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n.° 52 · 4.º trimestre de 2022 · ano 13 · 9.00 € · trimestral · ISSN 1647-6255 · www.renovaveismagazine.

pt · Diretor: Amadeu Borges

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dossier sobre hidrogénio nota técnica


› PRF Hydrogen Solutions – armazenamento de hidrogénio › como desenhar instalações fotovoltaicas multi-inversor
› modelos de negócio e instrumentos de financiamento ou como descentralizar as nossas instalações
para a gestão de energia › using power electronics and automation to simulate
› hidrogénio – o elemento integrador da transição energética portuguesa solar PV systems
› desafios tecnológicos na indústria do hidrogénio verde › aproveitamento solar térmico em piscinas, um estudo
› o que falta para cumprir os desígnios do Hidrogénio Verde? experimental e numérico – 2.ª Parte
FICHA TÉCNICA
renováveis magazine 52
4.º trimestre de 2022

Diretor
Amadeu Borges
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renováveismagazine
Conselho Editorial
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T. +351 225 899 626
julio.almeida@cie-comunicacao.pt
Redação: Helena Paulino
e Sara Lopes revista técnico-profissional de energias renováveis
T. +351 220 933 964
redacao@renovaveismagazine.pt

Design
Daniel Dias 2 editorial 48 using power electronics and automation
danifcp@gmail.com
mecanismo de ajuste dos custos to simulate solar PV systems
Webdesign
Ana Pereira de produção de energia elétrica 52 aproveitamento solar térmico em
a.pereira@cie-comunicacao.pt
piscinas, um estudo experimental
4 espaço ADENE
Assinaturas e numérico – 2.ª Parte
T. +351 220 104 872
assinaturas@booki.pt
indicadores energéticos 2021
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case study
Conselho Editorial
6 espaço FELPT
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Álvaro Rodrigues (FEUP/INEGI) 8 espaço LNEG e Sistemas Tecnológicos: hidrogénio:
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António Joyce (LNEG) Perspectivas pós COP 27 visão e estratégia de uma PME
António Sá da Costa (APREN)
António Lobo Gonçalves (EDP RENOVÁVEIS) 60 nova plataforma EPLAN 2023:
João Abel Peças Lopes (FEUP/Inesc) 12 espaço CBE
João Bernardo (DGEG)
engenharia simplesmente mais rápida
Joaquim Borges Gouveia (UA) situação atual dos pellets
José Carlos Quadrado (ISEL)
Nuno Moreira (UTAD) reportagem
Maria Teresa Ponce Leão (FEUP/LNEG) 14 renováveis na lusofonia
Rui Castro (IST) 62 Cleanwatts cria CER com Colégios João
informação ALER, associados e parceiros Paulo II e apoia mais de 260 famílias
Colaboração Redatorial
Amadeu Borges, Teresa Ponce de Leão,
Hugo Antunes, Jorge Rodrigues de Almeida,
Bruno Henrique Santos, Ana Margarida Sousa, vozes de mercado informação técnico-comercial
Eduardo Herraiz, Susana Serôdio, 16 crise energética reforçando transição
Ricardo Ferreira, Armando Cordeiro, Filipe Barata, 64 uma gestão sustentável da
V. Fernão Pires, Miguel Chaves, Pedro Fonte, energética a duas velocidades energia com a Fronius
Daniel Foito, Paulo Gâmboa, Hélio Lopes, em curto prazo – Relatório
João F. Martins, António José da Anunciada Santos, 66 Phoenix Contact aumenta as suas
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receitas em 20%: crescimento
Redação e Edição sustentável para a mobilidade
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Empresa Jornalística Reg. n.º 223992
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4300-144 Porto
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31 PRF Hydrogen Solutions – de segurança da Banner
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Propriedade 40 desafios tecnológicos na indústria
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42 o que falta para cumprir os do setor fotovoltaico
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4300-144 Porto desígnios do Hidrogénio Verde?
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Publicação Periódica
nota técnica
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editorial

mecanismo de ajuste
Amadeu Borges dos custos de produção
de energia elétrica
Diretor

Acordado entre os Governos de Portugal e de


Espanha, foi criado um mecanismo excecional
e temporário de ajuste dos custos de produ-
ção de energia elétrica, com influência na for-
mação do preço de mercado da eletricidade
no referencial grossista do Mercado Ibérico de
Eletricidade (MIBEL). O mecanismo de ajuste
passou a ter efeitos legais através da publicação
no Decreto-Lei n.º 33/2022, de 14 de maio, em
Portugal e no Real Decreto-ley 10/2022, de 13
de mayo, em Espanha (sujeitos à pronúncia da
Comissão Europeia).
Colocadas de parte as questões de tramita-
ção interna (remetidas para a ERSE) e outras
que dizem respeito ao entendimento entre
Portugal e Espanha, no âmbito do MIBEL, algu-
mas questões podem (e devem) ser colocadas.
Qual o efeito do Mecanismo de Ajuste para
o Cliente Final? É do conhecimento público a
implementação do Mecanismo de Ajuste e dos natural utilizado na produção de energia elé- pela variação da produção renovável de eletri-
efeitos que trará na fatura da eletricidade? Por trica no MIBEL. cidade e consequente variação da dependên-
que razão algumas empresas fizeram recair, Acresce que a legislação até obriga a que a cia do gás natural para este fim?
desde meados de setembro de 2022, o meca- fatura discrimine um novo valor, independente- Da minha experiência como cliente de ele-
nismo de ajuste na fatura dos clientes, sem mente do comercializador, que reflete o meca- tricidade, sem qualquer explicação, de um dia
qualquer explicação, enquanto outras afirmam nismo de ajuste. Quer isto dizer, de forma muito para o outro, o preço unitário de eletricidade
que não o irão fazer (pelo menos até ao início óbvia, que o cliente final irá ser afetado. Con- passou a ser mais do dobro. Infelizmente, estava
dos primeiros meses de 2023)? Por que razão tudo, existem empresas comercializadoras que num comercializador que aplicou o mecanismo
parece existir uma ambiguidade ou uma grande afirmam que não irão fazer recair este sobre- de ajuste em setembro, quando outros conti-
confusão, se assim melhor corresponder ao que custo na fatura dos clientes finais. nuam a não o fazer.
vai na cabeça dos contribuintes, no que a esta Para evitar confusões, eventuais ambiguida- Por mais que veja as páginas de Internet dos
matéria diz respeito? des ou a distorção da verdade, o mecanismo de operadores, um leigo nunca perceberá porque
Obviamente, não possuo todas as respos- ajuste define um preço de referência máximo são praticados preços para a mesma eletricidade
tas e até existem algumas perguntas que gos- para o gás natural utilizado na produção de que variavam em setembro, no mercado libera-
taria de ver respondidas de forma séria. Vamos energia elétrica no âmbito do MIBEL. Quer isto lizado, entre os cerca de 0,15€/kWh e os cerca
por partes. dizer que, quanto menos dependermos do gás de 0,20€/kWh + 0,1904€/kWh. Este último
O princípio da aplicação do Mecanismo de natural para a produção de eletricidade, por valor corresponde ao mecanismo de ajuste
Ajuste dos custos de produção tem por base exemplo com recurso à produção renovável de e que não é comunicado a não ser na fatura.
uma preocupação genuína dos Governos de eletricidade, menor será o impacto do Meca- Termino com tantas interrogações como
Portugal e de Espanha, pois visa dar resposta à nismo de Ajuste na fatura do cliente final. Então, quando comecei. Como é possível que algu-
instabilidade verificada, no decorrer de 2022, no por que razão se solicita já à União Europeia a mas empresas apliquem um valor unitário para
mercado da energia. Assim, de modo a evitar renovação do Mecanismo de Ajuste para além o mecanismo de ajuste superior ao que outras
uma subida descontrolada dos preços da ener- de maio de 2023 e não são apresentados, publi- cobram pelo preço da eletricidade e que, ao
gia para o consumidor, foi criado este meca- camente, os valores do Mecanismo de Ajuste mesmo tempo, não fazem a aplicação do meca-
nismo, que tem como objetivo a definição de que são aplicados por empresa? Mais, por que nismo de ajuste? Acredito que a ERSE esteja
um preço de referência máximo para o gás razão estes valores não são afetados diariamente atenta a estes desenvolvimentos.

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espaço adene

indicadores energéticos 2021


O ano de 2021 caraterizou-se pela retoma da atividade indicador da riqueza, com particular destaque o consumo
económica face ao ano anterior, gravemente marcado de energia primária que praticamente não variou (+0,02%)
pela pandemia. Em termos reais, o PIB cresceu 5,5% em face a 2020. Através destes dados será analisada a inten-
2021, ficando ainda assim aquém da riqueza criada em sidade energética dos últimos três anos.
2019 (menos 3,3%).
Em 2020, ano da pandemia, o PIB caiu cerca de 8,3%
face a 2019 e em termos energéticos, a contração da eco- Intensidade energética da economia
nomia devido aos efeitos da pandemia Covid-19 origi- A intensidade energética é o principal indicador de efi-
nou uma forte queda do consumo final de energia (-7,2% ciência energética da economia, sendo medida pelo rácio
ADENE – Agência face a 2019). do consumo de energia primária e final sobre o PIB. Quanto
para a Energia Esta quebra deveu-se essencialmente à forte redução do mais baixo for o seu valor tanto melhor, pois significa que
Tel.: +351 214 722 800 consumo do gasóleo e das gasolinas no setor dos trans- cada unidade de riqueza produzida (em valor monetário)
Fax: +351 214 722 898 portes rodoviários. As medidas aplicadas no combate da foi gerada com menor consumo energético, logo, a eco-
geral@adene.pt
pandemia restringiram fortemente a circulação automóvel, nomia é mais eficiente do ponto de vista energético.
www.adene.pt
levando à quebra do consumo dos referidos combustíveis.
É certo que os efeitos da paralisação da atividade eco-
nómica beneficiaram em boa parte a performance de alguns
indicadores energéticos, mas não todos, como veremos
mais adiante.
Recentemente, foi publicado pela DGEG o Balanço Ener-
gético relativo a 2021. No ano da retoma económica, há 3
indicadores energéticos que são particularmente interes-
santes de comparar com os valores dos últimos dois anos
– consumo energético, intensidade energética da econo-
mia e a dependência energética.

O PIB e o consumo energético


O consumo energético varia em função da atividade eco-
nómica, sendo esta medida pelo Produto Interno Bruto
(PIB). Vejamos na Figura 1, as variações do PIB (em ter-
mos reais) e dos consumos de energia de 2021 face aos
anos 2020 e 2019. Figura 2 Evolução das intensidades energéticas [2019-2021].
De acordo com a Figura 1 podemos verificar que os
consumos de energia acompanharam o crescimento do PIB
(o que seria expetável). Porém, crescerem menos que o De acordo com os dados da Figura 2, ambas as intensi-
dades energéticas da economia (primária e final) de 2021
melhoraram face ao ano da pandemia, com destaque notá-
vel para a intensidade energética em energia primária que
alcançou o valor mais baixo desde que há registo.
A intensidade energética da economia em energia final
também melhorou em relação ao ano da pandemia, ficando
ligeiramente acima do ano de 2019. O valor de 2021 foi
o segundo mais baixo desde que há registo.

Dependência energética
Como podemos observar na Figura 3, a dependência ener-
gética de Portugal voltou a subir em 2021, mais 1,3 p.p.
face a 2020. Esta subida resulta do agravamento do saldo
importador, que cresceu cerca de 2,5% face a 2020. Con-
tudo, é importante referir que este agravamento não se
deve tanto às impor tações de energia, que diminuíram
cerca 0,3% face a 2020, mas sim, a uma forte queda das
exportações (-6,9% em relação a 2020), o que penalizou o
Figura 1 Variação do PIB e do consumo energético de 2021 face aos dois saldo importador e por consequência aumentou a depen-
anos antecedentes. dência energética do país.

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Figura 3 Evolução da dependência energética [2019-2021].

A dependência energética de 67,1% que surge na retoma da ativi-


dade económica, não é de todo um mau valor; porém, é importante
relembrar que objetivo de Portugal para a redução da dependên-
cia energética no horizonte 2030 é de 65%.

Produção doméstica no consumo de energia primária


A produção doméstica de energia em Portugal é quase na sua tota-
lidade de origem renovável. É sempre importante saber qual o seu
peso no consumo total do consumo de energia primária – quanto
mais alta for esta percentagem, tanto menor será a necessidade de
importar energia, e por consequência, diminuir a nossa dependên-
cia energética.

Figura 4 Evolução da produção doméstica/consumo de energia primária


[2019-2021].

Obser vando a Figura 4, verifica-se que este indicador subiu


1,1 p.p. em relação ao ano da pandemia e 4,2 p.p. em relação a 2019.
O valor de 2021 é o mais alto desde que há registo, e resulta do
crescimento contínuo e de um melhor aproveitamento dos nossos
recursos energéticos endógenos. A produção doméstica de 2021
foi cerca de 6 882 ktep, valor máximo desde que há registo.
Em síntese, pode-se afirmar que no ano do regresso à “normali-
dade”, os indicadores energéticos analisados revelaram consistên-
cia e robustez, mantendo a tendência anual de melhoria contínua
dos seus valores.
espaço felpt

os desafios da integração massiva


da geração renovável
Os Future Energy Leaders Portugal (FELPT) apresentaram, no passado dia 27 de outubro, um
estudo, onde se procurou caraterizar o impacto da geração renovável na gestão do sistema
elétrico do futuro.
O evento de apresentação decorreu no formato “Energia em Debate”, já habitual dos FELPT, reu-
nindo cerca de 170 participantes, contando com a participação da Professora Maria da Graça
Carvalho (IST/UL), Deputada e membro titular da Comissão da Indústria, Investigação e Telecomu-
nicações (ITRE) no Parlamento Europeu, do Engenheiro António Albino Marques (REN), Diretor
de Relações Institucionais da REN e Coordenador do grupo de Operadores da Rede de Trans-
porte da Região da Europa Continental na European Network of Transmission System Operators for
FELPT – Future Energy
Leaders Portugal Electricity (ENTSO-E), do Professor Pedro Carvalho (IST/UL), Professor Catedrático e Investiga-
dor Sénior do Grupo de Sustainable Power Systems no INESC-ID, e do Presidente da Associação
Tel.: +351 912 544 618 Portuguesa da Energia, Engenheiro João Torres.
felpt@apenergia.pt A abertura da sessão contou ainda com Pedro Frade, membro da Board dos FELPT, que intro-
www.apenergia.pt duziu os objetivos e o propósito do debate deste estudo que tem por objetivo analisar os desafios
associados a uma elevada taxa de integração de energia renovável variável, na gestão do sistema
elétrico. Em seguida, Bruna Tavares, membro dos FELPT, apresentou a metodologia, resultados e
conclusões do relatório. O estudo teve por objetivo analisar os desafios associados a uma ele-
vada taxa de integração de energia renovável variável, na gestão do sistema elétrico. O estudo
pretende ainda promover uma reflexão sobre o futuro planeamento do sistema energético nacio-
nal, bem como apontar algumas soluções para aumentar a sua resiliência. No estudo dos FELPT
salientam-se os seguintes pontos:
• O binómio eólica e fotovoltaica introduzirá um elevado dinamismo na gestão do sistema elétrico;
• A redução da flexibilidade da geração fará com que o consumo assuma um papel ativo e
central para a estabilidade;
• O armazenamento sazonal é um dos maiores desafios no processo de descarbonização;
• A diminuição no número de grandes geradores síncronos ligados à rede provocará uma redu-
ção da inércia, o que obrigará ao surgimento de alternativas credíveis e resilientes.

Para mitigar os riscos operacionais associados à crescente integração de fontes de energia reno-
vável variável, os FELPT salientam ainda importância de um aumento da capacidade de interligação
elétrica com a Europa central, bem como a necessidade de implementar uma maior flexibilidade
nas operações das Redes de Transporte e Distribuição.
Na sequência desta apresentação realizou-se uma sessão de debate, com os convidados, no
formato de mesa-redonda moderada por José Sarilho, membro dos FELPT.
Na sessão de encerramento o Presidente da APE, João Torres mencionou que “O sistema elé-
trico do futuro será bem mais complexo e requer uma boa intervenção de todos os intervenientes
para que continue a garantir a segurança de abastecimento, minimização do impacto ambiental e
uma economia equilibrada. Também porque os FEL vão certamente estar no grupo que vai gerir essa
nova realidade em construção, a APE acarinha esta iniciativa para promover debate suscitado pelo
oportuno documento que prepararam”.

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espaço lneg

perspectivas pós COP 27


Citando António Guterres:

“O nosso planeta continua na condição de emergência.Temos de drasticamente


reduzir as emissões agora – isto não foi tratado na COP.
Um fundo para danos e perdas é crucial – mas não será resposta se as alterações climáticas
fizerem desaparecer do mapa uma pequena ilha – ou transformar África num deserto.
O Mundo ainda precisa de ambição climática. Temos uma linha vermelha,
o 1,5 °C de limite subida da temperatura média.”

O que aconteceu nesta COP?

Teresa Ponce
de Leão O que é histórico: perdas e danos Análise crítica
A União Europeia apresentou uma proposta de última hora A não existir este acordo, teria significado nada menos do
Presidente do Conselho
Directivo do LNEG sobre os fundos que visam dar apoio aos países mais des- que o questionamento da eficácia da COP como um qua-
Laboratório Nacional favorecidos e vulneráveis às alterações climáticas para per- dro de negociação multilateral relevante, e teria selado a
de Energia e Geologia das e danos. Esta decisão foi histórica pois nunca se tinha desconfiança internacional entre as economias desenvol-
chegado tão longe. vidas e o Sul Global, e, assim, um novo colapso do multi-
Tel.: + 351 210 924 600/1 Após uma pré COP em que a UE não se comprome- lateralismo. De qualquer forma, este arrastar pode, como
info@lneg.pt teu com valores para Danos e Perdas, Frans Timmermans muitas vezes se viu, acabar num adiar de compromissos,
www.lneg.pt
referiu, no último dia, que a UE poderia estar de acordo uma estratégia que os países ricos têm muitas vezes usado
com um fundo para Perdas e Danos desde que o contri- para ganhar tempo.
buto para os fundos incluísse países como a China e Arábia De notar, a postura progressista da UE que, pela voz
Saudita até agora considerados países em desenvolvimento. de F. Timmermans, fez a primeira mudança inesperada
No final e pela primeira vez, embora não estivesse na dos países ricos na sexta-feira, o que acabou por desblo-
agenda oficial, as nações mais ricas reconheceram a neces- quear o impasse.
sidade de ajudar as nações pobres a enfrentar as Perdas e O elefante na sala é a questão emergente da China que
Danos. Trata-se de um tema altamente controverso que pela Classificação de 1992 (Quioto), é classificada como
quase colocou a conferência em risco e demonstrou, até economia em desenvolvimento (ou seja, não desenvol-
ao fim, um cinismo surpreendente dos países mais ricos vida ou em transição) o que, por consequência, não con-
em não reconhecerem as suas responsabilidades históri- tribuiria para o financiamento de perdas e danos. Isto seria
cas nas alterações climáticas. O tema começou a tornar- um puro disparate uma vez que a China é agora (30 anos
-se totalmente insustentável com uma posição muito forte mais tarde) a segunda economia mundial e primeiro emis-
das nações mais pobres cuja voz começou a subir de tom. sor de GEE. Isto promete negociações muito intensas, uma
O acordo materializar-se-á através da criação de mais um vez que os EUA, que também estavam a arrastar a deci-
fundo, os pormenores serão definidos por um grupo de 14 são sobre este fundo, tornaram este requisito obrigatório
economias em desenvolvimento e 10 economias desenvolvi- para a participação.
das, e tem como objectivo tornar-se operacional em COP28. Sobre esta mesma questão, é de chamar a atenção para
a decisão de 18 países de instar o Tribunal Internacional de
Justiça a declarar a relação jurídica de causa efeito entre as
alterações climáticas e os direitos humanos.
Finalmente, para observar no futuro, o elemento muito
crítico é que as nações mais ricas estarão a fazer tudo para
evitar que sua responsabilidade nas alterações climáticas
(CC) seja reconhecida legalmente, o que abriria o cami-
nho para o financiamento juridicamente vinculativo de
“Perdas & Danos” como uma forma de “Dívida Climática”.

Fracasso contínuo: combustíveis fósseis ainda


protegidos, National Determined Contributions
(NDC) sem avanços

Combustíveis fósseis
Os combustíveis fósseis ainda estão a fazer o seu caminho,
com uma formulação de necessidade de acomodação não
indo para além do acordado em Glasgow. O compromisso

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espaço lneg

ficou­‑se pela redução progressiva (não eliminação) do carvão e ausência na aplicação das medidas comprometidas (pois é indiscutivelmente
de compromisso firme para o petróleo e o gás. Até poderíamos entender verificável o seu não cumprimento).
se esta decisão ficasse indexada ao caminho para a Transição Energética
tendo em conta a crise energética e como via de garantir o abasteci- O orçamento de carbono remanescente a 1,5 °C será esgotado den-
mento enquanto outras tecnologias não penetram no mercado para a tro de 7 a 8 anos, o que mostra todos os sinais de ocorrência, uma vez
satisfação das necessidades das populações. que não há nenhum compromisso de pico de emissões em 2025.
Mas, não foi isto que aconteceu de forma clara o que é inacreditável e
demonstra o enorme lobby dos Estados petrolíferos e das grandes empre-
sas petrolíferas, que a Presidência egípcia é acusada de ter deixado entrar.

Análise crítica
Isto deve ser considerado um grande fracasso, uma vez que os Esta-
dos/indústrias petrolíferas continuam a explorar e a perfurar em todo
o mundo. Apesar de ser agora comumente acordado que a eliminação
gradual do FF é um pré­‑requisito para evitarmos o aquecimento de
2,4­‑2,8 °C previsto (Relatório Gap do United Nations Environment Pro-
gramme (UNEP): respectivamente para NDC incondicional/NDC con-
dicional/políticas declaradas)

A meta dos 1,5 °C


Os 1,5 °C foram eventualmente mantidos, em função de uma confirma-
ção do alvo por G20 conferência em Bali durante a semana. No entanto,
esta situação foi extremamente tensa com oposição dos Estados petro-
líferos – em particular a Arábia Saudita – e a China.
A UE transformou 1,5 °C numa linha vermelha, ameaçando afastar­‑se.
De notar a posição muito progressiva da Noruega (estado petrolífero)
sobre a manutenção de 1,5 °C. Apesar disto, a UE não conseguiu impor
o pico das emissões globais antes de 2025.

Análise crítica
Este ponto é fundamental, mas também altamente polémico. Abandonar
o objectivo de 1,5 °C teria significado um claro passo atrás nas ambições, Quais as consequências para a credibilidade das instituições internacio-
enviando assim uma mensagem clara para diminuir o nível de urgência e nais e dos governos nacionais, com estes sucessivos falhanços?
pressão para reduzir as emissões.
Por um lado, é cientificamente reconhecido (relatórios IPCC) que qual-
quer valor acima de 1,5 °C terá consequências dramáticas e imprevisíveis Alguns destaques
para os ecossistemas e a vida humana na Terra. Mas, por outro lado, con- • O sistema financeiro continua a ser um tema central, desde os ape-
forme denunciado por um vasto coletivo de cientistas, manter­‑se o aque- los a mecanismos inovadores de financiamento público­‑privado até à
cimento global no nível de 1,5 °C parece realisticamente fora de alcance. reforma fundamental das estruturas financeiras internacionais do pós­
Nenhum cenário realista (mesmo excessivamente otimista) é compatível ‑guerra: um “novo Bretton Woods”, nas palavras de John Kerry, o enviado
com este objectivo e as emissões reais estão totalmente fora da trajectó- especial presidencial dos EUA para o clima. A sustentabilidade do nosso
ria de qualquer cenário de mitigação (gráfico do UNEP). Por conseguinte, Planeta obriga a novos modelos, mais responsáveis de financiamento.
é questionável manter este objectivo ideal no discurso político – espe- • O défice crónico no financiamento da adaptação é o resultado da difi-
cialmente quando os NDC e as acções não se concretizam na realidade culdade de compreensão dos investidores sobre o perfil de retorno
– que, sem dúvida, constitui cada vez mais uma mentira. e da falta de dados sólidos ou melhor da transformação dos dados
que existem em informação credível que permita apoiar as decisões
de investimento.
National Determined Contributions (NDC) • Quatro países em desenvolvimento – Bangladesh, Gana, Maldivas e
Apresentação de novos NDC foi extremamente decepcionante, vindo Sri Lanka – frustrados com a falta de apoio dos países mais ricos, lan-
demonstrar um fosso dramático entre compromissos e ambições. çaram seus próprios Planos de Prosperidade Climática para limitar as
perdas relacionadas ao clima.
Análise crítica • Existe uma discrepância entre detentores de projectos africanos com
Este aspecto deve ser analisado de várias formas: oportunidades relevantes e financiadores que procuram metas de inves-
• Os NDC (condicionais e incondicionais) estão lamentavelmente dis- timento incompatíveis com os projectos e algo gananciosas.
tantes das trajectórias necessárias para manter o aquecimento glo- • A Aliança Global de Energia para as Pessoas e o Planeta (GEAPP) e a
bal abaixo de 2 °C, para não falar de 1,5 °C; vivemos numa hipocrisia Energia Sustentável para Todos (SEFORALL) lançaram a Iniciativa Mer-
esquizofrénica. As partes estão relutantes em assumir contributos mais cados Africanos de Carbono. Esta iniciativa visa a reforma dos créditos
ambiciosos, mas os factos – ou seja, as políticas declaradas/actuais de carbono e expandir para a agricultura e uso da terra.
não são coerentes com estes NDC não ambiciosos. • A International Finance Corporation (IFC) lançou um mecanismo de finan-
• Como sempre, os NDC de 2050 são bastante mais ambiciosos do ciamento de US $6 bilhões para apoiar a produção sustentável de ali-
que os de 2030, o que põe em dúvida a credibilidade dos governos mentos em países afetados pela instabilidade alimentar.

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espaço lneg
PERSPECTIVAS PÓS COP 27

• A Fundação Bill & Melinda Gates prometeu US $1,4 bilhão em inves-


timentos em tecnologia climaticamente inteligente para apoiar peque- Poucos países fizeram novos compromissos
nos agricultores na África Subsaariana e no Sul da Ásia. importantes para colmatar esta lacuna.
• Apenas 16% dos US $3,8 trilhões necessários anualmente até 2025 Mas houve alguns progressos no financiamento
para mitigação e adaptação climática foram implantados, um déficit que do sector público para perdas e danos.
esteve no centro das discussões durante o Dia das Finanças.
• Poucos países fizeram novos compromissos importantes para colma-
tar esta lacuna. Mas houve alguns progressos no financiamento do sec-
tor público para perdas e danos, incluindo o anúncio da Nova Zelândia • O México aumentou a sua meta de redução de emissões de GEE de
de US $20 milhões para ajudar os países em desenvolvimento a com- 22% para 35%. Os EUA mobilizarão apoio financeiro para este esforço.
pensar as terras e os recursos perdidos para a mudança climática, e • O conceito de transição energética justa foi um dos principais temas
US $24 milhões para os países em desenvolvimento do governo cana- do Dia da Energia.
dense, um terço dos quais serão dedicados a perdas e danos. • O hidrogénio ocupou um lugar prioritário na agenda, dado o seu poten-
• O Reino Unido introduziu uma redução da dívida relacionada com o cial económico para muitos países; o nuclear foi também objecto de
clima para o financiamento das exportações, além de triplicar o seu discussão. Foi dada menos atenção aos promotores das energias reno-
orçamento de adaptação para 1,5 mil milhões de libras até 2025. váveis e à eficiência energética.

Iniciativas bilaterais
Biden anunciou um “adiantamento” de US $150 milhões para o Plano
de Emergência para Adaptação e Resiliência (PREPARE), que finan-
cia iniciativas de adaptação nos países em desenvolvimento; a duplica-
ção da promessa dos EUA, para 100 milhões de dólares, para o Fundo
de Adaptação; o reforço das normas nacionais em matéria de metano;
o lançamento, com a Noruega, do Green Shipping Challenge; e, com a
Alemanha e a UE, 500 milhões de dólares para a transição do Egipto
para a energia limpa.
• EUA, o Japão e vários países europeus irão mobilizar 20 mil milhões
de dólares para ajudar a Indonésia a encerrar centrais eléctricas a
carvão no âmbito da Parceria para a Transição Energética Justa (JETP).
• Brasil, República Democrática do Congo e Indonésia formaram uma
aliança para cooperar na preservação das florestas.
• O World Resources Institute, em colaboração com vários parceiros,
• A pressão para reformar o sistema financeiro internacional continua lançou o Fundo de Adaptação da Água das Cidades Africanas, que
a aumentar. Kristalina Georgieva, directora­‑geral do Fundo Monetário financiará soluções inovadoras de resiliência da água urbana.
Internacional, apelou a um forte aumento dos preços do carbono e • Os países do G7 e G20 lançaram o Escudo Global contra os Riscos
instou outros bancos multilaterais a fazerem mais para descarrilar o Climáticos para fornecer financiamento aos países que sofrem de
investimento privado. catástrofes climáticas. Paquistão, Gana e Bangladesh estarão entre os
• Muitos procuram soluções criativas no sector privado. A Aliança Finan- primeiros beneficiários.
ceira de Glasgow para a Net Zero, um grupo de instituições financeiras • A União Africana, o Banco Africano de Desenvolvimento e a Africa50
privadas, emitiu orientações para o planeamento da transição e reve- lançaram uma iniciativa de US $10 bilhões, a Aliança para Infraes-
lou uma série de iniciativas práticas. E os EUA propuseram um Acele- truturas Verdes na África (US $500 milhões foram levantados) para
rador de Transição Energética para mobilizar capital privado do Norte financiar projetos de infraestruturas verdes na África.
Global para pagar transições de energia no Sul Global, incluindo o de­ • O Reino Unido e os Países Baixos fornecerão, respectivamente, 200
‑comissionamento de centrais a carvão. milhões de libras e 110 milhões de euros ao Programa de Acelera-
• No discurso no Dia da Descarbonização, o presidente dos EUA, Joe ção da Adaptação Africana (AAAP).
Biden, enfatizou o compromisso de seu país em evitar a crise climática, • O Agriculture Innovation for Climate (AIM), uma iniciativa conjunta dos
afirmou que os EUA cumprirão suas metas de redução de emissões até EUA e dos EAU, está a duplicar o investimento para a agricultura
2030, e pediu a outros países que passem do financiamento do carvão e sistemas alimentares inteligentes em termos climáticos para 8 mil
nos países em desenvolvimento para o financiamento de energia limpa. milhões de dólares dos parceiros governamentais.
• O Egipto anunciou duas iniciativas para aumentar a resiliência dos sis-
temas alimentares, Alimentos e Agricultura para Transformação Susten-
tável (FAST) e a Iniciativa sobre Ação Climática e Nutrição (I­‑CAN), Referências
bem como o lançamento do Centro do Cairo para a Aprendizagem e [1] BCG at COP27.
Excelência em Adaptação e Resiliência. [2] The Closing Window Climate crisis calls for rapid transformation of socie-
• No Dia do Género, um evento intitulado “As Mulheres Africanas Mudan- ties, UNEP 2022.
ças Climáticas Realidades: Adaptação, Mitigação e Resposta”, focou­‑se nas [3] The Financial Times, Nov 30th 2022, Developing countries fight for their
contribuições das mulheres para a mitigação e adaptação às mudanças right to fuel growth.
climáticas, e a necessidade de educação e treino para meninas e mulheres. [4] The Economist, Nov 20th 2022, What happened at COP27?
• O Egipto anunciou iniciativas centradas na inclusão das mulheres na
acção climática, transições energéticas em África e abordagens coope-
rativas para a resiliência da água. Artigo redigido segundo o Antigo Acordo Ortográfico

10
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espaço cbe

situação atual dos pellets


Existem em Portugal 26 fábricas de pellets, 20 das quais possuem certificação ENplus A1. [1]
Estima-se que em 2021 tenham sido produzidas cerca de 815 000 toneladas de pel-
lets de madeira, das quais foram exportadas 510 000 toneladas, a maioria das quais para
quatro países: Reino Unido (220 000 toneladas), Espanha (127 000 toneladas), Dinamarca
(121 000 toneladas) e Holanda (40 000 toneladas). Atualmente a capacidade total insta-
lada a nível de produção de pellets a nível nacional é superior a 1,7 milhões de toneladas
CBE – Centro
da Biomassa
por ano. [2]
para a Energia Embora em 2021 esta produção tenha diminuído ligeiramente em relação a 2020, a cons-
trução de três fábricas de pellets e a reabertura de uma outra vão permitir aumentar a
Tel.: +351 239 532 436
geral@centrodabiomassa.pt produção em 2022. Em conjunto estas novas instalações, aumentam a capacidade de pro-
www.centrodabiomassa.pt dução em Portugal em cerca de 50%. [2]
Apesar deste aumento da capacidade de produção, a forte procura a que se tem assis-
tido atualmente, quer do mercado interno, mas sobretudo do mercado europeu, constata-
-se que muitas das unidades de produção já têm ou preveem vir a ter, toda a produção
futura vendida para o mercado externo, sobretudo para grandes centrais de produção de
energia, não se verificando atualmente, qualquer tipo de restrição à exportação de pel-
lets em Portugal.
Esta situação, justificada pela guerra na Ucrânia e pelo “disparo” dos preços do gás natural
e eletricidade, leva a que já se verifique falta de pellets no mercado nacional para aqueci-
mento doméstico e institucional e para utilizações industriais, com o consequente aumento
significativo do seu preço. A título de exemplo, o saco de 15 kg de pellets, custava em 2021,
entre 3,5€ e 4,5€, e agora chega a custar mais de 10€.
Face a esta situação, podia pensar-se num mecanismo de obtenção de receita adequado
ligado à exportação dos pellets, nomeadamente para países não pertencentes à UE. Dado
o elevado preço do gás natural e da eletricidade, esses compradores estrangeiros, conse-
guiriam suportar este acréscimo de custo ficando, ainda assim, com uma solução concor-
rencial. Podiam assim gerar-se verbas para apoio à reflorestação e à melhoria da gestão/
produção florestal.

Referências
[1] ENplus c/o AIMMP, 2022. [Online]. Available: https://enplus-pellets.eu/pt/certificacoes-pt-
-pt/produtor-pt-pt.html.
[2] ZERO, “Barómetro anual sobre a indústria dos pellets em Portugal,” 2022.

