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Contextualização
Material Teórico
Fechamento da Unidade
Material Complementar
Referências
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Contextualização
Objetivos da Unidade
As discussões sobre temas ambientais pedem sempre uma visão interdisciplinar e um olhar
amplo.
“Nunca o homem inventará nada mais simples nem mais belo do que uma manifestação da
natureza. Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode ser
produzido” Leonardo da Vinci. Esse pensamento de Leonardo da Vinci, que viveu a segunda
metade do século XV e a primeira década do século XVI, nos permite concluir que, embora os
cuidados com o meio ambiente sejam recentes, àquela época já havia um pensamento mais
consciente com relação às questões ambientais, remetendo ao conceito de sustentabilidade,
que sugeria a necessidade deixar a natureza agir e de que não há intervenção humana que
imite a perfeição da natureza.
Material Teórico
Introdução
A intensa atividade humana no globo, sobretudo a partir da segunda metade do século XX, é a
grande responsável pelo Panorama Ambiental atual.
Figura 1
Fonte: Getty Images
Vários fatores foram responsáveis pelo quadro atual de degradação ambiental. No Brasil,
podemos apontar o crescimento populacional, a falta de planejamento na formação das
cidades, a forma como se desenvolveu a indústria e o comércio sem qualquer preocupação
com a degradação ambiental que os processos causavam, extraindo recursos, poluindo os
rios, o solo e o ar, e a desigualdade social (SVMA; IPT, 2004).
Poderíamos citar muitos outros e, certamente ao longo dos estudos, cada um conseguirá
de nir diversos fatores que lhe permitam compreender, de forma mais ampla, o panorama
ambiental.
Dessa forma, veri cou-se a ocorrência de inúmeras catástrofes ambientais de grande vulto e
sérias consequências e, até mesmo, de ações pontuais e constantes que promoveram danos
ambientais irreversíveis ou que demandam um esforço global para sua mitigação.
Como exemplo, citamos o aquecimento global, que tem como principais causas as ações do
homem para extrair recursos da natureza, dentre elas a alta emissão de CO2 causada por as
queimadas, utilização de combustíveis fósseis, o desmatamento causado também pelo
agronegócio que, por sua vez, é responsável pela emissão de gás metano na atmosfera
(BESEN; JACOBI; SILVA, 2021).
Esse exemplo permite observar como ações diferentes no que diz respeito ao modo, tempo e
intensidade, além das consequências locais, contribuem para um problema de maior escala,
atingindo, inclusive, dimensões globais (SANTORO; AMARAL, 2009).
Figura 2
Fonte: Adaptada de Getty Images
A biodiversidade é uma cadeia que compreende a fauna e ora com todos os seus biomas e
sua interrelação para a manutenção do equilíbrio ambiental.
O Brasil é um país com grande diversidade, com seu vasto território, clima tropical, formação
orestal constituída pela mata atlântica e oresta amazônica, com os biomas de cerrado,
pantanal, caatinga, zona costeira, campos do sul e zonas de transição; confere uma grande
quantidade de espécies, tanto animais quanto vegetais, além da diversidade advinda dos
biomas aquáticos (ALHO, 2012).
As epidemias de varíola e tifo, ocorridas nos séculos XV e XVI, são exemplos de como a
introdução de espécies exóticas pode ser letal às espécies. Os Europeus migraram para a
América do Sul trazendo doenças que ocorriam em seu território, que foram responsáveis por
dizimar cerca de 50 milhões de povos nativos (ALHO, 2012).
Ao longo das últimas décadas tivemos alguns exemplos muito emblemáticos, como a epidemia
de HIV-AIDS, nos anos 1980 e 1990, motivada por um vírus de uma espécie silvestre que
passou a circular entre as pessoas, causando uma síndrome grave e incurável. No início dos
anos 1990, uma década após a morte do “paciente zero” nos EUA, já haviam 10 milhões de
infectados no mundo.
Atualmente, o mundo vive a epidemia da Covid-19, com quase 190 milhões de casos
registrados e mais de 4 milhões de mortes em todo o mundo.
Recentemente, o Brasil viveu duas grandes tragédias ambientais: o rompimento das barragens
de Mariana e Brumadinho, nos anos de 2015 e 2019, respectivamente, causando um dano
incalculável à biodiversidade das regiões atingidas pela lama.
Ambas as tragédias interferiram nos aspectos ambientais, culturais e econômicos das regiões
atingidas, com grande impacto à vida das pessoas.
Conceitualmente, o efeito estufa é um processo natural e bené co que permite que a Terra
armazene calor.
Os gases de efeito estufa concentram-se na atmosfera formando uma camada que possibilita a
retenção de uma parte da radiação recebida para manter os processos biológicos e ecológicos
na Terra. O dióxido de carbono (CO2) e o gás metano (CH4) são os principais gases do efeito
estufa (MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, 1999).
O grande problema surge com o agravamento do efeito estufa devido a ação antrópica,
causando um aumento da emissão de gases do efeito estufa, responsável pelo aquecimento
global (TILIO NETO, 2010).
