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Textos de Apoio de
Cálculo I
Módulo 03
Matrizes
Resolução e Discussão de
Sistemas por Condensação
POSTAIS
Textos elaborados por: Aldina Correia, Isabel Cristina Lopes, Maria Paula Nunes.
Engenharia Mecânica
Engenharia e Gestão Industrial
Engenharia Biomédica
Sumário
Textos de Apoio de Cálculo I Matrizes. Resolução e Discussão de Sistemas por Condensação. 2/48
Engenharia Mecânica
Engenharia e Gestão Industrial
Engenharia Biomédica
Definição 1: Matriz
Designa-se por matriz m por n um quadro do tipo
Notas 1:
A = aij i =1,2,...,m
j =1,2,..., n
(a11 a12 ... a1n ), (a21 a22 ... a2 n ), . . . , (am1 am 2 ... amn )
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Engenharia Biomédica
b11 b11
b b
B = 21 = 21
⋯ ⋯
bm1 bm1
Matriz Nula: É uma matriz do tipo m × n onde todos os seus elementos são nulos. Esta
matriz representa-se usualmente pela letra “ O ”, assim:
O = [oij ] i =1,2,...,m : oij = 0, ∀i, j
j =1,2,..., n
( A = a ∧ B = b ) ∈ M ∧ A = B ⇔ a
ij ij ij = bij , ∀i, j
( A = a ∧ B = b ) ∈ M ∧ B = − A ⇔ b
ij ij ij = − aij , ∀i, j
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Exemplo 1:
2 −2 0 4
Dada a matriz A = 7 −3 3 5
8 −1 1 −4
Resolução:
a) A matriz A tem 3 linhas e 4 colunas, logo é uma matriz do tipo 3 × 4 .
b) a11 = 2 (pois é o elemento que está na 1ª linha e 1ª coluna)
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Notas 2:
1. Não se define a adição para matrizes não equidimensionais, isto é, duas matrizes só
podem ser somadas se e só se forem do mesmo tipo.
2. A diferença A − B , de duas matrizes do mesmo tipo é uma matriz C tal que:
C = cij = aij − bij (i = 1, 2,..., m; j = 1, 2,..., n)
A diferença de duas matrizes pode ainda ser vista como a soma da primeira com a
matriz simétrica da segunda:
A − B = A + (− B)
I. Propriedade Comutativa: A+ B = B+ A
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II. (k1 + k2 ). A = k1 A + k2 . A
IV. 1. A = A e 0. A = O
Notas 3:
1. ( −1) .B = − B
2. A + A = 2 A; A + A + A = 3 A,⋯
3. Não se fala, usualmente, em divisão de uma matriz por um escalar, não nulo,
uma vez que esta pode ser expressa pela multiplicação da matriz pelo inverso
do escalar, isto é:
A 1
A: k = = .A , k ≠ 0
k k
n
cij = ∑a
k=1
ik .bkj (i = 1, 2,..., m; j = 1, 2,..., p )
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Nota 4:
coluna
ai1 .b1j
x ⋯ ⋯ b1 j ⋯ ⋯
ai2 .b2j
x ⋯ ⋯ b2j ⋯ ⋯
B= ai3 .b3j
x ⋯ ⋯ b3j ⋯ ⋯
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
⋯ ⋯ b nj ⋯ ⋯ ain .bnj
x +
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ai1 .b1j + ai2 .b2j + ... + ain .bnj = cij
⋯ a in linha
A= a i1 a i 2 a i3
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
A x B = C = ⋯ ⋯ c ij ⋯ ⋯ linha
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
coluna
Nota 5:
( m × p ) .( p × n) = (m × n)
Exemplo 2:
1
−1
1. [ 2 1 3 4 0] . 0 , trata-se do produto de uma matriz 1× 5 por uma matriz 5 ×1 ,
2
5
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1
−1
Assim [ 2 1 3 4 0] . 0 = 2.1 + 1.(-1) + 3.0 + 4.2 + 0.5 = 2 − 1 + 0 + 8 + 0 = 9
2
5
1 0 1 0 4
.
