A história do reinado de Davi começa com a rejeição de Saul, o primeiro rei de Israel. Por várias vezes ele fez o que o
Senhor reprovava, até que por fim, o Senhor o rejeitou e anunciou o fim do seu governo (1 Samuel 16.1).
Com isso, o caçula de Jessé entra em cena com características muito diferentes do belo e introvertido Saul. Desde
muito jovem, ele era responsável, trabalhador, valente e de forte personalidade.
A VERDADEIRA ADORAÇÃO
O Senhor Jesus disse a mulher samaritana que Deus estava à procura de verdadeiros adoradores (João 4:23,24).
Muitas vezes nos frustramos porque as pessoas na Igreja não nos veem, não dão oportunidade, enfim. Mas o Deus
de amor não devia seu olhar de nós. Nos observa o tempo todo, mas na maioria dos casos, isso não nos interessa. O
motivo é que na verdade queremos a promoção humana e não a promoção de Deus. Os verdadeiros servos, servem
ao Senhor. Para serem vistos e notados por Ele. Para trabalhar no crescimento do Reino, na edificação da Igreja e
na salvação de almas.
AS CARACTERÍSTICAS DE DAVI
Davi era um jovem impressionante, muito à frente de seu tempo. Mesmo sendo de família humilde e passando a
maior parte de seu tempo com os animais de seu pai e os serviços domésticos, ele possuía traços de comportamento
muito diferente de seu contexto (1 Samuel 16:18).
A INVEJA DE SAUL
Até se tornar rei de Israel, o homem segundo o coração de Deus precisou lidar com muitos desafios. Enfrentar Golias
foi a maneira que o Senhor agiu para levá-lo ao próximo nível. Mas uma vez que chegou lá, o futuro monarca do
povo de Deus não teve vida fácil. Mais complicado era o fato de já haver um rei no trono. E a regra soberana da
monarquia estabelece que, enquanto houver descendente direto do rei com vida, este deve sentar no trono.
Pois bem, ao determinar que o próximo rei seria de outra linhagem, Deus estava avisando que Saul e toda a sua
família seria destituída, inclusive seu filho Jônatas – que era amigo de Davi. A inveja de Saul chegou a um ponto, que
sua única obsessão por um bom tempo, era matar Davi. Mas por que isso aconteceu? Porque a unção de Deus o
deixou, e um espírito maligno se apoderou dele de Saul (1 Samuel 19:9,10). A trajetória que leva até os propósitos
de Deus para nossa vida, não são simples e fáceis como a maioria dos cristãos acredita. A vida de Davi deve nos levar
a uma reflexão profunda. Devemos responder a seguinte pergunta – Estou realmente disposto a passar pelo que for
necessário para viver as promessas de Deus? A inveja de Saul causou ao filho de Jessé, muita dor, cansaço e
lágrimas. Ele precisou deixar o país, viver com os inimigos, morou no deserto, em cavernas, foi considerado como
bandido, traidor, enfim. A inveja de Saul lhe causou muitos males.
PROMESSAS ETERNAS
Depois de todo o respeito, vitórias e conquistas em seu governo, o rei Davi, agora em um palácio glorioso, percebeu
que a Arca de Deus habitava em uma Tenda e desejou fazer para o Senhor um belo Templo.
A atitude inusitada, gerou no coração de Deus ainda mais prazer em seu servo. Tanto, que o Senhor renovou as
promessas na vida de Davi e as tornou ainda mais intensas (2 Samuel 7:8,9).
Por meio do profeta Natã, o Senhor disse ao rei que seu reinado seria eterno. Isto porque, o Messias viria de sua
linhagem. E assim foi, Jesus Cristo o Filho do Deus vivo é descendente direto de Davi, como podemos ver em Mateus
1.(ler em casa). E a promessa de que tornaria seu nome famoso permanece até hoje, ele é considerado um dos
maiores reis e conquistadores de todos os tempos. Isto se tornou realidade, também porque, não se desviou de sua
vocação. Permaneceu na direção de Deus, sempre buscando saber que caminho seguir e quais direções tomar.
