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RELATÓRIO AVALIATIVO

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA – ABA


1 - Identificação
Nome: CALEBE
Data de Nascimento:
Filiação: Mãe
Endereço:
Avaliadora: Mikaella Silva Dias
Especialista em Análise do Comportamento Aplicada – ABA e Autismo
Mestranda em ABA

2 – Finalidade e Descrição da demanda


Em janeiro de 2024, os responsáveis do CALEBE procuraram os meus serviços avaliação e investigação
diagnóstica e rastreio dos marcos do desenvolvimento, bem como as habilidades que ainda não estão no
repertório da criança.

3 – Procedimentos
Os dados apresentados nesse relatório são baseados em:
- Observações comportamentais das habilidades (utilizou-se de atividades lúdicas estruturadas e livres), -
Anamnese
- CARS – Childhood Autism Rating Scale
- ATA – Escala de Traços Autísticos
- PROTEA-R
- PORTAGE;
- VBMAPP - Instrumento de avaliação dos marcos do desenvolvimento
- DSM-V - Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição.

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4 – Análise de resultados
1 - Dados levantados a partir da anamnese:
- Considerações relevantes da anamnese:
Foi relatado como queixa principal o atraso no desenvolvimento da fala e mudança de humor.
Parto cesariana eletiva. Começou a andar com 1 ano . Não apresenta controle dos esfíncteres.
A responsável relatou comportamentos de hiperatividade, dificuldade de atenção, medo excessivo, busca por
atenção, dificuldade em tranquilizar, ansiedade, rotinas inflexíveis, ocorrências de birras fortes, não seguir
instruções e regras.
De acordo com o relato, CALEBE manifesta insistência em manter a rotina, dificuldade em aceitar mudanças
de ambientes.
Sem presença de seletividade alimentar: Come de tudo.
Presença de sensibilidade tátil: ao toque físico,vestir roupa, texturas diferentes; e auditiva: ruídos .

- Estimulações e tratamentos anteriores:


A criança não recebeu estimulações e tratamentos anteriores.

2 - Dados levantados a partir da observação clínica:

Durante a observação clínica percebeu-se dificuldade de interação social, CALEBE apresenta dificuldade em
realizar intercâmbio social adequado, realizou algumas trocas, principalmente estabelecendo contato visual.
Apesar disso, verificou-se interesse social reduzido, seu foco estava mais direcionado aos usos dos objetos.
No que se refere a comunicação, percebeu-se alteração e atraso no desenvolvimento linguagem expressiva,
na sessãos CALEBE demonstrou intenção comunicativa, apesar disso, notou-se fala inteligível: as palavras
apresentam-se com a articulação comprometida, de difícil compreensão. Verificou-se ausência de palavras
completas e presença de estereotipias vocais.
Acerca da linguagem de compreensão, atende ao ser chamado pelo nome assistematicamente,
apresentou capacidade de seguir comandos básicos e realizar identificação de itens (animais, parte do corpo
humano, alimentos) de forma receptiva (ex: “onde está a vaca?” > paciente emitia comportamento de apontar
a resposta correta).
Percebeu-se carência na comunicação não-verbal: não utilizou a expressão facial, ou vocal com a frequência
esperada. Também apresentou menor uso do contato visual do que o usual.
Ao manipular os brinquedos, observou-se o início do desenvolvimento do brincar funcional. A continuidade
das brincadeiras foi interrompida devido à presença de agitação motora e à constante troca de estímulos.

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3 - Dados levantados a partir das testagens e dos protocolos de avaliação:

3.1 - ESCALAS DE OBSERVAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO DE AUTISMO:


- CARS
- ATA
- DSM-V
- M-CHAT
- PROTEA-R

- CARS - Escala de Avaliação do Autismo na Infância


Pela Escala CARS,
apresentou CALEBE preenche os critérios de Transtorno Déficit Atenção com Hiperatividade pois
pontuação
33, com sinais ligeiramente moderados.

Menor que 30 = normalidade – não autista


De 30 a 37 = ligeiramente autista
Maior que 37 = autismo com significativo comprometimento

- ATA - Escala de Traços Autísticos


Pela Escala ATA, CALEBE não preenche os critérios de TEA, apresentando pontuação 19
Acima de 23 = risco de suspeita em TEA

- DSM-V
Nas respostas obtidas pelas anotações dos familiares e relatados nos comportamentos apresentados por CALEBE
o menor não enquadra-se dentro dos critérios para suspeita de TEA.