5. 2 − 2 3 − 1 5 não é possível efectuar.
Nota 6:
do tipo ( n, n) .
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Exemplo 3:
1 4 1 2 3
Sejam A = e B= .
6 3 −1 −2 −3
1 − 1
1 6
As respectivas transpostas serão: A = e B = 2 −2
t t
4 3 3 −3
I. ( At )t = A
( A + B)
t
II. = At + B t
( A.B )
t
III. = B t . At
( k.A)
t
IV. = k . At
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Todas as operações até aqui definidas são válidas no caso das matrizes em questão
serem quadradas. No entanto, as definições e operações apresentadas nesta
secção são válidas apenas para este tipo de matrizes.
Consideremos uma matriz quadrada A de ordem n:
a 11 a12 a 13 ⋯ a1n
a a 23 ⋯ a 2n
21 a 22
A = a 31 a 32 a 33 ⋯ a 3n
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
a n1 a n 2 a n 3 ⋯ a nn
se i < j .
se i > j .
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Matriz Identidade: É uma matriz diagonal onde todos os elementos principais são
unitários. Representa-se, usualmente, pela letra I e os seus
1 se i = j
δ ij =
0 se i ≠ j
Estes símbolos são vulgarmente conhecidos por símbolos de
Kronecker.
I n designa a matriz identidade de ordem n.
Matriz Escalar: É uma matriz diagonal onde todos os elementos principais são
iguais, isto é, é uma matriz que pode ser escrita como k .I onde
Teorema 1:
Nota 7:
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Exemplo 4:
1 2 9 8 3 41 42
Se A = , então A2 = , A = 84 83 ,…
4 3 16 17
Nota 8:
1 2 12 22
Basta este exemplo para verificarmos que sendo A = então A ≠ 2
2
, isto
4 3 4 32
Chama-se matriz inversa de uma matriz quadrada A = aij à matriz que multiplicada
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Teorema 2:
inversa à direita, isto é, se B = bij e C = cij são duas matrizes quadradas tais que
Seja A = aij uma matriz quadrada. Chama-se inversa de A a uma matriz, que se
Nota 9:
I. (A )
−1 −1
=A
( A.B )
−1
II. = B −1. A−1
1 −1
( kA )
−1
III. = A
k
Proposição:
I. (A ) =(A )
−1 t t −1
(A )
k −1
= ( A− 1 )
k
II.
III. (A ) =(A )
k t t k
IV. Ak . A p = Ak + p
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At = A .
Matriz Anti-Simétrica: É uma matriz cuja transposta coincide com a sua simétrica, isto
é, At = − A .
Matriz Ortogonal: É uma matriz cuja inversa coincide com a sua transposta, isto
( ) =(A ) t −1
t
ainda, a A−1 = A.
mesmo conjunto, definido sobre um corpo K, (ex: matrizes do mesmo tipo, polinómios,
etc), à soma:
k1 x1 + k2 x2 + ... + kn xn
Exemplo 5:
(1) Uma combinação linear dos polinómios P1 ( x) = x 2 + 3 x + 1 e P2 ( x) = x 2 − 1 , é
a equação
k1 P1 ( x) + k2 P2 ( x) = P3 ( x ) ⇔ k1 ( x 2 + 3 x + 1) + k2 ( x 2 − 1)= x 2 − 3 x − 3
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k1 + k2 = 1 k1 = −1
3k1 = −3 ⇔
k − k = −3 k =2
1 2 2
Assim, P3 ( x ) pode ser escrito como uma combinação linear de P1 ( x ) e P2 ( x ) , uma
vez que:
P3 ( x ) = − P1 ( x ) + 2 P2 ( x )
1 2 1 0
(2) A matriz A= é uma combinação linear das matrizes B = e
−1 0 1 0
1 1
C= uma vez que: A =− B + 2.C
0 0
Definição 16: Elementos linearmente independentes e dependentes
Diz-se que os elementos X 1 , X 2 ,..., X n , pertencentes a um mesmo conjunto, definido
Exemplo 6:
(1) Os polinómios P1 ( x) = x 2 + 3 x + 1 , P2 ( x) = x 2 − 1 e P3 ( x) = x 2 − 3 x − 3 são
linearmente dependentes uma vez que a combinação linear
− P1 ( x ) + 2.P2 ( x ) − P3 ( x ) = 0
1 0 1 1
(2) As matrizes B = e C= são linearmente independentes uma vez que:
1 0 0 0
k1 0 k2 k2 0 0
k1.B + k2 .C = O ⇔ + =
0 0 0
k1 0 0
só se verifica se k1 = k2 = 0 .
