-
nicas da sua estrutura interna, na maior parte cios casos de
natureza cristalina.
A deformação de ruptura pode, em alguns casos, ser inferior
a O, 1%, comparada com os 20% habituais de muitos materiais
metálicos. O defeito crítico típico para um cerâmico aproxi-
ma-se dos 10 µ,m, comparado com os 1000 µ,m típicos ela
maioria dos aços. Podem ter, no entanto, rigidez superior à
dos aços.
Não podem ser trabalhados depois de sinterizados, nem po-
dem ser ligados por soldagem, e as suas propriedades depen-
dem fortemente do processo de fabricação.
Os vidros têm utilidade pela sua resistência à corrosão e sua
baixa expansão térmica, sendo ótimos para janelas de eleva-
da temperatura e revestimentos de outros materiais para o
manuseio de líquiqos corrosivos. FIGURA 14.16 Peças variadas em cerâmico.
352 Capítulo Quatorze Materiais e Processos de Fabricação 353
A designação AlSI é a mais usada, tanto nos Estados Unidos, Ligas de titânio. O titânio é mais abundante na crosta terres-
onde teve origem, como também na Europa, uma vez que é a tre que o cromo, o cobre, o níquel 1 o chumbo e o zinco jun-
mais abrangente em termos de nomenclatura e ligas por ela tos. Está comercialmente disponível desde os anos cinqüenta)
cobertas e referenciadas. A designação AISI comporta 4 dígi- 430 sendo ele processamento dispendioso, difícil de soldar e com-
tos. Se o primeiro dígito for 1, a liga referida representa uma plicado de trabalhar. É aplicado onde a resistência específica
liga simples de ferro e carbono. 303 é importante, corno por exemplo cm submersíveis de profun-
Tipo austenitico. Aplicação em didade, navios de alta velocidade 1 pás ele hélices, aeronaves e
Aços deste tipo são usados para peças de produção em massa 304 peças com boa resistência quí- veículos espaciais, ou então onde a corrosão seja crítica, como
cm várias indústrias, entre as quais a automobilística, sendo 316 mica, tubagens e reservatóríos.
válvulas para água do mar, trocadores de calor de centrais
também muito usado em usinagern geral. 304L (L = soldável).
nucleares, ou estaçôes clessalinizadoras.
Se a designação começar com qualquer outro dígito, o aço,
316L
Tipo mar!ensí!ico. Aplicação Ligas de magnésio. Foram desenvolvidas depois ela 2ª Guer-
além ele ferro e carbono, contém outros elementos de liga. Estes 416 em componentes estruturais,
420 ra Mundial. São facilmente usináveis (embora possam ser in-
aços, cuja percentagem de elementos ele liga não deve ultra- ferramentas e instrumentos de
440C flamáveis), têm baixa resistência à tração, resistência específi-
passar os 5%, são largamente usados em componentes estru- corte. ca mais elevada (inferior à das ligas de alumínio) e rigidez
turais tratados tennicamente, para maior resistência ao desgaste
específica também mais elevada (superior à das ligas de alu-
e maior resistência mecânica. São aplicados em eixos ele trans-
mínio), são boas absorvedoras de vibrações e possuem fraca
1nissão, engrenagens e pequenas ferramentas.
resistência à corrosão.
Os últimos dois dígitos da designação representam a percen-
A 14.20 Aplicações de ligas de cobre em peças de uso doméstico. A sua aplicação está concentrada nas indústrias aeroespacial,
tagem de carbono multiplicada por 100.
aeronáutica e nuclear, em freqüente competição com as ligas
A designação ASTM A36 cobre os aços ao carbono de cons- de alumínio.
trução, seguidos de um grau, ou tipo, que define o aço a usar. $s flexíveis, molas, etc. Os latôes especiais são ligas ternárias
Cobre, zinco e um terceiro elemento. Os latões de alumí- Ligas de níquel. São das ligas não-ferrosas mais resistentes e
As propriedades mecânicas de qualquer liga metálica depen- ; pela sua acrescida resistência à corrosão, são usados cm tenazes, possuem rigidez próxima à cios aços e excelente re-
dem fortemente do tipo de tratamento térmico e da quantida- lizações de água salgada na construção naval. Os latões sistência à corrosão. Como mantêm as suas boas proprieda-
de de deformação plástica que a liga sofreu. Os termos aqui chumbo são usados em pequenas peças sujeitas a atI-ito. Os des desde temperaturas subzero até os lüüüºC, são usadas tanto
usados devem ser procurados em livros da especialidade, lis- s de estanho são usados em tubos de condensadores. Os em equipamentos criogênicos como em aplicações de altas
tados no final cio capítulo. s de silício são usados em válvulas, bombas e engrenagens. temperaturas. Pelas suas propriedades de resistência mecâni-
ca e resistência à corrosão, encontram aplicação em válvulas,
as cuproníquel são ligas de cobre e níquel com elevada
14.4.6 Aços ln.oxidáveis e AçosMaraging bombas e trocadores de calor, eixos, molas e pás de turbina,
tência à corrosão, bastante tenazes e dúcteis.
motores a jato e no processamento de produtos químicos.
Os aços inoxidáveis, ou simplesmente inox, como geralmente gtU'a 14.20 mosti·a uma aplicação típica de latão verme-
são conhecidos, são ligas de ferro e cromo que podem apre- sem chumbo.
sentar-se de três modos, por ordem crescente ele resistência: 14.5 FUNDIÇÃO
de alumínio. Estas ligas dispensam apresentações. En-
aços inox ferríticos, austeníticos e martensíticos. O modo como No processo de fundição, o material é fundido (elevado aci-
tram aplicação desde o utensílio comum de cozinha até à
se apresentam depende da percentagem de cromo, sempre ma do seu ponto de fusão, passando ao estado·líquido), po-
~ stria aeronáutica. As ligas mais comuns envolvem, além
superior a 11 %, do tratamento térmico a que foram sujeitos e dendo ser tratado quimicamente para alteração da sua com-
FIGURA 14.19 Parafusos em aço inox. lumínio, o cobre (formando os famosos "cluralunúnios"),
da eventual presença de níquel como um terceiro elemento posição, e é depois vazado numa cavidade, ou molde, )::mn a
io (para uma melhor fluidez em peças obtidas por fun-
de liga. ) e o magnésio (para maior resistência mecânica). Os forma desejada. Depois de arrefecer e solidificar-se, o µlateri-
Todos os aços inox são empregados onde existam problemas 14.4. 7 Outras Ligas Metálicas entos térmicos que podem ser aplicados ao alumínio 1 al tem a forma da peça pretenclida 1 sendo então retfrado do
ele corrosão, embora cada liga em particular esteja preparada como a deformação plástica que ele sofre, determinam molde. Quase não existem limitações para o emprego deste
para situações específicas. Os aços austeníticos (os que pos- ligas de cobre. Neste tipo de ligas existem, sucintament as propriedades mecânicas, sendo, por isso, sempre es- processo de fabricação 1 ele é usado para tamanhos de peças
suem alguma percentagem de níquel) possuem a melhor com- bronzes, os latões e os cuproníqueis. ,. ificadas. A Figura 14.21 mostra o alumínio aplicado na tão díspares como um dente de um fecho éclair (alguns milí-
binação de resistência à corrosão e facilidade ele usinagem. Dentro da categoria dos bronzes estão as ligas de cobre,--:, struçào do chassis de um automóvel. metros) e uma hélice de navio transatlântico (10 metros). A
Todos os aços inox são resistentes a ambientes oxidantes, mas outros elementos que não sejam o zinco: são ligas com af:
nenhum deles é resistente, por exemplo, à corrosão por ação nio (bronze alumínio\ com silício (bronze silício), com"
lio (bronze berílio), etc. Os bronzes são ligas de cobre e·
do ácido sulfúrico.
nho (exceto quando a seguir ao bronze têm a designaçã
Em relação aos aços ao carbono, possuem maior resistência, outro elemento), podendo ainda ter pequenas adiçõe/
maior tenacidade, maior dureza, e rigidez ligeiramente inferi- outros elementos. São usados pela sua boa resistência à__:
or. Os aços inox ferríticos são, em média 1 duas vezes mais caros rosão e pela sua facilidade de conformabilidade. Depen_
que os aços ao carbono, sendo o tipo mais barato de aço inox. do da percentagem de elementos de adição no cobre, são
A Tabela 14.4 mostra os aços inox mais usados e as suas usados em casguilhos, mancais, juntas de todo o tipo e _,-
aplicações mais freqüentes. A Figura 14.19 mostra parafusos sujeitas a forte atrito e instlumentos musicais, tais como
em aço inoxidável. O bronze berílio é usado, pela sua excelente resistêncht
molas e eletrodos de soldagem por pontos. O bronze sili
Os aços niaraging são ligas de ferro e níquel com elevadas muito usado na fundição de peças de configuração compli_ <
resistência e ductilidacle, que podem ser empregadas em pe-
ças de usinagem geral. Podem ser soldados sem perder as suas Os latões são ligas de cobre e zinco, que encontram apli
propriedades e podem ser empregados em elevadas tempera- em diversos campos, dependendo da percentagem de
turas sem perda de propriedades mecânicas. existente: i.Initação de ouro e bronze em joalharia, radia FIGURA 14.21 O chassis do Audi A2 é construído em liga de alumínio. (Cortesia da SIVA, S.A.)
Capítulo Quatorze Materiais e Processos de Fabricação 355
354
melhor opção para determinada peça passa pelo conhecimento ionados com o processo de fabricação em si, como a fundidas em molde permanente, como não se destrói o mol-
dos diversos tipos de fundição. Os tipos de fundição são nor- idade de enchimento e a dureza relativa entre o material de quando da desmoldagem, é necessário que existam "ângu-
malmente distinguidos através do tipo de molde - molde per- oleie e o material da peça. Estes fatores levam a uma los de saída" entre superfícies perpendiculares para permitir
dido e molde permanente - e do tipo de vazamento - por ssiva degradação da qualidade das peças obtidas pela retirar a peça do molde: superfícies que seriam normalmente
gravidade, por vácuo, a baixa pressão, ou a alta pressão. Por lização do molde. perpendiculares não podem sê-lo em peças fundidas - os
ser mais relevante para a discussão, será abordada a primeira ângulos de 90º devem ser de 92~93°.
gora 14.24 mostra uma biela cm titânio de um motor de
classificação, ou seja, tipo de molde. bustão interna (constituída por duas peças) obtida por O desenho para usinagem e acabamento superficial da peça
ição cm molde permanente. fundida, deve conter apenas a informação relativa a essas
operações. Neste caso, todas as cotas inscritas serão cotas fun-
14.5.1 Fundição em Moldes Perdidos cionais e estarão necessariamente relacionadas com as outras
A fundição em moldes perdidos usa areia com resina para moldar ,5.3 Outros Tipos de Fundição peças adjacentes do conjunto. É importante definir qual a pri-
o negativo com a forma da peça a ser obtida. Quando se retira em inúmeras variantes ao processo de fundição. O pro- meira operação de usinagem a ser efetuada e quais os planos
a peça já feita, o molde é destruído. Pode ser necessário produ- de referência a serem utilizados. A Figura 14.26 mostra o
mento de materiais poliméricos faz uso de fundição e
zir uma réplica da peça, cm madeira ou em resina, para obter a desenho de uma peça para fundição e a Figura 14.27 mostra
ão em moldes permanentes, possuindo, por si só, diver-
cavidade no molde de areia. Para isso, podem ser usadas as o desenho da mesma peça para usinagem e acabamento. Note-
ariantes. As máquinas de injeção de polímeros são extre-
técnicas de estereolitografia já abordadas no Capítulo 2. A fun- ,,ente compactas e sofisticadas em relação aos cquipamen- sc, no desenho para usinagem e acabamento, a indicação de
dição em molde perdido é usada para produção de peças úni- uma superfície de referência. Note-se ainda que, quando já
de fundição de metais (Figura 14.25).
cas, para pequena em série, ou para peças com fom1as compli- existem furos provenientes de fundição, a posição do centro
cadas. Devido à mgosidade superficial resultante (entre 12,5 e ':outro processo vulgarmente conhecido por metalurgia de não deve ser alterada pela posterior usinagem, deve apenas
25 µm), em geral é necessário fazer por usinagem o acabamen- pode também assemelhar-se à fundição: difere apenas pelo haver retificação do furo, fato este que ajuda muito na defini-
, de o material de enchimento do molde estar no estado ção de cotas de acabamento que tenham como referência o
to de certas áreas da peça - as superfícies funcionais.
o (é de fato um pó finamente disperso, contendo todos
Os materiais metálicos são freqüentemente fundidos através lementos de liga misturados) sendo depois compactado e
deste processo: ferros fundidos, aços, latões, bronzes, alumí- FIGURA 14.23 Em cima, caixa de moldagem (em duas metades); ê. ecido para formar a peça pretendida. Este processo é usa-
nios, ligas de alumínio, magnésio e zinco e superligas de ní- xo, exemplo de peça em madeira (molde) para fundição em areia·::-<
para metais e para cerâmicos.
quel. O ferro fundido é, sem dúvida, o material por excelên-
cia para este tipo de processo, devido ao seu baixo custo, boa
fluidez no estado líquido e baixo coeficiente ele expansão tér- várias vezes. Consegue-se maior uniformidade dimensi< .5.4 O Desenho Técnico de Peças
mica. A Figut·a 14.22 mostra blocos de motores de combus- entre as peças e maior seqüência de fabricação, mas os Fundidas
tão interna, peças comumente obtidas por fundição em mol- eles são, em geral, dispendiosos.
efinição de uma peça a ser obtida por fundição requer mais
de perdido: embora um bloco de motor seja, em geral, produ- Como os moldes neste tipo de fundição são quase se
m desenho, requer um desenho para a fundição e um outro
zido em grande série, só pode ser fundido cm molde perdido metálicos, o método é usado para obtenção de peças de
posterior usinagem e acabamento superficial, caso estas
devido à sua grande complexidade. baixo ponto ele fusão, como ligas não-ferrosas e material" 2._Q__
A Figut·a 14.23 mostra uma caixa de moldagem em duas metálicos. Para fundir peças em aço, por exemplo, o " "'
deverá ser feito em grafite. É constrnído de modo que p esenho para a fundição deve representar a peça a ser fun- m
metades e uma peça, também em duas metades, em madeira, gJ
ser aberto para retirar a peça solidificada, e ser fechado de nas suas dimensões brutas. A cotagem deve ser claramente o
que serve para produzir a cavidade no molde de areia, sendo
depois retirada para ser vazado o metal. para ser vazada uma nova peça. ida em cotagem de forma e de posição para os diversos "' 1
FIGURA 14.22 Bloco de um motor de combustão interna. FIGURA 14.24 Biela de um motor de combustão interna, FIGURA 14.25 Exemplo de uma máquina de injeção de polímeros. (Cortesia Van Dom Demag.)
Materiais e Proce.\:ms de Fabricação 357
356 Capítulo Quatorze
: e forma num único passe, enquanto a deformação plás- Os processos ele deformação plástica competem, muitas ve-
Perfis vários J frio pode envolver várias fases intermediárias até ser zes, diretamente com a fundição quando a peça a ser obtida
a a forma final, como mostra a Figura 14.29. tem formas simples.
jaroento é um processo diretamente concorrente da fun-
à. A biela ela Figura 14.24, por exemplo, pode ser 14.6.1 Desenho Técnico de Peças Obtidas
Barras cada por fundição, se for destinada a um motor de gran-
por Defo1·mação Plástica
. rte, ou por forjamento, se for destinada a um motor de
utomóvel comum. Em tcnnos de desenho técnico, as peças obtidas por forjamento
Arames, pregos, malha de arame requerem os mesmos cuidados que as peças obtidas por fun-
pagem (Figura 14.30) é também um processo muito
te de deformação plástica que, junto com o dobramento dição. As superfícies forjadas possuem uma rugosidade que
l~(
5
2X§'. º?/ 0,8
?X45"
I"----'--'---------< Ú1 ---
_25 __
65
80 -e-
250 ~
FIGURA 14.32 Exemplo de torno mecânico, \:a a furar no cabeçote, ou bucha (parte esquerda do poderiam ser omitidas se o acabamento superficial não fosse
, na Figura 14.32) e montar no ponto uma broca, que especificado.
oda, (parte direita do torno, na Figu.1·a 14.32), fazen-
depois avançar longitudinalmente a broca para dentro
14.7.2 Furação
eça.
rno serve para fabricar ou acabar peças com geometria A furação ele peças é uma das operações mais usadas na usi-
drica. Os parâmetros de usinagem, como o avanço e a nagem. Nesta operação, a peça a ser furada está fixa e a ferra-
ndiclade de corte da ferramenta, definem o acabamento menta avança perpendicularmente à peça, com movimento
rficial desta (ver Tabela 8.18). simultâneo de rotação (ver Figu.t·a 14.37).
FIGURA 14.33 Exemplo de um torno mecânico de 1·a 14.35 mostra uma peça fabricada por torneamento, Existem dois tipos fundamentais de furos: os furos passantes
comando numérico. (Cortesia Clausing Industri- plificando-se o modo correto de cotar uma peça deste e os furos cegos. No caso de furos passantes_= furos que atra-
al lnc.) vessam a peça ele um lado ao outro - a ferramenta a ser usada é
. Note-se que a parte central de 36 mm de diâmetro não
cotada em comprimento, uma vez que as mediçôes de- uma broca com o diâmetro de furo pretendido. Os furos ce-
ser feitas a partir das extremidades da peça, como mostra gos - que não atravessam completamente a peça - podem
gura 14.36. Nesta figura, as operações de acabamento necessitar de acabamentos especiais, usando-se outro tipo de
Torneamento paralelo,
ou cillndrico
A e
Faceamento, ou
torneamento de faces
J
r.tr
Torneamento cônico
Permamento
Filelamento
URA 14.36 Fases de operação da peça da Figurn 14.35: A - montagem da barra na placa do torno e faceamento dos topos (esta operação é
edida pelo corte com comprimento adequado de uma barra de 40 mm de diâmetro); B - centragem dos dois topos com broca de centro; C -
ntagem da peça entre pontos, seguida de desbaste (1), acabamento (2), raio (3), sangria (4) e chanfro (5); D- abertura de rosca; E-inverter a
a e proceder ao desbaste (1), acabamento (2), chanfro (3) e raio (4),
Materiais e Processos de Fabricaçâo 361
360 Capítulo Quatorze
ll
reita da Figut·a 14.42, respectivamente\ ou de cabeçote mó-
A
vel, e podem fresar em qualquer plano inclinado. Com as
fresadoras de ebco horizontal executam-se fresarnentos cilín-
clricos, e com as fresadoras ele eixo vertical executam-se
fresamentos frontais, ou ele topo.
Correto Incorreto
FIGURA 14.37 Exemplo de uma furadeira manual de bancada. quase sempre superfícies funcionais.
.7.3 Firesamento
_ 030_ esamento é usado para obter superfícies planas através do
ferramentas 1 como mandris, brocas de escarear, ou brocas de 020 ço de uma ferramenta (com movimento de rotação sobre
facear (ver Figura 14.38).
eixo) sobre a mesa da fresadora. As fresadoras podem
FIGURA 14.43 Exemplo de uma fresadora de comando numérico. (Corte-
A centragem correta da peça a ser furada é extremamente de eixo vertical ou de eixo horizontal (à esquerda e à di- sia Clausing Industrial lnc.)
importante: a superfície a ser furada deve estar perpendicular
ao avanço da ferramenta para que a broca não se parta ou o
furo fique fora cio lugar (ver Figut·a 14.39).
O furo com broca produz um acabamento superficial que pode
ser melhorado com uma fresa, montada do mesmo modo que
a broca na furadeira. Neste caso, o acabamento deve ser es- f-,---50 _ _ --1
pecificado no desenho. 1
~r o
t:= = ===== == =1====== ====:
1
' alho: um grão fino dará melhor acabamento 1mas terá um
" g
1
4/ ento menor do que um grão grosso. A Figura 14.46
""
1
algumas operações que podem set feitas com pedras de
1
1
ril. Uma dessas operações é o polimento (Figw.·a 14.36).