12
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renováveis na lusofonia

informação ALER, associados e parceiros


Cabo Verde amplia Sistema de Saneamento O investimento foi de 440 milhões de escudos, finan-
das Águas Residuais em Santa Maria ciados pela banca comercial nacional, neste caso o Banco
Em novembro, o Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Caboverdiano de Negócios (BCN) em 90% e pelos
Correia e Silva, inaugurou as obras de ampliação do Sis- recursos próprios da empresa em 8%. O restante 2% foi
tema de Saneamento das Águas Residuais de Santa Maria, um financiamento a fundo perdido do projeto “Acesso à
ALER ­ Associação
Lusófona de Energias na ilha do Sal. Após a sua operacionalização, em 2017, o Energia Sustentável para Gestão da Água: Nexos Energia-
Renováveis progressivo crescimento da atividade turística na Ilha do -Água”, financiado pelo Fundo Global para o Ambiente
Sal, tornou indispensável esta atuação, promovida em forma GEF e a ser implementado em Cabo Verde pela Orga-
Tel.: +351 211 379 288
geral@aler-renovaveis.org
de parceria público privada junto do Governo, a Câmara nização das Nações Unidas para o Desenvolvimento
www.aler‑renovaveis.org Municipal do Sal e a empresa concessionária do serviço de Industrial (UNIDO) e pelo Governo, através do Minis-
saneamento na Ilha, a APP-Ambiente, associada da Asso- tério de Indústria Comércio e Energia (MICE).
ciação Lusófona de Energias Renováveis.
O projeto de ampliação, contemplou a extensão da rede
de esgotos com uma nova estação de elevação na nova
zona hoteleira de Ponta Sinó e a sua correspondente linha
de impulsão, neste caso de 5 km de longitude. Este equi-
pamento foi dotado de um sistema de separação de sóli-
dos, gorduras e areias.
A Estação de Tratamento das Águas Residuais (ETAR)
foi alvo de uma ampliação da sua capacidade em 50%,
passando assim de um caudal de entrada máximo de
2500 m 3/dia, a 3750 m 3/dia. Para isto, foi construída
uma nova linha de tratamento biológico, a terceira,
de 1250 m 3/dia. Paralelamente, foi reforçado o pré-
-tratamento, a aeração biológica e ampliado o tratamento
terciário com um novo processo de decantação lamelar.
Numa aposta pela sustentabilidade, a preocupação pela
preservação do meio ambiente e pela optimização dos
recursos disponíveis, foi incorporada uma segunda etapa
ao tratamento terciário, para aumentar o número de usos Estas obras de ampliação irão garantir o serviço à uma
da água regenerada, nomeadamente na agricultura alimen- população residente de 8000 pessoas e a 14 000 turis-
tar. Esta nova etapa inclui três processos consistentes na tas, e estão alinhadas com o estabelecido no Plano Estra-
ultrafiltração, ozonização e osmose inversa. tégico Nacional de Água e Saneamento (PLENAS) e com
Nestas obras também foi contemplada a eficiência ener- Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6.2, que
gética e, para além da instalação de dispositivos de optimi- prevê o acesso equitativo ao saneamento básico até 2030.
zação do rendimento dos equipamentos eletromecânicos
e de iluminação LED, foi construída uma central solar foto-
voltaica de 300 kWp que irá gerar 30% da energia elétrica Energias Renováveis em destaque
consumida nos processos de tratamento das águas resi- em Moçambique
duais. A ETAR de Santa Maria conta, ainda, com um posto Durante os meses de novembro e de dezembro, a ALER
de recarga de viaturas elétricas. organizou três eventos em Moçambique inteiramente
dedicados à promoção e ao desenvolvimento das ener-
gias renováveis no país.
Terminados os eventos, disponibilizamos na página da
ALER (www.aler‑renovaveis.org) as apresentações de cada
sessão e o vídeo completo de cada um dos eventos, para
que possam ser revistos.
Assim, no dia 17 de novembro, decorreu o evento “Reno-
váveis para a Indústria e Agricultura em Moçambique” com
o objetivo de clarificar os conceitos técnicos e financei-
ros de projectos de energias renováveis, sensibilizar e for-
necer mais informação sobre oportunidades de acesso à
energia, aumentar a procura de energias renováveis pelos
sectores industrial e agrícola, promover o investimento e
o financiamento para o sector privado, divulgando linhas
de crédito e outros mecanismos de assistência ao finan-
ciamento de projectos. Para a organização deste evento,

14
renováveis na lusofonia

Energy Outlook 2022. A tradução deste documento esteve a cargo do


Durante o mês de dezembro (...) decorreu o grande evento Ministério do Ambiente e Ação Climática de Portugal, e a organização
das energias renováveis – “Conferência Empresarial – deste evento a cargo da ALER, em parceria com a ADENE – Agência
Renováveis em Moçambique” no qual reunimos mais para a Energia, enquanto presidência da EnR – Rede Europeia de Ener-
de 300 pessoas para debater o potencial de fontes de gia, e com a DGEG – Direção Geral de Energia e Geologia. 
energia renovável disponíveis, e que podem ser utilizadas A versão portuguesa do relatório “África Energy Outlook 2022”, bem
para acelerar a taxa de eletrificação de Moçambique, como as apresentações e os vídeos de todos os eventos organizados pela
fornecendo energia limpa e acessível a todos até 2030. ALER estão disponíveis: www.aler­‑renovaveis.org.

a ALER juntou­‑se à Associação Moçambicana de Energias Renováveis Este Natal podia oferecer de presente um projeto
(AMER), à Associação Industrial de Moçambique (AIMO) e à Federação de energias renováveis!
Nacional de Associações Agrárias de Moçambique (FENAGRI), e contou Em plena época natalícia, a ALER lançou uma Campanha de Solidarie-
com o apoio do GET.invest Mozambique, financiado pela União Europeia dade para, juntos, oferecermos energia aos futuros natais de comunida-
e a Alemanha e integrado no programa europeu GET.invest. des locais em São Tomé e Príncipe, em Cabo Verde e na Guiné­‑Bissau.
Durante o mês de dezembro, nos dias 6 e 7, decorreu o grande evento O objetivo era simples: contribuirmos e apoiarmos os projetos locais
das energias renováveis – “Conferência Empresarial – Renováveis em Moçam- de mulheres empreendedoras, candidatas ao “Programa de Energia Sus-
bique” no qual reunimos mais de 300 pessoas para debater o potencial de tentável para Mulheres”.
fontes de energia renovável disponíveis, e que podem ser utilizadas para No total eram 11 ideias, de 3 países, que procuravam contributos para
acelerar a taxa de eletrificação de Moçambique, fornecendo energia limpa a criação e implementação de pequenos projetos de energias renová-
e acessível a todos até 2030. Esta Conferência foi organizada pela ALER, veis em comunidades locais. Se conseguirem, em comunidade contribuir
juntamente com a AMER e a Aliança para a Eletrificação Rural (ARE), com para um único projeto estaremos, verdadeiramente, a possibilitar enor-
o apoio do GET.investMozambique, financiado pela União Europeia e a mes desenvolvimentos na vida local destas comunidades.
Alemanha e integrado no programa europeu GET.invest. Assim, durante os meses de dezembro e de janeiro, podia juntar-se à
 Já no dia 12 de dezembro, decorreu o evento de apresentação da ver- ALER e faça o seu contributo. Saiba mais em www.aler­‑renovaveis.org
são portuguesa do Relatório da Agência Internacional de Energia: África Junte­‑se a nós, para darmos Energia a estas Ideias!
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15
vozes de mercado

crise energética reforçando transição


energética a duas velocidades em curto prazo
– RELATÓRIO
Um maior enfoque em segurança energética e preços mais em que as vendas de veículos elétricos no mundo ultra-
elevados reforçam a diferença de descarbonização entre a passarem os 50% sofrerão um ano de atraso, sendo pre-
Europa e o resto do mundo – de acordo com a 6.ª edição visto para 2033.
do relatório Energy Transition Outlook, da DNV. Entretanto, o impacto da atual crise na transição energética
A Europa, que pode considerar-se estar à frente da tran- é, num período mais extenso, de menor importância do que
sição energética, dobrará as renováveis e a eficácia ener- os custos decrescentes de renováveis e crescentes de carvão.
gética para aumentar a sua independência energética. “A turbulência no mercado energético não altera o rumo
O consumo de gás na Europa cairá muito em consequên- que a descarbonização está a tomar até à segunda metade do
DNV cia da guerra na Ucrânia. Em comparação com a previsão século”, disse Remi Eriksen, Presidente do grupo e Diretor-
do ano passado, segundo a DNV o continente consumirá -Executivo da DNV. “O motor mais forte da transição ener-
www.dnv.com
quase metade da quantidade de gás natural em 2050. gética global é a rápida redução de custos das energias solar
O gás corresponderá a apenas 10% da demanda energé- e eólica, que pesará mais do que os choques de curto prazo
tica da Europa em 2050 relativamente a 25% atualmente. que o sistema energético está a sofrer”.
Os países com rendas mais baixas, nos quais o custo é o Pela primeira vez, a previsão da DNV vê as energias não-
fator mais importante nas políticas energéticas, estão a passar -fósseis a dar um leve empurrão acima de 50% da matriz
por uma tendência diferente. Os preços elevados de energia energética mundial em 2050. Isto resulta, sobretudo, da
e alimentos estão a reverter a transição de carvão para gás produção de eletricidade, cada vez maior e mais ecológica.
e a pôr barreiras nos investimentos de descarbonização. Por A produção de eletricidade mais que duplicará e a parti-
exemplo, a participação do gás na matriz energética do sub- cipação da eletricidade crescerá de 19% a 38% na matriz
continente indiano será reduzida de 11% para 7% nos próxi- energética global nos próximos 30 anos. Os sistemas solar
mos 5 anos, enquanto a participação do carvão aumentará. fotovoltaico e eólico já são a forma mais barata de obter
De forma mais geral, as pressões da inflação representam eletricidade na maioria dos casos e até 2050 terão crescido
um desafio de curto prazo para o crescimento das renová- 20 vezes e 10 vezes, respetivamente, e dominarão a produ-
veis. De acordo com o prognóstico da DNV, o momento ção de eletricidade com 38% e 31%, respetivamente. Prevê-
-se que os gastos com renováveis duplicarão nos próximos
10 anos para mais de US$ 1,4 trilhão por ano e as despe-
sas com redes provavelmente excederão os US$ 1 trilhão
por ano em 2030. A energia nuclear só conseguirá manter
os níveis de produção atuais graças aos seus altos custos e
extensos lead times. A sua participação na matriz elétrica
irá ser mais reduzida, e por conseguinte, dos 10% que se
registram atualmente, passarão para 5% até 2050.
Este aumento a curto prazo no consumo de carvão não
o impedirá de sair rapidamente da matriz energética apesar
do pico que teve em 2014. O petróleo está estagnado há
alguns anos e começará a baixar rapidamente a partir de
2030. Como consequência da guerra na Ucrânia, o con-
sumo de gás em todo o mundo será menor do que pre-
visto anteriormente. Antes da guerra, a DNV previu que
o gás natural seria a maior fonte de energia até ao fim da
década, mas isto só ocorrerá em 2048.

Pathway to Net Zero


Além da previsão de ‘melhor estimativa’ para a transição
energética, o relatório Outlook deste ano também inclui
Pathway to Net Zero, que é o caminho mais factível da DNV
para alcançar emissões de zero líquido até 2050 e limitar
o aquecimento global a 1,5 °C. Aqui pesa a advertência
do secretário-geral da ONU, António Guterres, na COP-
-26 de que a situação configura um código vermelho para
a humanidade, e por isso a DNV prevê que o planeta está
em vias de ficar 2,2 °C mais quente até 2100. É necessário

16
vozes de mercado

reduzir 8% das emissões globais de CO2 todos os anos para se chegar a


um zero líquido antes de 2050. Em 2021, as emissões estavam a aumen-
tar exponencialmente, chegando a recordes pré­‑pandêmicos, e em 2022
pode haver apenas um declínio de 1% nas emissões globais. Isto significa
dois anos perdidos na luta contra as emissões.
Algumas regiões e setores terão de alcançar zero líquido muito mais
rapidamente para se chegar a zero líquido mundial em 2050. As regiões da
OECD devem ser zero líquido até 2043 e negativo líquido depois disso;
com captura e retirada de carbono permite emissões negativas. A China
precisa de reduzir as suas emissões a zero até 2050, e não até 2060, que é
objetivo atual. Alguns setores, como a produção de eletricidade, precisarão
de alcançar zero líquido antes de 2050, enquanto outros setores, como o
cimento e a aviação, ainda terão emissões remanescentes. Pensando em
zero líquido, o setor marítimo precisa de reduzir as emissões 95% até 2050. 
De acordo com nossa publicação Pathway to Net Zero, os países de alta
renda não necessitarão de petróleo e gás depois de 2024, o que será o
caso de países de rendas média e baixa depois de 2028. Devem acele-
rar os investimentos em renováveis e rede elétrica; o investimento em
renováveis precisa de triplicar e aquele em redes deve crescer mais de “Com a aproximação da COP­‑27 é importante que os formuladores de
50% nos próximos 10 anos.  políticas reconheçam as imensas oportunidades inerentes à descarboniza-
O Pathway to Net Zero da DNV requer uma intervenção de políticas ção da matriz energética frente aos custos mais elevados do impacto das
muito maior do que o que vemos agora. Todos os aspetos das políticas mudanças climáticas. A tecnologia existe para alcançar emissões líquidas zero
devem ser levados a cabo, incluindo maiores impostos e subsídios para até 2050, mas para isto acontecer devemos aproveitar todas as ferramentas
o carbono, mandatos mais fortes, proibições e incentivos financeiros para disponibilizadas pelas políticas”, sublinhou Eriksen.
estimular a substituição de combustíveis fósseis por renováveis e regula- Descarregue o relatório e gráficos: https://brandcentral.dnv.com/mars/
mentos e padrões mais sensatos. public_sharing.lb?p_colshar_id=111342&p_hash=ABE6
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17
vozes de mercado

hidrogénio: uma fonte de energia


sustentável para a mobilidade
A TotalEnergies está a trabalhar ativamente com os seus tecnologia das células de combustível nos veículos, como
clientes para tornar a neutralidade de carbono uma ambi- é que utiliza hidrogénio e, sobretudo, o que é necessá-
ção partilhada.A principal forma de contribuir eficazmente rio para que o hidrogénio seja considerado uma fonte de
para a transição energética é transformar gradualmente energia verdadeiramente sustentável.
a forma como os nossos clientes consomem energia.
A empresa está, portanto, a conduzir uma política de
marketing orientada para os produtos com menor inten- Hidrogénio e motores
sidade de carbono e irá reduzir a sua oferta para deter- Começamos com o básico: o que é o hidrogénio? Para
TotalEnergies minadas utilizações para as quais existem alternativas fins de mobilidade, o hidrogénio é um gás que pode ser
Marketing Portugal, competitivas de baixo teor de carbono. utilizado como combustível tanto em motores de com-
Unipessoal Lda Como o transporte participa em cerca de 17% das emis- bustão interna como em veículos elétricos.
sões globais de GEE em 2018, acreditamos que a mobili-
Tel.: +351 211 957 847
dade de amanhã não requer uma única solução, mas uma
ms.atencao-clientes@
totalenergies.com
gama de soluções complementares.
Neste sentido, vários fabricantes de camiões estão a
www.totalenergies.pt
considerar o hidrogénio como uma alternativa interes-
sante para as viagens diárias mais longas. Neste contexto,
a TotalEnergies estabeleceu uma parceria com a Daimler
Trucks em 2021 para desenvolver infraestruturas de hidro-
génio para camiões em França, na Alemanha, Bélgica, Paí-
ses Baixos e Luxemburgo.

Como é utilizado o hidrogénio nos veículos?


É realmente uma fonte sustentável?
Nós explicamos. Dentro dos automóveis elétricos que utilizam hidro-
Consegue imaginar conduzir o seu veículo com o ele- génio para os alimentar, a tecnologia mais interessante
mento mais simples e mais abundante do universo? Em é a da célula de combustível. Esta tecnologia é utilizada
princípio, isto já é possível: os carros com células de com- para fornecer energia ao veículo, tanto para utilização
bustível utilizam hidrogénio para se deslocarem e só pro- pelo motor elétrico como para carregar a sua bateria.
duzem vapor de água como resultado. Esta tecnologia abre Basicamente, a célula de combustível aproveita a reação
a porta ao aproveitamento de uma fonte de energia sus- eletroquímica entre hidrogénio e oxigénio para produzir,
tentável para a mobilidade. como resultado final, água, eletricidade e calor. No caso
No entanto, nem tudo é tão simples como parece. de veículos, a geração de eletricidade é utilizada para fazer
É por isso que vamos explicar mais em detalhe como é a funcionar o motor ou carregar a sua bateria.

18
PUB.
Para que o hidrogénio obtido seja considerado
sustentável, a energia utilizada para o obter
deve também ser sustentável. Deve ser
energia elétrica obtida a partir de recursos
renováveis. O hidrogénio obtido desta forma
é conhecido como hidrogénio verde.

O que é preciso para que isso aconteça? Um elemento chamado


célula de combustível, que consiste basicamente de um ânodo –
um polo negativo. Este ânodo separa os iões de hidrogénio para
gerar eletrões, que por sua vez chegam a um cátodo juntamente
com o oxigénio. Este processo resulta em água e calor.
Normalmente, tanto o ânodo como o cátodo estão imersos
numa membrana polimérica eletrolítica que retarda a passagem
dos iões positivos para o cátodo. Assim, parte dos eletrões pode
ser utilizada sob a forma de eletricidade. E esta energia é apro-
veitada pelo motor elétrico.

O hidrogénio como uma fonte de energia sustentável


Até agora, temos um processo totalmente limpo: hidrogénio
e oxigénio estão no ar, e o que é produzido neste processo é
simplesmente água. Não há emissões poluentes, o reabasteci-
mento é rápido e é possível alcançar uma autonomia semelhante
à de um veículo convencional a gasolina ou diesel. Isto é par ti-
cularmente interessante para os veículos pesados de mercado-
rias, que muitas vezes fazem longas viagens sem praticamente
nenhuma paragem.
Até agora tudo bem, certo? Mas não é apenas a forma como
o hidrogénio é utilizado na mobilidade que precisa de se ter em
conta. Também é necessário considerar como é obtido, porque
é isso que permitirá, ou não, que seja indicado como sustentável.
Em termos de economia e ecologia, para que uma fonte de
energia seja sustentável, significa que pode ser mantida durante
muito tempo sem esgotar os recursos ou causar danos graves ao
ambiente. Isto tem claramente muito a ver com a forma como o
hidrogénio é obtido para utilização na mobilidade.
O processo utilizado para obter hidrogénio e oxigénio é a ele-
trólise da água, que requer a utilização de energia elétrica. Assim,
para que o hidrogénio obtido seja considerado sustentável, a ener-
gia utilizada para o obter deve também ser sustentável. Deve ser
energia elétrica obtida a partir de recursos renováveis. O hidro-
génio obtido desta forma é conhecido como hidrogénio verde.
O hidrogénio também pode ser obtido por outras reações quí-
micas, por exemplo a partir do metano. O que acontece? Isto
produz dióxido de carbono e, portanto, emissões poluentes. Por-
tanto, este processo não poderia ser considerado sustentável.
Em suma, a utilização do hidrogénio é uma nova linha para o
desenvolvimento sustentável da sociedade, especialmente se fala-
mos de hidrogénio verde, obtido a partir de energia sustentável.
Tem também outras vantagens, tais como o facto de o seu fabrico
e distribuição poder ser local, ou o seu simples armazenamento,
o que facilita a sua utilização para armazenar eletricidade sob a
forma deste gás. Esta é uma grande vantagem quando se trata de
aproveitar fontes de energia renováveis intermitentes, tais como
a solar ou eólica, quando necessário.
A utilização do hidrogénio verde é uma solução que se tor-
nará cada vez mais importante para a mobilidade, pois ajudará a
alcançar os objetivos de descarbonização que os países de todo
o mundo estabeleceram para si próprios.
notícias

Instituto de Formação Vulcano técnicas de press-fitting, lock-ring e brasagem com QUITÉRIOS: catálogo geral 2023
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Voltalia renova Parque Solar em Serpa


Voltalia
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l.moreira@voltalia.com­�­www.voltalia.com
Tendo como foco principal e incontornável o cum-
primento dos requisitos normativos e uma inaba-
lável capacidade inovadora no desenvolvimento de
O Instituto de Formação Vulcano (IFV), espaço soluções para o setor elétrico e de telecomunica-
de formação e cer tificação dos profissionais ções, o Catálogo Geral 2023 da QUITÉRIOS apre-
de hoje e do futuro nas áreas de água quente, senta as seguintes novidades: novas caixas quadro
energia solar térmica e climatização, terminou com largura de 325 mm da Safetymax®; novas
o seu ciclo de cursos de Instalação e Manuten- portinholas qualificadas de acordo com a DMA-
ção programado para 2022. Tendo em conta o -C62-807/N de Agosto de 2021 da Safetymax-
sucesso registado nestes cursos, irão regressar BOX®; novo Repartidor de Cliente de Coaxial da
em 2023 os cursos de Instalação e Manutenção Vo l t a l i a ( E u r o n e x t Pa r i s , I S I N c o d e : ATI_RACK®, novas caixas IP65 de 6 e 18 módu-
de Esquentadores; Instalação e Manutenção de FR0011995588), player internacional de ener- los da Mondego®; e novas soluções com caixa
Caldeiras Murais; Instalação e Manutenção de gias renováveis, anuncia que terminou o projeto base em plástico da Série Água. Consulte-o em
Sistemas Solares Térmicos e Instalação e Manu- de renovação do projeto Hercules Solar Park quiterios.pt e no seu distribuidor habitual.
tenção de Ar Condicionado. localizado em Brinches, concelho de Serpa. Este
Com a crescente competitividade que tem sido projeto, originalmente construído em 2006, teve
verificada no mercado laboral, a certificação de agora a intervenção da Voltalia no sentido de
um profissional do setor é cada vez mais valo- através da substituição dos inversores garantir o CIRCUTOR e INTILION: solução
rizada, principalmente vinda de um instituto de prolongamento e otimização da atividade deste segura e fiável para armazenar
excelência. Embora não substituam os cursos parque. O projeto de renovação visou substi- energia
de cer tificação, um dos objetivos destes cur- tuir 25 inversores centrais com uma potência CIRCUTOR, S.A.
sos é que funcionem como complemento para 400 kVA (kilovoltampere) por 100 unidades de Tlm.:­+351­912­382­971­�­Fax:­+351­226­181­072
todos os profissionais do mercado. Estas forma- inversores de 110 kVA (kiloVoltAmpere). www.circutor.com
ções estão planeadas também para preparar os Os 25 inversores centrais, instalados em 2006,
novos técnicos de modo a proporcionar-lhes a aproximavam-se do fim de vida, vindo-se a tor-
entrada nas áreas de atividade, quer estejam a nar obsoletos. Nesse sentido, a Voltalia substituiu
iniciar ou a mudar de carreira. Com conteúdos os equipamentos por inversores de string, siste-
totalmente ajustados às necessidades dos for- mas de energia solar fotovoltaica mais eficientes.
mandos e focados na entrada imediata destes Quanto à durabilidade, a utilização de compo-
técnicos em empresas do setor, os cursos de nentes mais modernos, permite novas garantias
Instalação e Manutenção têm uma duração de o que significa que estes inversores tenham uma
64 horas (Esquentadores) ou 80 horas (Ar Con- maior vida útil. Este processo de substituição
dicionado, Solar Térmico ou Caldeiras Murais). fotovoltaica garante uma maior rentabilidade a
Os formandos têm a possibilidade de adquirir longo prazo do sistema de energia, pois com a A CIRCUTOR e a INTILION uniram forças.
conhecimentos teóricos que lhes permitirão renovação haverá maior eficiência energética. A experiência da INTILION no desenvolvi-
abordar com confiança a for te componente “Somos especialistas em energias renováveis, espe- mento de soluções seguras e Plug&Play para
prática que carateriza estes cursos. A formação cialmente em projetos fotovoltaicos, por isso um baterias de lítio junta-se à experiência tecno-
além de abordar as tecnologias mais recentes, cliente nosso pode contar com a Voltalia enquanto lógica e aposta de Serviço ao Cliente da CIR-
coloca os técnicos em contacto com produtos um aliado experiente neste tipo de serviços, onde CUTOR no mercado da eficiência energética e
descontinuados, mas ainda muito presentes nos identificamos, avaliamos e implementamos solu- qualidade da rede. Ambas as empresas uniram
lares dos portugueses, preparando-os para ações ções à sua medida com o intuito de otimizar o forças para disponibilizar aos seus clientes solu-
de manutenção nesses equipamentos. serviço e garantir uma maior rentabilidade. Nos ções de armazenamento de energia, adequadas
Além do contacto com os equipamentos, os for- serviços de substituição de sistemas fotovoltaicos à otimização de projetos de produção de ener-
mandos irão conhecer e interpretar a legislação disponibilizamos boas soluções mesmo para sis- gia solar, deslocando o uso de energia de pro-
nacional relevante, obter conhecimentos de ele- temas mais antigos, e em simultâneo, garantimos dução própria para horários de maior valor e
tricidade, usando equipamentos de medida para a segurança, o uso adequado dos recursos e uma oferecendo a potência adicional necessária nos
validação do funcionamento dos aparelhos, fazer maior eficiência aos nossos clientes”, afirma Júlio momentos de aumento da procura; evitando
exercícios de interligação de tubagem, incluindo Baptista, O&M Manager da Voltalia em Portugal. assim penalidades por excesso de potência.

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notícias

Os diferentes sistemas de acumulação são apre- é de salientar a enorme contrapar tida finan- a Associação de Futebol de Braga, uma associação
sentados em 2 categorias: o primeiro para uso ceira que permitirá ao Município um encaixe na centenária, responsável pela organização dos Cam-
externo (BAS­‑B73), e o segundo para uso interno ordem dos 1,3 milhões de Euros, a serem cana- peonatos Distritais de futebol de Braga”. O res-
(BAS­‑S154) para se adaptar às diferentes neces- lizados para benefício do concelho. ponsável frisa, ainda, que “sendo a AF Braga uma
sidades do mercado. O modelo BAS­‑B73 (INTI- O início da construção deste projeto está pre- associação desportiva conhecida, também, pelo seu
LION | scalebloc) oferece a potência necessária visto para 2023 e deverá ficar concluído em trabalho e pelas suas iniciativas solidárias, dentro da
para o funcionamento eficiente de pontos de 2024, tratando­‑se do maior investimento em comunidade, está totalmente alinhada com o perfil
carregamento rápido em locais com ligação a energias renováveis feito naquela região, com de parceiro que a Cleanwatts procura para desen-
redes de capacidade limitada. O modelo BAS­ uma produção de energia elétrica suficiente volver Comunidades de Energia, pois estas têm
‑S154 (INTILION | Scalestac) é a melhor solu- para suprir 16 vezes o consumo doméstico do uma forte componente solidária, no apoio a famílias
ção para instalação em edifícios industriais e concelho de Nisa. carenciadas e no combate à pobreza energética”.
de serviços, permitindo gerir e movimentar a
entrega da energia acumulada, nas horas mais
convenientes.
Estas são soluções modulares e flexíveis, expan- Cleanwatts e Associação de Futebol Encontro de utilizadores EPLAN
síveis em capacidade e potência e de máxima de Braga criam comunidade de 2022
segurança, graças ao sistema patenteado de energia que promove poupança e vai M&M Engenharia Industrial, Lda.
prevenção de incêndios. Esta nova aliança, bem ajudar 20 famílias Tel.: +351 229 351 336
como os produtos e serviços a ela associados, Cleanwatts info@mm­‑ engenharia.pt � info@eplan.pt
foram apresentados no stand da CIRCUTOR na Tel.: +351 239 791 400 www.mm­‑ engenharia.pt � www.eplan.pt
próxima edição da feira MATELEC, de 15 a 18 decarbonize@cleanwatts.energy
de novembro de 2022, em Madrid, bem como www.cleanwatts.energy
na edição da ENERGAIA, a 7 de novembro e 8
de dezembro em Montpellier.

Central solar da Falagueira


TotalEnergies Marketing Portugal, Unipessoal Lda
Tel.: +351 211 957 847
atencao.cliente@totalenergies.com Os dois seminários técnicos que juntaram utili-
www.totalenergies.pt zadores EPLAN no norte e sul do país tiveram
A Cleanwatts assinou um contrato para a cria- sala cheia. Os presentes tiveram oportunidade de
ção de uma Comunidade de Energia com a conhecer todos benefícios da última atualização
Associação de Futebol de Braga (AF Braga). Esta da Plataforma EPLAN e como podem aumen-
CER terá uma central fotovoltaica de 30 kW, tar a eficiência no seu trabalho diário. Desde o
com cerca de 60 painéis solares instalados nos novo motor gráfico 3D à gestão de macros de
telhados da sede da AF Braga, e permitirá apoiar acordo com normas internacionais até ao melho-
cerca de duas dezenas de famílias carenciadas rado Centro de Inserção, foram muitas as fun-
da comunidade. cionalidades novas abordadas.
O projeto com forte impacto ambiental aumen- Os utilizadores EPLAN ficaram também a conhe-
tará a neutralidade carbónica da instituição, asse- cer melhor a adição prática à sua gestão de dis-
A Central Solar da Falagueira a construir no gurando também a sua independência energética. positivos na Plataforma EPLAN 2023: o EPLAN
concelho de Nisa pela TotalEnergies resulta do A instalação da central fotovoltaica não implicará eSTOCK. Este software na nuvem permite ace-
Leilão de 2019, que teve como objetivo ace- qualquer investimento para a AF Braga, sendo der centralmente à base de dados de dispositi-
lerar a transição energética, reduzir a depen- este assumido, na totalidade, pela Cleanwatts. vos internos das empresas sem ser necessário
dência dos combustíveis fósseis e combater os Esta CER é resultado da parceria entre a Clean- criar infraestruturas informáticas adicionais. Além
efeitos das alterações climáticas. A Central Solar watts, a AF Braga e a ICEWATT, empresa virada disso, os dados dos dispositivos podem ser geri-
da Falagueira, com uma capacidade a instalar para a estratégia associada às energias renová- dos e editados por múltiplos utilizadores.
de 128 megawatt (MW), prevê uma produção veis, com grande experiência nas áreas do des- O EPLAN eMANAGE e o EPLAN Engineering
anual na ordem dos 234 GWh, permitindo assim porto e do setor social. Os futuros membros Standard foram outros dos temas abordados.
evitar a emissão para a atmosfera de cerca de vão usufruir de um desconto médio de cerca Este último apresenta uma grande seleção de
31 000 toneladas de dióxido de carbono (CO2). de 50% face à tarifa estimada para a energia da modelos de padronização, exemplos de aplica-
Este projeto já obteve Declaração de Impacte rede, com cerca de metade da energia consu- ções e melhores práticas para o trabalho com
Ambiental favorável pela Agência Portuguesa do mida a ser proveniente da Central Solar (auto- os softwares de engenharia da M&M Engenharia.
Ambiente e Licença de Produção pela DGEG. consumo). Para além disso, com a criação desta Ambos os seminários decorreram em ambiente
Encontra­‑se a decorrer o Licenciamento Cama- CER a AF Braga torna­‑se climate­‑positive, gerando de aprendizagem e networking. A M&M Enge-
rário na Câmara Municipal de Nisa, sendo este mais 39% de energia verde do que consome e nharia Industrial organiza anualmente seminá-
o último passo que permitirá a construção da evitando 12 toneladas equivalentes de CO2 por rios técnicos dirigidos aos já muitos utilizadores
Central Solar da Falagueira. Para além da consi- ano. José Basílio Simões, Vice­‑Chairman e Co­‑Fun- EPLAN com o intuito de divulgar as melhorias e
derável mais­‑valia ambiental e contribuição para dador da Cleanwatts, afirma que é “uma satisfa- as novas funções implementadas na mais recente
a segurança energética do concelho e do País, ção poder criar uma Comunidade de Energia com versão do software.

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notícias

POLAR Decelopments recebe como Engenheiro de Projetos na Siemens e


Prémio Leganés como Engenheiro de Sistemas na Efacec. Nuno
POLAR Developments Magalhães ingressou na empresa como Gestor
Tel.: +34 692 424 561 de Projetos. Com seis anos de experiência no
info@polardv.es � www.polargreen.es setor da energia, principalmente na Siemens,
Nuno Magalhães e Válter Rocha irão gerir a
fase de construção dos projetos por tugue-
ses e apoiar o departamento global de EPC
do grupo para outros projetos solares foto-
voltaicos em construção na Europa. Mariana A solução proposta pela equipa liderada por
Figueiredo ingressou na empresa em outubro Jorge Pereira, investigador do Centro de Inves-
como a nova Assessora Jurídica, tendo traba- tigação em Engenharia dos Processos Químicos
lhado anteriormente em diferentes socieda- e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF), Depar-
des de advogados de renome em Portugal e tamento de Engenharia Química da FCTUC,
nos EUA na área da energia e do ambiente. passa por, através de um modelo de economia
A startup POLAR Developments recebeu o Pré- E é membro do Conselho de Administração circular, “dar uma segunda vida aos metais. Neste
mio Ciudad de Leganés na categoria Empreende- da Future Energy Leaders Portugal. João Vigo caso, é pegarmos num metal, o telúrio, um resí-
dores. Este concurso, que chega à sua 11.ª edição, é Engenheiro Eletrotécnico, que já trabalhou duo dos painéis fotovoltaicos, e dar­‑lhe um valor
valoriza o trabalho de empresas, entidades e como Engenheiro Eletricista no centro de alta acrescentado. Por exemplo, se for na forma de
personalidades de Leganés. tensão norte da E­‑Redes. E Miguel Salústio é nanopartículas para uma aplicação biomédica
A POLAR Developments tem a sua sede no o novo responsável pelo Desenvolvimento terá um valor muito superior”.
Parque Empresarial de Leganés, mais concre- de Negócios, tendo já fortes habilidades téc- Os investigadores começaram por estudar
tamente no campus Tecnológico de la Univer- nicas e de vendas no setor de energia na Self como seria possível obter mais nanopartícu-
sidad Carlos II, e recebeu este galardão como Energy e na Siemens. las e, posteriormente, desenvolveram métodos
reconhecimento por ter desenvolvido diferen- A Eurowind Energy conectará em breve à para extraí­‑las através da utilização de solven-
tes tecnologias industriais para tornar mais fácil rede a sua primeira instalação fotovoltaica de tes de origem biológica e que não tenham uma
o dia­‑a­‑dia das pessoas. Atualmente conta com 22 MWp em Alenquer e iniciará a construção pegada ambiental negativa. É nesta 1.ª fase da
3 grandes áreas de negócio: a droll­‑E, vocacio- de um portefólio de cerca de 50 MWp de uni- produção que são utilizadas as bactérias espe-
nada para a logística ligeira; Secuvity, um revo- dades fotovoltaicas de pequena geração entre o cíficas que conseguem acumular o metal e
lucionário sistema de limpeza e desinfeção de 4.º trimestre de 2022 e o 1.º semestre de 2023. convertê­‑lo em nanopartículas, mas este pro-
patógenos em espaços e superfícies; e a Polar- Além disso, a empresa está desenvolvendo um cesso ocorre dentro da célula, o que, segundo
Green, uma linha completa de estações fotovol- pipeline de energia renovável energia e proje- Jorge Pereira, “é um problema”. A 2.ª etapa,
taicas portáteis que permitem ter eletricidade a tos “Power to X”, incluindo, entre outros, um relacionada com a purificação destes produ-
partir da luz solar, em qualquer local do planeta. projeto de hidrogénio verde alimentado por tos metálicos após a atividade biológica, passa
Os Prémios Ciudad de Leganés já se tornaram uma instalação renovável híbrida, solar, eólica por recuperar as partículas, encontrando­‑se,
no evento mais esperado pela comunidade e de armazenamento. no entanto, a testar “diferentes estratégias de
empresarial do sul de Madrid. separação e purificação”.

Equipa da Universidade de Coimbra


Eurowind Energy reforça equipa desenvolve bioprocessos para Huawei renova programa de bolsas
em Portugal reciclar resíduos de painéis e apoia 50 estudantes portugueses
Eurowind Energy, Lda. fotovoltaicos Huawei Portugal
www.eurowindenergy.com contacto@programadebolsashuawei.pt
Uma equipa de investigadores e alunos da https://programadebolsashuawei.pt/
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Uni-
versidade de Coimbra (FCTUC) está a desen-
volver um projeto que aposta na criação de
um processo inovador para reciclar resíduos
de painéis solares muito tóxicos para o meio
ambiente, através da utilização de bactérias
que os captam, permitindo a sua utilização
em áreas como a Biomedicina e a Biotecno-
logia. Sendo Portugal um país que aposta na
A Eurowind Energy duplicou a sua equipa em produção de energia solar gerada através de
Portugal adicionando cinco novos perfis expe- painéis fotovoltaicos, o “SUSTe – Development Como parte do já reconhecido compromisso
rientes no seu escritório no Porto, e este escri- of SUStainable and integrative bioprocess for the com o setor da educação, a Huawei Portugal
tório também acolhe o Centro de Competência recovery of TellurIum­‑based nanoparticles from anuncia uma 2.ª edição do seu programa de
Solar para todo o grupo o que, só por si, tam- photovoltaic wastes” foi pensado para resolver bolsas de estudo para estudantes universitá-
bém justifica o reforço da equipa. um problema ambiental que ainda não existe, rios portugueses, de novo em parceria com
Estando agora como Assistente de Gestor de mas que há de chegar: o que fazer com tan- o .PT. A empresa decidiu a continuidade do
Projetos, Válter Rocha, trabalhou anteriormente tos painéis solares em fim de vida? programa criado em 2021, no âmbito do qual

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notícias

já apoiou 50 estudantes de Licenciatura, Mes- Soares (Secretário Geral da APRITEL), Rogé- Rittal e EST acordam fornecimento
trado e Doutoramento com um valor total de rio Carapuça (Presidente da APDC), Vanda de de um Centro de Mecanização CNC
250 000€. A Huawei Portugal compromete­‑se a Jesus (Diretora Executiva do Portugal Digital), – Rittal Perforex MT 1101 S
apoiar mais 50 alunos, elevando para 500 000€, Pedro Santa Clara (Professor e Fundador da Rittal Portugal, Lda.
o valor investido em apoios financeiros dire- Escola 42 Lisboa e 42 Porto), Andreia Collard Tel.: +351 256 780 210 � Fax: +351 256 780 219
tos a estudantes portugueses. À semelhança (Diretora Regional de Informática do Governo info@rittal.pt � www.rittal.pt
do ano passado, o programa está direcionado Regional da Madeira).
para estudantes de Engenharia, Tecnologia e A 2.ª edição do programa de bolsas universitá-
áreas relacionadas, sendo que a empresa pre- rias da Huawei é desenvolvida em parceria com
tende este ano alargar o âmbito a estudan- o .PT e conta com o apoio do INCoDe.2030,
tes da área das Energias Renováveis, em linha Portugal Digital e da Comissão para a Cida-
com o desenvolvimento desta área de negó- dania e a Igualdade de Género, uma vez que
cio em Portugal. mantém o princípio de discriminação posi-
Na 1.ª edição (2021/2022) o programa de bol- tiva, atribuindo metade das bolsas a mulhe-
sas da Huawei Portugal contou com cerca de res. O programa destina­‑se a jovens até aos
3000 candidaturas. A shortlist de candidatos 30 anos, ou até aos 35 anos no caso de alunos
foi avaliada por um júri independente, com de Doutoramento, que frequentam o ensino A Rittal Portugal e a EST S.A. uniram forças, mais
personalidades de reconhecido mérito, onde superior e, simultaneamente, apresentem um uma vez, ao assinarem um acordo para o forne-
estiveram nomes como Elvira Fortunato (Pro- percurso académico e pessoal de excelência, cimento de um Centro de Mecanização CNC
fessora e Investigadora), Rosa Monteiro (Secre- tendo como objetivo distinguir o seu mérito – Perforex MT 1101 S para automatizar a pre-
tária de Estado para a Cidadania e Igualdade do e proporcionar­‑lhes as condições para o seu paração mecânica dos armários para o fabrico
XXII Governo Constitucional), Luísa Ribeiro melhor desempenho. Os estudantes interessa- de quadros elétricos e/ou de automação.
Lopes (Presidente do Conselho Diretivo do dos em integrar o Programa de Bolsas da Hua- O acordo foi oficializado pelas mãos dos direto-
.PT e Coordenadora­‑Geral do INCoDe.2030), wei podem candidatar­‑se até dia 29 de janeiro, res de ambas as empresas, Jorge Mota da Rittal
Sandra Ribeiro (Presidente da CIG, Comissão no website oficial da iniciativa, onde estão todas e Mário Rodrigues da EST, na fábrica de qua-
para a Cidadania e Igualdade), Pedro Mota as informações: programadebolsashuawei.pt. dros elétricos da EST em Leiria, onde a nova
PUB.