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1 0
(1) Car ( B ) = 1 , onde B = , uma vez que: k1 [1 0] + k2 [1 0] = [ 0 0] verifica-se
1 0
para k1 = − k2 enquanto que: k1 [1 0] = [ 0 0] só se verifica se k1 = 0 .
1 0 1
(2) Car ( D ) = 3 , onde D = 0 1 0 , uma vez que:
0 0 1
k1 = 0
k1 [1 0 1] + k2 [ 0 1 0] + k3 [ 0 0 1] = [ 0 0 0] ⇔ k2 = 0
k1 + k3 = 0
Logo, k1 = k2 = k3 = 0 . Assim, as três linhas são linearmente independentes.
Teorema 3:
Teorema 4:
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Estas operações, quando efectuadas sobre as filas (linhas ou colunas) de uma matriz
não alteram a sua dependência ou independência linear. Na verdade, mostra-se
que:
Teorema 5:
Surge assim uma nova relação entre matrizes - equivalência de matrizes - baseada
na aplicação das operações elementares às filas de uma matriz. Temos, então:
1 3 5 1 3 5
A = 0 0 2
∼ A1 = 0 4 12
0 4 12 0 0 2
L2 ↔ L3
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1 3 5 1 0 − 4
A 2 = 0 1 3
∼ A3 = 0 1 3
0 0 2 0 0 2
L1 → L1 + (−3)L2
Observações:
- Nos casos (2) e (3) o símbolo “ → ” pode ser substituído pelo sinal “ = ” não
tendo, este último, o seu significado convencional indicando apenas a
substituição que se efectuou.
- Quando as operações elementares são efectuadas sobre as colunas da
matriz, a indicação das operações efectuadas deve ser feita substituindo a
letra “L” pela letra “C”, continuando a sua indexação relativa ao número
da coluna em causa.
- Como a matriz A3 é uma matriz triangular, por um teorema demonstrado
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2. Fixado a11 ≠ 0, procuremos escalares ki tais que ki. a11 + ai1 = 0 (i = 1,2,...,m) e
a
somemos à linha i a primeira linha multiplicada por esse k i = − i1 (isto é,
a11
efectuam-se as operações: Li → Li + ki.L1). Ficam nulos todos os elementos
da primeira coluna abaixo de a11. Diz-se que se condensou a primeira
coluna, sendo a11 o elemento redutor. (Notemos que os “melhores”
elementos redutores são o “1” e o “-1” bastando, para anular o elemento
ai1 da linha i , tomar ki = - ai1 ou ki = ai1 , respectivamente.
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Exemplo 8:
Vamos calcular a característica da matriz
1 2 −3
A = 2 6 1
1 −2 −17
1 2 −3 1 2 −3
2 6 1 ~ 0 2 7
1 −2 −17 L2 → L2 − 2 L1 0 −4 −14
L3 → L3 − L1
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1 2 −3 1 2 −3
0 2 7 ∼ 0 2 7
0 −4 −14 L → L + 2 L 0 0 0
3 3 2
Observações:
A condensação de matrizes, isto é, as operações elementares ou de Jacobi,
serão utilizadas no cálculo da inversa de uma matriz, na resolução e discussão de
sistemas de equações lineares e no cálculo de determinantes. No entanto, em cada
um destes casos estas operações sofrerão algumas restrições específicas.