,_____ 55 ___
~- . ··---
100 130
"dra de esmeril possui sempre um movimento ele rotação 1
ndo a peça a ser retificada ter também movimento de
FIGURA 14.44 Placa de guia fabricada com fresadora. ão (contrário), como nos casos e e d ela Figura 14.46.
FIGURA 14.45 Seqüência de operações de fresamento da peça da Figura 14.44: A~ fresamento das quatro superfícies estreitas à esquadria
mensões corretas, seguidas das superiícies maiores, com fresa de topo (em várias passagens); B - abertura dos rasgos laterais de 15 mm
fresa de topo; C - abertura do rasgo central de 30 mm com fresa de topo; D - abertura do rasgo a 45º com fresa cônica; E~ corte das bordas conf
o desenho. FIGURA 14.48 Equipamento de comando numérico para fresamento.
.Materiais e Processos de Fabricação 365
364 Capítulo Quatorze
foi dito em termos de desenho técnico, relativamente ao tor- ela máquina. Urna vez que a máquina é totalmente autôn . VISÃO DE CONHECIMENTOS
no e à fresadora, também se aplica à plaina limadora. desde o momento em que começa a executar o progra
necessário um resguardo ele proteção obrig:1toriamente fecb Enumere as seis famílias de materiais. 11. Quais silo as diferenças fundamentais entre o torneamento
Existem muitos métodos manuais ou artesanais de processar
quando começa o trabalho. Qtiais são as diferenças fundamentais entre cada família? e a frcsamento?
materiais que não serão abordados neste texto. A ênfase é dada
aos processos de índole industrial ou de produção fabril cm A Figura 14.49 mostra parte da seqüência de operaç
o que você entende por densidade? 12. O torneamento pode ser usado para obter superfícies pla-
média ou grande escala, que requerem o envolvimento ele obtenção de uma peça por fresamento. A seqüência de
o que você entende por rigidez? E por rigidez específica? n;::is? Corno?
processos automatizados ele fabricação. O leitor é encorajado rações, uma vez iniciada) não necessita da intervençã
um material com uma grande rigidez terá, necessariamen- 13. Para uma oficina que possua tecnologias CAD/CAM/CAE
te) uma grande rigidez específica? é necessário imprimir os desenhos em papel? Por quê?
a consultar a bibliografia especializada listada no final deste operador, uma vez que até a troca de ferramentas entre
capítulo.
o que você entende por resistência? E por resistência es- 14. Que tipos de fresadoras existem e quais as diferenças de
rações é feita automaticamente) de acordo com a prog funcionamento entre ebs?
pecífica?
ção do operador. A preparação do trabalho cm máqui · Um material com uma grande resistência terá, neccssaria- 15. Em torneamento ou cm fresament.o é possível obter aca-
14.8 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO E comando numérico é urna tarefa que requer a aten bamentos superficiais diferentes com a mesma ferramen-
menle, uma grande resistência especí1ica?
pessoal altamente especializado, sendo bastante mor . Dê uma aplicação típica para cada um dos maleriais clis- ta? Como?
DISCUSSÃO experiência do operador permite reduzir não só o te : cutidos anteriormente. 16. Por que é que existe necessidade de, em certas peças,
A Figura 14.48 mostra uma fresadora ele comando numérico, preparação do trabalho, mas também o tempo ele ex :' Que tipo de desenho é necessário para fabricar uma peça proceder a um esmcrilamento e a seguir um torneamento
podendo-se ver, da esquerda para a direita, um computador ela usinagem, pois as operações individuais ele usinage :por fundiçào) que necessite de acabamento posterior? ou um fresamento?
com o modelo tridimensional da peça a ser trabalhada, o cor- dem ser rninimizadas e racionalizadas. A grande vantageffi :Se uma determinada peça puder ser fabricada por fundi-
po da fresadora propriamente dita, com o revólver já carrega- tipo de equipamentos está na produção repetitiva, dacf ção ou por usinagem) que fatores influenciam a decisão
do com as ferramentas necessárias, e o console de comando a preparação do trabalho é feita uma única vez. sobre o processo a ser utilizado?
NSULTAS RECOMENDADAS
hby, M.F.) Jvlaterials Selection Jn1l1ecba- ® ISO/WD 10135 Technical drawings - Simplified repre.sen-
·cal Design. Butterworth Heincmann, 2"d tation of rnoulded) cast and forged parts (Ed. 2).
ítíon, 1999. e Endereço eletrônico da revista Macbine Design, onde po-
dinski, K.G., E'ngineering Materiais - demos encontrar o link basics of engineering design/
,perties and Selection. Prcntice-Hall, 6 th niaterials, com muita informação sobre todo o tipo de ma-
ition, 1999. teriais - www.machinedesign.com
rles, ].A., Crane, F.A.A., Furness J.A.G., Se!ection and @ Endere\:O eletrônico elo Instituto Ameri-
e of engineering ·materiais. Butterworth Hcinemann, 3" 1 cano do Ferro e do Aço (Anierican Jron
dition, 1997. and Steel Jnstitute-A12>í) -www.steel.org
··:Ota: Os três livros anteriores contêm listas, algumas delas "' Página de links sobre materiais cornpósi-
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os materiais. www .advmat.com/links.html
gíneered Materiais Handbook - Desk Edition. ASM In- ® Endereço eletrônico de links sobre empresas ligadas ao
·mational, 1"1 Edition, 1995. alunúnio - www.aluminium.net
etals Handbook - Desk Edition. ASM Internat.ional, zm1 ® Endereço eletrônico ela revista on-line Plastics News -
ition, 1998. www.plasticsnews.com/subscriber/heacllines.phtrnl
_ench, T.E., Vicrck, C.J. e Fost.er, R.]., Engineering Drawing e Endereço eletrônico de links relacionados com o cobre, suas
d Graphic Technology. McGraw-Hill, 14" Ed., 1993. ligas e aplicaçôes - www.copper.org
rling, Hcinrich, À volta da Máquina F'erramenta. Revertê) ® Endereço eletrônico da Society o.f Manufacturing
7. Engineers- www.sme.org
Garmo, E.P., Black, J.T. e Kohser, R.A. Materiais and ® Endereço eletrônico ela Afetai Working Digest
cesses in Manufacturing. Prentice Hall, 8ª Ed., 1997. www.metalwdigest.com
0000,,>e>, ~«m,s~S%.Cmo<o;s,e.-~ ~ e Endereço eletrônico da Modern Machine Shop
na) tolerances and maclüning allowances. ~-\~ www.mmsonline.com
cerâmicos
chanfrar
classe
FIGURA 14.49 Fases de fresamento de uma peça. Da esquerda para a direita e de cima para baixo: fixação do bloco para usinagem, comando numérico
planos de referência das ferramentas em relação à peça, feita pelo operador, desbaste de uma das faces, abertura do furo central, e tro,c
menta para nova fase (note-se ainda a rebarba agarrada à ferramenta) e por fim a peça acabada. (Cortesia do Laboratório da Seção de
compósitos
Mecânica do Instituto Superior Técnico de Portugal.) conformação plástica
Materiais e Processos de Fabricação 367
366 CapítuJo Quatorze
cunhagem furadeira
deformação plástica injeção ele polímeros
densidade laminagem
desbastar latão
desenho para acabamento ligas ele alumínio
desenho para fundição ligas de magnésio
elastômeros ligas ele níquel
escarear ligas de titânio
esmerilamcnto manclrilar
estampagem metalurgia dos pós
expansão térmica mó
facear perfilamcnt.o
famílias de materiais plaina limadora
ferramenta de corte plásticos
ferro fundido branco polímeros
ferro fundido cinzento polir
ferro fundido dúctil processos de fabricação
ferro fundido maleável radiação ultravioleta
fibra de aramid rebaixar
fibra de boro resistência
fibra de carbono resistência específica
fibra de vidro rigidez
fibras curtas rigidez específica
filetar tensão de escoamento
flexibilidade tensão de 1uptura
forjamento termoendurecíveis
fresamento termoplásticos
fundição em molde perdido torneamento
fundição em molde permanente trefilação
furação vidros
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
P14.1- Para as peças da Figut·a 14.50> escolha um processo der ser obtida por mais de um processo de fabricação,
de fabricação e descreva as operações necessárias para a sua ou sem ligeiras alterações de pormenor, repita o proced' ,
obtenção. Faça um desenho detalhado de fabricação) com cotas to para esse novo processo de fabricação e analise as
e tolerâncias 1 de acordo com o processo de fabricação e as gens e desvantagens ele um processo com relação
operações descritas anteriormente. Se alguma das peças pu- outro(s).
-+-
FIGURA 14.50 Exercício de processos de fabricação. (Continuação)
-r
i\3/
r
1
1
1
1
1
1
1
-- -+
1
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~ ~- i
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1 4-- :
r:;:r~
/ 1 ~'~- 1
\~,r
-
040+0,05
_±Q,QJ
-·-
~-{@ü,1_ (11,1)_0
FIGURA 14.27 (reproduzida) Exercício de processos de fabricação.
P14.4 - O corpo de válvula, reproduzido na Figura 14.52, das na figura (o símbolo :f que acompanha a cota M7 no
deve ser produzido em grande série. Analise as operações ne- telo ela válvula significa "profundidade"). Note-se que a~t:
cessárias para sua fabricação, descreva-as seqüencialmente e mas de cotagem apresentadas nestes exercícios podem e~
faça o desenho de fabricação detalhado das duas peças cota- incorreções.
042
028
ç)\0&"-
- '/SI 0;"
tJ\??,:~~--".>ª a
A 15.3 Visualização de gráficos de variação dos esforços em elementos estruturais de uma edificação: a) em vigas; b) no meio do vão das lajes
vimentos de um dado piso.
a)
A 15.4 Visualização de variação dos esforços em lajes de pavimento de uma edificação: a) quantificação em qualquer ponto; b) configuração
rmabilidade perante os esforços.
s de concreto, constituintes dos próprios elementos es- das, através de um exemplo, algumas das possibilidades e
rais em concreto armado. É como se fizesse pa1te do pró- facilidades existentes considerando, para este fim, o modo de
processo de concepção e projeto não apenas a configu- funcionamento do módulo de execução de peças em chapa
b geométrica dos elementos estruturais, mas o projeto do existente em diversos programas de CAD 3D.
rio material.
Geralmente, estes módulos de representação de peças em
chapa pressupõem espessura constante. O nosso exemplo será
4 PROJETO DE COMPONENTE a tampa lateral da caixa de um computador, representada na
INDUSTRIAL Figura 15.6. As operações específicas do trabalho em chapa
são os dois dobramentos e as ranhuras de ventilação.
, seção, pretende-se realçar as vantagens existentes nos
is programas de CAD 3D, na área específica da modela- Normalmente é mais fácil desenhar a peça na sua configura-
, de peças em chapa. Não serão aqui tratados os aspectos ção final, pois apercebemo-nos melhor das dimensões e re-
FIGURA 15.2 Visualização de esquema estrutural e sua configuração em 3D. ionados com o trabalho de tais peças, mas serão mostra- quisitos que pretendemos.
376 Capítulo Quinze
Mais Projetos do Tipo CAD 377
o
\
1
1
o
o
o
~
pectivo edifício - como é o caso das estações elevatóri te processo pode ser associado ao processo de traçado de
das estações ele tratamento, por exemplo-, assume uma ardo com os critérios de funcionamento desejados e aos
plexidade tal que, além da representação formal do tipo a delas matemáticos de dimensionamento e de cálculo, como
sentado no Capítulo 9) se torna quase indispensável a sua ulação ele diferentes soluções, como expressão e visuali-
delagem geométrica em sistema CAD (Figura 15.18), ão de resultados, mas também como apoio ao próprio pro- i
o construtivo.
o
() ponto ele vista do desenho técnico, o que interessa aqui
nsiderar é que as ligações entre pontos num sistema com
_culaçào ele um elemento fluido são realizadas através de
o
ulações. Mas outros exemplos envolvendo tubulações po-
ro ainda ser considerados, mais especificamente o caso ele FIGURA 15.19 Circuito hidráulico.
licações industriais de grandes dimensões, como as das in-
o
o trias quúnica e petrolífera, redes de gás, circuitos de refri-
ação, circuitos de aquecimento central ou ele ar condicio- Um circuito complexo pode conter dezenas ou mesmo cente-
nas de tubos, muitos deles passando perto uns dos outros 1 mas
O-
o sem se interceptarem. O projetista deverá por isso ter especial
todos os casos surge a necessidade de ligar, por um tubo)
cuidado ao projetar o circuito.
is pontos do circuito através dos respectivos bocais. Comu-
FIGURA 15.16 Repetição da fôrma,
nte estes bocais estão situados em planos e níveis diferen- Os atuais programas CAD 3D facilitam muito o projeto destes
' de que resulta a obrigatoriedade de efetuar dobramento equipamentos, pois incluem módulos que efetuam o traçado
tubos. automático do percurso tridimensional entre dois bocais do
das. Para evitar a complexidade ela imagem da Figura 15.17, circuito.
não é apresentada a cotagem, nem qualquer anotação. dobramento de tubos é realizado com dispositivos apropri-
os, para evitar romper a parede do tubo e o "enrugar". Para Para ilustrar o processo de traçado de circuitos em sistema CAD,
existem recomendações dos fabricantes destes equipamen- considerar-se-á um circuito hidráulico simples (ver Figura
15.5 SISTEMAS DE "PIPING" s referentes à seqüência e preparação da operação, raios 15.19) constituído por um motor elétrico que aciona uma
ínimos de dobramento em função do material, diâmetro bomba centrífuga, um reservatório e um permutador, cujos
O projeto de instalações, sobretudo as redes de abastecimen- elementos pretendemos ligar.
:~xterior e espessura de parede do tubo. !
to de água e as redes de drenagem, especialmente se em edi-
fícios de grande porte ou em edifícios e instalações industri-
ais, em que as redes de tubulações podem nem ser apenas de
abastecimento de água e de drenagem, mas antes ser os siste- FIGURA 15.18 Modelagem geométrica de circuitos de tubulações
mas de tubulações de condução de água a razão de ser do res- integração do sistema CAD e do modelo matemático de dimensioname
li IH 1111111:i llll lU li H
li IH 11111111111! H H
0
- _____ ________ _
"
~f------ ---------
FIGURA 15.17 Desenhos para produção da peça (sem anotações). FIGURA 15.20 Escolha automática de percurso.
J
380 Capítulo Quinze Mais Projetos do Tipo CAD 381
i
:;::~
,---~i
1- ~ - - - - · - · - "
FIGURA 15.21 Tubo da bomba ao reservatório. vés da modelagem geométrica de um interruptor elétrico
utilização doméstica em luminárias. A Figura 15.25 apres FIGURA 15.25 Esboço do interruptor.
ta um esboço do objeto pretendido, sem detalhar o interl
Apresenta-se adiante uma seqüência possível para a obtenç
do modelo da Figura 15.26. Será detalhada apenas a cons
ção das peças que constituem o corpo exterior do interrüpt .
A peça deverá ter o aspecto apresentado pela Figura 15.2
e o processo será iniciado pela peça constituinte do cor
inferior.
A primeira operação consiste na extrusão de um retângulo
60 X 25 mm (Figura 15.28).
28,61
desenhos 2D desta peça são agora fáceis de obter, bastan- 15.36, onde foi acrescentado o detalhe em escala maior A,
indicar as vistas pretendidas, os cmtes ou os detalhes. Como referente ao encaixe entre a tampa e o corpo inferior.
FIGURA 15.32 Forma do "lábio". emplo apresentamos a Figura 15.35, onde são indicadas as
A peça seguinte é o corpo superior (tampa). A peça deverá
s ortogonais e a perspectiva isométrica, com as cotas au-
ter o aspecto da Figura 15.37.
aticamente introduzidas pelo programa. Como se vê, a co-
ação das cotas não é correta, sendo necessário o usuário A seqüência de operações é semelhante à da peça anterior,
rar a sua posição no desenho, o que é relativamente sim- pelo que apenas se salientará a obtenção da forma curva da
s e rápido, pois basta arrastar os elementos da cota para a superfície onde se encaixará o botão e o modo de criar os
ição pretendida. O resultado é apresentado na Figura encaixes dos parafusos.
3,5
L _J
podendo ser alteradas em qualquer momento pelo usuário. O FIGURA 15.33 Pertil de encaixe.
termo utilizado é a cotagem paramétrica.
60
As próximas operações são de furação (bole) e de "arredon- Neste exemplo, o perfil é o polígono em destaque da Fl,
dar" (baleado, fillet) de algumas arestas do paralelepípedo, 15.32, e o caminho, a aresta interior da peça. A Figura 12
obtendo-se o resultado da Figura 15.30. Também aqui as di- mostra o resultado desta operação.
~t=-t ,,;
mensões e características são paramétricas, por exemplo, pode-
se alterar o tipo de furo, em vez de passante para furo cego, As formas seguintes não trazem nada ele novo relativanii--
ao já referido. São constituídas por novas extmsões, arre_ 0,12
~
escareado ou rebaixado, e suas dimensões, incluindo sua éCC,
<lamentos, chanfros e furos. A Figura 15.34 mostra o resu1
e
~-
-
"'N
posição relativa na peça.
A próxima operação consiste em escavar o interior da peça de 1 "'""<Ô
modo a obter apenas a "casca" (shell), excluindo dessa opera-
ção a face superior. Todos os programas têm uma rotina para
realizar esta operação, indicando o usuário as faces a excluir
Detalhe A (2: 1)
e a espessura da "casca" pretendida. A Figura 15.31 mostra o
resultado. Note-se que também o furo ficou rodeado de mate- ---tt-~º·5
rial, como se pretendia.
Na operação seguinte, cria-se um "lábio" sobre a face superior ____ _j
da peça, para guiar o encaixe com a tampa do intenuptor (que
"'
terá o "lábio negativo"). O processo consiste em constmir um
perfil (o do "lábio") que irá percorrer um determinado caminho
sobre a peça. FIGURA 15.34 Forma final do corpo inferior. FIGURA 15.36 Desenho 20 da Figura 15.35 devidamente modificado.
Mais Projetos do Tipo CAD 385
384 Capítulo Quinze
e Corte A-A
N L __ _
C l ó r
1 r 1
60
FIGURA 15.37 Tampa do interruptor. FIGURA 15.40 Extrusão até uÍas~perffcie da peça. 12,5 ·-t~~~23~•~75~~-I
{=f~:ª"~~~-j. :!·
1'-'="'F===c+======---L -
____ _J
1
~SÃO DE CONHECIMENTOS
Em que consiste a representação 3D de uma peça? 5. A representação automática das vistas pode ser modificada
: Indique as operações básicas que você conhece para a cri- pelo usuário. Indique situações em que tal se revele vanta-
ação de um "volume". joso ou até indispensável.
., A partir do modelo 3D, quais as vistas que podem ser ob- 6. Indique algumas das fonnas usadas pelos programas de CAD
tidas? É possível obter cortes, seções ou detalhes? 3D para a montagem de peças em conjuntos.
Em que casos é possível obter a cotagem das vistas de for- 7. Indique algumas das informações que podem ser obtidas
ma automática? após a montagem das peças no conjunto, quer em termos do
modelo 3D, quer em tennos dos desenhos para impressão.
A.8.2 P.:u-ãbofa*
uma parábola é uma cmva plana e aberta, lugar geométrico
dos pontos de um plano que se encontram à mesma distância
/} de um ponto fixo (foco) e de uma reta fixa (diretriz) desse
/
/
"\ \ _plano.
parábola pode ser caracterizada cio seguinte
/ \
/ \ Um eixo de simetria e um foco.
G B O A F
\ 2
/ \
Uma diretriz perpendicular ao eixo de simetria.
\ • Um vértice, o qual, por definição ele parábola, está a meia
\ \ \ distância entre a diretriz e o foco.
1 • Parâmetro da parábola é a meia distância entre a diretriz e
1 1 o foco.
