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UNIDADE IV • <Título da Unidade IV>

DIREITOS HUMANOS
DIREITO
NOÇÔES PRELIMINARES

1. ENCONTRO 01: Noções Preliminares, Direitos Humanos,


Direitos Fundamentais e Princípio da Dignidade da
Pessoa Humana, Conceito de Pessoa, Sujeito Pós-
Humanos.

1 Introdução

Olá! Tudo bem contigo?


Você já deve ter ouvido muito falar sobre direitos humanos, não é mesmo? Mas,
você sabe quem os direitos humanos buscam proteger? Quem é titular dessa
proteção? Nesta aula vamos conhecer quem é sujeito dos direitos humanos.
Vamos lá?

2 Desenvolvimento

É sempre importante ter em mente que o marco histórico fundamental dos


direitos humanos é a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela
Organização das Nações Unidas (ONU) em 10 de outubro de 1948. Este
documento, apesar de não conceituar os direitos humanos, não deixa dúvida
sobre quem são os seus titulares. Veja:

“Artigo2
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades
estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça,
cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional
ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

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UNIDADE IV • <Título da Unidade IV>

2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política,


jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se
trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito
a qualquer outra limitação de soberania”. (Declaração Universal dos Direitos
Humanos 1948)

Neste sentido, toda e qualquer pessoa é sujeito dos direitos humanos. A


Declaração retira qualquer distintivo capaz de diminuir uma pessoa na sua
dignidade. Isto porque durante a Segunda Guerra Mundial o holocausto alemão
matou dezenas de milhões de pessoas. Para Valério Mazzuoli (2016, 29):

“os direitos humanos, diferentemente dos direitos fundamentais, podem ser


vindicados indistintamente por todos os cidadãos do planeta e em quaisquer
condições, bastando ocorrer a violação de um direito seu reconhecido por norma
internacional aceita pelo Estado em cuja jurisdição se encontre”.

Perceba que o fundamento de validade dos direitos humanos é a própria


condição humana. Sob a ótica jusnaturalista, esses direitos são inatos ao ser
humano derivando, portanto, de uma ordem superior e universal. De outro lado,
sob a ótica juspositivista, o reconhecimento dos direitos humanos dependeria da
ação soberana de cada Estado.

Para Alexandre de Moraes (1998, 36), jusnaturalismo e juspositivismo se


complementam para explicar a importância dos direitos humanos pois, somente
a partir da formação de uma consciência social baseada em valores fixados na
crença de uma ordem superior, universal e imutável é que os legisladores
passaram a reconhecer a existência de determinados direitos humanos como
integrantes do ordenamento jurídico.

E, se a condição humana basta para a titularidade dos direitos humanos, a


dignidade da pessoa humana é o seu fundamento.

3 Encerramento
Durante a leitura vocês aprendeu que todo o ser humano é titular dos direitos
relacionados à sua dignidade e que nehuma distinção pode ser aceita no sentido
de restringí-la. Agora você tem subsídios suficientes para identificar a lesão a estes

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direitos, mesmo considerando as especificidades culturais de determinada


sociedade. Que tal testar como estão os seus conhecimentos prévios antes do
encontro ao vivo com o seu professor? Agora que você terminou essa leitura, mãos
à obra! Aproveite os materiais pré-aula e continue aprofundando os seus
conhecimentos e não esqueça de responder às questões propostas na Atividade
Diagnótica. Bons Estudos!
Saiba Mais
A revista Carta Capital saiu às ruas para perguntar o que as pessoas pensam sobre questões
envolvendo os Direitos Humanos como, por exemplo, as afirmações “Bandido bom é bandido
morto” ou ainda “Direitos Humanos para humanos direitos”. Vale a reflexão para ampliar a
compreensão sobre os titularidade universal dos direitos humanos.
https://www.youtube.com/watch?v=y-S1kuWo5-c

REFERÊNCIAS

GUERRA, Sidney. Curso de Direitos Humanos. 6 ed. São Paulo: Saraiva. 2019.
MAZZUOLI, Valério. Curso de Direitos Humanos. São Paulo: Editora Método, 2016.
MORAES, Alexandre de. Direitos humanos fundamentais. São Paulo: Atlas, 1998.

ONU. Declaração Universal dos Direitos Humanos. 1948. Disponível em:


https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos

SCORCE, Carol. Quem tem medo dos Direitos Humanos. Carta Capital, 15/12/2018.
Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/diversidade/quem-tem-medo-
dos-direitos-humanos/

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