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- M-CHAT – Escala Modified Checklist for Autism in Toddlers

Pela Escala M-CHAT, CABELE não preencheu os critérios de Transtorno do Espectro Autista,
apresentou pontuação 6.
Baixo Risco - 0 a 2
Risco Moderado - 3 a 7
Alto Risco - 8 a 20

- PROTEA-R

O Sistema de Avaliação da Suspeita de Transtorno do Espectro Autista (PROTEA-R). É um instrumento com


objetivo de rastrear a presença de comportamentos inerentes à sintomatologia do Transtorno do Espectro
Autista (TEA), através da sistematização da observação clínica do desenvolvimento infantil.

Escala e Escore Escala de Frequência


Itens Críticos qualidade convertido
Iniciativa de atenção compartilhada C 2 Baixa
Resposta de atenção C 2 Média
compartilhada
Imitação B 3Baixa

Brincadeira simbólica D 3Alta


Movimentos Repetitivos de outras B 1 Baixa
partes do corpo
TOTAL 7
Referência de Escore:
0 = Sem risco para TEA
1 à 8 = Com risco relativo para TEA
9 à 15 = Com risco para TEA

Os Itens Críticos pontuados na tabela sugerem que CABELE apresenta risco para TEA.

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3.2 - ESCALAS DE COMPORTAMENTOS ADAPTATIVOS E MARCOS DO DESENVOLVIMENTO:

- PORTAGE

Inventário de Portagens Operacionais (OPI) é uma escala de avaliação e cálculo da idade de desenvolvimento
de crianças de 0 a 6 anos, respondido pelos responsáveis.
Consiste de 580 itens organizados em 6 grandes áreas de desenvolvimento:
1 – socialização; 2 - linguagem compreensiva (receptivas); 3 - linguagem emitida (expressiva), 4 - cuidados
pessoais, 5 - cognitiva e 6 - motora.

Conforme mostra na tabela acima, a média geral da idade de desenvolvimento global do CALEBE é de 33,58
meses.
Lembrando que a avaliação do PORTAGE foi realizada em janeiro de 2024, no período em que CABELE apresenta
idade cronológica de 72 meses.
* Veja a idade pontuada para cada área do desenvolvimento.

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Conforme mostra o gráfico acima, CABELE apresenta atraso em 3 das 6 áreas do desenvolvimento infantil:
linguagem emissão e compreensão, cuidados próprios, habilidade cognitiva e psicomotora.

CABELE apresentou prejuízo na habilidade de linguagem de compreensão. A linguagem compreensiva é


referente ao processo de recepção e compreensão da mensagem recebida dos outros.
Verificou-se atraso na área da linguagem de emissão, que se refere a capacidade de se expressar e demonstrar
o que deseja, tanto através da comunicação verbal e não-verbal (gestos e vocalizações), sendo a área que
apresenta maior prejuízo no momento.
Percebeu-se dificuldade na realização de cuidados próprios com autonomia.
A habilidade cognitiva se refere a construção de conhecimento, apresenta-se dentro dos marcos do
desenvolvimento.
O desenvolvimento psicomotor apresenta-se com certo atraso. Nesse aspecto são avaliados movimentos
relacionados com as atividades motoras grossas e com as atividades motoras finas.

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- VBMAPP

O VB-MAPP, de autoria de Mark L. Sundberg (2008), é um instrumento de avaliação baseado na proposta


comportamental sobre a linguagem (Skinner, 1957). Essa avaliação fornece uma medida sobre os
comportamentos (habilidades e déficits) da criança na área verbal e demais habilidades relacionadas.

Avaliação dos Marcos do Desenvolvimento:

A avaliação do componente 1 do VB-MAPP é dividida em três níveis, baseados nos marcos de desenvolvimento:
Nível 1 (0-18 meses), Nível 2 (18- 30 meses) e Nível 3 (30-48 meses). A criança foi avaliada de acordo com os
critérios do Nível 3

NÍVEL 1 - (Habilidades esperadas por um crianças de 0-18 meses)

Mando Tato Percepção


(Solicitações) (Nomeação)
Ouvinte Visual Brincar Social Imitação Ecoico Vocal

Legenda VBMAPP
Habilidades apresentadas por GAEL durante a avaliação realizada em janeiro de 2024
Déficit de Habilidades, alvos para intervenção em Psicoterapia ABA intensiva e naturalística.