Quando a condensação de uma matriz é efectuada para o cálculo da sua
característica, não estando esta matriz associada a nenhum sistema ou problema
particular, as operações elementares podem ser efectuadas sem qualquer tipo de
restrições, isto é, podem efectuar-se, durante a mesma condensação, operações
elementares sobre as linhas e sobre as colunas da matriz.
Teorema 6:
O algoritmo para o cálculo da inversa de uma matriz por condensação tem como
base a definição de matriz elementar (por linhas e por colunas) e os teoremas
subsequentes.
Seja e uma operação elementar efectuada sobre as linhas de uma matriz e e (A)
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F=f (I)
Exemplo 9:
(1) As matrizes quadradas elementares, de ordem 3, correspondentes às
operações elementares por linhas:
L2 ↔ L3 L2 → - 6L2 L3 → L3 – 4 L1
são, respectivamente
1 0 0 1 0 0 1 0 0
E1 = 0 0 1 E 2 = 0 − 6 0 E 3 = 0 1 0
0 1 0 0 0 1 − 4 0 1
0 0 1 1 0 0 1 − 5 0
F1 = 0 1 0 F2 = 0 − 2 0 F3 = 0 1 0
1 0 0 0 0 1 0 0 1
Teorema 7:
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Exemplo 10:
2 3
Consideremos a matriz A = 0 − 1 e vamos efectuar a seguinte operação
- 4 2
2 3
Temos então a matriz A1 , equivalente a A, dada por A1 = 0 − 1
0 8
1 0 0
Por outro lado, a matriz elementar, de 3ª ordem, correspondente é E = 0 1 0 .
2 0 1
1 0 0 2 3
E.A = 0 1 0 . 0 − 1 =
2 0 1 - 4 2
1 * 2 + 0 * 0 + 0 * (-4) 1 * 3 + 0 * (−1) + 0 * 2 2 3
= 0 * 2 + 1 * 0 + 0 * (-4) 0 * 3 + 1 * (−1) + 0 * 2 = 0 − 1 = A1
2 * 2 + 0 * 0 + 1 * (-4) 2 * 3 + 0 * (−1) + 1 * 2 0 8
Teorema 8:
m x n, tem-se f ( A ) = A.F.
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Exemplo 11:
2 3
Consideremos a matriz A = 0 − 1 e vamos efectuar a seguinte operação
- 4 2
8 3
Temos então a matriz A2, equivalente a A, dada por A 2 = - 2 − 1
0 2
1 0
Por outro lado, a matriz elementar, de 2ª ordem, correspondente é F = .
2 1
Efectuando o produto A.F temos:
2 3
1 0
A.F = 0 − 1 .
2 1
=
- 4 2
2 *1 + 3 * 2 2 * 0 + 3 *1 8 3
= 0 * 1 + (-1) * 2 0 * 0 + (-1) * 1 = - 2 − 1 = A 2
(-4) *1 + 2 * 2 (-4) * 0 + 2 *1 0 2
Teorema 9:
Ir 0
0 0
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Teorema 10:
Seja A uma matriz quadrada de ordem n tal que Car ( A ) = n , isto é, A é invertível.
Então, A pode ser transformada, utilizando unicamente operações por linhas (ou
operações por colunas), na matriz identidade de ordem n, isto é, A é equivalente,
por linhas (ou por colunas), à matriz identidade.
forma triangular.
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esquerda da matriz.
Este algoritmo permite obter a matriz inversa de A porque efectuar uma sucessão de
operações elementares nas linhas equivale a multiplicar pelas matrizes elementares
En ...E2 E1 à esquerda de A e de I . Esquematizando:
Exemplo 12:
Suponhamos que se pretende calcular a inversa da matriz
1 0 2
A = 2 − 1 3
4 1 8
1 0 2 1 0 0 1 0 2 1 0 0
M = 2 − 1 3 0 1 0
∼ 0 − 1 − 1 − 2 1 0 ∼
4 1 8 0 0 1 L 2 → L 2 − 2L1 0 1 0 − 4 0 1 L3 → L + L
L3 → L 3 − 4 L1 3 2
1 0 2 1 0 0
∼ 0 − 1 − 1 − 2 1 0
0 0 − 1 − 6 1 1
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L2 → L2 − L3
1 0 0 − 11 2 2
0 − 1 0 1 0 0 − 11 2 2
M∼ 4 0 − 1 ∼ 0 1 0 − 4 0 1
0 0 − 1 − 6 1 1 L 2 → − L 2
L 3 → −L 3 0 0 1 6 − 1 − 1
A matriz identidade está na metade esquerda da matriz final, logo, a metade direita
é A−1 , isto é
−11 2 2
A = −4 0 1 .