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notícias

Perforex MT estará futuramente em funciona- Os 11 membros do júri das áreas da ciên- Segundo a análise da organização Superbrands,
mento. Para Belarmino Simões, responsável da cia, indústria e associações anunciaram a sua o impacto desta atribuição na escolha dos con-
fábrica de quadros elétricos da EST, a máquina decisão durante a conferência Global xvention, sumidores torna-se muito significativo, uma vez
fornecida pela Rittal vai permitir uma significa- em setembro de 2022. Mais de 170 equipas que cerca de 91,8% recomendaria uma marca
tiva melhoria em termos de automatização dos candidataram -se com projetos de investiga- Superbrands a um amigo e 90% dos consumi-
processos mecânicos, através do processamento ção e desenvolvimento em 7 setores: Social & dores terão uma maior tendência a adquirir
rápido e simples, tanto dos armários de grandes Health, Smart Mobility, Environment, Smart Energy, uma marca Superbrands. Em Portugal, a orga-
dimensões como dos armários/caixas compac- Smart Industry, Digital Technologies and Education. nização tem realizado esta distinção com base
tos, aumentando assim consideravelmente a sua Uma equipa portuguesa formada por alunos da num estudo independente e certificado, junto
competitividade, e obtendo um rápido retorno ESTG do Politécnico de Leiria foi selecionada do consumidor e ainda na opinião do conse-
do investimento, enquanto continua a garantir o na categoria “Smart Energy” com o projeto inti- lho das Superbrands.
mesmo elevado nível de qualidade com ciclos tulado “Energy Measurement, Analysis and Mana-
de produção mais curtos. gement”. Para poder desenvolver o protótipo, a
Em 2021 a EST entregou 272 unidades de cai- equipa tem como apoio três mil euros em equi-
xas e armários elétricos, e em 2022 em pleno pamento da Phoenix Contact. As equipas têm SMA inicia MVPS para o projeto
início de agosto já conta com 289 unidades um ano para realizar as suas ideias sustentáveis Asomada II com a Exiom Solution
entregues e espera terminar 2022 com um e os melhores projetos serão selecionados em SMA Ibérica Tecnología Solar
número bastante superior. O centro de Meca- outubro de 2023. Tel.: +34 935 635 039
nização Perforex MT 1101 S da Rittal será cer- info@sma-iberica.com­�­www.sma-portugal.com
tamente uma mais -valia para continuar este
crescimento. Além disso a máquina da Rittal
garante fiabilidade e sustentabilidade a vários Vulcano recebeu distinção
níveis. Com um software em rede, integrado, Superbrands nacional 2022
que assegura o fluxo continuo de dados, uma Vulcano
interface intuitiva, troca de ferramentas automá- Tel.:­+351­218­500­300­�­Fax:­+351­218­500­301
tica, dispositivo pneumático de fixação e varia- info.vulcano@pt.bosch.com­�­www.vulcano.pt
dos sistemas de segurança, mesmo em casos /VulcanoPortugal
de falha de energia, a Perforex MT integra com
o EPLAN Dataportal permitindo automatizar a
comunicação entre a engenharia e a produção, A SMA Solar Technology AG (SMA) lançou a
reduzindo custos e ineficiências e aumentando sua solução MVPS para o projeto de instalação
significativamente a produtividade. A Rittal pos- solar fotovoltaica “Asomada II” que a empresa
sui uma gama de soluções desenhada especifica- Exiom Solution realizou na cidade de Cartagena,
mente para automação no fabrico de quadros Murcia, uma das zonas com os melhores recur-
elétricos, a linha RAS – Rittal Automation Sys- sos solares da Península Ibérica, por apresentar
tems, que inclui desde ferramentas manuais a os maiores níveis de radiação anual.
máquinas totalmente automatizadas. O centro Ao longo da colaboração, a SMA contribuiu
de mecanização Perforex MT faz parte desta A Vulcano, marca portuguesa de soluções de com a sua tecnologia e soluções, graças à sua
família de soluções. água quente e solar térmico, recebeu a distin- ampla experiência em projetos de grandes ins-
ção Superbrands Nacional, marca de excelência talações fotovoltaicas, nas quais os seus MVPS
2022, na 18.ª edição da Gala Anual Superbrands, oferecem a máxima segurança com o mais alto
que decorreu no passado dia 9 de novembro, desempenho energético e o mínimo risco logís-
Portugal segue em frente no no Museu do Oriente, em Lisboa. tico e comercial.
concurso internacional da Phoenix A 18.ª edição da Gala Anual Superbrands apre- “Na SMA Ibérica fornecemos os mais elevados
Contact sentou as 37 marcas Superbrands de 2022, ava- standards de qualidade nas nossas soluções e ser-
Phoenix Contact, S.A. liadas pelos consumidores portugueses. Entre viços, e garantimos a melhor produção ao longo
Tel.:­+351­219­112­760­�­Fax:­+351­219­112­769 estas marcas está a Vulcano na categoria Marcas de todo o ciclo da instalação, ou seja, pelo menos
www.phoenixcontact.pt Nacionais 2022. Esta distinção pretende identifi- 25 anos. É por isso que os nossos clientes con-
car as marcas que se destacam das concorrentes fiam na SMA”, ditou Eduardo Vidalón, Diretor
na sua área de atuação. A organização interna- Comercial da SMA Ibérica.
cional Superbrands dedica-se à identificação e Especificamente, a SMA forneceu o Sunny Cen-
promoção de marcas de excelência em 89 paí- tral Up, o seu sistema mais potente para gran-
ses. Nadi Batalha, Coordenadora de Marketing des instalações fotovoltaicas que produz até
da Vulcano, refere que “estamos muito orgulho- 4600 kVA. Entre as suas vantagens destacamos
sos por receber esta distinção, que vem fortalecer o baixo custo de transporte, montagem, comis-
o nosso posicionamento junto dos consumidores sionamento e assistência técnica de instalações
portugueses. A atribuição deste prémio reforça a fotovoltaicas graças à integração de todos os
nossa estratégia enquanto marca especialista no componentes. E oferece uma redução no auto-
O xplore vai para a segunda ronda com 100 setor em que operamos. Iremos continuar a traba- consumo total de 53%, o que se traduz numa
equipas de 30 países. Estão identificados os pro- lhar para disponibilizar as soluções mais inovadoras queda significativa dos seus custos operacio-
jetos que vão avançar no concurso internacio- e totalmente adaptadas as necessidades do mer- nais. Além disso, possui uma fonte de alimenta-
nal Xplore 2023 Technology Award. cado e dos consumidores portugueses”. ção independente e um espaço adicional para

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notícias

instalação de equipamentos do cliente. Por fim, como controlo de luzes de sinalização, e uma 13 500 km preparada para distribuir os novos
a sua tecnologia de 1500 V (CC) e o sistema entrada USB 2.0 para ligação de uma memória gases renováveis, a FLOENE protagoniza agora
de arrefecimento inteligente OptiCool™ garan- de armazenamento em larga escala ou um adap- uma nova transformação de energia em Portugal.
tem um funcionamento sem problemas, mesmo tador sem fios. Uma interface adicional permite Para Gabriel Sousa, CEO da FLOENE, com esta
com temperaturas extremas, durante uma vida que outros dispositivos, como o IM18­‑CCM51, mudança, a empresa alia “a sua herança de 175
útil de 25 anos. sejam conetados para medição de corrente para anos de história e a sua ambição de abraçar o
“Desde o primeiro momento a SMA esteve pre- 12 canais CA com até 600 A. A transferência desafio de mais uma transformação energética.
sente na configuração da instalação para que o de dados e a fonte de alimentação dos módu- Depois de termos apostado na introdução do gás
desempenho seja o mais adequado. Tanto nos los IM18­‑CCM são implementadas através de natural e expandirmos a nossa rede a mais de
estudos de proteção como nos cálculos de todos placas de controlo. 1 milhão de clientes, estamos agora focados em
os pontos elétricos do parque, trabalhamos juntos O centro de controlo baseado em Linux apro- promover e liderar a futura distribuição dos novos
para obter um resultado de qualidade”, explica o xima a tecnologia de informação à tecnologia gases renováveis, contribuindo de forma decisiva
responsável pelo Departamento de Gestão de operacional, oferecendo funções avançadas de para a descarbonização da economia e do País,
Projetos da Exiom Solution. monitorização, como é o caso da manutenção no cumprimento das metas ambientais”.
A instalação da Exiom Solution em Cartagena, remota e a análise contínua de dados à distância. O lançamento da marca FLOENE será alvo de
Asomada II, tem uma potência total de 4 MW e O sistema operacional Linux aberto (Debian) uma campanha online e offline ao longo das pró-
conseguirá produzir cerca de 7100 MWh anuais, está otimizado para a instalação de programas ximas semanas, abrangendo também os media
o que equivale ao consumo de eletricidade de de análise personalizados. O dispositivo utiliza regionais. A criatividade da marca e da campanha
2200 residências. Com a eletricidade gerada os protocolos de comunicação TCP / IP, Modbus de lançamento estão a cargo da Ivity Brand Corp.
será possível evitar a emissão para a atmosfera TCP e HTTP, mas oferece a qualquer momento
de 1770 toneladas de CO2 por ano. Para a sua possibilidade de instalação de outros protoco-
implementação, optou­‑se por uma integração los baseados em Ethernet. Uma solução Turck
de estruturas de bipostos acionados da Adi- de integração rápida e com total flexibilidade e Tranemo Workwear na 10.º VDS
watt. Quase 10 000 módulos Exiom Solution escalabilidade, rumo a processos mais eficientes. em Leiria
410 W foram instalados, incorporando a tec- TWW –Tranemo WorkWear, Lda.
nologia Half Cell. Tel.: +351 212 108 330
geral@tranemo.pt � www.tranemoworkwear.pt
Nasceu a FLOENE, a marca
de energia do futuro
Módulo de monitorização FLOENE
de condição baseado em Linux IM18­ www.floene.pt
‑CCM50 da Turck
Bresimar Automação, S.A.
Tel.: +351 234 303 320
bresimar@bresimar.pt � www.bresimar.pt

No passado mês de outubro, entre os dias 26


a 29, a Tranemo Workwear esteve presente no
10.º Congresso de Vertentes e Desafios da Segu-
rança em Leiria.
Nasceu uma nova marca em Portugal, de olhos Foi uma oportunidade para todos os participan-
postos nas energias do futuro. A FLOENE, líder tes deste congresso conhecerem um pouco mais
no mercado de distribuição de gás, substitui sobre a Tranemo Workwear e sobre as várias
agora a designação Galp Gás Natural Distri- gamas de vestuário ignífugo, para proteção nos
O módulo IM18­‑CCM50 da Turck oferece aos buição (GGND). Esta mudança reforça o com- vários setores de atividades, tais como trabalhos
fabricantes de equipamentos uma ampla gama promisso da empresa na transição energética, com eletricidade e risco de arco elétrico, tra-
de opções para a monitorização eficiente das contribuindo para a descarbonização das redes balhos com soldadura ou fundição. Todas estas
condições de máquinas e instalações. de gás, maioritariamente através da aposta nos gamas são corretamente certificadas e produ-
O IM18­‑CCM50 é um centro de controlo de gases renováveis, como o biometano e o hidro- zidas com fibras inerentes, destacando­‑se por
monitorização de condições, com instalação génio. A FLOENE, que conta com um legado de terem uma maior resistência e grande durabi-
simples em painéis de controlo, graças ao seu 175 anos de história, é responsável pela gestão lidade, sem limite de lavagens. Também esteve
tamanho compacto. O módulo permite o uso de nove concessões regionais de distribuição em exposição algumas das gamas de fardamento
não apenas das informações dos sensores inte- de gás, estando presente em 106 concelhos de com alta visibilidade.
grados para medição de variáveis como posição Portugal, levando energia a empresas, comuni- A presença neste tipo de eventos é sempre
da porta, humidade e temperatura, mas tam- dades e famílias de todo o país. uma mais­‑valia para a Tranemo Workwear e pas-
bém dos dados de sensores externos e dispo- Nos últimos 25 anos, após a transição do gás sará a ser cada vez mais frequente, de forma a
sitivos de medição, que podem ser integrados de cidade para o gás natural e do forte inves- conseguimos chegar às pessoas envolvidas na
através das interfaces analógicas e digitais. Para timento na expansão e manutenção de rede, segurança e no bem­‑estar dos trabalhadores,
além das duas entradas analógicas (mA ou V), o a FLOENE tem distribuído, de forma segura nas várias empresas e instituições em Portugal.
módulo dispõe de duas entradas/saídas digitais, e sustentável, energia a mais de um milhão de A Tranemo WorkWear aproveita para agrade-
bem como de uma saída de relé, para tarefas clientes. Com uma rede moderna com mais de cer a todos os que os visitaram.

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notícias

PolarGreen lança campanha Transição energética: desafios bem como a importância do armazenamento
crowdfunding para facilitar acesso na gestão do sistema elétrico de energia. Os FELPT destacam ainda a neces-
à energia solar portátil FELPT – APE sidade de implementar maior flexibilidade nas
POLAR Developments felpt@apenergia.pt � https://apenergia.pt operações das Redes de Transporte e Distri-
Tel.: +34 692 424 561 buição, através de novos mecanismos de ser-
info@polardv.es � www.polargreen.es viços de sistema, que podem ser praticáveis
quer por comunidades energéticas ou consu-
midores agregados.

Open Day SEW­‑EURODRIVE:


serviços na era da transição digital
SEW­‑EURODRIVE Portugal
O evento de apresentação do estudo decor- Tel.: +351 231 209 670
reu no formato “Energia em Debate” que reu- infosew@sew­‑eurodrive.pt � www.sew­‑eurodrive.pt
A POLAR Developments lançou uma pode- niu cerca de 170 participantes, com a presença
rosa campanha de crowdfunding para ampliar e de Maria da Graça Carvalho (IST/UL), Depu-
democratizar o acesso à energia solar portátil. tada e membro titular da Comissão da Indús-
Assim, graças a esta iniciativa de crowdfunding e tria, Investigação e Telecomunicações (ITRE)
através do link http://kck.st/3EV5CVO será pos- no Parlamento Europeu, de António Albino
sível, por um lado adquirir centrais fotovoltaicas Marques (REN), Diretor de Relações Institu-
móveis dos modelos PolarGreen CASE 200W cionais da REN e Coordenador do grupo de
e 1000W, e PolarGreen TOW a muito preços Operadores da Rede de Transporte da Região
baixos; e por outro, contribuir para o desenvol- da Europa Continental na European Network
vimento de novos sistemas móveis de soluções of Transmission System Operators for Electricity
de energia solar. (ENTSO­‑E), de Pedro Carvalho (IST/UL), Pro- A transição digital é uma tendência crescente
Para isso, a POLAR Developments contou com fessor Catedrático e Investigador Sénior do no meio industrial. Resumidamente, consiste na
a plataforma Kickstarter.com, líder em campa- Grupo de Sustainable Power Systems no INESC­ aquisição da tecnologia certa para resolver pro-
nhas de crowdfunding que já conta com ampla ‑ID, e do Presidente da Associação Portuguesa blemas nas empresas, com o objetivo de aumen-
experiência. Assim, desde o lançamento da cam- da Energia, João Torres. Na intervenção de tar a produtividade e a eficiência dos processos.
panha, e até 6 de janeiro, os produtos Polar- abertura, Pedro Frade, membro da Board dos A digitalização das empresas não passa apenas
Green podem ser patrocinados com uma série FELPT, introduziu os objetivos e o propósito pela mudança de suportes e ferramentas, repre-
de vantagens como preços muito competiti- do debate sobre o estudo “Transição Energé- sentando também uma oportunidade para estas
vos, prémios para os madrugadores na partici- tica: Desafios na Gestão do Sistema Elétrico”, se tornarem mais competitivas e atualizarem o
pação ou diversas vantagens relacionadas com realizado em parceria com a Associação Por- seu modelo de negócio. Internamente abrange
a energia sustentável. tuguesa da Energia. praticamente todos os departamentos e, exter-
Sob o lema “Eletricidade, quando quiser, onde qui- No estudo dos FELPT salientam­‑se o descomis- namente, influencia a forma como cada empresa
ser”, a empresa madrilena Polar Developments sionamento de centrais termoelétricas de base se relaciona com os seus clientes. É um dos pila-
desenvolveu o PolarGreen, uma gama completa fóssil, a sua substituição por geração de base res da Indústria 4.0 e, no campo da Manutenção
de sistemas por táteis de energia fotovoltaica renovável, e os desafios associados ao novo Industrial, tem na Monitorização da Condição
que vão desde uma mala para necessidades de paradigma da transição energética, necessá- um dos seus principais aliados. Neste contexto,
baixo consumo (200 W), até contentores de 44 ria para iniciar o caminho da descarbonização no passado dia 21 de outubro de 2022 na Sede
pés e 84 kW, passando por soluções intermé- do sistema elétrico nacional; a implementa- da SEW Portugal, na Mealhada, cerca de 70 pro-
dias como reboques (a partir de 2’9 kW) ou ção de mecanismos de coordenação entre o fissionais dos mais variados setores industriais
baús (1000 W). São aparelhos muito compac- transpor te e a distribuição é essencial para ficaram a conhecer as principais soluções de
tos, que alojam no seu interior campos solares uma operação eficaz do sistema para redu- serviços SEW­‑EURODRIVE que poderão apli-
implantáveis (dependendo
​​ da potência), graças a zir os impactos da variabilidade da produção car na transição digital da sua empresa.
um sistema patenteado com base em tecnologia renovável; as comunidades de energia podem Os trabalhos iniciaram­‑se com João Guerreiro,
espacial, e totalmente autónomos, já que inte- oferecer serviços de flexibilidade e contribuir Diretor Comercial da SEW­‑EURODRIVE Por-
graram toda a tecnologia necessária para trans- uma operação mais segura do sistema elétrico; tugal, a acolher todos os participantes e a apre-
formar energia solar em eletricidade, de forma as consequências da redução do número de sentar, resumidamente, a gama de produtos, os
imediata e sem qualquer outro elemento adi- grandes geradores síncronos ligados à rede Oradores e a ordem de trabalhos. Moderado
cional. Além disso, todos os modelos também elétrica, o que provoca uma diminuição da pelo Gerente da SEW­‑EURODRIVE Portugal,
podem ter uma bateria que permite armaze- inércia, sendo necessário encontrar alternati- Nuno Saraiva, o Open Day teve como princi-
nar essa energia e, inclusive, uma tomada elé- vas viáveis para garantir uma maior resiliência pais oradores David Braga (Diretor de Serviços),
trica para poder recarregá­‑la através da rede do sistema elétrico, no futuro. Rosalina Pinto (Técnica de Serviços) e Luís Reis
elétrica convencional. A somar a isso tem um Para mitigar os riscos operacionais associa- Neves (Diretor de Engenharia) que abordaram
design robusto que permite que seja transpor- dos à crescente integração de fontes de ener- temas como a gama de serviços SEW na Era da
tado para qualquer lado e oferece uma fonte gia renovável variável, os FELPT salientam a Transição Digital, Monitorização da Condição, Efi-
de energia muito económica, sem emitir ruído impor tância de um aumento da capacidade ciência Energética, Retrofits de Mecânica e Ele-
ou poluir de uma outra forma. de interligação elétrica com a Europa central, trónica, a ferramenta de gestão de acionamentos

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notícias

CDM® e as novidades DDI e MOVI® C. Após QUITÉRIOS: novo website de classificação EcoVadis pela nossa excelente ges-
o almoço os trabalhos concluíram­‑se com uma QUITÉRIOS – Fábrica de Quadros Eléctricos, Lda. tão de sustentabilidade há algumas semanas, a
visita guiada às instalações e a infopoints técni- Tel.:+351 231 480 480 � Fax: +351 231 480 489 prestigiosa avaliação MSCI ESG Research confirma
cos para interação e apresentação de serviços quiterios@quiterios.pt � www.quiterios.pt mais uma vez que estamos no caminho certo”, afir-
na Era da Transição Digital, tendo os participan- mou Jürgen Reinert, porta­‑voz do Conselho. “Na
tes aproveitado esta ocasião para trocar ideias SMA estamos convictos de que, para abranger com-
e aumentar a sua rede de contactos. pletamente a sustentabilidade, não basta desenvolver
tecnologias que contribuam para um aprovisiona-
mento energético ecológico, mas que estas soluções
devem também ser desenvolvidas obedecendo a nor-
Voltalia celebra contrato histórico mas rigorosas em termos de meio ambiente, socie-
de fornecimento de energia dade e governo. Por isso, a sustentabilidade está no
renovável com o Grupo Renault centro da nossa estratégia de negócio para 2025.
Voltalia Vamos continuar a trabalhar com a máxima dedi-
Tel.: +351 220 191 000 Respondendo às necessidades do mercado e, cação para atingir os objetivos ambiciosos que nos
l.moreira@voltalia.com � www.voltalia.com particularmente, dos seus clientes, a QUITÉRIOS propusemos neste quadro”, conclui Reinert.
acaba de lançar o seu novo website quiterios.pt. Todas as informações sobre a estratégia de susten-
A Voltalia, player internacional de energias Desenvolvido no sentido de facilitar a navegação tabilidade da SMA podem ser encontradas no seu
renováveis, realizou o maior contrato de for- e oferecer uma maior autonomia ao utilizador, website e na sua declaração não financeira de 2021.
necimento de energia renovável (Corporate o novo website permite recolher a informação
PPA1), alguma vez assinado em França, com o específica de cada código de produto, nomeada-
Grupo Renault. O contrato celebrado entre mente a Ficha Técnica; Instruções Gerais; Decla-
as 2 empresas cobre uma potência total de ração CE; Blocos CAD; Objectos BIM e Imagens. Cleanwatts lança academia
350 MW, o que representa a produção de cerca Além disso, é multi­‑idioma, está preparado para de investigação para formar
de 500  gigawatts­‑hora por ano, um compro- ser consultado em web, mobile e tablet e per- os líderes verdes do futuro
misso sem precedentes em França, que terá a mite ainda estabelecer um contacto direto com Cleanwatts
duração de 15 anos e o marco como o pro- a QUITÉRIOS. Outra novidade do website, é a Tel.: +351 239 791 400
jeto com maior potência até à data. nova aplicação – Showroom 3D – que permite decarbonize@cleanwatts.energy
O acordo com a Voltalia vem reforçar o com- consultar, numa construção real – Moradia, Edi- www.cleanwatts.energy
promisso de transição energética, assumido pelo fício Coletivo e Edifício Comercial/ Industrial – a
Grupo Renault há mais de 10 anos, e vem ace- aplicabilidade das diferentes soluções QUITÉRIOS!
lerar o processo de descarbonização das suas Visite www.quiterios.pt
fábricas, em França. Este contrato permitirá ao
Grupo Renault, cobrir até 50% do consumo de
eletricidade das atividades de produção das suas
fábricas francesas, até 2027, incluindo o consumo SMA obtém “tripla A”, a mais
de eletricidade de Cléon, bem como, toda a elevada classificação ESG da MSCI
eletricidade verde necessária para o complexo SMA Ibérica Tecnología Solar
ElectriCity, o maior e mais competitivo centro Tel.: +34 935 635 039
de produção de veículos elétricos da Europa, info@sma­‑iberica.com � www.sma­‑portugal.com A Cleanwatts lançou um novo programa de
cuja ambição é produzir 500 000 veículos por investigação para promover a inovação no setor
ano, até 2025. da energia e formar os novos líderes verdes do
A partir de 2025, a Voltalia irá instalar 100 MW futuro. A Cleanwatts Academy oferecerá opor-
de painéis fotovoltaicos nas suas instalações tunidades para que candidatos europeus a mes-
em França. A capacidade colocada à disposição trado e doutoramento realizem projetos de tese
da Renault pela Voltalia, irá aumentar continua- ou estágios sobre temas inovadores e disrup-
mente nos anos seguintes, atingindo um total tivos relacionados com a transição energética.
de 350 MW até 2027. “A Voltalia orgulha­‑se de A Cleanwatts Academy será liderada por Andreia
ser um parceiro privilegiado nesta nova fase do Carreiro, Diretora de Estratégia de Inovação da
Plano Climático do Grupo Renault e de contribuir Cleanwatts, e vencedora do prémio “Women in
ativamente para a sua meta líquida de carbono A agência de classificação MSCI ESG Research Energy” 2022 dos European Sustainable Energy
zero para as fábricas do hub ElectriCity. Forne- elevou a classificação de sustentabilidade da SMA Awards da Comissão Europeia. “Nunca houve
cer energia renovável, competitiva e livre de car- Solar Technology AG (SMA/FWB: S92) para o tanta procura de jovens investigadores talentosos
bono, de forma a reduzir as emissões de CO2, é nível mais alto (AAA). Das 50 empresas do setor que se dediquem a resolver um dos desafios mais
a missão que a Voltalia assume no seu dia­‑a­‑dia. de equipamentos elétricos que compõem o uni- urgentes do nosso tempo: acelerar a mudança
Estamos muito satisfeitos com esta importante verso de avaliação do índice MSCI ACWI, apenas para tecnologias verdes. A Cleanwatts Academy
parceria que demonstra a nossa capacidade de a SMA, além de outra empresa, obteve a clas- irá orientar e apoiar os líderes verdes do futuro,
ser um player ativo e importante nas soluções de sificação AAA. As classificações MSCI ESG são dando­‑lhes experiência em I&D, em primeira mão,
eletricidade verde em França e esperamos replicá­ usadas para medir quão bem uma empresa gere e a oportunidade de trabalhar ao lado de especia-
‑lo em breve noutras geografias, incluído em Por- riscos e oportunidades ambientais, sociais e de listas numa das principais empresas de tecnologia
tugal” afirma João Amaral, Country Manager da governação (ESG) financeiramente relevantes. climática da Europa”, afirmou Andreia Carreiro,
Voltalia em Portugal. “Depois de receber a medalha de ouro da agência no lançamento do projeto.

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notícias

A Cleanwatts Academy vai, ainda, procurar par‑ PROCON­WEB: ferramenta possui um design adaptável e elementos de con-
cerias estratégicas com as principais entidades de engenharia e visualização trolo personalizados; e existe ainda uma gestão
de I&D para desenvolver novos projetos que Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. de utilizadores e direitos, incluindo a atribuição
apoiem o desenvolvimento de comunidades de Tel.: +351 214 459 191 � Fax: +351 214 455 871 de direitos geográficos.
energia renovável (REC). “O I&D sempre esteve no weidmuller@weidmuller.pt � www.weidmuller.pt
centro do que fazemos”, frisa Michael Pinto, CEO
e cofundador da Cleanwatts. “Temos estado na
vanguarda da investigação europeia sobre a ace- Renováveis minimizam subida
leração da transição energética, liderando e parti- da eletricidade
cipando em 20 projetos financiados pela UE, sobre As energias renováveis vão minimizar o impacto
temas que vão desde a cidadania energética ao da subida anormal dos preços da eletricidade
desenvolvimento de redes de distribuição inteligen- em 2023, quando continuam a ser registados
tes e centrais elétricas virtuais (VPP), para possibili- valores muito elevados nos mercados grossis-
tar a criação e proliferação de mais comunidades tas europeus. Para a APREN – Associação Por-
de energia renovável”. Os projetos de investiga- tuguesa de Energias Renováveis, esta é uma das
ção elegíveis, realizados com a Cleanwatts Aca‑ A Weidmüller apresenta o PROCON-WEB, principais conclusões da publicação, por parte da
demy, serão concluídos num período de, pelo ferramenta de visualização, que complementa Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos
menos, 3 meses. As inscrições podem ser fei- a sua linha de software u-create. Assim estará (ERSE), das tarifas e preços a vigorar em 2023
tas através do website da Cleanwatts Academy. totalmente preparado para uma ampla gama no mercado regulado. Entre janeiro e novembro
de aplicações, como a implementação de solu- de 2022, Portugal foi o quarto país da Europa
ções de controlo de pequeno e grande porte, com maior incorporação Renovável na geração
em rede ou visualização escaláveis. A Weidmül- de eletricidade, com 54,4%.
Ação de Formação Essencial EPLAN ler oferece com estes produtos uma engenharia Assim, as tarifas de acesso à rede voltam a cair
Electric P8 fácil e inovadora, com base na web. em 2023 graças às energias renováveis, com
M&M Engenharia Industrial, Lda. Para responder às necessidades dos clientes, a benefícios para toda a tipologia de consumido-
Tel.: +351 229 351 336 Weidmüller possui 2 alternativas. O primeiro é res. A tarifa de Uso Global do Sistema, incor-
info@mm­‑ engenharia.pt­�­info@eplan.pt o u-create PROCON-WEB integrado, a última porada nesta última, regista uma diminuição de
www.mm­‑ engenharia.pt­�­www.eplan.pt novidade da Weidmüller com requisitos mínimos 370%, face a 2022, através da diminuição dos
de hardware para uma fácil implantação em apli- Custos de Interesse Geral (CIEG), o que se
cativos de terceiros baseados em Linux ou com traduz num benefício para o Sistema Elétrico
tecnologia de recipiente; os sistemas integrados Nacional. A redução da tarifa de acesso às redes
PROCON-WEB podem ser implementados inde- contribuirá, em 2023, para uma diminuição de
pendentemente do hardware e sistema opera- cerca de 55% na fatura final dos consumidores
cional e a visualização na web, a compatibilidade domésticos e de cerca de 30% na fatura final dos
com dispositivos móveis e os standards abertos consumidores industriais. Em 2023 os consumi-
de comunicação aumentam a flexibilidade. Os dores domésticos irão beneficiar de um sobre-
seus elementos de controlo pré-definidos, a ges- ganho de 2,5 mil milhões de euros de receitas
tão dos utilizadores e direitos, multilíngue, registo do diferencial de custo da PRE (Produção em
O ano de 2023 inicia com a realização de 2 de dados, gestão de menus, processamento de Regime Especial), maioritariamente renovável.
ações da Formação Essencial EPLAN Electric P8. alarmes e mensagens, e muitos outros recur- Ainda assim, em janeiro de 2023 os consumidores
Com a duração de 48 horas, divididas por 8 dias, sos tornam os Embedded Systems PROCON- em baixa tensão normal, no mercado regulado,
as datas destas ações que irão acontecer em for- -WEB num sistema versátil. E caraterísticas como que serve de referência ao mercado liberalizado,
mato e-learning e em formato presencial são as o conceito de instância de classe e objetos de vão observar um ligeiro aumento médio de 1,6%.
seguintes: 23 a 27 de janeiro 2023 – Parte I e automação com suporte de estrutura aceleram A variação média, face a 2022, é na ordem dos
13 a 15 fevereiro 2023 – Parte II. o planeamento do projeto. O script personalizá- 3,3%, mas poderia ser muito superior face à atual
Esta formação Essencial ministra os conteúdos vel e os elementos de controlo aumentam a fle- conjuntura.Tendo em conta que a previsão para a
base para que os utilizadores possam aproveitar xibilidade para os requisitos especiais. taxa de inflação, referente a 2022, aponta para os
ao máximo todos os recursos e funcionalidades O u-create PROCON-WEB SCADA possui 10,5%, um aumento de 1,6% e 3,3% corresponde,
do software EPLAN. Para mais informações deve modernas interfaces de utilizador que não pos- na verdade, a uma redução de impacto nos cus-
ser enviado um email para info@eplan.pt suem conhecimentos prévios de tecnologias web; tos na ordem de 8,9% e 7,2%, respetivamente.

Geração acumulada (janeiro-dezembro 2022) Indicadores do setor elétrico (acumulado jan-ago)


Fóssil Renováveis

37,5% 56,9% 44 253 GWh 137 g CO2eq/kWh


19 068 GWh 25 185 GWh Geração(1) Emissões específicas CO2

Gás
Natural Eólica
6,0 MtCO2eq 9258 GWh
31% 29% Emissões CO2 Saldo importador
Cogeração Hídrica
Fossíl 14% Biomassa Solar Bombagem
6,1% 7,5% 5,7% 5,1% (1) Geração refere-se à geração líquida de energia das centrais, considerando a produção por bombagem recentemente
divulgada pela REN. A produção por bombagem não é contabilizada na percentagem de produção a partir de fontes renováveis.
Fonte: REN, Análise APREN Fonte: REN, Análise APREN

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PUB.
dossier sobre hidrogénio

PRF Hydrogen Solutions –


armazenamento de hidrogénio
modelos de negócio
e instrumentos de financiamento
Hugo Antunes,
Hydrogen Business Unit
para a gestão de energia
hidrogénio – o elemento Jorge Rodrigues de Almeida
integrador da transição Managing Director, RdA Climate Solutions

energética portuguesa
Bruno Henrique Santos, Ana Margarida Sousa
Board members dos FELPT, Associação Portuguesa de Energia
desafios tecnológicos na indústria
do hidrogénio verde
o que falta para cumprir Eduardo Herraiz,
os desígnios do Weidmüller Company

Hidrogénio Verde?
Susana Serôdio e Ricardo Ferreira,
APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis

hidrogénio
30
dossier sobre hidrogénio

PRF Hydrogen Solutions –


armazenamento de hidrogénio
Hugo Antunes
Hydrogen Business Unit

Introdução Para este efeito (o de armazenar hidrogénio comprimido a alta pres-


O hidrogénio é atualmente visto com uma das mais favoráveis formas são) existem duas principais possíveis soluções, que são a utilização de
de acelerar a descarbonização de diversos setores industriais e da mobi- cilindros construídos em aço ou a utilização de cilindros contruídos em
lidade veicular. Sendo um vetor energético que pode ser produzido de compósito (havendo outras opções intermédias). Estes cilindros podem ter
uma forma limpa e amiga do ambiente, o hidrogénio é, de um modo geral, diferentes tipos de construção bem como diferentes tamanhos/volumes.
armazenado como stock para consumo local ou para que possa ser trans- Relativamente ao tipo de construção que apresentam, os cilindros
portado para o ponto de consumo final. podem ser classificados em Tipo I (cilindros construídos totalmente em
Neste tema de armazenamento de hidrogénio, não existe uma solução aço, sem costura), Tipo II (cilindros metálicos sem costura, envolvidos na
universal que se adeque do mesmo modo a todas as aplicações onde este parte cilíndrica por um compósito), Tipo III (cilindros metálicos sem cos-
é utilizado. Cada solução deve ser estudada individualmente de modo a tura, totalmente envolvidos por um compósito) ou Tipo IV (cilindros cons-
que o sistema de armazenamento escolhido para a mesma vá de encon- truídos principalmente em compósito, com um revestimento polimérico).
tro às suas necessidades específicas. Para veículos movidos por fuel cell, Na ótica da PRF, se o objetivo for armazenar o hidrogénio para uma
por exemplo, o espaço e peso necessários para o armazenamento de aplicação estática, o peso não deve ser um motivo de preocupação e,
hidrogénio são fatores muito importantes. No entanto, para um empilha- como tal, cilindros do Tipo I contruídos em aço revelam­‑se a opção mais
dor movido por fuel cell, o peso extra pode até ser vantajoso. Para outro adequada. Para além disso, para pressões de 1000 barG, não existe neste
tipo de soluções, como por exemplo para armazenamento fixo ou apli- momento uma oferta tão ampla de soluções de cilindros construídos em
cações espaciais, os requisitos são totalmente diferentes. compósito como existe de cilindros construídos em aço.
Em todo o caso, para além das vantagens técnicas de determinada solu-
ção, é necessário avaliar o seu custo, bem como o caminho que segue o
mercado, qual a legislação aplicável em vigor e quais as necessidades e
expectativas do cliente.
Atualmente existem diversos modos de armazenar e transportar hidro-
génio, sendo duas das formas mais comuns, o hidrogénio gasoso com- Cilindro Tipo III Cilindro Tipo IV
primido e o hidrogénio líquido. No entanto, existem outros métodos,
como por exemplo armazenamento através de hidretos metálicos, amo-
níaco, MOFs (metal­‑organic frameworks), LOHC (liquid­‑organic hydrogen
carrier), entre outros.
Cilindro Tipo I Cilindro Tipo II

Opção PRF Figura 1


Para os projetos que a PRF tem vindo a desenvolver e a construir, por
exemplo, quer no âmbito da descarbonização de indústrias, quer no
âmbito da injeção de hidrogénio na rede de gás natural e principal- Tendo estes fatores em consideração, as soluções de armazenamento
mente no âmbito dos postos de abastecimento de veículos movidos desenvolvidas pela PRF para aplicações estáticas consistem em conjun-
por fuel cell, o armazenamento do hidrogénio no estado gasoso, com- tos de cilindros de aço, agrupados em racks e conetados entre si. Estes
primido até uma pressão de 500 barG ou 1000 barG, continua a ser, racks encontram­‑se munidos de todos os equipamentos e instrumen-
na opinião da PRF, de forma geral, a opção mais viável e foi neste sen- tação necessários para a correta operação dos mesmos, em segurança.
tido que desenvolveu as suas soluções de armazenamento para aplica- Devido às elevadas pressões envolvidas e ao elevado volume que se
ções de hidrogénio. procura que cada cilindro tenha individualmente de modo a ter o máximo
As principais preocupações associadas ao armazenamento de hidro- de hidrogénio nele armazenado, o peso de cada cilindro é, de um modo
génio a pressões tão elevadas são a grande quantidade de energia arma- geral, bastante elevado. Como tal, é imperativo que seja efetuado um cor-
zenada dentro de cada cilindro (devido à elevada densidade energética reto dimensionamento estrutural dos racks de modo a evitar deforma-
por quilograma que o hidrogénio apresenta), a fadiga causada nos cilin- ções plásticas da estrutura e consequente movimentação dos cilindros.
dros devido aos ciclos repetitivos de passagem de alta para baixa pres- Para isto a PRF, à semelhança do que faz em todas as soluções que desen-
são e vice­‑versa e os riscos inerentes ao facto de ter um gás pressurizado volve, conta com uma equipa de projeto dedicada que procura criar uma
num reservatório, independentemente do gás em questão. representação computacional tão próxima da realidade quanto possível

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dossier sobre hidrogénio
PRF HYDROGEN SOLUTIONS – ARMAZENAMENTO DE HIDROGÉNIO

e com a maior precisão em termos de dados de materiais, posiciona- todos os equipamentos que vão formar o rack, às técnicas de ligação uti-
mento e dimensão da solução final que se procura atingir, antes de ini- lizadas (e aos tipos de rosca utilizados se for o caso), à pressão e tempe-
ciar o processo de construção. ratura de trabalho de todos os equipamentos e uniões utilizadas, entre
outros aspetos igualmente importantes.
A legislação e normas existentes devem também ser tidas em conta
uma vez que podem impor algumas limitações relativamente ao design
da solução, por exemplo limites de volume máximo de cada cilindro
ou a não autorização de colocação de cilindros na posição horizontal,
entre outros casos. Por outro lado, essa mesma legislação ou norma,
pode obrigar à utilização de determinados equipamentos, como por
exemplo válvulas de alívio ou TPRDs (thermal pressure relief devices) ou
especificar determinadas características de outros equipamentos, como
por exemplo manómetros. Este é um tema ao qual a PRF presta muita
atenção visto que procura estar sempre na vanguarda da tecnologia,
melhorando e atualizando constantemente as suas soluções de modo
a acompanhar o mercado, bem como satisfazer ou superar os requisi-
tos impostos por legislação e normas. Para além disso, a PRF tem uma
grande autonomia relativamente ao tema da marcação CE e PED das
suas soluções de armazenamento. Estas cer tificações são muito impor-
tantes, pois asseguram a qualidade dos produtos PRF, principalmente
Figura 2 Dimensionamento estrutural. num tema tão recente e relevante como o hidrogénio, em que todo o
mercado está ainda em fase de aprendizagem e as normas existentes
são atualizadas frequentemente.
Mais do que isso, devido ao O facto de ainda não existir, no mercado em geral, uma grande expe-
pequeno tamanho das molécu- riência com projetos de hidrogénio, levou a PRF a desenvolver as suas
las de hidrogénio, é mais fácil que soluções de armazenamento seguindo uma abordagem modular, facil-
estas originem fugas a partir de mente transportável e facilmente escalável, uma vez que os racks podem
certos materiais, pequenas fissu- facilmente ser agrupados entre si e o número de cilindros em cada rack
ras, materiais de junta não ade- pode também ser prontamente aumentado com pequenas alterações à
quados, soldaduras defeituosas, estrutura dos mesmos.
principalmente quando compa- Apesar de todo o cuidado que
rando o hidrogénio com outros é tido durante a fase de projeto,
gases mais comuns, à mesma seleção de materiais e equipa-
pressão, como por exemplo o mentos e também durante a fase
azoto. É muito comum que uma de construção dos racks, a PRF
fuga que seja detetada com azoto tem como requisito que todas as
a determinada pressão se revele suas soluções de armazenamento
muito maior quando o fluido sejam testadas nas suas instala-
passa a ser hidrogénio, à mesma ções antes de serem enviadas
pressão. Mais do que isso e ape- para o cliente final. Como tal, cada
sar do hidrogénio ser geralmente rack é submetido a um ensaio
não corrosivo ou reagente com a Figura 3 Representação computacional de de pressão (que pode ser reali-
maior parte dos materiais utiliza- um rack de cilindros de H2. zado a 1,43 vezes ou 1,1 vezes
dos pela indústria para soluções a pressão máxima admissível do
de armazenamento, a determina- mesmo, dependendo do fluido
das condições de pressão e temperatura, é possível que ocorra um fenó- utilizado durante o ensaio) e a
meno de fragilização por hidrogénio (hydrogen embrittlement). um ensaio de estanquidade (rea-
Devido também às elevadas pressões a que vão estar submetidos estes lizado à pressão de serviço). Figura 4 Racks de cilindros de H2.
racks, existem muitos tipos de conexão/ligação de tubagem/acessórios/ Para a realização destes ensaios
equipamentos que são utilizados de forma standard para o armazena- em segurança, a PRF investiu num
mento de outros gases às pressões habituais de 200 barG ou 300 barG laboratório de testes, dentro do qual são realizados estes e outros testes,
que não devem ser utilizados para as pressões de 500 barG ou 1000 barG de uma forma totalmente remota, garantindo que a pessoa responsável
a que é armazenado o hidrogénio gasoso comprimido. pelo teste não tem de correr nenhum risco por se encontrar perto de
Para além de ser necessário um cuidado especial com a pressão um equipamento sob pressão que está ainda a ser testado.
máxima admissível dos equipamentos escolhidos, é também importante A PRF continua todos os dias a desenvolver novas soluções para res-
estar atento às temperaturas máximas e mínimas admissíveis dos equi- ponder às necessidades do mercado e este artigo tem como objetivo
pamentos utilizados uma vez que, por exemplo, durante o processo de apenas dar a conhecer algum do trabalho que tem vindo a ser desenvol-
compressão do hidrogénio para os racks, este aquece o que, em geral, vido pela PRF no âmbito do armazenamento de hidrogénio bem como
diminui a pressão máxima de trabalho do aço do qual são feitos alguns algumas das soluções mais comuns de armazenamento de hidrogénio que
dos equipamentos. se têm utilizado na atualidade. É importante notar que este é um tema
Por todos estes motivos, é imperativo que, durante a fase de projeto muito vasto, com muito mais detalhes e especificidades do que as que
se faça uma escolha informada e correta relativamente aos materiais de foram abordadas neste artigo.

