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Foram usados 45 temas de redações para produção e mais de 50 redações Nota 1000 para
reescrita e aprendizado em 160 páginas.
Você já deve saber que todas as propostas de redação no Enem (e outros vestibulares)
vêm acompanhadas de um ou mais textos de apoio para auxiliar na produção da sua
dissertação, ajudando os candidatos a definirem seus pontos de vistas sobre o tema em
questão e deixando o processo de criação menos complicado. Veja algumas dicas de como
aproveitar esses textos da melhor forma:
Leia com atenção os textos de apoio!
Os textos motivadores muitas vezes podem indicar algumas das linhas de raciocínio que a
banca corretora do exame gostaria de ver na sua redação, por isso é muito importante lê-los
com bastante atenção.
Não sabe por onde começar?
Se você não sabe como começar a sua redação, os textos de apoio podem ser de muita
ajuda. Como eles sempre vão indicar reflexões válidas e importantes a respeito do tema, você
pode utilizar o mesmo raciocínio como ponto de partida para o seu texto.
Mantenha a sua originalidade
Mesmo que esses textos sejam ótimas oportunidades de você começar a refletir sobre o que
escrever na sua redação, os candidatos NÃO DEVEM USAR ESTES MATERIAIS PARA
SOMENTE REPRODUZIR AS INFORMAÇÕES E PONTOS DE VISTAS APONTADOS
(copais
sem citação ou literalmente transcrição). Esta prática poderia influenciar negativamente na
nota final de sua redação podendo acarretar, inclusive, em sua anulação. É importante
saber que os trechos copiados dos textos motivacionais não são considerados na contagem
de linhas, ou seja, não serão considerados pela banca avaliadora.
Aproveite os dados
É muito comum encontrar dentro dos textos motivadores dados relevantes para a proposta
temática em questão, como gráficos e estatísticas. Essas informações podem ser utilizadas,
por exemplo, para provar os seus argumentos por meio de raciocínios, ou justificar a
relevância de sua proposta de intervenção:
“Visto que atualmente as mulheres ganham 30% menos que os homens, é preciso…”
Além disso, esses dados também devem ser aproveitados para você explicar em seu texto
por quais razões tais fenômenos acontecem, ao invés de apenas indica-los.
Nunca ignore os textos de apoio
Por fim, nunca deixe de ler os textos! Além de deixar passar informações que podem ser
bastantes relevantes para a elaboração de sua redação, você poderá deixar raso o seu
texto por não compreender bem a proposta temática. Por isso, mesmo se você não estiver
com muito tempo na hora, sempre dê uma lida nos materiais de apoio disponibilizados.
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Na introdução deve-se fazer uma alusão histórica, literária (conceitual), sociológica sobre a
temática. Deve ter também seus argumentos a serem desenvolvidos. Por fim, deve ser
formado por três frases completas, ou seja, deve ter três sinais de pontuação como: ponto final,
interrogação ou exclamação.
No desenvolvimento se constrói um paragrafo para cada um citado na introdução. Se dois
foram citados, dois são os parágrafos, se foram 3 ou 4, a mesma quantidade de parágrafos
para se desenvolver o argumento. Importante citar aqui um autor que embase seu pensamento
sobre o tema.
Como descrito no paragrafo anterior o desenvolvimento pode ter mais de um parágrafo.
Como saber qual ideia chave foi desenvolvida? Observe o modelo que há destaque para
alguns termos e esses termos coincidem no desenvolvimento 1 e 2.
Por fim, a conclusão inicia com uma conjunção conclusiva (veja 56 e 158) retomando a ideia
principal do texto: como fazer uma redação nota 1000. É na conclusão que encontramos o
projeto de intervenção, ele deve ser feito com base em três indagações: quem vai fazer?
Aqui é um órgão estatal ou uma parte da sociedade que vai atuar. O que vai fazer? Aqui
explica-se a ação que vai ser desenvolvida. Como vai fazer? Destaca-se como vai ser essa
ação. Lembrando que redação do Enem é problema social, logo, é função do Governo
Federal fazer alguma coisa por isso e da sociedade de cobrar algo.
Vejamos um modelo. Paula Lage Freire, do Rio de Janeiro. (enem 2014)
Responsabilidade social
A Revolução Técnico-Científica do século XX inaugurou a Era da Informação e possibilitou a
divulgação de propagandas nos meios de comunicação, influenciando o consumo dos
indivíduos de diferentes faixas etárias. Nesse contexto, a publicidade destinada ao público
infantil é motivo de debates entre educadores e psicólogos no território nacional. Assim, a
proibição parcial da divulgação de produtos para as crianças é essencial para um maior
controle dos pais e para um menor abuso de grandes empresas sobre os infantes.
Os indivíduos com idade pouco avançada, em sua maioria, ainda não possuem condições
emocionais para avaliar a necessidade de compra ou não de determinado brinquedo ou
jogo. Isso porque eles não desenvolveram o senso crítico que possibilita uma escolha
consciente e não impulsiva por um produto, como já observou Freud em seus estudos sobre
os desejos e impulsos do homem. Consequentemente, os pais, principais responsáveis pela
educação dos filhos, devem ter o controle sobre o que é divulgado para eles, pois possuem
maior capacidade para enxergar vantagens e desvantagens do que é anunciado.
Além disso, pela pouca maturidade, as crianças são facilmente manipuláveis pela mídia. Isso
ocorre por uma crença inocente em imagens meramente ilustrativas, que despertam a
imaginação e promovem o deslocamento da realidade, deixando a sensação de admiração
pelo produto. Como consequência, empresas interessadas na venda em larga escala e no
lucro aproveitam esse quadro para divulgar propagandas enganosas, em muitos casos.
Portanto, é fundamental uma regulação da publicidade infantil, permitindo-se o controle de
responsáveis e impedindo-se ações irresponsáveis de muitas empresas. Faz-se necessário,
então, que propagandas com conteúdo infantil sejam direcionadas aos responsáveis em
horários mais adequados, à noite, por exemplo, evitando-se o consumo excessivo dos
anúncios pelas crianças. Ademais, o Governo Federal deve promover uma central nacional
de reclamações para denúncias de pais, via internet ou telefonema, que avaliem determinada
informação como abusiva ou desnecessária na mídia. Assim, infantes viverão com maior
segurança e proteção.
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Na introdução deve-se fazer uma alusão histórica, literária (conceitual), sociológica sobre a
temática. Deve ter também seus argumentos a serem desenvolvidos. Por fim, deve ser
formado por três frases completas, ou seja, deve ter três sinais de pontuação como: ponto final,
interrogação ou exclamação.
No desenvolvimento se constrói um paragrafo para cada um citado na introdução. Se dois
foram citados, dois são os parágrafos, se foram 3 ou 4, a mesma quantidade de parágrafos
para se desenvolver o argumento. Importante citar aqui um autor que embase seu pensamento
sobre o tema.
Como descrito no paragrafo anterior o desenvolvimento pode ter mais de um parágrafo.
Como saber qual ideia chave foi desenvolvida? Observe o modelo que há destaque para
alguns termos e esses termos coincidem no desenvolvimento 1 e 2.
Por fim, a conclusão inicia com uma conjunção conclusiva (veja 56 e 158) retomando a ideia
principal do texto: como fazer uma redação nota 1000. É na conclusão que encontramos o
projeto de intervenção, ele deve ser feito com base em três indagações: quem vai fazer?
Aqui é um órgão estatal ou uma parte da sociedade que vai atuar. O que vai fazer? Aqui
explica-se a ação que vai ser desenvolvida. Como vai fazer? Destaca-se como vai ser essa
ação. Lembrando que redação do Enem é problema social, logo, é função do Governo
Federal fazer alguma coisa por isso e da sociedade de cobrar algo.
Vejamos um modelo. Paula Lage Freire, do Rio de Janeiro.
A Constituição Federal de 1988 ― norma de maior hierarquia do sistema jurídico brasileiro
― garante o acesso ao lazer. No entanto, a população se mostra distante da realidade
prometida pela norma constitucional, haja vista que os cinemas brasileiros recebem um
público cada vez menor. Dessa forma, entende-se que a desigualdade regional, bem como
a elitização do acesso ao cinema apresentam-se como entraves para a inclusão na esfera
cinematográfica.
Em primeiro plano, é necessário ressaltar que o acesso ao cinema é mal distribuído no
território brasileiro. A esse respeito, em 1956, durante o governo de Juscelino Kubitschek,
multinacionais se instalaram no Brasil, majoritariamente, nas regiões Sul e Sudeste. Desse
modo, na contemporaneidade, o país expandiu sua preferência regional para a indústria
cinematográfica, de modo que as regiões Norte e Nordeste ainda apresentam-se excluídas a
esse acesso ao lazer, pelo fato de as empresas preferirem construir os cinemas em grandes
metrópoles as quais lhes darão mais lucro. Nesse viés, enquanto parcela do país for
privilegiada, o direito constitucional será uma realidade distante para parte da população.
Ademais, outro fator é responsável pela deficiência da democratização no âmbito
cinematográfico: a elitização do acesso. Segundo o filósofo Pierre Lévy, toda tecnologia cria
seus excluídos, de fato, a população de baixa renda é mantida excluída no que diz respeito
à tecnologia do cinema, devido à segregação socioespacial. Nesse sentido, grande parcela
dos cinemas se localizam em "shoppings centers", com ingressos caros que nem todos
podem pagar. Desse modo, é necessário que medidas sejam tomadas para garantir o
acesso a todas as classes.
Fica evidente, portanto, que nem todos têm acesso ao cinema como entretenimento. Nesse
contexto, cabe ao Ministério da Cultura ― órgão responsável pelo sistema cultural brasileiro
― garantir à população a oportunidade de frequentar um cinema, por intermédio de políticas
de descontos na compra de ingressos de acordo com a renda, a fim de incluir toda
sociedade no "mundo cinematográfico". Dessa forma, os brasileiros verão o direito
garantido pela Constituição como uma realidade próxima.
Antônio Ivan Araújo, Ceará
Em primeiro lugar, nota-se que as propagandas voltadas ao público mais jovem podem
influir nos hábitos alimentares, podendo alterar, consequentemente, o desenvolvimento
físico e a saúde das crianças. Os brindes que acompanham as refeições infantis ofertados
pelas grandes redes de lanchonetes, por exemplo, aumentam o consumo de alimentos
muito calóricos e prejudiciais à saúde pelas crianças, interessadas nos prêmios. Esse
aumento da ingestão de alimentos pouco saudáveis pode acarretar o surgimento precoce
de doenças como a obesidade.
Em decorrência disso, cabe ao Governo Federal e ao terceiro setor a tarefa de reverter esse
quadro. O terceiro setor – composto por associações que buscam se organizar para
conseguir melhorias na sociedade – deve conscientizar, por meio de palestras e grupos de
discussão, os pais e os familiares das crianças para que discutam com elas a respeito do
consumismo e dos males disso. Por fim, o Estado deve regular os conteúdos veiculados
nas campanhas publicitárias, para que essas não tentem convencer pessoas que ainda não
têm o senso crítico desenvolvido. Além disso, ele deve multar as empresas publicitárias que
não respeitarem suas determinações. Com esses atos, a publicidade infantil deixará de ser
tão prejudicial e as crianças brasileiras poderão crescer e se desenvolver de forma mais
saudável."
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É importante pontuar, de início, que a abusiva publicidade na infância muda o foco das
crianças do que realmente é necessário para sua faixa etária. Tal situação torna essas
crianças pequenos consumidores compulsivos de bens materiais, muitas vezes
desapropriados para determinada idade, e acabam por desvalorizar a cultura imaterial,
passada através das gerações, como as brincadeiras de rua e as cantigas. Prova disso são
os dados da UNESCO afirmarem que cerca de 85% das crianças preferirem se divertir com
os objetos divulgados nas propagandas, tornando notório que a relação entre ser humano
e consumo está “nascendo” desde a infância.
É fundamental pontuar, ainda, que o crescimento do Brasil está atrelado ao tipo que infância
que está sendo construída na atualidade. Essa relação existe porque um país precisa de
futuros adultos conscientes, tanto no que se refere ao consumo, como às questões políticas
e sociais, pois a atenção excessiva dada à publicidade infantil vai gerar adultos alienados e
somente preocupados em comprar. Assim, a ideia do líder Gandhi de que o futuro
dependerá daquilo que fazemos no presente parece fazer alusão ao fato de que não é
prudente deixar que a publicidade infantil se torne abusiva, pois as crianças devem lidar da
melhor forma com o consumismo.
Dessa forma, é possível perceber que a publicidade infantil excessiva influencia de maneira
negativa tanto a infância em si como também o Brasil. É preciso que o governo atue
iminentemente nesse problema através da aplicação de multas nas empresas de
publicidade que ultrapassarem os limites das faixas etárias estabelecidos anteriormente pelo
Ministério da Infância e da Juventude. Além disso, é preciso que essas crianças sejam
estimuladas pelos pais e pelas escolas a terem um maior hábito de ler, através de
concessões fiscais às famílias mais carentes, em livrarias e papelarias, distando um pouco
do padrão consumista atual, a fim de que o Brasil garanta um futuro com adultos mais
conscientes. Afinal, como afirmou Platão: “o importante não é viver, mas viver bem”.
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A relação entre pais, filhos e seu consumo se torna conflituosa. As crianças perdem a noção
do limite, que lhes é tirada pela mídia quando a mesma reproduz que tudo é possível. Como
forma de solucionar esse conflito, o governo federal pode criar leis rígidas que restrinjam a
publicidade de bens não duráveis para crianças. Além disso, as escolas poderiam
proporcionar oficinas chamadas de “Consumidor Consciente” em que diferenciam consumo
e consumismo, ressaltando a real utilidade e a durabilidade dos produtos, com a distribuição
de cartilhas didáticas introduzindo os direitos do consumidor. Esse trabalho seria efetivo
aliado ao diálogo com os pais.
Logo, o Estado deve estabelecer um limite para os comerciais voltados ao público infantil
por meio da proibição parcial, que estabelece horários de transmissão e faixas etárias. Além
disso, o uso de personagens de desenhos animados em campanhas publicitárias infantis
deve ser proibido. Para efetivar as ações estatais, instituições como a família e a escola
devem educar as crianças para consumirem apenas o que é necessário. Apenas assim o
consumo consciente poderá se realizar a médio prazo."
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O sociólogo Michel Foucault afirma que 'nada é político, tudo é politizável, tudo pode tornar-
se político'. A publicidade politiza o que é imprescindível ao consumidor à medida que abarca
a função apelativa associada à linguagem empregada na disseminação da imagem de um
produto, persuadindo o público-alvo a adquiri-lo.
Por outro lado, a criança necessita de um espaço que a permita crescer de modo saudável,
ou seja, com qualidade de vida. Os abusos publicitários afetam essa prerrogativa: ao
promoverem o consumo exarcebado, causam dependência material, submetendo crianças
a um círculo vicioso de compras, no qual, muitas vezes, os pais não podem sustentar. A
felicidade é orientada para um produto, em detrimento de um convívio social saudável e
menos materialista.
Por ser uma questão de cunho global, as ações de propagandas infantis também são
vivenciadas no Brasil. Embora a economia passe por um período de recessão, a vontade
de consumir pouco mudou nos brasileiros. Com os jovens não é diferente, influenciados,
muitas vezes, por paradigmas de inferioridade social impostos tanto pela mídia, quanto pela
sociedade, além de geralmente serem desprovidos de uma educação de consumo, tornam-
se adultos desorganizados financeiramente, ao passo que dão continuidade a esse ciclo
vicioso.
Diante desse cenário, os prejuízos são sentidos também pela natureza, uma vez que o
descarte de materiais gera poluição e mudança climática na Terra. No entanto, o Brasil
carece de medidas capazes de intervir em ações publicitárias direcionadas àqueles que
serão o futuro da nação, hoje, facilmente manipulados e influenciados por personagens
infantis e pela modernização em que passam os produtos. Em outras palavras, é preciso
consumir de maneira consciente desde a infância, para que se construam valores e
responsabilidade durante o desenvolvimento do indivíduo.
Dessa forma, sabe-se que coibir a propaganda voltada ao público infanto-juvenil não é a
melhor medida para superar esse problema. Cabe aos pais, cobrarem ações do governo –
criação de leis mais rigorosas – além de agirem diretamente na formação e educação de
consumo dos filhos: impondo limites e dando noções financeiras ainda enquanto jovens.
Ademais, as escolas têm papel fundamental nesse segmento. É imprescindível, também,
utilizar a própria mídia para alertar sobre os problemas ambientais decorrentes do consumo
em larga escala e incentivar o desenvolvimento sustentável."
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A violência contra a mulher no Brasil tem apresentado aumentos significativos nas últimas
décadas. De acordo com o Mapa da Violência de 2012, o número de mortes por essa causa
aumentou em 230% no período de 1980 a 2010. Além da física, o balanço de 2014 relatou
cerca de 48% de outros tipos de violência contra a mulher, dentre esses a psicológica. Nesse
âmbito, pode-se analisar que essa problemática persiste por ter raízes históricas e
ideológicas.
O Brasil ainda não conseguiu se desprender das amarras da sociedade patriarcal. Isso se
dá porque, ainda no século XXI, existe uma espécie de determinismo biológico em relação
às mulheres. Contrariando a célebre frase de Simone de Beavouir “Não se nasce mulher,
torna-se mulher”, a cultura brasileira, em grande parte, prega que o sexo feminino tem a
função social de se submeter ao masculino, independentemente de seu convívio social,
capaz de construir um ser como mulher livre. Dessa forma, os comportamentos violentos
contra as mulheres são naturalizados, pois estavam dentro da construção social advinda da
ditadura do patriarcado. Consequentemente, a punição para este tipo de agressão é
dificultada pelos traços culturais existentes, e, assim, a liberdade para o ato é aumentada.
Além disso, já o estigma do machismo na sociedade brasileira. Isso ocorre porque a
ideologia da superioridade do gênero masculino em detrimento do feminino reflete no
cotidiano dos brasileiros. Nesse viés, as mulheres são objetificadas e vistas apenas como
fonte de prazer para o homem, e são ensinadas desde cedo a se submeterem aos mesmos
e a serem recatadas. Dessa maneira, constrói-se uma cultura do medo, na qual o sexo
feminino tem medo de se expressar por estar sob a constante ameaça de sofrer violência
física ou psicológica de seu progenitor ou companheiro. Por conseguinte, o número de casos
de violência contra a mulher reportados às autoridades é baixíssimo, inclusive os de
reincidência.
Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas e ideológicas brasileiras dificultam a
erradicação da violência contra a mulher no país. Para que essa erradicação seja possível,
é necessário que as mídias deixem de utilizar sua capacidade de propagação de informação
para promover a objetificação da mulher e passe a usá-la para difundir campanhas
governamentais para a denúncia de agressão contra o sexo feminino. Ademais, é preciso
que o Poder Legislativo crie um projeto de lei para aumentar a punição de agressores, para
que seja possível diminuir a reincidência. Quem sabe, assim, o fim da violência contra a
mulher deixe de ser uma utopia para o Brasil.
Amanda Carvalho Maia Castro
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Parte desfavorecida
De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um “corpo
biológico” por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse
modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos
dos cidadãos sejam garantidos. Contudo, no Brasil, isso não ocorre, pois em pleno século
XXI as mulheres ainda são alvos de violência. Esse quadro de persistência de maus tratos
com esse setor é fruto, principalmente, de uma cultura de valorização do sexo masculino e
de punições lentas e pouco eficientes por parte do Governo.
Ao longo da formação do território brasileiro, o patriarcalismo sempre esteve presente, como
por exemplo na posição do “Senhor do Engenho”, consequentemente foi criada uma noção
de inferioridade da mulher em relação ao homem. Dessa forma, muitas pessoas julgam ser
correto tratar o sexo feminino de maneira diferenciada e até desrespeitosa. Logo, há muitos
casos de violência contra esse grupo, em que a agressão física é a mais relatada,
correspondendo a 51,68% dos casos. Nesse sentido, percebe-se que as mulheres têm suas
imagens difamadas e seus direitos negligenciados por causa de uma cultural geral
preconceituosa. Sendo assim, esse pensamento é passado de geração em geração, o que
favorece o continuismo dos abusos.
Além dessa visão segregacionista, a lentidão e a burocracia do sistema punitivo colaboram
com a permanência das inúmeras formas de agressão. No país, os processos são
demorados e as medidas coercitivas acabam não sendo tomadas no devido momento. Isso
ocorre também com a Lei Maria da Penha, que entre 2006 e 2011 teve apenas 33,4% dos
casos julgados. Nessa perspectiva, muitos indivíduos ao verem essa ineficiência continuam
violentando as mulheres e não são punidos. Assim, essas são alvos de torturas psicológicas
e abusos sexuais em diversos locais, como em casa e no trabalho.
A violência contra esse setor, portanto, ainda é uma realidade brasileira, pois há uma
diminuição do valor das mulheres, além do Estado agir de forma lenta. Para que o Brasil
seja mais articulado como um “corpo biológico” cabe ao Governo fazer parceria com as
ONGs, em que elas possam encaminhar, mais rapidamente, os casos de agressões às
Delegacias da Mulher e o Estado fiscalizar severamente o andamento dos processos. Passa
a ser a função também das instituições de educação promoverem aulas de Sociologia,
História e Biologia, que enfatizem a igualdade de gênero, por meio de palestras, materiais
históricos e produções culturais, com o intuito de amenizar e, futuramente, acabar com o
patriarcalismo. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde: “O
primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação. ”
Anna Beatriz Alvares Simões Wreden
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Conserva a Dor
O Brasil cresceu nas bases parternalistas da sociedade europeia, visto que as mulheres
eram excluídas das decisões políticas e sociais, inclusive do voto. Diante desse fato, elas
sempre foram tratadas como cidadãs inferiores cuja vontade tem menor validade que as
demais. Esse modelo de sociedade traz diversas consequências, como a violência contra a
mulher, fruto da herança social conservadora e da falta de conscientização da população.
Casos relatados cotidianamente evidenciam o conservadorismo do pensamento da
população brasileira. São constantes as notícias sobre o assédio sexual sofrido por
mulheres em espaços públicos, como no metrô paulistano. Essas ações e a pequena
reação a fim de acabar com o problema sofrido pela mulher demonstram a normalidade da
postura machista da sociedade e a permissão velada para o seu acontecimento. Esses
constantes casos são frutos do pensamento machista que domina a sociedade e descende
diretamente do paternalismo em que cresceu a nação.
Devido à postura machista da sociedade, a violência contra a mulher permanece na
contemporaneidade, inclusive dentro do Estado. A mulher é constantemente tratada com
inferioridade pela população e pelos próprios órgãos públicos. Uma atitude que demonstra
com clareza esse tratamento é a culpabilização da vítima de estupro que, chegando à polícia,
é acusada de causar a violência devido à roupa que estava vestindo. A violência se torna
dupla, sexual e psicológica; essa, causada pela postura adotada pela população e pelos
órgãos públicos frente ao estupro, causando maior sofrimento à vítima.
O pensamento conservador, machista e misógino é fruto do patriarcalismo e deve ser
combatido a fim de impedir a violência contra aquelas que historicamente sofreram e foram
oprimidas. Para esse fim, é necessário que o Estado aplique corretamente a lei, acolhendo
e atendendo a vítima e punindo o violentador, além de promover a conscientização nas
escolas sobre a igualdade de gênero e sobre a violência contra a mulher. Cabe à sociedade
civil, o apoio às mulheres e aos movimentos feministas que protegem as mulheres e
defendem os seus direitos, expondo a postura machista da sociedade. Dessa maneira, com
apoio do Estado e da sociedade, aliado ao debate sobre a igualdade de gênero, é possível
acabar com a violência contra a mulher.
Caio Nobuyoshi Koga
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O feminismo é o movimento que luta pela igualdade social, política e econômica dos
gêneros. Hodiernamente, muitas conquistas em prol da garantia dessas igualdades já foram
alcançadas – a exemplo do direito ao voto para as mulheres, adquirido no Governo Vargas.
Entretanto, essas conquistas não foram suficientes para eliminar o preconceito e a violência
existentes na sociedade brasileira.
De acordo com o site “Mapa da Violência”, nas últimas três décadas houve um aumento de
mais de 200% nos índices de feminicídio no país. Esse dado evidencia a baixa eficiência
dos mecanismos de auxílio à mulher, tais como a Secretaria de Políticas para as mulheres e
a Lei Maria da Penha. A existência desses mecanismos é de suma importância, mas suas
ações não estão sendo satisfatórias para melhorar os índices alarmantes de agressões
contra o, erroneamente chamado, “sexo frágil.”
Mas, apesar de ser o principal tipo, não é só agressão física a responsável pelas violências
contra a mulher. Devido ao caráter machista e patriarcal da sociedade brasileira, o
preconceito começa ainda na juventude, com o tratamento desigual dado a filhos e filhas –
comumente nota-se uma maior restrição para o sexo feminino. Além disso, há a violência
moral, ainda muito frequente no mercado de trabalho. Pesquisas comprovam que, no Brasil,
o salário dado a homens e mulheres é diferente, mesmo com ambos exercendo a mesma
função. Ademais, empresas preferem contratar funcionários do sexo masculino para não se
preocuparem com uma possível licença maternidade. É evidente, portanto, que ainda há
entraves para garantir a segurança da mulher brasileira. Desse modo, o Estado deve,
mediante a ampliação da atuação dos órgãos competentes, assegurar o atendimento
adequado às vítimas e a punição correta aos agressores. Além disso, cabe às empresas a
garantia de igualdade no espaço laboral, pagando um salário justo e admitindo funcionários
pela sua qualificação, livre de preconceitos. Por fim, é dever da sociedade o respeito ao
sexo feminino, tratando igualmente homem e mulher. Assim, alcançar-se-á uma sociedade
igualitária e de harmonia para ambos os gêneros.
Julia Guimarães Cunha
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Tolerância na prática
A Constituição Federal de 1988 – norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro
– assegura a todos a liberdade de crença. Entretanto, os frequentes casos de intolerância
religiosa mostram que os indivíduos ainda não experimentam esse direito na prática. Com
efeito, um diálogo entre sociedade e Estado sobre os caminhos para combater a intolerância
religiosa é medida que se impõe.
Em primeiro plano, é necessário que a sociedade não seja uma reprodução da casa colonial,
como disserta Gilberto Freyre em “Casa-Grande Senzala”. O autor ensina que a realidade
do Brasil até o século XIX estava compactada no interior da casa-grande, cuja religião era
católica, e as demais crenças – sobretudo africanas – eram marginalizadas e se mantiveram
vivas porque os negros lhe deram aparência cristã, conhecida hoje por sincretismo religioso.
No entanto, não é razoável que ainda haja uma religião que subjugue as outras, o que deve,
pois, ser repudiado em um estado laico, a fim de que se combata a intolerância de crença.
De outra parte, o sociólogo Zygmunt Bauman defende, na obra “Modernidade Líquida”, que
o individualismo é uma das principais características – e o maior conflito – da pós-
modernidade, e, consequentemente, parcela da população tende a ser incapaz de tolerar
diferenças. Esse problema assume contornos específicos no Brasil, onde, apesar do
multiculturalismo, há quem exija do outro a mesma postura religiosa e seja intolerante
àqueles que dela divergem. Nesse sentido, um caminho possível para combater a rejeição
à diversidade de crença é descontruir o principal problema da pós-modernidade, segundo
Zygmunt Bauman: o individualismo.
Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar a intolerância
religiosa. Cabe aos cidadãos repudiar a inferiorização das crenças e dos costumes
presentes no território brasileiro, por meio de debates nas mídias sociais capazes de
descontruir a prevalência de uma religião sobre as demais. Ao Ministério Público, por sua
vez, compete promover ações judiciais pertinentes contra atitudes individualistas ofensivas
à diversidade de crença. Assim, observada a ação conjunta entre população e poder
público, alçará o país a verdadeira posição de Estado Democrático de Direito."
Vinícius Oliveira de Lima
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Profecia futurística
Em meados do século passado, o escritor austríaco Stefan Zweig mudou-se para o Brasil
devido à perseguição nazista na Europa. Bem recebido e impressionado com o potencial
da nova casa, Zweig escreveu um livro cujo título é até hoje repetido: “Brasil, país do futuro”.
Entretanto, quando se observa a deficiência das medidas na luta contra a intolerância
religiosa no Brasil, percebe-se que a profecia não saiu do papel. Nesse sentido, é preciso
entender suas verdadeiras causas para solucionar esse problema.
A princípio, é possível perceber que essa circunstância deve-se a questões políticas-
estruturais. Isso se deve ao fato de que, a partir da impunidade em relação a atos que
manifestem discriminação religiosa, o seu combate é minimizado e subaproveitado, já que
não há interferência para mudar tal situação. Tal conjuntura é ainda intensificada pela
insuficiente laicidade do Estado, uma vez que interfere em decisões políticas e sociais,
como aprovação de leis e exclusão social. Prova disso, é, infelizmente, a existência de uma
“bancada evangélica” no poder público brasileiro. Dessa forma, atitudes agressivas e
segregacionistas devido ao preconceito religioso continuam a acontecer, pondo em xeque
o direito de liberdade religiosa, o que evidencia falhas nos elementos contra a intolerância
religiosa brasileira.
