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Filo Sofia 1
Filo Sofia 1
ARGUMENTAÇÃO/FALÁCIAS
Lógica informal
Ocupa-se, sobretudo, daquele tipo de argumentos cuja construção e avaliação dependem de
aspetos que vão para lá da forma lógica de tais argumentos.
Como avaliar argumentos?
A força de um argumento não dedutivo reside na relação de justificação entre a(s) premissa(s) e a
conclusão.
A cogência de um argumento não dedutivo consiste em aliar a força do argumento e a veracidade
das premissas.
É provável que a vacina da gripe seja eficaz na Inês, já que na maioria das pessoas saudáveis essa
vacina é eficaz, e a Inês é uma pessoa saudável.
1º Identificar as proposições presentes no argumento
(1) É provável que a vacina seja eficaz na Inês.
3º Reescrever na forma-padrão
Argumentos indutivos
Um argumento por analogia parte da premissa de que duas coisas são semelhantes em alguns
aspetos para a conclusão de que também devem ser semelhantes noutro aspeto.
Argumentos de autoridade
Um argumento de autoridade inclui nas premissas uma referência a uma entidade ou pessoa
(autoridade) e justifica a conclusão com base nessa referência.
Acredito que a velocidade da luz é constante, pois desde Einstein que todos os físicos
concordam com esta ideia.
Um bom argumento de autoridade deve:
Apelar a um verdadeiro especialista no assunto tratado
pelo argumento.
Usar-se apenas se existir consenso entre os especialistas
sobre a proposição que é defendida.
FALÁCIAS INFORMAIS
Falsa analogia
Um argumento por analogia torna-se falacioso se:
1. Não existirem semelhanças representativas entre as coisas comparadas;
2. Se as semelhanças não forem numerosas;
3. Ou se as semelhanças não forem relevantes para estabelecer a verosimilhança da
conclusão.
O livro x tem a mesma forma do livro y, o mesmo número de páginas e uma capa
idêntica.
O livro x tem um conteúdo excelente.
Logo, o livro y também tem um conteúdo excelente
Petição de princípio
Neste tipo de falácia, as premissas já assumem, direta ou indiretamente, que a conclusão é
verdadeira. Assim, as premissas não oferecem nenhuma razão para aceitarmos a conclusão.
Um soldado que perdesse a coragem deixaria de o ser, pois a verdade é que, sem
coragem, ele não seria realmente um soldado.
Falso dilema
Sempre que um argumento apresenta um número reduzido de alternativas, esquecendo a
existência de outras possibilidades, não consegue justificar adequadamente a sua conclusão.
Ad hominem
O carácter, o contexto ou o comportamento de uma pessoa não têm, geralmente, influência sobre
a verdade ou falsidade de uma proposição, ou sobre a qualidade do argumento apresentado.
Kant é um filósofo chato, frio e insensível, e é por isso que não reconhece que as
boas ações podem derivar de bons sentimentos.
Ad populum
O pensamento ou os sentimentos da maioria das pessoas não são razão suficiente para justificar a
veracidade de uma conclusão.
Boneco de palha
Esta falácia consiste em distorcer o argumento de alguém com o objetivo de o refutar mais
facilmente. Ataca-se o argumento distorcido (o boneco de palha) e conclui-se que a posição do
oponente foi refutada.
– Voto contra a lei da segurança porque ela limita a liberdade dos cidadãos.
– Quem é contra esta lei certamente prefere viver num país violento, com elevadas
taxas de criminalidade. Ninguém quer viver assim, logo devemos votar a favor.
Apelo à ignorância
Esta falácia parte da ignorância para afirmar algum conhecimento. Consiste em afirmar a
veracidade (ou falsidade) de uma proposição apenas porque não há evidência ou prova em
contrário.
Falácias Formais
1. Afirmação do consequente
Se P, então Q
Q
Então, P
2. Negação do antecedente
Se P, então Q
Não Q
Logo, não Q
O que é o conhecimento?
Que tipos de conhecimento existem?
Quais as fontes do conhecimento?
Qual a origem do conhecimento?
Será que o conhecimento é possível?
Qual o fundamento do conhecimento?