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PUB.
dossier sobre hidrogénio

modelos de negócio
e instrumentos de financiamento
para a gestão de energia
Jorge Rodrigues de Almeida
Managing Director, RdA Climate Solutions
almeida@rda.pt

A recente pressão nos custos da energia imposta pela crise energética veio
acelerar a necessidade de redução de consumos e respetivos custos com Então como promover a eficiência energética?
destaque para adoção de projetos de energia renovável, nomeadamente A solução passa pela adoção de modelos de negócio
de autoconsumo e de comunidades de energia renovável. e instrumentos de financiamento, ainda que
Este assunto não é novo. Por exemplo, partindo do princípio de que inovadores, que sejam simples e eficazes.
a energia mais barata é a que não se usa e considerando a relevância da
eficiência energética nos objetivos climáticos, a Comissão Europeia ado-
tou há alguns anos o princípio da “Prioridade à Eficiência Energética” reco- de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB). Este financia-
mendando aos Estados Membros um conjunto de medidas que assegurem mento é posteriormente disponibilizado, em condições mais favorá-
que só produzam a energia necessária e que evitem investimentos em ati- veis, por três bancos comerciais através dos quais são financiadas as
vos não necessários. operações de reabilitação urbana. Em outubro de 2022 tinham sido
Verifica­‑se, no entanto, que aquela que deveria ser o principal foco das contratados um total de 1401 milhões de euros em 430 operações.
políticas energéticas, a eficiência energética, continua a não ter o cresci-
mento esperado. Por exemplo, segundo estudos de mercado, existem 300 Estes dois exemplos, ainda que distintos, demostram que é possível
milhões de motores elétricos a operar no mundo atualmente, no entanto, desenvolver e operacionalizar modelos de negócio ou programas de
apenas 20% destes possuem variadores eletrónicos de velocidade. Tendo financiamento que alavanquem investimentos em eficiência energética e
por base os mesmos estudos, estima­‑se que se fossem aplicados variado- autoconsumo. No entanto, e como referido anteriormente, é necessário
res aos restantes motores elétricos, poderíamos poupar cerca de 10% de aumentar o número de iniciativas de forma a reduzir significativamente os
toda a eletricidade consumida mundialmente! consumos energéticos, nomeadamente de fontes fósseis.
Então como promover a eficiência energética? A solução passa pela ado- Em seguida são apresentados três modelos de negócio e três alternativas
ção de modelos de negócio e instrumentos de financiamento que, ainda de financiamento que podem ser consideradas, pois já detêm provas dadas:
que inovadores, sejam simples e eficazes. • Modelo as­‑a­‑service: em vez de se comprar um equipamento que con-
Vejamos dois casos distintos, mas ambos de sucesso. some energia, o fornecedor oferece a opção de subscrição de um
1.º A iluminação pública é responsável pela maior fatia do orçamento serviço, como um pacote completo, que inclui o design, instalação e
em energia dos municípios portugueses, contudo existe uma tecno- manutenção e, em alguns casos, pode mesmo incluir o fornecimento
logia madura, os LED, que pode baixar esta fatura em mais de 60% de energia. Um exemplo é o Lighting­‑as­‑a­‑service (LaaS) onde fornece-
sem comprometer a qualidade da iluminação (ou mesmo em alguns dores de luminárias oferecem serviços completos assegurando que a
casos melhorando a mesma). O problema é que a substituição da soma do valor da fatura da energia e da mensalidade do serviço, será
iluminação exige um elevado investimento inicial para o qual muitos inferior ao valor da fatura energética que existia antes da implemen-
municípios não têm capacidade. A solução tem passado pela adoção tação do projeto. Um modelo similar a este, e bastante utilizado na
de contratos de desempenho energético em que empresas de ser- indústria, é o aluguer de equipamentos (renting, leasing, entre outros)
viços de energia financiam e executam a substituição da iluminação onde em vez de se adquirir o ativo o mesmo é alugado assegurando
garantindo níveis de serviço e de poupança para o município, rece- que os custos de manutenção estão incluídos no aluguer.
bendo em troca uma parte das poupanças efetivamente alcançadas. • Modelo de comercialização peer­‑to­‑peer: baseado na partilha dos
2.º O setor dos edifícios é responsável pelo consumo de aproximada- excessos de energia produzidos, por exemplo nos seus sistemas de
mente 30% da energia final em Portugal, existindo cerca de 1 milhão autoconsumo, pelos consumidores. A partilha tem por base sistemas
de edifícios que carecem de reparação. Ainda assim existe uma lacuna informáticos que permitem transações de energia de um consumidor
no mercado de financiamento, pois muitos promotores não encon- para outro – peer­‑to­‑peer (P2P) – traduzindo esta energia numa repre-
travam soluções para financiar projetos de reabilitação urbana e de sentação digital do valor em euros. O comércio de energia P2P está
forma conjugada de eficiência energética. Neste âmbito foi lançado a transformar o setor da energia aproveitando tecnologias como o
o IFRRU 2020 que consiste num instrumento financeiro que com- blockchain para permitir o rastreamento e comércio de cada quilowatt
bina dotações de fundos estruturais e de instituições financeiras de energia, alterando o atual paradigma onde existe uma produção,
europeias como o Banco Europeu do Investimento (BEI) e o Banco uma rede de transmissão e distribuição, e um cliente que consome a

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PUB.
energia. Este sistema pode ter várias configurações e permitir a
utilização de aplicações movéis (app) ou a integração de siste-
mas de baterias ou de carregadores para a mobilidade elétrica.
• Modelo “aluguer” de painéis: este é um modelo mais alterna-
tivo e foi desenhado a pensar nas organizações ou casas que
não podem instalar painéis solares. A Helen (empresa energé-
tica da Finlândia) “aluga” painéis de centrais de produção em
funcionamento com preços que variam entre os 4,40€ e 5,99€
por mês creditando a sua produção na fatura mensal de ele-
tricidade. Complementarmente os clientes podem analisar as
produções das centrais fotovoltaicas e comparar com os seus
consumos em tempo real.
• F inanciamento colaborativo (crowdfunding): em vez de um
empréstimo tradicional via bancos, o financiamento colabora-
tivo é um tipo de financiamento para organizações, respetivas
atividades ou projetos específicos, através de plataformas online,
com o objetivo de angariar investimento proveniente de múl-
tiplos investidores individuais, sejam eles particulares ou inves-
tidores. Basicamente, é uma forma simples e transparente de
angariação online de financiamento para um projeto através de
uma comunidade que partilha os mesmos interesses e objeti-
vos. Existem múltiplas plataformas online sendo que algumas são
exclusivamente dedicadas a investimentos sustentáveis como é
o caso da portuguesa Goparity. Importa ressalvar que este tipo
de financiamento é cada vez mais também um canal de comu-
nicação/marketing, em que os investidores são o público­‑alvo.
• Financiamento através de obrigações verdes (green bonds): as
obrigações verdes são basicamente um empréstimo cujo capital
se destina a financiar projetos de impacto climático e ambien-
tal. Cada obrigação representa uma parte desses empréstimos
rendendo juros durante a duração do empréstimo. Quando o
empréstimo terminar, o dinheiro é restituído aos investidores.
Em Portugal, tradicionalmente os seus emissores eram sobre-
tudo grandes bancos, no entanto atualmente, várias empresas
e bancos de investimento financiam­‑se através de obrigações
verdes, aumentando assim a sua capacidade de investimento
em projetos com impacto. Saliente­‑se que o emitente de uma
obrigação verde se compromete a aplicar os fundos apenas no
financiamento ou refinanciamento de projetos que contribuirão
para determinados benefícios climáticos e ambientais, sendo que
tal deve ser assegurado por metodologias que validem o cum-
primento da taxonomia de sustentabilidade da União Europeia.
• Financiamento combinado (blended finance): os financiamentos
públicos (por exemplo do PRR ou do Portugal 2030) devem
servir de catalisador a investimentos privados. Para tal, podem
ser utilizados em complemento com financiamento privado,
misturando “fundo perdido” com empréstimos ou fornecendo
garantias por forma a mitigar o risco dos investidores. O exem-
plo do IFRRU, já referido, é um exemplo em que se alavancam
capitais privados através de fundos públicos. O Banco Europeu
de Investimento tem promovido vários projetos de sucesso no
setor da energia por toda a Europa que podem ser também
replicados em Portugal.

Estes exemplos demostram que não é necessário ser disruptivo


para desenvolver modelos atrativos de promoção da eficiência ener-
gética e autoconsumo bastando apenas explorar o que já se faz e, per-
ceber como adaptar aos requisitos e escala do projeto em questão.
Acresce que os clientes estão, mais do que nunca, abertos a novos
modelos que facilitem a transição energética e temos hoje ao nosso
dispor um conjunto de ferramentas digitais que permitem alavancar
estes modelos. Não podemos perder a oportunidade!
dossier sobre hidrogénio

hidrogénio – o elemento
integrador da transição
energética portuguesa

Bruno Henrique Santos,  Ana Margarida Sousa


Board members dos FELPT,  Associação Portuguesa de Energia

Na abertura da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações energética da União Europeia no seio de cada um dos seus Estados­
Climáticas (COP27) que ocorreu em novembro de 2022, António Guter- ‑Membros e promovendo também quadros regulatórios e de financia-
res, secretário­‑geral daquela Organização (ONU), alertou o Mundo para mento que permitam a implementação de projetos de origem renovável.
o já preocupante estado global do clima, afirmando que “estamos numa Contudo, revela­‑se atualmente evidente que a descarbonização da
autoestrada rumo ao inferno climático e com o pé no acelerador”. economia não residirá apenas na eletrificação, pela ausência de custo­
As emissões de gases com efeitos de estufa (GEE) têm potenciado o ‑eficácia das soluções elétricas em diversos setores do consumo, mas
aumento da temperatura média do planeta.  A variação da emissão de GEE também na potenciação dos recursos endógenos de cada região e pela
ao longo do tempo tem sido exponencial desde a Revolução Industrial. garantia da transição justa, assegurando a toda a sociedade o acesso à
Embora tendo estabilizado na OCDE nos últimos anos, as emissões GEE energia de forma justa, económica e tecnologicamente eficaz.
têm crescido a ritmos exponenciais em economias em desenvolvimento, A forte incorporação de energia elétrica de origem renovável, nomea-
sendo o setor da Energia responsável por mais de 75% dessas emissões. damente eólica e solar, prevista na matriz energética da União Europeia
Para proteger as populações do Planeta do crescimento de fenóme- faz com que exista uma maior variabilidade na produção de energia do
nos catastróficos, é desejável que o aumento médio da temperatura se que nos sistemas ditos convencionais. Consequentemente, antecipa­‑se
mantenha abaixo de 1,5ºC, em comparação com a temperatura média a necessidade de criar sistemas de armazenamento flexível que possam
verificada no período Pré­‑Revolução Industrial. Neste sentido, é funda- absorver essa energia nos períodos de ponta da produção e fornecê­‑la de
mental a promoção de medidas não só de racionalização e eficiência novo quando uma elevada procura não seja correspondida pela geração.
energética, mas também da penetração de fontes de origem renovável
para assegurar uma transição energética justa e sustentável.
O contexto da crise energética de 2022, exacerbada pela crise dos
mercados de energia e escassez de recursos energéticos no mercado,
acelerou o processo de descarbonização da economia, nomeadamente
na União Europeia. Esta conjuntura potenciou o desenvolvimento de
mecanismos de aceleração da transição, como o RepowerEU, incremen-
tando a utilização de fontes renováveis de energia, diversificando a matriz

Figura 1 Emissões de GEE ao longo do tempo. Fonte: Our World in Data, 2022. Figura 2 Emissão de GEE por setor. Fonte: Enerdata, 2022.

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PUB.
O hidrogénio verde é visto como o vetor que
poderá ter um papel disruptivo no setor energético,
uma vez que é obtido através de uma tecnologia
conhecida, escalável e não emissora de GEE.

Existem diversas formas de armazenar a energia no sistema, quer


através de sistemas hidroelétricos reversíveis, quer através de baterias
ou ainda através de hidrogénio, entre outras menos promissoras. No
caso das centrais hidroelétricas, estas são condicionadas pela pluvio-
sidade e pela capacidade de armazenamento das albufeiras. No caso
das baterias, a tecnologia ainda não está suficientemente desenvol-
vida para permitir o armazenamento massivo de grandes quantidades
de energia, ao nível de serviços de sistema. No caso do hidrogénio,
este pode ser convertido novamente em eletricidade renovável, quer
pela utilização em ciclos combinados ou em pilhas de combustível.
O hidrogénio verde é visto como o vetor que poderá ter um
papel disruptivo no setor energético, uma vez que é obtido através
de uma tecnologia conhecida, escalável e não emissora de GEE. Em
Portugal, o Plano Nacional do Hidrogénio, aprovado na Resolução
do Conselho de Ministros n.º 63/2020, prevê que até 2030 se atin-
jam as seguintes metas:

Figura 3 Metas para utilização do H2, até 2030. Fonte: Plano Nacional do Hidrogénio.

De acordo com projeções da Mckinsey & Company, em 2050 a


economia mundial será mais eletrificada, e o hidrogénio adquire uma
presença muito significativa no consumo, sendo o vetor energético
com a maior taxa de crescimento anual composta (TCAC) graças
ao seu potencial de descarbonização de setores de difícil eletrifica-
ção, como a indústria e mobilidade, responsáveis por quantidades
relevantes do consumo de energia.
Portugal tem uma posição estratégica que permite a produção
de hidrogénio verde em larga escala e a um custo competitivo ao
nível global, pela sua posição geográfica singular para produção eólica
e solar. De acordo com o PNEC2030, prevê­‑se que a capacidade
dossier sobre hidrogénio
HIDROGÉNIO – O ELEMENTO INTEGRADOR DA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA PORTUGUESA

Figura 4 Consumo mundial de energia final por tipo e taxa de crescimento anual composta. Fonte: Global Energy Perspective 2022, McKinsey.

instalada de energias de origem renovável venha a aumentar considera- A maioria destes projetos do POSEUR terá o seu impacto até ao final
velmente, sendo a aposta na energia solar a mais evidente. de 2023 e, no caso do PRR, até ao final de 2025, potenciando a redu-
O previsível excedente da eletricidade destas fontes renováveis poderá ção de consumos de energia de origem fóssil, reduzindo as impor ta-
ser utilizado para produzir hidrogénio verde. ções e dinamizando a economia.
Portugal tem vindo a implementar um conjunto alargado de políticas Neste contexto, face à relevância de acelerar o processo de transi-
públicas e mecanismos de financiamento para a promoção de projetos de ção da economia e da energia em Por tugal, podem formular­‑se algu-
hidrogénio, nomeadamente pelo Programa Operacional Sustentabilidade mas recomendações para uma implementação mais célere e atrativa
e Eficiência no Uso de Recursos 2020 (POSEUR2020) e mais recente- de projetos energéticos de base renovável nomeadamente para a pro-
mente pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Os projetos têm dução de hidrogénio verde:
vindo a ser desenvolvidos pelos principais players nacionais, nomeada- • Simplificação dos processos de licenciamento, nomeadamente pela
mente alavancados pelas indústrias químicas e refinarias com os projetos criação de procedimentos eficazes, rastreáveis e integrados de aná-
da Bondalti em Estarreja e Galp em Sines. Numa vertente complemen- lise dos projetos pela Administração Pública (one stop shop), de
tar, a criação de hubs de H2 como o de Sines tem vindo a ser promovida, forma a mitigar o tempo de espera dos projetos.
nomeadamente pela REN com o backbone, produtores como o consór- • Criação de regiões geográficas favoráveis à execução de pro-
cio GreenH2Atlantic, composto pela EDP, Galp, ENGIE, Bondalti, Martifer, jetos no âmbito da produção de origem renovável, conjugando
Vestas Wind Systems A/S, McPhy, Efacec, ISQ, INESC­‑TEC, DLR, CEiiA e planeamento das necessidades com as idiossincrasias regionais
Axelera, projetos industriais como o da MadoquaPower2X, Fusion Fuel e e administrativas, nomeadamente para a produção de eletrici-
outros players anunciados, que têm vindo a potenciar também o desen- dade e gás de origem renovável, otimizando cadeias de valor da
volvimento de projetos de produção com injeção de H2 em contexto de economia locais e atraindo novas atividades da cadeia de valor
blending com gás natural. (implicando novas indústrias de produção de componentes, ser-
viços, entre outros).
• Promoção de planos plurianuais de desenvolvimento e investimento
privado de projetos de Hidrogénio de forma consolidada na socie-
dade, com auscultação dos principais agentes de mercado, nomea-
damente com consulta de potenciais investidores.
• Análise anual da taxa de execução das políticas públicas, nomea-
damente de potência efetivamente instalada e consumo real face
às metas preconizadas, para gestão das fases de planeamento dos
setores e verificação do risco da não­‑execução dos projetos.

Em suma, o hidrogénio verde poderá ser o elemento integrador da


transição energética por tuguesa, sendo necessário garantir que se trata
de uma solução competitiva, que é implementada de forma transparente
Figura 5 Capacidade instalada em 2020 e prevista para 2030, de acordo com o PNEC2030. e no prazo compatível com as metas estabelecidas.

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dossier sobre hidrogénio

desafios tecnológicos na indústria


do hidrogénio verde
Eduardo Herraiz
Business Development Manager, Process,
Weidmüller Company

Porquê agora? Desafios tecnológicos


O hidrogénio é o elemento mais simples, formado por um protão e Se olharmos para as suas principais caraterísticas físico-químicas, pode-
um eletrão, e o mais abundante no Universo. As suas caraterísticas mos perceber que estamos a falar de um gás muito especial:
passam por ser o único combustível que não produz CO 2 . A sua com- • O hidrogénio tem uma densidade 6 a 10 vezes inferior à do gás
binação com O 2 , simplesmente produz água. natural (principalmente metano). Entre outras coisas, os elementos
Além disso, pode ser transportado e armazenado (como gás pres- finais devem ser adaptados;
surizado ou como líquido), e é mesmo isso que o torna num vetor • Possui uma elevada densidade de energia em massa: 120 MJ/kg
energético (substância que permite armazenar e liber tar energia de (2 vezes a do gás natural);
forma controlada e sob pedido). • Possui uma baixa densidade de energia em volume: 10,8 MJ / Nm3
A utilização do hidrogénio não é nova, e já existe há muitos anos (1/3 do gás natural). Estes 2 parâmetros revelam que é necessário
(os primeiros protótipos são do início dos anos 90) e muitas empre- muito volume para produzir a mesma energia do que o Gás Natural;
sas dedicaram anos e grandes investimentos à sua pesquisa. • Tem um ponto de ebulição muito baixo – -253 °C, o que significa
Com tudo, é importante perguntar, porquê agora? Porque existe que o transporte será complexo;
este grande interesse na produção de hidrogénio verde? A resposta • Índice de Wobbe semelhante ao do gás natural (11,29 kWh / Nm3,
a esta pergunta não é fácil, porque existem muitos fatores envolvi- ou seja, 5/6 do GN);
dos na sua resposta. De qualquer forma existem 3 pontos que tive- • Altamente inflamável, obrigando a ter em conta as áreas com risco
ram uma influência importante para que vivamos atualmente o “boom de explosão e todas as suas regulamentações;
do hidrogénio”: • É um vetor de energia renovável que não está acessível, e tem de
• Luta contra as mudanças climáticas ser “atingido”.
Não há dúvida de que a temperatura média global aumentou, e nos
últimos anos de forma considerável e alarmante. Grande parte da São estas caraterísticas que fazem com que as tecnologias existen-
causa é a emissão de CO 2 na atmosfera, principalmente da indús- tes tenham que ser adaptadas. Por exemplo, a rede de distribuição de
tria e do consumo de combustíveis fósseis. O protocolo de Quioto Gás Natural está preparada para transportar metano, mas não hidrogé-
de 2005 e a extensão dos seus termos no Acordo de Paris de 2015 nio. Por isso, atualmente apenas é permitida uma injeção de apenas 5%
podem ser considerados como os pontos de partida para o boom (10 em alguns países).
do hidrogénio, uma vez que este é considerado como uma das prin- Outro exemplo a ter em conta é a conversão de uma máquina de utili-
cipais formas de reduzir o CO 2 . zação em áreas não classificadas para áreas classificadas. Com efeito, esta-
• Investimentos mos a falar de um gás altamente inflamável (de facto, nas classificações
Por aquilo que foi referido anteriormente está a ser promovida a ATEX/IECEx é considerado o mais restritivo). Isto significa que o projeto
participação de entidades públicas e privadas a todos os níveis, bem
como os investimentos económicos necessários ao desenvolvimento
das tecnologias necessárias e à execução de projetos, além da otimi-
zação de todo o ciclo de valor que permita reduzir o CAPEX (deve-
-se ter em conta, como referência, que atualmente a produção de
hidrogénio cinzento/azul tem um custo de 1,6 – 0,6€/kg face a 7,0
ou 5,0€/kg do hidrogénio verde).
Neste momento já foram apresentados mais de 200 projetos
a nível mundial (cerca de 130 na Europa) em diferentes fases de
desenvolvimento.
• Avanços tecnológicos
Embora possa parecer algo muito novo, na verdade grande parte
da tecnologia necessária para a produção de hidrogénio verde está
já em desenvolvimento há muitos anos e os custos de produção
estão a ser, significativamente, reduzidos. O problema reside no
facto de quase toda esta tecnologia ter de ser adaptada às exigên-
cias do hidrogénio. Figura 1

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dossier sobre hidrogénio

de uma máquina (compressor, eletrolisador, entre outros – Figura 1 e


Foto 1), deve levar em consideração todos os critérios de projeto para
áreas com risco de explosão. Assim, por exemplo, o armário de distri-
buição (que, independentemente da sua funcionalidade, anteriormente
apenas tinha em conta fatores como o grau de proteção IP ou a prote-
ção contra impactos K) terá de estar num invólucro que cumpra tudo o
que está indicado na normativa.
Deve-se levar em consideração a zona de explosão na qual será imerso
(da maior para a menor possibilidade de presença de gás explosivo: Zona
0, com maior, Zona 1 ou Zona 2). Dependendo disto e de vários fato-
res (como temperatura ambiente), pode-se definir o modo de proteção
do armario (Segurança Intrínseca, Aumentada, Antideflagrante, Pressuri-
zada, entre outros). Cada um destes deve levar em consideração os seus
critérios de projeto particulares (secções transversais dos condutores,
componentes, entradas/saídas de cabos, distâncias internas, entre outros).
Na Figura 2 podemos ver um exemplo de como um destes armários Figura 3
é projetado. É um quadro de manobras que integra 2 fontes de alimen-
tação (em redundância), e um autómato e respetivas placas de I/O, tal
como elementos auxiliares como terminais e disjuntores de circuitos. Ao • Modularização
modelar a dissipação térmica dos elementos em diferentes situações de Utilização de ferramentas de design integradas, gratuitas e independen-
carga, calcula-se a temperatura superficial resultante, ponto muito impor- tes (como por exemplo, Weidmuller Configurator, Eplan, Ecad e outras),
tante para garantir que esteja sempre abaixo da temperatura de ignição infraestruturas de fácil instalação, e que proporcionam a possibilidade
do gás explosivo. Este estudo inclui a configuração ideal dos elementos de ligação Plug&Play tanto para o transporte de energia, como para
para que o fluxo de ar interno seja ideal. Como podemos ver, falamos de sinais e dados. Isso permite basear-nos em projetos básicos que são
um armário de controlo “standard”, mas adaptado ao novo ambiente. facilmente adaptáveis a vários tipos de instalações.
É muito recomendável entrar em contacto com empresas reconhecidas • Estandardização
e com experiência no projeto de caixas ATEX/IECEx para o aconselhar Com a utilização de soluções modulares e flexíveis, estes podem ser
relativamente ao projeto deste tipo de invólucro. padronizados nos projetos das instalações, com a consequente redução de
custos, tanto dos bens necessários como na sua operação e manutenção.
Na Figura 4 podemos ver um possível exemplo de solução modu-
lar para a ligação de sinais de entrada/saída no campo que permitem
a utilização de vários bus de campo (flexibilidade), adaptabilidade às
necessidades da instalação (modularidade), e a sua possível utilização
noutras instalações que tenham outros requisitos (padronização).

Figura 4

Figura 2
• Automação e digitalização (IoT)
A famosa digitalização de que tanto se ouve falar ganha aqui o seu valor
Outro desafio tecnológico passa pela integração de segmentos indus- máximo. Acessos remotos (com redução de serviços in situ), controlo
triais que até então operavam “independentemente”, cada um com as de Processos e a sua visualização, controlo de consumo de energia e
suas particularidades e “hobbies” (por exemplo, o uso de bus de comu- manutenção preditiva são totalmente necessários.
nicação de diversos tipos). Na Figura 3 podemos ver o que poderia ser
uma instalação típica de produção de hidrogénio verde. Como sabe- Como conclusão, vivemos um momento de mudança em que pontos
mos, a “cor” é dada pela origem da energia e pelo processo selecionado que até agora eram abordados de forma independente e muito focada,
para a criação do hidrogénio e a sua correspondente emissão líquida de são afinal um grande desafio para a indústria e dos quais estamos todos
CO2. No caso do verde falamos de fontes renováveis e economia circu- imersos num processo de aprendizagem que acaba por convergir para
lar. De forma a reduzir o CAPEX e otimizar este tipo de centrais, é cada um único modelo colaborativo com um propósito tão importante como
vez mais necessário: tornar o mundo melhor.

41
dossier sobre hidrogénio

o que falta para cumprir os


desígnios do Hidrogénio Verde?
O reconhecimento da cadeia de valor do hidrogénio verde tem sido acentuado na última década,
e já não existem dúvidas de que terá um papel preponderante no mix energético. A tecnologia
evoluiu, tanto na produção, como no transporte e armazenamento, e a necessidade é cada
vez maior para garantir a descarbonização dos setores “hard-to-abate” e gerar eletricidade.
Susana Serôdio e Ricardo Ferreira
APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis

A invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, veio também integração de hidrogénio verde no setor da energia, nomeadamente 5%
incentivar esta evolução, ao expor a importância da segurança e inde- no consumo final de energia, 5% no consumo do transporte rodoviá-
pendência energética. De facto, o lançamento do pacote REPowerEU, rio, 5% no consumo da indústria, entre 10 e 15% na injeção das redes
que surge precisamente para dar resposta aos desafios provocados de gás natural, entre 50 e 100 estações de abastecimento, e entre 2 e
pela guerra, apresentou novas metas europeias mais ambiciosas para o 2,5 GW de capacidade de eletrolisadores.
hidrogénio, ao definir o objetivo de, até 2030, produzir, internamente, No entanto, com a revisão do PNEC 2030, prevista para junho de
10 milhões de toneladas de hidrogénio renovável, e outros 10 milhões 2023, espera-se já uma atualização destas metas, integrando a nova
de toneladas de importações. Para isso, a Comissão Europeia disponi- ambição europeia e as sinergias expectáveis entre as tecnologias offshore
bilizou 27 mil milhões de euros para investimentos diretos em eletroli- e a economia do hidrogénio.
sadores e distribuição de hidrogénio na União Europeia. Atualmente estão em desenvolvimento dezenas de projetos de hidro-
Em setembro último, a ambição da Europa foi assumida pelo Parla- génio renovável em diferentes fases de maturidade, com destaque para
mento Europeu, com a aprovação da alteração da RED II (Renewable a região de Sines, com um conjunto de projetos que ultrapassa a capa-
Energy Directive), para introduzir metas vinculativas para o hidrogénio cidade de 500 MW de eletrolisadores. O governo português anunciou
renovável e seus derivados, estabelecendo os objetivos de que 5,7% também que o primeiro leilão de hidrogénio irá realizar-se em 2023,
da energia no setor dos transportes fosse proveniente de combustí- o que, a confirmar-se, será dos primeiros leilões de hidrogénio a nível
veis renováveis de origem não biológica até 2030, e 75% de incorpo- mundial, uma vez que até à data não existiu nenhum.
ração na indústria até 2035. Para além da sua versatilidade, o hidrogénio verde é produzido por
Para garantir que a Europa consegue garantir a produção necessária, fontes renováveis, através de eletrolisadores, e não emite gases poluen-
não comprometendo a indústria, a presidente da Comissão, Ursula von tes, o que contribui para a descarbonização dos setores com maiores
der Leyen, anunciou a criação de um novo Banco Europeu de Hidrogé- emissões (produção e eletricidade).
nio, com um orçamento de 3 mil milhões de euros. Pretende garantir
um ponto de partida, alavancando a economia do hidrogénio e garan-
tindo que são criadas economias de escala para se atingir custos mais
competitivos.
Relativamente à média europeia, Por tugal definiu metas ambiciosas
desde cedo, pois reúne todas as condições necessárias para desem-
penhar um papel importante na cadeia do hidrogénio a nível europeu.
O recurso renovável abundante e a incorporação renovável já existente
permitem colocar o país numa situação privilegiada. A meta de 9 GW
de capacidade solar, 9,3 GW de capacidade eólica onshore, prevista no
Plano Nacional de Energia e Clima 2030, por si desafiadoras, e que serão
revistas para integrar as novas metas europeias, e os recentes 10 GW de
offshore até 2030 anunciados vem suportar o desenvolvimento necessá-
rio para que exista um mercado de hidrogénio renovável em Portugal. Figura 1 Produção e utilização de hidrogénio verde. Fonte: Worldbank.
A nível geográfico, o país detém ainda a seu favor rotas de transporte
marítimo que podem assegurar o transporte do hidrogénio para países
com elevadas necessidades energéticas como França e Alemanha, e as No entanto, apesar das oportunidades existentes, existem vários
relações geopolíticas são estáveis para que a exportação exista. obstáculos à integração de hidrogénio verde. A demora na publicação
A Estratégia Nacional do Hidrogénio, publicada em agosto de 2020, da legislação e regulação por parte da Comissão Europeia é preocu-
atualizou as metas definidas no PNEC 2030, com um aumento da pante e atrasa o processo de desenvolvimento das centrais produtoras.

42
PUB.
Para além da sua versatilidade, o hidrogénio
verde é produzido por fontes renováveis, através
de eletrolisadores, e não emite gases poluentes,
o que contribui para a descarbonização dos setores
com maiores emissões (produção e eletricidade).

Existe também o perigo de a Europa se atrasar relativamente aos


Estados Unidos da América ou ao continente asiático. A título
de exemplo, o governo norte-americano lançou, em setembro,
o IRA (Inflation Reduction Act), que inclui o maior subsídio para
o hidrogénio a nível mundial, entre outras medidas para acele-
rar a descarbonização.
Assim, a demora na definição da legislação pode levar a que a
Europa continue dependente das impor tações (desta feita de
hidrogénio), e que perca a oportunidade de ser o principal pro-
dutor de hidrogénio (como aconteceu no caso da produção de
painéis fotovoltaicos). Se em setembro, as alterações à RED III
aumentaram as metas, as alterações ao ato delegado da adiciona-
lidade (que determina a forma como a energia renovável vai ser
utilizada para a produção e hidrogénio), levaram à necessidade de
uma adaptação do ato delegado, atrasando ainda mais o processo
da legislação e regulação da sua produção e armazenamento.

Figura 2

Como não existe legislação e regulação, e, portanto, não existe


um mercado para o hidrogénio (que ainda não foi definido em
que modelo irá funcionar), surge outro obstáculo ao aumento da
capacidade de produção: a necessidade de investimentos eleva-
dos face à incerteza no desenvolvimento dos projetos. Embora
existam incentivos a nível europeu, é necessário um investimento
bastante elevado, tanto para os eletrolisadores e infraestruturas,
como para a instalação de centrais renováveis, face à escassez de
produção renovável para hidrogénio verde. A agravar a situação,
o fornecimento de equipamento para a produção de hidrogénio
é limitado, pelo que o preço continua bastante elevado.
É necessário ultrapassar as barreiras referidas, no entanto não
há dúvida quanto ao potencial e necessidade do hidrogénio verde
no setor da energia. A Europa já definiu os seus objetivos, e tem
trabalhado para o desenvolvimento de toda a cadeia de valor do
hidrogénio verde, complemento essencial às energias renováveis,
e Portugal tem todas as condições para ser um dos principais pro-
dutores e exportadores.
nota técnica

como desenhar instalações


fotovoltaicas multi­‑inversor ou como
descentralizar as nossas instalações
À pergunta se devemos considerar a opção de conceber instalações com mais do que um inversor,
respondemos sempre da mesma maneira: sempre que seja possível iremos oferecer aos nossos
clientes, instalações de autoconsumo com um só inversor.
Amara­‑e

Mas se pararmos para pensar, há muitos argumentos que nos incitam a des- margem de cer teza razoável, com a aplicação da filosofia de Qualidade
centralizar a nossa instalação e passar de instalações mono­‑inversor a insta- Coerente que, da melhor maneira possível, cada um de nós, como ins-
lações multi­‑inversor, como por exemplo as opções tecnológicas disponíveis taladores ou electricistas, tentamos aplicar.
no mercado, os custos de produção ou a fiabilidade e o baixo risco... É por Avancemos nesta simples análise com um exemplo paralelo: a nossa
isso que, neste artigo, o nosso colega Francisco Javier Hernández nos ajuda caraterística instalação de 100 kW. Porquê? Porque há centenas de ins-
a refletir sobre esta premissa e a analisar seriamente a possibilidade de talações de autoconsumo, já executadas de até 100 kW, há potencial-
desenhar instalações descentralizadas baseadas num sistema multi­‑inversor. mente milhares de instalações de até 100 kW por fazer, há pouca gama
À pergunta se devemos considerar a opção de conceber instalações de modelos por par te dos fabricantes de inversores com uma potência
com mais do que um inversor, já temos uma resposta generalizada no superior a 100 kW relativamente à gama de menos de 100, e muitas
setor: sempre que seja possível iremos oferecer aos nossos clientes ins- menos ainda com capacidade de injetar a 400 V em corrente alternada,
talações de autoconsumo com um só inversor. Esta resposta já faz parte uma vez que começaríamos a pôr um pé no nível de “Utility­‑Scale Solar”.
da nossa cultura de autoconsumo, até porque tentamos utilizar o menor Por outro lado, parece lógico pensar que este raciocínio é difícil de apli-
número possível de inversores e, se a potência a instalar o permitir, ape- car ao setor residencial, que não costuma utilizar potências de insta-
nas um. Desta forma, apenas passamos de uma filosofia mono­‑inversor lação superiores a 6 kW, além do relativo nível de impor tância que o
a uma aplicação multi­‑inversor por limitações tecnológicas do mercado ativo fotovoltaico tem no referido setor.
nesse momento, pensando nessa única variável “de que tanto gostamos”: Quando concebemos a nossa instalação fotovoltaica de maneira auto-
ter na nossa oferta o preço mais baixo possível. mática, todos aplicamos uma “equação” de variáveis para obter o resultado
Permitamo­‑nos pensar nisso por um momento, sem realizar uma análise cien- que esperamos. Esse resultado passa apenas por conseguir a venda da ins-
tífica, especialmente técnica, matemática, estatística... apenas uma análise simples. talação ao cliente final. Essa venda irá originar receitas e, se tudo correr
A criação do ativo fotovoltaico requer uma série de passos lógicos con- bem, margem suficiente para contribuir para a manutenção da empresa
tinuados, desde a conceção dos seus estudos prévios até ao seu início e juntamente com a venda seguinte e a seguinte... Na nossa mente, nesse
funcionamento durante a sua vida útil e, para que tudo isso leve aos resul- momento, podemos ter equações com bastantes variáveis e outras com
tados energéticos, económicos e operativos esperados dentro de uma menos, dependendo da nossa atitude, capacidade, aprendizagem, conhe-
cimento, interesses, entre outros, até ao ponto de vermos equações com
uma única variável: “que a minha oferta seja a mais barata, tudo o resto é
praticamente indiferente, instalo o que quer que seja”. Há empresas que
utilizam equações mais longas com variáveis suficientes para procurar o
garfo mais fino possível de qualidade coerente, e dentro de todas essas
variáveis, surge a do título deste texto, e que se pretende equilibrar jun-
tamente com as restantes variáveis para que a equação final seja com-
pleta e o seu resultado seja o mais harmonizado ou equilibrado possível,
confecionando um ativo bem concebido para aqueles que confiam o seu
dinheiro e o seu investimento à nossa empresa.
Vamos compor a nossa variável, de “quantos inversores instalo” e ana-
lisemos as suas subvariáveis para nos ajudar a responder à questão.
Para confecionar 100 kW podemos utilizar, por exemplo, 4 inverso-
res de 25 kW ou 3 inversores de 33 kW ou 2 inversores de 50 kW, ou
um só inversor de 100 kW: mono­‑inversor ou multi­‑inversor para insta-
lações solares fotovoltaicas?
Comecemos com a nossa proposta de 8 variáveis:

44
nota técnica

Variável 1: seleção tecnológica Variável 3: fiabilidade pormenorizada


Parece razoável pensar que a seleção de tecnologia e fabricante tem Seria conveniente informar­‑se e conhecer a história de um fabricante de
uma influência impor tante pela confiança que nos proporciona. Só inversores e apoiar­‑se em dados como: desde quando é fabricante, evolu-
pelo facto de utilizar uma tecnologia concreta, como a otimização por ção tecnológica e história, política e funcionamento do seu I+D, gestão e
string ou a tecnologia MLPE de otimização por módulo ou microin- análise de melhora de falhas e defeitos, países e regiões onde esteve, está
versores, começa a delimitar a resposta à nossa pergunta. Para além e/ou pensa estar, se for possível, significando “estar” todos os serviços de
disso, pensar num ou noutro fabricante, na nossa perceção sobre a que precisamos no mercado onde nos encontramos ou participamos, índice
sua eletrónica de potência e a nossa formação e informação sobre de falhas medidas em relação à sua quantidade de equipamentos vendidos
ela, também nos irá ajudar a inclinar­‑nos por colocar mais ou menos e tempo de presença no setor, anos de garantia e condições do seu uso,
inversores CC/CA. garantias ou apólices de segundo nível que cubram a sua possível ausên-
cia ou saída do setor e, finalmente, qual é a sua filosofia empresarial e de
aposta firme pelo mercado da energia solar fotovoltaica. De certeza que o
Variável 2: serviço pós­‑venda leitor se lembra de mais algum para adicionar, para ajudar a decidir se dese-
Vimos na Variável 1 que a fiabilidade tecnológica e a nossa confiança na nhamos com um só inversor ou com vários, de um fabricante em concreto.
eletrónica do fabricante é importante na nossa decisão sobre o número
de inversores. Talvez também seja razoável pensar que o serviço de repa-
ração, assistência ou substituição tem um nível de importância semelhante, Variável 4: afetação ao OPEX
sobretudo se, ao referido serviço pós­‑venda pudermos acrescentar a De uma forma ou de outra, a deteção de uma avaria, a gestão operativa
difícil visual de que o referido fabricante permaneça ao longo do tempo necessária e o corretivo de substituição de um inversor tem um custo.
no mercado, no setor concreto e na região ou país onde se desenvolve Este será assumido pelo utilizador final, pelo fabricante, pelo instalador,
a nossa atividade. Esta variável é curiosa. Reparemos no facto de que pelo responsável pela manutenção... seja quem for, alguém deverá assu-
esta não só depende da política interna de um fabricante, mas também mir esse custo. Para além disso, também se deve ter em conta a gestão
da influência que tem sobre ela a estabilidade jurídica de um mercado da manutenção: o tempo de resposta do empreiteiro, e a que, de uma
sobre energia solar fotovoltaica na nossa região, que pode afetar a esta- forma ou de outra, também se exige da instalação: o MTBF, a disponi-
bilidade e consolidação pós­‑venda de um fabricante e, portanto, indire- bilidade de instalação e o tempo de atividade. Em todo este contexto
tamente, a nossa questão. de O&M e KPI característicos da sua gestão, é possível distender esta
PUB.