Outrossim, vale ressaltar que essa situação é corroborada por fatores socioculturais.
Durante a formação do Estado brasileiro, a escravidão se fez presente em parte significativa
do processo; e com ela vieram as discriminações e intolerâncias culturais, derivadas de
ideologias como superioridade do homem branco e darwinismo social. Lamentavelmente,
tal perspectiva é vista até hoje no território brasileiro. Bom exemplo disso são os índices que
indicam que os indivíduos seguidores e pertencentes das religiões afro-brasileiras são os
mais afetados. Dentro dessa lógica, nota-se que a dificuldade de prevenção e combate ao
desprezo e preconceito religioso mostra-se fruto de heranças coloniais discriminatórias, as
quais negligenciam tanto o direito à vida quanto o direito de liberdade de expressão e
religião.
Torna-se evidente, portanto, que os caminhos para a luta contra a intolerância religiosa no
Brasil apresentam entraves que necessitam ser revertidos. Logo, é necessário que o
governo investigue casos de impunidade por meio de fiscalizações no cumprimento de leis,
abertura de mais canais de denúncia e postos policiais. Além disso, é preciso que o poder
público busque ser o mais imparcial (religiosamente) possível, a partir de acordos pré-
definidos sobre o que deve, ou não, ser debatido na esfera política e disseminado para a
população. Ademais, as instituições de ensino, em parceria com a mídia e ONGs, podem
fomentar o pensamento crítico por intermédio de pesquisas, projetos, trabalhos, debates e
campanhas publicitárias esclarecedoras. Com essas medidas, talvez, a profecia de Zweig
torne-se realidade no presente. "
Desirée Macarroni Abbade
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Orgulho Machadiano
Brás Cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, diz em suas "Memórias Póstumas" que
não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Talvez hoje
ele percebesse acertada sua decisão: a postura de muitos brasileiros frente a intolerância
religiosa é uma das faces mais perversas de uma sociedade em desenvolvimento. Com
isso, surge a problemática do preconceito religioso que persiste intrinsecamente ligado à
realidade do país, seja pela insuficiência de leis, seja pela lenta mudança de mentalidade
social.
É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do
problema. Conforme Aristóteles, a poética deve ser utilizada de modo que, por meio da
jsutiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber
que, no Brasil, a perseguição religiosa rompe essa harmonia; haja vista que, embora esteja
previsto na Constituição o princípio da isonomia, no qual todos devem ser tratados
igualmente, muitos cidadãos se utilizam da inferioridade religiosa para externar ofensas e
excluir socialmente pessoas de religiões diferentes.
Segundo pesquisas, a religião afro-brasileira é a principal vítima de discriminação,
destacando-se o preconceito religioso como o principal impulsionador do problema. De
acordo com Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar. Ao seguir essa
linha de pensamento, observa- se que a preparação do preconceito religioso se encaixa na
teoria do sociólogo, uma vez que se uma criança vive em uma família com esse
comportamento, tende a adotá-lo também por conta da vivência em grupo. Assim, a
continuação do pensamento da inferioridade religiosa, transmitido de geração a geração,
funciona como base forte dessa forma de preconceito, perpetuando o problema no Brasil.
Infere-se, portanto, que a intolerância religiosa é um mal para a sociedade brasileira. Sendo
assim, cabe ao Governo Federal construir delegacias especializadas em crimes de ódio
contra religião, a fim de atenuar a prática do preconceito na sociedade, além de aumentar
a pena para quem o praticar. Ainda cabe à escola criar palestras sobre as religiões e suas
histórias, visando a informar crianças e jovens sobre as diferenças religiosas no país,
diminuindo, assim, o preconceito religioso. Ademais, a sociedade deve se mobilizar em
redes sociais, com o intuito de conscientizar a população sobre os males da intolerância
religiosa. Assim, poder-se-á transformar o Brasil em um país desenvolvido socialmente, e
criar um legado de que Brás Cubas pudesse se orgulhar." Larissa Cristine Ferreira
5
A locomotiva de Marx
De acordo com Albert Camus, escritor argelino do século XX, se houver falhas na conciliação
entre justiça e liberdade, haverá intempéries de amplo espectro. Nesse sentido, a
intolerância religiosa no Brasil fere não somente preceitos éticos e morais, mas também
constitucionais estabelecidos pela Carta Magna do país. Dessa forma, observa-se que a
liberdade de crença nacional reflete um cenário desafiador seja a partir de reflexo histórico,
seja pelo descumprimento de cláusulas pétreas. Mormente, ao avaliar a intolerância
religiosa por um prisma estritamente histórico, nota-se que fenômenos decorrentes da
formação nacional ainda perpetuam na atualidade. Segundo Albert Einstein, cientista
contemporâneo, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado. Sob
tal ótica, é indubitável que inúmeras ojerizas religiosas, presentes no Brasil hodierno
possuem ligação direta com o passado, haja vista os dogmas católicos amplamente
difundidos no Brasil colônia do século XVI. Assim, criou-se ao longo da historiografia, mitos
e concepções deturpadas de religiões contrárias ao catolicismo, religião oficial da época,
instaurou-se, por conseguinte, o medo e as intolerâncias ao diferente. Desse modo, com
intuito de atenuar atos contrários a prática da religiosidade individual, cabe ao governo, na
figura do Ministério da Educaçao, a implementação na grade curricular a disciplina de teorias
religiosas, mitigando defeito histórico.
Além disso, cabe ressaltar que a intolerância às crenças burla preceitos constitucionais.
Nessa perspectiva, a Constituição Brasileira promulgada em 1988, após duas décadas da
Ditadura Militar, transformou a visão dos cidadãos perante seus direitos e deveres. Contudo,
quase 20 anos depois de sua divulgação, a liberdade de diversos indivíduos continua
impraticável. À vista de tal preceito, a intolerância religiosa configura-se uma chaga social
que demanda imediata resolução, pois fere a livre expressão individual. Dessa maneira,
cabe ao Estado, como gestor dos interesses coletivos, a implementação de delegacias
especializadas de combate ao sentimento desrespeitoso e, até mesmo violento, às crenças
religiosas.
Destarte, depreende-se que raízes históricas potencializam atos inconstitucionais no Brasil.
Torna- se imperativo que o Estado, na figura do Poder Legislativo, desenvolva leis de
tipificação como crime hediondo aos atos violentos e atentados ao culto religioso. Ademais,
urge que a mídia, por meio de novelas e seriados, transmita e propague a diversidade
religiosa, com propósito de elucidar e desmistificar receios populacionais. Outrossim, a
escola deve realizar debates periódicos com líderes religiosos, a fim de instruir,
imparcialmente, seus alunos acerca da variabilidade e tolerância religiosa. Apenas sob tal
perspectiva, poder-se-á respeitar a liberdade e combater a intolerância de crença no Brasil,
pois como proferido por Karl Marx: as inquietudes são a locomotiva da nação." Vanessa
Soares Mendes
6
O Período Colonial do Brasil, ao longo dos séculos XVi e XIX, foi marcado pela tentativa de
converter os índios ao catolicismo, em função do pensamento português de soberania.
Embora date de séculos atrás, a intolerância religiosa no país, em pleno século XXI, sugere
as memas conotações de sua origem: imposições de dogmas e violência. No entanto, a
lenta mudança de mentalidade social e o receio de denunciar dificultam a resolução dessa
problemática, o que configura um grave problema social.
Nesse contexto, é importante salientar que, segundo Sócrates, os erros são consequência
da ignorância humana, Logo, é válido analisar que o desconhecimento acerca de crenças
diferentes influi decisivamente em comportamentos inadequados contra pessoas que
seguem linhas de pensamento opostas. À vista disso, é interessante ressaltar que, em
algumas religiões, o contato com perspectivas de outras crenças não é permitido. Ainda
assim, conhecer a lei é fundamental para compreender o direito à liberdade de dogmas e,
portanto, para respeitar as visões díspares. Além disso, é cabível enfatizar que, de acordo
com Paulo Freire, um seu livro "Pedagogia do Oprimido", é necessário buscar uma "cultura
de paz". De maneira análoga, muitos religiosos, a fim de evitar conflitos, hesitam em
denunciar casos de intolerância, sobretudo quando envolvem violência. Entretanto, omitir
crimes, ao contrário do que se pensa, significa colaborar com a insistência da discriminação,
o que funciona como um forte empecilho para resolução dessa problemática.
Sendo assim, é indispensável a adoção de medidas capazes de assegurar o respeito
religioso e o exercício de denúncia. Posto isso, cabe ao Ministério da Educação, em parceria
com o Ministério da Justiça, implementar aos livros didáticos de História um plano de aula
que relacione a aculturação dos índios com a intolerância religiosa contemporânea, com o
fito de despertar o senso crítico nos alunos; e além disso, promover palestras ministradas
por defensores públicos acerca da liberdade de expressão garantida pela lei para que o
respeito às diferentes posições seja conquistado. Ademais, a Polícia Civil deve criar uma
ouvidoria anônima, tal como uma delegacia especializada, de modo a incentivar denúncias
em prol do combate à problemática."
Helário Azevedo e Silva Neto
7
Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra morro acima
eternamente. Todos os dias, Sísifo atingia o topo do rochedo, contudo era vencido pela
exaustão, assim a pedra retornava à base. Hodiernamente, esse mito assemelha-se à luta
cotidiana dos deficientes auditivos brasileiros, os quais buscam ultrapassar as barreiras as
quais os separam do direito à educação. Nesse contexto, não há dúvidas de que a formação
educacional de surdos é um desafio no Brasil o qual ocorre, infelizmente, devido não só à
negligência governamental, mas também ao preconceito da sociedade.
A Constituição cidadã de 1988 garante educação inclusiva de qualidade aos deficientes,
todavia o Poder Executivo não efetiva esse direito. Consoante Aristóteles no livro "Ética a
Nicômaco", a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, logo se verifica que
esse conceito encontra- se deturpado no Brasil à medida que a oferta não apenas da
educação inclusiva, como também da preparação do número suficiente de professores
especializados no cuidado com surdos não está presente em todo o território nacional,
fazendo os direitos permanecerem no papel.
Outrossim, o preconceito da sociedade ainda é umgrande impasse à permanência dos
deficientes auditivos nas escolas. Tristemente, a existência da discriminação contra surdos
é reflexo da valorização dos padrões criados pela consciência coletiva. No entanto, segundo
o pensador e ativista francês Michel Foucault, é preciso mostrar às pessoas que elas são
mais livres do que pensam para quebrar pensamentos errôneos construídos em outros
momentos históricos. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental para
transpor as barreiras à formação educacional de surdos.
Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Cabe
ao Ministério da Educação criar um projeto para ser desenvolvido nas escolas o qual
promova palestras, apresentações artísticas e atividades lúdicas a respeito do cotidiano e
dos direitos dos surdos. - uma vez que ações culturais coletivas têm imenso poder
transformador - a fim de que a comunidade escolar e a sociedade no geral - por conseguinte
- conscientizem-se. Desse modo, a realidade distanciar-se-á do mito grego e os Sísifos
brasileiros vencerão o desafio de Zeus.
Thaís Fonseca Lopes de Oliveira
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Na obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, o realista Machado de Assis expõe, por meio
da repulsa do personagem principal em relação à deficiência física (ela era “coxa), a
maneira como a sociedade brasileira trata os deficientes. Atualmente, mesmo após avanços
nos direitos desses cidadãos, a situação de exclusão e preconceito permanece e se reflete
na precária condição da educação ofertada aos surdos no País, a qual é responsável pela
dificuldade de inserção social desse grupo, especialmente no ramo laboral.
Convém ressaltar, a princípio, que a má formação socioeducacional do brasileiro é um fator
determinante para a permanência da precariedade da educação para deficientes auditivos
no País, uma vez que os governantes respondem aos anseios sociais e grande parte da
população não exige uma educação inclusiva por não necessitar dela. Isso, consoante ao
pensamento de A. Schopenhauer de que os limites do campo da visão de uma pessoa
determinam seu entendimento a respeito do mundo que a cerca, ocorre porque a educação
básica é deficitária e pouco prepara cidadãos no que tange aos respeito às diferenças. Tal
fato se reflete nos ínfimos investimentos governamentais em capacitação profissional e em
melhor estrutura física, medidas que tornariam o ambiente escolar mais inclusivo para os
surdos.
Em consequência disso, os deficientes auditivos encontram inúmeras dificuldades em
variados âmbitos de suas vidas. Um exemplo disso é a difícil inserção dos surdos no
mercado de trabalho, devido à precária educação recebida por eles e ao preconceito
intrínseco à sociedade brasileira. Essa conjuntura, de acordo com as ideias do contratrualista
Johm Locke, configura-se uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre
sua função de garantir que tais cidadãos gozem de direitos imprescindíveis (como direito à
educação de qualidade) para a manutenção da igualdade entre os membros da sociedade,
o que expõe os surdos a uma condição de ainda maior exclusão e desrespeito.
Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que a Escola promova a formação de
cidadãos que respeitem às diferenças e valorizem a inclusão, por intermédio de palestras,
debates e trabalhos em grupo, que envolvam a família, a respeito desse tema, visando a
ampliar o contato entre a comunidade escolar e as várias formas de deficiência. Além disso,
é imprescindível que o Poder Público destine maiores investimentos à capacitação de
profissionais da educação especializados no ensino inclusivo e às melhorias estruturais nas
escolas, com o objetivo de oferecer aos surdos uma formação mais eficaz. Ademais, cabe
também ao Estado incentivar a contratação de deficientes por empresas privadas, por meio
de subsídios e Parcerias Público- Privadas, objetivando a ampliar a participação desse
grupo social no mercado de trabalho. Dessa forma, será possível reverter um passado de
preconceito e exclusão, narrado por Machado de Assis e ofertar condições de educação
mais justas a esses cidadãos.
Isabella Barros Castelo Branco, do Piauí
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A formação educacional de surdos encontra, no Brasil, uma série de empecilhos. Essa tese
pode ser comprovada por meio de dados divulgados pelo Inep, os quais apontam que o
número de surdos matriculados em instituições de educação básica tem diminuído ao longo
dos últimos anos. Nesse sentido, algo deve ser feito para alterar essa situação, uma vez
que milhares de surdos de todo o país têm o seu direito à educação vilipendiado,
confrontando, portanto, a Constituição Cidadã de 1988, que assegura a educação como um
direito social de todo o cidadão brasileiro.
Em primeira análise, o descaso estatal com a formação educacional de deficientes auditivos
mostra-se como um dos desafios à consolidação dessa formação. Isso porque poucos
recursos são destinados pelo Estado à construção de escolas especializadas na educação
de pessoas surdas, bem como à capacitação de profissionais para atenderem às
necessidades especiais desses alunos. Ademais, poucas escolas são adeptas do uso de
libras, segunda língua oficial do Brasil, a qual é primordial para a inclusão de alunos surdos
em instituições de ensino. Dessa forma, a negligência do Estado, ao investir minimante na
educação de pessoas especiais, dificulta a universalização desse direito social tão
importante.
Em segunda análise, o preconceito da sociedade com os deficientes apresenta-se como
outro fator preponderante para a dificuldade na efetivação da educação de pessoas surdas.
Essa forma de preconceito não é algo recente na história da humanidade: ainda no Império
Romano, crianças deficientes eram sentenciadas à morte, sendo jogadas de penhascos. O
preconceito ao deficiente auditivo, no entanto, reverbera na sociedade atual, calcada na
ética dilitarista, que considera inútil pessoas que, aparentemente menos capacitadas, têm
pouca serventia à comunidade, como é caso de surdos. Os deficientes auditivos, desse
modo, são muitas vezes vistos como pessoas de menor capacidade intelectual, sendo
excluídos pelos demais, o que dificulta aos surdos não somente o acesso à educação, mas
também à posterior entrada no mercado de trabalho.
Nesse sentido, urge que o Estado, por meio de envio de recursos ao Ministério da
Educação, promova a construção de escolas especializadas em deficientes auditivos e a
capacitação de profissionais para atuarem não apenas nessas escolas, mas em instituições
de ensino comuns também, objetivando a ampliação do acesso à educação aos surdos,
assegurando a estes, por fim, o acesso a um direito garantido constitucionalmente.
Outrossim, ONGs devem promover, através da mídia, campanhas que conscientizem a
população acerca da importância do deficiente auditivo para a sociedade, enfatizando em
mostrar a capacidade cognitiva e intelectual do surdo, o qual seria capaz de participar da
população economicamente ativa (PEA), como fosse concedido a este o direito à educação
e à equidade de tratamento, por meio da difusão do uso de libras. Dessa forma, o Brasil
poderia superar os desafios à consolidação da formação educacional de surdos.
Yasmin Lima Rocha, do Piauí
1
A Declaração Universal dos Direitos Humanos – promulgada em 1948 pela ONU – assegura
a todos os indivíduos o direito à educação e ao bem-estar social. Entretanto, o precário
serviço de educação pública do Brasil e a exclusão social vivenciada pelos surdos impede
que essa parcela da população usufrua desse direito internacional na prática. Com efeito,
evidencia-se a necessidade de promover melhorias no sistema de educação inclusiva do
país.
Deve-se pontuar, de início, que o aparato estatal brasileiro é ineficiente no que diz respeito
à formação educacional de surdos no país, bem como promoção da inclusão social desse
grupo. Quanto a essa questão, é notório que o sistema capitalista vigente exige alto grau de
instrução para que as pessoas consigam ascensão profissional. Assim, a falta de oferta do
ensino de libras nas escolas brasileiras e de profissionais especializados na educação de
surdos dificulta o acesso desse grupo ao mercado de trabalho. Além disso, há a falta de
formas institucionalizadas de promover o uso de libras, o que contribui para a exclusão de
surdos na sociedade brasileira.
Vale ressaltar, também, que a exclusão vivenciada por deficientes auditivos no país
evidencia práticas históricas de preconceito. A respeito disso, sabe-se que, durante o século
XIX, a ciência criou o conceito de determinismo biológico, utilizado para legitimar o discurso
preconceituoso de inferioridade de grupos minoritários, segundo o qual a função social do
indivíduo é determinada por características biológicas. Desse modo, infere-se que a
incapacidade associada hodiernamente aos deficientes tem raízes históricas, que acarreta
a falta de consciência coletiva de inclusão desse grupo pela sociedade civil.
É evidente, portanto, que há entraves para que os deficientes auditivos tenham pleno
acesso à educação no Brasil. Dessa maneira, é preciso que o Estado brasileiro promova
melhorias no sistema público de ensino do país, por meio de sua adaptação às
necessidades dos surdos, como oferta do ensino de libras, com profissionais especializados
para que esse grupo tenha seus direitos respeitados. É imprescindível, também, que as
escolas garantam a inclusão desses indivíduos, por intermédio de projetos e atividades
lúdicas, com a participação de familiares, a fim de que os surdos tenham sua dignidade
humana preservada.
Larissa Fernandes Silva de Souza, do Pará
2
A Constituição brasileira de 1988 assegura a todos os indivíduos do amplo acesso aos bens
culturais do país. No entanto, na prática, tal garantia é deturpada, visto que o contato com a
cultura
— por meio dos cinemas — não se encontra efetivado na sociedade nacional. Esse cenário
nefasto ocorre não só em razão do deficitário incentivo à valorização cultural nas escolas,
mas também devido à excessiva mercantilização da cultura. Logo, faz-se imperiosa a
análise dessa conjuntura, com o intuito de mitigar os entraves para a consolidação dos
direitos constitucionais.
Em primeira análise, vale destacar que durante o Renascimento Cultural — movimento
artístico e intelectual ocorrido na transição da Idade Média para a Idade Moderna — a
cultura era valorizada e usada como uma maneira de transmitir conhecimentos.
Hodiernamente, entretanto, a situação é pouco observada na sociedade brasileira, uma vez
que o acesso ao cinema, como forma de expandir a construção dos saberes, encontra-se
pouco ampliado. Esse panorama lamentávelacontece porque a maioria das escolas,
instituições essenciais para a formação de indivíduos engajados culturalmente, interessa-
se, geralmente, apenas pela transmissão de conteúdos técnicos, negligenciando estimular
as habilidades socioculturais. Evidencia-se, portanto, que a restrita ida aos cinemas
relaciona-se com o deficitário incentivo contato com essa modalidade de entretenimento por
parte dos colégios.
Ademais, vale ressaltar que, de acordo com os sociólogos da Escola de Frankfurt, a cultura
tornou- se um instrumento voltado para a obtenção de lucros. Nesse viés, a excessiva
mercantilização dos bens culturais, como os cinemas, segrega áreas periféricas, nas quais
grande parte da população é desprovida de amplos recursos financeiros para acessar tais
meios de lazer. Desse modo, constata-se que a concentração dos cinemas em áreas
privilegiadas economicamente, atestada pela óptica frankfurtiana, fere os princípios
constitucionais e impede a democratização do acesso a esse meio de entretenimento.
Verifica-se, então, a necessidade de ampliar o acesso ao cinema no Brasil. Para isso, faz-
se imprescindível que o Ministério da Educação e da Cultura, por intermédio de minicursos,
instrua os educadores — especialmente os docentes em sociologia, haja vista o
conhecimento cultural inerente a tal curso — a elucidar em suas aulas a importância da
valorização dos bens culturais para a ampliação do conhecimento, a fim de estimular os
alunos a irem aos cinemas. Paralelamente, precisa-se que a sociedade civil organizada,
mediante a criação de projetos de l ei, os quais tornam obrigatória a descentralização dos
cinemas, pressione o Poder Judiciário a aprová- los, com o objetivo de democratizar o
acesso a esse meio de entretenimento. Assim, tornar-se-á possívela construção de uma
sociedade permeada pela efetivação dos elementos elencados na Magna Carta." Aldillany
Maria Rodrigues
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A construção dos feudos, muros que delimitavam uma determinada área no período da
Idade Média, segregou milhares de pessoas e impossibilitou o acesso a bens que somente
a nobreza podia usufruir. Semelhante a essa época, no contexto brasileiro contemporâneo,
o cinema é um dos inúmeros meios de democratizar a cultura, mas ainda é "feudalizado", j
á que grande parte da população continua alheia a esse serviço . Então, tanto a
concentração das salas de teledramaturgia em regiões mais desenvolvidas
economicamente, quanto os exorbitantes preços dos ingressos e alimentos, vendidos com
exclusividade pela empresa proprietária, mutilam a cidadania e consagram importantes
simbologias de poder.
Nessa perspectiva, a cultura é imprescindível para a identidade de um povo e,
indubitavelmente, o cinema é uma fundamental ferramenta de inclusão e de propagação de
valores sociais. Entretanto, de acordo com o geógrafo Milton Santos, no texto "Cidadanias
Mutiladas", a democracia, extremamente necessária para a fundamentação cultural do
indivíduo, só é efetiva quando atinge a totalidade do corpo social, ou seja, na medida em
que os direitos são universais e desfrutados por todos os cidadãos. Dessa maneira, a
concentração das salas de cinemas em áreas com alto desenvolvimento econômico e o
alheamento de milhares de pessoas a esse serviço provam que não há democratização do
acesso à cultura cinematográfica no Brasil, marginalizando grande parcela da sociedade
desprovida de recursos financeiros.
Outrossim, os preços abusivos de ingressos, a divisão das salas em categorias de conforto
e a proibição de entrada de bebidas e alimentos, que não sejam vendidos no
estabelecimento, dividem, ainda mais, a sociedade. Isso pode ser explicado pelo teórico
Pierre Bourdieu, o qualafirma que todas as minúcias de um indivíduo constituem
simbologias que são constantemente analisadas pelo corpo social, isto é, o poder de
compra, as características pessoais e o acesso a bens e serviços refletem quem é o homem
para outrem. Dessa forma, o alto custo praticado pelas redes cinematográficas violenta
simbolicamente aqueles que não conseguem contemplar as grandes telas e aumenta a
desigualdade.
Portanto, cabe à iniciativa privada, em parceria com os estados e municípios, promover a
interiorização das salas de teledramaturgia, por meio da construção de novos
empreendimentos em áreas distantes dos polos econômicos e da redução dos custos para
o consumidor de baixa renda, incentivando, então, a cultura mais democrática. Além disso,
é responsabilidade da Ancine, Agência Nacional de Cinema, estabelecer um canal de
comunicação mais efetivo com o telespectador, por intermédio de aplicativos e das redes
sociais interativas, para que denúncias e reclamações sobre preços abusivos possam ser
realizadas. Como efeito social, a democratização do cinema no Brasil será uma realidade,
destruindo, assim, barreiras e "feudos" sociais."
Amanda Rocha
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Segundo Steve Jobs, um dos fundadores da empresa “Apple”, a tecnologia move o mundo.
Contudo, os avanços tecnológicos não trouxeram apenas avanços à sociedade, uma vez
que bilhões de pessoas sofrem a manipulação oriunda do acesso aos seus dados no uso
da internet. Nesse sentido, esse processo é executado por empresas que buscam
potencializar a notoriedade dos seus produtos e conteúdos no meio virtual. Sob tal ótica,
esse cenário desrespeita princípios importantes da vida social, a saber, a liberdade e a
privacidade.
De acordo com Jean Paul Sartre, o homem é condenado a ser livre. Nessa lógica, o uso de
informações do acesso pessoal para influenciar o usuário confronta o pensamento de
Sartre, visto que o indivíduo tem sua liberdade de escolha impedida pela imposição de
conteúdos a serem acessados. Dessa forma, a internet passa a ser um ambiente pouco
democrático e torna-se um reflexo da sociedade contemporânea, na qualas relações de
lucro e interesse predominam. Faz-se imprescindível, portanto, a dissolução dessa
conjuntura.
Outrossim, é válido ressaltar que, conforme Immanuel Kant, o princípio da ética é agir de
forma que essa ação possa ser uma prática universal. De maneira análoga, a violação da
privacidade pelo acesso aos dados virtuais sem a permissão das pessoas vaide encontro à
ética kantiana, dado que se todos os cidadãos desrespeitassem a privacidade alheia, a
sociedade entraria em profundo desequilíbrio. Com base nisso, o uso de informações
virtuais é prejudicial à ordem social e, por conseguinte, torna-se contestável quando
executado sem consentimento.
Em suma, são necessárias medidas que atenuem a manipulação do comportamento do
usuário pelo controle de dados na internet. Logo, a fim de dar liberdade de escolha ao
indivíduo, cabe às empresas de tecnologia solicitar a autorização para o uso dessas
informações, por meio de advertências com linguagem clara, tendo em vista a linguagem
técnica utilizada, atualmente, por avisos do tipo. Ademais, compete ao cidadão ficar atento
a essa questão, de modo a cobrar e pressionar essas empresas. Enfim, a partir dessas
ações, as tecnologias, como disse Steve Jobs, moverão o mundo para frente.
André Bahia
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Para o pensador francês Pierre Bourdieu, “aquilo que foi criado para ser um instrumento de
democracia, não deve ser convertido em uma ferramenta de manipulação“. Essa visão,
embora correta, não é efetivada no hodierno cenário global, sobretudo no Brasil, posto que
se tornou frequente a manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados
na internet, nas diversas relações cotidianas. Isso ocorre, ora em função do despreparo
civil, ora pela inação das esferas governamentais para conter esse dilema. Assim, hão de
ser analisados tais fatores, a fim de que se possa liquidá-los de maneira eficaz.
A priori, é imperioso destacar que a manipulação da conduta dos usuários, pelo controle
dos seus dados nas plataformas virtuais, é fruto do despreparo civil para lidar com a
influência das tecnologias. Isso porque, mediante a ausência de uma orientação adequada,
os indivíduos são expostos, cotidianamente, a conteúdos selecionados por algoritmos que
direcionam os materiais, segundo os gostos pessoais. Esse panorama se evidencia, por
exemplo, quando se observa a elaboração superficial de um “ranking“ diário de informações
em plataformas digitais como “Twitter”, em que o grau de relevância da disposição de
conteúdos já é pré-determinado. Logo, é substanciala alteração desse quadro que vaide
encontro à possibilidade de escolha inerente ao homem.
Outrossim, é imperativo pontuar que a manipulação dos atos de usuários da internet, devido
ao controle de dados desse público, deriva, ainda, da baixa atuação dos setores
governamentais, no que concerne à criação de mecanismos que coíbam tais recorrências.
Isso se torna mais claro, por exemplo, ao se observar o recente cenário das eleições
ocorridas em países da América Latina, como Colômbia, México e Brasil, em que a difusão
desordenada de informações equivocadas, sem efetivas intervenções do Estado, induziram
o comportamento do eleitor. Ora, se um governo se omite diante uma questão tão
importante, entende-se, assim, o porquê de sua continuação. Desse modo, faz-se mister a
reformulação dessa postura estatal de forma urgente.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater a manipulação do comportamento
dos usuários pelo controle de dados na internet. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação
— ramo do Estado responsável pela formação civil — inserir, nas escolas, desde a tenra
idade, a disciplina de Educação Digital, de cunho obrigatório em função da sua
necessidade, além de difundir campanhas instrucionais, por meio das mídias de grande
alcance, para que o sujeito aja corretamente segundo as próprias necessidades e escolhas.