EXPERIÊNCIA: Apreensão, por parte
ATO DE CONHECIMENTO É inseparável de um contexto: de um sujeito, de uma realidade, um
modo de fazer,
Existem diferentes tipos de conhecimentos.
Uma maneira de viver, etc.,
Existe uma pluralidade de experiências.
constituindo, em muitos casos, um
modo de conhecer algo
imediatamente antes de todo o juízo
TIPOS DE CONHECIMENTO que se formula sobre aquilo que se
apreende.
SABER-FAZER
Conhecimento prático ou conhecimento de atividades.
Exemplo: saber cozinhar.
SABER-QUE
Conhecimento de proposições ou pensamentos verdadeiros.
Exemplo: saber que 2 + 2 = 4.
CONHECIMENTO POR CONTACTO
Conhecimento direto de alguma realidade.
Exemplo: conhecer Paris.
A epistemologia é o estudo do conhecimento e a justificação da crença.
Conhecimento (ou cognição) é um processo que engloba um conjunto de atividades através das
quais o sujeito organiza e procura significação para a informação obtida. O processo cognitivo
pressupõe:
Objetos a conhecer;
Sensações que apreendam os objetos captados pelos nossos sentidos;
Perceção, isto é, descodificação, classificação e organização dos dados;
Razão - cognição, isto é, interpretação lógico-racional da informação.
Metodologia usada
Sócrates pratica a ironia e a maiêutica
Sócrates (porta-voz de Platão) apresenta-se como alguém que ajuda os outros a descobrir
(maiêutica) o conhecimento; propõe, com carácter provisório, uma definição, examina-a e tenta
refutá-la.
1. O conhecimento é sensação
Refutação de Protágoras/sofistas a Sócrates
Premissas:
se cada ser humano só acede às suas próprias perceções
se a realidade que percecionamos (e da qual fazemos parte) está sempre em movimento e
nenhuma perceção se repete
Então, a realidade (e nós próprios) é reduzida à perceção que temos dela e não a podemos
conhecer nem afirmar a sua existência A realidade é relativa.
Refutação de Protágoras
Se a realidade é reduzida à perceção que temos dela, então:
cada indivíduo tem a sua versão da realidade (subjectivismo)
o próprio sujeito que conhece é apenas o conjunto das sucessivas perceções sempre
diferentes que vai tendo de si próprio, não havendo uma entidade humana que permaneça
continuamente.
Por estas razões:
o argumento de Protágoras nega-se a si mesmo por conduzir a um subjectivismo extremo
a sensação não pode ser tomada como conhecimento.
Argumentação de Sócrates
Se a sensação (ou perceção) não podem ser consideradas conhecimento, então o saber deve ser
buscado, «naquilo em que a alma (...) se ocupa das coisas que são» e «a isso se chama opinar».
Fontes de conhecimento
Pensamento ou razão— juízos a priori (5+5=10) — Juízos cuja verdade pode ser conhecida
independentemente de qualquer experiência, tendo, portanto, origem no pensamento ou
razão. São universais (são verdadeiros sempre e em toda a parte) e necessários (negá-los
implicaria entrar em contradição).
Sentidos (experiência sensível)— juízos a posteriori (ex. “O sol brilha)— Juízos cuja verdade
só pode ser conhecida através da experiência sensível Não são estritamente universais
(não são verdadeiros sempre e em toda a parte) e são contingentes – são verdadeiros, mas
poderiam ser falsos, e negá-los não implica entrar em contradição.
Modos de conhecimento
Conhecimento a priori Baseia-se em juízos a priori, tendo a sua fonte ou origem apenas
no pensamento ou na razão. É justificado pela razão e não pela experiência.
Conhecimento a posteriori Baseia-se em juízos a posteriori, tendo a sua origem na
experiência. É o conhecimento empírico, justificado pela experiência.
Todo o conhecimento começa com a experiência, mas nem toda deriva da experiência,
segundo Kant.
Em Síntese
Sujeito?
Objeto?
No processo de conhecimento quem se transforma é o sujeito.
Para o sujeito passa apenas uma representação do objeto.
Mas, é possível conhecer? Sim. Segundo Descartes através das ideias (racionalismo), segundo D.
Hume através dos sentidos (apenas o que vemos/o que é real) (empirismo).