−1
6 −1 −1
Observação:
Quando tiver dificuldade em encontrar a operação elementar adequada para
anular um determinado elemento aij (na linha i ) de uma matriz usando como pivot
aij
Li′ = Li − Lj
a jj
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O algoritmo seguinte, tal como no caso das operações sobre linhas, ou nos dá a
inversa de uma matriz quadrada de ordem n, ou mostra que a matriz não é invertível.
A
1. Formamos uma matriz M do tipo 2n x n, M = ⋯ , isto é, A está na metade
I
superior de M e a matriz identidade na metade inferior.
a forma triangular.
I
equivalente a M , dada por M ' = ⋯ , onde I substitui A na metade
B
superior da matriz.
Exemplo 13:
Calculemos inversa da matriz A , já calculada por linhas:
1 0 2
A = 2 − 1 3
4 1 8
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A
Primeiro formamos a matriz M = ⋯ e reduzimos a matriz A a uma matriz triangular
I
efectuando, exclusivamente, operações sobre as colunas de M:
1 0 2 1 0 0 1 0 0
2 3 2 − 1 2
−1 −1
−1 0
4 8 4 0
M=
1
0
∼ 1
1
−2
∼ 4 1 −1
1 0 0 1 0 −2
0 1 0 0 1 0 0 1 −1
0 1 C → C − 2C 0 1 C → C − C 0
0
3 3 1
0
3 3 2 0 1
Assim, a metade superior de M está em forma triangular, com elementos principais
não nulos, logo A é invertível (note-se que car ( A) = 3 ). Vamos então transformar a
C2 → C2 + C3
1 0 0 1 0 0
0 1 0 0
2 −1 0 −1 0 0
1 0
Μ ∼ 0 0 −1 ∼ 0 0 −1 ∼
− 11 −2 −2 0 0 1
− 7 − 2 −2 − 11
2 2
−4 0 −1
− 4 0 −1 −4 0 1
4 6 1 C 2 → −C 2
1 1 C → C + 2C 1
C 3 → −C 3 6 − 1 − 1
1 1 2
A matriz identidade está na metade superior da matriz final, logo, a metade inferior é
A−1 , isto é
−11 2 2
A = −4 0 1 .
−1
6 −1 −1
IMPORTANTE:
No cálculo da inversa de uma matriz por condensação não se deve operar
simultaneamente por linhas e por colunas uma vez que a matriz assim obtida não é,
de um modo geral a matriz inversa de A, porque uma operação elementar por linhas
equivale à multiplicação à esquerda pela matriz elementar correspondente,
enquanto que por colunas a multiplicação é à direita.
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Exemplo 14:
Consideremos ainda a matriz
1 0 2
A = 2 − 1 3
4 1 8
da qual já se calculou a inversa quer por linhas quer por colunas. Depois de
formarmos a matriz M M = ( A⋮ I ) vamos, de modo análogo, transformar a matriz A na
1 0 2 1 0 0 1 0 2 1 0 0
M = 2 − 1 3 0 1 0 ∼ 0 − 1 − 1 − 2 1 0 ∼
4 1 8 0 0 1 L 2 → L 2 − 2L1 0 1 0 − 4 0 1 C3 → C − C − 2C
L3 → L 3 − 4 L1 3 2 1
1 0 0 1 0 − 2 1 0 0 1 0 − 2
0 − 1 0 − 2 1 3
∼ 0 − 1 0 − 2 1 3 ∼
0 1 − 1 − 4 0 9 0 0 − 1 − 6 1 12 L 3 → −L 3
L3 →L3 + L 2 L 2 → −L 2
1 0 0 1 0 − 2
0 1 0 2 − 1 − 3
0 0 1 6 − 1 − 12
A matriz obtida na parte direita de M não é a inversa de A, uma vez que sendo única
−11 2 2 1 0 2
já foi anteriormente calculada e é A = −4 0 1 ≠ 2 −1 −3 .