Ademais, o Governo Central deve impor sanções a empresas, em especialas virtuais, que
criam perfis de usuários para influenciar suas condutas, por via da instauração de
Secretarias planejadas para a atuação no ambiente digital, uma vez que tais plataformas
padecem de fiscalizações efetivas, com o fito de minorar o controle de comportamentos por
particulares. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, sobretudo na perspectiva tupiniquim,
fazendo “jus”, deveras, àquilo que fora apregoado pelo pensador francês Bourdieu. David
Klinsman
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No filme “Matrix“, clássico do gênero ficção científica, o protagonista Neo é confrontado pela
descoberta de que o mundo em que vive é, na realidade, uma ilusão construída a fim de
manipular o comportamento dos seres humanos, que, imersos em máquinas que mantém
seus corpos sob controle, são explorados por um sistema distópico dominado pela
tecnologia. Embora seja uma obra ficcional, o filme apresenta características que se
assemelham ao atual contexto brasileiro, pois, assim como na obra, os mecanismos
tecnológicos têm contribuído para alienação dos cidadãos, sujeitando-os aos filtros de
informações impostos pela mídia, o que influencia negativamente seus padrões de consumo
e sua autonomia intelectual.
Em princípio, cabe analisar o papel da internet no controle do comportamento sob a
perspectiva dos sociólogo contemporâneo Zygmunt Bauman. Segundo o autor, o crescente
desenvolvimento tecnológico, aliado ao incentivo ao consumo desenfreado, resulta numa
sociedade que anseia constantemente por produtos novos e por informações atualizadas.
Nesse contexto, possibilita-se a ascensão, no meio virtual, de empresas que se utilizam de
algoritmos programados para selecionar o conteúdo a ser exibido aos internautas com base
em seu perfil socioeconômico, oferecendo anúncios de produtos e de serviços condizentes
com suas recentes pesquisas em sites de busca ou de compras. Verifica-se, portanto, o
impacto da mídia virtual na criação de necessidades que fomentam o consumo entre os
cidadãos.
Ademais, a influência do meio virtual atinge também o âmbito intelectual. Isso ocorre na
medida em que, ao ter acesso apenas ao conteúdo previamente selecionado de acordo
com seu perfil na internet, o indivíduo perde contato com pontos de vistas que divergem do
seu, o que compromete significativamente a construção de seu senso crítico e de sua
capacidade de diálogo. Dessa maneira, surge uma massa de internautas alienados e
despreocupados em checar a procedência das informações que recebem, o que torna
ambiente virtual propício à disseminação das chamadas “fake news“.
Assim, faz-se necessária a atuação do Ministério da Educação, em parceria com a mídia,
na educação da população — especialmente dos jovens, público mais atingido pela
influência digital
— acerca da necessidade do posicionamento crítico quanto ao conteúdo exposto sugerido na
internet. Isso deve ocorrer por meio da promoção de palestras, que, ao serem ministradas em
escolas e universidades, orientem os brasileiros no sentido de buscar informação em fontes
variadas, possibilitando a construção de senso crítico. Além disso, cabe às entidades em
governamentais a elaboração de medidas que minimizem os efeitos das propagandas que
visam incentivar o consumismo. Dessa forma, será possível tornar o meio virtual um ambiente
mais seguro e democrático para a população brasileira. Fernanda Carolina Santos.
ANO 2019 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (6)
Manoel de Barros, grande poeta pós-modernista, desenvolveu em suas obras uma “teologia
do traste”, cuja principal característica reside em dar valor às situações frequentemente
esquecidas ou ignoradas. Segundo a lógica barrosiana, faz-se preciso, portanto, valorizar
também a problemática das doenças mentais no Brasil, ainda que elas sejam
estigmatizadas por parte da sociedade. Nesse sentido, a fim de mitigar os males relativos a
essa temática, é importante analisar a negligência estatal e a educação brasileira.
Primordialmente, é necessário destacar a forma como parte do Estado costuma lidar com
a saúde mental no Brasil. Isso porque, como afirmou Gilberto Dimenstein, em sua obra
“Cidadão de Papel”, a legislação brasileira é ineficaz, visto que, embora aparente ser
completa na teoria, muitas vezes, não se concretiza na prática. Prova disso é a escassez
de políticas públicas satisfatórias voltadas para a aplicação do artigo 6 da “Constituição
Cidadã”, que garante, entre tantos direitos, a saúde. Isso é perceptível seja pela pequena
campanha de conscientização acerca da necessidade a saúde mental, seja pelo pouco
espaço destinado ao tratamento das doenças mentais nos hospitais. Assim, infere-se que
nem mesmo o princípio jurídico foi capaz de garantir o combate ao estigma relativo a
doenças psíquicas.
Outrossim, é igualmente preciso apontar a educação, nos moldes predominantes no Brasil,
como outro fator que contribui para a manutenção do preconceito contra as doenças
psiquiátricas. Para entender tal apontamento, é justo relembrar a obra "Pedagogia da
Autonomia", do patrono da educação brasileira, Paulo Freire, na medida em que ela destaca
a importância das escolas em fomentar não só o conhecimento técnico-científico, mas
também habilidades socioemocionais, como respeito e empatia. Sob essa ótica, pode-se
afirmar que a maioria das instituições de ensino brasileiras, uma vez que são conteudistas,
não contribuem no combate ao estigma relativo às doenças mentais e, portanto, não
formam indivíduos da forma como Freire idealiza.
Frente a tal problemática, faz-se urgente, pois, que o Ministério Público, cujo dever, de
acordo com o artigo 127 da "Constituição Cidadã", é garantir a ordem jurídica e a defesa dos
interesses sociais e individuais indisponíveis, cobre do Estado ações concretas a fim de
combater o preconceito às doenças mentais. Entre essas ações, deve-se incluir parcerias
com as plataformas midiáticas, nas quais propagandas de apelo emocional, mediante
depoimentos de pessoas que sofrem esse estigma, deverão conscientizar a população
acerca da importância do respeito e da saúde mental. Ademais, é preciso haver mudanças
escolares, baseadas no fomento à empatia, por meio de debates sobre temas
socioemocionais.
Redação nota 1.000 de Aécio Fernandes, RN
ANO 2020 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (5)
No filme estadunidense "Joker", estrelado por Joaquin Phoenix, é retratado a vida de Arthur
Fleck, um homem que, em virtude de sua doença mental, é esquecido e discriminado pela
sociedade, acarretando, inclusive, piora no seu quadro clínico. Assim como na obra
cinematográfica abordada, observa-se que, na conjuntura brasileira contemporânea, devido
a conceitos preconceituosos perpetuados ao longo da história humana, há um estigma
relacionado aos transtornos mentais, uma vez que os indivíduos que sofrem dessas
condições são marginalizados. Ademais, é precisa salientar, ainda, que a sociedade atual
carece de informações a respeito de tal assunto, o que gera um estranhamento em torno da
questão.
Em primeiro lugar, faz-se necessário mencionar o período da Idade Média, na Europa, em
que os doentes mentais eram vistos como seres demoníacos, já que, naquela época, não
havia estudos acerca dessa temática e, consequentemente, ideias absurdas eram
disseminadas como verdades. É perceptível, então, que exista uma raiz histórica para o
estigma atual vivenciado por pessoas que têm transtornos mentais, ocasionando um intenso
preconceito e exclusão. Outrossim, não se pode esquecer que, graças aos fatos
supracitados, tais indivíduos recebem rótulos mentirosos como, por exemplo, o estereótipo
de que todos que possuem problema psicológicos são incapazes de manter relacionamentos
saudáveis, ou seja, não conseguem interagir com outros seres humanos de forma plena.
Fica claro, que as doenças mentais são tratadas de forma equivocada, ferindo a dignidade
de toda a população.
Em segundo lugar, ressalta-se que há, no Brasil, uma evidente falta de informações sobre
os transtornos mentais, fomentando grande preconceito estranhamento com essas
doenças. Nesse sentido, é lícito referenciar o filósofo grego Platão, que em sua obra "A
República", narrou o intitulado "Mito da Caverna", no qual homens, acorrentados em uma
caverna, viam somente sombras na parede, acreditando, portanto, que aquilo era a
realidade das coisas. Dessa forma, é notório, que, em em situação análoga à metáfora
abordada, os brasileiros, sem acesso aos conhecimentos acerca dos transtornos mentais,
vivem na escuridão, isto é, ignorância disseminando atitudes preconceituosas. Logo, é
evidente a grande importância das informações, haja vista que a falta delas aumenta o
estigma relacionado às doenças mentais, prejudicando a qualidade de vida das pessoas
que sofrem com tais transtornos.
Destarte, medidas são necessárias para resolver os problemas discutidos. Isto posto, cabe
à escola, forte ferramenta de formação de opinião, realizar rodas de conversa com os alunos
sobre a problemática do preconceito com os transtornos mentais, além de trazer
informações científicas sobre tal questão. Esse ação pode se concretizar por meio da
atuação de psiquiatras e professores de soicologia, estes irão desconstruir a visão
discriminatória dos estudantes, enquanto que aqueles irão mostrar dados/informações
relevantes sobre as doenças psiquiátricas. Espera-se, com essa medida, que o estigma
associado às doenças mentais seja paulatinamente erradicado. Redação nota 1.000 de
Adrielly Clara Enriques Dias, MG
ANO 2020 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (6)
O filme O Coringa retrata a história de um homem que possui uma doença mental e, por não
possuir atendimento psiquiátrico adequado, ocorre o agravamento do seu quadro clínico.
Com essa abordagem, a obra revela a importância da saúde psicológica para um bom
convívio social. Hodiernamente, fora da ficção, muitos brasileiros enfrentam situação
semelhante, o que colabora para a piora da saúde populacional e para a persistência do
estigma relacionado à doença psicológica. Dessa forma, por causa da negligência estatal,
além da desinformação populacional, essas consequências se agravam na sociedade
brasileira.
Em primeiro lugar, a negligência do Estado, a escassez de projetos estatais que visem a
assistência psiquiátrica na sociedade contribui para a precariedade desse setor e para a
continuidade desse estigma envolvendo essa temática. Dessa maneira, parte da população
deixa de possuir tratamento adequado, o que resulta na piora de sua saúde mental e na sua
exclusão social. No entanto, apesar da Constituição Federal de 1988 determinar como
direito fundamental do cidadão brasileiro e acesso à saúde de qualidade, essa lei não é
concretizada, pois não há investimentos estatais suficientes nessa área. Diante dos fatos
apresentados, é imprescindível uma ação do Estado para mudar sua realidade.
Nota-se, outrossim, que a desinformação na sociedade é outra problemática em relação ao
estigma dos distúrbios mentais. Nesse aspecto, devido à escassez de divulgação de
informações nas redes sociais sobre a importância da identificação e do tratamento das
doenças psicológicas, há a relativização desses quadros clínicos na sociedade. Desse
modo, como é retratado no filme "O Lado Bom da Vida", o qual mostra a dificuldade de
inclusão de pessoas com doenças mentais na sociedade, parte da população brasileira
enfrenta esse desafio. Com efeito, essa parcela da sociedade fica à margem do convívio
social, tendo em vista a prevalência do desrespeito e do preconceito na população. Nesse
cenário, faz-se necessária uma mudança de postura das redes midiáticas.
Portanto, vistos os desafios que contribuem para o estigma associado aos transtornos
mentais, é mister uma atuação governamental para combatê-los. Diante disso, o Ministério
de Saúde deve intensificar a criação de atendimentos psiquiátricos públicos, com o objetivo
de melhorar a saúde mental da população e garantir o seu direito. Para tal, é necessário
um direcionamento de verbas para a contratação dos profissionais responsáveis pelo
projeto, a fim de proporcionar uma assistência de qualidade para a sociedade. Além disso,
o Ministério das Comunicações deve divulgar informações nas redes midiáticas sobre a
importância do respeito às pessoas com doenças psicológicas e da identificação precoce
desses quadros. Mediante a essas ações concretas, a realidade do filme O Coringa tão
somente figurará nas telas dos cinemas.
Redação nota 1.000 de Aline Soares Alves, PB.
ANO 2021 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (1)
Fernanda Quaresma, 20 anos - Iguaracy (PE)
Em “Vidas secas”, obra literária do modernista Graciliano Ramos, Fabiano e sua família
vivem uma situação degradante marcada pela miséria. Na trama, os filhos do protagonista
não recebem nomes, sendo chamados apenas como o “mais velho” e o “mais novo”, recurso
usado pelo autor para evidenciar a desumanização do indivíduo. Ao sair da ficção, sem
desconsiderar o contexto histórico da obra, nota-se que a problemática apresentada ainda
percorre a atualidade: a não garantia de cidadania pela invisibilidade da falta de registro
civil. A partir desse contexto, não se pode hesitar – é imprescindível compreender os
impactos gerados pela falta de identificação oficial da população.
Com efeito, é nítido que o deficitário registro civil repercute, sem dúvida, na persistente falta
de pertencimento como cidadão brasileiro. Isso acontece, porque, como já estudado pelo
historiador José Murilo de Carvalho, para que haja uma cidadania completa no Brasil é
necessária a coexistência dos direitos sociais, políticos e civis. Sob essa ótica, percebe-se
que, quando o pilar civil não é garantido – em outras palavras, a não efetivação do direito
devido à falta do registro em cartório –, não é possível fazer com que a cidadania seja
alcançada na sociedade. Dessa forma, da mesma maneira que o “mais novo” e o “mais
velho” de Graciliano Ramos, quase 3 milhões de brasileiros continuam por ser
invisibilizados: sem nome oficial, sem reconhecimento pelo Estado e, por fim, sem a
dignidade de um cidadão.
Além disso, a falta do sentimento de cidadania na população não registrada reflete, também,
na manutenção de uma sociedade historicamente excludente. Tal questão ocorre, pois, de
acordo com a análise da antropóloga brasileira Lilia Schwarcz, desde a Independência do
Brasil, não há a formação de um ideal de coletividade – ou seja, de uma “Nação” ao invés
de, meramente, um “Estado”. Com isso, o caráter de desigualdade social e exclusão do
diferente se mantém, sobretudo, no que diz respeito às pessoas que não tiveram acesso ao
registro oficial, as quais, frequentemente, são obrigadas a lidar com situações humilhantes
por parte do restante da sociedade: das mais diversas discriminações até o fato de não
poderem ter qualquer outro documento se, antes, não tiverem sua identificação oficial.
Portanto, ao entender que a falta de cidadania gerada pela invisibilidade do não registro
está diretamente ligada à exclusão social, é tempo de combater esse grave problema.
Assim, cabe ao Poder Executivo Federal, mais especificamente o Ministério da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos, ampliar o acesso aos cartórios de registro civil. Tal ação
deverá ocorrer por meio da implantação de um Projeto Nacional de Incentivo à Identidade
Civil, o qual irá articular, junto aos gestores dos municípios brasileiros, campanhas,
divulgadas pela mídia socialmente engajada, que expliquem sobre a importância do registro
oficial para garantia da cidadania, além de instruções para realizar o processo, a fim de
mitigar as desigualdades geradas pela falta dessa documentação. Afinal, assim como os
meninos em “Vidas secas”, toda a população merece ter a garantia e o reconhecimento do
seu nome e identidade.
ANO 2021 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (2)
Giovanna Gamba Dias, 19 anos - Recife (PE)
Em sua obra “Os Retirantes”, o artista expressionista Cândido Portinari faz uma denúncia à
condição de desigualdade compartilhada por milhões de brasileiros, os quais, vulneráveis
socioeconomicamente, são invisibilizados enquanto cidadãos. A crítica de Portinari continua
válida nos dias atuais, mesmo décadas após a pintura ter sido feita, como se pode notar a
partir do alto índice de brasileiros que não possuem registro civil de nascimento, fator que
os invisibiliza. Com base nesse viés, é fundamental discutir a principal razão para a posse
do documento promover a cidadania, bem como o principal entrave que impede que tantas
pessoas não se registrem.
Com efeito, nota-se que a importância da certidão de nascimento para a garantia da
cidadania se relaciona à sua capacidade de proporcionar um sentimento de pertencimento.
Tal situação ocorre, porque, desde a formação do país, esse sentimento é escasso entre a
população, visto que, desde 1500, os países desenvolvidos se articularam para usufruir ao
máximo do que a colônia tinha a oferecer, visão ao lucro a todo custo, sem se preocupar
com a população que nela vivia ou com o desenvolvimento interno do país. Logo, assim
como estudado pelo historiador Caio Prado Júnior, formou-se um Estado de bases frágeis,
resultando em uma falta de um sentimento de identificação como brasileiro. Desse modo, a
posse de documentos, como a certidão de nascimento, funcione como uma espécie de
âncora para uma população com escasso sentimento de pertencimento, sendo identificada
como uma prova legal da sua condição enquanto cidadãos brasileiros.
Ademais, percebe-se que o principal entrave que impede que tantas pessoas no Brasil não
se registrem é o perfil da educação brasileira, a qual tem como objetivo formar a população
apenas como mão de obra. Isso acontece, porque, assim como teorizado pelo economista
José Murilo de Carvalho, observa-se a formação de uma “cidadania operária”, na qual a
população mais vulnerável socioeconomicamente não é estimulada a desenvolver um
pensamento crítico e é idealizada para ser explorada. Nota-se, então, que, devido a essa
disfunção no sistema educacional, essas pessoas não conhecem seus direitos como
cidadãos, como o direito de possuir um documento de registro civil. Assim, a partir dessa
educação falha, forme-se um ciclo de desigualdade, observada no fato de o país ocupar o
9º lugar entre os países mais desiguais do mundo, segundo o IBGE, já que, assim como
afirmado pelo sociólogo Florestan Fernandes, uma nação com acesso a uma educação de
qualidade não sujeitaria seu povo a condições de precária cidadania, como a observada a
partir do alto número de pessoas sem registro no país.
Portanto, observa-se que a questão do alto índice de pessoas no Brasil sem certidão de
nascimento deve ser resolvida. Para isso, é necessário que o Ministério da Educação
reforce políticas de instrução da população acerca dos seus direitos. Tal ação deve ocorrer
por meio da criação de um Projeto Nacional de Acesso à Certidão, a qual irá promover, nas
escolas públicas de todos os 5570 municípios brasileiros, debates acerca da importância
do documento de registro civil para a preservação da cidadania, os quais irão acontecer
tanto extracurricularmente quanto nas aulas de sociologia. Isso deve ocorrer, a fim de
formar brasileiros que, cientes dos seus direitos, podem mudar o atual cenário de precária
cidadania e desigualdade.
ANO 2021 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (3)
Sarah Fernandes Paulista Rosa, 21 anos - São José dos Campos (SP)
Ser é ser percebido
O clássico da literatura infantil inglesa "Oliver Twist" aborda as vivências daqueles
marginalizados durante a Era Vitoriana e a forma como eram considerados invisíveis por
não pertencerem à lógica social. Essa percepção sobre uma parcela considerável da
população dialoga, analogamente, com a realidade atual de inúmeros brasileiros que não
possuem acesso aos seus direitos civis por não apresentarem os registros primários
necessários à inserção omo cidadãos no próprio país. Dessa forma, torna-se notório que a
garantia aos principais instrumentos de validação pessoal enfraquece problemáticas
estruturais da totalidade tupiniquim, pois a invisibilidade não só fortalece a marginalização,
como também mantém um ciclo de violações.
É nesse contexto que a máxima do Empirismo Radical "Ser é ser percebido" reforça a
urgência em ser considerado um cidadão, uma vez que a existência de um indivíduo diante
do Estado ocorre substancialmente a partir do registro da certidão de nascimento, ou seja,
esse é o meio de ser percebido como um agente social pela estrutura do país. Essa
estrutura, segundo o antropólogo belga Claudé Levi-Strauss, representa o conjunto de
padrões sociais nos quais a relações interpessoais estão ancoradas e, desse modo,
determina o papel do sujeito na comunidade. Como o registro civil, para obter direitos no
Brasil, é estrutural à lógica contemporânea, a individualidade só se faz presente por meio
dos documentos oficiais, o que promove, portanto, a invisibilidade daqueles que não os
possuem.
Além disso, tal apagamento identitário mantém o agravamento da problemática presente
entre as gerações de forma cíclica, pois pais invisíveis geram filhos invisíveis ao país. Como
é preciso ser registrado para ter acesso aos princípios básicos para a manutenção da vida,
os quais, de acordo com a consolidação dos direitos civis durante o iluminismo francês, são
a propriedade, a liberdade e todos os aspectos que envolvem a vida, como educação e
saúde, a garantia de acesso à cidadania representa um caminho para a valorização
individual. Nesse cenário, a supressão da invisibilidade e, consequentemente, a percepção
pessoal pea totalidade brasileira marcam o início do avanço social no país e afasta, por fim,
da realidade analisada em "Oliver Twist", na qual as pessoas não eram reconhecidas como
seres humanos por não serem percebidas.
Há, portanto, a urgência de findar essa problemática notória na estrutura do Brasil. Cabe,
então, ao ministério da Família e dos Direitos Humanos, responsável pelo encabeçamento
da manutenção da seguridade social, promover, em parceria com prefeituras e
subprefeituras, um aumento da eficácia de registro civil nos municípios. Essa ação irá
ocorrer por meio de campanhas, as quais promoverão a conscientização sobre o acesso
aos direitos civis, e documento da contratação de funcionários dos fóruns para agilizar o
registro, principalmente, das certidões de nascimento. Dessa maneira, haverá a diminuição
da marginalização de uma parcela populacional, seja ativamente pela garantia de acesso à
cidadania, seja pelo rompimento do ciclo de invisibilidade.
ANO 2021 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (4)
Maitê Maria, 20 anos - João Pessoa (PB)
No célebre texto “As Cidadanias Mutiladas”, o geógrafo brasileiro Milton Santos afirma que
a democracia só é efetiva à medida que atinge a totalidade do corpo social, isto é, quando
os direitos são desfrutados por todos os cidadãos. Todavia, no contexto hodierno, a
invisibilidade intrínseca à falta de documentação pessoal distancia os brasileiros dos direitos
constitucionalmente garantidos. Nesse cenário, a garantia de acesso à cidadania no Brasil
tem como estorvos a burocratização do processo de retirada do registro civil, bem como a
indiferença da sociedade diante dessa problemática.
Nessa perspectiva, é importante analisar que as dificuldades relativas à retirada de
documentos pessoais comprometem o acesso à cidadania no Brasil. Nesse sentido, ainda
que a gratuidade do registro de nascimento seja assegurada pela lei de número 9.534 da
Carta Magna, os problemas associados à documentação civil ultrapassam a esfera
financeira, haja vista que a demanda por registros civis é incompatível com a disponibilidade
de vagas ofertadas pelos órgãos responsáveis, o que torna o processo lento e burocrático.
Sob tal óptica, a realidade brasileira pode ser sintetizada pelo pensamento do sociólogo
francês Pierre Bourdieu, o qual afirma que a "violência simbólica" se expressa quando uma
determinada parcela da população não usufrui dos mesmos direitos, fato semelhante à falta
de acesso à cidadania relacionada aos imbróglios da retirada de documentos de
identificação no País.
Outrossim, é válido destacar a ausência de engajamento social como fator que corrobora a
invisibilidade intrínseca à falta de documentação. Fica claro, pois, que a indiferença da
sociedade diante da importância de assegurar o acesso aos registros civis para todos os
indivíduos silencia a temática na conjuntura social, o que compromete a cidadania de muitos
brasileiros, haja vista que a posse de documentos pessoais se faz obrigatória para acessar
os benefícios sociais oferecidos pelo Estado. Sob esse viés, é lícito referenciar o
pensamento do professor israelense Yuval Harari, o qual, na obra “21 Lições para o Século
XXI”, afirma que grande parte dos indivíduos não é capaz de perceber os reais problemas
do mundo, o que favorece a adoção de uma postura passiva e apática.
Torna-se imperativo, portanto, que cabe ao Ministério da Cidadania, como importante
autoridade na garantia dos direitos dos cidadãos brasileiros, facilitar o processo de retirada
de documentos pessoais no Brasil. Tal medida deve ser realizada a partir do aumento de
vagas ofertadas diariamente nos principais centros responsáveis pelos registros civis, além
do estabelecimento de um maior número de funcionários, a fim de tornar o procedimento
mais dinâmico e acessível, bem como garantir o acesso à cidadania aos brasileiros.
Ademais, fica a cargo do Ministério das Comunicações estimular o engajamento social por
meio de propagandas televisivas e nas redes sociais, com o fito de dar visibilidade à
temática e assim assegurar os direitos cidadãos.
ANO 2021 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (5)
Daiane Souza, 20 anos - Limoeiro (PB)
A obra modernista "Vidas Secas", produzida por Graciliano Ramos, retrata a história de
vulnerabilidade socioeconômica enfrentada por Fabiano e seus dois filhos, os quais eram
chamados por seu pai de filho mais novo e mais velho, não possuindo seus nomes
registrados durante o desenvolvimento do enredo. Ao sair do campo literário e fazer uma
análise da atual conjuntura brasileira, nota-se ainda a invisibilidade associada ao acesso
das pessoas ao registro civil, visto que tal problema é negligenciado por diversos segmentos
sociais e políticos. A partir desse contexto, é fundamental entender o que motiva essa
situação irregular de documentação e o principal impacto para a sociedade, a fim de que o
acesso à Cidadania seja eficiente.
Diante desse cenário, percebe-se que a invisibilidade acerca da questão do registro civil é
motivada pela falta de uma política pública eficaz que regularize essa problemática. Isso
ocorre, principalmente, porque, como já mencionado nos estudos da antropóloga Lilia
Schwarcz, há a prática de uma política de eufemismos no Brasil, ou seja, determinados
problemas tendem a ser suavizados e não recebem a visibilidade necessária. Sob essa
ótica, é perceptível que o reduzido debate sobre a importância da certidão de nascimento e
de outros documentos, bem como a baixa presença de estratégias para facilitar o acesso a
pessoas de baixa renda dificultam a mudança dessa situação preocupante. Desse modo,
enquanto a desinformação e a assistência precária se mantiverem, a procura pelo registro
de nascimento será reduzida.
Outrossim, convém pontuar que o principal efeito negativo disso é o afastamento desses
grupos não registrados dos espaços públicos, em especial da escola e do mercado de
trabalho. Tal situação é discutida no livro "A cidadania no Brasil: o longo caminho", do
historiador José Murilo de Carvalho, ao sustentar que a desigualdade social impede a
construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Ao seguir essa linha de pensamento,
à medida que o indivíduo não tem seus documentos regularizados, a possibilidade da
inclusão no meio escolar e no laboral diminui, uma vez que tais papéis são pré-requesitos
para se matricular e ser, posteriormente, contratado por uma empresa. A título de exemplo,
o Brasil é o 9º país mais desigual do mundo, conforme o IBGE. Dessa maneira, observa-se
como esse problema promove vulnerabilidade.
Portanto, a invisibilidade associada ao registro civil no Brasil precisa ser revertida. Para isso,
é fulcral que o Poder Executivo Federal, mais especificamente o Ministério da Cidadania,
estimule ações estratégicas para ampliar o número de pessoas registradas oficialmente,
principalmente nas comunidades pobres. Essa iniciativa ocorrerá por meio da implantação
de um "Projeto Nacional de Incentivo à Formalização da Documentação Pessoal", o qual
irá contar tanto com o aumento do envio de assistentes sociais para verificar a situação do
registro nas residências. Isso será feito a fim de conter o impacto social desse problema e
aumentar a cidadania. Afinal, casos como o do livro "Vidas Secas" precisam ser reduzidos.
ANO 2021 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (6)
Emanuelle Severino, 20 anos - Belo Horizonte (MG)
A cidadania, no contexto relativo à Grécia Antiga, era restrita aos homens aristocratas,
maiores de vinte e um anos, que participassem do sistema político de democracia direta do
período. Diferentemente dessa conjuntura, a Carta Magna do Estado brasileiro, vigente na
contemporaneidade, concede o título de cidadão do Brasil aos indivíduos nascidos em
território nacional, de modo que a oficialização dessa condição está atrelada ao registro
formal de nascimento. Nesse contexto, convém apresentar que, em virtude da ausência
dessa documentação, diversas pessoas passam a enfrentar um quadro de invisibilidade
frente à estrutura estatal e, com isso, são privadas da verdadeira cidadania no país.
Acerca dessa lógica, é necessário pontuar a dificuldade da parcela da população brasileira,
em situação de vulnerabilidade socioeconômica, no acesso ao procedimento de registro
civil. Sob esse viés, destaca-se que, segundo relatório de 2019 do Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento, o Brasil é o último país mais desigual do mundo, condição
que implica a existência de indivíduos tupiniquins detentores de rendas extremamente
baixas, as quais, muitas vezes, não são suficientes para fornecer condições de vida dignas
a essas pessoas. A essa linha de raciocínio, os limitantes recursos financeiros podem
impossibilitar o deslocamento desses indivíduos até os cartórios, devido aos custos com
transporte e, por conseguinte, impedir a realização do registro. Assim, a acentuada
desigualdade social da nação dificulta a promoção da documentação pessoal,
especialmente, para as classes sociais menos abastadas.