1
1 1 '• Os raios vetores são os segmentos que unem qualquer ponto
I I da parábola com o foco e com a diretriz.
1
/ / I :No exemplo que se segue, é traçada uma parábola sendo dado
\ \ / / ó parâmetro. A construção geométrica é apresentada na Figu~
ra A.31. Para a construção ela parábola, vamos proceder do FIGURA A.32 Construção de uma hipérbole sendo dado o seu parâmetro.
FIGURA A.28 Traçado de uma epiciclóide.
modo seguinte:
Primeiro, traçamos duas retas perpendiculares entre si. "' Dois eixos de simetria perpendiculares entre si.
A seguir, marcacamos o foco F sobre a reta escolhida como "' Dois focos.
A elipse, tal como a parábola e a hipérbole, é, em geral, traçad_~i) eixo, a uma distância qualquer cio ponto ele interseção D • Urna diferença constante dos dois raios vetores igual à dis-
à mão livre, fazendo-se passar uma linha suave pelos vário$5 com a outra reta que será designada como diretriz. tância AB.
pontos determinados a partir das condições de definição. " • O ponto médio do segmento DF é o vértice A da parábola. e Uma distância entre focos superior à distância AB.
• A partir do ponto A, marcamos vários pontos sobre o eixo No exemplo seguinte é traçada uma hipérbole dados o eixo
No exemplo que se segue, é traçada uma elipse dados os doi~:- e por eles traçamos perpendiculares ao eixo. 2a e a distância focal 2c. A constlução geométrica é apresen-
eixos. A construção geométrica é apresentada na FiguraA.3ó/ Com centro em F e raios Di (distância elo ponto D ao pon- tada na \' MERGEFORMAT Figura A.32, sendo efetuada do
Sejam dados o eixo maior de comprimento 2a e o eixo menor- to i, com i = 1, 2, •.• ,n), vamos obter diversos pontos da modo seguinte:
de comprimento 2b. parábola por interseção com as perpendiculares ao eixo,
Pode-se considerar a hélice cônica como gerada por dois Embora existam diferentes formas de transpor, reduzir o
movimentos de um ponto: um de rotação em torno do eixo, o ampliar um desenho (réguas de escalas, compassos de red
outro, um movimento de translação dirigido para o vértice da ção, pantógrafos, processos fotográficos etc.), vamos, con
superfície cônica. Estas hélices ficam definidas depois de se do debruçar-nos sobre o método da quadrícula.
fixar o valor do ângulo do cone e o passo.
O método da quadrícula permite transpor, reduzir ou ampli
Em termos práticos, a hélice é muito utilizada em desenho desenhos. Este processo consiste em traçar uma rede de qu
técnico devido às suas várias aplicações industriais, como, por drículas sobre o desenho e, em seguida, outra rede de quad
exemplo 1 roscas de parafusos, roscas de porcas e molas. culas, na proporção desejada, e referenciar sobre ela os po
Na Figw·a A.33 exemplifica-se o traçado de uma hélice cilín- tos de interseção do desenho com as linhas da rede. Quan
drica, dado o passo. se pretende unicamente transpor um desenho as duas red
de quadrículas devem ser iguais. TABELAS DE
A.10 TRANSPOSIÇÃO, AMPLIAÇÃO E Na Figura A.34 ilustra-se o método gráfico da quadrícula. U
REDUÇÃO DE DESENHOS vantagem deste método é que, dispondo-se de várias quad
culas previamente traçadas, estas podem ser colocadas entr:
ELEMENTOS DE
Para finalizar este capítulo, vamos analisar como poderemos o desenho e uma folha de papel vegetal, na qual se execu
graficamente efetuar a transposição, redução ou ampliação de
um desenho.
o desenho, evitando assim ter de desenhar a rede de qua
culas. MÁQUINAS
penmetro
,
Perímetro/2
1
5
1§ V '-
13 J
J
V
0 9
/
/
2 3
~
9
/
/
J
16
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7
\
\ 1\
,
e-- \ 1
----
"~
'""
''\ '
1-/
- '
' ~
CONSULTAS RECOMENDADAS
k L
l oi1 b
-~
Exemplo de designação, Parafuso Cabeça Hexagonal ISO 4017 - M30 X 60 - 8.8 10 16 16 20 25 25' 4Ó ',30.. ,60 '.50 70 80 120 100
120 160 280 400 120 400 200 500 160 500 300 300 300 100
5 4-5 4.5 5 5 5 10 5,·· 5•10 5 10 10 40
404 Anexo E Tabelas de Elementos de Máquinas 405
Designação: Parafuso Cabeça Sextavada Interior - Mdxl Designação: Parafuso Cabeça Sextavada Interior com Garganta - (Md} dsxL
Normas: ISO 4762 DIN 912 Classe 8.8 Normas: ISO 7379 Classe 12.9
k L
22 . 24 . 36 40 44 48 52 56 60
7 8,5 10 13 16 18 21 24 27 30 i3 36 45
1
3 4 . 12 14 16 18 20 22 24 30
3 4 5 6 8 10 12 14 14 17 17 19 22
6 6 6 8' 10 1ij ;30 25 35 40 50 40 120
50 80 100 160 170 160 120 200 200 200 200 200 120
2-5 2-5 2-5 2-5 4,5 4,5 5 5 5 . 5-10 10 5-10
Exemplo de designação: Parafuso Cabeça Sextavada Interior ISO 4762 - M24 X 100 - 8.8
1,25
11 13 16 18 22 27
Designação: Parafuso Cabeça Abaulada com Sextavado Interior- Mdxl 16,27 18,27 24,33 30,33 36,39
Normas: ISO 7380 Classe 10.9
5,5 7 8 10 14 16
4 5 6 8 10 12
6 à 10 12 20 30 50
7J qÔ 70 120 120 120 120 120
2-5 2-5 4-5 5 5 5-10
k L Ex. de designação: Parafuso Cabeça Sextavada Interior com Garganta ISO 7379 - (M6) 8X70 - 12.9
40 45 60 60 60 80 80
2-5 2-5 2-5 2-5 4-5 4-5 5
L
Exemplo de designação: Parafuso Cabeça Abaulada Sextavada Interior ISO 7380 - M4 X 35 - 10.9
Designação: Parafuso de Fenda com Cabeça Abaulada Escareada - Mdxl Designação: Parafuso de Fenda com Cabeça Cilíndrica Abaulada Phillips - Mdxl
Normas: ISO 201 O DIN 964 Classe St. St A2 e A4 Normas: ISO 7045 DIN 7985 Classe St.St A2 e A4
1/4l ·~~'"ª'"[.J:\
,~:E ~·-1 "l ·\Í7
0,5 0,7 0,8 1 1,25
6 8 10 12 16
4,7 5,13 7i5 9,2 11
2,4 3,1 3,8 4,6 6
1,5 1,65 2,2 2,5 3 4
5 6 6 8 16
0,6' 0,75 1 1;25 1_,5 2
50 60 100 100 60
0,6 0,8 1,2 1,6 2
2-5 2-5 2-5 2-5 4-5
6 5. '6 6 8 16
25 50 60 100 100 60 Ex. de designação: Parafuso de Fenda com Cabeça Cilíndrica Abaulada Phillips ISO 7045 - M6 X 20 - St St A4
1-2 2-5 2-5 2-5 2-5 4:S
Ex. de designação: Parafuso de Fenda com Cabeça Abaulada Escareada ISO 2010 - M3 X 7 - St St A2 (continuação) Designação: Parafuso com Cabeça Escareada Phillips - Mdxl
Normas: ISO 7046 DIN 965 Classe SI.SI A2 e A4
7J
9,5 16 19 22
3 3,5
8 10 11 13 17 19 22 24 27 30 32 36
4 5 6. ló 16.< 22 24 27 30
7 8 10
'ª13 17
12'
19 22 24
18
27 30 32 36 41 46
2 2 2,5 2,8 3,5 3,5 4,5 4,5 4,5 5,5 5,5
33 35 38 40 46 48 50 54 63 66
36 39 56 60 64 68 76
46 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95
55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 11 O 115
7 7 7 7 9 9 9 9 9 11 11
<=M10
2,5
lf
10
30
5 6,5 8 10 11 13 15 24
10 13 17 19 22 24 27 30 32 . 36 41 46
2 2,5 2,8 3,5 3,5 4,5 4,5 4,5 5,5 5,5' 5,5 7
5,5 5,5
13,5 18 19,5 21 22,5 24 26 28 30
36 41 46 50 55 60 65 70 75 80 85 90
410 Anexo B Tabelas de Elementos de 1vláquinas 411
Designação: Porca Hexagonal com Flange de Encosto Plano ou Dentado - Md Designação: Porca Borboleta Tipo Americano - Md
Normas: ISO 4161 DIN 6923 Classe St 8 Normas: ANSI B18.17 Classe St 8
Designação: Porca Recartilhada com Colar (DlN 466) ou sem Colar (DIN 467) - Md
Normas: DIN 466/467 Classe St 8
6 12 20 30.
10 13 15 18 21 24 30 36
14,2 17,9 21,8 26 29,9 34,5 42,8 45
16 30 36
6 8 10 12 16 20
3;'fi 4 5 6 8
7,5 9,5 11,5 15 18 23
3 4 5 6 8 10
5 8 11,2
20 26 33 39 51 65 65 73 90 11 O
10,5 13 17 20 25 33,5 33,5 37,5 46,5 56,5
412 Anexo E Tabelas de Elementos de Máquinas 413
T---L - - · · · · · · ··wru
e 1 ··-·
.E
-,
:1
10 8 10 16
12,4
1,3 1,7 2,7 24 20 30 50 60 80 120 120 120
3 3,5 4 4,4 5,7 6,7 7,3 9,3 12, 1
1,6 2,5 2,5 2,5 2 2 2 2-6 2-10 2-5 2-10 2-10 4-10
3,2 3,5 4 4 4 4 4,7 4 6,3 6,3
3 3,2 4 5 6,4 7 8 8,5 10 12,6 12,3 16 20 26
2,4 3,2 4 5,1 6, 1 6,5 7,6 8 10,3 12,45 13, 1 16,6 21,7
2,8 3,6 4,6 5,8 6,8 Designação: Pinos Cônicos - d1 xL
7,4 8,2 9,2 11,8 12,5 15 19 24,8 Normas: ISO 2339 DIN 1 B Em Aço
10 10 16 16 16 20 20 50 25 25 63 40 63 63
1
- f= -·~····:ru
50 63 63 63 80 80 63 100 100 80 125 160 160
2-5 4-5 4-5 4-5 5 5
4-,,,
~
L2
~ ~
~~gl -~.
d,
s s 3 4/5 6 23 25 33
9 10 16 20 28 28 30
4 516 8 9 11 17 23 30 33 40 38145 50175 11 O 11 O 160
14 16 20 20 24 30 28 36 40 45 45
2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 8
3 3,514 4,5 5. 5 6 7,5 9 10 12 10111 11,5113 15 15 18
10 18 16 20 23 26 24 30 30 30 28 Exemplo ele designação: Pino Côn.ico ISO 2339 - 6 X 75
50 60 62 60 78 92 85 120 105 105 110
25 28 32 30 44 50 40 70 50 50 55
Designação: Pinos Cônicos de Espiga Roscada - d1xl Designação: Pino Estriado com Meia Espiga Cilíndrica- d1xl
Normas: ISO 8737 DIN 7977 Em Aço Normas: ISO8745 DIN1472 EmAçoUst36-2(DIN17111)
1/2L
14
45
60
5
55
75
5
24
60
10()
5
27
85
120
15
35
85
16Ó
.15-20
100
160
20 ,,m ~-1:T
,, -)
"" - O-
1
1 út 1/3L
.1
'
k L 1.-- 1·
L
Exemplo de designação, Pino de Cabeça Redonda com Rasgo ISO 8746 - 4 X 10 - Ust 36-2 (DIN17111)
Tabelas de Elementos de Máquinas 417
416 AnexoB
lnc!. 1%
lncl.1%
~l-fE L
Ch~veta tipo A
~ 4 t L
Chaveta tipo B
J
Designação: Pino Estriado com Espiga Cilíndrica - d1 xl
Normas: ISO 8741 DIN 1474 Em Aço Ust 36-2 (DIN17111)
Chaveta
·a. 12 16 18 22 25
6 8 10 12 17 22 30 38 44 58 58 65 75 85 95
8 10 12 17 22 · 30 38 44 50 50 65 75 85 95 110
6 6 8 10 14 18 22 28 36 45 50 56 63 70 80
36 45 56 {?Q . 90
100 140 160 180 200 220 250 280 320
H11
0,16 0,16 0,25 0,25 0,25 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,60 0,60 0,60 0,60
0,25 0,3 0,4 0,5 0,6 0,8
_Q,60 0,60 0,60 0,80 0,80 0,80 0,80
5 6 6 8 8 10 12
0,25 0,25 0,40 0:40 0,40 0,60
º·ªº
30 30 30 40 40 60 70
1-2 2-4 2-4 2-4 2-4 2-5 4-5
418 Anexos Tabelas de Elementos de Máquinas 419
1,2 l 1,8 i 2,5 i 3,0 . 3,5 r;,º , 5,0 . 5,0 l 5,5 l 6,0 . 7,0 . 7,5 l 9,0 . 9,0 i 10,0
";0;··1·"r~á:··1··r+6':'1'"l"+0:·1"·r;cf"1""'r~1i;·2:·r~:ô,'2'"T~·õ'; 2·.,r~o:-2··r+o:·2··r·;õ:-i'/' ":0:"2 ·r+o:·2· '/ +O, 2 / +O, 2
0,5 : 0,9 : 1,2 : 1,7 ! 2,2 ,+,l . .2,4
, . :···""";
.,,., .. ,......... ;''"'""''"''"""""j····.. ·"''""'""'1"'"'"""""'"";"""""'•........
2,4 , 2,4 ; 2,9 ; 3,4 ; 3,4 ! 3,9 , 4,4 l 4,4 i 5,4
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1"""' ...............,... ,.. ,..........,.,; ........ ,.....•. ., ... l .........,.. ,....... ,j.,, ........... ,....., .. ,............... ,,t.....................
O, 1 ! +O, 1 ! +O, l /. '+-ú; 1.·! +O, 1_ i +0,2 / t0,2 í +0,2 j +Or2 1+0,2 i +0,2 \ +0,2 i +0,2 ·1 +O 2 ! +0,2
. 0,08 / 0,08 [ 0,08 [ O, 16 O, 16 i O, 16 f 0,25 / 0,25 [ 0,25 ! !0,25 / 0,25 / 0,40 !0,40 / O,;O J 0,40
"ó;"i'á"j'""0:·1··a·ro;·1·.iro;2rro·:.2s::t"9:)'s"'j'õ:'4õ""(õ:4.õ'"l"O">i'ál'õ":·40··•1-.·o·;·40·rõ;·5·0,ro~'eó""(6',"6õ"l'"õ:'6'6""
Chaveta (continuação)
if{tí;ffi(J!.1
45 50
32 36 45 56 63 70 80
130 150 170 200 230 260 290 330 380 440
150 170 200 230 260 290 330 380 440 500 ••· i6.;>
6 6 8 8 8 8 10 10 10 12 12
100
8 8 10 10 10 10 12 1.2
.. 12 17 17.
400
10 10 12 12 12 12 12 17 17 17 17 22 22
1,00 1,00 1,00 1,00 1,60 1,60 1,60 2,50 2,50 2,50
12 12 17 17 17 17 17 22 22 22 '2Z . 3f/ 30
1,20 1,20 1,20 1,20 2,00 2,00 2,00 3,00 3,00 3,00
Rasgo (continuação)
.. ,., iSO< >;&t.; "âf, 71:1\ l( · . IQ':/:.tqp
15,7218,57 21,6321,6327 ,35 31,4337, 1427 ,3531,4331,43
13,0 15,0 17,0 20,0 20,0 22,0 25,0 28,0 31,0
+0,3 +0,3 +0,3 +0,3 +0,3 +0,3 +0,3 +0,3 +0,3 +0,3 16 19 22 22 28 28 32 32
12 17 22 22 30
7,1 8,1 9,1 10, 1 11, 1 11, 1 13, 1 14, 1 16, 1 18, 1
+0,3 +0,3 +0,3 +0,3 +0,3 +0,3 +0,3 +0,3 +0,3 +0,3
1.7 - 22 30 30 38
22 22 30 30 38 38 38 38
0,70 0,70 0,70 0,70 1,20 1,20 1,20 2,00 2,00 2,00
30 30 38 38
1,00 1,00 1,00 1,00 1,60 1,60 1,60 2,50 2,50 2,50
A tolerância da largura (b) é h9. A tolerância da altura (h) é h9 para seções quadradas e h11 para seções retangulares.
Os comprimentos preferenciais (L) das chavetas são: 6-8-10-12-14-16-18-20-22-25-28-32-36-40-45-50-56-63-70-80-90-100-110-125-140-160- Exemplo ele designação: Chaveta Redonda ISO 3912 - 5 X 6,5
200-220-250-280-320-360-400 .
1,0 1,5
3,1 4,1 5, 1 6,1
4 4 5 6 8
8 16 20 50 22
2,87 3,87 9,4
0,5 0,5 0,5 0,5 1
1,5 2 2,5 3 4 5
6 12,5 17 45 17
1,4 2 2,5 3 4 3
6 6 6 8 10 16 30 Exemplo de designação: Rebite Cego - DIN 7337 A - 3 X 20
30 30 50 50 60 50
50 56 66' 85. 98
6 7 7 8 8 9 9 9
4 4 5 5
v'· :J
1. rn :1 J
Designação; Arruela Plana - Md
Normas: ISO 7093 DIN 9021 Em Aço
2,25 2,5 3 3 5 5
Designação: Arruela Elástica com Dentado Exterior (D\N 6797 A) ou Interior (DIN 6797 J) - Md
Designação: Arruela Helicoidal de Pressão - Md Normas: DIN 6797 A/ 6797 J Em Aço
Normas: DIN 127 B Em Aço
~;;.~~-- ..# ..
18,2 20,2 22,5
29,4 33,6 35,9
3 3,5 3,5 4 4
39,5 42,5 57 61 65 69 73
43 58,2 61,2 68,2 87 91 95 99 103
5 5 6 6 6 7 7 7 8 8 8 8 8 8
8 10 11 15 18 20,5 24 26 33 38
d2
0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,2 1,4 1,5
Designação: Arruela de Segurança com Lingüeta Exterior - Md Designação: Arruela de Segurança com Lingüeta Interior - Md
Normas: DIN 432 Em Aço Normas: DIN 462 Em Aço
1e··
1
.. ·••... -\
/' ' '' \
\··<+-..
L .
r1
23 25 28
·.33 :ía 50 50 58
1,2 1,2 1,2 1,2 1,6 1,6 1,6 1,6
-:li5- 4,5 4,5, 4,5 5,5 6,5 6·,5 7,5 7:15 8,5
4 4 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5 6,5 6,5 9,5
Designação: Arruela de Segurança com Duas Lingüetas - Md ,í'.a',>'~7tt'1iift;í?i#tli'flit;•¼"> ~s•: -,i'f.;<Je.;c -,.