45
nota técnica
COMO DESENHAR INSTALAÇÕES FOTOVOLTAICAS MULTI­‑INVERSOR OU COMO DESCENTRALIZAR AS NOSSAS INSTALAÇÕES

função, se a falha ou avaria produzir uma paragem de 25% da produ- dos fabricantes. O que irá acontecer amanhã? Que novo problema pode-
ção, de 33% ou de 50%, em vez de 100%? Parece lógico pensar que sim. ríamos encontrar relativamente à disponibilidade real de eletrónica? Talvez
neste contexto, do qual todos devemos aprender muitas coisas, possamos
desbloquear a barreira que nos impede conceber uma instalação baseada
Variável 5: custo do inversor num sistema de multi­‑inversores de menor potência e respondermos à
O preço de um inversor poderia ser o mesmo que o seu custo? Pense- consequente pergunta e também a mais importante: Qual é o custo para
mos num inversor de 100 kW pelo qual pagámos 4500 € + IVA. Clara- a minha empresa da NÃO instalação esperando inversores de alta potên-
mente, a quantidade referida é o seu preço, mas é também o seu custo? cia com baixa disponibilidade e datas incertas? Poderia ser superior aos
Respondamos a este conceito colocando mais questões: Quanto custa 2000,00 € de média obtidos na nossa tabela de preço, como sobrepreço,
um inversor parado de 100 kW que nos proporcionava uma poupança não sobrecusto?... Pensemos, instalar ou não instalar, essa é a questão. E, ao
média diária de 300 € + IVA na nossa fatura da luz? Acreditamos real- mesmo nível de importância: Qual é o sobrecusto para o nosso consumi-
mente que o custo é o seu preço? Reduzimos esse risco económico se dor, o utilizador do ativo, o nosso cliente, estar à espera de tecnologia de
não pararem 100 kW e apenas pararem 50 kW? E se fossem apenas 33 alta potência durante semanas ou meses, sem poder autoconsumir ener-
ou 25 kW parados, em troca de um investimento inicial um pouco supe- gia de origem solar com tecnologia fotovoltaica e poupar no seu recibo
rior? Em conclusão, pensemos no custo que reflete a dependência de um de consumo de energia elétrica? Será superior a pagar o sobrepreço dos
só equipamento possivelmente parado durante vários dias no âmbito de nossos 2000,00 €? … pensemos também sobre isso.
exigência de uns KPI não altamente exigentes.

Variável 8: diferenças de exposição solar e topologia


Variável 6: preço do inversor. Afetação ao CAPEX de instalação
Agora sim, chegámos à variável Preço. Vejamos em números generais e Especialmente em telhados, aprendemos a utilizar tecnologia de otimiza-
em meios de mercado como pode afetar o montante de Investimento ção e diferenciação de MPPT com os inversores atuais. Ao mesmo tempo,
na instalação e o Capex. Para além disso, o leitor poderá assim utilizar perante exposições diferenciadas por inúmeros motivos, a diferenciação
a tabela trocando os valores pelos dos seus casos reais e ter assim uma ótima será “sempre” o uso de multi­‑inversores, com tecnologias de otimi-
apreciação correta da análise desta variável. zação. Sim, mas repartindo o campo solar em diferentes equipamentos
Se observarmos esta análise de preço, podemos ver que entre instalar um o que, por sua vez, nos pode beneficiar por uma morfologia e distribui-
só inversor ou vários haveria uma repercussão diferencial de entre 2 e 2,5% ção de telhados complexa, ou pela distribuição de injeção de potência
sobre o Capex, que estaria em cerca de 2000,00 € de média. Com estes em baixa tensão para o aproveitamento de controladores de derrame
dados, que cada instalador e Epcista deve calcular, até onde estaríamos dis- Mestre­‑Escravo (sistema sem excedentes), que aproveitam toda a energia
postos a utilizar uma filosofia multi­‑inversor, com o guião comercial adequado, gerada e nos evitam os custos de injetar em média tensão. Nestes cenários,
em que este artigo também nos tenta ajudar, para melhorar a qualidade coe- a decisão multi­‑inversor parece destinada a ser a mais acertada e correta.
rente da instalação fotovoltaica que estamos a criar para o nosso cliente?

Conclusão
A conceção do ativo fotovoltaico compõe­‑se de muitas variáveis. Somos capa-
zes de as detetar e entender, e uma delas é: Quantos inversores devo instalar
e de que tecnologia? Esperamos que estas linhas nos ajudem a todos, com as
nossas 8 variáveis, a melhorar os nossos critérios de tomada de decisões e o
nosso guião comercial. Esperamos também que o leitor some mais variáveis
a este texto para melhorar a sua capacidade de decisão e o seu garfo de qua-
lidade coerente oferecida ao seu cliente final, independentemente do facto
de a sua concorrência optar sempre por “com um só inversor e mais barato”.
Para além disso, para ajudar neste trabalho, inventámos a nossa “janela­
‑semáforo” para que, com uma rápida vista de olhos, todos entendamos
para onde queremos dirigir o nosso cliente final, para que ele entenda
melhor a qualidade do seu ativo e para nos diferenciar e proporcionar
uma melhor instalação com multi­‑inversor:

Variável 7: disponibilidade e mercado de fabricantes


Como saberão os mais veteranos do setor, os últimos anos mostraram­
‑nos que aquilo que acreditamos estar disponível em tecnologia e preço,
por vezes, não está assim tão disponível. Em 2021 tivemos dificuldades na
disponibilidade de módulos fotovoltaicos, em 2022 surgiram problemas
derivados dos semicondutores, microchips, a alta procura, entre outros, que
provocam uma falta de disponibilidade de inversores fotovoltaicos, sobre- É bom pensarmos como passar do “semáforo vermelho” para o “semá-
tudo inversores de alta potência (de mais de 50 ou 60 kW), na maioria foro verde”: Força!.

46
PUB.
nota técnica

using power electronics


and automation to simulate
solar PV systems
Pedro Fonte
Armando Cordeiro DEEA; LCEC, DEEEA; ISEL, IPL
Department of Electrical Engineering and pedro.fonte@isel.pt
Automation (DEEA); LCEC, DEEEA; ISEL,
Instituto Politécnico de Lisboa (IPL); INESC­‑ID Daniel Foito
armando.cordeiro@isel.pt SustainRD; ESTSetúbal – IPS; CTS – Uninova Abstract
daniel.foito@estsetubal.ips.pt This paper presents a solar photovoltaic panel simulator system with
Filipe Barata the ability to perform automatic tests in different condition according
DEEA­‑ISEL, IPL Paulo Gâmboa to manufacture parameters. This simulator is based on three buck­
filipe.barata@isel.pt DEEA­‑ISEL, IPL; INESC­‑ID ‑boost DC­‑DC converters controlled by a microcontroller and
paulo.gamboa@isel.pt supported by a AXC 1050 Programmable Logic Controller from
V. Fernão Pires Phoenix Contact which is responsible for running the automatic
INESC­‑ID; SustainRD; ESTSetúbal – Instituto Hélio Lopes tests. This solution allows to understand the typical operation
Politécnico de Setúbal (IPS) DEEA­‑ISEL, IPL of solar photovoltaic panels and MPPT algorithms considering
vitor.pires@estsetubal.ips.pt a35328@alunos.isel.pt suddenly changes in the irradiation, temperature, or load.

Miguel Chaves João F. Martins Keywords


DEEA­‑ISEL, IPL; INESC­‑ID CTS – Uninova; DEEC/FCT/UNL PV simulator; Emulator; PV system; Sliding mode controller; Buck­
miguel.chaves@isel.pt jf.martins@fct.unl.pt ‑Boost DC­‑DC converter; AXC 1050; Phoenix Contact.

I. Introduction system is based on a microcontroller supported by a PLC (Programmable


Investments in renewable power capacity have been increasing over the Logic Controller) from Phoenix Contact (AXC 1050), making possible to
last years, and electrical production/distribution corporations are conti- evaluate the performance of different MPPT algorithms, solar PV panels,
nuously breaking records for sourcing renewable electricity. According to solar irradiation, temperature, and load variation. As a result, due to the
the latest report from REN21 [1], an estimated 256 gigawatts (GW) of adopted power converter topology and the proposed automated con-
renewable power capacity were added globally during the year of 2020, trolled system, it is obtained a solution that allows a fast change in the
surpassing the previous record by nearly 30%. Solar Photovoltaic (PV) simulator control system according to necessary modifications, achieving
had another record­‑breaking year in 2020, with new installations rea- a good performance in different conditions and with different MPPT algo-
ching an estimated 139 GWDC (GigaWatt Direct Current) and the glo- rithms. The main novelty of this work is the possibility to test automati-
bal total solar PV is estimated around 760 GWDC, including both on­‑grid cally the I­‑V curves of different PV panels according with data available
and off­‑grid capacity. These numbers reveal that solar PV play an impor- from manufacture manuals.
tant role in the present global electricity generation due to supporting
government policies, climate change awareness and benefits from tech-
nological advances (with solar cell efficiencies increasing steadily), and II. System Description
lower production costs due to massive production driven by the gro- The proposed solution is composed by a DC power source, three clas-
wth of new markets. Nevertheless, there are still issues to be investi- sic buck­‑boost DC­‑DC converters, a DSP microcontroller, a PLC com-
gated and improved in the design of components of PV systems. There bined with a SCADA (Super visor y Control and Data Acquisition)
are also other aspects related to learning of the operation, control and software, two signal conditioning boards (voltage and current), one PWM
test the solar PV systems to easily integrate them in both on­‑grid and modulator circuit, two analog sliding mode circuits and a RL load. The
off­‑grid applications. To continue promoting the development and instal- solution is able to operate in two different modes, namely the test panel
lation of solar panels, it is also necessary to invest in the training of tech- mode (mode I) and MPPT test mode (Mode II). The block diagram of
nicians and young researchers. This paper demonstrates how to create a the mode I can be seen in Figure 1. This mode is dedicated to test and
solar PV panel simulator system up to 350W based on three buck­‑boost simulate the I­‑V curve of the panel according to data parameters of the
DC­‑DC power converters to reproduce the necessary simulation and manufacture considering different solar irradiance and temperature refe-
test conditions automatically. The core of this solar PV panel simulator rence values. In this mode only two DC­‑DC buck­‑boost converters are

48
nota técnica

used (only in buck operation; the first one simulates the solar PV panel;
the second one performs load variation through a Pulse Width Modu-
lation – PWM technique). The first step consists in adjusting the DC
power source to 60V. The second step consists in introducing the solar
panel parameters, desired solar irradiance, and temperature reference
values within the visualization software from Phoenix Contact (VISU+).
In this software is possible to define up to 24 reference values for irra-
diance and local temperature and up to 12 variable load percentage
values. After completed this operation, the visualization software sends
all the information to the PLC which is then responsible to send the desi-
red data to the DSP microcontroller through the RS232C communica-
tion channel. After receiving all the information, the AXC 1050 PLC runs
the program to automate the simulation tests and starts the operation
of the DSP device to simulate the solar PV panel I­‑V curve. The PLC pro-
gram changes the pre­‑specified reference values for irradiance and local
temperature at each 20 second and records the solar PV voltage and Figure 2 The block diagram of the mode II (MPPT test mode).
current feedback in the PLC memory registers. After finishing the simu-
lation tests for all the pre­‑specified reference values, the results are dis-
played in the visualization screen layout to the operator. The
communication between the visualization software and the PLC is per-
formed using the Modbus TCP/IP protocol.

Figure 3 Classic buck­‑boost DC­‑DC topology adopted.

III. Solar PV Panel Model


The solar PV simulator is controller in order to emulate the output PV
panel voltage at the terminals of the capacitor C1 (see Figure 3). Thus,
the reference of the controller must be generated by an I­‑V characteris-
tic of PV module that is in test according to manufacture parameters. The
adopted solar PV panel model is one of the most used and adopted by
Figure 1 The block diagram of the mode I (test panel mode).. industry, the single diode model [4]. The equivalent circuit of this model
is presented in Figure 4.

The block diagram of mode II can be seen in Figure 2. This solution is


used to perform a test to the MPPT control algorithm and evaluate the
delivered power in different load conditions. In this mode the three DC­‑DC
buck­‑boost converters are used, where two of them operate in buck
mode and the other in boost mode (see Figure 2). The operation is simi-
lar to mode I but in this mode the user also selects the desired MPPT
algorithm in addition to all the other parameters. In the proposed solu-
tion only two classical MPPT techniques [2], [3] were implemented, namely
the perturb and observe (P&O) and the hill climbing (HC). These tech-
niques are easily implemented because of their less complexity in the
algorithm and are most efficient for uniform irradiation conditions as the
PV will generate only one Global MPP in these conditions.
To avoid the development of different converters in the proposed solu- Figure 4 Electric equivalent circuit of a PV module using the single diode model.
tion, it was adopted a single PCB board type with the classic buck­‑boost
DC­‑DC converter. Connecting the converter from the left to the right
(switching S2 and maintaining S1 turned off) operates as boost topology. IV. Experimental Tests
In the opposite direction operates as buck topology (switching S1 and This section presents some experimental results to demonstrate the ope-
maintaining S2 turned off). Figure 3 illustrates the classic buck­‑boost ration of the proposed simulation and test system.The experimental results
DC­‑DC converter adopted. were obtained using the laboratorial setup presented in Figure 5. In this

49
nota técnica
USING POWER ELECTRONICS AND AUTOMATION TO SIMULATE SOLAR PV SYSTEMS

figure is possible see the three DC­‑DC converters (green PCBs which
include two C2M0080120D SiC MOSFET and the respective drive cir-
cuits) with the respective inductors, one AXC 1050 PLC from Phoenix
Contact (see Figure 6), a red PCB with current sensors, a yellow PCB with
voltage sensors, and the Microchip DSP microcontroller mounted in a
breadboard circuit. To supply the system, it was used a laboratorial DC
power source adjusted to 60V.

Figure 7 Experimental result in mode I (test panel mode). Output current (CH1) and output
voltage(CH3) considering a step solar irradiation from 600 W/m2 to 1000 W/m2 both at 25 ºC.

Figure 5 Experimental setup of the proposed system.

Figure 8 Comparison of simulation and experimental results regarding the I­‑V characteristic
curves of the solar PV SGP­‑120W18V [27].

curves which indicate the validation of the solar PV panel model para-
meters and control strategy adopted.
Another experimental result is presented in Figure 9. In this case the
test was performed in mode II (MPPT test mode). The MPPT algorithm
was designed to continually control the duty­‑cycle of the boost DC­‑DC
Figure 6 Experimental setup of the proposed system. converter. This result shows the output power (Ch3), current (Ch2­‑1A/
div) and voltage (Ch1­‑50/div) of the boost converter. It is possible to con-
clude that the system is able to produce the same power for different
The first experimental test was performed to evaluate the operation load conditions with good dynamics.
of the buck DC­‑DC converter associated to the solar PV simulator and
the DSP microcontroller performance to accomplish the I­‑V characte-
ristic curves (mode I). The result of the first test can be seen in Figure 7, V. Conclusions
showing the current (Ch1­‑1A/div) and voltage (Ch3­‑5V/div) considering This paper presents the development of a solar PV simulator system based
a continuous load variation and a solar irradiation change from 600W/ on three buck­‑boost DC­‑DC power conver ters using a sliding mode
m2 to 1000W/m2 at 25ºC. controller in two of them. The proposed solution can perform automa-
The result presented in Figure 8 shows a comparison between the simu- tic test in two different modes to simulate the I­‑V characteristic curve of
lation and experimental (average values) results regarding the I­‑V cha- a solar PV panel and the MPPT algorithm adopted, which can be selec-
racteristic curves obtained in both situations. These results show similar ted in a visualization software from Phoenix Contact. The solution can be

50
PUB.

Figure 9 Experimental result in mode II (MPPT test mode). Output voltage (CH1),
output voltage (CH2) and output power (Ch3) considering two step load variations.

easily modified according to the values specified by manufactures.


The experimental results demonstrate that the PV simulator can
mimic a real solar PV panel in terms of solar irradiation and tempe-
rature variation. Also, the classic MPPT perturb and observe (P&O)
algorithm is compatible with the operation cycle of the AXC 1050
PLC, generating good results. The main limitation of the proposed
solution is the available power circuits of the DC­‑DC converters
(up to 350W) which can be increased designing new converters.

Acknowledgment
This work was supported by Instituto Politécnico de Lisboa, refe-
rence code: IPL/2021/ATS2SPV_ISEL. The authors would like to ack-
nowledge Phoenix Contact Portugal for providing the Programmable
Controller AXC 1050 and VISU+ software through the Phoenix
Contact EDUNET partnership.

References
[1] Renewables 2021 Global Status Report – a comprehensive annual
overview of the state of renewable energy, REN21. https://ren21.
net/gsr­‑2021/
[2] R. Ahmad, A. F. Murtaza, and H. A. Sher, “Power tracking techni-
ques for efficient operation of photovoltaic array in solar applica-
tions­‑ A review”, Renewable and Sustainable Energy Reviews, vol.
101, pp. 82–102, Mar. 2019.
[2] M. A. G. de Brito, L. Galotto, L. P. Sampaio, G. D. A. e Melo, and
C. A. Canesin, “Evaluation of the main MPPT techniques for pho-
tovoltaic applications”, in IEEE Transactions on Industrial Electro-
nics, vol. 60, no. 3, pp. 1156–1167, Mar. 2013.
[2] Kuang­‑Hui Tang, Kuei­‑Hsiang Chao, Yuan­‑Wei Chao, Jyun­‑Ping
Chen, “Design and Implementation of a Simulator for Photovoltaic
Modules”, International Journal of Photoenergy, vol. 2012, Article
ID 368931, 6 pages, 2012.
[2] W. Gao, J. Hung, “Variable structure control of nonlinear systems: a
new approach”, IEEE Trans. Ind. Elect., vol. 40, no. 1, pp.45­‑55, 1993.
[2] w ww.sungoldsolar.com/SGP­‑ 320W36V­‑ Poly­‑ Solar­‑ Panel­
‑pd6089854.html
nota técnica

aproveitamento solar térmico


em piscinas, um estudo
experimental e numérico – 2.ª Parte
António José da Anunciada Santos
Eng.º Mecânico Térmico
Formador na Academia Rolear

3. Resultados e Discussão Pelo gráfico da Figura 3‑1 (por motivos técnicos existe um período com
Os resultados encontram-se dispostos pelos mesmos sectores descritos falta de dados), observa-se que durante o período A as piscinas NC e FC
na metodologia de trabalho: estudo térmico real; calibração da rotina e têm uma temperatura na água em torno do valor médio de 11 ºC, com
método de cálculo simples; estudos paramétricos e casos particulares. uma evolução mais amortecida na FC; no caso da 2C, a energia solar con-
seguiu elevar a temperatura de 17 a 24 ºC, com um aumento médio de
3.1. Estudo térmico real 0,12 ºC/dia. No período B piscina NC, consegue alcançar perto do final o
Pela Tabela 3‑1, verifica-se que a irradiação em 2005 atingiu um valor máximo valor de 24 ºC, enquanto a 2C ultrapassa os 30 ºC e permanece durante
de 26 MJ/(m2 dia) no mês de Junho, com uma temperatura média no ar de grande parte do período C.Verifica-se também que a piscina 2C, em prin-
24 ºC, e um valor mínimo no mês de Dezembro de 8 MJ/(m2 dia), com 13 ºC cípios de Março de 2006 alcança novamente temperaturas superiores a
para a média do ar.Verifica-se também que o ano de 2005 não foi muito mais 24 ºC. Assim, em termos gerais, para a faixa na água entre os 24 e 30 ºC,
frio, nem muito mais quente que o ano típico. Pois os valores das tempera- a piscina NC teve condições favoráveis à sua utilização em cerca de 1731
turas mínimas durante a estação fria, no máximo foram inferiores aos valo- horas durante o ano; e a piscina 2C em cerca de 1979 horas anuais.
res típicos em 1,8 ºC (Fevereiro) e os valores das temperaturas máximas No entanto, pela Tabela 3‑2, numa análise específica em termos médios
durante a época quente, no máximo foram superiores aos típicos em 1,2 ºC diários por níveis térmicos, verifica-se que a piscina NC apresentou: cerca
(Junho). As quantidades de energia solar global recebida numa superfície hori- de 74 dias com temperaturas iguais ou superiores a 24 ºC, distribuídos
zontal em 2005, foram ligeiramente superiores ao ano típico nos meses mais entre Junho e Setembro; 14 dias com temperaturas iguais ou superio-
frios, e ligeiramente inferiores nos meses mais quentes. res a 26 ºC, distribuídos entre Julho e Agosto; e sem dias com tempera-
turas na gama dos 28 ºC. Para o caso da piscina 2C, esta mesma análise
verifica: 251 dias com temperaturas iguais ou superiores a 24 ºC, distri-
Tae Hr
Hh
Ws DTmax DTmin DHrmax DHrmin
DHh buídos entre Fevereiro e Novembro; 228 dias com temperaturas iguais
Mês [MJ/ [MJ/
[ºC] [%]
(m dia)]
2
[m/s] [ºC] [ºC] [%] [%]
(m2dia)]
ou superiores a 26 ºC, distribuídos entre Março e Novembro; e 198 dias,
Janeiro 11.2 60.7 11.6 1.1 -1.2 -0.7 -12.2 -17.9 3.6 com temperaturas iguais ou superiores a 28 ºC, distribuídos entre Abril
Fevereiro 10.6 57.4 13.5 1.3 -2.3 -1.8 -13.8 -21.3 2.7 e Outubro. Também se pode retirar que temperatura da água tem uma
Março 13.1 75.5 13.4 1.4 -2.4 0.8 0.3 1.5 -0.6
Abril 16.5 59.5 21.1 1.4 -0.5 1.5 -9.0 -8.7 1.0
Maio 19.7 51.8 24.0 1.5 0.3 1.5 -11.1 -18.8 -0.2
Junho 23.8 37.8 26.3 1.6 1.2 3.0 -26.2 -25.7 -0.5
Julho 24.7 34.6 25.8 1.5 -1.4 1.5 -30.6 -22.1 -2.4
Agosto 25.5 30.8 22.3 1.4 -1.6 2.3 -29.8 -27.0 -3.6
Setembro 22.6 34.5 19.6 1.3 -1.1 1.3 -25.4 -33.3 0.5
Outubro 19.0 70.2 12.4 1.1 -2.0 1.5 1.2 -3.8 -1.1
Novembro 13.8 71.3 10.5 0.8 -2.3 -0.5 3.0 -9.2 1.4
Dezembro 12.5 70.3 8.3 1.1 -1.5 0.9 0.2 -8.8 0.7
Média 17.7 54.5 17.4 1.3
Legenda: Tae= temperatura média do ar seco exterior; Hr= humidade relativa média
do ar exterior; Hh= irradiação solar global diária média mensal num plano horizontal no
exterior; Ws= velocidade média do vento perto da piscina 2C; DTmax e DTmin = diferença
de temperaturas médias mensais das máximas (max) e mínimas (min) do ar seco exterior
entre o ano de 2005 e o ano típico; DHrmax e DHrmin = diferença de humidades relativas
médias mensais das máximas (max) e mínimas (min) do ar exterior entre o ano de 2005 e
o ano típico; DHh = diferença da irradiação solar global diária media mensal numa superfície
horizontal entre o ano de 2005 e o ano típico. (2005-tipico)

Tabela 3‑1 Dados climáticos do ano de 2005 e diferenças entre 2005 e o ano típico da Figura 3‑1 Temperaturas horárias (médias nos vários níveis) para as três piscinas (NC, FC,
região de Faro. e 2C) durante o ano de 2005 e parte de 2006.

52
nota técnica

Piscina NC Piscina 2C
Mes Tag DT [ºC] DT [ºC] DT [ºC] Dias Tag DT[ºC] DT[ºC] DT [ºC] Dias
[ºC] (ag-ar ) (max-min) (sup-fun) 24 26 28 [ºC] (ag-ar ) (max-min) (sup-fun) 24 26 28
Janeiro 11.3 0.2 1.1 1.3 0 0 0 19.5 8.3 0.3 1.3 0 0 0
Fevereiro 11.2 0.7 1.4 2.6 0 0 0 22.6 12.0 0.3 1.4 3 0 0
Março 14.2 1.0 1.3 2.4 0 0 0 23.4 10.3 0.3 0.3 15 1 0
Abril 18.1 1.7 1.8 2.8 0 0 0 30.4 13.9 0.4 0.5 30 30 24
Maio 20.9 1.3 1.9 2.7 0 0 0 32.7 13.1 0.5 0.2 31 31 31
Junho 23.9 0.2 2.0 2.2 15 0 0 31.4 7.7 0.8 0.1 30 30 30
Julho 25.0 0.4 1.9 1.7 25 6 0 33.4 8.7 0.6 0.2 31 31 31
Agosto 25.2 -0.3 1.8 1.0 29 8 0 32.2 6.8 0.7 -0.1 31 31 31
Setembro 23.0 0.5 1.9 1.1 5 0 0 30.6 8.0 0.6 -0.3 30 30 30
Outubro 20.8 1.8 1.3 0.8 0 0 0 30.4 11.4 0.4 -0.6 31 31 21
Novembro 15.7 1.8 0.7 1.1 0 0 0 24.6 10.8 0.2 0.1 19 13 0
Dezembro 12.7 0.2 1.1 0.7 0 0 0 21.3 8.8 0.3 0.0 0 0 0
Media para ºC
18.5 0.8 1.5 1.7 74 14 0 27.7 10.0 0.4 0.3 251 228 198
Total para dias

Legenda: Tag = temperatura média da água nos vários níveis, e média mensal sobre todos os dias e todas as horas; DT(ag-ar) = diferença média mensal entre as temperaturas da água e ar
exterior; DT(max-min) = diferença diária média mensal entre as temperaturas da água máximas e mínimas; DT(sup-fun) = Valores médios mensais das máximas diárias entre a superfície e o
fundo; Dias = dias com a temperatura da água � que os níveis mínimos de temperatura (24, 26 e 28ºC).

Tabela 3‑2 Informação para a temperatura de água medida durante o ano de 2005.

evolução semelhante ao ar exterior com diferenças médias anuais de 1 ºC com um funcionamento diário de 4 horas durante os 365 dias do ano,
para a piscina NC e de 10 ºC para a de 2C. estima-se um consumo anual para a circulação de 4520 MJ. Assim, em ter-
Na Tabela 3‑3 apresenta-se um conjunto de correlações entre algu- mos globais, e considerando desprezável a iluminação interior da piscina,
mas das variáveis medidas. O parâmetro de medida do ajuste é o cha- os consumos eléctricos anuais rondaram os 10438 MJ. Considerando um
mado de coeficiente de correlação. Este é um quociente de diferenças custo da energia eléctrica de 0,11 Euros/kWh, obtém-se um custo global
quadráticas entre cada par de valores de análise, xi, yi, e a média do inter- de 319 Euros/ano (10438/3.6 x 0.11), onde para o aquecimento apenas
valo, xm, ym, ou seja: se gasta cerca de 181 Euros/ano. Relacionamento dos consumos térmi-
cos com as variáveis climáticas durante o período de medições anterior,
obtém-se um valor térmico médio de 7MJ/(m3 dia), para uma irradiação
3.1. global numa superfície horizontal exterior de 13,6 MJ/(m2 dia) e tempe-
ratura do ar exterior de 12 ºC.
Pelos resultados dos cálculos energéticos à piscina 2C (ver Tabela 3‑6),
verifica-se que a alteração no comportamento emissivo da cobertura,
Assim, se verifica mais uma vez que a temperatura da água tem um muda significativamente a parcela de perdas por radiação de onda larga;
relacionamento forte com a temperatura do ar exterior. No caso da pis- passando de um valor inferior à convecção, quando corpo cinzento, para
cina NC, os coeficientes de correlacionamento aumentam de 0.7584 em
valores de temperatura horária, para 0.9859 para valores mensais. Para
a piscina 2C, estes aumentos são de 0.618 para 0.8616 para os mesmos Y=AX+B Período de
A B R2
períodos de relacionamento. Também se verifica que os relacionamentos Piscina NC relacionamento

entre a irradiação global com as diferenças entre a água e o ar exterior, X= temperatura ar exterior [ºC],
Horário 0.7550 4.6064 0.7584
Diário 0.8693 2.6420 0.8732
são mais fracos que as duas variáveis anteriores. Nos outros pares de Y= temperatura da água [ºC].
Mensal 0.9595 1.5112 0.9859
variáveis, estes ajustes também são relativamente satisfatórios com dis-
Piscina 2C
tinção para a temperatura do solo.
Na piscina 2C (ver Tabela 3‑4) verifica-se que os meses de eleva- Horário 0.6643 15.47 0.618
X= temperatura ar exterior [ºC],
Diário 0.7839 13.467 0.7252
das amplitudes térmicas no ar interior e humidades relativas mais baixas Y= temperatura da água [ºC].
Mensal 0.8826 11.803 0.8616
(Janeiro, Fevereiro e Abril), correspondem às situações de muito uso da X= irradiação global [MJ/(m2 dia)],
cobertura flutuante e sem ventilação. Os meses de amplitudes e humida- Diário -0.021 10.196 0.0025
Y= Diferença de temperatura
Mensal -0.0215 10.208 0.0043
des mais baixas (Maio...Agosto), correspondem ao pouco uso da cober- (água-ar exterior) [ºC].
tura flutuante e com ventilação. Os restantes meses (Março, Setembro... X= irradiação global [MJ/(m2 dia)],
Dezembro), com baixas amplitudes e humidades elevadas, correspon- Y= Diferença de temperatura
Diário 0.5312 1.1779 0.5338
(água-ar exterior*) [ºC]
dem ao pouco uso da cobertura flutuante e sem ventilação. No entanto, * valor médio para todo intervalo
Mensal 0.7324 -2.0658 0.7625
mesmo no período de Maio a Agosto, foram alcançadas temperaturas de medidas
no ar interior de 58 ºC; situação ocorrida certamente em alguns perío- X= Temperatura média entre a água Horário 0.925 1.1209 0.8644
dos de dia em que não existiu ventilação natural. e o ar exterior [ºC] Diário 0.9924 -0.4036 0.9346
O período significativo de aquecimento da água da piscina 2C, desde o Y= temperatura do solo em [ºC] Mensal 1.0455 -1.6128 0.9898
final do Verão de 2006 ao final do Verão de 2007, para temperaturas entre X= Temperatura média entre a água Horário 1.0275 4.1666 0.5484
e o ar exterior [ºC] Diário 0.8875 7.3457 0.845
os 26 e 31 ºC, esteve compreendido entre 6-11-2006 a 15-4-2007 (ver
Y= temperatura do ar interior [ºC] Mensal 0.8641 7.9126 0.9266
Tabela 3‑5). Durante este período a energia eléctrica medida na bomba de
calor rondou os 5918 MJ, enquanto a potência eléctrica média da bomba Tabela 3 ‑ 3 Correlações entre as variáveis medidas durante 2005 e parte de 2006, para
de circulação rondou os 860 W. Considerando a bomba de circulação as piscinas NC e 2C.

53
nota técnica
APROVEITAMENTO SOLAR TÉRMICO EM PISCINAS, UM ESTUDO EXPERIMENTAL E NUMÉRICO – 2.ª PARTE

Temperaturas médias do ar interior [ºC] Picos de temperatura do ar interior [ºC] Humidade relativa interior Temperaturas [ºC]
Mês
[%]
max min méd DT max min solo se,cs si,cs
Janeiro 36.9 15.7 22.1 21.3 44.7 14.3 66.8 14.7 16.9 19.2
Fevereiro 42.2 15.3 23.8 26.8 49.5 13.3 62.5 15.7 16.4 20.9
Março 31.6 16.6 22.0 15.1 38.3 11.5 85.6 16.8 16.0 20.0
Abril 46.3 23.6 30.4 22.7 51.8 20.1 59.3 22.2 21.6 27.6
Maio 40.1 26.5 31.1 13.6 49.6 22.9 68.3 25.1 25.7 29.7
Junho 38.4 26.1 30.7 12.3 45.0 22.6 77.1 27.4 29.3 30.3
Julho 42.6 27.5 33.0 15.1 58.0 23.1 68.7 29.0 29.1 32.0
Agosto 41.1 27.9 32.6 13.2 46.8 23.6 78.9 28.3 29.2 31.5
Setembro 39.4 26.3 30.8 13.1 42.8 22.3 84.0 26.5 26.3 29.3
Outubro 36.8 25.6 29.3 11.1 47.3 19.6 95.8 24.8 22.5 27.2
Novembro 29.6 20.7 23.8 8.9 40.2 17.3 97.8 19.4 16.5 21.5
Dezembro 26.4 18.2 20.8 8.2 30.9 16.0 98.5 15.9 14.7 18.8

Médias 37.6 22.5 27.5 15.1 45.4 18.9 78.6 22.1 22.0 25.7

Legenda: Temperaturas médias mensais do ar interior, sobre os valores diários máximos (max), mínimos (min) e médias sobre todos as horas (med); DT= diferença de temperatura entre os
valores médios máximos e mínimos; Picos de temperatura do ar interior máximo (max) e minimo (min) mensal; Humidade relativa média mensal sobre todos os dias e horas; Temperatura média
mensal sobre todos os dias e horas para: solo, superfície exterior da cobertura sobrelevada em policarbonato (se,cs), e superfície interior da cobertura sobrelevada em policarbonato (si,cs).

Tabela 3‑4 Informação resultante das medidas durante o ano de 2005, na piscina 2C.

Intervalo de dados climáticos


Condição
Período (P) Tag [ºC] Qele(1) [MJ] Qele(2) [MJ/(m3 dia)] Qter [MJ/(m3 dia)]
climática
Hh [MJ/(m2 dia)] Tae [ºC] Hr [%] W [m/s]

De 6-11-2006 a 3-12-2006 28 698


1 De 15.7 a 25.9 De 10.7 a 18.9 De 40.5 a 77.7 De 1.6 a 4.2 1.3 5.7
De 3-12-2006 a 1-1-2007 26 1040
De 1-12007 a 3-2-2007 27 1415
2 De 11.6 a 15.6 De 8.2 a 19.2 De 54.9 a 83.1 De 1.1a 3.5 1.6 7.0
De 3-2-2007 a 28-2-2007 31 1476
De 28-2-2007 a 31-3-2007 31 806
3 De 2.5 a 11.6 De 5.6 a 19.0 De 56.8 a 90.8 De 0.5 a 5.0 1.9 8.4
De 31-3-2007 a 15-4-2007 31 483

Legenda: Tag= temperatura média da água medida; Qele(1)= Energia eléctrica medida para o aquecimento da água no período (P); Intervalo de dados climáticos nos quais se verificou os
consumos eléctricos médios (Qele(2)) e térmicos (Qter). Nota: a potência térmica pode ser estimada a partir da eléctrica considerando um coeficiente de rendimento da bomba de calor de 4.4

Tabela 3 ‑ 5 Informação resultante das medidas durante 2006 e parte de 2007, na piscina 2C, em regime controlado.

Mês Qce [MJ] Qre,e1[MJ] Qre,e2 [MJ] Qso [MJ] Qga,e1[MJ] Qac [MJ]

Janeiro -8113 -3237 -15415 -619 12356 386


Fevereiro -8743 -3045 -14501 -807 12696 101
Março -5378 -2544 -12115 -856 9180 401
Abril -8888 -3066 -14601 -1020 13575 601
Maio -10549 -3492 -16629 -996 14745 -291
Junho -11411 -3573 -17014 -506 15621 132
Julho -8606 -3649 -17376 -556 12767 -45
Agosto -7051 -3431 -16340 -491 10945 -28
Setembro -5940 -3273 -15585 -516 9910 181
Outubro -5389 -2706 -12888 -717 8136 -676
Novembro -3460 -2412 -11487 -622 6111 -383
Dezembro -2881 -2554 -12163 -690 5918 -207

Total -86409 -36984 -176113 -8395 131960 172

Legenda: Qce= perdas térmicas por convecção entre a cobertura sobrelevada e o ar exterior; :Qre,e1= perdas térmicas por radiação entre a cobertura sobrelevada e o céu, com emitancia
= 0.21 (corpo cinzento);:Qre,e1= perdas térmicas por radiação entre a cobertura sobrelevada e o céu, com emitancia = 1 (corpo negro); Qso = perdas térmicas por condução pelo solo;
Qga,e1= ganhos para Qre,e1; Qac = energia térmica acumulada na água.

Tabela 3‑6 Energia térmica na piscina 2C.

54
nota técnica

um valor superior quando corpo negro. No balanço apresentado nesta ao valor horário da evolução dada pelo gráfico da Figura 3‑2, e N, ao
tabela, a parcela de ganhos energéticos representa a diferença entre os número total de horas.
ganhos solares e outro tipo de perdas que poderão ocorrer, nomeada-
mente as por evaporação, quando existe abertura de janelas. Assim, em
termos anuais, na situação de cobertura como corpo cinzento, a convec-
ção ocupa a maior parcela das perdas, com um valor de 66% dos ganhos,
a radiação um segundo lugar com 28%, e a condução pelo solo o terceiro
lugar com 6%; sendo desprezável a parcela acumulada.