Além disso, é importante relacionar a falta de documentos de nascimento com o sentimento
de invisibilidade desenvolvido pelos indivíduos sem registro, tendo em vista a privação dos
direitos sociais, civis e políticos desencadeada pela problemática pela problemática
discutida. Sob essa óptica, somente a partir da certidão de nascimento pode-se emitir as
carteiras de identidade e de trabalho, bem como o título de eleitor e o cadastro de pessoa
física. Nesse sentido, o acesso aos programas do governo, a exemplo do auxílio
emergencial - assistência financeira concedida durante a pandemia da Covid-19 -, à
seguridade social e ao exercício do voto dependem, diretamente, da existência do registro
civil. Portanto, a ausência da documentação formal torna parte da população invisível
socialmente, já que essas pessoas não podem beneficiar-se dos serviços e das garantias
do Estado Democrático de Direito brasileiro.
Diante do exposto, conclui-se que o registro civil é um aspecto intrínseco à cidadania no
Brasil. Por isso, o Governo Federal deverá propiciar a acessibilidade das populações mais
carentes, que sofrem com a falta de acesso à documentação, a esse tipo de serviço, por
meio da articulação de unidades móveis para os cartórios do país. No que tange a esse
aspecto, os veículos adaptados transportarão os funcionários dos órgãos de registros até
as áreas de menor renda "per capita" de seus respectivos municípios, um dia por semana,
com o intuito de realizar o procedimento formal de emissão dos documentos de nascimento
dos grupos sociais menos favorecidos economicamente. Desse modo, um maior número
de brasileiros acessará, efetivamente, a condição de cidadão.
ANO 2022 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (1)
✏️ Luís Felipe de Brito, de 24 anos
Trecho da redação de Luís Felipe Alves — Foto: Reprodução
O poeta modernista Oswald de Andrade relata, em "Erro de Português", que, sob um dia de
chuva, o índio foi vestido pelo português - uma denúncia à aculturação sofrida pelos povos
indígenas com a chegada dos europeus ao território brasileiro. Paralelamente, no Brasil
atual, há a manutenção de práticas prejudiciais não só aos silvícolas, mas também aos
demais povos e comunidades tradicionais, como os pescadores. Com efeito, atuam como
desafios para a valorização desses grupos a educação deficiente acerca do tema e a
ausência do desenvolvimento sustentável.
Diante desse cenário, existe a falta da promoção de um ensino eficiente sobre as
populações tradicionais. Sob esse viés, as escolas, ao abordarem tais povos por meio de
um ponto de vista histórico eurocêntrico, enraízam no imaginário estudantil a imagem de
aborígenes cujas vivências são marcadas pela defasagem tecnológica. A exemplo disso,
há o senso comum de que os indígenas são selvagens, alheios aos benefícios do mundo
moderno, o que, consequentemente, gera um preconceito, manifestado em indagações
como “o índio tem ‘smartphone’ e está lutando pela demarcação de terras?” – ideia essa
que deslegitima a luta dos silvícolas. Entretanto, de acordo com a Teoria do Indigenato,
defendida pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, o direito dos povos
tradicionais à terra é inato, sendo anterior, até, à criação do Estado brasileiro. Dessa forma,
por não ensinarem tal visão, os colégios fometam a desvalorização das comunidades
tradicionais, mediante o desenvolvimento de um pensamento discriminatório nos alunos.
Além disso, outro desafio para o reconhecimento desses indivíduos é a carência do
progresso sustentável. Nesse contexto, as entidades mercadológicas que atuam nas áreas
ocupadas pelas populações tradicionais não necessariamente se preocupam com a sua
preservação, comportamento no qual se valoriza o lucro em detrimento da harmonia entre
a natureza e as comunidades em questão. À luz disso, há o exemplo do que ocorre aos
pescadores, cujos rios são contaminados devido ao garimpo ilegal, extremamente comum
na Região Amazônica. Por conseguinte, o povo que sobrevive a partir dessa atividade é
prejudicado pelo que a Biologia chama de magnificação trófica, quando metais pesados
acumulam-se nos animais de uma cadeia alimentar – provocando a morte de peixes e a
infecção de humanos por mercúrio. Assim, as indústrias que usam os recursos naturais de
forma irresponsável não promovem o desenvolvimento sustentável e agem de maneira
nociva às sociedades tradicionais.
Portanto, é essencial que o governo mitigue os desafios supracitados. Para isso, o
Ministério da Educação – órgão responsável pelo estabelecimento da grade curricular das
escolas – deve educar os alunos a respeito dos empecilhos à preservação dos indígenas,
por meio da inserção da matéria “Estudos Indigenistas” no ensino básico, a fim de explicar
o contexto dos silvícolas e desconstruir o preconceito. Ademais, o Ministério do
Desenvolvimento – pasta instituidora da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável
dos Povos e Comunidades Tradicionais – precisa fiscalizar as atividades econômicas
danosas às sociedades vulneráveis, visando à valorização de tais pessoas, mediante canais
de denúncias.
ANO 2022 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (2)
Carina Moura, de 18 anos
Na segunda metade do século XVIll, os escritores da primeira fase do Romantismo
elevaram, de maneira completamente idealizada, o indígena e a natureza à condição de
elementos personificadores da beleza e do poder da pátria (quando, na verdade, os nativos
continuaram vítimas de uma exploração desumana no momento em questão). Sem
desconsiderar o lapso temporal, hoje nota-se que, apesar das conquistas legais e jurídicas
alcançadas, a exaltação dos indígenas e dos demais para tradicionais não se efetivou no
cenário brasileiro e continua restrita às prosas e poesias do movimento romântico. A partir
desse contexto, é imprescindível compreender os maiores desafios para uma plena
valorização das comunidades tradicionais no Brasil.
Nesse sentido, é inegável que o escasso interesse político em assegurar o respeito à cultura
e ao modo de vida das populações tradicionais frustra a valorização desses indivíduos. Isso
acontece, porque, como já estudado pelo sociólogo Boaventura de Sousa Santos, há no
Brasil uma espécie de “Colonialismo Insidioso”, isto é, a manutenção de estruturas coloniais
perversas de dominação, que se disfarça em meio a avanços sociais, mas mantém a
camada mais vulnerável da sociedade explorada e negligenciada. Nessa perspectiva,
percebe-se o quanto a invisibilização dos povos tradicionais é proposital e configura-se
como uma estratégia política para permanecer no poder e fortalecer situações de
desigualdade e injustiça social. Dessa forma, tem-se um país que, além de naturalizar as
mais diversas invasões possessórias nos territórios dos povos tradicionais, não respeita a
forma de viver e produzir dessas populações, o que comprova uma realidade destoante das
produções literárias do Romantismo.
Ademais, é nítido que as dificuldades de promover um verdadeiro reconhecimento e
valorização das comunidades tradicionais ascendem à medida que raízes preconceituosas
são mantidas. De fato, com base nos estudos da filósofa Sueli Carneiro, é perceptível a
existência de um “Epistemicídio Brasileiro” na sociedade atual; ou seja, há uma negação da
cultura e dos saberes de grupos subalternizados, a qual é ainda mais reforçada por setores
midiáticos. Em outras palavras, apesar da complexidade de cultura dos povos tradicionais,
o Brasil assume contornos monoculturais, um vez que inferioriza e “sepulta” os saberes de
tais grupos, cujas relações e produções, baseadas na relação harmônica com a natureza,
destoam do modelo ocidental, capitalista e elitista. Logo, devido a um notório preconceito,
os indivíduos tradicionais permanecem excluídos socialmente e com seus direitos
negligenciados.
Portanto, faz-se necessário superar os desafios que impedem a vilanização das
comunidades tradicionais no Brasil. Para isso, urge que o Poder Executivo - na esfera
federal - amplie a verba destinada a órgãos fiscalizadores que visem garantir os direitos dos
povos tradicionais e a preservação de seus territórios e costumes. Tal ação deve ser
efetivada pela implantação de um Projeto Nacional de Valorização dos Povos Tradicionais,
de modo a articular, em conjunto com a mídia socialmente engajada, palestras e debates
que informem a importância de tais grupos em todos os 5570 municípios brasileiros. Isso
deve ser feito a fim de combater os preconceitos e promover o respeito às populações
tradicionais. Afinal, o intuito é que elas sejam tão valorizadas quanto os índios na primeira
fase da literatura romântica.
ANO 2022 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (3)
Maria Fernanda Simionato, de 21 anos
Historicamente, a partir da implementação das missões jesuíticas no Brasil colonial, os
povos nativos tiveram suas tradições suprimidas e o seu conhecimento acerca das
peculiaridades territoriais menosprezado. Na contemporaneidade, a importância dessas
populações configura um fator indispensável à compreensão da diversidade étnica do nosso
país. Contudo, ainda persistem desafios à valorização dessas comunidades, o que interfere
na preservação de seus saberes. Logo, urgem medidas estatais que promovam melhorias
nesse cenário.
Sob esse viés, é válido destacar a fundamentabilidade dos povos tradicionais como
detentores de pluralidade histórica e cultural, que proporciona a disseminação de uma vasta
sabedoria na sociedade. Nesse sentido, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan) afirma as heranças tradicionais desses grupos como constituintes do
patrimônio imaterial brasileiro. Dessa forma, sabe-se que a contribuição desses indivíduos
para a formação intelectual do corpo social engloba práticas de sustentabilidade, agricultura
familiar e, inclusive, confere a eles uma participação efetiva na economia do país. Assim,
evidencia-se a extrema relevância dessas comunidades para a manutenção de
conhecimentos diferenciados, bem como para a evolução da coletividade.
Entretanto, a falta de representantes políticos eleitos para essa classe ocasiona a
desvalorização das suas necessidades sociais, que não são atendidas pelos demais
legisladores. Nesse contexto, a Constituição Federal assegura direitos inalienáveis a todos
os cidadãos brasileiros, abordando o dever de inclusão de povos tradicionais nas decisões
públicas. Desse modo, compreende-se que a existência de obstáculos para o
reconhecimento da importância de populações nativas se relaciona à ineficácia na
incorporação de representantes que sejam, de fato, interessados na perpetuação de
saberes e técnicas ancestrais propagados para esses grupos. Sendo assim, comprova-se
a ocorrência de um grave problema no âmbito coletivo, o qual impede a garantia plena dos
direitos básicos dessas pessoas.
Diante do exposto, denota-se a urgência de propostas governamentais que alterem esse
quadro. Portanto, cabe ao Estado – cuja função principal é a proteção dos direitos de seus
cidadãos – a implantação de mudanças no sistema eleitoral, por meio da criação de cotas
rígidas para a eleição de políticos oriundos de localidades nativas. Tal reestruturação terá
como finalidade a valorização de povos tradicionais, reconhecendo a sua fundamentalidade
na composição histórica e cultural da sociedade brasileira.
ANO 2022 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (4)
✏️Ana Alice Teixeira, de 18 anos
Trecho da redação nota mil de Ana Alice Teixeira no Enem 2022 — Foto: Reprodução
Na minissérie documental “Guerras do Brasil.doc”, presente na plataforma Netflix, o
professor indígena Ailton Krenak propõe a reflexão acerca da dizimação dos povos
originários a partir de perspectivas atuais, em que é retratada a história sob o olhar do
esquecimento e da violência contra esses povos, a despeito da sua riqueza cultural e
produtiva. Essas formas de desvalorização das comunidades tradicionais do Brasil são
respaldadas, dentre outros fatores, pela invisibilização histórica desses atores sociais no
ensino básico e pelo preconceito que rege o senso comum. Dessa forma, é imprescindível
a intervenção sociogovernamental, a fim de superar os desafios mencionados.
Com efeito, cabe destacar a exclusão generalizada dos aspectos históricos e culturais
referentes às etnias tradicionais dentro do sistema educacional como fator proeminente à
perpetuação da desvalorização do grupo em questão, uma vez que, sendo a escola um dos
núcleos de integração social e informacional, a carência de estímulos ao conhecimento dos
povos nativos provoca desconhecimento, e consequentemente, o cidadão comum não tem
base da informação acerca da indispensabilidade das comunidades originárias à formação
do corpo social brasileiro. Nesse sentido, os versos “Nossos índios em algumas poucas
memórias/Os de fora nos livros das nossas escolas”, da banda cearense Selvagens a
Procura de Lei, ilustram a construção do ensino escolar pautada no esquecimento dessa
minoria, de maneira a ampliar sua desvalorização. Assim, é constatável a estreita relação
entre as lacunas na educação e o fraco reconhecimento dos povos e das comunidades
tradicionais.
Ademais, vale ressaltar o preconceito cultivado no ideário popular como empecilho à
importância atribuída aos povos nativos, posto que, em decorrência da baixa
representatividade em ambientes escolares, como mencionado anteriormente, e do baixo
respaldo cultural, marcado por estereótipos limitantes e etnocentristas, isto é, que supõem
superioridade de uma etnia em relação à outra, há formação de estigmas sobre pessoas
dessas minorias e, por conseguinte, não há o reconhecimento de suas ricas peculiaridade.
Seguindo essa linha de raciocínio, é possível estabelecer conexões entre a atualidade e a
carta ao rei de Portugal escrita por Pero Vaz de Caminha, no momento da chegada dos
portugueses ao Brasil, de forma que a perspectiva do navegador em relação ao indígena,
permeada de suposta inocência, maleabilidade e passividade, pouco alterou-se na
concepção atual, evidenciando a prepotência e a altivez que são implicações da ignorância
e do silenciamento das fontes tradicionais. Então, são necessárias medidas de mitigação
dessa problemática para o alcance do bem-estar da sociedade.
Em suma, entende-se o paralelo entre a desvalorização dos povos nativos e o apagamento
histórico destes, além do preconceito sobre este grupo, de modo a urgir atenuação do
cenário exposto. Para isso, cabe ao Ministério da Educação a ampliação do ensino histórico
e cultural do acervo tradicional, por meio da reformulação das bases de assuntos abordados
em sala de aula e da contratação de profissionais dessas etnias, com o objetivo de pluralizar
as narrativas e evitar a exclusão provocada por apenas uma história, em consonância com
o livro da escritora angolana Chimamanda Ngozie Adichie “O perigo da história única”.
Também, é papel dos veículos culturais, como a mídia, a representação ampla e fidedigna
desses grupos, com o fito de minorar a visão estigmatizada do que foi construída. Com isso,
o extermínio simbólico denunciado por Krenak será minguado.
ANO 2022 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (5)
Maria Eduarda Braz, de 18 anos
Na obra literária “Triste fim de Policarpo Quaresma”, do autor brasileiro Lima Barreto, a
figura do protagonista é construída a partir de um ideal ultranacionalista baseado na
valorização das questões do próprio país. Analogamente, fora da ficção, a sociedade
brasileira não se comporta com Policarpo, visto que esta não se preocupa em valorizar a
memória dos povos tradicionais brasileiros, embora sejam tão importantes para a identidade
nacional. Nesse interím, entende-se a negligência estatal e a não eficiência da legislação
como causas desse desafio.
A princípio, sobre esse assunto, vale ressaltar a importância de um Estado ativo na
resolução de questões sociais. Dessa forma, para o filósofo polonês Zygmmunt Bauman,
uma instituição, quando posicionada de forma a ignorar sua função original, é considerada
em um estado de “zumbi”. Sob esse viés, o Estado brasileiro é análogo a esse conceito,
visto que, no que tange à valorização e proteção dessas comunidades, ele é ausente. Isso
posto, tal postura negligente contribui para que os povos tradicionais não recebam o amparo
estatal necessário, colocando em risco anos de história, de resistência e de memória de
uma parcela fundamental da sociedade.
Outrossim, a ausência de uma legislação que abrace a causa ameaça diretamente a
sobrevivência desses grupos. Nessa ótica, a obra literária “Cidadão de papel”, do jornalista
Gilberto Dimenstein, apresenta um contexto social em que as garantias constitucionais
estão restritas apenas à parte escrita, sem ser colocada em prática. Diante disso, essas
comunidades originais tupiniquins podem ser consideradas de papel, tendo em vista a não
eficiência das leis e projetos que garantem seus direitos. Assim, ao invés de promover a
valorização e o reconhecimento dessas populações, tais determinações falhas contribuem
para a manutenção do sentimento de invisibilidade social desses povos.
Dessarte, é inegável que, a respeito dos povos tradicionais, o Brasil possui entraves que
precisam ser resolvidos. Logo, o Governo Federal, órgão de maior poder político nacional,
deve, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social, criar projetos de
reconhecimento e que garantam os direitos desses grupos. Essa ação será viabilizada por
meio de campanhas estabelecidas pela Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável
dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT), de forma que a valorização dessas
populações torne-se cada vez mais uma pauta discutida na sociedade. Para isso, é fulcral
a disseminação de informações acerca da importância de proteger os territórios indígenas
e quilombolas, evidenciando a necessidade da não reivindicação desses locais para fins
economicos e privados. Dessa forma, será possível formar uma sociedade ciente das
causas sociais do país e, principalmente, manter viva a memória daqueles que
essencialmente formaram a identidade nacional.
ANO 2022 – MODELO DE REDAÇÃO NOTA 1000 (6)
Juliana Moreau de Almeida, de 17 anos
Declarado patrimônio imaterial brasileiro, o ofício das quebradeiras de coco é exemplo de
preservação de conhecimentos populares que marcam a cultura, a economia e as relações
interpessoais dos povos envolvidos. Similarmente, muitos outros grupos tradicionais
possuem saber de extrema importância e, no entanto, não recebem o respeito merecido, o
que cria uma urgente necessidade de promover a valorização dessas comunidades. Nesse
contexto, é válido analisar como a negligência estatal e a existência de uma visão
capitalizada da natureza representam desafios para a resolução de tal problemática.
Diante desse cenário, nota-se a inoperância governamental como fator agravante do
descaso em relação às culturas tradicionais. Para pensadora contemporânea Djamila
Ribeiro, é preciso tirar as situações da invisibilidade para que soluções sejam encontradas,
perspectiva que demonstra a falha cometida pelo Estado, uma vez que existe uma forte
carência de conscientização popular sobre o assunto - causada pelo baixo estímulo
governamental a essas discussões, tanto nas salas de aula quanto no âmbito político.
Nesse sentido, fica evidente que, por não dar notoriedade à luta desses povos, o governo
permite o esquecimento e a minimização de seus costumes, o que gera não somente a
massiva perda cultural de um legado cultivado por gerações, mas também o prejuízo da
desestruturação econômica de locais baseados nessas técnicas.
Ademais, percebe-se a influência de uma ideologia que mercantiliza o ambiente na
manutenção de tal entrave. "Para a ganância, toda natureza é insuficiente" - a frase, do
filósofo Sêneca, critica uma concepção recorrente na atual conjuntura brasileira, segundo a
qual o meio ambiente é visto como um objeto para o luxo humano- logicamente, tal visão
mercadológica se choca com o modo de vida experienciado pelos povos tradicionais, que
vivenciam seu relacionamento respeitoso e recíproco com o ecossistema, fazendo uso de
seus recursos sem fins exploratórios. Por conseguinte, as comunidades que vivem dessa
intimidade com a natureza são altamente reprimidas pelas classes que se beneficiam do
uso capitalizado e desigual do meio natural, como grandes empresas pecuaristas, que
lucram da concentração de terras e do monopólio comercial, o que exclui - ainda mais - a
população originária e resulta no declínio de sua cultura.
Portanto, cabe ao Estado - em sua função de promotor do bem-estar social - estabelecer
uma ampla fiscalização do uso comercial do meio ambiente em áreas com maior volume de
povos tradicionais, mediante a criação de mais delegacias especializadas no setor
ambiental, a fim de garantir a preservação do estilo de vida desses indivíduos. Outrossim,
é dever do Governo Federal organizar uma campanha de valorização de tais grupos, por
meio da divulgação de informativos em redes sociais e da realização de palestras em
escolas, de modo a enfatizar a contribuição socioambiental desses cidadãos, para, assim,
conscientizar a população e possibilitar a exaltação das culturas tradicionais brasileiras.
COMO
CONSTRUIR UM
ARGUMENTO DO
ZERO
Primeiramente leia o
texto. O texto ao lado
fala sobre cidadania.
Vamos iniciar a ideia do argumento com a seguinte indagação: o que
é cidadania?
Conforme a Carta Magna cidadania é equivalente todos os direitos e
obrigações do brasileiro com relação a participação no governo, se
expandindo também para o campo econômico e social.
Eu tenho um argumento de autoridade.
Nos dias atuais o que se entende por cidadania?
Uma pessoa cidadã é aquela que cumpre com a lei, compreende seus
direitos e os cobra, sabe seus deveres e o faz, participa ativamente
dos processos de governo em nosso pais, enfim, é uma pessoa que
cumpre com suas obrigações e cobra seus direitos.
Fiz duas indagações sobre o tema. Agora farei minha tese.
(Um cidadão é aquele que cumpre a lei toda e não somente a
parte que lhe agrada)
Um cidadão é aquele que cumpre a lei toda e não somente a parte
que lhe agrada. Um cidadão é aquele que cumpre com a lei,
compreende seus direitos e os cobra, sabe seus deveres e o faz,
participa ativamente dos processos de governo em nosso pais, enfim,
é uma pessoa que cumpre com suas obrigações e cobra seus direitos.
Com isso, conforme a Carta Magna cidadania é equivalente todos os
direitos e obrigações do brasileiro com relação a participação no
governo, se expandindo também para o campo econômico e social..
Com meu paragrafo argumentativo feito, verei a solução para
essa temática.
Quem vai fazer? Educação; O que vai fazer? Ensinar a
constituição; Como vai fazer? Aumentar a consciência cidadã.
Cabe ao Ministério da Educação tornar obrigatório, do 1º ao 9º ano do
Ensino Fundamental, o ensino da constituição brasileira para que os
alunos aprendam seus direitos e seus deveres e tenham uma
consciência cidadã em cada ato que irá fazer em sua vida.
COMO CONSTRUIR UM ARGUMENTO DO ZERO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: Automedicação em debate
no século XXI, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
TEXTO I
De médico e louco todo mundo tem um pouco. Por isso, muita gente não resiste à tentação
de receitar um remedinho. É remédio natural, um comprimidinho para dor ou azia, o
medicamento que a vizinha tomou quando caiu de cama com gripe, ou aquele famoso que
se não fizer bem, mal não faz.
Essa prática comum não só entre os brasileiros está cercada de sérios riscos. Muitos dos
tratamentos prescritos por pessoas não capacitadas podem ser extremamente perigosos.
Todo o remédio pode apresentar efeitos colaterais indesejáveis e provocar problemas
graves de saúde.
Drauzio – Qual a diferença entre autoprescrição e automedicação?
Anthony Wong – A automedicação que todo o mundo condena, muitas vezes, é desejável.
Há até uma recomendação da Organização Mundial de Saúde de que a automedicação
responsável é benéfica para o sistema de saúde. Por quê? Porque nos casos de uma
simples dor de cabeça ou de dente, de cólicas abdominais ou menstruais, por exemplo, se
a pessoa tomar um remédio que não tenha tarja na caixa por um período curto, vai aplacar
os sintomas e dar tempo para que o problema se resolva sozinho. Portanto, automedicação
responsável é econômica e ajuda o sistema de saúde como um todo.
Disponível em: http://drauziovarella.com.br/entrevistas-2/automedicacao-e-autoprescricao/
TEXTO II
TEXTO IV
Disponível em: http://www.blogdasaude.com.br/saude-social/2013/04/09/os-riscos-
da- automedicaca
TEMA 02: CAMINHOS PARA COMBATER A EVASÃO ESCOLAR NO BRASIL
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Caminhos para Combater a Evasão Escolar no
Brasil ”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
TEXTO I
A porcentagem de jovens que concluem o ensino médio na idade certa – até os 17 anos –
aumentou em 10 anos, passando de 5%, em 2004, para 19%, em 2014. Os dados estão
em um estudo do Instituto Unibanco, feito com base nos últimos dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). Há, no entanto, 1,3 milhão de jovens entre 15 e 17 anos
que deixaram a escola sem concluir os estudos, dos quais 52% não concluíram sequer o
ensino fundamental.
“Este é o subgrupo mais vulnerável, pois são brasileiros que, caso não voltem a estudar,
terão altíssima probabilidade de inserção precária no mercado de trabalho, além de não
terem tido seu direito à educação básica assegurado”, diz a publicação.
O estudo Aprendizagem em Foco, divulgado nesta semana, mostra que, quanto maior a
renda, mais os estudantes avançam nos estudos. Entre aqueles que concluíram o ensino
médio na idade correta, a média de renda familiar por pessoa é R$ 885. Entre os que não
terminaram o ensino fundamental, a média cai para R$ 436. O ingresso no mundo do
trabalho e s gravidez na adolescência estão entre os fatores que levam os jovens a deixar
a escola.
“Os estudos feitos com dados do IBGE e do MEC [Ministério da Educação] indicam que há
grupos em maior risco. São jovens de baixa renda, em sua maioria negros, que trocam com
frequência os estudos por um trabalho precário ou que ficam grávidas já na adolescência”,
diz o texto, que acrescenta: “Entender o perfil do jovem que evade da escola e identificar
os momentos em que esse movimento é mais provável são ações importantes a serem
realizadas pelos gestores de escolas e dos sistemas educacionais.”
http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-02/13-milhao-de-jovens-entre-15-e-
17- anos-abandonam-escola-diz-estudo
TEXTO II
Os motivos para o abandono da escola
Dentre os motivos alegados pelos pais ou responsáveis para a evasão dos alunos, são mais
frequentes nos anos iniciais do ensino fundamental (1ª a 4ª séries/1º ao 9º ano) os
seguintes: Escola distante de casa, falta de transporte escolar, não ter adulto que leve até
a escola, falta de interesse e ainda doenças/dificuldades dos alunos.
Ajudar os pais em casa ou no trabalho, necessidade de trabalhar, falta de interesse e
proibição dos pais de ir à escola são motivos mais frequentes alegados pelos pais a partir
dos anos finais do ensino fundamental (5ª a 8ª séries) e pelos próprios alunos no Ensino
Médio. Cabe lembrar que, segundo a legislação brasileira, o ensino fundamental é
obrigatório para as crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, sendo responsabilidade das
famílias e do Estado garantir a eles uma educação integral.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB9394/96) e o Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA), um número elevado de faltas sem justificativa e a evasão escolar
ferem os direitos das crianças e dos adolescentes. Nesse sentido, cabe a instituição escolar
valer-se de todos os recursos dos quais disponha para garantir a permanência dos alunos
na escola. Prevê ainda a legislação que esgotados os recursos da escola, a mesma deve
informar o Conselho
Tutelar do Município sobre os casos de faltas excessivas não justificadas e de evasão
escolar, para que o Conselho tome as medidas cabíveis.
Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, todos os alunos que não estão nas
salas de aula brasileiras já foram identificados e a partir de abril, as famílias serão visitadas
“uma a uma”, com finalidade de matricular os adolescentes e crianças em idade escolar: “A
dificuldade é como a gente convence o adolescente a voltar para a escola”, disse. Em
entrevista coletiva, Mercadante fez um paralelo das taxas criminais e o número de evasão
escolar e afirmou que se todos os jovens estivessem na escola, o Brasil teria menos
problemas de violência. Algumas das razões do abandono podem ser a repetência do aluno,
gravidez precoce, envolvimento com o crime e a necessidade de trabalhar.
A equipe responsável pela tentativa de retorno dos estudantes será formada por técnicos
do Ministério da Educação (MEC), agentes de saúde da família e assistentes sociais.
http://veja.abril.com.br/educacao/mais-de-1-milhao-de-jovens-de-15-a-17-anos-estao-fora-
da- escola-segundo-censo-escolar-2015/
TEXTO III
https://get.google.com/albumarchive/107770552892988893756/album/AF1QipNrf1kmV_-
clCWjBduit13p8xd-
yk34HYFNoueY/AF1QipPTp3Zng1EGiCNTfDVPO9JESLHqiA8LmoEIvJG8
TEMA 03: OS DESAFIOS DA PRODUÇÃO ARTÍSTICA NO BRASIL
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Os Desafios da Produção Artística no Brasil”
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO I
Definir a Arte é uma das questões mais complicadas para a Filosofia. Uma definição
absoluta ou de caráter universal da Arte é o que os pensadores da Estética e da Filosofia da
Arte vêm tentando desenvolver, porque isso implica, também, numa possível essência da
Arte, a qual foi questionada bastante pelo filósofo Immanuel Kant.
A falta dessa definição pode inviabilizar o que pode ser Arte ou não e o que pode ser uma
boa Arte ou não. Implicará também quais métodos seguir para ser um artista de fato. É a
tentativa de formalizar os trabalhos artísticos.
E se já possui como “costume intelectual” um pensamento que, ao passar do tempo e com
a experiência de gerações e mais gerações, a partir de uma definição sobre um determinado
objeto de estudo, este vai se tornando mais sólido e mais claro, como um axioma à lá
cartesiano, no sentido de que seria um instrumento que bem manejado levaria o homem à
verdade ou, pelo menos, à aceitação de um conceito universal, na Arte isso tudo se inverte,
pois uma teoria realmente aceitável sobre ela demonstra estar cada vez mais longe se
comparando no tempo de Platão. A cada momento, a cada movimento artístico, novas
teorias são criadas e se distanciam do que se esperava ser a Arte.
http://lounge.obviousmag.org/cafe_nao_te_deixa_mais_cult/2014/01/o-que-e-
arte.html#ixzz4i7wMnrxA
http://lounge.obviousmag.org/cafe_nao_te_deixa_mais_cult/2014/01/o-que-e-
arte.html#ixzz4i7wMnrxA
TEXTO II
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Reformas do Sistema Previdenciário
Brasileiro”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
TEXTO I
TEXTO II
http://www.tribunadainternet.com.br/e-vem-ai-os-protestos-contra-reformas-da-
previdencia-e-das- leis-trabalhistas/
TEMA 05: O COMPORTAMENTO ALIMENTAR DO BRASILEIRO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “O Comportamento Alimentar Brasileiro”,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO I
RIO – A Operação Carne Fraca, deflagrada na sexta-feira pela Polícia Federal, investiga 40
empresas do setor alimentício envolvidas em um esquema de corrupção que liberava a
comercialização de alimentos produzidos por frigoríficos sem a devida fiscalização sanitária.