Normas: DIN 463 Em Aço 55 58 62 62 68 75 75 80 90 90
1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,5 1,5
7 8 8 8 8 8 8 10 10 10
55555 5 5 6 66
7 8 8 8 8 8 8 10 10 10
32,5 35,2 37,2 39,2 42,2 45,2 47,2 52,1 55,1 57,1
-
.,,,
- "
.~
da m n
30 3:l 36 40 50
0,75 0,75 1 1 1 1
8 10 12 12. 15 18 18 20 20
20 22 28 28 32 36 36 42 42
37 40 43 46 50 54
75 82 88 95 100 105
1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6
30 32 35 38 40 44 -',&l1i'tJ:'ffW@il!!rl?:~€•:~~•tfsJ~~tii-ffl~l•2:i-~1r-· ·•·
60 64 70 75 80 85 1,4 2 2,5 3 4 5 6 7 8 9 10 11 13 16 20 25
Exemplo de designação: Anuela de Segurança - DIN 93 - M42 2 2,5 3 4 5 7 8 9 11 12 14 15 18 24 31 38
0,4 0,5 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 0,9 1, 1 1,2 1,3 1,5 1,75 2
1,28 1,61 1,94 2,7 3,34 4,11 5,26 5,84 6\52 7,63 8,32 10,45 12,61 15,92 21,88
4,25 4,8 6,3 7,3 9,3 11,3 12,3 14,3 16,3 18,8 20,4 23,4 29,4 37,6 44,6
0,54 0,64 0,64 0,74 0,74 0,74 0,94 1,05 1,15 1,25 1,35 .1,55 1,8 2,05
1,2 1,2 1,2 1,5 1,8 2 2 2,5 3 3,5 4
Designação: Anel de Retenção para Eixos - d1 Designação: Anel de Retenção para Furos - d1
Normas: DIN 471 Em Aço
Normas: DIN 472 Em Aço
\
±
·-J!./
i
s
DETALHE X DETALHE X
(j) @ @
d 1 ~9mm (j)
d1>9,s;:300mm d1eô'170mm d 1 ;;,25mm
d 1 ,,;3Q0mm d 1;s,170mm
1,2 1,2 1,2 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,75 1,75
·;11:
1,2
·+•.
1,2
ª*"' 4a:,:
1,2 1,2
• ...~ ~ " ' ra:: :·w:,,?r•#rrE
1,2 1,2 1,2 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,75
1.8,5 19,5 20,5 22,2 23,2 24,2 25,9 26,9 27,9 29,6 31,5 32,2 33,2 35,2 25,9 26,9 27,9 30, 1 32, 1 33,4 34,4 36,5 37,8 38,8 39,8 40,8 43,5
28,4 29,6 30,8 33,2 34,2 35,5 37,9 39, 1 40,5 43 45,4 46,8 47,8 50,2 14,8 15,5 16,1 17,9 19,9 20 20,6 22,6 23,6 24,6 25,4 26,4 27,8
19 20 21 22,9 23,9 24,6 26,6 27,6 28,6 30,3 32,3 33 34 36 25,2 26,2 27,2 29,4 31,4 32,7 33,7 35,7 37 38 39 40 42,5
1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,85 1,85 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,85
1,5 1,5 1,5 1,7 1,7 1,7 2,1 2,1 2,1 2,6 2,6 3 3 3 1,5 1,8 1,8 1,8 2,1 2,1 2,6 2,6 2,6 3 3 3 3 3,8
3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
94,5 98 103 108 113 118 123 128 112 115 117 119 122 127 132 137 142 147
120,2 125,8 131,2 137,3 143,1 149 154,4 159,8 93 96,9 101,9 106,9 111,5 116,5
82 85 88 88,2 90
96,5 101 106 111 116 121 126 131 119 124 129 134 139 144
106 109 112 114 116
3,15 4,15 4,15 4,15 4,15 4,15 4,15 4,15 4,15 4,15 4,15 4,15 4,15 4,15 4,15 4,15 4,15 4,15
5,36666 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
Exemplo de referência: Anel de Retenção para Eixos _ DIN 471 _ 15 Exemplo de referência: Anel de Retenção para Furos - DIN 472 - 15
Tabelas de Elementos de Máquinas 433
432 Anexo E
~I
31,75 19,0519,5610,1910,24 28,68 26,42 28,42 13,89 13,89 0,15
o,rn
36,45 29,01 29,14 43,2 79,7 116,\ 6,1
45,44 35,46 35,51 50,8 116,3 1417 6,6: "'
"'"'" "'
334 1246Qi_2491!1---31370
1
' ! 38, 10- 22.23- 25,22 '1h10 H, tS, 3_6,55 3&,'20 ~t,24
38, 10 25,40 25,40 14,6314,68 33,73 33,40 33,40
f5,8G
17,55
18,26
17,55 0,10 48,36 37,92 38,05 53,4 101,0 150,2 6,6
"'
334
454-
9790 19570 29360
tll900,·3381Q,1i0:?10
-- 44,45 25,40,25,22_1-:2,7012,76 42;&7_ 42,24,'_:;3,6,45
44,45 27,94 30,99 \5,9015,95 37,46 37,08 31,08
f9;42
19,51
,21,31
19,51
0,20
0,20
0,20
48,87 37,19 37,24 54,9 '\03,6 152,4 7,4
59,56 46,58 46,71 65,1 124,7184,3 7,4
58,55 45,21 45,26 65,5 124,21!l2,9 7,9 '"
200
'" 302
302
,oo
454
601
12900 25BOO 38700
22240,44480, '66720
' '21;03 24,33-
' 50,80,28,58 31,55 14,'2Tt4,32 48,74 48;'26 ',4t;88
- - - - ~ - -i-É,_ -!- -- 1
-,- - - -i5 E .E z 50,80 29,21 30,9917,8117,86 42,72 42,29 42,29
63,50 39,6S'3h8& t9,!34,t9,811'60,9:3 60i3';3_':::-,52,07',
22,20
2ll-,24,
22,20
30,35
0,20
0,20
58,55 45,57 45,70 67,4 126,0184,5 7,9
71,'55 54,89
"·" 80,3 151,9 223,510,2
200
311
400
623 "'
934
934
16900 33810 50710
34700 -69390 1040110
26240 52490 78730
c-"1..
i '"
27,76 27,76 0,20 72,29 55,75 55,80 82,6 154,9227,2 \0,2 311
1 1 63,50 39,37 38, 10 22,89 22,94 53,49 52,96 52,96 0,20 87,83 67,82 67,87 95,5 183,4 211,310,S 445 890 \334 50040'100080'150\30
36,40
' 76,20 47,6:3 ,47,35"23,80,23;8~ 73;f3 '12.3{; i62;4B',, 3J;4S
0,20 91,21 70,56 70,69 99, 1 190,4 281,610,5 445 890 \334 40030 80070 120100
33,45
- lf 76, 20 48,26 45,72 29,24 29,29 64,52 63,88 63,88 33,45
40,81 40\61 0,20 106,60, 81,33 81.46 114;6 221,2 11,7 609 1219 54270 108540
88,90 53,98-53,34 34,32'34;31 :1s;M i77;8S->V-,8S 13,0 796 \592 7\170 142340
-·-"--i
' --IS'' 1-- 10\,6 63,50 60,96 39,40 39,45 91,08 90, 17 90,17 47,07
53,37,
47,07
53,37
0,20
0,20
119,89 92,02 92, 15 130,9 250,8
136,27 103,81 \03,94147,4 283,7 14,3 1010 2019 89850179710
114,3 72;39 68,-58 44,48 44,53104,6:7103;63 103,83
B.10 PERFIS DE CONSTRUÇÃO Designação: Dimensões Normalizadas, Seções e Pesos por Metro de Barra de Aço
Normas: NP-331
b
Designação: Diâmetros d, Áreas da Seção Se peso p por metro de barra
Normas: NP - 331 Em Aço
b'x e p S b xe p s
(mm) (kg/m) (cm2) (mm) (kg/m) (cm 2)
n
,,
' <iil
b
Díâméltô, d s p Diâmetro d s p
Nólidrtal trnrnJ (rnrnJ (crn~ (k9/ín) NÔmínàl (mm) "
(mm) (cm 2) (kgim)
3/8" 16,75 2,25 1,02 0,85 2" 60,00 3,30 5,87 4,88
112:· 21,25 2,4 1,42 1,19 2 112" 75,50 3,75 8,45 7,04
10 11,0
3/4" 26,75 2,4 1,84 1,53 3" 88,25 4,00 10,9 8,81
1" 33,50 2,9 2,79 2,32 3 1/4" 101,00 4,25 13,6 10,7
5
1 114" 42,25 3,1 3,81 3,17 4" 113,5 4,25 14,6 12,2
15 33,9 26,0
18 69, 1 54,0
20 24 76,3 59,0
24 90,6 71,0
AnexoB Tabelas de Elementos de Máquinas 439
Designação: Dimensões Normalizadas, Seções e Pesos por Metro Linear, de Cantoneira Designação: Dimensões dos Formatos Normalizados de Tijolos
Normas: NP-336 Em Aço Normas: NP-834 Especificação do LNEC E 309
" "o[
30 X 20 X 11 295 190 11 O
30 X 20 X 15 295 190 150
b
30 X 22 X 20 295 220 190
10 21,6 17,0
15
12 38,8 27,3
15 43,0 33,7
8
10 14,6 11,4
Normas NP, EN ISO e NBR Relacionadas com o Desenho Técnico 441
NP 366:1964 (l." Edição) Enchavetamentos. Tolerâncias na NP 247'1961 (1." Edição) Rebites semitubulares com cabeça
largura dos rasgos. cilíndrica chata e 3 a 6,3 1run de diâmetro.
NP 716:1968 (1.' Edição) Desenho técnico. Cotagem e espe- NP 248:1961 (1." Edição) Rebites bifurcados com cabeça con-
cificação de tolerâncias de elementos cônicos. trapuncionada plana e 3 a 5 mm de diâmetro.
NP 1895:1982 (1." Edição) Roscas métricas de perfil triangu- NP 249:1961 (1.' Edição) Rebites com cabeça esférica e 1,6 a
, lar ISO para usos gerais. Tolerâncias. Generalidades. Corres- 9 mm de diâmetro.
' pondência, ISO 965-1,1980. NP 250:1961 (l.' Edição) Rebites com cabeça contrapuncio-
•;''.NP 1896:1982 (1." Edição) Roscas métricas de perfil triangu- nada plana e 1,6 a 9 mm de diâmetro.
Jar ISO para usos gerais. Tolerâncias. Dimensões limites. Qua- NP 251:1961 (l." Edição) Rebites com cabeça cilíndrica chata
_lidade média. Correspondência, ISO 965-2,1980. e 1,6 a 9 mm de diâmetro.
NP 1897:1982 (1.' Edição) Roscas métricas de perfil t:riangu- NP 252:1961 (l." Edição) Furos para rebites.
_r ISO para usos gerais. Tolerâncias. Desvios. Correspondên-
NP 264:1962 (1 ." Edição) Rebites. Tipos normalizados.
cia: ISO 965-3,1980.
Correspondência: ISO 4172:1991. EN 22768~1:1993 General tolerances. Part 1: Tolerances for EN ISO 2162-2'1996 Tcchnical product documentation. ISO/CD 128-71 Technical drawings - General principles of
linear and angular dimcnsions without individual tolerance Springs. Part 2: Presentation of data for cylinclrical helical presentation-Part 71: Simplified representation for mechanical
EN ISO 5455,1994 Technical drawings. Scales (Substitui a NP 717).
indications. Correspondência: ISO 2768-1:1989. compression springs. Correspondência: ISO 2162-2: 1993. engineering.
EN ISO 5457:1999 Technical product documentation. Sizes
EN 22768<2:1993 General tolerances. Part 2: Geometrical to- EN ISO 2162-3,1996 Technical product documentation. ISO 129:1985 Technical drawings - Dimcnsioning - General
anel layout of drawing sheets. Correspondência: ISO 5457: 1999.
lerances without individual tolcranccs indication.s. Correspon- Springs. Part 3: Vocabulary. Correspondência, ISO 2162-3:1993. principies, definitions, methocls of execution anel special
EN ISO 6410-1,1996 Technical clrawings. Screw threads anel dência: ISO 2768-2:1989. indications.
threadecl parts. Part 1: General conventions. Correspondência:
ISO 6410-1:1993.
EN ISO 7083,1994 Technical drawings. Symbols for geome- C.2.7 EN sobre Rolamentos ISO/OIS 129-1 Technical drawings - Indication of dimensi-
trical tolerancing. Proportions and dimensions. Correspondên- ons and tolerances - Part 1: General principies.
EN 1§0 6410-2,1996 Technical clrawings. Screw threads and EN ISO 8826-1,1995 Technical drawings. Rolling bearings. Pait
cia: ISO 7083:1983. ISO/CD 129-2 Technical drawings - Dimensioning - Part 2:
threaded parts. Part 2: Screw thread inserts. Correspondência: 1: General simplifiecl representation. Correspondência: ISO
8826-U989. Mechanical engineering.
ISO 6410-2,1993.
C.2.3 EN sobre Soldagem EN ISO 8826-2'1997 Technical drawings. Rolling bearings. Pait ISO 216:1975 Writing paper and certain classes of printed
EN ISO 6410-3'1996 Technical drawings. Screw threads anel
EN 2574:1990 Série aeroespacial. Soldagem. Informações nos 2: Detailecl simplified representation. Correspondência: ISO matter - Trimmed sizes - A anel B series.
threacled parts. Part 3: Simplified representation. Correspon-
dência: ISO 6410-3:1993. desenhos. 8826-2:1994. ISO 1302'1992 Technical drawings - Method of indicating
EN 22553'1994 Welded, brazed and soldered joints. Symbolic surface texhue.
EN ISO 6411,1997 Technical drawings. Simplified represen-
tation of centre holes. Correspondência: ISO 6411:1982. representation on drawings. Correspondência: ISO 2553:1992. C.2.8 EN sobre Engrenagens ISO/DIS 1302 Geometrical Procluct Specification (GPS) - In-
EN 24063,1992 Welding, brazing, solclering and braze welding EN ISO 2203:1997 Technical drawings. Conventional repre- clication of surface texture in technical product documentation.
EN ISO 6412-1,1994 Technical drawings. Simplified represen-
tation of pipelines. Part 1: General rules and orthogonal re- of metais. Nomenclature of processes and refercnce numbers sentation of gears. Correspondência: ISO 2203: 1973. ISO 2594,1972 Building drawings - Projection methods.
presentation. Correspondência: ISO 6412-1:1989. for symbolic representation on clrawings. Correspondência: ISO
ISO 3098-0,1997 Technical product documentation - Lette-
4063:1990.
EN ISO 6412-2:1994 Technical drawings. Simplifiecl represen- C.3 NORMAS ISO ring - Part O: General requirements.
tation of pipelines, Part 2: Isometric projection. Correspondên-
C.3.1 ISO sobre Desenho Técnico ISO 3098-1,1974 Technical drawings - Lettering - Part 1:
cia: ISO 6412-2:1989. C.2.4 EN Relacionadas com Peças Currcntly used characters.
EN ISO 6412-3,1996 Technical drawings. Simplified represen- Roscadas ISO 128:1982 Technical drawings- General principles of pre-
ISO 3098-2'1984 Technical drawings - Lettering- Part 2: Greek
tation of pipelines. Pait 3: Terminal features ofventilation and sentation.
EN 24014,1991 Hexagon head bolts. Product grades A and characters.
drainage systems. Correspondência: ISO 6412-3:1993. ISO/CD 128-1 Technical drawings - General principies of
B. Correspondência: ISO 4014: 1988.
ISO 3098-3,1987 Technical drawings - Lettering - Part 3:
EN ISO 6413,1994 Technical drawings. Representation of presentation - Part 1: Basic infonnation and indexes.
EN 24015'1991 Hexagon head bolts. Product grade B: Diacritical and particular marks for the Latin alphabet.
splines and serrations. Correspondência: ISO 6413:1988.
Reducecl shank (Shank diameter = pitch diameter). Correspon"' ISO 128-20,1996 Technical drawings - General principies of
ISO 3098-4,1984 Technical drawings - Lettering - Part 4,
EN ISO 6414,1994 Technical drawings for glassware. Corres- dência: ISO 4015:1979. presentation - Part 20: Basic conventions for lines.
Cyrillic characters.
pondência: ISO 6414: 1982. EN 24016,1991 Hexagon head bolts. Product grade C. Cor• '• ISO 128-21'1997 Technical drawings - General principies of
presentation - Part 21: Preparation of lines by CAD systems. ISO 3098-5,1997 Technical product documentation - Lette-
EN ISO 6433:1994 Technical drawings. Item references. Cor- respondência: ISO 4016: 1988.
ring - Part 5: CAD lettering of the Latin alphabet, numerais and
respondência: ISO 6433: 1981. EN 24017,1991 Hexagon head screws. Product grades A and.. ISO 128-22,1999 Technical drawings - General principies of marks.
EN ISO 7437,1996 Technical drawings. Construction drawin- B. Correspondência, ISO 4017:1988. presentation - Part 22: Basic conventions and applications for
leader lines and reference lines. ISO 3272-1,1983 Microfilming of technical drawings and other
gs. General rules for execution of production drawings for EN 24018,1991 Hexagon head screws. Product grade C. drawing office documents - Part 1: Operating procedures.
prefabricated structural components. Correspondência: ISO respondência: ISO 4018:1988. ISO 128-23,1999 Technical drawings - General principies of
7437: 1990. presentation - Part 23: Lines on constmction drawings. ISO 3272-2,1994 Microfilming of technical drawings and other
EN 28676,1991 Hexagon head screws with metric fine JJ"º"'' drawing office documents - Part 2: Quality criteria anel con-
EN ISO 7519,1996 Technical drawings. Construction drawin- threacl. Product grades A anel B. Correspondência: ISO 128-24,1999 Technical drawings - General principies of trol of 35 mm silver gelatin microfilms.
gs. General principies of presentation for general arrangement 8676,1988. presentation - Part 24: Lines on mechanical engineering dra-
and assembly clrawings. Correspondência: ISO 7519:1991. ISO 3272-3'1975 Microcopying of technical drawings and
other drawing office documents - Part 3: Unitized 35 mm
EN ISO 9222-1'1995 Technical drawings. Seals for clynamic ISO 128-25,1999 Technical drawings - General principies of
application. Part 1: General simplified representation. Corres-
C.2.5 EN sobre Arruelas microfilm carriers.
presentation - Pa1t 25: Lines on shipbuilding drawings.
pondência: ISO 9222-1:1989. EN ISO 10644,1998 Screw and washer assemblies with ISO/DIS 3272-3 Microfilming of technical drawings and other
ISO/DIS 128-30.2 Technical clrawings - General principies of
EN ISO 9222-2,1994 Technical drawings. Seals of dynamic washers. Washer hardness classes 200 HV and 300 drawing office documents - Part 3: Unitized ape1ture card for
presentation - Part 30: Basic conventions for views.
application. Part 2: Detailed simplified representation. Corres- Correspondência: ISO 10644: 1998. 35 mm microfilm.
ISO/DIS 128-40 Technical drawings - General principies of
pondência, ISO 9222-2:1989. EN ISO 10673:1998 Plain washers for screw and washer as, ISO 3272-4,1994 Microfilming of technical drawings and other
presentation - Part 40: Basic conventions for cuts and sections.
semblies. Small, normal and large series. Product grade A}<- drawing office documents - Part 4: Microfilming of drawings
Correspondência: ISO 10673: 1998. ISO/DIS 128-41 Technical drawings - General principies of of special and exceptional elongated sizes.
C.2.2 EN sobre Tolerância presentation -Part 41: Cuts and sections for mechanical engi-
EN 28738,1992 Plain washers for clevis pins. Product grade< ISO/FDIS 3272-5 Microfilming of technical drawings anel other
EN 20286nl:1993 Sistema ISO de tolerâncias e de ajuste. Par- neering drawings.
A. Correspondência: ISO 8738, 1986. drawing office documents - Part 5: Test procedures for diazo
te 1: Base de tolerâncias, desvios e ajuste. Correspondência: lsO/DIS 128-50.2 Technical drawings - General principies of duplicating of microfilm images in aperture cards,
ISO 286-1:1988. presentation - Part 50: Basic conventions for representing areas
C.2.6 EN sobre Molas on cuts and sections. ISO/DIS 3272-6 Microfilming of technical clrawings and
EN 20286-2:1993 Sistema ISO de tolerâncias e de ajuste. Par-
drawing office documents - Part 6: Enlargement from
te 2: Tabelas dos graus de tolerância normalizados e dos des- EN ISO 2162-1,1996 Technical product documentationl... ISO/DIS 128-60 Technical drawings - General principies of microfilrn, quality criteria and control.
vios limites dos furos e dos eixos, Correspondência: ISO 286- Springs. Part 1: Simplified representation. Correspondência: ISO,,,, Presentation - Part 60: Additional conventions for views, cuts
2,1988. 2162-1:1993. :":and
sections. ISO 5455,1979 Technical drawings - Scales.