Repertórios Avaliados e Resultados da Avaliação

A avaliação contemplou repertório de fazer pedidos e solicitações (Mandos), de nomear objetos, ações e
estímulos do ambiente físico (Tato), de imitar movimentos motores, as habilidades de ouvinte, as
discriminações visuais (VP/MTS), o brincar de forma independente, as habilidades sociais e o repertório de
imitação vocal (Ecóico).

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Habilidades Verbais
Descrição geral da habilidade REPERTÓRIO INICIAL
Habilidade DA CRIANÇA
Avaliação das habilidades de pedir na presença do item desejado com dica Pontuação alcançada
ecoica (modelo da palavra a ser repetida) ou por meio de gestos
específicos ou PECS (Picture Exchange Communication System),
Mando generalizar seus pedidos para pelo menos duas pessoas e pedir diferentes ½ ponto
(Solicitações) itens para diferentes pessoas espontaneamente.
Tato (Nomeações) Avaliação das habilidades de nomear objetos, partes do corpo, ações,
situações, inferências, figuras e estímulos do ambiente físico.
Não pontuou nessa
A Avaliação das habilidades intraverbais consistem em mensurar as
habilidade
habilidades de responde verbalmente as palavras dos outros (ele também
pode responder intraverbalmente às suas próprias palavras). O
comportamento intraverbal envolve "falar sobre" coisas e atividades que
não estão presentes. Por exemplo, dizendo "ônibus", como resultado de Não pontuou nessa
Intraverbal ouvir
habilidade
alguém dizer "as rodas no...", isto é o comportamento intraverbal.
Responder
a perguntas como: "O que você fez ontem?" e outras linguagens mais
Ouvinte complexas.
Avaliação das habilidades de ouvinte que são pré-requisito para habilidades
(Receptivo)
verbais complexas, por exemplo, estabelecer contato visual diante de
conversa e/ou música cantada por uma pessoa, estabelecer contato visual 2,5 pontos
ao ser chamado pelo nome, selecionar e/ou apontar para pessoas familiares
e itens reforçadores, seguir instruções motoras simples e selecionar/apontar
itens (objetos ou figuras).
Avaliação da capacidade da criança repetir (ecoar) sílabas, consoantes, e
palavras simples emitidas por outro falante. Esta habilidade é medida no
Não pontuou nessa
Early Echoic Skills Assessment (EESA) que fornece diretrizes de como os
habilidade
sons da fala são adquiridos em crianças com desenvolvimento típico. A
capacidade de ecoar é considerada essencial para o desenvolvimento da
Ecóico linguagem. Avaliação da frequência e qualidade de vocalizações
espontâneas. Trabalha
a construção de músculos vocais, permitindo o controle muscular para 1,5 pontos
Vocalização formar sons e, finalmente palavras e ainda, permite que a criança examine e
espontânea teste suas habilidades de combinar e produzir novos sons.
Habilidades visuais
Habilidades Avaliação das capacidades de seguir com os olhos o movimento de objetos,
Visuais e pegar objetos com os dedos em “pinça”, manter a atenção a um único item
Emparelhamento ou a um grupo de materiais por pelo menos 30 segundos, completar jogos 3 pontos
de Identidade ou
(VP/MTS) atividades de encaixe e emparelhar itens ou figuras iguais.
Habilidades sociais
Esta área contém propriedades verbais semelhantes como o comportamento
Ecóico (isto é, aquisição de American Sign Language). A Imitação Motora
Não pontuou nessa
representa a capacidade da criança de repetir um comportamento realizado
por outra pessoa. Fortes habilidades de imitação motoras são vitais para a habilidade
aprendizagem de habilidades simples e complexas, tais como, linguagem
corporal, habilidades de autoajuda, desenvolvimento de jogos e
Imitação comportamentos sociais, e outros tipos de atividades em grupo
Avaliação das habilidades de manipular brinquedos e brincar
independentemente, incluindo manipular e explorar brinquedos ou objetos,
de acordo com a sua idade de modo que essa manipulação seja a sua própria
recompensa. É vital para várias áreas de habilidades, incluindo a coordenação 3 pontos
olho-mão, a aprendizagem de causa e efeito, o comportamento