−1
6 −1 −1 6 −1 −12
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Definição 22:
Uma expressão
a1 x1 + a2 x2 + ... + an xn = b
Definição 23:
Um conjunto de equações lineares sobre um corpo K constitui um sistema de
equações lineares sobre esse corpo. Um sistema geral, nas incógnitas x1 , x2 ,..., xn
Uma solução (ou solução particular) deste sistema é um conjunto de valores das
incógnitas, x1 = k1 , x2 = k2 ,..., xn = kn ou uma n-upla x = ( k1 , k2 ,..., kn ) de constantes, que
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Definição 24:
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋮ ⋯
am1 am 2 ⋯ amn xn bm
equações (S) é equivalente à equação matricial: A. X = B .
A matriz A designa-se por matriz do sistema ou matriz dos coeficientes e B designa-
se por matriz ou coluna dos termos independentes. A matriz A ' = ( A | B ) que se obtém
Exemplo 15:
A matriz dos coeficientes e a matriz completa do sistema:
2 x + 3 y − 4 z = 1
x − 2 y + 2z = 0
são, respectivamente, as matrizes
2 3 −4 2 3 −4 1
1 −2 2 e 1 −2 2 0
O traço vertical que separa a coluna dos termos independentes, na matriz completa,
não é obrigatório servindo apenas para não haver confusão quanto ao seu
significado, distinto do das restantes colunas da matriz completa.
Notemos, ainda, que o sistema é equivalente à equação
x
2 3 −4 1
1 −2 2 . y = 0
z
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No caso do sistema (S) ter, pelo menos, uma solução, o sistema é possível e as m
equações dizem-se compatíveis. Note-se que, se k (< m) equações do sistema têm
uma solução em comum, então qualquer outra equação que seja satisfeita por essa
mesma solução diz-se compatível com as outras k equações.
Quando o sistema admite uma única solução diz-se determinado; se o sistema tem
mais do que uma solução é indeterminado. Se não tiver nenhuma solução o sistema
é impossível e as equações dizem-se incompatíveis.
Em resumo:
Sistema de Equações Lineares
Impossível Possível
(não tem soluções) (tem soluções)
Determinado Indeterminado
(tem uma única solução) (tem várias soluções)
Definição 25:
Quando os termos independentes de um sistema são todos nulos, isto é, em (S),
bi = 0 (i = 1,..., m) as equações e o sistema dizem-se homogéneos.
Importante:
Se um sistema é homogéneo então é possível, uma vez que tem sempre, pelo
menos, a solução nula ou trivial: x j = 0 ( j =1, 2,..., n). . Assim, um sistema homogéneo é:
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A.
Note-se que esta troca de colunas deve ser registada porque é uma troca de
incógnitas, alterando a solução final.
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r n−r 1
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0 x1 + 0 x2 + ... + 0 xn = br +1
0 x + 0 x + ... + 0 x = b
1 2 n r +2
⋯⋯⋯⋯⋯⋯⋯⋯⋯⋯⋯⋯
0 x1 + 0 x2 + ... + 0 xn = bm
Teorema 11:
Note-se que, se as características não são iguais elas diferem de apenas uma
unidade uma vez que A ' resulta de se acrescentar a A uma só coluna, tendo-se,
então: car ( A ') ≥ car ( A) .
Então, sendo:
n - o número de incógnitas do sistema
C - a característica da matriz do sistema ( matriz A : C = r )
C ' - a característica da matriz completa do sistema ( matriz A ' )
tem-se sempre: C ' = C ou C ' = C + 1 ( C ' > C ) e C ≤ n .