Indícios do inquérito revelaram que carnes eram vendidas fora do prazo de validade,
misturadas com papelão e até com substâncias cancerígenas. Diante da magnitude do
problema, o consumidor deve redobrar a atenção na hora da escolha do produto.
TEXTO II
http://www.humorpolitico.com.br/corrupcao/operacao-carne-fraca/
TEXTO III
http://revista.rebia.org.br/2016/88/850-lista-da-anvisa-dos-alimentos-com-maior-nivel-de-
contaminacao
TEMA 06: COMBATE À PEDOFILIA NO BRASIL
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “O combate à pedofilia no Brasil”, apresentando
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
A cada dia, pelo menos 20 crianças de zero a nove anos de idade são atendidas nos
hospitais que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) no país, após terem sido vítimas de
violência sexual, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo dados do Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do ministério, em 2012, houve 7.592
notificações de casos desse tipo de violência nessa faixa etária, sendo 72,5% entre meninas
e 27,5% em meninos. Isso corresponde a 27% de todos os casos de violência registrados
pelos hospitais entre crianças e adolescentes. Entre pessoas de 10 a 19 anos de idade,
foram 9.919 casos de abuso sexual, ou 27 por dia, no mesmo ano.
Mas a quantidade de vítimas de violência sexual na infância e na adolescência no país deve
ser ainda maior. É que nem todos os municípios brasileiros enviam os dados para o SINAN
— dados preliminares de 2012 do ministério indicam que 2917 encaminharam, das mais de
5 mil cidades do país. São Paulo, por exemplo, contabiliza as ocorrências em um sistema
próprio de dados. Só no hospital estadual Pérola Byington, na capital, a quantidade de
casos novos de pessoas de até 17 anos de idade atendidas em 2013 foi de 2.048 — 54%
a mais que em 2003. Além disso, as ocorrências de pessoas que são atendidas pela rede
privada e as que nem chegam aos hospitais não estão computados nos dados do ministério
da Saúde.
Algozes conhecidos
Nos números do SINAN estão incluídos todos os tipos de violência sexual, incluindo
estupros cometidos por desconhecidos e também casos em que o agressor é conhecido da
família. Dos
7.592 casos ocorridos entre crianças de zero a nove anos em 2012, em 3% acredita-se que
houve exploração sexual e em 2,9%, pornografia infantil. Na maior parte dos casos (70%
para crianças de até nove anos e 58% para os de 10 a 19 anos), a violência sexual
aconteceu dentro de casa e o agressor era do sexo masculino. Segundo o ministério, o
provável autor do abuso foi um amigo ou conhecido da vítima em 26,5% dos casos entre
crianças de até nove anos de idade e em 29,2% dos até 19 anos.
O pedófilo que abusou de G. , de 5 anos, o via diariamente, duas vezes por dia. Era o
motorista do transporte escolar, que durante todo o ano de 2013 o levava e buscava na
escola.
— Meu filho sempre foi um menino ativo e brincalhão, e de repente passou a ficar quieto e
acuado. A gente perguntava se havia algo errado e ele ficava “congelado”, não respondia —
lembra o pai de G, contando como a família começou a desconfiar do
abuso. Em novembro do ano passado, G. chegou em casa com a boca machucada. Disse
que o ferimento foi provocado por “brincadeiras” que o condutor do transporte escolar fazia
com ele. Uma semana depois, falou para os pais que esteve na casa do motorista. E disse que
não queria mais ser levado para o colégio por aquele senhor de 51 anos de idade. Depois de
várias sessões com uma psicóloga, G. contou à especialista sobre os abusos sexuais sofridos
no banco de trás do carro em que o “Tio Carlos” o levava para a escola. O motorista, Carlos
Inácio Coentro Portela, foi preso essa semana pela polícia do Rio.
Denúncias anônimas
Para a ministra Maria do Rosário, da secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República, cada vez mais a população está procurando denunciar casos de violência sexual
contra crianças e adolescentes a órgãos diretos de investigação, como a polícia. Por isso é
que, segundo ela, o número de denúncias que chegam anonimamente ao Disque Cem,
serviço telefônico da secretaria, diminuiu de 2012 para 2013. Em 2012, foram 37.803 e no
ano passado, 31.895, ou seja, cerca de 6 mil a menos. Os estados de São Paulo, Rio e Bahia,
aparecem como os três com mais denúncias, segundo a ministra, porque concentram
grande parte da população.
Porém, na opinião de Maria do Rosário, a quantidade de denúncias que chegam ao Disque
Cem diariamente ainda é muito alta. Em 2013, foram recebidas 87 denúncias de violência
sexual por dia, principalmente de casos em que o agressor era conhecido da vítima ou da
família dela.
— A Organização Mundial da Saúde estima que 20% das meninas e mulheres de até 18 anos
sofram algum tipo de violência sexual no mundo. As autoridades chegam a uma parcela
pequena. A violência é mantida sob um manto de segredo quando se trata do abuso sexual
intrafamiliar. É difícil romper esse segredo. É preciso haver a atenção de todos para as
crianças — diz Maria do Rosário.
Na opinião do coordenador de projetos da organização não governamental Childhood Brasil,
Itamar Gonçalves, os números de violência sexual contra crianças e jovens precisam
provocar indignação.
— Temos que ficar indignados e pressionar os governos para qualificar e ampliar o
atendimento. Sabemos que muitos conselhos tutelares, por exemplo, nem têm carros para
fazer visitas às famílias. Falta engajar todos e ter mais políticas públicas que atuem na ponta
do problema — diz Gonçalves.
Disponível em: http://oglobo.globo.com/brasil/pedofilia-pesadelo-que-comeca-na-infancia-
em- casa-11828021#ixzz4eTldZNjL. Acesso em 13 abril 2017.
TEXTO II
O plenário do Senado aprovou hoje (5) projeto de lei que determina a perda de bens e
valores que sejam utilizados na exploração sexual de crianças e adolescentes. O texto
modifica o Artigo 244-A do Estatuto da Criança e do Adolescente para acrescentar a perda
dos bens à previsão de pena de quatro a dez anos de reclusão para quem pratica esse tipo
de crime, além da multa já prevista na lei.
Os valores serão revertidos em favor do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente do
estado em que o crime ocorrer.
A perda dos bens utilizados na exploração sexual de crianças e adolescentes ocorrerá, no
entanto, ressalvados os direitos de terceiros que agirem de boa fé. Por exemplo, no caso
de um imóvel em que ocorra esse tipo de crime e que tenha um segundo dono que não
tivesse conhecimento dos atos ali praticados, o direito desta pessoa estará preservado.
Como a matéria é originária do Senado e já passou pela Câmara, o projeto segue agora
para sanção do presidente Michel Temer.
Investigação de pedofilia
Os senadores também aprovaram nesta quarta-feira outro projeto com objetivo de proteger
crianças e adolescentes: um texto regulamenta a possibilidade de que policiais possam se
infiltrar em salas de bate papo ou redes sociais de forma anônima para investigar casos de
pedofilia.
O projeto estabelece que esse tipo de ação para obtenção de provas deverá ser requerida
pelo Ministério Público ou pelo delegado responsável pelo caso e autorizada por um juiz
com fundamentação que justifique a medida.
O texto também segue para sanção presidencial.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-04/senado-aprova-
projetos-de- combate-exploracao-sexual-de-criancas-e-pedofilia. Acesso em 13 abril 2017.
TEXTO III
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “A educação como solução para
ressocialização de detentos: utopia ou realidade?”, apresentando proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Anderson foi preso por tráfico de drogas e é interno da Penitenciária Industrial Esmeraldino
Bandeira, no complexo de Bangu, onde cursa a 6ª série do ensino fundamental desde o
início do ano. Ele é um dos beneficiados pela Lei 12.433, que dá a presidiários o direito de
reduzir sua pena frequentando aulas dentro da prisão. Desde que a lei foi promulgada, há
dois anos, subiu de 8% para 10,2% a parcela de detentos no Brasil com acesso a atividades
educacionais, algo que especialistas consideram essencial no processo de ressocialização.
A lei foi criada para incentivar a adesão dos detentos ao ensino básico, mas o objetivo
esbarra na falta de infraestrutura. Um levantamento do Ministério da Justiça, feito após
solicitação do GLOBO via Lei de Acesso à Informação, mostra que, das 1.410 prisões no
país, 40% (565) não têm sequer sala de aula. Estão em desacordo com a Lei 12.245, de
2010, que obriga todas as unidades penais a oferecer educação básica e profissionalizante
a seus internos.
Disponível em: http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/apenas-umem-cada-10-
detentos- estuda-no-brasil-8709849. Acesso em 14 fevereiro 2017.
TEXTO II
Ester Rizzi, assessora da Ação Educativa, que realiza estudos sobre a educação em
sistemas prisionais, acredita que há uma “visão forte” entre gestores e sociedade de que o
ensino para presos é “privilégio”. “A violação do direito à educação é mais uma das
violações que ocorrem no nosso sistema prisional. A pena no Brasil diz respeito à privação
de liberdade. Os outros direitos – à educação, à saúde, à dignidade humana – têm de ser
respeitados”, afirma.
Segundo a pesquisadora, a estrutura física dos presídios é um dos grandes empecilhos
para a oferta educacional nesses ambientes. Além disso, ela acredita que os gestores
educacionais – e não de segurança pública – é que devem cuidar dessa oferta. Muitas
vezes, não são professores das redes que ministram cursos para os presidiários. Em São
Paulo, essa é uma mudança recente. “É um avanço porque as políticas chegarão a eles da
mesma forma”, diz.
Ester garante ainda que há outro mito em relação aos presos: o de que eles não se
interessam pelos estudos. A Ação Educativa produziu uma pesquisa no ano passado,
entrevistando os detentos, e constatou que, embora72% dos participantes da pesquisa não
estivessem estudando, 86% afirmaram que gostariam de estudar. Mais da metade dos
entrevistados nunca passaram por cursos formais na prisão.
Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/201401-21/mesmo-previsto-
em-lei- ensino-so-chega-a-89-dos-presos-nobrasil.html. Acesso em 13 fevereiro 2017.
TEXTO III
TEXTO IV
O sistema penitenciário brasileiro segue como uma instituição medieval, onde não faltam
os castigos físicos, a insalubridade, a masmorra de confinamento e o abandono. A questão
do sistema penitenciário não pode ficar apenas nos discursos eleitoreiros, como os que já
se ouvem novamente. Não adianta apenas construírem cada vez mais penitenciárias de
segurança máxima. Essa política errada e insensível somente faz com que, por outro lado,
também nos aprisionemos em casas, apartamentos e condomínios ”de segurança máxima”.
É preciso usar as terras que temos de sobra e criar penitenciárias-fazendas, onde o apenado
possa “limpar” as mãos lavrando a terra e, irrigando-a com o seu suor, plantar para o
autossustento da instituição e mesmo o sustento de sua família. Que os presídios
localizados nas áreas urbanas sejam unidades fabris, onde o apenado possa dedicar seu
tempo no aprendizado de uma profissão técnica e do quanto o trabalho dignifica, enobrece e
satisfaz. O mesmo em relação aos delinquentes menores e jovens, sem educação, sem
orientação, dominados pelas drogas e praticamente sem futuro algum.
Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/como-evitar-a-volta-
acriminalidade-0widp8hf9vgximrx3lvniovgu. Acesso em 14 fevereiro 2017.
TEMA 08: TECNOLOGIA E SEU IMPACTO NA DEMOCRACIA
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Tecnologia e seu impacto na democracia
brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
TEXTO I
Pierre Lévy afirma que “os destinos da democracia e do ciberespaço estão amplamente
ligados”. A partir dessa lógica, entra a deliberação online, em que discutimos as práticas
online que são bases para a relação governo e sociedade. Pensando nisso, encontramos o
exemplo da empresa Webcitizen. Fundada pelo publicitário mineiro Fernando Barreto (foto),
desenvolve sistemas especializados em engajamento cívico pela internet. A empresa criou
a plataforma Vote na Web que armazena utilizando-se de um layout convidativo os projetos
de lei em votação no Senado e na Câmara.
Disponível em https://emprenologia.wordpress.com/2014/05/23/quando-a-tecnologia-esta-
a-favor- da-democracia/. Acesso em 13 fevereiro 2017.
TEXTO II
Após o passar pelo software, cada caso é analisado por uma pessoa, que depois encaminha
as denúncias. O grupo costuma aguardar respostas para divulgar os casos.
A ação recebeu o nome de “Operação Serenata de Amor”, inspirado no “caso Toblerone”,
um escândalo da década de 1990 na Suécia que provocou a renúncia da então vice-
primeira-ministra Mona Sahlin por uso do cartão corporativo para gastos pessoais.
TEXTO III
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “O índio brasileiro em foco na atualidade”,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO I
Disponível em: http://apublica.org/2016/06/em-terra-de-indio-amineracao-bate-a-porta-
2/ Acesso 14 fevereiro 2017.
TEXTO II
TEXTO V
A CPI da Funai e do Incra aprovou o texto principal do relatório essa semana, em Brasília,
em meio a muita polêmica.
A CPI foi criada para investigar supostas irregularidades na Funai e no Incra. O relatório
sugere o indiciamento de mais de 70 pessoas, entre elas procuradores da república,
indígenas, servidores e ex-funcionários da Fundação Nacional do Índio e do Instituto de
Colonização e Reforma Agrária.
A comissão é composta principalmente pela bancada ruralista. O relator Nilson Leitão, do
PSDB, é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária.
O texto aprovado pela CPI sugere uma reestruturação da Funai. O relatório defende que
todos os serviços relacionados aos índios fiquem centralizados no órgão, inclusive saúde e
educação. A proposta é que a Funai ganhe status de secretaria nacional ou ministério.
“A nossa proposta é para melhorar o Incra, melhorar a Funai e acima de tudo, o estado
brasileiro cumprir o seu papel, que não cumpriu nos últimos anos”, afirma Nilson Leitão,
relator da CPI da Funai.
Várias entidades ligadas ao movimento indígena repudiaram o texto final. A deputada
Eliziane Gama, do PPS, disse que vai entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal
para tentar anular o relatório.
“Nós ficamos indignados com o resultado. Estamos recorrendo ao plenário, pedindo a
anulação deste relatório e fazendo com que uma CPI que se propõe, por exemplo a fazer a
investigação, faça a investigação de forma isonômica, porque o que aconteceu aqui foi dois
pesos e duas medidas”, declara Eliziane Gama, deputada federal (PPS-MA)
Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) repudiou o relatório e considerou a CPI
da Funai parcial do início ao fim dos trabalhos.
TEMA 10: A IMPORTÂNCIA DA CULTURA POPULAR NA CONSTRUÇÃO
E NA VALORIZAÇÃO DA HISTÓRIA BRASILEIRA
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “A importância da cultura popular na construção
e na valorização da história brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Pedroso (1999) afirma que “Um povo que não tem raízes acaba se perdendo no meio da
multidão. São exatamente nossas raízes culturais, familiares, sociais, que nos distinguem
dos demais e nos dão uma identidade de povo, de nação. Quem não vive as próprias raízes
não tem sentido de vida. O futuro nasce do passado, que não deve ser cultuado como mera
recordação e sim ser usado para o crescimento no presente, em direção ao futuro. Nós não
precisamos ser conservadores, nem devemos estar presos ao passado. Mas precisamos
ser legítimos e só as raízes nos dão legitimidade”.
Disponível em: http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/artes/a-importancia-das-raizes-
culturais- para-identidade-.htm (Adaptado) Acesso em 15 fevereiro 2017.
TEXTO II
O Brasil, por conter uma grande dimensão territorial e uma população numerosa e
miscigenada, com grande quantidade de descendentes de europeus, africanos, asiáticos e
índios, apresenta uma vasta diversidade cultural no seu povo.
Esse é um tema de extrema importância e deve ser abordado em sala de aula, pois os
alunos devem ter conhecimento da diversidade cultural do país e saberem a origem de
festas folclóricas, culinária, crenças e todos os tipos de manifestações culturais,
fortalecendo ainda mais o processo de valorização dos costumes locais, contrapondo a
tentativa de unificação de uma cultura de massa imposta pelos meios de
comunicação. Disponível em: http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-
ensino/a-diversidade-cultural-brasileira- sala-aula.htm. Acesso em 15 fevereiro de 2017.
TEXTO III
A Lei 10.639/03 propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-
brasileira e africana. Por exemplo, os professores devem ressaltar em sala de aula a cultura
afro- brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual os negros
são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o pensamento e as
ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música, culinária, dança) e
as religiões de matrizes africanas. Disponível em:
http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/lei- 10639-03-ensino-historia-
cultura-afro-brasileira-africana.htm. Acesso em 15 fevereiro de 2017.
TEXTO IV
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Impactos ambientais do consumo no século XXI”,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO I
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/507851295457831864/
TEXTO II
A sustentabilidade é um complexo de coisas que envolve o meio ambiente, a sociedade, a
economia e o consumo. Na hora de comprar um produto, precisamos levar em conta não
apenas o fato de estar adquirindo um bem, mas sim o impacto que isto terá na natureza, na
geração de emprego e em condições de trabalho melhores. Por essas e outras, é
necessário mudar o padrão de consumo, sair da ideia de obsolescência rápida para a
durabilidade dos produtos. Do ponto de vista social, todos os impactos ambientais negativos
acabam se refletindo na saúde das pessoas. Hoje, mais ou menos dois terços das doenças
que chegam ao sistema público de saúde são devido à água poluída. Mudar a maneira de
comprar, mudas as opções do ponto de vista social e ambiental, vai se refletir num meio
ambiente mais lindo e em saúde melhor.
Fonte: http://oglobo.globo.com/economia/defesado-consumidor/para-especialista-
conscientizacao-do-consumidoressencial-20414929#ixzz4Y286IPsf (Adaptado)
TEXTO III
A avaliação dos impactos ambientais do descarte das embalagens impressas engloba a
soma de todos os impactos ao longo do ciclo de vida destes materiais, sendo, portanto, uma
tarefa complexa. Desta forma, quanto menor a perda no processo produtivo de impressão,
menores os impactos ambientais, levando à redução dos resíduos sólidos. Com base nisso,
podemos concluir que os principais danos decorrentes da poluição associada ao uso do
solo são:
• A disposição inadequada de resíduos sólidos leva à infiltração do chorume para as camadas
mais profundas, causando contaminação dos solos, de aquíferos subterrâneos e de
mananciais;
• Disposição inadequada de resíduos sólidos com a presença de elementos, compostos e/ou
metais pesados nas embalagens de papel, cartão, papelão, de produtos alimentícios, jornais,
revistas etc., com tintas de impressão gráfica líquida ou pastosa.
Os elementos, compostos ou metais pesados são absorvidos pelo corpo humano por meio
do ar, água, alimentos e contato térmico, com tendência à acumulação de metais pesados.
No caso de resíduos sólidos, a preocupação ambiental relaciona-se com sua elevada
toxidade e facilidade para bioacumulação, além de seu uso em grande escala em processos
produtivos diversos, incluindo tintas de impressão gráfica.
Fonte: http://www.revistatecnologiagrafica.com.br/index.php?option=com_c
ontent&id=4754:o- impacto-ambiental-do-descarte-de-embalagenscom-tintas-de-
impressao
TEMA 12: ALTERNATIVAS PARA INCLUSÃO SOCIAL DOS PORTADORES DE
NECESSIDADES ESPECIAIS
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Alternativas para inclusão social dos
portadores de necessidades especiais”, apresentando proposta de intervenção que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015.
Art. 1o É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da
Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade,
o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando
à sua inclusão social e cidadania.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm
TEXTO II
Nível de instrução das pessoas com deficiência de 15 anos ou mais
Fonte: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/node/763
TEXTO III
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Alternativas para melhorar o sistema educacional
no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
TEXTO I
Fonte: http://revistaepoca.globo.com/diagrama/noticia/2012/09/dinheiro-nem-sempre-traz-
educacao.html
TEXTO II
A falta de ensino adequado em ambas as disciplinas básicas (português e matemática) é
nociva por dois motivos. Primeiro, rouba do aluno chances de desenvolver todas as
competências necessárias para poder escolher, no futuro, o caminho que seguirá no
mercado de trabalho. É o que se aprende na escola que determina esse caminho. Se o aluno
é melhor em matemática, a tendência é seguir a área de exatas. Se tiver facilidade na leitura
e na escrita, a área escolhida será de humanas, e o mesmo acontece com ciências. A escola
tem obrigação de preparar o aluno para escolher qualquer uma dessas áreas. “Isso, sim, é
poder de escolha”, afirma Ernesto Faria, coordenador de projetos da Fundação Lemann.
“Se souber só matemática, ou só português, ou só ciências, ele não terá opções de verdade.
Estamos tirando opções desses alunos.”
Fonte: http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2013/12/bconta-do-fracassob- na-
educacao.html (Adaptado)
TEXTO III
BBC Brasil – O que seria a escola do século 21? Viviane Senna – Quando falamos em
escola do século 21 as pessoas pensam que estamos falando em levar tablets e
smartphones para as salas de aula. Não é só isso. É claro que essas novas tecnologias da
informação são importantes, mas não são suficientes. São uma pequena parte dessa
imensa revolução na produção de conhecimento que estamos vivenciando. O que
precisamos é de uma escola que consiga preparar as crianças para viver, se relacionar e
trabalhar em um mundo complexo como o que temos hoje, uma sociedade e uma economia
do conhecimento.
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/06/150525_viviane_senna_ru
TEXTO IV
Fonte: http://www.lecom.com.br/blog/2012/11/29/educacao-no-brasil-em-20-infograficos/
TEMA 14: OS DESAFIOS DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO NO SÉCULO XXI
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios do combate do trabalho escravo
no século XXI”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
TEXTO I
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Deve-se discutir a maioridade penal do
Brasil?”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
TEXTO I
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/06/1638659-brasil-reve-maioridade-
penal- sem-ter-mapa-da-criminalidade-juvenil.shtml
TEXTO II
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/06/1638659-brasil-reve-maioridade-
penal- sem-ter-mapa-da-criminalidade-juvenil.shtml
TEXTO III
No sistema jurídico brasileiro a maioridade penal se dá aos 18 anos, usando o critério
biológico que presume a incapacidade de entendimento e vontade da criança ou do jovem
de cometer algo instituído como crime, ficando assim sujeitos a uma legislação especial,
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Não se pode confundir inimputabilidade com impunidade, pois serão tomadas medidas
especificas para os menores de 18 anos que cometem algum ato infracional. Para os
menores de 12 anos incompletos são tomadas apenas medidas de proteção, art. 101 do
ECA, e para os adolescentes entre 12 a 18 anos medidas de proteção ou se necessário
medidas socioeducativas, art. 112 do ECA, e excepcionalmente os jovens entre 18 a 21
anos, medidas socioeducativas.
Fonte: http://fundacaotelefonica.org.br/promenino/trabalhoinfantil/colunistas/reducao-da-
maioridade-penal-e-o-estatuto-da-crianca-e-doadolescente/
Texto IV
O debate em torno da redução da maioridade penal ficou mais intenso no país depois de a
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara ter aprovado, no fim de março, a
admissibilidade do projeto que prevê aos infratores de 16 e 17 anos as mesmas punições
que podem ser aplicadas aos maiores de 18. O início da tramitação da matéria tem
despertado reações de defensores e opositores do texto. O G1 ouviu políticos, especialistas
e representantes da sociedade civil dos dois lados da discussão.
Do modo como a lei funciona hoje, adolescentes estão sujeitos às regras do Estatuto da
Criança e do Adolescente, que prevê internação em um centro de recuperação para o menor
de 18 autor de um ato infracional grave, como um homicídio, por exemplo. O período de
detenção não pode ultrapassar três anos. Se o projeto que tramita na CCJ for aprovado,
esses jovens passariam a cumprir pena em presídios comuns.
“Os depoimentos dos delegados com quem converso são de reclamação porque, quando
apreendem um menor, não podem agir energicamente porque são processados. É evidente
que a redução por si só não vai reduzir os índices de criminalidade, mas, acompanhada de
um plano de segurança, resolverá, sim”, disse o deputado João Rodrigues (PSD-SC),
integrante da comissão especial do Congresso que vai analisar o projeto da redução da
maioridade penal.
Para o parlamentar, o ECA precisa ser “fortalecido” porque, da forma atual, diz ele, a
impunidade “está em alta”. Na opinião de Rodrigues, é “fundamental” que haja, além da
mudança da
maioridade, a criação do que ele chama de um “novo plano de segurança pública” pelo
governo federal.
O argumento da impunidade não é válido para a Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que se posiciona contra a redução da maioridade
penal. Para a diretora da Área Programática da entidade no Brasil, Marlova Jovchelovitch
Noleto, há um mito de que os adolescentes que cometem infrações ficam livres de punição.
“Existe um mito muito grande que envolve essa discussão, que é a ideia de que o menor
de 18 anos está isento de responsabilidade. Diz-se que menor de 18 anos não é punido ou
não é responsável pelos seus atos, mas em nenhum momento a legislação brasileira é uma
legislação que não pune”, afirmou Jovchelovitch.
Ela sugere que no lugar da redução da maioridade sejam adotadas medidas para a efetiva
aplicação da lei atual. “Com a lei sendo cumprida à risca, poderemos ter maiores condições
de avaliar os resultados. Precisamos revisar é a implantação da lei, pois existem falhas”,
disse. “Nós podemos, inclusive, revisar o Estatuto, mas começar a discussão pela redução
da maioridade penal não é o caminho”, concluiu Jovchelovitch.
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema Prevenção contra desastres ambientais no
Brasil, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista
Texto I
Desastres naturais: a importância da prevenção e da gestão de riscos
É possível evitar os efeitos trágicos de desastres naturais decorrentes das chuvas, mas para
isso, são necessários planos de prevenção e de gestão de riscos, além da intensificação
da fiscalização. A afirmação pode até parecer óbvia, no entanto, faz muito sentido, quando
os brasileiros ainda tentam se recuperar do choque provocado pelos deslizamentos
ocorridos na serra fluminense, no mês de janeiro. Até agora, foram registrados cerca de
900 mortos e mais de 400 desaparecidos. Por outro lado, regiões metropolitanas, como a
de São Paulo – entra verão, sai verão -, viram manchete por conta das enchentes. O que
fazer diante desse quadro? Para especialistas reunidos na Fecomercio, recentemente, a
solução passa principalmente pela mudança de cultura nos processos de urbanização no
país.
Os efeitos das mudanças climáticas foram apresentadas pelo físico José Goldemberg,
presidente do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio, como um fator relevante a ser
considerado, no contexto dos incidentes decorrentes das chuvas.
“O clima é variável. A Ciência nos diz que a atmosfera está esquentando. Ela é composta
por 78,10% de nitrogênio e um pouco mais de 20% de oxigênio, mas a questão está nos 1%
restantes. A vida seria impossível na Terra, se não houvesse o colchão formado por esses
gases em pequena porcentagem, como o CO2 (0,04%), produzido principalmente pelo
combustível fóssil. No entanto, ele deixa a luz entrar, mas não a deixa sair, pois não é um
bom condutor térmico”, diz.
Para Goldemberg, no caso específico de São Paulo, a explicação para o aumento dos
eventos climáticos, está na formação das nuvens sobre os oceanos, que chegam ao
planalto e acarretam as chuvas. “Como a temperatura do mar está aumentando, existe
maior quantidade de vapor. São Paulo ao ser uma selva de pedra, com asfaltamento
excessivo, apresenta maior temperatura. Em condições normais, as nuvens passariam e
não haveria a intensidade das precipitações”. Quanto à serra fluminense, ele comenta que
a grande quantidade de chuva está relacionada às correntes provenientes da região
amazônica.
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2016/01/monitorar-e-
prevenir- para-nao-ter-que-remediar-como-na-lama-de-mariana.html
Texto II
Monitorar e prevenir – para não ter que remediar como na lama de Mariana no mar
O ano de 2016 começou com a notícia da possível chegada da lama da tragédia de Mariana,
em Minas Gerais, ao Parque Nacional Marinho dos Abrolhos e a Área de Proteção Ambiental
da Ponta da Baleia/Abrolhos, na Bahia. A lama tóxica, com resíduos da atividade de
mineração da empresa Samarco, percorreu, desde o acidente, em 5 de novembro de 2015,
cerca de 650 km do rio Doce até chegar ao Estado do Espírito Santo e atingir o mar. Dali
para frente, os impactos ao meio ambiente se tornariam ainda maiores e imensuráveis,
era só questão de tempo.