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Brincadeira on-farefa, fornecendo sustentação para o comportamento social e
Independente discriminação visual.
Avalia as habilidades que são pré-requisitos para repertórios sociais mais
complexos de interação com adultos e crianças (como interagir e estabelecer
conversação). Alguns dos comportamentos avaliados nesta área são, por 1 ponto
Brincadeira Social exemplo, estabelecer contato visual com adultos e crianças, aproximar-se e
Atenção social e iniciar interação física, imitar ações de outros adultos e crianças em contexto
compartilhada social.

Avaliação de barreiras de aprendizado

Legenda: 0 = Nenhum problema 1 = Problema ocasional 2 = Problema moderado 3 = Problema persistente 4 = Problema severo

Barreira de aprendizagem Pontuação recebida


0 1 2 3 4
Comportamento problema
Apresenta comportamento negativo diversa vezes ao dia, e oferece risco algum perigo para a criança ou
para os outros.
Controle instrucional
A desobediência é um problema sério todos os dias e apresentas comportamentos intensos
Mando ausente, fraco ou comprometido
Não emite mandos funcionais ou demonstra e não apresenta outra habilidade verbais.

Tato comprometido
O repertório de nomeações é inexistente ou limitado, mesmo que responda a ouvinte e ecóico.
Ecóico comprometido
Dificuldade de adquirir comportamento ecóico. As tentativas de ensinar ecóico provocam fuga e
esquiva.
Imitação comprometida
possui qualquer habilidade imitativa e as tentativas de ensinar fracassam repetidamente
Percepção visual e emparelhamento com modelo
Apresenta dificuldade de adquirir habilidade de MTS, apesar de ter outras habilidades.
Repertório de ouvinte comprometido
Apresenta dificuldade de adquirir habilidade de ouvinte, apesar de ter outras habilidades.
Intraverbal deficitário
Apresenta dificuldade em adquirir um comportamento intraverbal funcional significativo.
Habilidades sociais deficitárias
Apresenta linguagem, mas evita outras crianças. Se comporta de forma negativa ou inapropriada
quando é preciso interagir socialmente, e assim não responde aos mandos de outras crianças para
participar de atividades.

Dependente
As de dicas
dicas são muito difíceis de serem esvanecidas e dicas ecoicas, imitativas ou verbais são necessárias
na maioria das respostas.
Scrolling - Chutar respostas que foram previamente reforçadas
Os chutes continuam prevalecendo com palavras previamente aprendidas, e ocorrem com mandos,
tatos, discriminações auditivas e intraverbais, mas não com ecóico ou imitação, poucas palavras
novas são aprendidas
Falha em olhar para estímulos
Não rastreia, responde antes da instrução ser fornecida ou ainda, quando solicitado a rastrear um
conjunto, apresenta comportamento negativo.
Fracasso em fazer discriminações condicionais

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Não faz discriminações condicionais apesar de apresentar algumas discriminações simples, tais como
observadas em mando simples, ecoicos, tatos e imitação.
Fracasso em generalizar
Não generaliza, exceto tipos de generalização muito simples em respostas habituais, progresso leto.
Motivações atípicas
Motivações muito limitadas, motivações estranhas que são fortes, poucas motivações apropriadas para
a idade.
Custo da resposta enfraquece a resposta
Sai de perto dos seus reforçadores mais potentes se a demanda mais leve é colocada.
Dependência de reforçador
Depende de reforçadores consumíveis e tangíveis liberados após cada resposta para a aprendizagem
acontecer.

Auto-estimulação
Quase constantemente engaja-se em alta taxa de auto-estimulação, outros reforçadores são fracos.

Articulação comprometida
Tem uma linguagem completamente ininteligível, apesar de pontos altos em outros marcadores avaliados,
como brincar e percepção visual e emparelhamento.
Comportamento obsessivo compulsivo
Fortes obsessões são o foco mais importante de cada dia, elas podem consumir uma quantidade
significante de tempo, comportamentos negativos podem ser severos se as obsessões não são
cumpridas, e a aprendizagem é regularmente interrompida
Comportamento hiperativo
Normalmente é difícil de controlar o comportamento hiperativo, pode não espera em filas, sentar-se
calmamente ou ficar em tarefas mais longas do que alguns minutos exigem dicas frequentes.
Falha ao fazer contato visual
Quase nunca não faz contato visual, evita pessoas, mas pode ter habilidades verbais.
Defesa sensorial
Consistentemente reage a estímulos sensoriais específicos com comportamentos negativos, a presença
de certos estímulos sensoriais competente com atividades educacionais.