De forma geral, toda atividade humana impacta no aumento dos gases do efeito estufa e no
consequente aquecimento global. Entendemos que não há como anular a atividade humana,
mas há que se pensar em reduzir os seus impactos (TILIO NETO, 2010).
É importante buscar alternativas para redução da emissão dos gases do efeito estufa, como
por exemplo, o uso de veículos com menor consumo de combustíveis, expandir o uso de
fontes renováveis de energia, a gestão de resíduos sólidos e a diminuição da geração de
resíduos.
As Boas Práticas Ambientais são destinadas ao desenvolvimento de conceitos que devem ser
aplicados aos processos produtivos e de desenvolvimento das sociedades, visando à redução
de efeitos nocivos ao meio ambiente, ao desenvolvimento sustentável e à recuperação
ambiental (TILIO NETO, 2010).
Embora esta de nição verse sobre as práticas gerenciais e produtivas, ela permite uma clareza
sobre o que vem a ser o conceito de Boas Práticas.
No Estado de MG, por exemplo, foi criado pela Federação das Indústrias do Estado – FIEMG –
o Banco de Boas Práticas Ambientais, onde constam práticas reconhecidas e exemplos de
práticas que podem ser adotadas por indústrias de diversos segmentos.
A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, teve a iniciativa de reduzir os impactos
ambientais dos seus prédios e equipamentos públicos, como forma de exemplo e incentivo à
população. Desta forma, fez um diagnóstico e de niu ações relacionadas aos temas água,
energia, transporte e resíduos, criando um Guia de Boas Práticas.
Leitura Obrigatória
O pensamento crítico assegura a capacidade do indivíduo de formular conclusões lógicas e
racionais sobre os mais variados assuntos, com base na avaliação de dados que lhes foram
apresentados; afasta impressões pessoais, exige clareza, precisão, equidade e evidências.
Por esse motivo, é importante a leitura dos materiais indicados, pois eles ampliarão as
informações sobre o tema tratado na Unidade, permitindo-lhe participar de discussões,
regidigir textos e responder a questionamentos sobre assuntos correlatos.
Leia o conteúdo sugerido, assista aos vídeos e, caso julgue necessário, busque outras fontes
con áveis para auxiliar a construir a sua argumentação sobre o tema desta Unidade.
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Fechamento da Unidade
Como já dito, no início dos processos produtivos não havia qualquer preocupação com as
consequências da ação humana sobre o meio ambiente. Se as medidas de proteção ambiental
tivessem norteado as ações humanas desde a constituição das primeiras cidades, muito
provavelmente viveríamos consequências mais brandas.
Porém, isso não impediu que os países “mais jovens” - os Americanos - seguissem o mesmo
caminho, sobretudo os mais pobres.
O primeiro Parque Nacional do mundo foi o Yellowstone, nos Estados Unidos, em 1872. No
segundo quarto do século XIX, já sabemos que haviam preocupações com a preservação do
meio, mas os processos produtivos e industriais não caminharam para essa prevenção.
Mesmo sendo uma pauta pública, amplamente discutida mundialmente, ainda existe muito a
se fazer na prática com relação às questões ambientais. O argumento sobre a necessidade
imperiosa de geração de emprego e renda continua sendo utilizado para justi car
desmatamentos e poluição dos elementos: água, ar, terra e solo, etc.
O lme proposto, “Ilha das Flores e Ilha das Flores”, pretende que seja feita uma análise
crítica do que ele pretende mostrar: uma denúncia social, sobre questões ambientais e sociais
que prevalecem. E o documentário “Ilha das Flores: Depois que a cessão acabou”, tem uma
importância por apresentar o sentimento das pessoas que estão expostas à condições tão
degradantes.
Dentro do contexto apresentado nesta Unidade, é muito importante a re exão sobre estes
aspectos.
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Material Complementar
Vídeos
Documentário Ilha das Flores: Depois que a sessão acabou.
Leitura
Gestão Urbana e Sustentabilidade - Agenda 2030: Ética e Reponsabilidade Socioambiental.
Capítulo 14.
ACESSE AQUI
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Referências
NACIONAL, C.; AMBIENTE, M. Manual de Boas Práticas Ambientais. 1. ed. Brasilia: CNMP,
2019.
SANTORO, J.; AMARAL, R. Desastres Naturais : conhecer para prevenir. 1. ed. São Paulo:
Instituto Geológico, 2009.
SVMA; IPT. Síntese do panorama ambiental. In: Informe Geo Cidade de São Paulo. São Paulo:
SVMA: Geo Cidade, 2004. p. 169–178.
TILIO NETO, P. DE. As mudanças climáticas na ordem ambiental internacional. In: SOCIAIS, C.
E. P. (Ed.). . Ecopolítica das mudanças climáticas: o IPCC e o ecologismo dos pobres. Rio de
Janeiro: Scielo Books, 2010. p. 24. https://www7. emg.com.br/produto/banco-de-boas-
praticas> Acesso em: 03/07/2021.