Normas NP, h1V ISO e NBR Relacionadas com o Desenho Técnico 445
444 Anexo C
ISO 5456-1:1996 Technical drawings - Projection mcthods - ISO 10135:1994 Technical drawings - Simplified representa- ISO/AWI 286-1 Geometrical product specifications ( GPS) - C.3.3 ISO sobre Tolerância Dimensional
Part 1: Synopsis. tion of molded, cast anel forged parts. ISO system of limits anel fits - Part 1: Bases of tolerances, de- de Peças Roscadas
viations anel fits.
ISO 5456-2:1996 Technical clrawings - Projection methoc!s - ISO/WD 10135 Technical drawings - Simplified representati- ISO 7-1:1994 Pipe threads where pressure-tight joints are made
Part 2: Orthographic representations. on of molded, cast and forged parts. ISO 370:1975 Toleranced dimensions - Conversion from in-
on the threads - Part 1: Dimensions, tolerances anel designa-
ches into millimeters anel vice versa.
ISO 5456-3:1996 Technical drawings - Projection methocls - ISO 10303-101:1994 Industrial automation systems and inte- tion.
Part 3: Axonometric representations. gration-Product data representation and exchange -Pait 101: ISO 406:1987 Technical drawings -Tolerancing of linear and
ISO 7-2:1982 Pipe threads where pressure-tight joints are
Integrated application resources: Draughting. angular dirnensions.
ISO 5456-4:1996 Technical clrawings - Projcction methocls - made on the threads - Part 2: Verification by means of limit
Part 4: Central projection. ISO 10303-201:1994 Industrial automation systems and inte- ISO/R 463:1965 Dia! gauges reacling in 0.01 mm, 0.001 in anel gauges.
gration-Product data representation and exchange -Part 201: 0.0001 in.
ISO 5457:1999 Technical procluct documentation - Sizes and ISO 228~1:1994 Pipe threads where pressure-tight joints are
Application protocol: Explicit draughting. ISO 1119:1998 Geometrical Product Specifications (GPS) - not made on the threads - Part 1: Dimensions, tolerances and
layout of drawing sheets.
ISO 10303-202:1996 Industrial automation systems anel inte- Series of conical tapers and taper angles. designation.
ISO 5845-1:1995 Technical clrawings-Simplifiecl representa- gration - Product data representation and exchange - Pait 202: ISO 1660:1987 Technical drawings - Dimensioning anel tole- ISO 228~2:1987 Pipe threads where pressure-tight joints are
tion of the assembly of parts with fasteners - Part l: General Application protocol: Associative draughting.
principles. rancing of profiles. not made on the füreads -Pa1t 2: Verification by means of limit
ISO/TR 10623:1991 Technical procluct clocumentation - Re- ISO/AWI 1660 Geometrical Product Specifications (GPS) - gauges.
ISO 5845-2:1995 Technical drawings - Simplified represen- quirements for computer aided design and draughting - Vo-
tation of the assembly of parts wíth fasteners - Pa1t 2: Rivets
Dimensioning anel tolerancing of profiles. ISO 965-1:1980 ISO general purpose metric screw threads -
cabulary.
Tolerances - Part 1: Principles and basic data.
for aerospace equipment. ISO 1829:1975 Selection of tolerance zones for general pur-
ISO/DIS 12650 Document imaging applications - Microfilming
poses. ISO 965-2:1980 ISO general purpose metric screw threads -
ISO 6410-1:1993 Technical clrawings - Screw threads and of achromatic maps on 35 mm microfilm.
Tolerances - Part 2: Limits of sizes for general purpose bolt
threaded parts. Pa1t 1: General conventions. ISO/R 1938:1971 ISO system of limits anel fits - Part II: Ins-
ISO 12678-1:1996 Refractory proclucts - Measurement of di- anel nut threads - Medium quality.
ISO 6410-2:1993 Technical clrawings - Screw threacls anel pection of plain workpieces.
mensions and external defects of refractmy bricks - Part 1: Di-
ISO 965-3:1980 ISO general purpose metric screw threads -
threaded parts. Part 2: Screw thread inse1ts. mensions anel conformity to drawings. ISO 2538:1998 Geometrical Product Specifications (GPS) -
Tolerances - Part 3: Deviations for constructional threads.
Series of angles anel slopes on prisms.
ISO 6410-3:1993 Teclmical drawings - Screw threads and ISO 13567-1:1998 Technical product documentation - Orga-
ISO/R 1501:1970 ISO miniature screw threads.
threaded parts. Part 3: Símplified representation. nization anel naming of layers for CAD - Part 1: Overview and ISO 2768ul:1989 General tolerances - Part 1: Tolerances for
principies. linear and angular dimensions without individual tolerance ISO 1502:1996 ISO general-purpose metric screw threads -
ISO 6411:1982 Technical drawings - Simplified representati-
ISO 13567-2:1998 Technical procluct clocumentation - Orga- indications. Gauges and gauging.
on of centre holes.
nization and naming of layers for CAD - Part 2: Concepts, ISO 2768g2:1989 General tolerances - Part 2: Geometrical ISO 2903:1993 ISO metric trapezoidal screw threads - Tole-
ISO 6412-1:1989 Technical drawings - Simplified represen-
format anel codes used in construction documentation. tolerances for features without individual tolerance indications. rances.
tation of pipelines. Pa1t 1: General rules and orthogonal re-
presentation. ISO 13715:1994 Technical drawings - Comers - Vocabulary ISO 3040:1990 Technical clrawings - Dimensioning anel tole- 1§04759~1:1978 Tolerances for fasteners-Part 1: Bolts, screws
and indication on drawings. rancing - Cones. and nuts with thread diameters between 1.6 (inclusive) and
ISO 6412-2:1989 Technical clrawings - Simplified reprcscn-
ISO/FDIS 13715 Technical drawings - Edges of unclefined 150 mm (inclusive) anel product grades A, B and C.
tation of pipelines. Part 2: Isometric projection. ISO 3599:1976 Vemier callipers reacling to 0,1 and 0,05 mm.
shape - Vocabula1y and indication on drawings. ISO/DIS 4759-1 Tolerances for fasteners-Part 1: Bolts, screws,
ISO 6412-3:1993 Technical clrawings - Simplifiecl represen- ISO 3611:1978 Micrometer callipers for extemal measurement.
ISO/DIS 13715 Technical drawings - Edges of undefinecl studs and nuts - Product grades A, B anel C.
tation of pipeline. Part 3: Terminal features of ventilation and ISO 5166:1982 System of cone fits for cones from C - 1 : 3 to
drainage systems. shape - Vocabulary and indication on drawings. ISO 4759-2:1979 Tolerances for fasteners-Pait 2: Bolts, screws
1 : 500) lengths from 6 to 630 mm and cliarneters up to 500 mm.
ISO/DIS 14985 Hard-copy output of enginee-ring clrawings- and nuts with thread diameters from 1 up to 3 mm anel pro-
ISO 6413:1988 Technical clrawings - Representation of splines (Retirada)
Specification for the struchue of control files. duct grade F, for fine mechanics.
and serrations. ISO 6906:1984 Vernier callipers reading to 0.02 mm.
ISO 15226:1999 Technical product documentation - Life cycle ISO 4759-3:1991 Tolerances for fasteners - Part 3: Plain
ISO 6428:1982 Technical drawings - Requirements for ISO 7863:1984 Height setting micrometers and riser blocks. washers for bolts, screws and nuts with nominal thread dia-
model and allocation of documents.
microcopying. meters from 1 mm up to and including 150 mm - Product gra-
ISO/DIS 16018 Technical drawings - Numerically controlled ISO 8062:1994 Castings - System of dimensional tolerances
ISO 6433:1981 Technical drawings - Item references. and machining allowances. des A and C.
draughting machines - Draughting media and tools for vector
ISO 7200:1984 Technical drawings -Title blocks. plotters. ISO 13920:1996 Welding - General tolerances for welded ISO/DIS 4759-3 Tolerances for fasteners - Patt 3: Plain washers
constructions - Dimensions for lengths and angles - Shape and for bolts, screws and nuts - Product grades A and C.
ISO/DIS 7200-1 Technical product documentation-Document
headers and title blocks - Part 1: General structure and content. C.3.2 ISO sobre Tole1·ân.da Dimensional position. ISO 5864:1993 ISO inch screw threads - Allowances anel
ISO 14253-1:1998 Geometrical Product Specifications (GPS) tolerances.
1S0/DIS 7200-2 Technical product documentation-Document ISO 1:1975 Standard reference temperature for industrial
headers and title blocks - Part 2: Title blocks for mechanical - Inspection by measurement of workpieces anel measuring
length measurements.
engineering. equipment - Part 1: Decision 1ules for proving conformance C.3.4 ISO sobre Tolerância Dimensional
ISO/TIA 1:1994 Advanced technical ceramics - Unified clas- or non-conformance with spedfications.
ISO 7573:1983 Technical drawings - Item lists. sification system. de Engrenagens
ISO/TS 14253-2:1999 Geometrical Product Specifications
ISO/TR 8545:1984 Technical clrawings - Installations - Gra- ISO/WD 1 Geometrical Product Specifications ( GPS) - Refe- (GPS) - Inspection by measurement of workpieces and ISO 1328-1:1995 Cylindrical gears - ISO system of accuracy
phical symbols for automatic control. rencc temperature for industrial length measurements. measuring equipment - Part 2: Guide to the estimation of - Part 1: Definitions and allowable values of deviations rele-
uncertainty in GPS measurement, in calibration of measuring vant to corresponding flanks of gear teeth.
ISO 9222-1:1989 Technical clrawings - Seals for dynamic ISO 286-1:1988 ISO system of limits anel fits - Part 1: Bases
application - Pa1t l: General simplified representation. of tolerances, deviations and fits. equipment and in product verification. ISO 1328-2:1997 Cylinclrical gears - ISO system of accuracy
ISO/TR 14638:1995 Geometrical product specification (GPS) - Part 2: Definitions and allowable values of deviations rele~
ISO 9222-2:1989 Technical clrawings - Seals for dynamic ISO 286-2:1988 ISO system of limits and fits - Part 2: Tables of
- Masterplan. vant to radial composite deviations and runout information.-
application - Part 2: Detailed simplified representation. standard tolerance grades and limit deviations for holes and shafts,
Anexo C
Normas NP, EN ISO e NBR Relacionadas com, o Desenho Técnico 447
446
ISO 4156:1981 Straight cylinclrical involute splines - Metric ISO 4063:1998 Welding and allied processes - Nomenclature ISO 68-2:1998 ISO general-purpose screw threads - Basic ISO/R 1051:1969 Rivet shank cliameters (diameter range 1 to
module, side fit - Generalities, dimensions and inspection. of processes anel reference numbers. profile - Part 2: Inch screw threads. 36 llllll).
ISO 4156:1981 /Am.d.1:1992 Amendmcnt 1:1992 to ISO ISO 13920:1996 Welding - General tolerances for wcldecl ISO 225:1983 Fastencrs- Bolts, screws, stuels and nuts - Sym- ISO 1085:1986 Assembly tools for screws and nuts - Double-
4156: 1981 Section three: lnspection. constructions - Dimensions for lengths and angles - Shape and bols anel clesignations of dimensions. ended wrenches - Size pairing.
position. ISO 261:1998 ISO general-purpose metric screw threads - ISO 1207:1992 Slottec\ chcese head screws - Procluct grade A.
ISO 4468:1982: Gear hobs- Single sta1t-Accuracy rcquiremenl<e;.
General plan. ISO 1478:1983 Tapping screws thread.
C.3.7 ISO sobre Acabamentos Superficiais ISO 262:1998 ISO general-purposc metric scrcw thrcacls -
C.3.5 ISO sobre Tolerãn.da Geométrica ISO/DIS 1478 Tapping screw thread.
e Estados de Superfide Selectcd sizes for screws, bolts and nuts.
ISO 1101:1983 Technical drawings-Geornetrical tolerancing ISO 1479:1983 Hcxagon head tapping screws.
- Tolerancing of form, orientation, location and run-out - ISO 3274:1996 Geometrical Product Specifications (GPS) - ISO 263:1973 ISO inch screw threads - General plan anel se-
Surface texture: Profile method - Nominal characteristics of lection for screws, bolts and nuts - Diameter range 0.06 to 6 in. ISO 1481:1983 Slottecl pan head tapping scrcws.
Generalities, definitions, symbols, indications on drawings.
contact (stylus) instruments (Incorporates the changes made ISO 272:1982 Fasteners- Hexagon products- Widths across flats. ISO 1482:1983 Slotted countersunk (f]at) head tapping screws
ISO/FDIS 1101 Geometrical product specifications (GPS) - by Technical Corrigenclum 1:1998 to ISO 3274:1996). (common head stylc).
Geometrical tolerancing - Tolerances of form, orientation, lo- ISO 273:1979 Fasteners- Clearance holes for bolts anel screws.
cation anel run-out. ISO 4287:1997 Geometrical Product Spccifications (GPS) - ISO 1483:1983 Slotted raised countersunk (oval) head tapping
Surface texture: Profile method - Tenns, definitions and surface ISO 299:1987 Machine tool tables -T-slots and corresponding screws (common heacl style).
ISO 1101:1983/ Ex! 1:1983 Toleranced characteristics and texture parameters (Incorporates the changes made by Tech- bolts.
symbols - Examples of indication anel interpretation. ISO 1580:1994 Slotted pan hcad screws - Product grade A.
nical Corrigendum 1:1998 to ISO 4287:1997). ISO 691:1997 Assembly tools for screws anel nuts - Wrench
ISO 2692:1988 Technical drawings-Geometrical tolerancing and socket openings - Tolerances for general use. ISO 1703:1983 Assembly tools for screws anel nuts -Nomen-
ISO 4288:1996 Geometrical Procluct Specifications (GPS) -
- Maximum material principle. clature.
Surface texture: Profile method-Rules and procedures for the ISO 724:1993 ISO general-purpose metric screw threaels -
ISO 2692:1988 Aro.d 1:1992 Least Material Requirement. assessment of surface texture (Incorporates the changes made Basic dimensions. ISO 1711-1:1996 Assembly tools for screws and nuts -Tech-
by Technical Corrigendum 1:1998 to ISO 4288:1996). nical specifications - Part 1: Hand-operated wrenches and so-
ISO/CD 2692 Technical drawings - Geometrical tolerancing ISO 885:1976 General purpose bolts and screws - Metric series ckets.
- Maximum material principle. ISO 4291:1985 Methods for the assessement of departure from - Radii under the head.
roundness - Measurement of variations in radius. ISO 1891:1979 Bolts, screws, nuts and accessories - Termi-
ISO 5458:1998 Geometrical Product Specifications (GPS) - ISO 887:1983 Plain washers for metric bolts, screws and nuts nology and nomenclature.
Geometrical tolerancing - Positional tolerancing. ISO 4292:1985 Methods for the assessment of departure from ~ General plan.
roundness - Measurcment by two- and three-point methods. ISO 2009:1994 Slottecl countersunk flat hcad screws (common
ISO 5459:1981 Technical drawings- Geometrical tolerancing ISO 888:1976 Bolts, screws and studs - Nominal lengths, anel head style) - Product grade A.
- Datums and datum systems for geometrical tolerances. ISO 5436:1985 Calibration specimens - Stylus instruments - thread lengths for general purpose bolts.
Types, calibration and use of specimens. ISO 2010:1994 Countersunk slottcd raised head screws
ISO/CD 5459-1 Geometrical Products Spccifications (GPS) - ISO 898-1:1988 Mechanical properties of fasteners - Part 1: (common heael style) - Proeluct grade A.
Datums for geometrical tolerancing - Part 1: General terms and ISO 6318:1985 Measurement of roundness -Terrns, definiti- Bolts, screws and studs.
definitions. ons and parameters of roundness. ISO 2320:1997 Prevailing torque type steel hexagon nuts -
ISO 898<2:1992 Mechanical properties of fasteners - Part 2: Mechanical and performance properties.
ISO/CD 5459-2 Geometrical Products Specifications (GPS) - ISO 8785:1998 Geometrical Product Specification (GPS) -
Nuts with specified proof load values - Coarse thread.
Datums for geometrical tolerandng - Pait 2: Datums and datum Surface imperfections - Tenns, definitions and parameters. ISO 2342:1972 Slotted heaclless screws - Metric series.
systems, drawing indications. ISO 898ª5:1998 Mechanical properties of fasteners made of
ISO 11562:1996 Geometrical Product Specifications (GPS)- ISO 2351:1986 Screwdriver bits for slotted head screws, with
carbon steel and alloy steel - Part 5: Set screws and similar
ISO/WD 5459-3 Geomctrical Products Specifications (GPS) - Surface texture: Profile method - Metrological characteristics male hcxagon drive.
threaded fastcners not under tensile stresses.
Datums for geometrical tolerancing - Part 3: Method for the of phase correct filters (Incorporates the changes made by ISO 3266:1984 Eyebolts for general lifting purposes.
establishment of datums for the assessment of geometrical Technical Corrigendum 1:1998 to ISO 11562:1996). ISO 898-6:1994 Mechanical properties of fasteners - Part 6:
tolerances. Nuts with specified proof load values - Fine pitch thread. ISO 3269:1988 Fasteners - Acceptance inspection.
ISO 12085:1996 Geometrical Product Specification (GPS) -
ISO/TR 5460:1985 Technical drawings - Geometrical toleran- Surface texture: Profile method - Motif parameters (Incorpo- ISO 898~7:1992 Mechanical properties of fasteners - Part 7: ISO/DIS 3269 Fasteners - Acceptance inspection.
cing - Tolerancing of form, orientation, location and run-out rates the Changes made by Technical Corrigendum 1: 1998 to Torsional test and minimum torques for bolts and screws with ISO 3408-1:1991 Ball screws - Part 1: Vocabulary and dcsig-
- Verification principies anel methods - Guidelines. ISO 12085:1996). nominal diameters 1 mm to 1O mm. nation.
ISO 7083:1983 Technical drawings - Symbols for geometri- ISO 13565-1:1996 Geomet:rical Product Specification (GPS) ISO 965-1:1998 ISO general-purpose metric screw threacls - ISO 3408-2:1991 Ball screws - Part 2: Nominal diameters and
cal tolerancing - Proportions anel dimensions. - Surface texture: Profile methoel; Surfaces having st'ratified Tolerances - Part 1: Principies anel basic data. nominal leacls - Metric series.
functional properties - Part 1: Filtering and general measure-
ISO 8015:1985 Technical drawings - Fundamental tolerancing ISO 965-2:1998 ISO general purpose metric screw threads - ISO 3408-3:1992 Ball screws - Part 3: Acceptance conditions
ment conditions (Incorporates the changes made by Techni-
principie. Tolerances-Part 2: Limits of sizes for general purpose externa! and acceptance tests.
cal Corrigenclum 1:1998 to ISO 13565-1:1996).
and internal screw threads - Medium quality.
ISO 10578:1992 Technical drawings - Tolerancing of orien- ISO/DIS 3408-4 Ball screws - Part 4: Axial rigidity.
ISO 13565-2:1996 Geometrical Product Specification (GPS)
tation and location - Projected tolerance zone. ISO 965-3:1998 ISO general purpose metric screw threaels -
- Surface texture: Profile method; Surfaces having stratified ISO/DIS 3408-5 Ball screws - Part 5: Static and dynamic axial
iolerances - Part 3: Deviations for constrnctional screw tlueads.
ISO 10579:1993 Technical drawings - Dimensioning and to- functional properties - Part 2: Height characterization using load ratings and operational lifetime.
lerancing - Non-rigid parts. the linear material ratio curve (Incorporates the changes made ISO 965-4:1998 ISO general purpose metric screw tlueads -
ISO 3506-1:1997 Mechanical properties of corrosion-resistant
by Technical Corrigendum 1:1998 to ISO 13565-2:1996). Tolerances - Part 4: Limits of sizes for hot-dip galvanized
stainless steel fasteners - Pa1t 1: Bolts, screws.and studs.
external screw threaels to mate with interna! screw threaels
C.3.6 ISO sobre Soldagem tapped with tolerance position H or G after galvanizing. ISO 3506~2:1997 Mechanical properties of corrosion-resistant
C.3.8 ISO Rdadon.adas com Peças stainless steel fasteners - Part 2: Nuts.