3.2. Calibração da rotina e método simples


A calibração da rotina de cálculo foi centralizada sobretudo durante o
período de tempo A. A melhor solução encontrada de ajuste na tempe-
ratura da água, entre o calculo e a medição, conduziram a um erro médio
durante o período A, dado por

3.2.

de: 0.029 ºC para a piscina NC; 0,019 ºC para a piscina 2C sem utiliza-
ção do Type 56 no balanço energético do ar; 0.138 ºC para a piscina 2C Figura 3 ‑ 2 Evolução horária na temperatura da água na piscina 2C, e NC para o período
com Type 56 para o balanço energético do ar. Neste cálculo, i, corresponde de tempo A (resultados medidos e calculados com e sem Type 56).

Piscina NCs Piscina FCs Piscina 2Cs, sem ventilação Piscina 2Cs, com ventilação

Mês Tag Dias Tag Dias Tag Dias Tag Dias


[ºC] 24 26 28 [ºC] 24 26 28 [ºC] 24 26 28 [ºC] 24 26 28

Janeiro 11.8 0 0 0 12.3 0 0 0 19.4 0 0 0 16.8 0 0 0


Fevereiro 13.2 0 0 0 14.4 0 0 0 21.9 0 0 0 17.9 0 0 0
Março 14.9 0 0 0 16.7 0 0 0 24.3 21 1 0 19.7 0 0 0
Abril 17.7 0 0 0 21.4 5 0 0 27.7 30 21 15 22.2 11 1 0
Maio 21.3 6 0 0 25.4 23 10 3 32.1 31 31 31 25.7 23 12 6
Junho 24.5 21 6 0 27.9 30 29 12 35.4 30 30 30 28.4 30 30 15
Julho 26.4 31 21 1 30.1 31 31 30 38.0 31 31 31 31.1 31 31 31
Agosto 25.9 31 12 1 30.4 31 31 31 38.2 31 31 31 31.3 31 31 31
Setembro 23.1 10 3 0 27.4 30 28 9 34.8 30 30 30 28.7 30 29 21
Outubro 19.3 0 0 0 23.1 12 0 0 29.3 31 31 18 24.3 15 6 0
Novembro 15.6 0 0 0 19.6 0 0 0 24.8 13 6 0 20.7 0 0 0
Dezembro 12.2 0 0 0 15.6 0 0 0 20.7 0 0 0 17.3 0 0 0

Media para ºC 18.8 99 42 2 22.0 162 129 85 28.9 248 212 186 23.7 171 140 104
Total para dias

Legenda: Piscina NCs= piscina exterior simulada semelhante à experimental NC; Piscina FCs= piscina exterior simulada semelhante à experimental NC com cobertura flutuante opaca
durante o dia e noite, desde Janeiro a Março e de Novembro a Dezembro, e no período anual complementar a piscina esteve coberta durante a noite e descoberta de dia; Piscina 2Cs =
piscina interior simulada semelhante à experimental 2C com cobertura flutuante durante a noite e: sem ventilação natural todo tempo, com ventilação natural somente durante o dia; Dias =
dias com a temperatura da água � que os níveis mínimos de temperatura (24, 26 e 28 ºC).
Nota: As 2Cs foram simuladas com o regime livre na água e no ar.

Tabela 3 ‑ 7 Informação resultante dos estudos da piscina exterior e interior com e sem ventilação natural durante o ano típico de Faro.

Grupo 1 – Cobertura sobrelevada em policarbonato alveolar Grupo 2 – Isolamento do vaso em poliestireno extrudido
Caso nº
Espessura Nº Resistência termica Energia térmica Espessura Nº Resistência térmica Energia térmica
Transmitancia solar
[mm] paredes [(m2ºC)/W] MJ/ano [mm] camadas [(m2ºC)/W] MJ/ano

1-referência 6 2 0.104 0.82 23638 0 0 0.057 24801


2 10 3 0.139 0.80 20888 30 1 0.966 20273
3 16 3 0.243 0.70 18617 60 2 1.875 18916
4 20 5 0.415 0.67 14175 90 3 2.784 18248
5 25 6 0.516 0.62 13824 120 4 3.694 17906
6 32 6 0.567 0.61 13193 150 5 4.603 17666

Nota: Piscina com características dimensionais aproximadas à experimental, 2C, mas com regime livre no ar e controlado na água com uma temperatura constante de 26 ºC.

Tabela 3 ‑ 8 Informação resultante dos estudos de materiais na cobertura sobrelevada e vaso da piscina.

55
nota técnica
APROVEITAMENTO SOLAR TÉRMICO EM PISCINAS, UM ESTUDO EXPERIMENTAL E NUMÉRICO – 2.ª PARTE

A calibração do método simples, focada para a situação típica de uti- valores da relação área cobertura/área plano da água de 2.2 a 6.6, as
lização de cobertura flutuante durante a noite, e sem utilização durante perdas são menores que os ganhos solares; para valores maiores que
o dia, conduziu às seguintes diferenças energéticas anuais com a rotina: 6,6 as perdas são maiores que os ganhos. Das várias orientações estuda-
11% para a situação de piscina semelhante à NC; e de 1% para a situa- das, no prisma trapezoidal rectangular, a Sul é a melhor com uns ganhos
ção de piscina semelhante à 2C. As outras situações de uso de cober- percentuais relativamente ao Norte de 21%, seguidas das Este e Oeste
tura flutuante variaram entre 2 e 29%. com 11% cada.
Dos 6 casos, de resistência térmica – transmitância solar, experi-
3.3. Estudos paramétricos e casos particulares mentados na cober tura sobrelevada, aponta-se o 4 como uma situa-
Das situações de piscina exterior estudadas se retira, pela Tabela 3‑7, que ção de bom compromisso entre espessura e poupança energética (ver
durante o ano climático típico de Faro a piscina NCs apresentou: cerca Tabela 3‑8). Esta situação conduz a uma diminuição na energia térmica
de 99 dias com temperaturas iguais ou superiores a 24 ºC, distribuídos auxiliar na água em cerca de 40% em relação ao caso 1 de referência.
entre Maio e Setembro; 42 dias com temperaturas iguais ou superiores Dos outros 6 casos estudados de isolamento do vaso, verifica-se que
a 26 ºC, distribuídos entre Junho e Setembro; e 2 dias com temperatu- o salto significativo em termos de poupança energética (cerca de 18%)
ras iguais ou superiores a 28 ºC. Para o caso da piscina FCs, esta mesma vai para a introdução da primeira camada de 30 mm de espessura de
análise verifica: 162 dias com temperaturas iguais ou superiores a 24 ºC, isolamento. A introdução de uma massa suplementar no espaço inte-
distribuídos entre Abril e Outubro; 129 dias com temperaturas iguais ou rior da nave da piscina, não provoca alterações significativas em termos
superiores a 26 ºC, distribuídos entre Maio e Setembro; e 85 dias, com de poupança de energia.
temperaturas iguais ou superiores a 28 ºC, distribuídos entre Maio e Das situações estudadas de cobertura flutuante, na piscina 2Cs, veri-
Setembro. Também se verifica um incremento médio de 4.2 ºC para os ficou-se que o seu uso durante os períodos nocturnos pode introdu-
meses de Julho, Agosto e Setembro, na temperatura da água na piscina zir poupanças energéticas na água na ordem dos 70%. Uma análise mais
FCs em relação à da NCs. específica em termos médios diários por níveis térmicos, para a situação
Das quatro formas geométricas da cobertura sobrelevada estudadas, média com e sem ventilação, apresentou: cerca de 210 dias com tem-
verificou-se que o prisma trapezoidal rectangular conduziu a um melhor peraturas iguais ou superiores a 24 ºC (distribuídos aproximadamente
aproveitamento solar, com um aumento nos ganhos solares de 4.6% e entre Abril e Outubro); 176 dias com temperaturas iguais ou superiores
uma diminuição nas perdas de 1,4% em relação aos valores médios das a 26 ºC (distribuídos aproximadamente entre Maio e Outubro); e 145
outras três formas. Dos aumentos em área da cobertura sobrelevada dias com temperatura iguais ou superiores a 28 ºC (distribuídos aproxi-
experimentados, nas quatro formas geométricas, verificou-se que para madamente entre Maio e Setembro).

Descrição:
Qsol; Qcap; Qter
Casos n.º Piscinas privadas transformáveis com: regime controlado na água com temperaturas na ordem dos 26ºC; regime livre no ar;
[MJ/ano]
ventilação natural durante o dia e com cobertura flutuante durante a noite.

1 Piscina com Apis, Acst, Acap=28.9, 64.2, 32.0 m^2 (Acap/Apis=1.1; Acst/Apis=2.2) 17104; 21084; 21389
2 Piscina com Apis, Acst, Acap=50.0, 193.2, 40.0 m^2 (Acap/Apis=0.8; Acst/Apis=3.9) 35338; 26710; 30786
3 Piscina com Apis, Acst, Acap=72.0, 414.1, 56.0 m^2 (Acap/Apis=0.8; Acst/Apis=5.8) 56041; 32745; 39280

Média 36161; 26846; 30485

Descrição:
Piscina pública transformável com: regime controlado na água com temperaturas na ordem dos 24ºC; regime controlado no ar com Qsol; Qcap; Qter
Casos n.º
temperaturas na ordem dos 26ºC e humidades relativas entre os 54 a 60%; Apis= 312.5 m2, Acst= 1120.0m2; recuperação de calor [MJ/ano]
do ar de extracção; sem cobertura flutuante das 8:00 às 21:00; e águas quentes sanitárias para 156 pessoas diárias de Jan a Dez.

Acap= 200 m^2; ventilação mecânica 24h por dia (*)


216223; 341024; 553970
1A Aproveitamento solar pelos captadores de Jan..Abr e Out..Dez
216223; 832892; 62102
1B Aproveitamento solar pelos captadores de Jan..Dez

Acap= 150 m^2; ventilação mecânica das 7:00 às 22:00h (*)


216223; 265468; 430778
2A Aproveitamento solar pelos captadores de Jan..Abr e Out..Dez
216223; 648076; 48170
2B Aproveitamento solar pelos captadores de Jan..Dez

Acap= 150 m^2; ventilação das 7:00 às 22:00h (mecânica para (**) e natural para (***))
216223; 265468; 389860
3A Aproveitamento solar pelos captadores de Jan..Abr e Out..Dez
216223; 648076; 7252
3B Aproveitamento solar pelos captadores de Jan..Dez

Aproveitamento solar pelos captadores de Jan..Abr e Out..Dez 216223; 290653; 458203


Média
Aproveitamento solar pelos captadores de Jan..Dez 216223; 709681; 39175

Legenda geral: Apis = área do plano da água; Acst= área da superfície da cobertura sobrelevada; Acap = área da superfície de captadores solares; Qsol = ganhos solares passivos pela
cobertura sobrelevada; Qcap = ganhos solares activos pelo sistema de captadores solares; Qter = ganhos auxiliares térmicos; (*) = período 1 Janeiro a 30 Abril e de 1 Outubro a 31
Dezembro; (**) = período de 1 Janeiro a 15 Abril e de 1 Novembro a 31 Dezembro; (***) = de 16 a 30 Abril e de 1 a 30 Outubro.
Nota geral: Piscinas com características construtivas, formas geométricas e exposição solar semelhantes à monitorizada 2C, transformável de interior para exterior do inicio de Maio a
final de Setembro; captadores solares não selectivos, com cobertura de vidro com 0.75 e 8.5 W/(m^2ºC) para os factores óptico e de perdas térmicas respectivamente.

Tabela 3 ‑ 9 Informação resultante dos estudos particulares de piscinas transformáveis.

56
nota técnica

• Em piscinas do tipo da 2C, para situações sem ventilação natural, o


Em climas Mediterrânicos a temporada natural de uso muito uso da cobertura flutuante aumenta as amplitudes térmicas
de uma piscina pode oscilar entre os 3 e os 7 meses do ar interior e diminuiu os níveis de humidade, o pouco uso, dimi-
do ano de acordo com: o tipo de coberturas; o período nuiu então as amplitudes e aumenta os níveis de humidade. Para
de uso das coberturas; os níveis térmicos mínimos temperaturas pretendias na água de 26 a 31 ºC no período frio, os
de conforto pretendidos para a água. consumos térmicos rondam os 7 MJ/(m3 dia), quando no exterior a
irradiação global num plano horizontal é de 14 MJ/(m2 dia) e a tem-
peratura média do ar exterior de 12 ºC.
Dos estudos das piscinas transformáveis de carácter privado, verifica-
-se para uma fracção solar média dos captadores na ordem de 0,5, as
relações da área de captadores com plano da água variam de 1,1 a 0,8, Referências
quando as relações da área da cobertura sobrelevada com o plano da [1] Almanza R.; Lara J.. 1994. Energy requirements for a swimming pool
água variam inversamente de 2.2 a 5.8 (ver Tabela 3‑9). Neste caso de through a water-atmosphere energy balance. Solar Energy Vol 53 (1),
situação extrema de uso da ventilação natural, durante o período de dia pp 37-39.
e sobre todos os dias, o sol no global em termos médios contribui com [2] Anunciada S.A.; Gomes S. C.; Lillo B. I.; Ruiz H. V..2006. Monitoring and
67% para o aquecimento da água, sendo os restantes 33% provenien- measurement of thermal performance of solar heated outdoor swimming
tes da energia auxiliar. Para uma outra situação extrema sem ventilação pools with different covers. ASME International Solar Energy Confe-
natural durante todo tempo, o sol contribuiria com os 100%, sendo nula rence.
a energia auxiliar. [3] Anunciada S.A..2007. Aprovechamiento Solar en Piscinas, Estúdio expe-
No caso médio de algumas das situações da piscina pública estudada, rimental y numérico. Tesis Doctoral. E.S.I. Universidade de Sevilha
verifica-se que o sol contribui com cerca de 52% quando o aproveita- [4] Croy R.; Peuser F. A.. 1994. Experience with solar systems for heating
mento da energia solar pelos captadores for feita somente no período swimming pools in Germany. Solar Energy Vol 53 (1), pp 47-52.
de utilização da cobertura sobrelevada; quando este for feito durante [5] Czarnecki J. T.. 1963. A method of heating swimming pools by solar
todo ano, a contribuição solar poderá aumentar para cerca de 96%. Em energy. Solar Energy Vol 7 (1), pp 3-7.
ambos os casos a forma passiva contribui com 22%, e no melhor caso, a [6] Duffie J.A. e Beckman W.A..1980. Solar engineering of thermal proces-
activa com 74%, e no pior com 30%. ses. John Wiley & Sons, United States of America. 762 pp.
[7] Francey. J. L. A.; Golding P.;Clarke R.. 1980. Low-cost solar heating of
community pools using pool covers. Solar Energy. Vol 25, pp 407-416
4. Conclusões [8] Francey J. L. A.; Golding P.. 1981. The optical characteristics of swim-
Como conclusões principais deste trabalho de natureza prática/teórica ming pool covers used for direct solar heating. Solar Energy. Vol 26, pp
retira-se que: 259-263.
• Em climas Mediterrânicos a temporada natural de uso de uma pis- [9] Govaer D.; Zarmi Y.. 1981. Analytical evaluation of direct solar heating
cina pode oscilar entre os 3 e os 7 meses do ano de acordo com: o of swimming pools. Solar Energy. Vol 27 (6), pp 529-533.
tipo de coberturas; o período de uso das coberturas; os níveis tér- [10] Heahne E.; Kübler R.. 1994. Monitoring and simulation of the thermal
micos mínimos de conforto pretendidos para a água; performance of solar heated outdoor swimming pools. Solar Energy Vol
• Para uma piscina simples, sem qualquer cobertura (NC), a temporada 53 (1), pp 9-19.
ronda os 3 meses para água � 24 ºC; e 2 meses para água � 26 ºC; [11] Mitja A.; Girbal A.; Esteve J.; Escobar J.J.. 1986. Necesidades energéti-
• Para uma piscina exterior, com uso nocturno de uma cober tura cas en piscinas cubiertas y descubiertas. Montajes e Instalaciones. Vol.
flutuante dentro da temporada de uso, a temporada ronda os 5 183. pp. 57-62. Vol.184. 103-107. Vol.185. pp. 65-73.
meses para água � 24 ºC; 4 meses para água � 26 ºC; e 3 meses [12] Molineaux B.; Lachal B.; Guisan O.. 1994a. Thermal analysis of five out-
para água � 28 ºC; door swimming pools heated by unglazed solar collectors. Solar Energy.
• Para uma piscina com uso combinado de uma cobertura flutuante Vol 53 (1), pp 21-26.
com uma outra sobrelevada translúcida (2C), a temporada ronda os [13] Molineaux B.; Lachal B.; Guisan O.. 1994b. Thermal analysis of five
7 meses para água � 24 ºC; 5 meses para água � 26 ºC; e 4 meses unglazed collectors systems for the heating of outdoor swimming pools.
para água � 28 ºC; Solar Energy. Vol 53 (1), pp 27-32.
• Para uma piscina de características privadas, com uso permanente de [14] Norma UNE-EN ISO 6946.1997. Elementos y componentes de edifi-
uma cobertura sobrelevada translúcida e ventilação natural sempre que cación resistencia y transmitancia térmica. Aenor, (ed), Espanha. 29 pp
necessário, os consumos e custos eléctricos anuais de uma bomba de [15] Szeicz G.; Mcmonagle R. C.. 1983. The heat balance of urban swim-
calor para manter a água � 26 ºC, rondam os 205 MJ/m2 e 6 Euros/ ming pools. Solar Energy. Vol 30 (3), pp 247-259.
m2 (metro quadrado de área de plano da água) respectivamente; [16] TRNSYS, A Transient System Simulation Program, Solar Energy Labo-
• Para uma piscina de natureza pública, transformável, com uma rela- ratory, University of Wisconsin-Madison
ção área captadores/área do plano da água de 0.5 a 0.6, o aproveita- [17] Viti A.. 1996. Calentamiento de água de piscinas. Documentos técnicos
mento solar poderá garantir o seu uso anual com consumos térmicos de instalaciones en la edificación, DTI 1.02. Atecyr, Espanha.
convencionais situados entre os 4 e 48% da utilização global; [18] Winter F.. 1994. Twenty-year progress report on the copper develop-
• A acumulação natural em piscinas do tipo, NC e 2C, verifica-se nos ment association do-it-yourself solar swimming pool heating manual and
primeiros 6 meses anuais com aumentos aprox. de 0.1 ºC/dia, e a on the associated prototype heater. Solar Energy Vol 53 (1). pp 33-36.
desacumulação nos outros 6, com diminuições semelhantes. A evo- [19] Zorraquino J. V.; Casado J. M.; Garcia R.. 1998. Seguimiento de una ins-
lução natural da temperatura na água acompanha o ar exterior, com talación solar para A.C.S Y calentamiento del água de una piscina des-
diferenças médias anuais de 1 ºC para a NC, e de 10 ºC, para a 2C; cubierta. Avances en Energia Solar (recopilacion de artículos técnicos
• As amplitudes térmicas diárias e gradientes naturais na água provo- publicados en Era Solar). V. 1. pp. 75-78.
cados fundamentalmente pela retenção superficial da radiação infra-
vermelha, em piscina do tipo NC e 2C, rondam 1 ºC; Artigo redigido segundo o Antigo Acordo Ortográfico.

57
case-study

hidrogénio: visão e estratégia


de uma PME
Desde 1994 que a TecnoVeritas atua essencialmente no setor naval e da produção de energia e se
dedica ao desenvolvimento de soluções tecnológicas para o hidrogénio, digitalização e tratamento
de emissões gasosas; ou seja, houve sempre uma visão muito clara dos principais pilares para o
desenvolvimento sustentado da sociedade, acreditando que o hidrogénio é a solução.
Jorge Antunes
CEO da TecnoVeritas

Em 2004, no âmbito do Doutoramento do seu gerente foi confirmado O hidrogénio, como vetor energético, pode ser acumulado quando
que o H2 seria a solução. Após a realização de vários ensaios de funcio- existir energia renovável em excesso e desta forma possibilitar o despa-
namento com um motor com ciclo de ignição por compressão e carga cho das energias renováveis, reduzindo a “zero”, os caprichos do vento
estratificada (vulgarmente conhecido por Diesel e posteriormente com e da energia solar, permitindo que a energia renovável acumulada sob
carga homogénea ou HCCI). Quer um quer outro apresentaram rendi- a forma de H2, seja conver tida em energia elétrica quando necessário.
mentos térmicos excecionais, em algumas condições superiores às atuais O H2, padece do problema muito comum em outros gases, como o
células de combustível, sem os requisitos de pureza a que aquelas obri- seu transpor te, armazenamento e a sua conversão em energia limpa,
gam (99,999%). assuntos que veremos a diante.
Naquele tempo as aplicações do hidrogénio como vetor energético ou Assim, a TecnoVeritas desenvolveu entre 2017 e 2020 o seu próprio
eram espaciais, militares ou académicas. Com o passar dos anos, a curiosi- eletrolisador alcalino, de média pressão (30 bar) cuja potência nominal
dade de muitos foi aumentando, tendo se precipitado o seu interesse com elétrica vai até 500 kW por módulo. Em simultâneo tem vindo a desen-
a dependência energética da Europa com o advento da guerra da Ucrânia. volver a tecnologia de armazenamento e transpor te, que possibilita
Porquê o hidrogénio? Porque é relativamente fácil de produzir através resolver por ventura o principal problema do H2, isto é, o seu armaze-
do eletrólise da água, assim, caso exista energia renovável ou nuclear (isto namento e transpor te seguro. A solução é baseada num óleo carrega-
para não mencionar outras possibilidades de produção de daquele gás) dis- dor de hidrogénio, que com a tecnologia aplicada a motora combustão
ponível e porque dada a suas propriedades físicas e químicas permite atin- interna completa a cadeia do H2, desde a sua produção, armazenamento
gir relações ar/combustível acima dos 100/1, possibilitando uma combustão e transpor te e conversão energia elétrica.
(Lean Combustion) completa e limpa, de altíssimo rendimento e sem pro- Como prova de conceito, a TecnoVeritas realizou a conversão de
dução de NOx. Pode­‑se dizer que do escape de um destes motores só sai um automóvel Clio 1000 CC, com motor de combustão interna acio-
literalmente vapor de água. Por outro lado, o hidrogénio pode ser “demo- nado a H2.
crático”, isto é, pode ser produzido “em todo o lado” e “por toda a gente”. A visão passa pelo facto da TecnoVeritas, não acreditar no sucesso
do H 2 baseada numa produção centralizada em larguíssima escala,
sem que, se crie um mercado de “pequenos consumidores”. Mega
instalações, necessitam de um “mega número” de consumidores, e
o transpor te de “mega quantidades” de H 2 ainda está tecnologica-
mente por ser resolvido. O seu transpor te em estado liquefeito a
­‑252 ºC, torna os custos das instalações de transpor te (marítimo)
vir tualmente incompatível e energeticamente pouco interessante, o
mesmo acontecendo com o H 2 comprimido, perdendo­‑se boa par te
do seu poder calorífico (kJ/kg) no processo de compressão na ordem
dos 750 bar ou mesmo mais.
A tecnologia LOHC (Liquid Oil Hydrogen Carrier) é a que possibilita o
transpor te de hidrogénio à temperatura e pressão ambiente de forma
segura e com a eficiência energética necessária e custos mais baixos.
O processo desenvolvido, possibilita a par tilha das infraestruturas exis-
tentes para os combustíveis convencionais, camiões cisterna ou navio
em quantidades de até 6,2 kgH2 /kgLOHC. Ao mesmo tempo, a tecnologia
Figura 1 Eletrolisador experimental (www.cm­‑tv.pt/programas/informacao/falar­‑global/ de injeção multiponto de hidrogénio, permite utilizar hidrogénio com
detalhe/hidrogenio­‑pode­‑ser­‑a­‑proxima­‑energia­‑do­‑futuro­‑sim­‑um­‑projeto­‑100­‑nacional­ pureza abaixo da requerida para as células de combustível de (99,999%),
‑comprova?utm_medium=Social).Link do vídeo do Clio. originando um preço de produção abaixo do 3€/kg.

58
case-study

Figura 4 Ciclo do LOHC.

Assim, sendo a TecnoVeritas, iniciou desde o início de 2021 a aprendiza-


gem e aperfeiçoamento do processo de fabrico das células com impressão
Figura 2 Reator hidrogenador experimental. Figura 3 LOHC a borbulhar hidrogénio. 3D como forma de reduzir fortemente os custos de produção, desperdí-
cio e assim preparar­‑se para a competição de preços, sendo que o mer-
cado objetivo da TecnoVeritas são os pequenos a médios produtores
Enfim, Electrolisador, Armazenagem e Conversão em grupos alterna- de H2, isto é a produção descentralizada, que é “democrática” e em nada
dores a hidrogénio constituem a cadeia completa do hidrogénio em que compete com os solos potencialmente produtivos.
a TecnoVeritas tem vindo a trabalhar com sucesso.
Antevê­‑se, no entanto, a “colonização” do país e da Europa por tecnolo-
gia estrangeira, em particular Chinesa, dado a China dispor dos principais
TecnoVeritas – Serviços de Engenharia e Sistemas Tecnológicos, Lda.
materiais utilizados para a construção destes sistemas, mão­‑de­‑obra barata Tel.: +351 261 819 819 � Fax: +351 261 819 820
e fortemente alavancada. Prevê­‑se por isso uma forte concorrência pela info@tecnoveritas.net � www.tecnoveritas.net
frente, que só poderá ser controlada se houver discernimento político.
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59
case-study

nova plataforma EPLAN 2023:


engenharia simplesmente
mais rápida

A nova Plataforma EPLAN 2023 está a simplificar e acelerar o planeamento de projetos


com novas funcionalidades como gestão de dispositivos baseada na nuvem e apoio multipadrão
para macros esquemáticas.

Isto significa que os utilizadores conseguem de o software agora atribuir automaticamente a EPLAN eStock: gestão de
obter resultados mais rapidamente, especial- macro correta depois da seleção da norma rele- dispositivos baseada na nuvem
mente quando trabalham em projetos interna- vante, que pode ser facilmente transferida para Com o EPLAN eStock, o novo sistema de ges-
cionais, graças ao sistema simplificado de gestão os esquemas arrastando e soltando. Isto simpli- tão dados de dispositivos na Plataforma EPLAN
de dados de dispositivos, aumentando simul- fica a forma como os dispositivos são geridos, 2023, é possível manter dados de dispositi-
taneamente a qualidade global dos projetos. oferece uma melhor visão geral dos projetos e vos na EPLAN Cloud. Isto facilita ainda mais
O novo núcleo de gráficos 3D, um editor de reduz os esforços administrativos necessários. a colaboração e reduz os tempos necessários
cabos otimizado e o novo Centro de Inserção Os fabricantes de componentes que fornecem para coordenação e as interrupções relacio-
também garantem mais desempenho e trans- dados de dispositivos para o EPLAN Data Por- nadas com multimédia. Acesso a trabalhos do
parência na engenharia. tal, por exemplo, de acordo com o EPLAN Data EPLAN eStock independentemente da locali-
A nova Plataforma EPLAN 2023 combina Standard, também beneficiam, conforme explica zação da empresa: os participantes dos proje-
várias novas funcionalidades que facilitam a sua Weichsel: “No futuro, um driver, por exemplo, pode tos podem aceder de modo fácil e seguro aos
utilização e compensam em termos de pou- ser armazenado e mantido como um conjunto de dados dos dispositivos na nuvem, quer este-
pança de tempo e de aumento do desem- dados com diferentes macros esquemáticas no jam a trabalhar a partir de casa, estejam nou-
penho para os utilizadores. Thomas Weichsel, EPLAN Data Portal, reduzindo consideravelmente tra localização da empresa em qualquer parte
Vice-Presidente do portefólio de software da o trabalho exigido aos fabricantes no que se refere do mundo ou a partilhar dados com parceiros
EPLAN, acrescenta “Juntamente com as muitas ao fornecimento e manutenção dos seus dados.” comerciais. Desta forma, as empresas poupam
oportunidades de colaboração em engenharia, o
novo apoio multipadrão para macros esquemáti-
cas destaca-se verdadeiramente. Na nova Plata-
forma EPLAN 2023, permite que os utilizadores
poupem tempo devido ao facto de não terem que
lidar com a gestão de dados de dispositivos, que
costumava ser bastante demorada, especialmente
em projetos internacionais.”

Conformidade com as normas


aplicáveis - dispositivos com até
vinte macros esquemáticas
Normas específicas da empresa, como diretrizes,
diferentes especificações de dimensões e normas
variáveis no mercado mundial, por exemplo NFPA
ou IEC, exigem diferentes formas de representar
dispositivos nos esquemas. Anteriormente, ape-
nas era possível guardar uma macro por dispo-
sitivo. Agora, com o novo sistema de gestão de
dados de dispositivos, é possível atribuir a cada
dispositivo até vinte macros esquemáticas dife- Figura 1 Normas específicas da empresa, como diretrizes, diferentes especificações de dimensões e normas variáveis no mer-
rentes. A vantagem para os utilizadores é o facto cado mundial, por exemplo NFPA, podem agora ser facilmente representadas com o novo sistema de gestão de dispositivos.

60
case-study

tempo, para não mencionar os custos de con- de dados e informações que devem ser geri-
figuração e manutenção da sua própria infraes- A Plataforma EPLAN 2023 também dos estão a aumentar exponencialmente. Ante-
trutura de TI adicional. simplifica a cablagem de armários riormente, os utilizadores precisavam de muita
de controlo no local, que são paciência, especialmente para a representação
distribuídos pelo sistema da fábrica de modelos 3D de grandes dimensões. Com
Motor de gráficos 3D de forma descentralizada. Por o novo núcleo de gráficos Engine Direct3D, a
para um melhor desempenho exemplo, o novo editor de cabos EPLAN acelerou consideravelmente os proces-
As máquinas e os sistemas de fábricas estão facilita a gestão e visualização sos de engenharia. A representação 3D é agora
cada vez mais automatizados e a réplica digi- de cabos na plataforma EPLAN, consideravelmente mais rápida e ações como a
tal está a tornar-se parte integrante dos pro- independentemente do número utilização do zoom ou a rotação são agora muito
cessos de engenharia de armários de controlo de fios. O número e tipo de mais suaves e fáceis.
e sistemas de comutação. Isto é acompanhado dispositivos, a origem e o destino
por uma complexidade crescente e maiores exi- e a blindagem e ligação são
gências para a estruturação em 3D de configu- mostrados graficamente numa Editor de cabos para gestão
rações de armários de controlo. Os volumes única caixa de diálogo. otimizada de cabos
A Plataforma EPLAN 2023 também simplifica
a cablagem de armários de controlo no local,
que são distribuídos pelo sistema da fábrica de
forma descentralizada. Por exemplo, o novo
editor de cabos facilita a gestão e visualização
de cabos na plataforma EPLAN, independen-
temente do número de fios. O número e tipo
de dispositivos, a origem e o destino e a blin-
dagem e ligação são mostrados graficamente
numa única caixa de diálogo. O novo editor de
cabos estabelece assim também as bases para a
cablagem de máquinas virtuais e a fácil determi-
nação do comprimento dos cabos no EPLAN
Harness proD. As informações dos cabos são
agora rapidamente visíveis, desde a origem até
ao destino.

Centro de Inserção: melhor visão


geral dos projetos
Símbolos, macros e dispositivos podem agora ser
exibidos de forma mais focada como uma tabela
Figura 2 O novo motor de gráficos 3D faz com que ações como a utilização do zoom ou a rotação sejam muito mais suaves numa caixa de diálogo. O Centro de Inserção
e fáceis. expandido na Plataforma EPLAN 2023 torna isto
possível, garantindo assim uma melhor visão geral
dos projetos. Os utilizadores também podem
procurar intuitivamente dispositivos, mesmo em
documentos externos ou associados. Que com-
ponentes utilizam que força atual? Ao clicar na
tabela, a informação lógica é apresentada ime-
diatamente. Adicionalmente, a nova função de
marcação também facilita a navegação: cami-
nhos de seleção lógicos e melhores estruturas
de projeto aceleram tanto a pesquisa como o
planeamento de projetos em geral. A nova inter-
face para Microsoft Excel simplifica o trabalho
dos utilizadores: estes já não precisam de ter o
software instalado para produzir dados nesse for-
mato, o que, de um modo geral, torna a produ-
ção de listas e tabelas mais eficiente.

M&M Engenharia Industrial, Lda.


Tel.: +351 229 351 336
info@mm-engenharia.pt � info@eplan.pt
Figura 3 O Centro de Inserção expandido na Plataforma EPLAN 2023 garante uma melhor visão geral dos projetos. Os utili- www.mm-engenharia.pt � www.eplan.pt
zadores também podem procurar intuitivamente dispositivos, mesmo em documentos externos ou associados.

61
reportagem

Cleanwatts cria CER


com Colégios João Paulo II
e apoia mais de 260 famílias
A Cleanwatts ganhou Esta CER vem no seguimento da comunidade
o projeto para a criação assinada, há semanas, com a Arquidiocese de “Vamos instalar uma Central
Braga e de uma série de outros projetos que a Fotovoltaica de 430,5 kW nos telhados
da Comunidade de Energia empresa – pioneira em Comunidades de Ener- dos Colégios, tanto em Braga, como
Renovável (CER) dos Colégios gia Renovável em Portugal – tem em desenvol- em Vila Real, que será integrada numa
vimento, nacional e internacionalmente, com Comunidade de Energia Renovável”,
João Paulo II, em Braga e Vila instituições religiosas e de solidariedade social. explica José Basílio Simões, fundador
Real, que tem como objetivo Através deste projeto, o Colégio João Paulo II e Presidente da Cleanwatts.
a sustentabilidade, a redução apoiará mais de duas centenas e meia de famí-
lias que beneficiarão de uma tarifa social cerca
de custos relacionados com de 30% inferior às atuais tarifas de mercado. Comunidades de Energia e quando o cliente é
a energia desta instituição e, A Cleanwatts operacionalizará a comunidade uma instituição de cariz religioso, que tem como
também, o combate à pobreza de energia sem qualquer necessidade de inves- missão o apoio à comunidade, esta vertente torna­
timento por parte dos Colégios. ‑se ainda mais relevante”, afirma José Basílio
energética entre as famílias “Vamos instalar uma Central Fotovoltaica de Simões, avançando com alguns números: “atra-
carenciadas da região. 430,5 kW nos telhados dos Colégios, tanto em vés deste projeto, os Colégios apoiarão 263 famí-
Braga, como em Vila Real, que será integrada numa lias, que beneficiarão de uma tarifa social cerca
Comunidade de Energia Renovável”, explica José de 30% inferior às atuais tarifas de mercado”.
por Cleanwatts Basílio Simões, fundador e Presidente da Clean-
watts, acrescentando que “esta CER vai assegurar
uma poupança que representa um desconto médio
de 79% face à tarifa estimada para a energia da
rede”. Além da redução de custos, os Colégios
João Paulo II tornam­‑se, através deste projeto,
carbon­‑positive, passando a gerar mais 49% de
energia do que consomem, e independentes
energeticamente, pois 58% da energia consu-
mida passa a ser proveniente da central solar
(autoconsumo).
“A vertente social e de combate à pobreza
energética é uma das principais facetas das

62
reportagem

Apesar de o projeto estar a nascer, já há pla-


“A CER dos Colégios João Paulo II irá nos para o futuro próximo: “A CER dos Colégios
arrancar centrada nas instalações João Paulo II irá arrancar centrada nas instalações
onde será instalada a central onde será instalada a central fotovoltaica (produtor­
fotovoltaica (produtor­‑âncora). ‑âncora). Numa fase posterior, a Cleanwatts anga-
Numa fase posterior, a Cleanwatts riará consumidores nesta região, de preferência
angariará consumidores nesta região, com afinidades sociais e perfis de consumo com-
de preferência com afinidades sociais plementares ao do produtor­‑âncora”, explica José
e perfis de consumo complementares Basílio Simões. “A CER poderá, posteriormente,
ao do produtor­‑âncora”. crescer com a adesão de novos membros pro-
dutores, que tenham telhados ou terrenos com
capacidade para expandir a potência fotovoltaica
“A criação de uma CER nos três Colégios João “De maneira a sermos produtores de Oxigénio e instalada. A CER também poderá crescer com a
Paulo II, propriedade da ASDPESO, vem de encon- não de CO2”, explica. introdução de outras fontes de geração renovável,
tro a uma resposta destes Colégios, Católicos, à “Também dentro da nossa missão de ensino como eólica, biomassa ou hidroelétrica, por exem-
Encíclica do Santo Padre Francisco, a ‘Laudato Si’. integral do ser humano, queremos demonstrar, plo”, conclui o responsável.
Não quisemos deixar de responder ao apelo do através do exemplo, que devemos ter em atenção
Santo Padre: proteger o meio ambiente e cuidar da a sustentabilidade energética, com a consequente
nossa casa comum. E, desde logo, pusemos pés ao redução de custos para a Instituição e para as
caminho, pois já em 2016 colocámos um hectare e famílias. E, partilhar o projeto com as famílias em
meio do nosso terreno a funcionar em sistema de pobreza energética na região”, frisou o respon-
produção alimentar biológica certificada”, explica sável pelos Colégios, para quem é essencial “ter
Mário Paulo Pereira, Presidente do Conselho de um papel ativo na proteção do meio ambiente, cui-
Administração dos Colégios João Paulo II, acres- dando da nossa casa comum. Fazendo perceber,
centando que a instituição também já trocou sem extremismos, que temos de viver com a natu-
parte da frota automóvel por viaturas elétricas. reza, pois somos parte integrante dela”, conclui.
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63
informação técnico-comercial

uma gestão sustentável


da energia com a Fronius
A história da unidade de negócios de energia solar da Fronius remonta a 1992, quando a terceira
geração desta empresa familiar austríaca percebeu o grande potencial da energia solar e mostrou
o seu compromisso com o lançamento do primeiro inversor solar Fronius Sunrise, em 1994.

Atualmente, a Fronius Solar Energy não oferece apenas tecnologia foto- Gestão de energia para alcançar a visão “24 horas de sol”
voltaica, mas também uma gama de soluções energéticas para gerar, Atualmente, a Fronius Solar Energy oferece diversas soluções energéti-
armazenar, distribuir e consumir energia solar de forma económica e cas que permitem gerar, armazenar, distribuir e consumir energia foto-
inteligente. voltaica de forma económica e inteligente, tornando a integração dos
setores numa realidade.
Assim, graças aos seus produtos e soluções em constante desenvolvi-
Sustentabilidade no ADN da Fronius mento, já é possível utilizar a energia fotovoltaica para o armazenamento
“O que somos e o que defendemos baseia­‑se na ideia de sustentabilidade de energia, aquecimento, climatização e carregamento de carros elétricos.
que impulsionou o meu avô”, declarou a neta de Günter Fronius, Elisa- Mas isto não é tudo. Graças às suas ferramentas digitais, disponíveis tanto
beth Engelbrechtsmüller­‑Strauß, atual Diretora­‑Geral da Fronius Inter- para proprietários de sistemas fotovoltaicos como para empresas de ins-
national GmbH. talação Fronius System Partner, a Fronius permite a gestão de energia de
forma simples e eficiente, o que favorece significativamente o autocon-
sumo e, portanto, a independência da rede que é cada vez mais necessário.
Cada lançamento da Fronius no mercado é mais um passo para alcan-
çar a sua visão de “24 horas de sol”, num mundo baseado em energia
100% renovável.
Sergio López de Castro, Diretor Comercial da Fronius Spain Solar Energy,
destaca que “na Fronius temos a certeza de que o futuro é o presente e todas
as nossas soluções pretendem maximizar a utilização de energia. Além disso,
cada utilizador de soluções da Fronius aposta em produtos que, além de evi-
tar a emissão de CO2 para a atmosfera apenas por estarem em funciona-
mento, são projetados para proteger o meio ambiente desde a sua conceção
até ao dia em que deixarem de funcionar. Apostar na Fronius é apostar no
Desenvolvimento Sustentável”.