O arquipélago de Abrolhos é uma das joias da biodiversidade brasileira: berçário de baleias
Jubarte, maior área de recifes de corais do oceano Atlântico Sul e uma das regiões que
produzem mais peixes de todo o Nordeste brasileiro, sendo responsável pelo sustento de
aproximadamente 20 mil famílias de pescadores artesanais. A região ainda é considerada
importante para o turismo
de mergulho, visualização da vida marinha e a observação de baleias, atividades que geram
renda para mais de 80 mil pessoas. Entretanto, apesar dos indícios de que a lama poderia
chegar a Abrolhos, não houve prevenção nem monitoramento suficientes.
O impacto ao Banco dos Abrolhos – que inclui toda a extensão da costa sul da Bahia e norte
do Espírito Santo – já é uma realidade e a lama também afetou outras Unidades de
Conservação marinhas e costeiras. A Reserva Biológica de Comboios foi a mais impactada
até agora, mas há ainda outras quatro sob análise, segundo informações do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). São elas: Área de Proteção
Ambiental Costa das Algas; Reserva Extrativista de Cassurubá, Reserva Extrativista de
Corumbau e a Reserva de Vida Silvestre de Santa Cruz, a única Unidade de Conservação
federal dessa categoria na zona marinha. A região ainda inclui um mosaico de ambientes
marinhos com diferentes tipos de habitats sensíveis e importantes para a conservação,
como os manguezais, praias e restingas.
O “corre-corre” após conhecimento da ameaça foi grande. Coleta de água e sedimento para
análises, especulações sobre o tamanho do impacto, aumento de multas para a empresa,
governo chamando especialistas e caça aos culpados. Um grande jogo do empurra-
empurra.
Duas lições deveriam ser aprendidas: 1 – a necessidade de exigir um monitoramento
contínuo e de longo prazo das regiões que podem ser afetadas ou impactadas por
determinados tipos de empreendimento; 2 – a importância de um processo criterioso de
licenciamento ambiental que considere não só a área afetada em si, mas também a
avaliação no contexto regional e de um plano de emergência que sejam realistas, factíveis
e eficientes.
Qualquer que seja o impacto da lama da mineradora, o governo deverá garantir que todo o
recurso de multa a ser pago pela Samarco seja destinado à reparação dos danos ao meio
ambiente, aos prejuízos sociais e econômicos das comunidades locais e à garantia de um
monitoramento contínuo e de longo prazo em toda a região. Isto é o mínimo que se deve
assegurar em um acidente dessa proporção, em uma área com biodiversidade tão sensível
e numa região da qual tantos pescadores e comunidades dependem para sobreviver.
http://planetasustentavel.abril.com.br/404.shtml
Texto III
TEMA 17: OS DESAFIOS DA MOBILIDADE URBANA NO BRASIL
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema Os desafios da mobilidade urbana no Brasil,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
Texto 1
Qual o custo da mobilidade urbana?
Os ônibus realizam 87% das viagens por transporte público no País e transportam 70% dos
brasileiros, segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
Apesar disso, contam com menos subsídios – não somente no Brasil, mas em toda a
América Latina – do que os sistemas de transporte coletivo dos países industrializados com
renda per-capita maior que a latino-americana, conforme levantamento da Organização
Internacional para o Transporte Público (UITP, na sigla em inglês). Aqui, os custos
operacionais de sistemas de transportes públicos são quase totalmente cobertos pela venda
de passagens, mostra pesquisa realizada pela entidade em metrópoles latino-americanas.
Em Bogotá, as tarifas representam 82% do faturamento do sistema de ônibus. Há 8% de
subsídios do governo e os 10% restantes são provenientes de receitas não tarifárias. É a
mais alta participação das tarifas na comparação e o único caso de receita não tarifária.
Em São Paulo, a parcela das tarifas na composição da receita total é de 47%. Os subsídios
do governo perfazem 35%, o menor percentual da amostra, e os 18% restantes
correspondem à fração para remuneração dos empresários, único caso identificado na
pesquisa. (…)
No Brasil, a remuneração da mão de obra corresponde a 29,4% dos custos totais e o
combustível, 23%, segundo a NTU. O terceiro item mais relevante são os impostos, com
21,1%, seguido pelo montante despendido em manutenção e renovação dos veículos
(19,1%) e itens diversos (7,4%). Quando a tarifa pública não cobre os custos de operação
do sistema e põe em risco o pagamento da tarifa de remuneração (valor pago às empresas
para realizar o transporte de ônibus nas cidades), ela deve ser complementada por fontes
diversas, segundo a Associação, incluídos recursos dos orçamentos públicos, publicidade
nos ônibus, pedágio urbano, cobrança de estacionamentos públicos e impostos sobre os
combustíveis. (…)
(www.cartacapital.com.br)
Texto 2
Aplicativos e tecnologia mudam a mobilidade urbana
Estudo mostra que ferramentas contribuirão para tirar até 65% dos carros das ruas
(…) “Nos últimos sete anos, temos visto novas formas de utilizar os carros, graças aos
smartphones, apoiados pela tendência emergente para uma economia de colaboração e
participação de investidores”, declara Fabienne Herlaut, especialista em mobilidade
inovadora, no último relatório anual da UITP. “Esses serviços ajudam a tirar a pressão do
transporte público sobrecarregado em determinados momentos do dia. Eles também cobrem
áreas e viagens que não são servidos pelo transporte público”, acrescentou.
Conceitos como tecnologia, economia compartilhada e inovação dos modelos de negócio
definem a ideia de cidades inteligentes (‘smart city’). Na visão de Eleonora Pazos, presidente
da UITP para América Latina, o Brasil avançar na discussão sobre os novos modelos de
mobilidade. “Debate-se muito a questão de o Uber ser ou não ser legal (por concorrer com
os táxis, regulamentados). E se surge aqui um sistema de carona e todo mundo resolve
combinar carona? Isso é legal? Não é legal? Como pode ser regulado? É preciso avançar
nessa discussão”, ressalta Eleonora.
Com ou sem regulação, a tecnologia para compartilhamento de caronas já chega ao Brasil.
Com mais de 2 milhões de viagens compartilhadas por mês, no mundo, o aplicativo BlaBlaCar
já funciona no país. De acordo com a UITP, mais de 17 milhões de usuários de sistemas de
compartilhamento de caronas foram registrados na Europa em 2014 (último dado
disponível). A estimativa da UITP é de que esse número duplique até 2020. (…)
Texto 3
Texto 4
(www.antp.org.br)
TEMA 18: O HUMOR NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da
língua portuguesa sobre o tema O humor na construção da identidade brasileira,
apresentando experiência ou proposta de ação social, que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
Deixe claro o seu ponto de vista, por meio de argumentos coerentes e com embasamentos
teóricos.
TEXTO 1
(http://www.portalfiel.com.br/charges/141-charge-politica-ou-show-de-humor.html)
TEXTO 2
Paulo Gustavo estreia peça e rebate fofocas na web: ‘Me acostumei’
Humorista está em cartaz em ‘On-line’, em que interpreta a si próprio
RIO — Paulo Gustavo atende o telefone e avisa que o repórter interrompeu um áudio que ele
estava gravando para um amigo. Mas não em tom de reclamação. Na verdade, é quase um
agradecimento:
— Ninguém merece ouvir áudio de cinco minutos no celular.
Curiosamente, o “incidente” tem relação com o tema de “On-line”, peça que o humorista
estreia nesta sexta-feira no Oi Casa Grande. Cheia de metalinguagem, a história gira em
torno de um homem — o próprio Paulo, interpretando a si mesmo — que tenta apresentar
um espetáculo, mas é constantemente interrompido por imprevistos.
Por exemplo, logo no começo bandidos e policiais invadem o palco. Mais tarde, é a vez de
uma manifestação política entre “coxinhas” e “petralhas” entrar em cena. O personagem se
vê forçado a participar involuntariamente desses eventos inspirados nas experiências
cotidianas dos brasileiros. No meio disso tudo, referências à relação entre o ser humano e
a tecnologia.
— É uma comédia de situação, um retrato do dia a dia — define Paulo Gustavo. — Fazemos
milhões de coisas e, no fim, não sabemos o que fazer. Estamos sempre plugados em alguma
tecnologia. Há ruídos e imprevistos. A peça fala, sobretudo, sobre o quanto somos viciados
em internet. Dia desses fiz terapia via Skype.
Como se sabe, as facilidades que vêm com a internet também têm o seu preço —
principalmente para uma celebridade, exposta a uma infinidade de ataques e especulações.
É só colocar o nome de Paulo Gustavo no Google para encontrar um leque de ofensas.
Segundo vários sites de fofoca, ele é antipático, detesta interagir com fãs e arruma confusão
nos bastidores dos programas:
— Quando comecei a fazer sucesso e a receber ataques, foi um choque. Hoje, tiro de letra.
Essa história de que não tiro foto com fã é uma mentira que não se sustenta. Seria impossível
não tirar
fotos.
SERVIÇO
Onde: Teatro Oi Casa Grande — Avenida Afrânio de Melo Franco 290, Leblon (2511-0800).
Quando: Sex., às 21h30m; sáb., às 19h e às 21h30m; e dom.; às 20h. Até 19/2. Quanto:
R$ 150. classificação: 14 anos. (http://oglobo.globo.com/cultura/teatro/paulo-
gustavo-estreia-peca-rebate-fofocas-na-web-me- acostumei-20448247 )
TEXTO 3
Mau humor ou distimia?
Os problemas do dia-a-dia geralmente causam um desconforto em muitas pessoas. E a
rotina estressante pode atingir o humor de quem se abala com qualquer coisa. Mas uma
atenção especial deve ser dada às pessoas que, frequentemente, ficam mal humoradas,
porque o problema pode ser muito mais do que um simples distúrbio passageiro.
A distimia é uma doença causada por mau humor crônico e influencia não só a vida do
paciente como também das pessoas que convivem com ele. Segundo o psiquiatra Antônio
Nardi, uma das principais dificuldades em diagnosticar a doença é a similaridade dela com
questões comuns de mau humor do dia-a-dia.
“Quando algo nos incomoda, como um trânsito muito ruim ou alguém pisa no nosso pé, é
natural ficar de mau humor. Esse é o que chamamos de mau humor ocasional”, afirma. Mas
quando estas alterações de humor são muito comuns, a doença pode estar se
manifestando. “O distímico fica irritado porque está chovendo ou porque está sol. Tudo é
motivo para mau humor”, compara o médico.
Uma característica comum do paciente com distimia é a irritação e preocupação excessiva
até quando a situação é positiva. Nardi destaca que o doente consegue ver problema em
casos aparentemente 100% benéficos, como ganhar na loteria. Segundo o especialista,
caso isso aconteça com ele, será normal que se preocupe com os problemas que o dinheiro
trará. “Os distímicos não apresentam apenas o mau humor, ele têm também tristeza,
pessimismo, baixa auto- estima e falta de prazer na maioria das atividades”.
Em geral, a distimia começa a aparecer na adolescência ou no adulto jovem e pode durar
a vida toda, se não for tratada. Os sintomas que mais chamam a atenção, no seu início, são
a irritação com qualquer coisa, o costume de ver problemas em tudo e o isolamento social.
Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que 3% da população pode ser atingida
pela doença e as mulheres são afetadas duas vezes mais do que os homens. Se a doença
não for tratada (geralmente o tratamento dura dois anos), o paciente tem 70% de chance
de desenvolver a depressão.
As principais diferenças entre a distimia e a depressão são a relação social do paciente e
alguns sintomas físicos desta última, como alteração de apetite, sono e energia. Enquanto
a pessoa depressiva busca se isolar de qualquer atividade, o distímico continua realizando
suas funções normais. “A depressão dificulta o indivíduo de trabalhar, de ir a compromissos
sociais e de praticar esportes e a distimia compromete a capacidade de prazer e satisfação
destas atividades, mas o indivíduo não deixa de realiza-las”, destaca o psiquiatra.
Por isso é mais complicado que pessoas leigas notem a doença, elas apenas percebem
que há algo de errado. “Nem o distímico e nem a sua família sabem distinguir o que é a
distimia e o que é o indivíduo”, ressalta Nardi. Sendo assim, apenas um psiquiatra será
capaz de diagnosticar e tratar a doença.
(http://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/485-mau-humor-ou-distimia)
TEMA 19: EXISTÊNCIA DE UMA CULTURA DO MEDO DA INFORMAÇÃO.
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Existência de uma cultura do medo da
informação” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
TEXTO I
(historiativa-
jailson.blogspot.com) TEXTO
II
Caminhos da Reportagem fala sobre Nomofobia, a fobia de ficar sem celular
Por TV Brasil
O Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, abordou a “nomofobia”, termo originário do
inglês que significa “no-mobile-phobia”, ou seja, a fobia de se ficar sem celular. Pode
parecer estranho, mas milhares de pessoas ao redor do mundo já passaram ou passarão
por esse problema, que tem a Internet como causa. Mas estar on-line 24 horas por dia
parece um caminho sem volta.
Para o pesquisador Eduardo Guedes, especialista em tecnologia, “hoje, você tem
dispositivos que leva com você a todo instante. É multiconectado. Está em qualquer lugar,
a qualquer hora do dia, conectado à Internet.”
O uso constante da tecnologia faz com que, muitas vezes, os riscos sejam subestimados.
Riscos emocionais, psicológicos e até físicos. A auxiliar de produção Lucélia Paes precisou
ser internada numa clínica para tratar do problema: “Eu ficava mexendo com os dedos,
imaginava o celular no meu bolso. Eu imaginava o celular embaixo do meu travesseiro.”
De acordo com o psicólogo Cristiano Nabuco, “o telefone já não cumpre mais a função
daqueles telefones antigos, de se comunicar através da voz. Hoje, você tem rede social,
máquina fotográfica, filmadora, GPS, música. Por isso que essa sedução se torna muito
maior.”
A tecnologia tem influenciado o ensino, mas algumas escolas tradicionais ainda prezam
pela não- utilização de dispositivos tecnológicos na sala de aula. Contudo, já admitem que
o uso desses aparelhos pelos jovens é inevitável. Outras instituições acreditam em uma
mudança de paradigma, como a Escola Mater Dei, em São Paulo.
Em casa, os pais estão em busca de um caminho. Qual o melhor momento para as crianças
começarem a usar tablets, smartphones ou qualquer outro dispositivo tecnológico? A
filósofa
Viviane Mosé aconselha: “precisamos entender que a tecnologia é uma tsunami que já vem.
Não podemos lutar contra ela. Não é possível. Não precisa encher teu filho de tecnologia.
Mas entenda que ele está usando, ajude-o a usar melhor.”
(http://www.ebc.com.br/tecnologia/2015/03/caminhos-da-reportagem-fala-sobre-
nomofobia-fobia- de-se-ficar-sem-celular)
TEXTO III
Medo de gente: a fobia social
Os sintomas do transtorno podem surgir ainda na infância e o tratamento envolve a simulação
de situações que geram ansiedade (Fernanda Teixeira Ribeiro)
O mais comum dos transtornos de ansiedade é a fobia social, ou ansiedade social, que
afeta de 3,5% a 16% da população geral – os dados variam devido à metodologia e às
amostras dos diferentes estudos. Os primeiros sinais costumam surgir ainda na infância. O
psiquiatra Márcio Bernik enumera possíveis sintomas do transtorno nessa fase da vida, que
devem ser examinados com cuidado. “Ansiedade de separação, uma preocupação
exagerada em se afastar dos pais ou de que algo ruim aconteça com eles. Situações em
que a criança fala somente na presença dos pais ou parentes próximos, recusa-se a ir para
a escola ou manifesta sofrimento excessivo na véspera de provas ou competições
esportivas.”
A fronteira entre a timidez excessiva e o transtorno é difícil de demarcar – basicamente, é
necessário tratamento quando o receio de ser observado e avaliado pelos outros começa a
causar sofrimento ou prejuízos em algum campo da vida, seja profissional, como a perda
do emprego por evitar o ambiente de trabalho, seja pessoal, como a dificuldade em travar
relacionamentos. “O fóbico social costuma ser monossilábico, econômico nas palavras. Isso
é geralmente interpretado pelas outras pessoas como desinteresse. A pessoa com o
transtorno tende, assim, a se isolar. Evita situações cotidianas nas quais pode se sentir
constrangida, como comer ou escrever na frente dos outros”, diz Tito Paes de Barros Neto,
psiquiatra e terapeuta do comportamento. Além disso, a ansiedade social está
particularmente relacionada ao abuso de álcool e outras drogas que facilitam a interação
social.
O tratamento da fobia social é feito com antidepressivos e terapia comportamental, que
compreende estratégias como terapia de exposição e treino de habilidades sociais. O
terapeuta simula em consultório situações que geram ansiedade – como incentivar o
paciente a preencher um cheque na presença de outras pessoas e, principalmente, iniciar
e manter conversas. A ideia é que a exposição repetida e prolongada diminui gradualmente
a sensibilidade ao estímulo.
(http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/medo_de_gente_a_fobia_social.html)
TEMA 20: A EXPLORAÇÃO SEXUAL COMERCIAL DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES NO BRASIL
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “A exploração sexual comercial de crianças
e adolescentes no Brasil” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
UM FENÔMENO COMPLEXO
O perfil das mulheres e meninas exploradas sexualmente aponta para a exclusão social
desse grupo. A maioria é de afrodescendentes, vem de classes populares, tem baixa
escolaridade, habita em espaços urbanos periféricos ou em municípios de baixo
desenvolvimento socioeconômico (…) Muito embora o atrativo dos ganhos financeiros seja
relevante em ambos os casos, percebe-se que, naqueles em que o tráfico tem origem nos
municípios interioranos, a necessidade de sobrevivência e a violência intrafamiliar
influenciaram diretamente na decisão das adolescentes em aceitar as ofertas ilusórias dos
aliciadores. Portanto, o lado financeiro da questão não é o único a ser levado em conta na
decisão das adolescentes. Há casos em que os problemas nas famílias também são
determinantes.
Propostas de enfrentamento
A violência sexual contra crianças e adolescentes é uma questão ainda cercada de tabus,
medos, omissões e até mesmo indiferença em vários segmentos da sociedade brasileira.
Felizmente, a partir da década de 1990, iniciou-se, no Brasil, um processo de mobilização
(…). Dessa forma, apoiado nos novos paradigmas jurídicos da Constituição de 1988, da
Convenção dos Direitos da Criança de 1989 e do ECA de 1990, o Brasil vem, aos poucos,
consolidando uma cultura favorável à defesa da causa da infância e da adolescência e à
criação de mecanismos concretos de acesso às políticas sociais e às ações especializadas
de combate à violência sexual.
Com uma base jurídica formal protetora, avanços importantes têm sido observados nos
últimos anos. Um exemplo claro disso é a alteração do modelo de gestão das políticas
sociais, que introduziu os elementos da descentralização, da participação e da mobilização,
elevando o município à condição de base primordial para a proteção de crianças e
adolescentes. Outros aspectos igualmente relevantes são a criação de espaços públicos,
de natureza plural e democrática, para a reflexão crítica sobre as bases jurídicas
paradigmáticas; as políticas públicas para o enfrentamento da violência sexual contra
crianças e adolescentes; e os mecanismos objetivos de implementação, como os
orçamentos das três esferas de governo, os planos plurianuais e os planejamentos anuais
dos órgãos das políticas setoriais. Foi nesse contexto que surgiu, em 2002, o Comitê
Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra a Criança e o Adolescente – uma
instância democrática de mobilização e articulação permanente, composta de
representantes dos setores organizados da sociedade civil, do poder público e de
organizações internacionais que atuam na área da infância e da adolescência. A criação de
um fórum permanente
para a discussão da temática foi uma das propostas do Plano Nacional de Enfrentamento
à Violência Sexual Infanto-Juvenil, estabelecido em 2000.
http://www.unicef.org/brazil/pt/Cap_03.pdf
Texto II
CORPO FRÁGIL
Uma menina vestida com um pequeno biquíni expõe seu corpo frágil. Ela não parece ter
mais do que 13 anos, mas é uma das dezenas de garotas andando pelas ruas à procura de
clientes debaixo do sol da tarde. A maioria vem das favelas da região. Ao parar o carro, a
reportagem da BBC é recebida com uma dança provocante da menina, para chamar a
atenção.
“Oi, meu nome é C. Você quer fazer um programa?”, ela pergunta. C. pede menos de R$
10 por seus serviços. Uma mulher mais velha chega perto e se apresenta como mãe da
menina.
“Você pode escolher outras duas meninas, da mesma idade da minha filha, pelo mesmo
preço”, ela diz.
Quando a noite cai, em uma área com bares e bordéis da cidade, o playground sexual de
Recife ganha vida. Prostitutas se divertem com turistas, dançando e procurando por clientes
em potencial. Muitas delas parecem ter muito menos do que 18 anos de idade. Motoristas
de táxi trabalham com as garotas que são jovens demais para entrar nos bares. Um deles
me oferece duas pelo preço de uma e uma carona para um motel local.
“Elas são menores de idade, então são muito mais baratas que as mais velhas”, explica ele
ao me apresentar S. e M.
Nenhuma delas faz nenhum esforço para esconder sua idade. Uma delas leva consigo uma
bolsa da Barbie, e as duas se dão as mãos com um olhar que parece aterrorizado diante
da perspectiva de um potencial cliente.
http://www.bbc.com/portuguese/celular/noticias/2010/07/100730_brasil_pedofilia_rc.shtml
Texto III
http://www.agustinosrecoletos.org/imgs/reportajes/200911/05_13.jpg
TEMA 21: A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS DE COOPERATIVISMO NO BRASIL
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “A importância dos sistemas de
cooperativismo no Brasil” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SOCIEDADE COOPERATIVA
A Sociedade Cooperativa apresenta os seguintes traços característicos:
1) É uma sociedade de pessoas.
2) O objetivo principal é a prestação de serviços.
3) Pode ter um número ilimitado de cooperados.
4) O controle é democrático: uma pessoa = um voto.
5) Nas assembleias, o “quorum” é baseado no número de cooperados.
6) Não é permitida a transferência das quotas-par¬te a terceiros, estranhos à sociedade,
ainda que por herança.
7) Retorno proporcional ao valor das operações.
8) Não está sujeita à falência.
9) Constitui-se por intermédio da assembleia dos fundadores ou por instrumento público, e
seus atos constitutivos devem ser arquivados na Jun¬ta Comercial e publicados.
10) Deve ostentar a expressão “cooperativa” em sua denominação, sendo vedado o
uso da expressão “banco”.
11) Neutralidade política e não discriminação religiosa, social e racial.
12) Indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de
dissolução da sociedade.
Saliente-se que a cooperativa existe com o intuito de prestar serviços a seus associados,
de tal forma que possibilite o exercício de uma atividade comum econômica, sem que tenha
ela fito de lucro.
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/cooperativas.htm
Texto II
Nesse ínterim, outra adaptação que chamava a atenção era que, até certo limite, precisava-
se da subordinação efetiva de interesses individuais dos participantes à uma realidade
grupal (…) Para a cooperativa, todos são iguais. Uma sujeição a qual algumas pessoas
poderiam ser muito individualistas para se adaptar.
Assim, percebeu-se que o individualismo e o cooperativismo são dois pontos que
perpassam a sociedade ocidental em sua realidade contemporânea/capitalista, mas que
podem ter alguns pontos divergentes entre si, até certo limite antagônicos, como o ideal de
solidariedade e coletivismo, proposto pelo cooperativismo. Mas as cooperativas parecem
existir mesmo diante dessa contraditoriedade (…) Diante de um possível continuum
capitalista, onde se encontram instituições cooperativistas? O quão distante ou puramente
cristalizadas estão as quatro dimensões alvo do estudo em seu interior? Até que ponto
podem interferir na sua realidade? Existiriam pontos de convergência entre
dimensões tão contraditórias?
http://congressods.com.br/segundo/images/trabalhos/economia/Edson%20Antunes%20Qu
aresma
%20Junior.pdf
Texto III
Fazendo uma análise isenta de todo esse período vivido pelo Cooperativismo de Trabalho,
pode- se observar que cada uma das fases vividas nesses últimos anos foi, de certa maneira,
necessária para que se estabelecesse os parâmetros que identificassem todas as
possibilidades que o sistema permite. Principalmente as que são permitidas de forma legal,
que visam a reeducação do trabalhador, dando-lhe a condição de autonomia
de seus interesses. Aliás, no âmbito educacional cooperativista há uma grande
carência de investimento. Iniciativas esporádicas e pontuais foram interessantes para o
engrandecimento do conhecimento. Mas (…) os poucos cursos que existem não
conseguem captar a demanda gigantesca de profissionais que tem a necessidade da
educação ou reeducação. E é justamente aí que se aponta o primeiro grande erro: não se
investir em conhecimento. Infelizmente, ainda existe um resquício da ideia de que
profissional cooperado pouco ou mal-informado, não dá trabalho e não perturba.
Segundo erro: achar que Cooperativa de Trabalho não pode ser tratada como empresa (…)
Empresa e empreendimento visam um resultado, positivo de preferência e de ideal. Os
resultados positivos obtidos pelo empreendimento econômico, que é a Sociedade
Cooperativa de Trabalho, são de usufruto de todos os seus sócios, cooperados por
interesse mútuo e por objetivo comum. Como empreendimento econômico, a Sociedade
Cooperativa deve sim ser dirigida por profissionais capacitados em administração de
negócios. De novo vem a questão: quem tem a formação específica conceitual para
entender, aplicar e desenvolver negócios cooperativos? Diria que poucos (…) Afinal, como
uma relativa novidade em matéria de nicho de mercado, o cooperativismo carece de
basicamente tudo. Principalmente de pessoas que o conheçam a fundo.
Outro erro comum: achar que contratar cooperativa de trabalho sem problemas é ter um
ótimo contrato redigido por um conceituado advogado. Toda a base de sustentação da
legalidade do modelo não está nas peripécias jurídicas de redação contratual, que tentam
eximir os tomadores de serviços dessas Sociedades, das eventuais demandas trabalhistas.
Tal teoria não tem sustentação efetiva.
A solução é educação e informação sistematizada e permanente. Uma vez que o
trabalhador entenda o que é realmente participar de Sociedade Cooperativa, que existe o
princípio da democracia e da elegibilidade, uma vez que ele entenda-se dono do negócio
cooperativa, não há mais o que se falar em “demandas trabalhistas”.
http://www.conjur.com.br/2004-fev-04/erros_cooperativas_trabalho_solucoes
Texto IV
http://revistaforum.com.br/digital/wp-content/uploads/2014/10/charge-ritalina.jpg
Texto II
A triste geração que virou escrava da própria carreira
Essa geração tentava se convencer de que podia comprar saúde em caixinhas. Chegava a
acreditar que uma hora de corrida podia mesmo compensar todo o dano que fazia
diariamente ao próprio corpo.
Aos 20: ibuprofeno. Aos 25: omeprazol. Aos 30: rivotril. Aos 35: stent.
Uma estranha geração que tomava café para ficar acordada e comprimidos para dormir.
Oscilavam entre o sim e o não. Você dá conta? Sim. Cumpre o prazo? Sim. Chega mais
cedo? Sim. Sai mais tarde? Sim. Quer se destacar na equipe? Sim.
Mas para a vida, costumava ser não:
Aos 20 eles não conseguiram estudar para as provas da faculdade porque o estágio
demandava muito.
Aos 25 eles não foram morar fora porque havia uma perspectiva muito boa de promoção na
empresa.
Aos 30 eles não foram no aniversário de um velho amigo porque ficaram até as 2 da manhã
no escritório.
Aos 35 eles não viram o filho andar pela primeira vez. Quando chegavam, ele já tinha
dormido, quando saíam ele não tinha acordado.
http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ruth-manus/a-triste-geracao-que-virou-escrava-da-
propria- carreira-2/
Texto III
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2014/12/1563458-depressao-ja-e-a-
doenca-mais- incapacitante-afirma-a-oms.shtml
Texto IV
http://www.eurofarma.com.br/blog/wp-content/uploads/blog_ansiedade2.jpg
TEMA 23: O PROCESSO DE ADOÇÃO EM QUESTÃO NO BRASIL DO SÉCULO XXI
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “O processo de adoção em questão no
Brasil do século XXI” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
As características dos casais adotantes são apresentadas no Quadro 1.
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151636872010000200014
Texto II
Dos 200 habilitados para a adoção na Vara Cível da Infância e da Juventude de Belo
Horizonte desde 2010, oito são famílias formadas por homossexuais – 4% do total, sendo
cinco casais femininos e três homens solteiros –, das quais duas ainda não conseguiram
guarda provisória ou adoção definitiva. “Percebemos mais casais homoafetivos na fila de
adoção. Antes, eles só procuravam (adotar) individualmente, o parceiro não se habilitava”,
observa o juiz da vara, Marcos Flávio Lucas Padula.
Já a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT)
informa que, muitas vezes, a própria Justiça dificulta a inserção do nome das duas pessoas
na certidão do filho. “A criança adotada já começa a vida nova com menos direitos. Se uma
das partes morrer, ela pode ficar sem a herança”, comenta o presidente da entidade, Carlos
Magno Fonseca. É o caso de duas moradoras de Belo Horizonte, a pedagoga Soraya
Menezes e a psicóloga Suely Martins, que há cinco anos adotaram uma menina. Apenas o
nome de Suely consta na certidão de nascimento da criança, embora as duas tenham
decidido pela adoção e formem uma família. “Estamos com processo na Justiça para alterar
a certidão e incluir a dupla maternidade”, diz Soraya.
http://www.otempo.com.br/cidades/adotar-filhos-de-forma-legal-%C3%A9-mais-
dif%C3%ADcil- para-homossexuais-1.720873
Texto III
Questão do prazo na adoção
O promotor Murillo Digiácomo acredita que a culpa pela demora na destituição do pátrio
poder não é da lei. “São 120 dias para cumprir os procedimentos. O artigo 152 garante
prioridade absoluta na tramitação de processos previstos na Lei da Adoção. Então, se há
demora, ela decorre do descumprimento da lei, e não da própria lei”, disse.