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5 – Conclusão
A hipótese diagnóstica é levantada a partir dos dados colhidos por meio de entrevista clínica realizada com os
responsáveis, pelo uso de testes para auxiliar no rastreio e por observação direta. Utilizando a Classificação
Internacional de Doenças (CID-11) e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5-TR),
para verificar aspectos correspondentes aos critérios diagnósticos, tais como: atrasos de desenvolvimento e
desvios nas interações sociais recíprocas, linguagem, comunicação, padrões de comportamentos e interesses
restritos, repetitivos e estereotipados.
De acordo com PORTAGE - Escala de avaliação e cálculo da idade de desenvolvimento de criança, as
habilidades de GAEL encontram-se especificamente com uma média geral de 72 meses de idade (Veja a
idade pontuada para cada área do desenvolvimento no gráfico acima).
Diante da observação clínica, destaca-se a evidente dificuldade de interação social por parte de CALEBE,
demonstrando interesse interpessoal reduzido quando deseja.
No âmbito da comunicação, torna-se perceptível uma alteração e atraso no desenvolvimento da linguagem
expressiva. A intenção comunicativa de CABELE foi identificada durante a sessão, no entanto, a fala
apresentou-se comprometida em termos de articulação, ausência de palavras completas e a presença de
estereotipias vocais. Quanto à linguagem de compreensão, CABELE respondeu de maneira assistemática ao
ser chamado pelo nome, demonstrando capacidade de seguir comandos básicos e identificar itens de forma
receptiva.
O engajamento social, aliada à limitação na expressão oral e alterações na coordenação entre os canais
comunicativos, sinaliza desafios importantes na interação social e na comunicação.
É importante considerar a necessidade de estratégias de intervenção que visem o desenvolvimento da
linguagem, o estímulo à flexibilidade comportamental, à melhora na coordenação dos canais comunicativos
e à promoção de uma maior reciprocidade nas interações sociais. A presença de rigidez comportamental,
sensibilidade tátil e são dados de suma importância para a avaliação do caso.
Sendo assim, verificou-se alterações nos três domínios fundamentais: nas capacidades de comunicação
(verbal e não verbal), nas interações sociais e no comportamento, a nível dos interesses e das atividades.

Pela avaliação com os instrumentos reconhecidos nacional e internacionalmente, CARS, ATA, M-CHAT,
PROTEA-R, PORTAGE, VB-MAPP, DSM V e pela observação clínica, concluí que o menor CABELE apresenta
quadro sugestivo para o quadro clínico de “TRANSTORNOS DÉFICIT DE ATENÇÃO (TDAH).

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6 – Sugestões
É recomendável que CALEBE receba os seguintes serviços para atender às necessidades de desenvolvimento:

Para a criança:
1 - Dar continuidade ao acompanhamento médico especializado com neurologista
2 - Terapia Comportamental - Análise do Comportamento Aplicada (ABA) intensiva com 40 horas semanais,
com técnicas de ensino naturalísticas.
3 - Fonoaudiólogo
4 - Neuropsicopedagoga
5 - Psicologico TCC
6 - Acompanhamento multidisciplinar e EQUIPE ALINHADA

Para a família:
1 - Acompanhamento psicológico para a criança e família, afim de que possa ser acompanhado os
comportamentos em alterações, e possibilitar que a criança desenvolva uma forma mais adaptativa para
tais situações, aliviando os impactos e favorecendo o seu desenvolvimento global.
2 - Orientação psicológica familiar.

Vale ressaltar que de acordo com o artigo 9 do Código de Ética do ANALISTA ¹ as informações contidas no presente
relatório encontram-se protegidas pelo sigilo profissional, cabendo a seu destinatário preservar seu caráter confidencial.

RIO MARIA- PA, 24de MARÇO de


2024

MIKAELLA SILVA DIAS


Especialista em Análise Aplicada do Comportamento – ABA e Autismo
Mestranda em ABA

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