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Exemplo 16:
Resolva o sistema:
x− y−z =0
x − 2 y + 2 z = 10
2 x + 3 y − z = −2
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Resolução:
A matriz completa do sistema é:
1 −1 −1 0
A ' = 1 −2 2 10
2 3 −1 −2
L3 → L3 − 2 L1
1 −1 −1 0 1 −1 −1 0
A ' ∼ 0 −1 3 10 ∼ 0 −1 3 10
0 5 1 −2 0 0 16 48
L3 → L3 + 5. L2
Podemos desde já garantir que o sistema é possível determinado uma vez que,
estando a condensação da matriz terminada, é fácil ver que C = C ' = n = 3 . Do
mesmo modo está garantida a possibilidade da transformação da matriz dos
coeficientes na matriz identidade uma vez que, a sua característica é igual à sua
ordem.
1
Continuando a transformação fazemos: L3 → L3
16
temos então:
1 −1 −1 0 1 −1 0 3 1 0 0 2
A ' ∼ 0 −1 3 10 ∼ 0 −1 0 1 ∼ 0 1 0 −1
0 0 1 3 L1 → L1 + L3 0 0 1 3 L1 → L1 − L2 0 0 1 3
L → L − 3. L
2 2 3 L →− L
2 2
x− y−z =0
x − 2 y + 2 z = 10
2 x − 2 y − 2 z = −3
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Resolução:
A matriz completa do sistema é:
1 −1 −1 0
A ' = 1 −2 2 10
2 −2 −2 −3
1 −1 −1 0
A ' ∼ 0 −1 3 10
0 0 0 −3
Este sistema é impossível uma vez que, estando a condensação da matriz terminada,
é fácil ver que C = 2 ≠ C ' = 3 , sendo impossível a transformação da matriz dos
coeficientes na matriz identidade. Assim, este sistema não tem solução.
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Como também já referimos, este sistema só é possível se b 'r +1 = b 'r + 2 = ⋯ = b 'm = 0 uma
vez que, havendo pelo menos um b 'i ≠ 0 para i > r , teríamos C = r ≠ C ' = r + 1 , sendo,
• (n − r ) incógnitas secundárias
efectuada a condensação.
Para terminarmos a resolução do sistema (S) temos dois processos possíveis que
passamos a descrever separadamente:
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Observações:
• Note-se que na exposição dos dois processos estamos a supor que durante a
condensação não houve troca da posição relativa das colunas na matriz do
sistema, isto é, que as incógnitas se encontram segundo a sua ordem inicial.
Caso haja troca de colunas esta deve ser assinalada para que no final,
quando se rescreve o sistema se atribua a cada incógnita os coeficientes
respectivos e não os de outra.
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Exemplo 18:
Resolver sistema:
x− y − z −t = 0
x − 2 y − z + 2t = 10
2 x + 3 y − z − t = −2
Resolução:
A matriz completa do sistema é:
1 −1 −1 −1 0
A ' = 1 −2 −1 2 10
2 3 −1 −1 −2
L3 → L3 − 2 L1
1 −1 −1 −1 0 1 −1 −1 −1 0
A ' ∼ 0 −1 0 3 10 ∼ 0 −1 0 3 10
0 5 1 1 −2 L → L + 5. L 0 0 1 16 48
3 3 2
Podemos desde já garantir que o sistema é possível uma vez que C = C ' = 3 , no
entanto é simplesmente indeterminado porque C = 3 < n = 4 e n − C = 1 . Agora, uma
vez que o sistema é possível, temos :
o incógnitas principais (3): x, y , z
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x − y −z = t x=t+ y+z
−y = 10 − 3.t ⇔ y = 3.t − 10
z = 48 − 16.t z = 48 − 16.t
Para obtermos a solução da incógnita x temos de substituir na primeira equação y
x = 38 − 12t
y = 3t − 10
z = 48 − 16t
t ∈ IR
As soluções do sistema são: ( x, y , z , t ) = (38 − 12k , 3k − 10, 48 − 16k , k ), k ∈ R
Pr.2 Para transformar a matriz triangular obtida, isto é, formada pelos termos
relativos às incógnitas e equações principais, na matriz identidade basta fazer:
L1 → L1 − L2 + L3 e L2 → − L2
temos então:
1 0 0 12 38
A ' = 0 1 0 −3 −10
0 0 1 16 48
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1 −1 −1 0
1 −2 −1 1
A' =
2 3 −1 −2
1 5 0 −3
1 −1 −1 0 1 −1 −1 0
0 −1 0 1 0 −1 0 1
A' = ∼
0 5 1 −2 0 0 1 3
0 6 1 −3 L3 → L3 + 5. L2 0 0 1 3 L → L − L
L → L + 6. L
4 4 2
4 4 3
x− y−z =0 x= y+z
−y =1 ⇔ y = −1
z =3 z =3
Para obtermos o valor de x temos de substituir na primeira equação y e z pelos
respectivos valores.