Na avaliação dele, o que atrasa o processo de adoção como um todo são, em geral, as
muitas exigências apresentadas pelos ¬pretendentes em relação ao perfil das crianças. “Se
a pessoa aceitar uma criança mais velha, por exemplo, o processo é rápido”, garantiu. Mas
ele ressalta que é importante agir com rapidez, mas sem precipitação, para não correr risco
de cometer injustiça.
O juiz Sérgio Kreuz afirma que a questão do prazo é um dos grandes dilemas da Justiça da
Infância e da Juventude. Quando o juiz decide com muita rapidez, pode estar impedindo que
a criança seja reinserida na família natural e, quando demora a decidir, poderá estar
inviabilizando uma futura adoção. “A lei exige que o juiz esgote as possibilidades de
reintegração na família natural ou extensiva. Mas por quanto tempo se deve tentar a
reintegração? É uma questão de difícil avaliação”, pondera.
Segundo ele, muitas vezes perde-se um tempo precioso para a criança na tentativa de
reintegrá-la à família natural. A existência de equipe interdisciplinar é fundamental para
abreviar esse tempo. Ele ressalta, no entanto, que a destituição do pátrio poder também
não pode ser feita de forma arbitrária. “Os pais têm direito à defesa, produção de provas e
recursos, que muitas vezes demoram anos para serem julgados. Enquanto isso, as crianças
crescem nas unidades de acolhimento. Os processos judiciais, embora imprescindíveis, não
podem se arrastar por anos, sem qualquer solução. A lei também estabelece que os recursos
devem ser julgados no prazo máximo de 60 dias, o que muitas vezes não é observado”,
disse.
Texto IV
http://pt.slideshare.net/MarceloSuster/adocao-um-ato-supremo-de-caridade-ou-
necessidade?next_slideshow=1
TEMA 24: O DÉFICIT HABITACIONAL NA SOCIEDADE BRASILEIRA
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “O déficit habitacional na sociedade
brasileira” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
Texto I
“Gentrificação” no Vidigal pressiona preços dos imóveis
Medo da perda de identidade
“Nós tentamos explicar para as pessoas que nem tudo na vida é dinheiro”, diz Marcelo da
Silva. Por isso ele organizou um ciclo de debates chamado Fala Vidigal. Durante quatro
noites, os moradores da comunidade se reúnem para falar sobre os problemas causados
pelos preços em alta e pelos novos moradores. Os dois primeiros eventos atraíram cerca
de 200 pessoas.
“Gentrificação” é o nome dado pelos especialistas a esse processo: pessoas de maior poder
aquisitivo se mudam para o bairro, obrigando que os moradores originais, de renda mais
baixa, tenham que se retirar. É um fenômeno antigo e acontece em cidades ao redor do
mundo: Berlim, Nova York, Londres e, agora, Rio de Janeiro.
Mas não só os altos preços preocupam Marcelo. “Estamos com medo de que nossa
comunidade perca sua identidade.”
Está surgindo uma sociedade paralela no meio da favela. O melhor exemplo, segundo
Glenda, que mora no Vidigal há 24 anos, são as festas. Nos fins de semana, o Vidigal se
transforma num verdadeiro point. Turistas e gente com mais dinheiro sobe até o topo do
morro para frequentar festas. Glenda e seus amigos não vão nesses eventos. “A entrada
para as festas é sempre muito cara. Nós não temos dinheiro para isso”, diz, acrescentando
que também não conhece ninguém lá, porque quase todos são pessoas de fora. (…)
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/gentrificacao-chega-ao-vidigal-e-pressiona-
precos-dos- imoveis-8227.html
Texto II
Texto III
Minha Casa Minha Vida por região
http://www20.caixa.gov.br/PublishingImages/habita%C3%A7%C3%A3o/2015-04/2015-05-
04_grafico-unidades-regiao.jpg
Texto IV
TEMA 25: A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NA CONTEMPORANEIDADE
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “A política externa brasileira na
contemporaneidade” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
http://www.agenciaplano.com/uploads/g02.jpg
Texto II
Marta Suplicy diz que Brasil deve evitar estereótipo do ‘carnaval e futebol’
Em visita ao Reino Unido, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, defendeu que o Brasil deve
abandonar o estereótipo do “carnaval e futebol” e apostar mais na promoção de seu ‘soft
power’ (poder brando, em tradução livre) – a capacidade de um país influenciar outros por
meio de sua cultura e ideias.
Segundo Marta, porém, o trabalho de promoção do Brasil no exterior – em um momento em
que o país atrai interesse internacional por causa da Copa de 2014 e Jogos Olímpicos de
2016 – deve pôr mais ênfase na cultura nacional, evitando o estereótipo do país do “carnaval
e futebol”. “Quando era ministra do turismo fiz um trabalho hercúleo (para evitar o
estereótipo), que a Embratur continuou”, afirmou a ministra. “Neste momento, queremos
mostrar a diversidade. Temos artistas plásticos e teatro de primeiro mundo, música,
cerâmica. Queremos mostrar essas coisas que são parte de nosso acervo cultural. O resto
também é. Nossas praias, tudo isso é bonito, e bom, e atrai, mas a identidade brasileira é a
cultura. Este é o momento de aproveitarmos para fazermos a nossa marca como país – o tal
do soft power.”
( http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2012/12/121204_marta_londres_ru.shtml )
Texto IV
Gargalos emperram o avanço do Brasil no comércio exterior
O Brasil tem um longo caminho a percorrer para se inserir na cadeia produtiva global. Os
debates acerca das barreiras tarifárias, deficiências em infraestrutura e entraves
burocráticos permearam a edição do Fórum Estadão Exportação, realizado na quinta-feira
(10), em São Paulo. Além da necessidade de buscar parcerias vantajosas, há problemas
internos a resolver para que o País avance no sentido de uma balança comercial favorável.
O professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Lucas Ferraz aponta a
infraestrutura como o principal gargalo do Brasil nesse campo.
Ele chama a atenção para o atraso no embarque de produtos nos portos brasileiros. As
mercadorias que esperam liberação por dias, ele diz, têm o custo equivalente a um imposto
adicional de 13% em seu valor de venda. No caso do que é importado, a conta chega a
14,2%. Ferraz lembrou um estudo da FGV que mostra que se esses atrasos fossem
reduzidos em 40%, haveria uma economia de US$ 33 bilhões por ano, considerando os
efeitos da burocracia sobre os custos das empresas. Quando se fala em manufaturas, o
atraso pode representar perdas por volta de 30% para os exportadores e importadores.
“Um dia de atraso pode significar um gasto de 0,6% a 2,1% da carga comercializada, sendo
60% maior no caso de produtos manufaturados”, diz Ferraz.
Uma iniciativa do governo federal em direção à facilitação do comércio pretende reduzir em
40% o tempo gasto em trâmites e, para isso, centraliza o processo de exportação no Portal
do Comércio Exterior. A aprovação que leva 13 dias no padrão atual deve ser feita em oito,
conforme explica Ana Junqueira Pessoa, do Departamento de Competitividade no
Comércio Exterior, do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
“São prazos compatíveis com a média da Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico (OCDE). Isso significa que o Brasil estaria em outro patamar
em termos de agilidade no fluxo comercial”, afirma. Ela estima que a redução no prazo de
exportação diminua pela metade o tempo em que as cargas ficam nos portos, o que
duplicaria a capacidade portuária brasileira.
TEMA 26: ESCOLA SEM PARTIDO
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Escola Sem Partido” apresentando proposta
de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto 01
O Senado criou uma enquete para que toda a sociedade possa opinar contra ou a favor do
projeto de lei 193/2016, de autoria do senador Magno Malta (PR-ES), que inclui entre as
diretrizes e bases da educação nacional o programa Escola sem Partido.
Criado por membros da sociedade civil em 2004, o programa é uma reação contra práticas
no ensino brasileiro que eles consideram ilegais. Segundo Miguel Nagib, advogado e
coordenador da organização, há nas escolas do Brasil o seguinte quadro: “De um lado, a
doutrinação política e ideológica em sala de aula, e de outro, a usurpação do direito dos pais
dos alunos sobre a educação moral e religiosa dos seus filhos”, explica.
De acordo com o site Programa Escola sem Partido, “Escola sem Partido” é uma proposta
de lei que torna obrigatória a afixação de um cartaz em todas as salas de aula do ensino
fundamental e médio onde estarão escritos os deveres do professor. Esses deveres são:
Para Nagib, o cartaz é um alerta aos estudantes sobre o direito que eles têm de “não serem
doutrinados”. Do lado oposto, especialistas em educação afirmam que nada na sociedade
é isento de ideologia. Sandra Unbehaum, doutora em educação e pesquisadora da
Fundação Carlos Chagas, questionou: “Como é que se desenvolve um pensamento crítico
se não discutindo política, filosofia, sociologia, história? Você não vai discutir política
partidária, mas vai discutir num sentido amplo, de organização e composição da sociedade”,
argumenta.
A imagem acima serviu de base para uma das questões do Enem 2015. A mensagem que
ela transmite tem tudo a ver com o tema Escola sem Partido: “Se a informação não é debatida
de forma crítica, a opinião não sai”. Isto é, o cidadão autônomo, consciente dos seus direitos
e deveres, possivelmente, é aquele que participou e continua participando de debates
críticos que levam a reflexão e ação. Ação para o bem-estar social
TEMA 27: CONDIÇÕES DO MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Condições do mercado de trabalho no
Brasil contemporâneo” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
Texto 1
Desemprego deixará marcas perenes na vida dos brasileiros
São Paulo — Há apenas dois anos, o mercado de trabalho no Brasil exibia números de fazer
inveja. Nossa taxa de desemprego baixara para 6,2% — hoje o Canadá tem 7,1% de
desempregados; e a zona do euro, 10,2%. Desde janeiro de 2015, porém, o desemprego por
aqui iniciou uma escalada ininterrupta — e que ainda não mostra
quando vai parar. O último dado oficial, do final de maio, indicou que 11 em cada
100 brasileiros em condição de trabalho não conseguem colocação. A onda de demissões
começou na construção e na indústria, mas já se espalhou pelo varejo e pelos mais diversos
serviços. Quase ninguém está a salvo: recém- formados à procura da primeira vaga, chefes
de família, técnicos que passaram por treinamentos caros, diretores
experientes. O desemprego já atinge picos históricos. “Estamos no pior
momento em 25 anos”, diz Naercio Menezes, coordenador do Centro de Políticas Públicas
da escola de negócios Insper. Não deve haver alívio nos próximos meses. A consultoria
Rosenberg Associados calcula que a taxa de desemprego poderá beirar
14% em meados de 2017.
Além do significado de números tão altos assim no presente, há outro problema: quanto
mais a crise se prolongar, maiores e mais duradouros serão seus efeitos no futuro. Embora
o corte de empregos possa ser visto como parte necessária do ajuste das empresas, para
a economia como um todo a consequência é uma diminuição na capacidade de crescer.
(…) (http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1116/noticias/desemprego-deixara-
marcas- perenes-na-vida-dos-brasileiros)
Texto 2
(http://rgcriativo.com.br/post/169/Mercado-de-Trabalho)
Texto 3
(http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=65045)
Texto 4
IBGE vê mercado de trabalho em ciclo vicioso, com quedas no rendimento e emprego
Rio, 29 – O mercado de trabalho está num ciclo vicioso, com perda de rendimento e queda
na qualidade do emprego, afirmou nesta quarta-feira, 29, o coordenador de Trabalho e
Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo.
Segundo ele, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad
Contínua) divulgados mais cedo mostram que o trabalho por conta própria já não absorve
a perda no emprego com carteira assinada.
O contingente de empregados no setor privado com carteira assinada somou 34,444
milhões de pessoas no trimestre móvel até maio, 1,520 milhão a menos (queda de 4,2%)
do que em igual período de 2015. Já a ocupação como “trabalhador por conta própria” viu
o contingente aumentar em 952 mil pessoas (4,3% a mais) na mesma base
de comparação. “Para onde estão indo esses trabalhadores que perdem a carteira de
trabalho? Parte expressiva dessa população está montando o próprio negócio e
trabalhando por conta própria. Só que esse canal está cada vez menor. A saída da
informalidade está se complicando”, afirmou Azeredo. Outro sinal de perda de qualidade no
emprego, segundo o pesquisador do IBGE, é o aumento das populações ocupadas em
atividades tradicionalmente marcadas pela informalidade e precariedade, como “alojamento
e alimentação” e “serviços domésticos”. Em um ano, os contingentes ocupados nessas
atividades cresceram em 180 mil pessoas (mais 4,1%) e 390 mil pessoas (mais 6,5%),
respectivamente.
Por isso, Azeredo considera que o mercado de trabalho está num ciclo vicioso. “Você tem
hoje um mercado que não contrata e dispensa trabalhadores com carteira”, afirmou o
pesquisador. Com mais desempregados e renda menor, a capacidade de consumo das
famílias seguiu em baixa até maio.
Ainda assim, Azeredo destacou que a Pnad Contínua do trimestre móvel até maio ainda
capta efeitos da demissão dos trabalhadores temporários, tradicionalmente contratados no
fim do ano e, em geral, demitidos até março.
(http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2016/06/29/internas_economia,778243/ibge-
ve- mercado-de-trabalho-em-ciclo-vicioso-com-quedas-no-rendimento.shtml)
TEMA 28: O COMBATE AO PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO BRASIL DO SÉCULO XXI
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios do envelhecimento na
sociedade brasileira” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
Texto 1
(http://sopadeletrasunip.blogspot.com.br/2012/10/pluralidade-cultural-pluralidade.html)
Texto 2
MEC defende uso de livro didático com linguagem popular
Em nota enviada ao iG, ministério chama atenção para a escola como local de combate ao
preconceito linguístico
Para o Ministério da Educação (MEC), o papel da escola é não só o de ensinar a forma
culta da língua, mas também o de combate ao preconceito contra os alunos que falam
“errado”. Em nota enviada ao iG, o órgão ressalta a existência de uma descriminação
linguística e defende a adoção do livro didático de língua portuguesa Por uma vida melhor ,
da coleção Viver, aprender que dedica um capítulo ao uso popular da língua.
“O reconhecimento da variação linguística é condição necessária para que os professores
compreendam o seu papel de formar cidadãos capazes de usar a língua com flexibilidade,
de acordo com as exigências da vida e da sociedade. Isso só pode ser feito mediante a
explicitação da realidade na sala de aula”, diz a nota da Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), que defende o uso do livro pela sua
capacidade de trabalhar o preconceito linguístico.
A apostila que traz expressões como “nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe” é o
único livro de português que foi distribuído neste ano pelo Programa Nacional do Livro
Didático para a Educação de Jovens e Adultos (PNLDEJA) do MEC. Com isso, quase 500
mil alunos de 4.236 escolas tiveram acesso ao texto, de acordo com dados do ministério.
A obra é adotada por escolas que se inscrevem no programa do governo federal e que
atendem estudantes vindos dos programas de alfabetização ou que retornam à escola para
concluir seus
estudos. Em nota, o MEC informa que os livros são indicados e distribuídos, mas as escolas
têm autonomia para complementar o material encaminhado.
Ao defender o uso do volume da coleção Viver, aprender, o MEC explica que o combate do
preconceito linguístico e a valorização da linguagem do aluno estão previstos no documento
que contém os Parâmetros Curriculares Nacionais, de 2000.
“Os livros apresentam objetivos coerentes e compatíveis com as Diretrizes Gerais da
Educação de Jovens e Adultos. Propõem uma abordagem que considera uma situação de
interlocução socialmente contextualizada, procurando levar em conta os saberes prévios dos
alunos”, diz a nota, que reproduz ainda parte dos Parâmetros Curriculares.
“A escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma ‘certa’ de falar;
a que parece com a escrita; e o de que a escrita é o espelho da fala. Essas duas crenças
produziram uma prática de mutilação cultural”. Essa é a orientação curricular nacional citada
pelo MEC como motivo de promover a segurança dos estudantes para “expressar a ‘sua
voz’”. (http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/mec-defende-uso-de-livro-didatico-com-
linguagem- popular/n1596949085987.html)
Texto 3
Implicações da questão da variação linguística para a prática pedagógica
A variação é constitutiva das línguas humanas, ocorrendo em todos os níveis. Ela sempre
existiu e sempre existirá, independentemente de qualquer ação normativa. Assim, quando se
fala em Língua Portuguesa está se falando de uma unidade que se constitui de muitas
variedades. […] A imagem de uma língua única, mais próxima da modalidade escrita da
linguagem, subjacente às prescrições normativas da gramática escolar, dos manuais e
mesmo dos programas de difusão da mídia sobre o que se deve e o que não se deve falar
e escrever, não se sustenta na análise empírica dos usos da língua.
Ministério da Educação, Parâmetros curriculares nacionais, Língua Portuguesa, 5ª a 8ª séries,
p. 29
Texto 4
“(…)As formas prestigiadas de uso da língua, como vimos, estão tradicionalmente muito
vinculadas à escrita literária, à língua escrita de modo mais geral. Com tatos analfabetos
plenos e funcionais, lamentar a “decadência” ou a “corrupção” da “língua culta” no Brasil é,
no mínimo, uma atitude cínica.
Segundo, por razões históricas e culturais, a maioria das pessoas plenamente alfabetizadas
não cultivam nem desenvolvem suas habilidades linguísticas, ou seja, não cultivam nem
desenvolvem o seu próprio letramento, a sua inserção no universo letrado. Ler e, sobretudo,
escrever não fazem parte da cultura das nossas classes sociais mais escolarizadas. Isso
se prende aos velhos preconceitos de que “brasileiro não sabe português” e de que
“português é difícil”, veiculados pelas práticas tradicionais de ensino. Esse ensino
tradicional, como eu já disse, em vez de incentivar o uso das habilidades linguísticas do
indivíduo, deixando-o se expressar livremente para somente depois corrigir sua fala ou sua
escrita, age exatamente ao contrário: interrompe o fluxo natural de expressão e da
comunicação com a atitude corretiva (e muitas vezes punitiva), cuja consequência inevitável
é a criação de um sentimento de incapacidade, de incompetência.
Além disso, nossa população socieconomicamente mais privilegiada não faz da leitura um
de seus hábitos culturais mais frequentes. A compra de livros para simples fruição da leitura,
pelo prazer de ler, não faz parte dos hábitos de consumo de nossas classes médias e
médias altas.”
(BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola,
2013. P. 132-)
TEMA 29: OS DESAFIOS DO ENVELHECIMENTO NA SOCIEDADE BRASILEIRA
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios do envelhecimento na
sociedade brasileira” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
Texto 1
Maus tratos contra idosos no Brasil têm números impressionantes
Negligência e violência psicológica é o teor da maior parte das denúncias. Delegacia em
Goiás atende de 10 a 15 casos por dia.
Além das mulheres, um outro grupo bastante vulnerável é o dos idosos. E a Onu, a
Organização das Nações Unidas, escolheu o dia 15/06 (hoje), como o dia internacional de
enfrentamento à violência contra a pessoa idosa.
O Hora 1 apresenta os números do Ministério da Justiça e Cidadania, sobre a violação de
direitos desta parcela da população:
– 77% das denúncias são por negligência.
– 51% por violência psicológica.
– 38% por abuso financeiro e econômico ou violência patrimonial.
– 26% por violência física e maus tratos.
Esses dados são do Disque 100, que é um canal de denúncia. E às vezes, em uma única
ligação, são denunciados mais de um tipo de violência.
Um fato que piora bastante o quadro é que tem muito idoso dependente dos filhos para
sobreviver. E acaba abandonado, em situações precárias. Às vezes, contando só com a
solidariedade de vizinhos. A delegacia de Anápolis-GO, registra de 10 a 15 casos assim,
todos os dias.
Dona Maria Luzia, de 73 anos, é um triste exemplo de abandono. Acamada, sem comer
direito, com frio e sem conseguir levantar de cama, ela mora sozinha em uma casa em
Anápolis. A idosa ainda está machucada. A suspeita é de que esteja com uma costela
quebrada, ocasionada por uma queda.(…) O caso foi denunciada na Delegacia de Proteção
ao Idoso. O delegado Manoel Vanderic foi fazer uma visita se se surpreendeu com a situação
de abandono: “O que a gente percebe é que crimes instantâneos, como tentativa de
homicídio e de lesão corporal, provocam um sofrimento infinitamente menor do que o
abandono, como o que esta idosa sofre. Ela está aqui há dias, sem se alimentar direito,
sentindo dor, passando frio. Esse crime é muito mais grave e muito mais condenável, tanto
do ponto de vista da lei, como do ponto de vista cristão, humano”. (…)
(http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/06/maus-tratos-contra-idosos-no-brasil-tem-
numeros- impressionantes.html)
Texto 2
Brasil é reconhecido por políticas públicas em favor de
idosos Proteção
País obteve 12ª posição no ranking dos países que oferecem melhor garantia de renda para
população acima dos 60 anos de idade
Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem
20,6 milhões de idosos. Número que representa 10,8% da população total. A expectativa é
que, em
2060, o país tenha 58,4 milhões de pessoas idosas (26,7% do total). O que explica esse
aumento não é só a melhoria da qualidade de vida, que ampliou a expectativa de vida dos
brasileiros, que pulará de 75 anos em 2013 para 81 anos em 2060 – com as mulheres
vivendo, em média, 84,4 anos, e os homens 78,03 anos -, mas também a queda na taxa de
fecundidade dos últimos 50 anos, que passou de 6,2 filhos nos anos 1960 para 1,77
(estimativa) em 2013. O governo federal vem tomando medidas e estabelecendo políticas
que ajudem a melhorar a qualidade de vida da pessoa idosa. O Pacto pela Vida, de 2006,
propôs explicitamente a questão do ciclo do envelhecimento como um tema fundamental
na área de saúde, e o Estatuto do Idoso, de 2003, assegura, por exemplo, o tratamento de
saúde e a assistência de um salário-mínimo para todo idoso que esteja na linha de pobreza.
Foram esses avanços que colocaram o Brasil na 31ª posição no ranking dos países que
oferecem melhor qualidade de vida e bem-estar a pessoas com mais de 60 anos, segundo o
Global AgeWatch Index 2013, da organização não-governamental Help Age International,
que luta pelos direitos dos idosos. Os indicadores consideraram quatro áreas-chave:
garantia de renda, saúde, emprego e educação, e ambiente social. O Brasil obteve nota
58,9 e seu melhor desempenho foi na categoria garantia de renda, em que ocupou a 12ª
posição, graças às transferências de renda implementadas pelo governo brasileiro, como
forma de reduzir a desigualdade social. No entanto, no quesito emprego e educação para
pessoas entre 55 e 64 anos empregadas, e o grau de instrução dos idosos, o País teve o
seu pior desempenho, ficando em 68º lugar. Já nas categorias saúde e ambiente social, o
obteve as 41ª e 40ª colocações, respectivamente. (…) (http://www.brasil.gov.br)
Texto 3
(andradetalis.wordpress.com)
TEMA 30: A PROPAGAÇÃO DO CYBERBULLYING NA SOCIEDADE BRASILEIRA
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “A propagação do cyberbullying na
sociedade brasileira” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
Texto 1
Crimes virtuais são delitos praticados através da internet que podem ser enquadrados no
Código Penal Brasileiro resultando em punições como pagamento de indenização ou prisão.
Os crimes digitais são cada vez mais comuns porque as pessoas cultivam a sensação de
que o ambiente virtual é uma terra sem leis. A falta de denúncias também incentiva
fortemente o crescimento do número de golpes virtuais e violência digital (como o
cyberbullying).
Além disso, com o grande número de usuários nas redes sociais, muitas interações
acabando sendo considerados crimes. Muitas pessoas acabam utilizando as redes sociais
para cometer algum delito, esquecendo que no local também existem regras e punições.
Confira abaixo os crimes que costumam ser praticados nas redes sociais:
Calúnia: Inventar histórias falsas sobre alguém;
Insultos: Falar mal ou mesmo insultar uma pessoa;
Difamação: Associar uma pessoa a um acontecimento que possa denigrir a sua imagem;
Divulgação de material confidencial: Revelar segredos de terceiros, bem como
materiais íntimos, como fotos e documentos;
Ato obsceno: Disponibilizar algum ato que ofenda terceiros;
Apologia ao crime: Criar comunidades que ensinem a burlar normas ou mesmo que
divulguem atos ilícitos já realizados;
Perfil falso: Criar uma falsa identidade nas redes sociais;
Preconceito ou discriminação: Fazer comentários nas redes sociais, fóruns, chats, e-
mails, e outros, de forma negativa sobre religião, etnias, raças, etc;
Pedofilia: Troca de informações e imagens de crianças ou adolescentes.
(https://www.oficinadanet.com.br/post/14450-quais-os-crimes-virtuais-mais-comuns )
Texto 2
No ano passado, a misoginia online entrou na roda com o chamado “gamergate“: diversas
mulheres na indústria dos jogos foram alvo de uma onda de ataques machistas. No Twitter,
no Reddit e em imageboardscomo o 4chan, as mulheres receberam ameaças de estupro e
morte. Mais recentemente, a ex-colunista da revista Jezebel, Lindy West, apareceu no
programa This American Life, acertando as contas com o mais sádico dos trolls que a
assediam diariamente: um homem que criou um fake do recém-falecido pai dela para
ofendê-la no Twitter. E ainda há a jornalista australiana Alanah Pierce, que ficou famosa por
enviar printscreens das ameaças que recebia para as mães de seus assediadores, em sua
maioria adolescentes. (http://fernandafav.jusbrasil.com.br/noticias/170769012/misoginia-na-
internet-como-o-estado- deve-identificar-e-punir-os-machistas-virtuais )
Texto 3
Pesquisa da Intel revela dados sobre cyberbullying no Brasil
O bullying é uma prática que, infelizmente, acontece com bastante frequência nas escolas.
E as agressões, tanto físicas quanto verbais, são bastante preocupantes. Atualmente, essa
manifestação de ódio está se tornando a cada vez mais comum devido ao constante uso da
internet. Com base nisso, a Intel Security desenvolveu uma pesquisa que mostra como
crianças e adolescentes lidam com esse problema.
O estudo foi realizado no Brasil com 507 crianças e adolescentes de idades entre 8 e 16
anos, e mostra que a maioria (66%) já presenciou casos de agressões nas mídias sociais.
Cerca de 21% afirmaram que já sofreram cyberbullying e grande parte das vítimas tem entre
13 e 16 anos.
Entre as atividades realizadas em redes sociais por 24% dos entrevistados da pesquisa,
que são consideradas cyberbullying, 14% das crianças admitiram falar mal de uma pessoa
para outra, 13% afirmaram tirar sarro da aparência de alguém, 7% marcaram pessoas em
fotos vexatórias, 3% ameaçaram alguém, 3% assumiram zombar da sexualidade de outra
pessoa, 2% disseram já terem postado intencionalmente sobre eventos em que um colega
foi excluído, entre outros casos.
As crianças entrevistadas justificaram o comportamento com três principais motivos: defesa,
porque a pessoa afetada as tratou mal (36%); por simplesmente não gostar da pessoa
(24%); e para acompanhar outras pessoas que já estavam praticando o cyberbullying.
O engenheiro de produtos da Intel Security, Thiago Hyppolito, afirma que os pais sempre
devem estar atentos ao comportamento online dos filhos para evitar possíveis agressões
ou, até mesmo, golpes na internet. Além disso, é necessário também evitar que os filhos
sejam os autores dessas ofensas.
"Muitos pais acham que os filhos sabem mais sobre tecnologia do que eles próprios e
acabam por não monitorar apropriadamente o comportamento dos filhos na internet por
achar que eles sabem o que estão fazendo. No entanto, conhecer as ferramentas não
significa usá-las com sabedoria. A internet é um ambiente inóspito e as crianças precisam
de orientação, assim como quando estão na rua. Se você não deixaria seu filho sair sozinho
em uma cidade grande, não o deixe sozinho na internet", afirma o engenheiro.
A Intel Security recomenda que os pais estabeleçam um controle do tempo em que a criança
passa na internet e nas mídias sociais, e que conheçam quais são as plataformas sendo
frequentadas por eles. Também é indicado o uso de ferramentas de controle parental.