Figura 1 Elisabeth Engelbrechtsmüller­‑Strauß, atual Diretora­‑Geral da Fronius International


GmbH.

A Fronius desenvolve toda a sua atividade com foco na sustentabili-


dade, e é assim desde o início da sua história em 1945, quando o funda-
dor da empresa, Günter Fronius, inventou uma solução de carregamento
que aumentou a durabilidade das baterias. Por isso, na Fronius sentem
que a sustentabilidade é par te essencial do seu ADN.
“Demonstramos uma sustentabilidade a 360º através dos nossos pro-
dutos e soluções feitos no coração da Europa, cujo ciclo de vida se baseia
na sustentabilidade e nas nossas parcerias duradouras e sustentáveis”,
explica com orgulho Mar tin Hackl, Diretor Global da unidade de negó- Figura 2 Produção do Fronius GEN24 Plus, os inversores que se destacam por serem susten-
cios SolarEnergy. táveis ​​ao longo da sua vida útil.

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informação técnico-comercial

Amplo portefólio de produtos e soluções da Fronius


A sua oferta, como não poderia deixar de ser, inclui uma vasta gama de "Na Fronius temos a certeza de que o futuro é o
inversores, ideais tanto para uso residencial como comercial. Entre eles presente e todas as nossas soluções pretendem
destacam­‑se os equipamentos compactos e flexíveis da linha SnapIN- maximizar a utilização de energia."
verter, os novos inversores híbridos Fronius GEN24 Plus com função de
energia de emergência integrada, bem como o Fronius Tauro, dispositi-
vos perfeitos para grandes instalações fotovoltaicas. Da mesma forma, o seu portefólio contém outros produtos que permi-
tem um maior autoconsumo, como o Fronius Wattpilot, o carregador de
carro elétrico para uso doméstico e/ou rodoviário, ou o Fronius Ohmpilot,
o regulador que permite o uso de energia fotovoltaica excedente para for-
necer energia para água quente em caldeiras ou sistemas de aquecimento.
Vale destacar também algumas das suas soluções digitais, entre as quais
se destaca a plataforma de monitorização Fronius Solar.web, com a qual os
proprietários e instaladores têm um controlo em tempo real do desem-
penho do sistema fotovoltaico. O Fronius Solar.SOS é uma ferramenta
online essencial para as empresas de instalação, com a qual economizam
tempo em chamadas para pedidos de componentes, procedimentos ou
consultas técnicas. E o Fronius Solar.creator e o Fronius Solar.start são
muito úteis para dimensionar sistemas fotovoltaicos e colocar em funcio-
namento os inversores Fronius GEN24 Plus e Tauro.

Fronius España S.L.U.


Tel.: +34 916 496 040
Figura 3 A Fronius oferece diversas soluções de energia que permitem gerar, armazenar, dis- pv­‑sales­‑spain@fronius.com � www.fronius.es
tribuir e consumir energia fotovoltaica de forma económica e inteligente.
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informação técnico-comercial

Phoenix Contact aumenta as suas


receitas em 20%: crescimento
a nível mundial consistente
Na conferência de imprensa por ocasião da feira de automação SPS em Nuremberga, Alemanha,
Ulrich Leidecker, Chief Operating Officer da Phoenix Contact, falou sobre o desenvolvimento
económico da empresa.

Apesar da situação de tensão nos mercados de matérias­‑primas e de


energia, os resultados da Phoenix Contact serão notáveis. Atualmente,
estima­‑se que a Phoenix Contact encerrará o ano fiscal de 2022 com um
crescimento de receitas na ordem dos 20% e receitas totais de 3,58 mil
milhões de euros. “O crescimento em todas as nossas regiões­‑chave, incluindo
Alemanha, Europa, Américas e Ásia, continuará a um nível elevado de cerca
de 20%. Todas as áreas do nosso negócio desenvolveram­‑se de forma igual-
mente positiva. A nível mundial, o número de empregados da Phoenix Con-
tact subiu para quase 22 000”.
Leidecker descreveu a guerra no coração da Europa como uma situa-
ção com consequências de grande alcance: “Teve impacto nas nossas vidas
e na Phoenix Contact como empresa internacionalmente ativa”. Devido aos
contínuos ataques militares, a Phoenix Contact vendeu a sua filial russa e
abandonou as suas atividades comerciais na Rússia. “Não foi uma decisão
fácil, uma vez que o nosso grupo empresarial tem uma gestão familiar e todos
nos sentimos muito ligados uns aos outros. No entanto, estes valores subjacen-
tes são precisamente o que nos moveu a dar esse passo”, disse Leidecker.
Devido ao impacto no fornecimento de energia, a empresa tem vindo a
preparar­‑se há muito tempo para vários cenários, a fim de salvaguardar o
seu abastecimento de energia e de calor com um plano de emergência. conjunto com a escassez de mão­‑de­‑obra qualificada, a mudança demográ-
Os maiores desafios continuam a ser do lado do fornecimento de mate- fica tornar­‑se­‑á um fator limitativo. Este problema não está limitado a uma
rial. A situação tensa no mercado dos semicondutores, que dominou no indústria. Em vez disso, afeta todas as indústrias”, disse Leidecker.
ano passado, também limitou a produção este ano e levou a problemas
de entrega. “Por outro lado, estamos a experimentar um aumento significa-
tivo da procura – em parte motivado pela escassez – que levou a atrasos de Sustentabilidade no desenvolvimento do pessoal
encomendas inéditos”, explicou Leidecker. Isto proporciona estabilidade Durante várias décadas, a Phoenix Contact tem confiado na formação
nas vendas em 2023, mas também distorce as estimativas da procura real, completa dos seus próprios jovens talentos. Nos últimos dois anos, o
mantendo a situação arriscada. número de aprendizes e estudantes em programas de educação coope-
rativa quase duplicou, uma vez que a formação e a educação coopera-
tiva são fatores chave para contrariar a mudança demográfica. A Phoenix
Investimentos Contact está a desbravar terreno em novos campos como a mobilidade
A Phoenix Contact está também a fazer investimentos significativos em elétrica e a cibersegurança, ambos caracterizados por um forte cresci-
2022. A empresa irá investir um total de cerca de 240 milhões de euros mento e mudanças altamente dinâmicas relacionadas com o conteúdo.
em edifícios, ferramentas e máquinas em todo o mundo. Este ano, um A única forma de a empresa manter e expandir esta posição é continuar
dos focos foi o desenvolvimento futuro em Blomberg. Só aí, o investi- a desenvolver capacidades específicas suficientes. “Consequentemente, a
mento para obras de construção será de cerca de 40 milhões de euros. formação é um dos nossos papéis na sociedade que estamos a desempe-
Em linha com a situação do ano passado, o montante do investimento nhar a nível regional, nacional e internacional”, disse Leidecker. Por exemplo,
mundial teria sido muito superior se a escassez não tivesse continuado a a Phoenix Contact criou um novo programa de educação cooperativa:
causar estrangulamentos para máquinas e instalações. Digitalization Engineering. Combina estruturas e áreas de especialização
Para dar à empresa espaço para crescer e desenvolver­‑se ainda mais da digitalização clássica, tais como modelos de dados, redes, e algoritmos
no futuro, os níveis de pessoal tornaram­‑se também uma área focal. “Em com o mundo ainda real da produção e criação de valor.

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informação técnico-comercial

Sustentabilidade no Parque All Electric Society em Blomberg 2030 para continuar a aumentar o seu fornecimento de energia
Numa área de 7590 m2, está atualmente a ser construída uma nova baseada em energias renováveis. Considerando apenas as superfí-
entrada ao longo da estrada de acesso à sede da empresa. Uma rotunda cies dos telhados em Blomberg, já estão montados cerca de 93 000
em Blomberg tornar­‑se­‑á a nova porta de acesso à Phoenix Contact. Está metros quadrados. No futuro, a energia solar será produzida em todos
ligado a um novo parque no qual a visão futura da All Electric Society os telhados em todos os locais da Phoenix Contact na Alemanha e
(AES) será tornada acessível e explicada de forma concisa a todos. Uti- em todo o mundo.
lizando o fluxo de energia – desde a geração, passando pela conversão, Nem todos os telhados podem suportar o peso dos sistemas foto-
armazenamento e distribuição, até à sua utilização otimizada – o parque voltaicos convencionais. A alternativa serás os módulos leves, que já
demonstrará como a AES pode tornar­‑se uma realidade. As aplicações foram instalados nos telhados de alguns edifícios em Blomberg. Os
reais mostram como o acoplamento sectorial pode funcionar. O par- painéis flexíveis, com superfícies que refratam inteligentemente a luz
que será um reflexo em escala reduzida do mundo real. Cubos feitos de solar, podem ser colados ao telhado de forma completamente plana.
vidro para cada aplicação, sistemas de campo aberto, e um pavilhão com Com referência à área do telhado de um edifício, a sua capacidade elé-
salas de reunião fazem todos parte das áreas de exposição do parque trica é de 750 kilowatt­‑ pico (kWp). Na melhor das hipóteses, podem
AES. O parque transmite uma imagem holística de como consumir os produzir cerca de 700 000 kilowatt­‑ hora de eletricidade por ano. Em
recursos com parcimónia, utilizando as tecnologias existentes. A marca geral, isso seria suficiente para fornecer cerca de 175 casas unifamilia-
será uma árvore solar com um diâmetro de 12 metros no centro da res com electricidade num ano. A capacidade total de todos os telha-
rotunda, girando em torno do seu eixo central para estar sempre no dos em Blomberg, que serão equipados telhado a telhado, situar­‑se­‑á
ângulo correto em relação ao sol. A nova porta de acesso à Phoenix entre 7500 e 8000 kWp. No total, será possível gerar 6,5 a 7,5 MWh
Contact desempenhará um papel ativo nas celebrações em torno dos de eletricidade no futuro. Isto é equivalente a um consumo de cerca
100 anos de existência da empresa e estará aberta ao público em geral. de 1800 casas de habitação.

Sustentabilidade através do fornecimento de energias


Phoenix Contact, S.A.
renováveis Tel.: +351 219 112 760 � Fax: +351 219 112 769
A Phoenix Contact estabeleceu o objetivo de montar sistemas foto- www.phoenixcontact.pt
voltaicos nos telhados de todos os locais de produção alemães até
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67
informação técnico-comercial

vestuário Tranemo Workwear:


antifogo, duradouro
e sem fluorcarbonetos
Nos dias de hoje, como os efeitos das mudanças climáticas têm tido consequências desastrosas,
o efeito estufa e o aquecimento global são realidades cada vez mais marcantes. As atividades
humanas estão a desfazer o equilíbrio da natureza e do sistema climático. Para combater as
mudanças climáticas, todos devemos ajudar numa transição para um futuro mais sustentável.

Assim, e durante mais de 80 anos, a Tranemo de forma exclusiva. Isso por si só pode contri-
tem desenvolvido vestuário de proteção de Na Tranemo, levamos em consideração buir significativamente para a sustentabilidade.
classe mundial de maneira sustentável. Desde o impacto ambiental e climático Outro fator importante de sustentabilidade é
o início, a sustentabilidade tem sido uma prio- em todas as etapas do ciclo de vida que o vestuário da Tranemo é fácil de reparar. Se
ridade clara e um dos principais impulsionado- do produto, logo desde a fase de necessário, a Tranemo pode fornecer um kit de
res da nossa empresa. Agora, a Tranemo tem desenvolvimento do produto.   reparação adequado e instruções para permitir
adotado uma estratégia ainda mais for te na que uma peça de proteção seja reparada cor-
questão da sustentabilidade, utilizando as mais retamente. Isto significa que o cliente irá rece-
recentes pesquisas ambientais para desenvolver base que a Tranemo utiliza para tomar decisões ber um vestuário com maior durabilidade, um
equipamentos de proteção individual. Os resul- bem fundamentadas sobre o nível de proteção menor custo total e com um impacto mínimo
tados estão resumidos na estratégia ambiental e os fatores de sustentabilidade. no meio ambiente.
da Tranemo, concentrando­‑se em processos de A Tranemo fabrica vestuário desenhado para Além de tomar medidas proativas para pro-
desenvolvimento sustentável e medidas climá- ter a maior vida útil possível, através de um longar a vida útil de seus produtos, a Tranemo
ticas efetivas. design inteligente, seleção de materiais e otimi- esforça­‑se para prevenir e reduzir o impacto
Os mais recentes estudos sobre estes impac- zação para lavagem industrial. A Tranemo possui ambiental por meio de outras medidas climáti-
tos mostram­‑nos que a maneira mais eficaz de uma das equipas mais experientes e compe- cas definidas na sua estratégia ambiental. Os nos-
reduzir o impacto ambiental do vestuário é tentes do setor, sempre pronta para ajudar os sos esforços ambientais incluem vários projetos
aumentar a vida útil do mesmo. Se aumentar- clientes a aproveitar ao máximo cada detalhe que visam reduzir o uso de energia e o impacto
mos a vida útil de uma peça num terço, a sua ambiental durante o transporte e melhorar os
pegada de carbono e consumo de água serão processos de produção, para que utilizemos
reduzidos entre 65%­‑66%. Isto significa tam- menos produtos químicos e recursos naturais.
bém um menor desperdício e menor procura Com a nova gama Cantex Weld Stretch (WS),
de recursos. a TRANEMO lança a primeira coleção antifogo
Na Tranemo, levamos em consideração o inerente do mundo que fornece proteção quí-
impacto ambiental e climático em todas as eta- mica certificada pela norma EN ISO 13034 total-
pas do ciclo de vida do produto, logo desde a mente sem fluorcarbonetos.
fase de desenvolvimento do produto.   Esta gama oferece o mais alto nível de prote-
Criar e produzir vestuário de proteção e, ao ção contra salpicos de metal fundido e excede
mesmo tempo, melhorar a sustentabilidade, é os requisitos de soldadura pesada da Norma
um processo exigente. O objetivo da Tranemo EN ISO 11611 classe 2. O Cantex WS é feito a
é garantir que os utilizadores obtenham os pro- partir de tecido elástico e fornece um nível de
dutos mais ecológicos e que também ofere- conforto completamente novo para operações
çam o nível certo de proteção. Ao identificar as industriais pesadas, onde os salpicos ou as faís-
necessidades do cliente desde o início, os con- cas de metal quente são comuns.
sultores da Tranemo começam com uma avalia- Como referido anteriormente, a Tranemo tem
ção de riscos para analisar o ambiente em que sido gerida com o foco na sustentabilidade e
o vestuário de proteção será usado, os perigos criação de vestuário de proteção que seja con-
aos quais pode estar exposto e outras variáveis cebido para durar. O lançamento da gama Can-
importantes. Essa avaliação de risco fornece a tex WS, sem tratamento de fluorcarboneto, é

68
informação técnico-comercial

outro marco importante na Tranemo e no seu As substâncias perfluoroalquílicas (PFAS) têm


empenho no desenvolvimento de produtos ino- sido utilizadas na indústria têxtil desde há muito
vadores e sustentáveis. tempo para proteger os têxteis da humidade,
A inovadora gama Cantex WS é uma nova gorduras e sujidade. No entanto, estas substân-
geração de vestuário antifogo inerente para a cias decompõem­‑se de uma forma extrema-
indústria metalúrgica. Com Cantex WS, a Tra- mente lenta e, portanto, têm efeitos negativos
nemo combinou a avançada tecnologia de mate- sobre o ambiente e a saúde.
riais totalmente isentos de fluorcarbonetos, com A Tranemo vê um grande potencial na tec-
propriedades que se tornaram sinónimo de Tra- nologia recentemente desenvolvida, que elimina
nemo – características de segurança excecio- a necessidade de tratamento com fluorcarbo-
nais e longa vida útil. netos, sem afetar o nível global de proteção do
vestuário. Isto faz da gama Cantex WS um com-
promisso pioneiro para a inovação, e o primeiro
do seu género no mercado.
Para além das suas propriedades ambientais
positivas, a gama Cantex WS tem muitos outros apresentar soluções inovadoras que têm menos
benefícios. A durabilidade, conforto e visibilidade impacto no ambiente sem comprometer o nível
do vestuário, melhoraram significativamente em de proteção. A gama Cantex WS aproxima­‑nos
comparação com a geração anterior de peças do nosso objetivo de eliminar gradualmente os
de vestuário Cantex. A gama Cantex WS tem fluorcarbonetos de toda a nossa gama.
também um elevado valor de proteção contra
Arco Elétrico e fornece proteção química contra
químicos de acordo com a Norma EN 13034.
TWW – Tranemo WorkWear, Lda.
Com o lançamento da gama Cantex WS Tel.: +351 212 108 330
estamos a levar os nossos esforços de susten- geral@tranemo.pt � www.tranemoworkwear.pt
tabilidade para o próximo nível. Pretendemos
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informação técnico-comercial

controladores de segurança
da Banner
Proteja os seus equipamentos, sem comprometer a produtividade!

Híbridos Tradicionais Expansíveis


SC10 SC26 XS26

Os controladores de segurança têm sido tema Outras caraterísticas:


central no chão de fábrica, já que simplificam • Monitoriza uma variedade de dispositivos
sistemas de segurança complexos. Estes dispo- de entrada, como botões de paragem de
sitivos versáteis monitorizam vários dispositivos emergência, puxadores de corda, disposi-
de entrada de segurança e não segurança, ofe- tivos de habilitação, paragens de segurança
recendo funções de paragem e arranque segu- de proteção, guardas ou portões, senso-
ros para máquinas com movimentos perigosos res óticos, controlos bimanuais e tapetes
e incertos. Um único controlador de segurança de segurança.
pode substituir diversos módulos de relés de • Funções de lógica booleana para flexibili-
segurança em máquinas que utilizam botões de dade de programação.
paragem de emergência, cortinas de luz de segu- • Ambiente de programação intuitivo para
rança e outros dispositivos de entrada de segu- fácil implementação.
rança. SC10 é o ponto central do Sistema de Diag- • Blocos de função de segurança pré-configu-
nóstico em Série, um sistema de análise de rados, incluindo controlo bimanual, muting
produtos de segurança ligados em cadeia, com e dispositivo de habilitação para simplificar
identificação inteligente de ocorrências. Através a programação da aplicação.
da capacidade de ligação de até 64 dispositivos • O Base Controller permite que 8 das 26
compatíveis é possível alcançar as classificações entradas sejam configuradas como saídas
de segurança da Categoria 4, PL e ou SIL CL 3. para uso eficiente do terminal.
As saídas de cada dispositivo são monitoriza- • Unidade externa SC-XM3 para troca rápida
das de forma contínua para detetar quaisquer e configuração rápida sem um PC.
falhas, incluindo curtos-circuitos.

SC26
Simples, versáteis e com entrega imediata! O controlador de segurança SC26- 2 foi pro-
jetado para ser uma evolução no controlo de
segurança de máquinas quando comparado a
SC10 relés de segurança convencionais. O seu custo
O SC10 promove uma operação intuitiva, versati- benefício, software intuitivo, flexibilidade e design
lidade de I/Os e conetividade Industrial Ethernet. compacto, permitem que este controlador se
Enquanto par te da gama de produtos de adeque à maioria das aplicações de pequeno e
segurança da Banner Engineering, o controlador médio porte de forma simples.

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informação técnico-comercial

XS26 • Escolha entre 6 modelos de car tões de


Com a opção de adicionar até 8 car tões de expansão.
expansão de entrada e saída, o controlador de • Os modelos de módulos de expansão têm
segurança expansível XS26- 2 tem a capacidade uma variedade de entradas de segurança,
de se adaptar a diversas máquinas, incluindo saídas de segurança de estado sólido e saí-
máquinas de grande porte com vários processos. das para relés de segurança.
Outras caraterísticas: • O recurso inovador de display e diagnós-
• Programação em minutos com o software tico online do software permite o monitora‑
intuitivo e de fácil configuração. mento ativo de I/O utilizando o computador
• Podem ser adicionados até oito módulos e auxilia na solução de problemas e comis-
de entrada e saída de expansão conforme sionamento.
os requisitos de automação aumentarem • Controlador e cartões de entrada permi-
ou mudarem. tem que as entradas de segurança sejam
revertidas para saídas de status, otimizando
o uso dos terminais.
• Modelos com Ethernet habilitada podem segurança. Este software possui ícones, de arras-
ser configurados para até 256 saídas de tar e soltar, para acelerar o processo de comis-
status virtuais. sionamento.
• Com a opção de adicionar até 8 cartões A aquisição do software é totalmente gratuita
de expansão de entrada e saída, o con- e é compatível com praticamente todo o port-
trolador de segurança expansível XS26- 2 fólio de Controladores de Segurança da Ban-
tem a capacidade de se adaptar a diversas ner Engineering.
máquinas, incluindo máquinas de grande O software gratuito é compatível com os con-
porte com vários processos. troladores de segurança da Série XS26 e SC26
da Banner Engineering.

Software integrado nesta solução


O software dos Controlador de Segurança da
Bresimar Automação, S.A.
Banner Engineering foi desenvolvido para ofe- Tel.: +351 234 303 320
recer uma interface de utilizador intuitiva, bem bresimar@bresimar.pt � www.bresimar.pt
como configurar e controlar os sistemas de

ESTATUTO EDITORIAL ESTRUTURA REDATORIAL › Espaço LNEG


Diretor – Docente de reconhecido mérito científico. › Renováveis na Lusofonia
TÍTULO Coordenador Editoral – Profissional no ramo de › Notícias
“renováveis magazine” ‑ revista técnico‑profissional. engenharia afim ao objeto da revista. › Dossier Temático
Conselho Redatorial – Órgão de consulta e seleção de › Visita Técnica
TEMÁTICA conteúdos. › Artigo Técnico
Tecnologias atuais e futuras de produção Colaboradores – Investigadores e técnicos profissionais › Nota Técnica
de energia através de Sistemas de Energias que exerçam a sua atividade no âmbito do objeto › Investigação e Tecnologia
Renováveis. editorial, instituições de formação e organismos › Mundo Académico
profissionais. › Case Study
OBJETIVO › Reportagem
Difundir tecnologia, produtos, boas práticas e SELEÇÃO DE CONTEÚDOS › Entrevista
serviços para profissionais com responsabilidades A seleção de conteúdos é da exclusiva responsabilidade › Publi-reportagem
na conceção, execução e manutenção de do Diretor, apoiada pelo Conselho Editorial. O noticiário › Informação Técnico-Comercial
instalações de Energias Renováveis. técnico-informativo é proposto pelo Coordenador › Produtos e Tecnologias
Editorial. A revista poderá publicar peças noticiosas com › Projetos Renováveis
ENQUADRAMENTO FORMAL caráter publicitário nas seguintes condições: › Barómetro das Renováveis
A “renováveis magazine” respeita os princípios › identificadas com o título de Publi‑Reportagem; › Bibliografia
deontológicos da imprensa e a ética profissional, › formato de notícia com a aposição no texto do termo › Links
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encobrindo ou deturpando informação. ORGANIZAÇÃO EDITORIAL ESPAÇO PUBLICITÁRIO
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a sua orientação e os seus objetivos e inclua da revista compreende: Publicidade é válida para o espaço económico europeu.
o compromisso de assegurar o respeito pelos › Sumário A percentagem de Espaço Publicitário não poderá
princípios deontológicos e pela ética profissional › Editorial exceder 1/3 da paginação; A direção da revista poderá
dos jornalistas, assim como pela boa-fé dos › Vozes de Mercado recusar Publicidade nas seguintes condições:
leitores. › Espaço ALER › A mensagem não se coadune com o seu objeto editorial;
› Espaço APESF › O anunciante indicie práticas danosas das regras de
CARATERIZAÇÃO › Espaço CBE concorrência, não cumprimento dos normativos
Publicação periódica especializada. › Espaço COGEN ambientais e sociais.

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informação técnico-comercial

unidades de climatização
Blue e+ S Rittal
Sucessor com ADN sustentável.

A Rittal está a expandir as suas soluções inte- inteligentes adicionais. Além disso, esta nova gera- Sempre fresco
ligentes de unidades de climatização ao adi- ção oferece recursos inovadores de economia Além da eficiência energética, outro recurso que
cionar a nova gama Blue e+ S. A nossa última de energia para o processo de produção. também reduz a pegada de carbono: a nova série
geração de unidades de climatização com as O que está por trás dessa economia de ener- Blue e+ S usa um refrigerante com um GWP
potências de refrigeração mais baixas, de 300, gia e, redução de custos, é a tecnologia usada, (potencial de aquecimento global) 56% menor
500 e 1000 W, foram projetadas para a máxima combinando um tubo de calor com componen- do que os utilizados em unidades de refrigera-
eficiência, garantindo menos espaço e custos tes controlados por inversor. O tubo de calor ção comparáveis. Além disso, em vez do R­‑134A
mais baixos, tal como acontece como os seus funciona sem compressor, válvula de expansão usado anteriormente, o circuito de refrigeração
“irmãos mais velhos”, de maior potência. Por- ou outros elementos reguladores e, assim, não na nova geração de unidades agora funciona
tanto, é um conjunto de vantagens para os uti- precisa de energia elétrica, exceto para operar com refrigerante R­‑513A.
lizadores e para o nosso futuro. o ventilador. Dependendo da energia térmica
Soluções que reduzem a nossa pegada de gerada no armário e da temperatura ambiente
carbono durante a produção, estão com alta atual, a refrigeração pode ser realizada apenas Recursos habilitados
procura. Mas, ao mesmo tempo, essas soluções com o tubo de calor. A refrigeração adicio- para comunicação inteligente
precisam de ser inteligentes e estar habilitadas nal do compressor só funciona se uma grande Com as suas funções inteligentes adicionais, as
para a comunicação, para que possam ser facil- quantidade de calor tiver que ser dissipada novas unidades de climatização também ajudam
mente integradas em ambientes de produção do armário ou se a temperatura ambiente for no processo de digitalização. Com uma interface
digitalizados. Há 7 anos, a Rittal respondeu a esta muito alta. E mais, quando funciona, é muito IoT totalmente integrada como standard, as uni-
procura com a sua linha de soluções de climati- mais eficiente em termos energéticos do que dades de climatização podem ser monitorizadas
zação Blue e+ e lançou unidades de refrigeração as unidades convencionais. Isto acontece por- de forma inteligente em ambientes digitalizados
de armário extremamente eficientes, que pro- que o compressor e os ventiladores possuem e facilmente conectadas ao novo Smar t Ser-
porcionam uma economia média de energia de um acionamento controlado por inversor, que vice Portal da Rittal. Isto otimiza os processos
75%. Agora temos uma nova geração, a próxima ajusta automaticamente as suas velocidades de de serviço e aumenta a eficiência por meio da
geração, mas desenvolvida com o mesmo ADN. acordo com as necessidades. Como resultado, manutenção preditiva. Como resultado, ocorrem
Estas novas unidades de climatização com as suas a temperatura dentro do armário permanece menos paragens não planeadas, o que ajuda a
saídas de refrigeração mais baixas de 300, 500 e constante e a eficiência energética é significa- gerir o alto custo de produção, especialmente
1000 watts chamadas “Blue e+ S” são adiciona- tivamente maior do que com outras unidades com processos da Indústria 4.0.
das à família Blue e+ e trazem consigo recursos de climatização convencionais.

Facelift amigo da produção


Estas unidades de climatização nas classes de saída
mais baixas também passaram por um facelift.
A sua caraterística mais marcante é uma faixa de
luz LED colorida integrada. Significa que as men-
sagens de aviso podem ser vistas imediatamente,
mesmo de longe. Uma tela na parte frontal do
armário fornece informações adicionais atualizadas.
Além disso, as unidades de climatização são equi-
padas com a familiar interface NFC, que permite
a comunicação com dispositivos móveis que pos-
suem o aplicativo Rittal Scan & Service instalado.

Rittal Portugal, Lda.


Tel.: +351 256 780 210 � Fax: +351 256 780 219
info@rittal.pt � www.rittal.pt

72
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informação técnico-comercial

Zehnder Carma,
a nova ventilação XL

Com a aquisição da empresa francesa de ventilação Caladair, o líder internacional em soluções


integradas para um clima interior saudável expande a sua carteira de produtos de ventilação para
incluir grandes unidades para edifícios comerciais e habitações multifamiliares.

As soluções de ventilação flexível da gama de produtos Zehnder Carma


estão equipadas com recuperação de calor altamente eficiente, adequa- A gama Zehnder Carma está disponível em 7 versões,
das para instalação em qualquer tipo de projeto, tais como escritórios, com caudais de 200 m3/h a 7000 m3/h, 8 configurações
escolas, jardins-de-infância, centros comerciais, edifícios de apartamen- e 5 modos de funcionamento. As unidades de ventilação
tos, restaurantes, entre outros, tanto em edifícios novos como em reno- podem ser instaladas tanto no interior como no exterior.
vações. A unidade de ventilação pré-instalada e pré-configurada permite
uma fácil instalação Plug&Play, e o painel de controlo montado na uni-
dade de ventilação assegura uma fácil colocação em funcionamento, con- equipados com motores CE e proteção contra sobreaquecimento, per-
figuração e operação da unidade. mitem um funcionamento económico e seguro.
A gama Zehnder Carma está disponível em 7 versões, com caudais de O funcionamento da unidade é silencioso graças aos painéis isolados
200 m3/h a 7000 m3/h, 8 configurações e 5 modos de funcionamento. As de parede dupla com isolamento térmico de alta densidade (lã mine-
unidades de ventilação podem ser instaladas tanto no interior como no ral de 50 mm). Os sistemas podem ser facilmente integrados em várias
exterior; o telhado de proteção contra as intempéries é sempre mon- interfaces no sistema de gestão de edifícios (Modbus, BACnet e Web).
tado de fábrica.
Como todas as outras unidades Zehnder proporcionam uma ótima
qualidade de ar graças aos filtros de alta qualidade de série (entrada de Desumidificação
ar exterior ePM1 55 % (F7)/extração de ar interior ePM10 50 % (M5)). Em combinação com as unidades de ventilação Zehnder Carma pode ser
instalado um módulo Combibox Concept externo, equipado com uma
serpentina de arrefecimento (água ou refrigerante) seguida de uma ser-
pentina de aquecimento (água ou elétrica) (não possível em SEASON).
Neste caso, o controlador gere automaticamente o fornecimento de calor
e arrefecimento necessário para a desumidificação, mantendo ao mesmo
tempo, uma temperatura ótima do ar de alimentação.

Versões
A série Zehnder Carma está disponível em 5 versões climáticas:
– SEASON: unidade com desvio ON/OFF. Ajuste de velocidade fixa
por potenciómetro. Sem controlo;
– FIRST: unidade de ventilação com bypass modulante e controlo inte-
grado;
– SMART: unidade de ventilação com bypass modulante, pré-aquece-
dor elétrico e controlo integrado;
As novas soluções XL da Zehnder são também muito versáteis em ter- – PREMIUM: unidade de ventilação com bypass modulante, pós-aque-
mos de instalação. Podem ser configurados para instalação horizontal e cedor (elétrico ou de água) e controlo integrado;
vertical. Estão disponíveis várias opções de conforto climático, tais como – INFINITE: unidade de ventilação com bypass modulante, pré-aquecedor
pré-aquecimento elétrico da bobina e/ou pós-aquecimento elétrico ou elétrico, pós-aquecedor (elétrico ou de água) e controlo integrado.
opcional da bobina de água. A unidade de ventilação pode, portanto, ser
especificamente adaptada aos requisitos do projeto.
Permutadores de calor de contrafluxo de alumínio com uma elevada
Zehnder Group Ibérica Indoor Climate S.A.
eficiência energética até 90% (EN308) asseguram um funcionamento Tel.: +34 900 700 110
extremamente eficiente do sistema. Além disso, os ventiladores de aciona- info@zehnder.es � www.zehnder.es
mento direto com curva para trás com consumo de energia muito baixo,

74
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informação técnico-comercial

da célula solar ao módulo solar:


tudo de uma única fonte
Produzido no Solar Valley alemão, desenvolvido na Suíça.

Da célula solar ao módulo solar: Tudo de uma


única fonte. Prometemos não só qualidade pre-
mium, mas também a entregamos. Para os pro- Made in Germany. Designed in Sustentabilidade consistente
prietários de casas, isso significa mais potência no Switzerland. Produzido no Solar Criação de valor regional.
telhado. Os nossos módulos solares altamente Valley alemão, desenvolvido na Renúncia consciente ao chumbo
eficientes são muito fáceis de instalar e produ- Suíça. e utilização reduzida de solventes,
zem até 20% mais de energia na mesma área produzida com 100% de energia
do que os módulos solares padrão equiparáveis. Máxima rentabilidade renovável.
E a melhor parte: Produzimos as nossas células Ganho até 20 % na mesma
e módulos solares exclusivamente na Alemanha. superfície, mesmo em condições Garantia de fiabilidade
Com máquinas e tecnologia que desenvolve- de luz fraca. Líderes na indústria com garantias
mos na Suíça e que protegemos com patente. de produto e de desempenho
Elevada durabilidade até 30 anos.
Estabilidade celular e resistência
Alta tecnologia em Solar Valley a quebras superiores à média Excecionalmente estético
O elemento fulcral dos nossos módulos é pro- com a SmartWire Connection Adequado a todas as formas de
veniente de Bitterfeld-Wolfen na Saxónia-A- Technology patenteada. telhado e arquitetura exigente.
nhalt. Nas nossas instalações de produção locais,
fabricamos segundo os mais elevados padrões
de qualidade e padrões de sustentabilidade das
células solares Heterojunction, que absorvem utilizada não só melhora a eficiência dos módu- Pacote de garantia abrangente para
significativamente mais energia solar do que as los solares Meyer Burger, como também aumenta elevada satisfação do cliente
células convencionais. Nas instalações de Frei- a sua estabilidade. Desta forma, todo o sistema Para nós, Premium Made in Germany significa tam-
berg in Sachsen, processamos as células solares é menos suscetível a microrriscos de desem- bém manter a nossa palavra – em relação aos
em módulos de alta qualidade e de utilização penho e caracteriza-se por uma vida útil clara- nossos produtos e ao nosso serviço de excelên-
flexível. A tecnologia Smar tWire Connection mente mais longa. cia. Por isso, os revendedores e os instaladores
beneficiam não só de vias de decisão e transporte
curtas, mas também de um conjunto de garantia
líder do setor de até 30 anos (25 anos de módu-
los de película de vidro, 30 anos de módulos de
vidro) em todos os nossos módulos.

Meyer Burger
Tel.: +41 332212800
mbtinfo@meyerburger.com � www.meyerburger.com

76
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LONGi prepara o futuro


do setor fotovoltaico
Com seu novo módulo, o Hi-MO 6, o fabricante de módulos solares, LONGi, aborda os desafios
dos mercados de energia e, em particular, do mercado solar. O novo módulo, atualmente disponível
exclusivamente para a produção descentralizada em telhados, aumenta significativamente a eficiência
e oferece novos níveis de segurança e estabilidade em condições difíceis, como calor extremo ou
falha do sistema.

Integrando a tecnologia de células HPBC de alta as instalações da MainTech, que usou módulos da
eficácia da empresa, o Hi-MO 6 alcança eficá- Os módulos equipados com a LONGi, geraram entre 1550 e 1590 kWh/kW
cia máxima de 22,8% na produção em massa. tecnologia de células HPBC, além por ano. Com uma temperatura ambiente supe-
O HPBC (Hybrid Passivated Back Contact) é de gerarem maior volume de energia rior a 40 ºC, a potência de pico dos módu-
uma nova geração de tecnologia de células a temperaturas altas e em condições los bifaciais da LONGi era 5% superior à dos
solares de alta eficácia, que é única em termos de radiação baixa, distinguem-se outros painéis.
do design por prescindir de barramento de bus por elevado desempenho ao nível “Após mostrarmos aos clientes a diferença na
no lado frontal. da degradação de potência. produção de energia, eles encomendaram mais
100 MW de módulos da LONGi”, afirmou o
engenheiro-chefe da MainTech, Michalis Theofa-
Com inovação enfrenta condições Projetos solares comprovam que nopoulos. “O mais notável é que, logo que os clien-
meteorológicas extremas mais os módulos da LONGi são de alto tes usam LONGi, particularmente após terem três
frequentes e outros desafios desempenho em altas temperaturas ou quatro outras marcas instaladas anteriormente,
Os módulos equipados com a tecnologia de O instalador de sistemas solares e fornecedor eles nunca mais pedem por outras.”
células HPBC, além de gerarem maior volume de O&M, MainTech, na Grécia, bem posicio-
de energia a temperaturas altas e em condições nado para comparar produtos e desempenho
de radiação baixa, distinguem-se por elevado de módulos solares, particularmente em altas Pesquisa e desenvolvimento no setor
desempenho ao nível da degradação de potên- temperaturas. Após o verão de 2022, a Main- fotovoltaico trazem mais benefícios,
cia. Além disso, o Hi-MO 6 oferece a opção de Tech analisou o desempenho dos módulos em além da eficiência
aumentar ainda mais a segurança mediante a pré- instalações similares na mesma área geográfica. Na área de outras inovações, a empresa desen-
-instalação de um Smart Optimizer. No caso de Duas plantas de 500 kW e 1 MW produziram volveu uma tecnologia própria de “soldadura
falha do sistema fotovoltaico ou sombreamento menos de 1500 kWh/kW por ano, enquanto inteligente” para conetores de fitas de solda
do módulo, o sistema back-end pode ser moni-
torizado remotamente e otimizado em tempo
real usando as informações recebidas do ‘cére-
bro digital’ do Smar t Optimizer, assegurando
uma máxima saída de potência.
Como os instaladores de módulos solares
sabem, mais regiões do globo estão experimen-
tando ondas de calor extremas com maior fre-
quência, permitindo que os módulos solares
fiquem sujeitos a temperaturas operacionais
mais elevadas, durante períodos mais longos.
A LONGi já submeteu seu módulo de alta
eficiência Hi-MO 5 aos mais rigorosos pro-
cedimentos de variação de temperaturas dis-
poníveis (definidos pela Comissão Eletrotécnica
Internacional [IEC] nas normas 62892:2019 e
TS 63126:2020). Esse módulo anterior foi sub-
metido aos testes, supor tando temperaturas
mais altas que as normais e ciclos mais longos.