x=2
y = −1
z =3
A solução do sistema é: ( x, y, z ) = ( 2, −1,3) .
Pr.2 Para transformar a matriz triangular obtida, isto é, formada pelos termos
relativos às incógnitas e equações principais, na matriz identidade basta fazer:
L1 → L1 − L2 + L3 e L2 → − L2
temos então:
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1 0 0 2
0 1 0 −1
A' =
0 0 1 3
0 0 0 0
x=2
Rescrevendo o sistema obtido, temos: y = −1
z =3
Isto é, a solução do sistema é: ( x, y, z ) = ( 2, −1,3)
Exemplo 20:
Resolver sistema:
x1 − x2 − x3 + x4 = 0
x1 − 2 x2 − x3 + 2 x4 = 1
x1 − 3x2 − x3 + 3x4 = 2
2 x1 − 5 x2 − 2 x3 + 5 x4 = 3
Resolução:
A matriz completa do sistema é:
1 −1 −1 1 0
1 − 2 −1 2 1
A' =
1 − 3 −1 3 2
2 −5 −2 5 3
1 −1 −1 1 0 1 −1 −1 1 0
0 −1 0
0 −1 0 1 1 1 1
A' = ∼
0 −2 0 2 2 0 0 0 0 0
0 −3 0 3 3 L3 → L3 − 2 L2 0 0 0 0 0
L4 → L4 − 3 L2
Podemos desde já garantir que o sistema é possível uma vez que C = C ' = 2 , no
entanto é duplamente indeterminado porque C = 2 < n = 4 e n − C = 2 . Agora, uma
vez que o sistema é possível, temos:
Incógnitas principais (2): x1 , x2
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x1 − x2 = x3 − x4 x − x = x3 − x4
⇔ 1 2
− x2 = 1 − x4 x2 = x4 − 1
Para obtermos o valor de x1 temos de substituir na primeira equação a expressão de
x2 :
x1 = x3 − 1
x2 = x4 − 1
As soluções do sistema são: ( x1 , x2 , x3 , x4 ) = ( k1 − 1, k2 − 1, k1 , k2 ) , k1 , k2 ∈ R .
Pr.2 Para transformar a matriz triangular obtida na matriz identidade basta fazer:
L1 → L1 − L2 e L2 → − L2
Temos então:
1 0 −1 0 −1
0 1 0 −1 −1
A' =
0 0 0 0 0
0 0 0 0 0
x1 = x3 − 1
x2 = x4 − 1
Isto é, as soluções do sistema são: ( x1 , x2 , x3 , x4 ) = ( k1 − 1, k2 − 1, k1 , k2 ) , k1 , k2 ∈ R
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Exemplo 21:
Dada a matriz completa de um sistema, já condensada:
1 −1 −1 1 0
0 −2 −1 2 1
A' =
0 0 k − 1 0 0
0 0 0 k −1 p + 3
C ' = 2 se p = −3
• Se k = 1 então C = 2 e
C ' = 3 se p ≠ −3
Como temos 4 incógnitas a classificação do sistema é:
• Possível determinado ( C = C ' = n = 4 ) para k ∈ R \ {1} , ∀p ∈ R
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