Texto 4
(estpucminas.blogspot.com)
TEMA 31: O JEITINHO BRASILEIRO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal
da língua portuguesa sobre o tema “A cultura do ‘jeitinho’ brasileiro”, apresentando
proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto 1 – Jeitinho brasileiro: 82% acham que maioria pretende tirar vantagem, diz
pesquisa Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela percepção da
população sobre o tema (LETICIA FERNANDES – 11/03/2014)
RIO – Vivemos em uma sociedade dividida entre malandros e manés? O cultuado “jeitinho
brasileiro” costuma ser usado para burlar regras, furar filas, andar pelo acostamento e
sempre se sair melhor do que a pessoa ao lado. Mesmo quando ela é da sua família, seu
amigo, vizinho ou colega de trabalho. É o que mostra pesquisa da Confederação Nacional
da Indústria (CNI), feita entre 17 e 21 de setembro de 2012, e completada com dados
somente divulgados no início deste ano. A percepção dos entrevistados em relação a forma
de agir do brasileiro reflete o jeito com que tratamos as pessoas, mesmo as mais próximas
do nosso círculo afetivo: 82% acham que a maioria age querendo tirar vantagem, enquanto
só 16% dos entrevistados acham que as pessoas agem de maneira correta. Embora os
dados tenham sido coletados no ano retrasado, a coordenação da pesquisa diz que um ou
dois anos não interferem na alteração do nível de percepção das pessoas.
– Há certas imagens sobre o comportamento do brasileiro que permeiam as percepções das
pessoas nas suas relações sociais. A ideia de que o brasileiro sempre burla normas e
determinações para obter o que almeja – e essa é uma definição do jeitinho – é recorrente.
Para a grande maioria dos brasileiros, a busca de atalhos, soluções facilitadas ou vantagens
fazem parte do cotidiano das pessoas – explica Rachel Meneguello, cientista política da
Universidade de Campinas (Unicamp).
Quando o assunto é confiança, o número também é alto: 62% dos brasileiros não têm
nenhuma (29%) ou quase nenhuma confiança (33%) na maioria das pessoas. Os otimistas,
que confiam muito no próximo, são apenas 6%, e os que disseram ter alguma confiança
são 31%. (…)
Para Rachel Meneguello, o alto nível de desconfiança mesmo entre pessoas próximas
aponta para a fragilidade das relações sociais:
– Em contextos em que mesmo entre os grupos mais próximos a relação é frágil, estamos
diante de situações em que o tecido social está esgarçado.
A última categoria analisada foi a de colegas de trabalho ou escola. Nesta faixa, 44% das
pessoas confiam muito (9%) ou têm alguma confiança (35%) nas pessoas à sua volta. A
desconfiança, aqui, chega a 47%, sendo 22% os que confiam quase nada e 25% os que
não têm nenhuma confiança nesse grupo.(…)
– O que tem é essa visão de que o brasileiro sempre quer tirar vantagem, ele passa pelo
acostamento, fura fila, não devolve o troco, cola na prova, e isso afeta essa avaliação. As
pessoas podem defender uma sociedade sem corrupção, mas, nessas pequenas coisas, elas
não têm essa ética, e aí você começa a perder confiança. É uma confiança desconfiada –
conta Renato da Fonseca, coordenador da pesquisa.
(www.oglobo.com.br)
Texto 2
(www.cgu.gov.br)
Texto 3
(http://institutoparacleto.org/)
TEMA 32: QUESTÕES RELACIONADOS À PROSTITUIÇÃO NO BRASIL
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Questões relacionados à prostituição no
Brasil”, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Quando se trata dos crimes contra a dignidade sexual, acontecem muitas confusões quanto
aos tipos penais existentes. Um equívoco comum é compreender a prostituição como crime
no Brasil. Prostituição constitui-se como a troca consciente de favores sexuais por dinheiro
e, por mais que seja uma “profissão” muitas vezes tida como última “solução” para aquelas
e aqueles marginalizados, ela não constitui um tipo penal.
Por outro lado, o rufianismo, previsto pelo art. 230 do Código Penal, é um crime que consiste
em tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-
se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça. (…)
Assim, o agente, conhecido como rufião, visa obter vantagem econômica reiterada em
relação à prostituta ou prostitutas determinadas. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa e
o sujeito passivo pode ser tanto a coletividade como a pessoa explorada, do sexo masculino
ou feminino. Contudo, frise-se que o crime só se configura pelo proveito reiterado nos lucros
da vítima (crime de habitualidade).
Disponível em: https://sergioluizbarroso.jusbrasil.com.br/noticias/311054835/prostituicao-e-
crime Acesso em 19 julho 2018.
TEXTO II
Muitas mulheres entram para a prostituição muito cedo, às vezes ainda criança. Essa
prática pode ser incentivada pela própria família que busca recursos financeiros para
sobreviver e por isso, explora a criança e a coloca em uma situação de violência.
Para entender a prostituição é preciso analisar a organização social. Ou seja, quais motivos
levam as mulheres para essa atividade, para o comércio do corpo. Entre os fatores estão
as desigualdades sociais no País, ou seja, a existência de um sistema econômico falho,
onde poucos têm muito dinheiro e muitos mal conseguem sobreviver.
Outro fator que estimula essa prática é a busca por uma boa condição financeira que
permita uma maior possibilidade de consumo, independente das regras estipuladas pela
sociedade. Ou seja, não importa se a atividade é imoral ou ilegal, o que vale é o dinheiro
que vai ser adquirido e que pode ser usado para sustentar uma família. (…)
Segundo a Fundação Mineira de Educação e Cultura, FUMEC, estima-se que o Brasil
possui 1,5 milhões de pessoas, entre homens e mulheres que vivem em situação de
prostituição. A pesquisa revela que 28% das mulheres estão desempregadas e 55%
necessitam ganhar mais para ajudar no sustento da família. De acordo com a FUMEC, 59%
são chefes de família e devem sustentar sozinhas os filhos, 45,6% tem o primeiro grau de
estudos e 24,3% não concluíram o Ensino Médio. Logo, elas apresentam um baixo nível de
escolaridade, o que significa que quase 70% das mulheres prostitutas não têm uma
profissionalização. (…)
Além da degradação espiritual e moral que provoca, tanto individualmente, quanto
socialmente, a prostituição é um dos maiores sistemas usurpadores de vida. As redes de
prostituição no mundo, mesmo as legalizadas, movimentam o 3º maior volume de dinheiro
com tráfego no mundo, perdendo apenas para drogas e armas.
No Brasil a prostituição leva a problemas sociais, como:
Abuso de menores
Exploração sexual de menores, inclusive pelos próprios pais
Disseminação de doenças sexualmente transmissíveis
Aumento dos casos de aborto
Ainda é importante frisar que a banalização da prostituição leva a problemas psicológicos
irreversíveis, como hiperatividade sexual, estupros, pedofilia e a mais sutil e perigosa
banalização da mulher na sociedade.
Disponível em: https://ongmarias.wordpress.com/causas/ Acesso em 19 julho 2018.
TEXTO III
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Impactos da escassez de água no século
XXI”, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Segurança hídrica
“A água potável e segura e o saneamento adequado são fundamentais para a redução da
pobreza, para o desenvolvimento sustentável”, enfatiza Ban Ki-moon, secretário-geral da
ONU até 2016. Estudos das entidades internacionais demonstram que o abastecimento de
água e a disponibilidade de saneamento para cada pessoa deve ser contínuo e suficiente
para usos pessoais e domésticos. Estes usos incluem água para beber, saneamento
pessoal, lavagem de roupa, preparação de refeições e higiene pessoal e do lar. A OMS
avalia que são necessários entre 50 a 100 litros de água por pessoa, por dia, para assegurar
a satisfação das necessidades mais básicas e a minimização dos problemas de saúde. A
organização recomenda, por exemplo, para uma mulher lactante que tenha uma atividade
física, mesmo que moderada, a ingestão de 7,5 litros por dia. Mas a maior parte das pessoas
que têm problemas de acesso a água limpa usa apenas cerca de cinco litros por dia,
correspondentes a um décimo da quantidade média diária utilizada nos países ricos apenas
para descarregar privadas, revelou o Relatório do Desenvolvimento Humano 2006 do
Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD), “A água para lá da escassez: Poder,
pobreza e a crise mundial da água”.
Direito humano à água
Para a OMS a preservação do direito humano à água deve ser um fim em si mesmo e um
meio de consubstanciar os direitos genéricos da Declaração Universal dos Direitos
Humanos e outros instrumentos com vínculo jurídico, inclusive o direito à vida, à educação,
à saúde e a um alojamento adequado. A escassez e a luta pelo recurso natural em vários
países levou a ONU a reforçar o tema “segurança hídrica” na agenda de debates do seu
Conselho de Segurança. Em 1992, lançou o Dia Mundial da Água. A entidade também
definiu alguns parâmetros básicos necessários à segurança hídrica, cujo conceito é:
“Capacidade de uma população de salvaguardar o acesso sustentável a quantidades
adequadas de água de qualidade para garantir meios de sobrevivência, o bem-estar
humano, o desenvolvimento socioeconômico; para assegurar proteção contra poluição e
desastres relacionados à água, e à preservação de ecossistemas em um clima de paz e
estabilidade política”.
Disponível em: http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/noticias/2017/julho/crise-
hidrica- afeta-milhoes-de-pessoas-no-mundo-eameaca-seguranca-alimentar Acesso em 20
agosto 2018. TEXTO II
Disponível em: http://www.unipacs.com.br/noticias/o-problema-da-escassez-da-agua/
Acesso em 20 agosto 2018.
TEXTO IV
TEXTO II
PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PLANSAB)
Os esforços do governo (municipal, estadual e federal) em melhorar a situação do
saneamento básico do Brasil resultaram no PLANSAB (Plano Nacional de Saneamento
Básico), em 2014. O plano é um conjunto de metas e objetivos, que inclui alguns dos
Objetivos do Milênio (ONU), como a redução da proporção de habitantes sem acesso a
saneamento básico e água, a melhora das condições de vida de pessoas que vivem em
bairros degradados e a universalização das estruturas de saneamento básico em todo o
país.
Porém, esse desafio não é fácil de superar: estima-se que, com o investimento inicial
previsto (R$ 508 bilhões), o Brasil conseguirá universalizar o atendimento de água em 2043
e de esgoto em
2054. A previsão inicial era até 2033, mas a alteração dos índices de inflação e crescimento
do PIB afetou a estimativa.
O saneamento básico no Brasil é um desafio para os governos, que devem intensificar os
investimentos públicos em todos os níveis. Porém, a população tem papel fundamental
nisso, já que a pressão popular para democratizar os serviços sanitários pode contribuir
para melhorar o cenário.
Disponível em: https://www.childfundbrasil.org.br/blog/realidade-do-saneamento-basico-
no-brasil/ Acesso em 21 agosto 2018.
TEXTO III
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: Moradores de rua no Brasil:
uma questão social. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
TEXTO I
Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua
que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de
apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de
renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas,
utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de
Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo
populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm
em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta
de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de
moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.
Disponível em: < http://www.mundoeducacao.com/geografia/populacao-situacao-rua.htm>
TEXTO II
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: O Discurso de Ódio em
Pauta na Sociedade. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
O discurso de ódio se caracteriza como uma manifestação de cunho violento, que
desrespeita não só um indivíduo determinado, como também grupos sociais. Esses
ataques, num geral, são direcionados a características como raça, orientação sexual,
religião, nacionalidade, gênero e classe social. Nesse sentido, a manifestação de ódio
pode inflar perseguições e provocar até
mesmo conflitos e genocídios, assim como aconteceu na 2ª Guerra Mundial com o
Holocausto.
O DISCURSO DE ÓDIO NA HISTÓRIA
Ao longo da história da humanidade, diversas civilizações foram marcadas por conflitos
originados primordialmente pela não aceitação das diferenças de um determinado grupo
social. Talvez o mais impactante tenha sido Hitler com seu discurso eugenista e antissemita
que vitimou 5,9 milhões de judeus 1,5 milhões de ciganos, além de milhares de deficientes,
eslavos, homossexuais e soviéticos. No entanto, esse não é o único episódio promovido
pelo discurso de ódio. O conflito entre Tutsis e Hutus em Ruanda provocou a morte de 800
mil pessoas e mensagens de ódio eram transmitidas em estações de rádios e em jornal,
induzindo os Hutus a “eliminarem as baratas”, no caso os Tutsis. Em ambos os casos além
da organização e empenho em encontrar e atacar os “inimigos”, eles tinham a propaganda
como aliada na disseminação de mensagens violentas.
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: A Importância da Leitura.
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
Desde a Antiguidade Grega, a transmissão oral de histórias era uma prática muito
respeitada e de grande importância para a sociedade. Isso porque as histórias não eram
apenas uma forma de entretenimento, mas também de transmitir valores, ensinamentos e
toda uma cultura de um povo. Assim, com o avanço dos séculos, os contos e histórias
passaram a ser grafados e a leitura começou a ganhar força e se tornou não só uma
ferramenta de comunicação, mas também de
expressão artística e de denúncia social.
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: A Era das Redes Sociais.
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
PONTOS POSITIVOS
O ponto positivo principal quando a discussão é redes sociais é sem dúvidas, a
conectividade com o resto do mundo e a possibilidade de construção de novos
relacionamentos, bem como a manutenção de relacionamentos já existentes. Nesse sentido,
a facilidade com que uma mensagem ou informação chegam para os diversos usuários
permite que sempre estejamos próximos de quem amamos e tenhamos acesso ainda ao que
ocorre no mundo.
Ademais, as redes sociais podem ser também um ambiente de aprendizagem e
conhecimento. Cada vez mais as pessoas adicionam em seus perfis seus gostos, suas
habilidades e assim compartilham dicas de maquiagem, receitas culinárias, roteiros de
viagem e até mesmo conteúdos disciplinares.
Por fim, o entretenimento também é outro ponto forte que liga as pessoas a essas
plataformas. Vídeos engraçados, memes, e gifs são compartilhados a todo momento e
deixam o dia mais leve e agradável.
PONTOS NEGATIVOS
Embora tenha diversos pontos positivos, as redes sociais estão sendo consideradas cada
vez mais tóxica para a convivência humana. O vício em se manter conectado faz com que
os indivíduos percam parte de sua vida real e sofram prejuízos nos estudos, nos trabalhos,
nas relações e até mesmo no trânsito, devido ao longo tempo de dedicação à internet.
Ademais, as redes de relacionamento também se tornaram instrumentos de influência e
manipulação, o que pode fazer com que os usuários tenham problemas por exemplo de
autoimagem e se sintam pressionados por um ideal de beleza existente apenas nas redes.
Um outro exemplo disso é que com o surgimento dos chamados digitais influencers,
também implicam em maiores condições de consumo, tendo em vista que a publicidade e
a recomendação desses influencers atingem milhões de pessoas que acreditam fielmente
em suas palavras.
Além disso, as fakes news também circulam sutilmente entre perfis pessoais e podem
desencadear em uma série de desinformação. Isso se reflete principalmente no que se
refere a polarização política e ideológica.
TEMA 39: CAMINHOS PARA COMBATER AS EPIDEMIAS NO BRASIL
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Caminhos para combater as epidemias no
Brasil”, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos
e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
O Ministério da Saúde afirmou, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (11), que está
investigando o aumento de casos de microcefalia no Nordeste. Trata-se de uma anomalia
caracterizada por um crânio de tamanho menor que o a média. O ministro da saúde, Marcelo
Castro, declarou estado de emergência em saúde pública por causa da situação. “Todas as
hipóteses estão sendo avaliadas”, disse o ministro.
Sobre a hipótese que tem sido discutida pela comunidade médica, de que o aumento de
casos de microcefalia poderia estar relacionado a infecções por zika vírus – vírus que foi
identificado pela primeira vez no país em abril deste ano – os representantes do ministério
afirmaram que ainda é precipitado atribuir o evento a essa causa.
Microcefalia é uma condição médica que se caracteriza por um crânio menor do que o
tamanho médio, geralmente por causa de uma falha no desenvolvimento do cérebro.
Crianças que nascem com microcefalia podem ter o desenvolvimento cognitivo debilitado.
Não há um tratamento definitivo capaz de fazer com que a cabeça cresça a um tamanho
normal, mas há opções de tratamento capazes de diminuir o impacto associado com as
deformidades.
Segundo o Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e AVC dos Institutos Nacionais de
Saúde dos Estados Unidos (Ninds-NIH), algumas crianças acometidas pela anomalia
podem ter algum nível de incapacitação. Outras podem se desenvolver de forma similar a
outras crianças e ter inteligência normal.
Disponível em: <http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/11/ministerio-da-saude-investiga-
casos-de-microcefalia-no-nordeste.html>
TEXTO II
A Constituição Federal de 1988 instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS), que tem sua
origem no movimento conhecido como Revolução Sanitária, nascido nos meios acadêmicos
na década de 1970. Seu principal pilar era a defesa da saúde como direito de todos. O
movimento teve como marco a 8º Conferência Nacional de Saúde, em 1986, que, além de
ajudar a propagá-lo, produziu um relatório final que serviu de base para os debates na
Assembleia Constituinte.
Na estratégia adotada pelo SUS não há hierarquia entre os níveis de governo, mas cada
uma das esferas – federal, estadual e municipal – tem competências distintas. O principal
financiador da saúde pública no país é a União que, também, tem a responsabilidade de
formular políticas na área. Essas políticas devem ser implementadas por Estados e
municípios. Cabe aos governos estaduais organizar o atendimento em seu território e aos
municípios gerir as ações e os serviços
ofertados à população. Um dos principais problemas na implantação do SUS, segundo
especialistas, autoridades e profissionais, é que a atenção básica não dá conta desse papel
inicial, de funcionar como porta de entrada do sistema, e as unidades de média e alta
complexidade acabam sobrecarregadas. Muitas vezes, as doenças dos pacientes
encaminhados aos hospitais poderiam ser evitadas, com ações mais efetivas na área da
prevenção ou tratadas em estágio inicial.
Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/brasil/criado-ha-25-
a…,f2c87496fe590410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html>
TEXTO III
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para garantir a vacinação dos
brasileiros”, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos
e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Desde 2013, a cobertura de vacinação para doenças como caxumba, sarampo e rubéola
vem caindo ano a ano em todo o país e ameaça criar bolsões de pessoas suscetíveis a
doenças antigas, mas fatais. O desabastecimento de vacinas essenciais, municípios com
menos recursos para gerir programas de imunização e pais que se recusam a vacinar seus
filhos são alguns dos fatores que podem estar por trás da drástica queda nas taxas de
vacinação do país.
Geralmente as vítimas do bullying são indivíduos que não se enquadram em algum padrão
social, seja de beleza, de personalidade, de gosto ou de comportamento. Isso ocorre
sobretudo porque a escola se comporta como uma pequena simulação da sociedade, em
que o jovem acaba absorvendo suas padronizações e replicando esses comportamentos.
Se a sociedade é excludente, intransigente e agressiva, isso vai se refletir nas crianças e
fazer com que isso gere impactos no ambiente escolar. Desse modo, pode-se perceber que
o bullying carrega consigo preconceitos contra raça, orientação sexual, gênero, e que mais
tarde, podem ser convertidos em crimes, caso o agressor não seja devidamente orientado.
Já no Reino Unido, a situação também não é muito diferente. Segundo levantamentos feitos
pelo país, 57% das crianças já sofreram bullying em algum momento da vida e 1 em cada
5 pensa em
suicídio. Além disso, 78% das vítimas confirmaram que a situação provoca ansiedade e até
perda de sono e 78% também alegaram não ter encontrado apoio para lidar com a situação.
REPERTÓRIO SOCIOCULTURAL
A temática do bullying já é retratada nas produções culturais há algum tempo, o que é ótimo
para entendermos melhor a problemática e construirmos um texto bem embasado.
DEPOIS DE LÚCIA
Filme mexicano de 2012 narra a história de Alejandra, uma jovem que depois da morte de
sua mãe, está iniciando uma nova vida em uma nova cidade ao lado de seu pai. Alejandra
logo ingressa em um novo colégio e faz novas amizades, no entanto, a menina começa a
sofrer abusos físicos e psicológicos de seus novos amigos e envergonhada não busca por
apoio.
CARRIE A ESTRANHA
Carrie é uma jovem tímida que ao longo de sua vida foi perseguida e humilhada por colegas
de classe e por professores, e que é impedida pela mãe de conhecer o mundo e levar uma
vida normal. Após ser humilhada e constrangida no baile da escola, Carrie descobre ter
poderes telecinéticos e desconta todas as suas mágoas naqueles que a feriram.
EXTRAORDINÁRIO
Augie é um garoto de 10 anos que nasceu com uma deformidade facial e teve que enfrentar
ao longo da vida diversas cirurgias. Pela primeira vez na vida ele vai começar a estudar em
um colégio regular e conviver com outras crianças. Embora o menino descubra um outro
lado da vida com a escola, ele também vai descobrir o que é o bullying, mas com o apoio da
família e de amigos, Augie transformará a vida de toda uma comunidade.
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “OS DESAFIOS DO COMBATE DO BULLYING
NAS ESCOLAS”, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEMA 42: OS OBSTÁCULOS DA SEGURANÇA PÚBLICA NO PAÍS
Nas últimas décadas o debate acerca da segurança pública no país foram intensificados. A
proposta de diminuição da maioridade penal, os casos de abuso policial e a violência urbana
são um dos principais eixos de discussão e polarizam opiniões. Pensando nisso, o QG
elaborou uma matéria especialmente para você refletir mais sobre esse assunto.
O direito à segurança pública é um direito social garantido pela constituição federal de 1988,
sendo o Estado responsável por garantir manutenção da ordem pública. No entanto, a
sensação de insegurança, injustiça e medo, são ainda muito presentes na realidade
brasileira.
Para te ajudar a construir um texto com o possível tema “Os obstáculos da saúde pública
no país”, convidamos a professora do QG do ENEM, Priscila Gomes, para dar algumas
dicas. Segundo ela:
“Nesse tema cabe você pensar em que obstáculos, que empecilhos, que entraves são
esses que impedem que a segurança seja oferecida a sociedade. Mas o que é segurança
pública? É a garantia de proteção dos direitos individuais, é o exercer da cidadania, é o
trabalhar, conviver em sociedade, mas nem sempre isso é respeitado.”
“Só que a palavra obstáculo também faz a gente pensar nos desdobramentos dessa
problemática, que é quando você entraria com sua linha argumentativa. Cabe aqui a pensar
nos entraves que estão associados no que a segurança pública enfrenta. Quais são os
precedentes? Assim, cabe destacar aqui problemas sociais como a desigualdade, a
sensação de insegurança, a descredibilidade no sistema público de proteção como na
Polícia e o racismo”
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Os obstáculos da segurança pública no país”,
apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente
e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEMA 43: O ANALFABETISMO EM EVIDÊNCIA NO BRASIL
ANALFABETISMO NO BRASIL
Embora cada vez mais suprimido, o analfabetismo ainda afeta 11 milhões de pessoas no
Brasil, segundo dados do Ministério da Educação, tendo sua taxa reduzida de 6,8% em
2018 para 6,6% em 2019. Desse modo, é válido questionarmos em uma possível redação:
quais são os obstáculos desse quadro? O que perpetua a existência dessa condição em
nosso país?
Ao olharmos para os dados apresentados pela Pnad, podemos perceber que um dos
principais potencializadores desse quadro é a desigualdade, seja ela etária, racial ou social.
Sob essa perspectiva, a maior parte das pessoas analfabetas têm mais que 60 anos e 27%
deste grupo se identifica como preto ou pardo. Além disso, a região Nordeste, que
concentra a maior parte das pessoas em extrema pobreza, também é a região que concentra
mais pessoas analfabetas. Assim, pode-se perceber que o analfabetismo não é um problema
isolado e solto no mundo. Ele é causado e mantido por um contexto social, político e
econômico, sendo necessário que essa estrutura se modifique para de fato erradicar esse
obstáculo.
No que se refere a repertório sociocultural, o professor deu a seguinte dica: “Filmes como
“Central do Brasil” e “O Aluno” demonstram essa dificuldade”
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “O ANALFABETISMO EM EVIDÊNCIA NO
BRASIL”, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEMA 44: DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL
Análises embasadas em números e dados podem ser por vezes muito frias, no entanto, nos
ajudam a ter certa noção geral do panorama brasileiro. Nesse sentido, o Índice de Gini é
um ótimo instrumento para se embasar esse estudo. Segundo o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA), “O Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado
Gini, é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo.
Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos.”.
O último levantamento realizado no ano de 2017 aponta o Brasil como o 7° país mais
desigual do mundo, ficando atrás de países como Botsuana, Suazilândia e Guiné Bissau.
Isso aponta que o vácuo econômico entre os mais pobres e os mais ricos no país está entre
os 10 maiores do mundo. O que nos leva a entender a disposição de oportunidades no país.
Nesse sentido, torna-se imperativo analisar a atual questão da desigualdade social no Brasil
recorrendo ao estudo do percurso histórico do país na questão de concentração de renda.
Além da questão racial, podemos citar a ineficácia e, praticamente uma inexistência, de
projetos de distribuição de rendas eficientes durante toda a história republicana brasileira.
A luta por consolidação de uma cidadania ampla no país, por mais que marcada pela
proclamação da Constituição de 1988, precisa vir acompanhada de uma luta por igualdade
de oportunidades econômicas e, consequentemente, de vida. Tratar sobre igualdade social
é tratar sobre consolidação de cidadania.
Dica do professor
Para dar algumas dicas sobre como desenvolver esse tema em uma possível redação, o
professor do QG do ENEM, Rian Geraisste, apresentou alguns recursos para dissertar
sobre essa problemática. Segundo ele:
“A desigualdade social no Brasil é um problema que afeta o país inteiro, mas é importante
também fazer um recorte espacial mais drástico da questão, que afeta principalmente as
regiões Norte e Nordeste, porque são as que apresentam o IDH mais baixo.”
“Já houve relatórios da ONU que mostraram que há vários motivos para o aprofundamento
da desigualdade social: a falta de educação, uma política fiscal injusta, desigualdade de
salários e, o mais drástico, falta de acesso a serviços básicos universais (como saúde,
transporte e saneamento básico). Esses quatro aspectos são os principais geradores da
desigualdade. Isso produz graves consequências, como pobreza, miséria, desemprego,
desnutrição, marginalização, aumento de violência, entre outros.”
“Isso gera algumas possibilidades de intervenção. Claro que a principal vai ser o reforço da
democracia com eficiência econômica e justiça social. Se os alunos conseguirem
estabelecer relações entre essas causas e consequências, traçando um caminho que leve
a essa provável solução, por mais que utópica para alguns, a desigualdade vai diminuir
gradativamente.”
“Eu sempre tento chamar atenção dos alunos para o que causa a desigualdade, porque
isso leva às consequências e, partindo dessas causas, você sabe exatamente onde atacar
o problema. Lembrando que no ENEM, a gente tem que buscar os agentes, como: Governo
Federal, Ministério da Fazenda e, claro, os agentes sociais que vão garantir a democracia,
como o Legislativo.”
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL”,
apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente
e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEMA 45: DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DOMICILIAR
Crença de que o ambiente escolar pode ser uma má influência para o estudante;
Escolas não atenderem a demanda de crianças que possuem necessidades específicas
;
Escola ser um ambiente desmotivante e a possibilidade da família e do lar serem
figuras estimulantes e formadoras de vínculos de segurança e confiança;
Crença de que escolas e educadores não estão aptos para formar um
cidadão, juntamente com a crença de que algumas instituições de ensino
manipulam seus estudantes através de uma ideologia.
Para ajudar a desenvolver uma redação sólida com o possível tema educação domiciliar, o
professor do QG do ENEM, José Augusto, apresentou algumas dicas para construir seu
texto. Segundo ele:
“Com relação ao tema, é importante que você apresente um posicionamento sólido, visível,
seja a favor, seja contra. Por exemplo, suponhamos que você seja a favor do
homeschooling, você vai chamar atenção para a possibilidade que o homeschooling tem de
melhor aprendizado e melhores resultados em casa, a partir do momento que você tem
fatores como: flexibilização do horário e planejamento do conteúdo de forma mais
individualizada.”
“Por outro lado, se você entender que é negativo, você pode eventualmente chamar atenção
para: ausência ou baixa interação social, a importância de estar em contato com a
diversidade e como o conteúdo dado vai ser dado como satisfatório. Quem vai avaliar? Vai
passar pelo crivo de quem?”
“Na parte de não ser favorável ao ensino domiciliar a gente encontra como exemplo o
ordenamento jurídico do ECA, que versa sobre a garantia a escola pública e gratuita. Ou
seja, o Estado deve ser responsável por prover o acesso gratuito e público de qualidade a
criança e ao adolescente.”
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DOMICILIAR”,
apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente
e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Apresentação
A paz e a alegria de Jesus a você e toda sua família.
Me chamo Adriano Ferreira da Silva, tenho 3 filhos (Wyrlla Lavynny, Hallyson Jhullyan e Luan
Gabriel).
Este livro foi produzido, em primeiro lugar, para ajudar alunos a ingressarem nas
Universidades e Faculdades pelo ENEM. Também produzo esse material com intuito de pagar
minha mensalidade no curso de psicologia, pois estudo numa faculdade particular e busco me
manter no curso, para num futuro bem próximo cuidar do povo de Deus dentro dessa área,
sendo um estudioso da temática.
Tenho diversas outras organizações de Apostilas dedicada ao ENEM que você pode
conferir pelo meu WhatsApp.
Tenho também materiais de alfabetização e de matemática. Só chamar 86981096060.
Todos os textos desta apostila se encontram livres na internet para cópia e downloads.
Foram usados 45 temas de redações para produção e 42 redações Nota 1000 para reescrita e
aprendizado em 160 páginas.