A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO
Uma das atitudes do rei Davi que mais nos chama a atenção, é o seu amor sincero pelo Senhor. Ele não se satisfazia
com projetos “de qualquer jeito” para Deus. Ele sempre procurava dar o seu melhor (1 Crônicas 22:18,19). Do seu
tesouro pessoal separou uma oferta que em dias atuais chega perto dos dez bilhões de dólares, e incentivou o povo
a doar voluntariamente para a casa do Senhor. Fez tudo o que era necessário para garantir que o projeto seria
concluído, mesmo após a sua morte. Ou seja, o rei se doou completamente. A construção do Templo foi mais uma
forma que ele encontrou para honrar ao Senhor com todo o seu coração, e conduzir o povo e seu próprio filho nesse
projeto, isso nos mostra o quanto ele era dedicado e respeitado. A nossa oração é que o Senhor nos conduza de
maneira que seja gerado em nós um coração assim. Que haja em nós esse desejo de desenvolver projetos relevantes
para Deus.
CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
O erro do rei Davi não ficou sem punição. O Deus de amor e justiça o advertiu severamente por causa de sua atitude
e escolhas erradas. Desta vez, as promessas não foram de prosperidade e crescimento, mas sim de angústia e muita
dor (2 Samuel 12:11,12). Daquele dia em diante, o rei testemunharia um incesto, o assassinato de seu filho, um
golpe de estado e seria vítima de adultério. E o pior, em todos estes acontecimentos os principais causadores foram
seus próprios filhos.
SUA FAMÍLIA!
A dor que ele causou a Urias, aquilo que ele fez em oculto, foi testemunhado em sua própria vida por todo o reino.
Precisamos temer a Deus e continuar temendo. Não podemos achar que no período da graça, o Senhor Deus mudou
e não pune mais o pecado e a desobediência.
A Recomendação de Paulo
O apóstolo Paulo nos faz essa advertência e, Romanos 6:1-4. Seu objetivo é abrir os nossos olhos para não enxergar
a graça de Deus como oportunidade para dar vasão a carne. Pelo contrário, agora que estamos em Cristo, devemos
fazer morrer o desejo da carne que é contrário a vontade de Deus.
Não devemos acolher a prática do pecado de maneira deliberada em nossas vidas. No batismo nas águas,
simbolicamente fomos sepultados e ressuscitados com Cristo para uma nova vida agradável a Deus.
Sendo assim, devemos ter claro em nossas mentes que as escolhas erradas e o erro, tem consequências negativas –
muitas vezes irreversíveis – e por mais que a graça de Deus seja abundante elas permanecem.
Perto do fim da sua vida, o rei Davi compôs um hino para Deus como forma de gratidão por tudo o que o Senhor
havia feito em sua vida, por ela e através dela (2 Samuel 22: 1 – 4). Mais uma preciosa lição do Homem Segundo o
Coração de Deus! Ao longo de sua vida ele escreveu inúmeros Salmos. Muitos de dor, oração, clamor, por
livramento, mas sobretudo expressando sua gratidão ao Senhor.
Precisamos aprender com Davi. Devemos ser gratos ao Senhor nosso Deus. Sim, Ele é o que nos guarda. Aquele que
supre nossas necessidades, que sara nos feridas e cura as nossas enfermidades. Ele é Elohim, o nosso Deus que nos
salva. Não devemos olhar para Ele como o “gênio da lâmpada”, em que nos aproximamos dele apenas para pedir.
Entre nós e o Senhor deve haver relacionamento. Intimidade. Portanto, devemos expressar nossa gratidão por tudo
o que ele tem feito em nossa vida, por ela e através dela. O rei fez isso. Quando observou tudo o que o Senhor lhe
havia dado, de onde o havia tirado. Ele deu glória a Deus e exaltou o Seu Nome.
Conclusão
A vida do rei Davi é com certeza uma grande fonte de inspiração sobre como devemos amar a Deus e nos submeter
aos seus propósitos para nossa vida.
Tendo sido retirado do pasto para se assentar no trono de Israel, o povo santo, o filho de Jessé cultivou um profundo
relacionamento com o Senhor e um amor sincero por Sua Palavra.
Com altos e baixos, esse homem de Deus nos ensina que o arrependimento é o caminho a seguir quando as falhas
cruzarem nosso caminho. Ele nos mostra que o nosso coração deve continuar sensível ao Senhor, submisso.
Há um enorme contraste entre ele e Saul neste ponto. Saul sempre procurava desculpas e justificativas para seus
erros, Davi ao contrário, se humilhava e suplicava o perdão do Senhor. A minha oração é que o próprio Deus gere em
nós um coração semelhante ao de Davi. Que ao olhar para nossa vida, o Senhor nos perceba segundo o seu coração