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informação técnico-comercial

No 1.º semestre de 2022, a LONGi


forneceu 20 GW de bolachas de silício
monocristalino a nível internacional,
bem como 17,70 GW de módulos
monocristalinos, sendo a Europa um
dos mercados compradores líderes.
O rápido crescimento aponta para
a satisfação dos clientes, bem como
para as tendências do mercado.

integrados e segmentados. Esses permitem que


as células sejam embaladas mais densamente,
melhorando o modo de embalagem e transporte
dos módulos. Nomeando o módulo Hi-MO5 da
LONGi como vencedor em 2021, o júri do Inter-
solar AWARD salientou que a empresa acres-
centou uma inovação inesperada ao Hi-MO5 no
back end com “logística e manuseamento inteli-
gentes”, criando um impor tante “potencial de
minimização de custos”.
O Hi-MO 6 baseia-se na tecnologia de sol-
dadura por contacto posterior, que utiliza a
estrutura de soldadura de uma linha ao invés
da tradicional estrutura em forma de Z para
aumentar a resistência do módulo à fissuração.

Distinguida com o selo “Top Brand”


da EUPD, a LONGi vê confirmada
a sua satisfação de clientes
No 1.º semestre de 2022, a LONGi forneceu
20 GW de bolachas de silício monocristalino
a nível internacional, bem como 17,70 GW de
módulos monocristalinos, sendo a Europa um
dos mercados compradores líderes. O rápido
crescimento aponta para a satisfação dos clien-
tes, bem como para as tendências do mercado.
De facto, devido ao forte desempenho e ele-
vados níveis de recomendação de instaladores
(tais como da MainTech), a LONGi recebeu
da EUPD, em Espanha, o “Top Brand PV Seal
2022” em pesquisa, na categoria “Módulos”.
O selo “Top Brand” distingue as melhores mar-
cas da categoria ao longo de toda a cadeia de
valor da indústria fotovoltaica. A LONGi rece-
beu, além disso, selos em seis outros grandes
mercados europeus, incluindo Itália, Holanda
e Alemanha — e na Europa como um todo.
Gulnara Abdullina, Vice-Presidente da LONGi
Europa, comentou: “Estamos particularmente
orgulhosos da afirmação da qualidade e confia-
bilidade da LONGi que o selo EUPD Top Brand
representa, pois vem de instaladores e outros pro-
fissionais do setor”.

Longi
Tel.: +86 4008-601 012
marketing@longi.com � www.longi.com

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produtos e tecnologias

Vulcano apresenta a nova gama de caldeiras seja por motivos de latên-


de condensação cia na computação edge
Vulcano da fábrica ou para enviar
Tel.:­+351­218­500­300­�­Fax:­+351­218­500­301 menos dados par a a
info.vulcano@pt.bosch.com­�­www.vulcano.pt nuvem, para aumentar
/VulcanoPortugal a soberania dos dados
e reduzir os tempos
A Vulcano lançou duas de latência. Por tanto,
novas gamas de caldeiras as infraestruturas de TI
de condensação – Aquas- devem ser rápidas de implementar, bem como poderosas, altamente dis-
tar Connect e Eurostar poníveis, bem protegidas e energeticamente eficientes.
Connect. Isso é garantido pelo RiMatrix Micro Data Center, uma casa compacta
A gama Aquastar Con- para datacenters completos com todos os principais elementos do sis-
nect é um equipamento tema OT, como recursos de rack, energia, climatização, monitorização e
moderno e atrativo, com segurança correspondentes. Além de ser utilizado como um edge data
um display digital e ligações center em ambientes agressivos, também pode fornecer a infraestrutura
horizontais. A Aquastar Connect apresenta um display a cores melhorado, completa de TI para ambientes diversos, como escritórios ou super-mer-
texto descritivo em português e botões touch, o que facilita a sua utilização. cados sem grandes mudanças estruturais, por exemplo. O RiMatrix Micro
Esta caldeira silenciosa e intuitiva possui uma modulação até 1:8 que origina Data Center também pode fazer backup de dados em locais que exigem
uma poupança de gás superior e maiores potências de A.Q.S. Este modelo um alto nível de proteção física.
diferenciado está equipado com um queimador com sistema de pré-mis- Os novos Micro Data Centers Rittal são pré-configurados para diferentes
tura ar/gás, ventilador modulante e baixo nível de emissões de CO2 e NOx, aplicações. Isto economiza tempo, acelera a configuração e reduz o con-
reforçando a importância que a Vulcano presta às questões ambientais. sumo de energia, pois os componentes do sistema geral foram desen-
A gama Eurostar Connect é o exemplo perfeito de como juntar conforto volvidos de raiz com esse propósito. A Rittal também desenvolveu um
e economia, sendo que a sua dimensão reduzida e o elevado nível de silên- configurador que permite aos seus parceiros selecionar os datacenters
cio permitem a sua instalação em qualquer armário de cozinha. A Eurostar cer tos para os seus clientes. Esta ferramenta online oferece uma verifi-
Connect possui uma modulação 1:10 para uma maior poupança no con- cação de viabilidade, garante um procedimento do pedido sem erros e
sumo de gás e sobressai a sua versatilidade onde existe compatibilidade com reduz o tempo necessário para a seleção, entrega e comissionamento.
novas instalações ou para instalações de substituição. Além do mencionado
anteriormente, acresce ainda a vantagem de uma enorme facilidade de ins-
talação e manutenção, que pode ser feita por um profissional, devido ao fácil
acesso de forma frontal e aos painéis laterais removíveis. EPLAN e Siemens estabelecem parceria estratégica
Ambas as gamas contam com caraterísticas inteligentes no equipamento, M&M Engenharia Industrial, Lda.
como a possibilidade de conetividade por wi-fi e uma fácil instalação e uti- Tel.: +351 229 351 336
lização. Adicionalmente, são equipadas com as mais recentes tecnologias info@mm‑engenharia.pt­�­info@eplan.pt
para aumentar o nível de poupança e apresentam um design elegante, ade- www.mm‑engenharia.pt­�­www.eplan.pt
quado a qualquer cozinha. “Acreditamos que esta nova geração vai revolucio-
nar o mercado através da combinação perfeita entre inovação e um design A EPLAN e a Siemens Smart Infrastructure
único. Com as novas gamas de caldeiras de condensação – Aquastar Connect e estabeleceram uma parceria estratégica
Eurostar Connect –, a Vulcano vai ao encontro das necessidades dos portugue- com o objetivo de fortalecer a colabora-
ses e apresenta uma gama de fácil utilização e que possibilita um elevado con- ção na área das soluções de software para
forto, sem deixar de apresentar elevados níveis de eficiência energética”, afirma os segmentos de mercado industrial e de
Nadi Batalha, Coordenadora de Marketing da Vulcano. A Vulcano entende infraestruturas. Como parte deste acordo,
que ser mais inteligente faz parte da evolução e, por isso, tenciona criar solu- a unidade de negócio Produtos Elétricos
ções que contribuam para um maior conforto e poupança dos portugueses. da Siemens irá juntar-se à Rede de Par-
ceiros EPLAN como parceiro estratégico.
O objetivo é coordenar os produtos de
ambas as empresas de uma forma mais
Novos Rittal RiMatrix Micro Data Centers direcionada para oferecer soluções oti-
Rittal Portugal, Lda. mizadas para fabricantes de equipamen-
Tel.:­+351­256­780­210­�­Fax:­+351­256­780­219 tos de comutação e engenheiros elétricos.
info@rittal.pt­�­www.rittal.pt Sebastian Seitz, CEO da EPLAN, e Andreas Matthé, CEO da unidade de
negócio Produtos Elétricos da Siemens Smart Infrastructure, assinaram
Os Micro Data Centers Rittal RiMatrix, com componentes OT, como rack, o respetivo acordo a 26 de setembro de 2022.
energia, climatização, monitorização e segurança, garantem que todos os O segmento industrial engloba ofertas e produtos para construção de
equipamentos TI sejam alojados com segurança e operem com as meno- painéis de controlo, ao passo que o segmento de infraestruturas inclui
res emissões de carbono, independentemente do local. A criação de um construção de equipamentos de comutação para distribuição de ener-
ambiente seguro e estável é essencial para o bom funcionamento das solu- gia. No segmento de mercado industrial, a EPLAN e a Siemens irão refor-
ções TI em qualquer organização. A transformação digital está a atingir mais çar a excelente cooperação que já existe há muitos anos, por exemplo,
áreas da vida quotidiana e da indústria, estando também a mudar a pro- para disponibilizar dados EPLAN em todos os produtos Siemens confi-
cura por infraestruturas de TI. Volumes de dados em rápido crescimento gurados. Para o mercado de infraestruturas, a EPLAN e a Siemens decidi-
devem ser processados diretamente no local com muito mais frequência, ram otimizar e automatizar de forma conjunta os processos dos clientes,

80
produtos e tecnologias

por exemplo, nos ambientes Sivacon e Alpha (sistemas de distribuição ou terrenos com capacidade para expandir a potência fotovoltaica insta-
de energia) integrando Simaris (ferramentas de planeamento) e a Plata- lada. O impacto da Comunidade poderá ainda crescer com a introdução de
forma EPLAN. Ambas as partes contribuirão com a sua experiência para outras fontes de geração renovável, como eólica, biomassa ou hidroelétrica,
benefício dos clientes comuns, de modo a permitir fluxos de trabalho por exemplo”, frisa o responsável.
mais eficientes na construção de equipamentos de comutação e na dis-
tribuição de energia.
A EPLAN oferece software e serviços de engenharia nas áreas da enge-
nharia elétrica, automação e mecatrónica. A empresa desenvolve uma das BERNSTEIN: nova geração de interruptores
principais soluções de software a nível mundial para fabricantes de máqui- de segurança com bloqueio
nas, equipamentos de comutação e painéis de controlo. Adicionalmente, Alpha Engenharia
ajuda os clientes a simplificar processos de engenharia exigentes. A uni- Tel.:­+351­220­136­963­�­Tlm.:­+351­933­694­486
dade de negócio Produtos Elétricos da Siemens oferece produtos para a info@alphaengenharia.pt­�­www.alphaengenharia.pt
criação de infraestruturas elétricas seguras e eficientes ao nível da baixa /AlphaEngenhariaPortugal/
tensão em edifícios e ambientes industriais, incluindo produtos de segu-
rança e controlo, dispositivos de medição e monitorização, interruptores Existem máquinas, que
e tomadas. O portefólio desta unidade de negócio inclui ainda ferramen- mesmo depois de des-
tas de software para comunicação que podem ser usadas para ligar pro- ligadas, continuam com
dutos de distribuição de energia a sistemas de automação industrial e de determinadas áreas ati-
edifícios (imótica), bem como a sistemas IdC na nuvem. vas em que o operador
da máquina está impedido
de aceder a estas áreas até
que o movimento peri-
Cleanwatts vai criar uma Comunidade de Energia goso fique completamente
Renovável com a Arquidiocese de Braga parado. Por exemplo, na descida lenta das lâminas de uma serra ou na
Cleanwatts paragem de uma grande massa de um volante de uma máquina.
Tel.: +351 239 791 400 Para garantir que todas as proteções permanecem fechadas enquanto
decarbonize@cleanwatts.energy­�­www.cleanwatts.energy existir uma condição perigosa, o fabricante Bernstein desenvolveu o
novo interruptor de segurança SLC (Safety Lock) que é, em muitos
A Cleanwatts ganhou o aspetos, um avanço otimizado na funcionalidade do clássico interrup-
projeto para a criação da tor de segurança: em que os componentes sujeitos a esforços mecâ-
Comunidade de Energia nicos, como a cabeça rotativa, são de metal. Tornando o interruptor
da Arquidiocese de Braga, de segurança extremamente robusto e durável. E que por outro lado,
que tem como objetivo a tem um corpo de plástico leve e funcional; em que além da função
sustentabilidade, a redu- de desbloqueio manual no lado frontal do interruptor de segurança,
ção de custos relacionados que permite uma aber tura rápida da proteção de segurança por fora
com a energia desta insti- da área perigosa, o interruptor de segurança SLC possui a função de
tuição e, também, o com- “saída de emergência” que permite a aber tura imediata da proteção
bate à pobreza energética entre as famílias carenciadas da região. Esta de segurança dentro da área perigosa.
Comunidade tem as suas centrais fotovoltaicas distribuídas por edifícios O novo SLC da BERNSTEIN é ideal, onde quer que os interrupto-
da Arquidiocese e vem no seguimento de vários projetos que a empresa res de segurança com bloqueio sejam utilizados na proteção de uma
tem em desenvolvimento, nacional e internacionalmente, com instituições máquina – por exemplo em máquinas de embalamento, de carpinta-
religiosas e de solidariedade social. No futuro, o projeto pretende incluir ria, de fresagem, de processamento de alimentos ou em máquinas de
na Comunidade de Energia outras entidades, como as IPSS, os Colégios injeção, para citar apenas alguns exemplos. Para mais informações con-
e outras instituições ligadas à Arquidiocese de Braga. sulte a equipa comercial da Alpha Engenharia ou visite o website em
“Vamos instalar uma Central Fotovoltaica de 1,2 MWp, com mais de 2100 www.alphaengenharia.pt/PR7.
painéis solares, nos telhados da Arquidiocese de Braga, que será integrada
numa Comunidade de Energia Renovável”, explica Basílio Simões, funda-
dor e presidente da Cleanwatts, acrescentando que “além de alimentar a
Arquidiocese com energia verde, vamos produzir energia suficiente para pos- Zehnder Group Ibérica participou na 10.ª edição
sibilitar que a Comunidade forneça ainda para apoiar famílias em situação da conferência Passivhaus Portugal
de pobreza energética”. Além da redução de custos, a Arquidiocese de Zehnder Group Ibérica Indoor Climate S.A.
Braga torna-se, através deste projeto, carbon-positive, passando a gerar Tel.: +34 900 700 110
mais 27% de energia do que consome, e independentemente energeti- info@zehnder.es · www.zehnder.es
camente, pois 45% da energia consumida passa a ser proveniente da cen-
tral solar (autoconsumo). O Centro Cultural e de Congressos de Aveiro acolheu o maior evento
Apesar de o projeto estar ainda a nascer, já há planos para o futuro pró- Passivhaus e nZEB (Nearly Zero Energy Efficient Building) em Portugal,
ximo: “a Comunidade Energética da Arquidiocese de Braga irá arrancar com de 25 a 26 de outubro. A 10.ª Conferência Passivhaus 2022 é organizada
a instalação dos painéis nos telhados da Arquidiocese (produtor-âncora) após conjuntamente pela Associação Passivhaus Portugal e Homegrid. Nesta
o que a Cleanwatts angariará consumidores nesta região, de preferência edição decorreram vários workshops em 4 salas em simultâneo, focando
com afinidades sociais e perfis de consumo complementares ao do produ- os seguintes tópicos: envelope do edifício, airtightness, janelas e assom-
tor-âncora”, explica Basílio Simões. “A Comunidade poderá, posteriormente, bramento, sistemas de ventilação e soluções de ar-condicionado. O Area
crescer com a adesão de novos membros produtores, que tenham telhados Manager da Zehnder na Galiza e em Por tugal, David Castro, deu um

81
produtos e tecnologias

workshop no dia 25 de outubro no qual para os inversores. Esse valor agora pode ser salvo no banco de dados.
foram mostradas as principais caraterís- A verificação da configuração garante que a corrente máxima de curto-
ticas das unidades de ventilação. -circuito do inversor não seja excedida.
Nesta edição, a Zehnder Group Ibérica Outras inovações no PV*SOL premium 2023 passam pelos valores de
teve uma grande área de exposição onde consumo mensal podem ser fornecidos com perfis de carga diária; a rea-
puderam ver os últimos desenvolvimen- lização de 2 etapas de simulação em paralelo para sistemas 3D sombrea-
tos da marca. Uma delas é a ComfoCli- dos e o SolarAnywhere como provedor adicional de dados climáticos.
meQ, uma bomba de calor ar-ar que, Como nas versões anteriores, também é possível no PV*SOL premium
associada ao sistema de ventilação ofe- 2023 importar o consumo de eletricidade de um sistema de bomba de
rece um sistema tudo-em-um perfeita- calor do programa irmão GeoT*SOL como um perfil de carga. Isso per-
mente coordenado e integrado: aquecimento, ventilação, refrigeração e mite que o grau de autossuficiência de um edifício seja determinado com
controlo de humidade, tudo a partir de uma única fonte. Este novo pro- precisão para o fornecimento de energia.
duto mantém a temperatura e humidade do ar de abastecimento desejada
para os espaços habitacionais, oferecendo a máxima eficiência energética
e alta qualidade do ar.
Também em exposição estiveram soluções de ventilação como o ComfoAir FRENIC Ace-H – Variador de velocidade para AVAC
Q, uma unidade com recuperação de calor de alta eficiência – até 96 % e bombagem de água
– que garante qualidade, ar livre de pó e humidade adequada; unidades Bresimar Automação, S.A.
descentralizadas, compactas e potentes como o Zehnder ComfoAir 70 Tel.: +351 234 303 320
e ComfoSpot 50, sendo particularmente adequadas para espaços indivi- bresimar@bresimar.pt � www.bresimar.pt
duais e projectos de renovação. Também em exposição esteve a unidade
Zehnder ComfoAir Flex montada no teto. Esta unidade foi desenvolvida A sua facilidade de uti-
como uma solução ideal para casas multi-familiares ou pequenas habi- lização, compatibilidade
tações onde a utilização eficiente do espaço de habitação é necessária. nas comunicações e fiabi-
A sua conceção compacta permite a instalação em tetos falsos com eco- lidade são vantagens para
nomia de espaço. E a ComfoAir 180 esteve também em exposição, uma o desempenho a longo
solução compacta especialmente concebida para instalação em aparta- prazo dos sistemas.
mentos, que pode ser integrada em armários de cozinha embutidos ou Além disso, com a utiliza-
pequenos nichos de parede. ção de lógical programá-
vel (funções PLC), o Frenic
Ace-H permite adequar as suas funcionalidades a requisitos específicos
em cada aplicação. A versão standard suporta comunicações industriais
PV*SOL premium 2023 com novos dados climáticos como RS485, Modbus RTU, BACnet MS/TP e Metasys N2 mas possui
de alta qualidade para a Alemanha cartas opcionais para possibilitar a integração em aplicações onde sejam
Valentin Software GmbH usados outros protocolos industriais, tais como Profibus DP, DeviceNet,
Tel.: +49 (0)30 588 439-11 Lonworks, BACnet/IP, Ethernet I/P, CANopen, CC-Link e Profinet RT.
info@valentin-software.com � www.valentin-software.com

O PV*SOL premium é um
programa de simulação QUITÉRIOS: novo centro de aplicações myquiterios
dinâmica com visualiza- QUITÉRIOS – Fábrica de Quadros Eléctricos, Lda.
ção 3D e análise deta- Tel.:+351 231 480 480 � Fax: +351 231 480 489
lhada de sombreamento quiterios@quiterios.pt � www.quiterios.pt
para o projeto de sistemas
fotovoltaicos. Seja alimen- Enquanto empresa inovadora não ape-
tação total ou excessiva, nas no desenvolvimento de produtos
em combinação com apa- para a rede de distribuição elétrica e
relhos elétricos, sistemas de bateria e veículos elétricos, ou com uma de telecomunicações, mas também de
bomba de calor ou elemento de aquecimento, o PV*SOL premium pode serviços para os seus clientes, a QUITÉ-
ser usado para projetar e planear profissionalmente todos os tipos de for- RIOS acaba de lançar o seu novo Cen-
necimento de energia renovável, usando energia fotovoltaica. tro de Aplicações myquiterios® que é
Os novos dados climáticos de alta qualidade para a Alemanha são forne- composto pelos software de orçamen-
cidos na versão do programa PV*SOL premium 2023, lançada no final de tação Assembles – que permite configu-
novembro de 2022. Com base nos dados meteorológicos de toda a área rar e orçamentar soluções de Quadros
do Serviço Meteorológico Alemão (DWD) de 1995 a 2012, a Valentin de Coluna, Centralizações de Contagem
Software criou um conjunto de dados que inclui um arquivo TMY (TMY (CCT), ATI, ATE e Bastidores numa única
= ano meteorológico típico) para cada km2 na Alemanha. Esses conjun- aplicação, mais prática, funcional e inova-
tos de dados são otimizados para aplicações fotovoltaicas e são únicos dora; ATI_Selector – software de apoio à selecção do ATI_RACK®); Part-
na sua qualidade, estando disponíveis para clientes PV*SOL sem custo ner_ITED (software que permite consultar a rede de certificadores ITED
adicional. Também há novos recursos para verificar a configuração entre numa determinada zona; e myStock – software de acesso exclusivo à rede
módulos fotovoltaicos e inversores. Entre outros, o PV*SOL premium de distribuição, que permite a consulta de stocks e gestão de encomen-
2023 introduziu uma verificação da corrente máxima de curto-circuito das). Encontre-o em quiterios.pt, na App Store e na Google Play.

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produtos e tecnologias

Vulcano lança o novo termoacumulador elétrico necessidade de esvaziar o termoacumulador ou retirá-lo da parede.
NaturaAqua Compacto Os termoacumuladores elétricos Vulcano, com soluções para todas as
Vulcano necessidades de utilização, permitem usufruir do maior grau de conforto,
Tel.:­+351­218­500­300­�­Fax:­+351­218­500­301 ao disponibilizar água quente sempre que necessário, de forma rápida, com
info.vulcano@pt.bosch.com­�­www.vulcano.pt pressão e temperaturas constantes, garantindo o maior grau de poupança.
/VulcanoPortugal

A Vulcano lançou o novo termoacumula-


dor elétrico NaturaAqua Compacto, uma Sensores indutivos IRC40
solução de aquecimento de água fiável, Carlo Gavazzi Unipessoal, Lda.
económica e adaptável. Ideal para espa- Tel.:­+351­213­617­060­�­Fax:­+351­213­621­373
ços reduzidos, o novo termoacumulador carlogavazzi@carlogavazzi.pt­�­www.gavazziautomation.com/nsc/PT/PT/
elétrico NaturaAqua Compacto da Vul- /company/carlogavazzipt/
cano apresenta uma construção de ele-
vado nível estético e potências de 1,2 kW A Carlo Gavazzi Auto-
e 2,0 kW. Com diferentes capacidades mation lançou a nova
– 30, 50 e 80 litros – é compatível com família de sensores indu-
soluções solares, funcionando também tivos IRC40, uma solução
como equipamento de apoio elétrico, robusta dedicada para apli-
oferecendo, por isso, um ótimo grau de cações indoor e outdoor que
versatilidade, qualidade e confor to. garante uma deteção pre-
O termoacumulador elétrico NaturaAqua Compacto da Vulcano apre- cisa e fiável.
senta facilidade na instalação, utilização e manutenção. Com uma barra Os sensores IRC40 são
de fixação é possível mudar o aparelho sem acessório adicional de mon- resistentes a condições operacionais extremas, como exposição a gran-
tagem universal; com um novo design, são fáceis de utilizar e intuitivos; des variações de temperatura, pressão, e ciclos de lavagem a alta tempe-
e fáceis de realizar a manutenção, pois as resistências são acessíveis sem ratura. A sua face de deteção pode ser montada em 5 posições distintas,
PUB.

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produtos e tecnologias

o que lhes confere uma elevada flexibilidade e de adaptação para as mais as variáveis atmosféricas
variadas aplicações. – armazéns de fermenta-
As principais caraterísticas da gama ICS E1 são uma face de deteção rota- ção de bebidas, câmaras
tiva que pode ser montada em 5 posições distintas sem necessidade de de refrigeração e conge-
ferramentas adicionais; um suporte com sistema de desbloqueio rápido, lação, entre outros.
para montagem ou substituição facilitada; 4 LEDs visíveis, um em cada Todos os smart sensors
canto do sensor, com funções de diagnóstico; certificação IP68 e IP69K estão equipados com
que permite lavagem a alta pressão e alta temperatura; uma tempera- uma entrada digital dis-
tura de funcionamento de -25 a +80 °C; resistência a choques e vibra- creta para deteção de
ções; um corpo compacto, 40 x 40 x 66 mm com ligação por ficha M12 eventos do tipo aberto/fechado que possam ter impacto no compor-
e uma montagem encastrada ou não encastrada e saída NA+NF. Com tamento das variáveis monitorizadas pelos transmissores. Assim é possí-
estes novos equipamentos a Carlo Gavazzi reforça a sua posição de refe- vel correlacionar eventos com oscilações de valores registados. A nova
rência como fornecedor de equipamentos e soluções inovadoras. gama de smart sensors tem agora soluções mais completas no que diz
respeito à monitorização da qualidade do ar. Agora é possível monitorizar
a pressão barométrica, juntamente com a temperatura, humidade e CO2.

DI­SORIC: colunas de sinalização de fácil instalação,


económicas e eficientes
Alpha Engenharia Software de engenharia MOVISUITE®
Tel.:­+351­220­136­963­�­Tlm.:­+351­933­694­486 SEW-EURODRIVE Portugal
info@alphaengenharia.pt­�­www.alphaengenharia.pt Tel.: +351 231 209 670
/AlphaEngenhariaPortugal/ infosew@sew‑eurodrive.pt­�­www.sew‑eurodrive.pt

As colunas de sinalização, de 3 a 5 segmen- A nova versão compacta


tos, do fabricante Di-soric, com visibilidade de do software de enge-
360°, são adequadas para aplicações indus- nharia MOVISUITE ® da
triais.Tendo em conta a tarefa que temos em SEW-EURODRIVE Por-
mãos, com as colunas de sinalização da série tugal já está disponível e
SBT-F e da série SBT-RGB, podemos configu- difere da versão standard
rar uma ampla variedade de cores e opções no seguinte: 80% menos
de sinalização. Opcionalmente podemos espaço no disco rígido
incluir, também, uma sirene que é facilmente (menos de 1 GB), 90%
audível a longas distâncias. A instalação das menos tempo de instalação e é ideal para utilização com conversores para
colunas de sinalização da série SBT-F é bas- instalação centralizada (no quadro elétrico) e descentralizada (no campo).
tante fácil porque existem entradas digi- Com o MOVISUITE® compact pode parametrizar as suas unidades de
tas para a codificação das cores padrão por forma rápida e otimizada, já que em menos de 15 minutos terá feito o
segmento. As colunas de sinalização multi- download, instalação e está pronto a utilizar.
-segmento da série SBT-RGB são muito flexíveis porque com o controlo
por IO-Link, além de podermos definir um número quase infinito de cores,
podemos configurar por segmento o brilho e a intermitência da luz.
O design compacto e a elevada proteção das colunas de sinalização, do Novos filtros plissados para as unidades de ventilador
fabricante Di-soric, permite a sua aplicação, também, em condições de e filtro Rittal
ambientais adversas. Para mais informações consulte a equipa comercial Rittal Portugal, Lda.
da Alpha Engenharia ou visite o website em www.alphaengenharia.pt/PR64. Tel.:­+351­256­780­210­�­Fax:­+351­256­780­219
info@rittal.pt­�­www.rittal.pt

Os novos filtros plissados para as unidades de ventilador e filtro Rittal


Soluções sem fios da Tekon Electronics com sensor TopTherm proporcionam tranquilidade aos operadores; o armário não
embutido se torna um coletor de poeira e os novos filtros plissados garantem
Bresimar Automação, S.A. que a categoria de proteção seja mantida e também podem reduzir o
Tel.: +351 234 303 320 consumo de energia e os custos operacionais. As unidades de ventila-
bresimar@bresimar.pt­�­www.bresimar.pt ção com filtro, filtram o ar frio que é introduzido dentro do armário,
obrigando o ar quente que aí existe, a sair através de um filtro de saída.
A Tekon Electronics lançou uma nova gama de transmissores sem fios, É impor tante que a unidade de ventilação com filtro não reduza a cate-
que vão complementar a oferta de soluções de monitorização na família goria de proteção do armário enquanto, o fluxo de ar volumétrico mais
DUOS. Designados por DUOS InSensors, os novos modelos caraterizam- alto possível é alcançado. Assim, dissipa a carga térmica dos componen-
-se por um design mais compacto, novidades ao nível de variáveis e pela tes eletrónicos existentes no armário e evita a formação de hotspots.
segurança do sensor que está protegido no interior da caixa. As unidades de ventilação com filtro devem ser projetadas para evitar
Com a nova gama de sensores sem fios, a família DUOS está capacitada a entrada de poeira e água pulverizada. A fiabilidade da junta, o for-
para monitorizar variáveis em diversas aplicações com elevada afluência mato da lâmina e a escolha do material do filtro têm um papel vital mas
de pessoas – museus, escritórios, centros comerciais, instituições públicas, o problema está nos detalhes, especialmente quando se trata deste
entre outros – ou espaços onde decorrem processos relacionados com último. Se o filtro, por exemplo, estiver muito apertado não poderá

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produtos e tecnologias

passar ar suf iciente; se do Futuro, promovido pela APDC – Associação Por tuguesa para o
for muito poroso, quan- Desenvolvimento das Comunicações, na categoria “Economia Circular
tidades excessivas de pó, e Descarbonização”, por “estimular a participação ativa dos cidadãos na
ou mesmo água, podem aceleração da descarbonização e da transição energética de forma justa,
entrar no armário e dani- democrática e coesa”.
f icar os componentes.
E se for utilizado material
estranho no f iltro, por
exemplo, após ter sido Nova versão do EPLAN eView Free disponível
cortado individualmente de um rolo, a categoria de proteção não será M&M Engenharia Industrial, Lda.
garantida. A Rittal conseguiu equilibrar estas exigências com os seus Tel.: +351 229 351 336
novos filtros plissados. Não só a categoria de proteção IP54 desejada info@mm-engenharia.pt � info@eplan.pt
é garantida, mas também os armários são protegidos de forma fiável www.mm-engenharia.pt � www.eplan.pt
contra níveis prejudiciais de poeira e partículas de sujidade: a maior
eficiência dos filtros plissados confere aos componentes no armário Na feira SPS em Nurem-
uma maior longevidade e taxa de falha mais baixa. Além disso, peque- berga, a EPLAN apresen-
nas partículas de pó (0,3–1 μm) são separadas de forma muito mais tou melhorias ao EPLAN
eficiente, enquanto o fluxo de ar é aumentado ao mesmo tempo. eVIEW Free que oferece
Graças às pregas, os filtros têm uma área de superfície seis vezes aos técnicos de manuten-
maior que é mais permeável ao ar do que os filtros convencionais de ção uma maior flexibili-
fibra picada. Isto permite que passe até mais 40% de ar. Os custos de dade. As vantagens são
eletricidade também podem ser significativamente reduzidos graças a claras: se um técnico de
este maior fluxo de ar. Isto significa menos 22% de horas de ope-ra- serviço esconde um pai-
ção em termos de números. Assim, não apenas economiza energia, nel ou portas laterais, por exemplo, todos os componentes interiores
mas também reduz os custos operacionais e de serviço. Estas eco- são de livre acesso, o que significa que ele tem uma visão completa
nomias também resultam da vida útil mais longa do ventilador, alcan- do interior do armário. E esta vista está disponível em qualquer altura
çada por meio de tempos de operação mais cur tos, permitindo que e independentemente da localização, através de um navegador web.
os intervalos de manutenção sejam estendidos por um fator de dois Como é que funciona? Os utilizadores registam-se em www.eplan.
a três. Graças a esta função aprimorada, um ventilador menor pode pt e podem carregar os seus projetos atuais. Com a aplicação eVIEW
até ser utilizado pois oferece um melhor desempenho quando com- Free a documentação do projeto pode ser apresentada em 2D como
parado com outros. um esquema ou em 3D como uma visualização virtual do armário de
controlo. A nova tecnologia integrada de ecrã fracionado oferece uma
maior liberdade na escolha das opções de visualização: os esquemas e
o modelo AR do armário de controlo podem agora ser exibidos um ao
Projeto “100 aldeias” já ultrapassou o objetivo lado do outro. Em caso de paragem de uma máquina, por exemplo, é
Cleanwatts possível localizar rapidamente a origem da falha e destacar o(s) compo-
Tel.: +351 239 791 400 nente(s) defeituoso(s). Se os técnicos de serviço necessitarem de mais
decarbonize@cleanwatts.energy � www.cleanwatts.energy informações, podem abrir o modelo 3D de um componente direta-
mente a partir dos desenhos. Outro benefício prático é o acesso a refe-
Quando, em agosto de 2022, a empresa Cleanwatts lançou a primeira rências cruzadas a listas de dispositivos, listas de material, visões gerais
Comunidade de Energia portuguesa, em Miranda do Douro, o objetivo de cabos e outras análises, incluindo topologias. Graças à função redli-
era considerado ambicioso: conseguir, até ao final de 2022, criar 100 ning, os técnicos de serviço podem anotar as alterações diretamente
Comunidades de Energia, em aldeias portuguesas. Um ano depois, o nos esquemas, que são depois automaticamente encaminhados para o
objetivo não só foi atingido como superado. A Cleanwatts tem, neste Departamento de Engenharia. Isto assegura que a documentação está
momento, mais de 100 Comunidades de Energia (em diferentes esta- sempre atualizada, mesmo para futuros trabalhos de manutenção ou
dos de desenvolvimento), um número que deixa os responsáveis “muito serviço. Além disso, os setpoints podem ser armazenados diretamente
felizes, orgulhosos e com vontade de honrar a responsabilidade e conti- nos esquemas usando a função de greenlining, como outro exemplo.
nuar a fazer mais”. A documentação armazenada na nuvem EPLAN pode ser acedida em
O projeto 100 Aldeias consiste no desenvolvimento de Comunidades qualquer altura e de qualquer parte do mundo, o que torna ainda mais
de Energia, onde são integrados diversos membros, como entidades fácil a colaboração entre diferentes departamentos.
locais, empresas, juntas de freguesia, IPSS, municípios, coletividades e A nova versão do EPLAN eVIEW Free também facilitou a capacidade de
cidadãos, incluindo famílias economicamente vulneráveis, que usufruem virtualmente projetar armários elétricos para um espaço físico. O armá-
de um ecossistema energético. Quem participa pode ter acesso a energia rio pode ser livremente posicionado num espaço físico usando a câmara
limpa, com isenção de parte das tarifas de acesso à rede. Este projeto num computador tablet ou smartphone. Pode ser projetado praticamente
permite aumentar o conforto térmico, diminuir os custos energéticos como uma sobreposição em qualquer espaço utilizando a tecnologia AR
em cerca de 30%, reduzir a pegada ecológica das comunidades e melho- integrada, por exemplo numa loja de máquinas. O acesso à funcionali-
rar a qualidade de vida das pessoas que vivem nas aldeias de Portugal. dade AR através da aplicação Vuforia do PTC também foi simplificado.
O 100 Aldeias é um projeto desenvolvido pela Cleanwatts, em cola- Os utilizadores desta aplicação gratuita podem agora chamar a função
boração com a About the Energy, que obteve a certificação IIES do AR diretamente no visualizador com um único clique. O software gera
Portugal Inovação Social, por ser um projeto Impacto Social que tem, então um código QR ou link que pode ser partilhado com outros par-
também, o objetivo de combater a pobreza energética. Este projeto ticipantes do projeto. Se a aplicação Vuforia não for instalada no dis-
foi, recentemente, galardoado com o Prémio Cidades e Territórios positivo, eVIEW Free oferece-se automaticamente para a instalar.

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bibliografi­a

Introducción a la Edificación Sostenible

Autor: Pilar Guzmán Pulido • ISBN: 9788484767572 • Editora: Mundi-Prensa


Número de páginas: 250 • Edição: 2020 • Idioma: Espanhol

PVP
25,44 € O objetivo deste livro é fornecer ao leitor uma visão genérica dos principais marcos e conceitos em termos de cons-
trução sustentável. Está estruturado em quatro partes que abrangem os seguintes aspetos: (i) introdução genérica
­10% à sustentabilidade, construção sustentável e sistemas de certificação; (ii) série de conceitos básicos relacionados à
Preço Booki sustentabilidade, como economia circular, rótulos ecológicos, construção resiliente ou greenwashing que é bom que o
22,90 €
leitor tenha em mente para depois entender o alcance os selos apresentados nas secções posteriores; (iii) principais
selos em termos de construção sustentável, estudos de caso de múltiplas certificações, bem como as sinergias e dife‑
renças entre os diferentes tipos de selos; (iv) para finalizar, a gestão sustentável e apresenta as principais ferramentas
de benchmarking.

Práticas de Energia Eólica

Autor: Tomás Perales Benito • ISBN: 9789897230141 • Editora: Publindústria


Número de páginas: 174 • Edição: 2012 • Idioma: Português

PVP
20,50 € A energia eólica tem demonstrado ser a mais eficiente das energias renováveis. Uma parte muito significativa do
consumo elétrico procede dos aerogeradores, que requerem a assistência de uma variedade de técnicos de instalação
­20% e manutenção.
Preço Booki Este livro dirige-se aos instaladores de energia eólica. Explica os fundamentos aerodinâmicos, a base do funcionamento
16,40 € dos aerogeradores, descreve e estuda os diversos tipos de aerogeradores disponíveis no mercado, os seus compo-
nentes elétricos e mecânicos.
Trata-se de uma obra muito prática, de grande ajuda para o desenho de instalações eólicas de aplicação, tanto domés-
ticas como industriais, que inclui o estudo da manutenção de instalações de equipamentos de verificação, métodos de
diagnóstico e localização de avarias e ainda certificação da manutenção.

Sistemas Fotovoltaicos – da Teoria à Prática

Autor: Josué Lima Morais • ISBN: 9789899610101 • Editora: Publindústria


Número de páginas: 125 • Edição: 2009 • Idioma: Português

PVP
20,00 € Este livro começa por uma breve introdução à “Geometria Solar”, tratando o movimento da Terra em torno do Sol
e estabelecendo a ponte para o aproveitamento da energia irradiada pelo Sol. De seguida trata de forma simples
­20% das tecnologias associadas às células fotovoltaicas, aos equipamentos de controlo e conversão, e ainda as baterias
Preço Booki acumuladores. O dimensionamento de um sistema ligado à rede e de um sistema isolado são apresentados passo a
16,00 € passo no capítulo final.
Destinado a todos os técnicos eletrotécnicos e a projetistas de sistemas solares fotovoltaicos, contém os conhecimen-
tos necessários ao entendimento e desenvolvimento de projetos de sistemas fotovoltaicos.
PUB.
links

International Renewable Energy


Agency – IRENA Hydrogen
Artigo importante e completo sobre hidrogénio, onde são enumeradas as vantagens do Hidrogénio
e como decorre todo o processo de produção e recolha.

www.irena.org/Energy­Transition/Technology/Hydrogen

The Future of Hydrogen


(International Energy Agency)
Artigo que traça o futuro do hidrogénio, explicando todo o processo de produção e
enumerando as vantagens de uma aposta mundial no hidrogénio.

www.iea.org/reports/the­future­of­hydrogen

Hydrogen Europe
O Hydrogen Europe é uma associação europeia que representa os interesses da indústria do
hidrogénio e promove esta fonte de energia numa sociedade com zero emissões.

https://hydrogeneurope.eu/

Hydrogen Fuel Basics (U.S.)


O EERE é uma instituição que investe e investiga em tecnologias relativas à energia limpa como
o hidrogénio, para garantir que os Americanos tenham acesso à energia limpa.

www.energy.gov/eere/fuelcells/hydrogen­fuel­basics

Nazaré Green Hydrogen Valley


Pretendem começar a descarbonização em larga escala em Portugal, através da produção de
bens com baixo teor de carbono. Explicam que o hidrogénio é a solução mais indicada quando
a eletrificação não funciona.

www.nghv.pt/

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