ISO 2553:1992 Welded, brazed and soldered joints - Symbo- ISO 965-5:1998 ISO general purpose metric screw threads -
lic representation on drawings. Roscadas ISO 3506~3:1997 Mechanical properties of corrosion-resistant
Tolerances - Part S: Limits of sizes for internai screw threads
ISO/AWI 2553 Welded, brazed and soldered joints-Symbo- ISO 68ª1:1998 ISO general-purpose screw threads - Basic to mate with hot-dip galvanized external screw threaels with stainless steel fasteners - Part 3: Set screws and similar fasteners
lic representation on elrawings. profile - Part 1: Metric screw threads. maximum size of tolerance position h before galvanizing. not under tensile stress.
448 Anexo C Normas NP, EN ISO e NBR Relacionadas com o Desenho Técnico 449
ISO 3508:1976 Thread run-outs for fasteners with thread in ISO 4775:1984 Hexagon nuts for high-strength structural product grade C - Property classes 8.8 anel 10.9 (Revision of ISO 8839:1986 Mechanical properties of fasteners - Bolts,
accordance with ISO 261 and ISO 262. bolting with large wiclth across flats - Product grade B - Pro- ISO 7412,1984). screws, studs and nuts rnade of non-ferrous metais.
perty classes 8 and 1O. ISO 7413:1984 Hexagon nuts for structural bolting, style 1, ISO 8991:1986 Designation system for fasteners.
ISO 4014'1988 Hexagon head bolts - Procluct grades A anel B.
ISO/DIS 4775 Hexagon nuts for high-strength structural bolting hot-dip galvanized (oversize tappecl) - Procluct grades A anel ISO 8992d986 Fasteners - General requiremcnts for bolts,
ISO/DIS 4014 Hexagon heacl bolts - Procluct grades A and B.
with large width across flats - Product grade B - Prope1ty clas- B - Property classes 5 1 6 anel 8. screws, studs anel nuts.
ISO 4015,1979 Hexagon head bolts - Product grade B - ses 8 and 10 (Revision of ISO 4775,1984). ISO/OIS 7413 Hexagon nuts for structural bolting, style 1, hot- ISO 10509:1992 Hexagon flange head tapping screws,
Reduced shank (shank cliameter approximately egual to pitch
ISO 5408:1983 Cylindrical screw threads - Vocabulary. dip galvanizecl (oversize tapped) - Product grades A and B -
diameter). ISO 10642:1997 Hexagon socket countersunk heacl scrcws.
Property classes 5, 6 and 8 (Revision of ISO 7413,1984).
ISO 4016,1988 Hexagon head bolts - Product grade C.
ISO 7040.1997 Prevailing torque type hexagon nuts (with non-
metallic insert), style 1 - Property classes 5, 8 anel 10. JSO 7414:1984 Hexagon nuts for struchual bolting with large ISO 10663:1999 Hexagon nuts with flange - Fine pitch tlu-eacl.
ISO/DIS 4016 Hexagon head bolts - Product grade C. width across flats, style 1 - Product grade B -Property class 10. ISO/DIS 10664 Hexalobular internai driving feature for bolts
ISO 7041:1997 Prevailing torque type hexagon nuts (with non-
ISO 4017:1988 Hexagon head screws- Product grades A and B. metallic insert), style 2 - Property classes 9 and 12 ISO/OIS 7414 Hexagon nuts for structural bolting with large anel screws.
ISO/DIS 4017 Hexagon heacl screws - Product grades A and B. wiclth across flats, style 1- Product grade B - Property class 1O ISO/DIS 10666 Drilling screws with tapping screw thread -
ISO 7042:1997 Prevailing torque type ali-metal hexagon nuts,
(Revision of ISO 7414,1984). Mechanical and functional properties.
ISO 4018:1988 Hexagon head screws - Product grade C. style 2 - Property classes 5, 8, 10 anel 12.
ISO 7417:1984 Hexagon nuts for structural bolting - Style 2, ISO 10897:1996 Collets for too! holders with taper ratio 1,10
ISO/OIS 4018 Hexagon head screws - Product grade C. ISO 7043:1997 Prevailing torque type hexagon nuts with flange
hot-clip galvanized (oversize tapped) - Product grade A- Pro- - Collets, hoclers, nuts.
(with non-mctallic insert) - Product grades A anel B.
ISO 4026:1993 Hexagon socket set screws with flat point. perty class 9.
ISO 7044,1997 Prevailing torque type ali-metal hexagon nuts ISO 15071:1999 Hexagon bolts with flange - Small series -
ISO 4027:1993 Hexagon socket set screws with cone point. ISO/DIS 7417 Hexagon nuts for strnctural bolting, style 2, hot- Product grade A.
with flange - Product grades A anel B.
dip galvanized (oversize tapped) - Product grade A - Proper-
ISO 4028:1993 Hexagon socket set screws with dog point. ISO/DIS 15072 Hexagon bolts with flange with metric fine
ISO 7045:1994 Pan head screws with type H or type Z cross ty class 9 (Revision of ISO 7417,1984).
ISO 4029:1993 Hexagon socket set screws with cup point. recess - Product grade A. pitch thread - Small series - Product grade A.
ISO 7434:1983 Slotted set screws with cone point.
ISO 4032,1986 Hexagon nuts, style 1- Procluct grades A anel B. ISO 7046-1:1994 Countersunk flat head screws (common head ISO/DIS 15073 Hexagon bolts with flange with metric fine
ISO 7435:1983 Slotted set screws with long dog point. pitch thread - Small series - Product grade combination A/B.
style) with type H or type Z cross recess - Procluct grade A -
ISO/DIS 4032 Hexagon nuts, style 1 - Product grades A anel B.
Part L Steel of property class 4.8. ISO 7436:1983 Slottecl set screws with cup point. ISO/DIS 15480 Hexagon washer head drilling screws with
ISO 4033,1979 Hexagon nuts, style 2 - Product grades A anel B.
ISO 7046-2:1990 Cross-recessed countersunk flat head screws ISO 7721:1983 Countersunk hcad screws-Heacl configuration tapping screw thread.
ISO/DIS 4033 Hexagon nuts, style 2 - Product grades A anel B. (common head style)- Grade A - Part 2: Steel of prope1ty class and gauging. ISO/OIS 15481 Cross recessed pan head drilling screws with
ISO 4034:1986 Hexagon nuts - Product grade C. 8.8, stainless steel and non-ferrous metals. ISO 7721-2:1990 Countersunk flat head screws - Part 2: Pe- tapping screw threacl.
ISO/DIS 4034 Hexagon nuts - Product grade C. ISO 7047:1994 Countersunk raised head screws (common head netration depth of cross recesses. ISO/DIS 15482 Cross recessed countersunk head clrilling
style) with type H or type Z cross recess - Product grade A. screws with tapping screw threacl.
ISO 4035:1986 Hexagon thin nuts (cbamfered)- Product gra- ISO 8673:1988 Hexagon nuts, style 1, with metric fine pitch
des A and B. ISO 7048:1998 Cross recessed cheese head screws. threacl - Product grades A anel B. ISO/OIS 15483 Cross recessecl raised countersunk head clri-
ISO/DIS 4035 Hexagon thin nuts (chamfered) - Product gra- ISO 7049:1983 Cross recessed pan head tapping screws. ISO/OIS 8673 Hexagon nuts, style 1, with metric fine pitch lling screws with tapping screw thread.
des A and B. thread - Product grades A anel B, ISO 15488:1996 Collets with 8 clegree setting angle for too!
ISO 7050,1983 Cross recessed countersunk (flat) head tapping
ISO 4036,1979 Hexagon tllin nuts- Procluct grade B (unchamfe- screws (common head style). ISO 8674:1988 Hexagon nuts, style 2, with metric fine pitch shanks - Collets, nuts anel fitting dimensions.
red). threacl - Proeluct grades A anel B.
ISO 7051:1983 Cross recessecl raisecl countersunk (oval) head
ISO/DIS 4036 Hexagon thin nuts (unchamfered) - Product tapping screws. ISO/OIS 8674 Hexagon nuts, style 2, with metric fine pitch C.3.9 ISO sobre Ar1-uelas
grade B. thread - Product grades A and B.
ISO 7053:1992 Hexagon washer head tapping screws. ISO 887:1983 Plain washers for metric bolts, screws and nuts
ISO 4161:1999 Hexagon nuts with flange - Coarse thread. ISO 8675:1988 Hexagon thin nuts with metric fine pitch threael - General plan.
ISO 7378:1983 Fasteners - Bolts 1 screws and studs - Split pin
- Product grades A anel B.
ISO 4162:1990 Hexagon flange bolts - Small series. holes and wire holes. ISO/DIS 887 Plain washers for metric bolts, screws and nuts
ISO/DIS 8675 Hexagon thin nuts (chamferecl) with metric fine for general purposes - General plan.
ISO/DIS 4162 Hexagon bolts with flange -Small series - Pro- ISO 7379:1983 Hexagon socket head shoulder screws.
pitch thread - Product grades A and B.
duct grade combination A/B. ISO 7380:1997 Hexagon socket button head screws. ISO 7089:1983 Plain washers - Normal series - Product gra-
ISO 8676:1988 Hexagon head screws with metric fine pitch de A.
ISO 4166:1979 Hexagon nuts for fine mechanics - Product ISO 7411:1984 Hexagon bolts for high-strength structural thread - Product grades A and B.
grade F. bolting with large width across flats (thread lengths according 1§O/FDIS 7089 Plain washers - Normal series - Product gra-
ISO/DIS 8676 Hexagon head screws with metric fine pitch
ISO 4229'1977 Assembly tools for screws and nuts - Single- to ISO 888) -Product grade C - Property classes 8.8 anel 10.9. de A.
thread - Procluct grades A and B.
head engineer's wrenches - Gaps from 50 to 120 mm. ISO/DIS 7411 Hexagon bolts for high-strength structural ISO 7090:1983 Plain washers, chamfered - Normal series -
ISO 8677:1986 Cup head square neck bolts with large head -
ISO 4753:1983 Fasteners - Ends of parts with externai metric bolting with large width across flats (thread lengths according Product grade A
Product grade e.
ISO thread. to ISO 888) - Product grade C - Property classes 8.8 and 10.9 ISO 7091:1983 Plain washers - Normal series - Product gra-
(Revision of ISO 7411,1984). ISO 8678:1988 Cup head square neck bolts with small head
ISO 4755:1983 Fasteners - Thread undercuts for externai de e.
anel short neck - Procluct grade B.
metric ISO threads. ISO 7412:1984 Hexagon bolts for high-strength structural ISO/FOIS 7091 Plain washers - Normal series - Product gra-
bolting with large width across llats (short threacl length) - ISO 8765:1988 Hexagon head bolts with metric fine pitch
ISO 4757:1983 Cross recesses for screws. de e.
Product grade C - Property classes 8.8 and 10.9. thread - Product grades A and B.
ISO 4762:1997 Hexagon socket head cap screws. ISO 7092:1983 Plain washers - Small series -Product g~-~
ISO/DIS 7412 Hexagon bolts for high-strength structural ISO/DIS 8765 Hexagon head bolts with metric fine pitch thread
ISO 4766:1983 Slottecl set screws with flat point. bolting with large wiclth across flats (short thread length) - - Product grades A anel B. ISO/FDIS 7092 Plain washers - Small series - Product gl,!'
450 Anexo C
Normas NP, EN ISO e NBR Relacionadas com o Desenho Técnico 451
ISO 7093:1983 Plain washers - Large series - Product grades ISO 2341:1986 Clevis pins with head. ISO 4069:1977 Building and civil engineering drawings - ISO 10110-4:1997 Optics and optical instruments - Prcpara-
A and C. Representation of areas on sections and views - General t.ion of drawings for opt.ical elements anel systems - Part 4: Ma-
ISO 8733:1997 Parallel pins with interna! thrcad of unhardened terial imperfections - Inhomogencity anel striatc.
principles.
ISO/FDIS 7093-1 Plain washers - Large series - Part 1: Pro- steel and austcnitic stainless steel.
duct grade A. ISO 4157-1:1998 Construction drawings- Designation syste- ISO 10110-5:1996 Optics anel optical instruments - Prepara-
ISO 8734:1997 Parallcl pins of hardened steel and rnartensitic
ms - Part 1: Buildings anel parts of buildings. tion of drawings for optical elemcnts and systcms - Part 5:
ISO/FDIS 7093~2 Plain washers - Large series - Part 2: Pro- stainlcss steel (Dowcl pins).
ISO 4157-2:1998 Construction drawings - Designation sy.ste- Surface form tolerances.
duct grade C.
ISO 8735:1997 Parallel pins with interna! tlu-ead of hardened
ms - Part 2: Room namcs and nurnbers. ISO 10110M6:1996 Optics and optical instruments - Prcpara-
ISO 7094:1983 Plain washers - Extra large series - Product steel and martensitic stainless stccl.
ISO 4157-3:1998 Construction drawings - Designation systc- tion of drawings for optical elements and systems - Part 6:
grade C.
ISO 8736:1986 Tapcr pins with interna! thread, unhardenecL Centring toleranccs.
ms - Part 3: Room identifiers.
ISO/FD:IS 7094 Plain washers - Extra large series - Product
ISO 8737:1986 Tapcr pins with externai thread, unhardened. ISO 10110-7:1996 Optics anel optical instrumcnts - Prepara-
grade c. ISO 4172:1991 Technical drawings - Construction clrawings
ISO 8739:1997 Grooved pins - Full-lcngth parallcl grooved, _ Drawings for the assembly of prefabricated stmctures. tion of drawings for optical elements and systems - Part 7:
ISO 7415:1984 Plain washers for high-strcngth structural Surface imperfection tolerances.
with pilot.
bolting, hardened anel tempered. ISO 5261:1995 Technical drawings - Simplified rcpresentati-
ISO 8740:1997 Grooved pins - Full-lcngth parallel grooved, on of bars and profile sections. ISO 10110-8:1997 Optics anel optical instruments - Prcpara-
ISO 7416:1984 Plain washers, chamfered, hardened and tion of drawings for optical elements anel systems - Part 8:
with chamfer.
tempered for high-strength strnctural bolting. ISO 6284:1996 Construction drawings - Jndication of limit
Surface texture.
ISO 8741:1997 Grooved pins - Half-lcngth reverse taper deviations.
ISO 8738:1986 Plain washers for clevis pins - Product grade A. ISO 10110-9:1996 Optics and optical instruments - Prepara-
groovecl.
1§0/TR 7084:1981 Technical drawings - Coding and
ISO 10669:1999 Plain washers for tapping screw anel washer tion of drawings for optical elements and systcms - Part 9:
ISO 8742:1997 Grooved pins - One-third-length centre referencing systems for building and civil engineering drawings
asscmblies - Normal anel large series - Product grade A. Surfacc treatment and coating.
grooved. anel associatcd documents.
ISO 10673:1998 Plain washers for screw and washer assem- ISO 10110-10:1996 Optics and optical instruments - Prepa-
ISO 8743:1997 Grooved pins - Half-length centre grooved. ISO 7437:1990 Technical drawings - Construction drawings
blies - Small, normal and large series - Product grade A. ration of drawings for optical elements and systems - Part 10:
- General rules for execution of production drawings for
ISO 8744:1997 Grooved pins - Full-length taper grooved. Table rcpresenting data of a lens elcment.
prefabricated structural components.
C.3.10 ISO sobre Molas ISO 8745:1997 Grooved pins - Half-length taper grooved. ISO 10110"11:1996 Optics anel optical instrurnents - Prepa-
ISO 7518:1983 Technical drawings - Construction drawings
ISO 8746:1997 Grooved pins with round head. - Simplified representation of demolition anel rebuilding. ration of elrawings for optical elements and systcms - Part 11:
ISO 2162-1:1993 Technical product documentation - Springs
Non-toleranceel data.
- Part 1: Simplified representation. ISO 8747:1997 Groovcd pins with countersunk head. ISO 7519:1991 Technical drawings - Construction drawings
- General principles of presentation for general arrangement ][SO 10110-12:1997 Optics anel optical instruments - Prepa-•
ISO 2162-2:1993 Tcchnical product documentation - Springs ISO 8748:1997 Spring-type straight pins - Coiled, heavy duty.
and assembly drawings. ration of drawings for optical elements anel systems - Part 12:
- Part 2: Presentation of data for cylindrical helical compression
ISO 8750:1997 Spring-type straight pios - Coiled, standard Aspheric surfaces.
springs. ISO 8048:1984 Technical drawings - Construction drawings
duty.
ISO 2162-3:1993 Technical product documentation - Springs - Reprcsentation of views, sections and cuts. ISO/OIS 10110~14 Optics and optical instruments - Prcpara-
ISO 8751:1997 Spring-type straight pins - Coiled, light duty. tion of drawings for optical elements and systems - Part 14:
- Part 3: Vocabulary. ISO 8560:1986 Technical drawings - Construction drawings
ISO 8752:1997 Spring-type straight pins-Slotted, heavy duty. Wavefront defonnation tolerance for systems containing zcro-
ISO 6931-1:1994 Stainless steels for springs - Pa1t 1, Wire. - Representation of modular sizes, lines and grids.
power elements only (Formerly !SO/NP 15000).
ISO 13337:1997 Spring-type straight pins - Slotted, light duty. ISO 9431:1990 Construction drawings - Spaces for drawing
ISO 6931-2:1989 Stainless stccls for springs - Part 2: Strip. ISO/OIS 10110-15 Optics and optical instruments - Prepara-
and for text, and title blocks on drawing sheets.
ISO 8458-1:1989 Stccl wirc for mechanical springs - Part L tion of drawings for optical elements and systems - Part 15:
General requirements. C.3.12 ISO sobre Rolamentos ISO/TR 10127:1990 Computer-Aided Design (CAD) Techni- Wavefront deformation tolerance for systcms containing
que - Use of computers for the preparation of construction powered elements.
ISO/CD 8458-1 Stcel wire for mechanical springs - Part 1: ISO 8826-1:1989 Technical drawings - Rolling bearings - Part
clrawings.
General requirements. 1: General simplified representation. ISO/AWI 10110-16 Optics and optical instruments - Prepara-
ISO 11091:1994 Construction drawings - Landscape drawing tion of drawings for optical elements anel systems - Part 16:
ISO 8458-2:1989 Steel wire for mechanical springs - Part 2: ISO 8826-2:1994 Technical drawings - Rolling bearings -Part
practice. Asphcric diffractive surfaces.
Cold-drawn carbon steel wire. 2: Detailed simplified representation.
ISO/CD 8458-2 Steel wire for mechanical spríngs - Part 2: ISO/CD 10110-17 Optics anel optical instruments - Preparati-
C.3.15 ISO sobre Produtos Específicos e on of drawings for optical elemcnts and systems - Part 17: Laser
Patended cold-drawn unalloyed steel wire. C.3.13 ISO sobre Engrenagens
Indiretamente Relacionadas com o irradiation damage threshold.
ISO 8458-3:1992 Steel wire for mechanical springs - Part 3: ISO 54:1996 Cylindrical gears for general engineering and for
Oil-hardened and tempered wire. Desenho Técnico
heavy engineering - Modules.
ISO/CD 8458-3 Steel wire for mechanical springs- Part 3: Oil- ISO 6414:1982 Technical drawings for glassware. C.3.16 ISO sobre Símbolos Gráficos
ISO 2203:1973 Technical drawings - Conventional represen~
hardened and tempered wi.re. tation of gears. ISO 10110-1:1996 Optics and optical instruments - Prepara- Usados nos Desenhos e em
tion of drawings for optical elements and systems - Part 1: Ge- Documentação Técnica em Geral
C.3.11 ISO sobre Pinos neral.
C.3.14 ISO sobre Desenhos de Construção ISO/R 538:1967 Conventional signs to be used in the schemeS
ISO 10110-2:1996 Optics and optical instruments - Prepara- for the installations of pipeline systems in ships.
ISO 1234:1997 Split pins. ISO 3766:1995 Constrnction drawings - Simplified represen- tion of drawings for optical elements and systems - Part 2: Ma-
ISO 2338:1997 Parallel pins, of unhardened steel anel austenitic tation of concrete reinforcement. ISO 561:1989 Coai preparation plant - Graphical
- terial irnperfections - Stress birefringence.
stainless steel. ISO 4066:1994 Construction drawings - Bar scheduling. ISO 710-1:1974 Graphical symbols for use on detailed map,;½
ISO 10110-3:1996 Optics and optical instruments - Prepara-
ISO 2339:1986 Taper pins, unhardened. tfon of drawings for optical elements and systems -Part 3: Ma- and geological cross-sections -Part l: General w,c,.v,,,,.
ISO 4068:1978 Building and civil engineering drawings -
ISO 2340:1986 Clevis pins without head. Reference lines. terial imperfections - Bubbles and inclusions. tation.
452 Anexo C Normas NP, EN ISO e NBR Relacionadas co1n o Desenbo Técníco 453
ISO 710-2:1974 Graphical symbols for use on cletailecl maps, ISO 4067-2:1980 Building anel civil engineering drawings - ISO 11442-3:1993 Technical proeluct documentation - Han- ISO/DIS 9004 Qualit:y management systems - Guielelines for
plans anel geological cross-sections - Part 2: Representat.ion of fnstaHations - Part 2: Simplified representation of sanitaty ap- dling of computer-based tcchnical information - Part 3: Phases performance improvcments.
sedirnentaiy rocks. pliances. in the product design process. ISO 9004-1:1994 Quality management anel quality system
ISO 710-3:1974 Graphical symbols for use on cletailed maps, ISO 4067-6:1985 Technical elrawings - Installations - Part 6: JSO/AWI 11442-3 Technical product c\ocumentation - Han- elements - Part 1: Guielelines.
plans anel geological cross-sections - Part 3: Representation of Graphical symbols for supply water anel drainage systems in dling of computcr-baseel technical information - Part 3: Phases ISO 9004M2:1991 Quality management anel quality systcm
magmatic rocks. the ground. in the product design process. elements - Part 2: Guiclelines for services.
ISO 710"4:1982 Graphical symbols for use on cletailed maps 1 ISO 5232:1998 Graphical symbols for textile machinery. ISO 11442-4:1993 Technical proeluct clocumentation - Han-
ISO 9004M3:1993 Qualit:y management anel qualit:y system
plans and geological cross-sections - Part 4: Representation of dling of computer-based technical information - Part 4:
ISO 5784-1:1988 Fluiel power systcms anel components - Fluid lo- elements - Part 3: Guidelines for processed matcrials.
metamorphic rocks. Document management anel retrieval systems.
gic circuits - Pait 1: Symbols for binaiy logic and related functions.
ISO 710-5:1989 Graphical symbols for use on detailed maps,
ISO 9004-4:1993 Quality management anel quality system
JSO/AWI 11442-4 Technical procluct elocumentation - Han-
ISO 5784-2:1989 Fluid power systems anel component..:.;-Fluid elernents - Part 4: Guidelines for qualit:y improvement.
plans and gcological cross-sections - Part 5: Representation of dling of computer-basecl technical information - Part 4:
logic circuits - Part 2: Symbols for supply and exhausts as
minerais. Document rnanagement anel retrieval systems.
related to logic symbols.
ISO 710-6:1984 Graphical symbols for use on detailed maps, ISO 11442-5 Technical proeluct documentation-Handling of
C.3.19 ISO sobre Equipamento pa1·a
ISO 5784-3:1989 Fluiel power systems and components -Fluicl
plans anel geological cross-sections - Part 6: Representation of computer-based technical information - Part 5: Documentati- Desenho
contact rocks anel rocks which have undergone metasomatic, logic circuits - Part 3: Symbols for logic sequencers and relatecl
on in the conceptual design stage of the elevelopment phasc.
pneumatolytic or hydrothermal transformation or transforma- functions. ISO 9175-1:1988 Tubular tips for hand-held technical pens
ISO/DIS 11442-6 Technical procluct clocumentation - Hanelling using Jnelia ink on tracing paper - Part 1: Definitions, dimen-
tion by weathering. ISO 5807:1985 Irúonnation processing- Documentation sym-
of computcr-based technical information - Part 6: Rules forre- sions, elesignation anel marldng.
ISO 710-7:1984 Graphical symbols for use on detaileel maps, bols and conventions for data, program and system flowcharts,
program network charts and system resources charts. vision.
plans anel geological cross-sections -Part 7: Tectonic symbols. ISO 9175-2:1988 Tubular tips for hand-held technical pens
ISO/DIS 11442-i Technical proeluct documentation - Handling using Inelia ink: on tracing paper - Part 2: Performance 1 test
ISO/R 784:1968 Conventional signs to be used in schemes ISO 5859:1991 Aerospace - Graphic symbols for schematic
of computer-baseel technical information - Part 7: Structuring parameters and test conditions.
for the installations of sanitary systems in ships. drawings of hydraulic and pneumatic systems anel components.
CAD files from an administrative point of wiew.
ISO 6790:1986 Equipment for fire protection and fire fighting ISO 9176:1988 Tubular technical pens - Aelaptor for compasses.
ISO 1219-1: 1991 Flui d power systems and components - ISO/DIS 11442-8 Technical product documentation - Handling
Graphic symbols anel circuit diagrams - Part 1: Graphic sym- - Graphical symbols for fire protection plans - Specification. ISO 9177-1:1989 Mechanical pencils - Part 1: Classification,
of computer-bascd technical information - Part 8: Data fields
bols. ISO 6829:1983 Flowchart symbols and their use in microgra- for titlc bloclcs, item lists and revision blocks. elimensions, performance requirements anel testing.
ISO/CD 1219-1 Fluid power systems and components - Gra- phics. ISO 9177-2:1989 Mechanical pencils - Part 2, Black leacls -
ISO/DIS 11442-9 Technical procluct documentation- Handling
phic symbols and circuit diagrams - Part 1: Graphic symbols. ISO 8790:1987 Information processing systems - Computer of computer-based technical inf01mation - Part 9: Terminology. Classification and dimcnsions.
ISO 1219-2:1995 Fluid power systems anel component.<.; - Gra- system configuration eliagram symbols anel conventions. ISO 9177-3:1994 Mechanical pencils - Part 3, Black leads -
phic symbols anel circuit diagrams - Pa1t 2: Circuit diagrarns. ISO 9878:1990 Micrographics - Graphical syrnbols for use in C.3.18 ISO sobre Qualidade Beneling strengths of HB leacls.
ISO 1964:1987 Shipbuilding - lnclication of details on the microfilming. ISO 9178-1:1988 Templates for lettering and symbols - Part
ISO 8402:1994 Quality management and quality assurance -
general arrangement plans of ships. ISO 10628:1997 Flow diagrams for process plants-General rules. 1: General principles anel identification markings.
Vocabulary.
ISO 3511-1:1977 Proccss measurement control functions and ISO 9178-2:1988 Templates for lettering and symbols - Part
ISO/DIS 9000 Quality management systems - Fundamentais
instrumentation - Symbolic representation - Part 1: Basic rc- C.3.17 ISO sobre Documentação Técnica 2: Slot widths for wooel-cased pencils, clutch pencils and fine-
anel vocabulary.
quirements. leael pencils.
do Produto ISO 9000-1:1994 Quality management and quality assurance
ISO 3511°2:1984 Process rncasurement control functions and ISO 9178-3:1989 Templates for lettering anel symbols - Part
standards - Pa1t 1: Guiclelines for select.ion anel use.
instrumentation - Symbolic representation - Part 2: Extension ISO 10209-1:1992 Technical product documentation- Voca- 3: Slot wiclths for technical pcns with tubular tips in accordance
of basic requirernents. bulary - Part 1: Terms relating to technical elrawings: general ISO 9000-2:1997 Quality management and quality assurance with ISO 9175-1.
and t:ypes of drawings. standards - Part 2: Generic guidelines for thc application of
ISO 3511-3:1984 Process measurement control functions and ISO 9179-1:1988 Technical drawings - Numerically control-
ISO 9001, ISO 9002 and ISO-9003.
instrumentation - Symbolic representation - Part 3: Detailed ISO 10209-2:1993 Technical product documentation - Voca- \eel clraughting machines - Part 1: Vocabulary.
symbols for instrument interconnection diagrams. bulary - Part 2: Terms relating to projection methods. ISO 9000-3:1997 Quality management anel quality assurance
standards - Part 3: Guidelines for the application of ISO ISO 9180:1988 Black leads for wood-cased pencils - Classifi-
ISO 3511-4:1985 Industrial process measurement control func- ISO 10209-4:1999 Technical product documentation - Voca- cation and diameters.
9001:1994 to the development, supply, installation anel main-
tions and instrumentation - Symbolic representation - Part 4: bulary - Part 4: Terms relating to construction documentation.
tenance of computer software. ISO 9957-1:1992 Fluid draughting media - Part 1, Water-basecl
Basic syrnbols for process computer, interface, and shared
ISO 11442-1:1993 Technical product documentation - Han- India ink - Requirements and test conditions.
display/control functions. ISO 9000-4:1993 Quality management and qualit:y assurance
dling of computer-based technical infonnation - Pait 1: Security
standards - Part 4: Guide to elepenelability programme mana- ISO 9957-2:1995 Fluid draughting media- Part 2, Water-based
ISO 3753:1977 Vacuum technology - Graphical symbols. requirements.
gement. non-India ink - Requirements anel test conelitions.
ISO 3952-1:1981 Kinematic diagrams - Graphical symbols. ISO/AWI 11442Ml Technical product documentation - Han- ISO 9001:1994 Quality systems - Model for quality assurance
dling of computer-based technical infonnation - Pari: 1: Security ISO 9957-3:1997 Fluid draughting media -Part 3, Water-based
ISO 3952-2:1981 Kinematic diagrarns - Graphical symbols. in design, development, production, installation and servicing.
requircmcnts. colourecl clraughting inks - Rcquirements and test conclitions.
ISO 3952-3:1979 Kinematic diagrams - Graphical symbols. ISO/DIS 9001 Qualit:y management systems - Requirements.
ISO 11442-2:1993 Teclmical product documentation - Han- ISO 9958-1:1992 Draughting media for teclmical drawings -
ISO 3952-4:1984 Kinematic diagrams - Graphical symbols. dling of computer-based technical information - Part 2: Origi- ISO 9001:1994/Cor 1:1995. Draughting film with polyester base-Pait 1: Requirements anel
ISO 3971:1977 Rice milling - Symbols anel equivalent terms. nal elocumentation. ISO 9002:1994 Quality systems - Moclel for quality assurance marking.
ISO 4067-1:1984 Technical drawings - Installations - Part 1, ISO/AWI 11442M2 Teéhnical product documentation - Han- in production, installation anel servicing. ISO 9958-2:1992 Draughting media for technical drawings -
Graphical symbols for plumbing 1 heating, ventilation and dling of cornputer-based technical information - Part 2: Origi- ISO 9003:1994 Quality systems - Model for quality assurance Draughting film with polyester base - Part 2: Determinatíon
ducting. nal documentation. in final inspection and test. of properties.
- - - - - - - - - - - - - -..11
454 Anexo C
ISO 9959-1:1992 Numerically controllcd draughting machines pos ele trabalho "ad hoc" ele personalidades ligadas à norma-
- Drawing test for thc cvaluation of performance - Part 1: Vector lização ele novos produtos.
plotters.
O prefixo ISO Guide ou ISO/IBC Guide denota linhas de
JISO 9959-2:1999 Numerically controllcd draughting machincs orientação ela ISO ou ISO/IEC, e são documentos ele natureza
- Draughting test for evaluation of performance - Part 2: Mo- genérica sobre assuntos relacionados com normalização inter-
nochrome raster plotters. nacional.
ISO 9960-1:1992 Draughting instruments with or without O prefixo ISO/R denota uma recomendação ISO. Esta desig-
graduation - Part 1: Draughting scalc rulcs. nação foi usada até 1972, na altur~ em que a ISO começou a
publicar normas internacionais. Desde então, as recomenda-
ISO 9960-2:1994 Draughting instruments with or without
graduation - Part 2: Protractors. ções ISO foram revistas gradualmente e publicadas sob a for-
ma ele normas internacionais. Existe ainda um número limita-
TABELAS DE
ISO 9960"3:1994 Draughting instruments with or without do de recomendações ISO, para as quais a revisão e transfor-
1
graduation - Part 3: Set squares.
ISO 9961:1992 Draughting media for tcchnical drawings -
mação em norma internacional ainda não foi completada,
permanecendo por isso disponíveis. MAT ERIAIS
Natural tracing papcr. O prefixo é seguido por um número ele série que pode incluir
ISO 9962-1,1992 Manually operatcd draughting machines - um número de "parte", separado por um hifen do número
Part 1: Definitions, classification and designation. principal. O número de série é seguido pelo ano de publica-
ção, separado deste por uma vírgula.
ISO 9962ª2:1992 Manually operated draughting machines -
Part 2: Characteristics, performance, inspection anel marking. Prefixos contendo as abreviaturas DIS, DTR e DISP denotam
respectivamente drafts de normas internacionais, relatórios
1§0 9962-3,1994 Manually operated draughting machines - técnicos e perfis internacionais normalizados. Pode ser usada
Part 3: Dimensions of scale rule chuck plates. a inicial F em conjunto com um cios seguintes prefixos, deno-
!SO 11540:1993 Caps for writing and marking instruments tando um draft final: por exemplo, FDIS indica um draft final
intended for use by chilclren up to 14 years of age - Safety de norma internacional.
regui.rements. Todos os documentos drcift podem ser identificados pelo fato de
os números de referência não incluírem o ano ele publicação.
C.4 ASPECTOS GERAIS RELACIONADOS
COM AS NORMAS ISO C.5 NORMAS BRASILEIRAS NBR
Número de referência - Consiste num prefixo, um número 0
NBR 6371 Tolerâncias Gerais de Dimensões Lineares e
de série e o ano de publicação. O prefixo é normalmente "ISO", Angulares
indicativo de que a publicação é uma norma internacional ISO. 0
NBR 6409 Tolerâncias geométricas -Tolerâncias de forma 1
orientação, posição e batimento - Generalidade, símbolos,
O prefixo ISO/IEC denota uma publicação conjunta entre a
definições, e indicações em desenho.
ISO e a IEC (/nternatíonal Electrotechnical Commission). As
e NBR 7165 Símbolos gráficos de solda para construção na-
normas internacionais ISO/IEC são desenvolvidas pelo Comi-
val e ferroviária.
tê Técnico conjunto JTC 1. De modo análogo ao prefixo ISO/
e NBR 8402 - Execução de caracteres para escrita em dese-
IEC, o prefixo ISO/CIE denota uma norma internacional con-
nho técnico.
junta entre a ISO e a CEI (International Commission on 0 NBR 8403 - Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de
Illumination).
linhas - Larguras das linhas.
O prefixo ISO/TR ou ISO/IEC TR denota um relatório técni- 0 NBR 8404 Indicação cio Estado ele Superfície em Desenhos
co da ISO ou da ISO/IEC. Estes relatórios são publicados em Técnicos
algumas circunstâncias -para facilitar o progresso intercalar de • NBR 8993 Representação convencional de partes roscadas
relatórios ou de informação factual de tipo diferente da nor- em desenho técnicos
malmente incorporada numa norma internacional. e NBR 10067 - Princípios gerais de representação cm dese-
nho técnico
O prefixo 1§O/IEC ISP denota um perfil internacional norma-
0 NBR 10068 - Folha de desenho - Leiaute e dimensões.
lizado ISO/IEC - um documento harmonizado que identifica
o NBR 10126 Cotagcm em desenho técnico
uma norma ou um grupo de normas, em conjunto com op-
0 NBR 10582 - Apresentação da folha para desenho técnico.
ções e parâmetros necessários para realizar uma função ou um
<li NBR 10647 - Desenho técnico.
conjunto de funções.
0 NBR 11145 Representação de molas em desenho técnico
O prefixo ISO/TTA denota uma publicação ISO denominada • NBR 12298 Representação de área de corte por meio de
"technical trend assessment". Estas publicações foram estabe- hachuras em desenho técnico
lecidas para responder à necessidade de colaboração global " NBR 13142 - Desenho técnico - Dobramento de cópia.
na normalização ele inovações tecnológicas em estágios pri- • NBR 13272 - Desenho técnico - Elaboração das listas de
mários de desenvolvimento. São o resultado ou da coopera- itens.
ção direta com organizações antes da normalização ou de gru- • NBR 13273 - Desenho técnico - Referência a itens.
Anexo D Tabelas de .Materiais 457
z~
1,59 Q
metálicas pelas suas superiores A536 gL3 413 551 6 172 7,0 ~ mineração, pinhões,
(60%VD resistência e rigidez específicas engrenagens, roletes e
o
H corrediças
Vidro S-EP 1068 565 44,1 1,8 V,
;,í Usadas em aplicações estrnturais de A47 gr,32510 220 344 10 179 7,2
í
Usado em acessórios de
Vidro E-EP 482 489 31,02 2,2 "'~ menor custo, com redução de peso sem
A220 gr,
tubulações, apoios de
perda de resistência 413 551 3 179 7,3 motores, e máquinas
Vidro E-PET 344 344 31,0 1,9 60004
Usado em camisas de moinhos,
PA 6/6 221 159 13,1 1,6 ~ o 172 7,0
8 bocais de granalha, freios
A532 gr, A 310 310
~
V,
~o
fundidos, onde a ductilidade
PC 145 152 11,7 1,7 ~~ A27 gr,60-30 206 413 24 205 7,8 seja importante e haja
u, necessidade de executar
~
soldagens
458 Anexo D 'Tabelas de .Materiais 459
Resistência
!!MiMãh!l¾ff{jjjr•j11 #iiirni!I·ii~ 4#UiiFII! 1
Escoa- Ruptu-
mento ra Elonga. Rigidez Dens.
Designa. [MPal [MPa] [%] [GPa] [ton/m3] APLICAÇÕES/ OBSERVAÇÕES
Níquel 186 469 50 207 8,89
3isl
i@li~i#Mi@&i·ii41 1 @@c•i◄❖i,idi
Morrei 400 269 565 45 179 8,80
Ti-6Al-4V
310
965
413
1096
20
8
104
110
4,50
4,45
.~
t::
Usado pela sua resistência à corrosão
e pela sua resistência específica (a
melhor entre os metais)
f-<
6ü63-T6 214 241 12 '~ blocos de motor, pistons, aviação,
69 2,70 :o mobiliário de jardim etc. 2f-< Usado pela sua rigidez específica
7075-T6 503 572 11 72 2,80 ~ AZ31B-H24 179 262 12 44,8 1,77
"'q ,5 superior a muitos metais e pela sua
AZ91A-F 152 227 44,8 1,80 excelente usinabilidade
335-T6 214 250 2 69 2,77 3 "
:,:
AIS! 4140 413 655 25 205 7,85 Usados para sofrer têmpera total e atingir
elevada resistência depois da peça acabada,
AIS! 4340 482 758 20 205 7,85 em geral com grandes espessuras
~
~
Ferrítico. Aplicações decorativas 1 ou
V)
430 275 482 20 200 7,8 ~ sujeitas a corrosão atmosférica ou a
o alta temperatura. 1
:X:
e tubulações. Podem sofrer grande
deformação plástica. 1 0LERÂNCIA
416 275 517 22 200 7,8 o
Í"i Usados em instrumentos de cozinha e
V)
420 200 cirúrgicos, parafusos e pequenas
275 517 25 7,8 ov ferramentas.
440C 448 758 14 200 7,8 "1
(j
A538-grA 1380 1448 8 8,0 z~
~::;s Usados em aplicações de elevada
A538-grB 1580 1655 6 8,0 resistência, onde é necessária uma
Nota: Os valores apresentados nestas tabelas são valores médios, que dependem, em muitos casos, do
tratamento térmico, da pe1rcentagem de deformação plástica e do modo de obtenção das pré-formas.
Não devem ser usados para projeto. Os valores de projeto devem ser consultados em catálogos de
fabricantes ou em bases de dados especializadas, com mais informação sobre cada liga em particular.
462 Anexo E Tabelas de Tolerância 463
TABELA E.1 Valores das tolerâncias dimensionais para as classes de qualidade mais usuais
TABELA E.7 Desvios admissíveis para cotas lineares ~xcluindo boleados e concordâncias
560 630
•Ew -78
-150
-155
-280
-310
-400 -600
-450 -660
630 710 •E -175 -340 -500 -740
-88
710 800 •~ -185 -380 -560 -840
800
900
900
1000
•w
~ -100
-210 -430
-220 -470
-620 -940
-680 -1050
Fina
±1º ±0°30' ±0º20' ±0º10' ±0º5'
1000 1120 ] -120
-250 -520 -780 -1150 m Média
1120 1250 :!? -260 -580 -840 -1300
1250 1400 -300 -640 -960 -1450 e Grosseira ±1º30' ±1º ±0°30' ±0º15' ±0º10'
-140
1400 1600 -330 -720 -1050 -1600
1600 1800 -370 -820 -1200 -1850 V Muito grosseira ±3º ±2º ±1º ±0°30' ±0º20'
-170
1800 2000 -400 -920 -1350 -2000
2000 2240 -440 -1000 -1500 -2300
-195
2240 2500 -460 -1100 -1650 -2500
2500 2800 -550 -1250 -1900 -2900
-240
2800 3150 -580 -1400 -2100 -3200
TABELA E.10 Tolerâncias gerais de retilismo e planeza
L 0.6 1.5 2 /
INI)IC:E
H 0,5
K 0,6 0,8
CMM. Veja Cota de máximo material de parafusos, 81 para furos, 231, 232 Erros geométricos, 254, 277
e CmM. Veja Cota de mínimo material de perfis metálicos, 81
locais, 126
indicação dos, 231 equipamento de verificação, 285
parciais, 126
CN. Veja Cota nominal de porcas, 81 dimensão dos caracteres, 119 inferio.r, 226 inter-relação com erros dimensionais, 237
CAD. Veja também CAD 3D, 2, 13
CNC, 18 de rebites, 81 em desenho de arquitetura, 194, 196 superior, 226 Es. Veja Desvio superior
cotagem, 124
cotas automáticas, 195 Cobertor. Veja Escadas em edificações, 185 em paralelo, 123 tabelas de tolerância geral, 467 Esboço, 6, 8, 119, 381
Cobertura erros mais freqüentes em, 87 com linhas de cota sobrepostas, 123 Detecção remota, 158 Escadas, 189
em arquitetura, 187, 190
em desenho cartográfico, 161 da construção, 184 geológicos, 178 em série, 123 Diâmetro Escala, 36-38
em projeto, 373 representação e definições, 187 hachura de, 75 escala, 119 exterior da rosca, 313 a]timétrica, 150, 154
SIG, 161, 166 de diferentes materiais, 75 funcional, 128, 256 nominal da rosca, 313 das distâncias, 154
de estabilidade, 373-375
em arquitetura, 373 Cobre, designações e aplicações, 158 meio, 75 furos escareados, 125 Digital Terrain Model. Veja DTM de ampliação, 36
e planejamento, 216 Comando Numérico. Veja CNC parcial, 75 paramétrica, 382 Digitalização de imagens, 22 de redução, 36
Compósitos, 348 planos, 75 por coordenadas, 124 Dimensão atual, 226 de representação de terrenos, 151
siglas, 7
Computador, 19 concorrentes, 77 seleção das cotas, 128 Discos rígidos, 20 desenhos
3D, 13, 14, 17, 24, 129
desenho industrial, 380 Comunicações em edifícios, 189 paralelos, 77 setas, 118 Dobramento de desenhos, 31 de arquitetura, 200
importância da perspectiva, 96 Conceitos sucessivos, 79 símbolos complementares da, 118 Drenagem, 199 de detalhe, 183
fundamentais em CAD recurso a, 74 Cotas-limite, 226, 231 DTM, 149, 164 de localização, 183
montagens, 385
motor de modelismo, 127 bloco, 159 total, 75 Courettes, 186 implantação de obras, 176 em estudos de planejamento, 36
camada, 159 Cota(s) cru, 19 Duralumínio, 353 em projeto de arquitetura, 36
peças em chapa, 375
entidade, 159 abaixo da linha de, 121 CRT. Veja Monitor indicação na legenda, 31
tubulações, 378
geométricos fundamentais altimétricas, 183, 199 Cunhagem, 356 normalizada, 36
CADD, 10 E
declive, 138 angulares, 121 Curvas de nível, 148, 150 Escória, 297
CAE, 2
intervalo, 138 auxiliares, 120 Escrita nonnalizada, 27
Caixas Efeito(s)
reta de maior declive, 140 de ajuste, 128 Esmerilamento, 363
de união, 201 D de animação, 172
Concordâncias, 394 para um elemento mó, 363
de visita, 201 de capilaridade, 298
Concreto armado, 209 externo, 256 Espelho. Veja Escadas
Calandragem, 355 interno, 256 Declive. Veja Conceitos geométricos Ei. Veja Desvio inferior
cortes, 210 Espessuras do traço, 28
Calhas, 203 de eixo dos vãos, 195 fundamentais Eixos
cotagem, 210 Espiral, 396
Calibre, 237, 238, 278, 289 Deformação plástica, 356 definição associada
desenhos de detalhe em CAD, 375 de espessuras, 195 Esquema
CAM, 2, 17 Degraus. Veja Escadas a tolerância, 225, 237
estruturas de, 207 de implantação, 195 de dobramento
Camadas, 163, 166, 198, 373 de localização, 183, 256 DEM (Digital Elevation Model), 150 aos anéis de retenção para, 429
indicação nos desenhos de, 212 de armações, 216
Carta de máximo material, 256 Densidade. Veja Peso isométricos, 99
projeto, 210 de barras, 214
da rese1va agrícola e da reserva Desbaste, 359, 362 tolerância, 225, 237
de estabilidade, 214 de mínimo material, 256 estrutural, 210, 211
ecológica, 171 Desenho(s) Elaboração de projetos. Veja Projeto
qualidade do, 212 de montagem, 127 Estabílidade. Veja Projeto de estabilidade
das sub-bacias, 168 à mão livre, 61 Elastômeros, 347
Condição em cortes, 195 Estados de superfície, 240-246
de classes de declives, 166 ciclóides, 397 Elemento
de máximo material, 255, 277 em planta, 194 especificação, 241
de solos, 168 fora de escala, 125 circunferências, 393 definição ele, 225, 256
de mínimo mate1ial, 256 estrias, 242
de zoneamento, 169 linha de, 118 concordâncias, 394 dimensional, 256
virtual, 256 indicação
geológica, 178 local atual, 256 cones, 397 externo, 256, 277
Conduta(s) nos desenhos, 242
militar, 151 adutoras, 155 máxima, 226 elipses, 398 interno, 256 simplificada, 243
topográfica, 151 projeto de implantação de uma, 153 núnima, 226 epiciclóides, 397, 398 Eletrodo necessidade de indicação, 243
Cartografia, 136, 164 Condutores, 196 nas vistas, 120 espirais, 396 consumível, 295 relação com as tolerâncias, 225
definição de, 158 traçado de, 204 nominal, 226, 256 evolventes, 396 permanente, 295 símbolos antigos, 241
CasquHhos. Veja Mancais de fumos, 194 orientação, 121 hélices, 399 Elevadores, 191 Estampagem, 356
Cavaletes, 323 Cone, 397 para inspeção, 126 hipérboles, 399 Elipse, 398 Estereolitografia, 17
Cavilhas, 323 Configuração posição em relação à linha de, 120 hipociclóides, 397 Embreagem
Estrias, 240
Cerâmicos, 350 da cobertura da edificação, 187 redundantes, 120 ovais, 395 cônica, 329 orientação das, 241
Chaminés das armações, 210 sempre na horizontal, 120 óvulos, 395 de automóvel, 329 Estribos das vigas, 214
condutos, 194 das e_struturas, 204, 214 separação dos algarismos, 120 parábolas, 399 Enchavetamentos, 322 Estrutura(s)
representação de, 194 dos elementos de aço, 209 teoricamente exata, 256, 260 polígonos, 390 Engrenagens, 326, 330-332 de alvenaria, 207
Chanfros, 359 interior das edificações, 185 unidades das, 118, 120 artístico, 3 cilíndricas, 330 de concreto annado, 213, 215
cotagem de, 125 Conformação plástica, 356 virtual, 280 assistido por computador. Veja CAD cônicas, 330 de edificações, desenho de, 219
Chavetas, 322, 418 Construção, tabelas de perfis, 434--439 Cotagem, 117-134 cartográfico, 161 de cremalheira, 331
de madeira, 207
de cunha, 417, 418 Contornos. Veja também Arestas baleados e concordâncias, 122 de arquitetura, 183 de dentes de uma constmção, 210
redondas, 419 invisíveis, 54 cor dos caracteres, 119 de cobe1turas, 187 internos, 330 em pedra, 206
tipos de, 322 visíveis, 54 critérios de, 123 de conjunto, 129, 184, 386 retos, 330
metálica, 207
Ciclóide, 397 Cont:rapinos, 323 cruzamento de linhas, 119 e sua cotagem, 127 de eixos reversos, 331
Evolvente, 396
CIM, 17 tipo mola, 412 de ajustamento, 127 em arquitetura, 183-187 helicoidais, 331
Extração e conexão, 169
Circunferências Controle de qualidade de arcos, 122 de detalhe, 183, 191 módulos, 331
desenho à mão livre de, 392 equipamentos para o, 237 de a1mações, 214 de estruturas de edificações, 219 pinhão-cremalheira, 330
tangentes a, 393 rugosidades, 245 de chanfros, 125 de implantação, 183 relação de transmissão, 331 F
Clarabóia, 186 tolerância, 288 de contornos invisíveis, 126 de instalações, 196-204 representação
Classes dimensional, 236, 237 de desenhos de janelas, 193 convencional, 332 Fabricação
de ajustes, 235 geométrica, 284 de armações, 213 de localização, 183 esquemática, 332 custo
recomendadas, 236 Coordenadas de conjunto, 127 de peças representação, 332 acabamento superficial versus, 240
de desvios fundamentais, 228 em topografia, 136 de elementos fundidas, 355 sem-fim coroa, 331 tolerância versus, 225
de qualidade ponto de referência, 137 circulares, 130 obtidas por deformação plástica, 357 Entidade CAD. Veja Conceitos fundamentais de roscas, 312
das tolerâncias angulares, 233 Cópia heliográfica, 5 eqüklistantes, 124 de perspectivas rápidas, 100-102 em CAD influência das tolerâncias, 225
e sua utilização, 226 Cordão de soldagem, 300 repetidos, 124 dobramento dos, 31 Envolvente. Veja também Princípio da Faceamento, 358
IT, 226 Correias de transmissão. Veja Transmissão por por referência, 125 em planejamento de obras, 216 envolvente, 260 Famílias de materiais, 341, 342
de rugosidade, 243 correias de fo1ma, 121 Industrial, 380-385 EP. Veja Polímeros Ferramenta de corte. Veja Torneamento
de tolerâncias, 226 Correntes de transmissão. Veja também de localização dos pilares, 212 técnico, 3 Epiciclóide, 397 Ferro fundido, 350
recomendadas em ajustes, 236 Transmissão por correntes, 432 de meias vistas, 126 clássico, 10 Equipamentos de verificação branco, 351
dos aços, 212 C01te(s) de perspectivas, 127 Desvío(s) mgosidades, 245 cinzento, 350
seleção da classe de tolerância geral, 286 de plantas em arquitetura, 195 em desenhos de conjunto, 233 tolerância designações ASTM e aplicações, 457
cotagem de, 196
CMAx· Veja Cota máxima cotas em, 195 de posição, 122 fundamentais, 226, 227, 463-466 dimensional, 237 dúctil, 351
CM1N· Veja Cota mínima de a111.1ela, 81 de vistas para eixos, 229, 230 geométrica, 284-286 maleável, 351
Índice 473
472 Índice
princípio do máximo material aplicado Seções, 83 representação do, 147-151 indireto, 258 V
Solid Edge, 129, 247, 290
aos, 281 rebatimento de, 83 TFT. Veja Monitor modificadores, 256, 257, 259, 277
Solid Works, 249, 290
relação com o princípio de máximo Segmentação, 390 Tijolos, formatos normalizados, 439 paralelismo, 265 Vãos, 185,195,206
Projeção(ões), 43
material, 277 Setas da cotagem, 118 1'IN (Triangular Irregular Network), 149 passos para a sua especificaçào, 284 mapa de, 192
cavaleira, 97
seqüência de, 258 Shading. Veja Sombreados Tipos de linha, 29 perpendicularidade, 266 Verificação das tolerâncias
central, 43, 109
Regulamento de estruh1ras de concreto armado SI. Veja Polímeros Tolerância(s) planeza, 262 dimensionais, 236
cotada(s), 138, 140, 147
e pré-esforçado, 212 SJG conversão ele unidades, 240 referenciais, 256 geométricas, 284
de gabinete, 97
Render. Veja Modelos fotorrealistas classes da base de da<los, 160 de bônus, 282 regras e passos para a sua Vidros, 350
geométricas planas, 97
Representaçào(ões) conceitos fundamentais, 157 de cones, 397 aplicação, 284 Vigas, 206, 207
militar, 97
convencionais, 59-61 constituição do, 160, 163 de peças retilineidade, 261 estribos das, 2H
oblíqua, 97 obtidas por conformação plástica, 240 simetria, 273
ortogonais, 57 de engrenagens, 332 procedimentos e operação, 165 Vista(s)
de múltiplos furos idênticos, 61 relação com o GIS, 158, 160 obtidas por fundição, 240 geral auxiliart>s, 58
paralela, 43
faces planas, 60 terminologia, 158 soldadas, 240 e indicaçào nos desenhos, 239, 288 de detalhe, 58
plano
volantes, 323 Simbologia trabalhadas, 240 simbologia ISO, 231 deslocadas, 56
horizontal de, 47
de correntes, 333 antiga dos estados de superfície, 241 dimensionais, 225-240 Topografia, 136-157 em Engenharia Civil, 185
lateral de, 47
de materiais em corte, 75 da soldagem, 298, 299 angulares, 233, 234 coordenadas, 136 escolha das, 55, 64
vertical de, 47
de polias, 334, 335 da tolerância geométrica, 257 em desenhos de conjunto, 233 Torneamento, 357 principal, 55
Projeto gerais, 239, 467
de rodas dentadas, 331 de acessórios de abastecimento de Traço espaçamento entre, 56
de arquitetura, 183 inscrição nos desenhos, 231
de rolamentos, 337 água, 198 aplicações, 29 interrompidas, 56
de moradias, 184 interpretação, 236
de roscas, 313 dos estados de superfície, 241 tipos de, 29 lateral, 47
ele concreto armado, 210 valores das, 227
de terrenos, 151 ISO da tolerância, 231 Transmissão meia vista, 60
de estabilidade, 183, 204, 214 do ajuste, 235
esquemática de engrenagens, 333 Símbolos correntes de, 432 necessárias, 55
de implantação de condutas, 153 em CAD, 225
realistas, 195 complementares de movimento, 330 parciais, 56
de infra-estruturas, 136 fundamental (IT), 225
Requisitos funcionais, 239 da cotagem, 118 por cabos, 335 principal, 47
de instalações, 197 geométricas
Resistência, 343 da tolerfmcia geométrica, 260 por correias, 334 redundantes, 55
de abastecimento de água, 183 batimento
específica, 345, 350 da tolerância geométrica, 257 dentadas, 335 suficientes, 55
elétricas, 183 circular, 274 Visualização
Retas, 389 elementares da soldagem, 298 por correntes, 333
em CAD, 378-380 total, 276 por rodas de atrito, 330 da evolução do projeto, 222
de urbanização, 136, 171 definição de inte1valo, 142 suplementares da soldagem, 299
Sistema(s) cilindricidade, 263 Trefilação, 356 gráfica de esforços, 375
fases de, 6 graduação de, 141
de eixo base, 236 circularidade, 263
sistemas de <lrcnagem, 183 paralelismo entre planos, 145
concentricidade ou coaxialidacle, 272
Protótipos, 7 Rigidez, 346 de furo base, 236
de informação geográfica. Veja SIG de posição, 270 u z
PS. Veja Polímeros específica, 346, 350
elementos a serem aplicados, 284
Rodas ISO de tolerâncias Uniões. Veja também Ligações mecânicas Zona
PTFE. Veja Polúneros forma
de atrito, 330 e ajustes, 237 cardà, 328 afetada termicamente, 297
PUR. Veja Polímeros de um contorno, 264
PVC Veja Polímeros dentadas, representação de, 331 angular, 229 de eixos, 327-329 de tolerância
de uma superfície, 264
Rolamentos, 335-337 operacional, 22 elásticos, 328 definição de, 225, 257
geral, 286-289, 468
aplicações, 337 Sobrelevação, 154 de engate, 329 exemplos de, 261
inclinação, 268
Q especificação de, 337 Software Primavera, 221 geométrica nula, 281
inscrição nos desenhos, 257 elásticas, 328
representação de, 337 Soldabrasagem, 298 Urbanização, projeto de, 136 posição da, 226
método
Quadrilátero, 391 tipos de, 336 Soldagem projetada, 260
direto, 258 Usinagem, simulação, 18
Rosca(s) com eletrodo revestido, 295
R
Raios X, 297
características, 313
cava da, 313
cônicas, 313
- por arco
elétrico, 294
submerso, 296
colagem de, 314 por atrito, 297
RA!v[, 20
crista da, 313 por chama, 294
Ramais de descarga, 201
esquerda, 313 por eletroescória, 297
Rasgos, 323,417,418 por feixe de elétrons, 297
fêmea, 311
Raster, 159
figura primitiva dos perfis, 312 por laser, 297
Realismo. Veja Modelos fotorrealistas
filete da, 311 por resistência, 296
Rebatimentos, 53
flancos da, 313 referência, 300
em cortes, 79
macho, 311 símbolos
Rebites, 325 elementares, 299
múltipla, 311
cegos, 325, 421 suplementares, 299
passo da, 311
de cabeça Soldas, tolerância, 240
perfil da, 313
contrapuncionada, 420
ISO, 313 Solid Edge, 129, 247, 290
abaulada, 421 So!id Works, 249, 290
Whitworth, 313
redonda, 420 Sombreados, 13
representação
diâmetro nominal dos, 325 Sondagens, 178
convencional de, 312
Redes
simplificada de, 313
de canalizações, 197
tipos de, 312, 313
de abastecimento de água, 203 T
Rugosidades
de climatização, 183
caracterização, 241 Taludes, 175
de comunicações, 183, 196
comp1imentos de base normalízados, 245 Teclado, 19
de drenagem, 201
definições, 240, 244 representação e definições, 187
de instalação elétrica, 203
gamas de, 244 Telhados, 187, 203
de sprinklers, 200
relação com os processos de fabricação, Tensão
diferentes tipos de, 196
243 de escoamento, 345
pluviais, 199 valores nonnalizados das, 243
Referendais de ruptura, 343
Rugosímetros, 245 Teodolitos, 137
definição, 256
função elos, 258 Tennoendurecíveis, 347, 348
indicação dos, 257 § Termoplásticos, 347, 348
direta, 258 Terraços, 187, 203
por intermédio de uma letra, 258 Sapatas, 210, 217 Terreno
ordem dos, 258 Scanners. Veja Digitalização de imagens perfil do, 153
...
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