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Fábio Pesavento
Coordenador do Núcleo de Economia Empresarial (ESPM-SUL)
Endereço para contato: Rua Guilherme Schell, 350 - Santana - Porto Alegre - RS
CEP: 90640-040.
E-mail: fpesavento@espm.br
Resumo
Um ponto importante na historiografia brasileira é o debate sobre o colonial tardio.
A ideia sugerida por Dauril Alden é a de que a Colônia iria presenciar uma profunda
crise econômica após a queda da extração aurífera na região mineira. Neste cenário, a
economia colonial presenciou um retorno às atividades rurais (agricultura). Com dados
levantados a partir de 1790, João Fragoso contrapõe a ideia de colonial tardio, para a
economia do Rio de Janeiro, ao sugerir a formação de uma vasta rede de abastecimento,
apontando não uma crise, mas a formação de um amplo mercado interno especialmente
na região sudeste. Mas qual seriam os resultados para o período 1750-90, justamente
quando a queda da extração do ouro se intensifica? A fim de colher novos subsídios
para o debate trabalharam-se com 6.500 escrituras públicas depositadas no Arquivo
Nacional, além de outras fontes primárias que envolviam a economia do termo da ci-
dade do Rio de Janeiro entre 1750-90. Os resultados apontam para um revigoramento
do setor rural e uma estagnação da atividade econômica do Rio de Janeiro no mesmo
período, e não uma crise.
Palavras-Chave
Rio de Janeiro, colonial tardio, escrituras, mercado interno, crise econômica
Abstract
An important point in Brazilian history is the debate on late colonial. The idea suggested
by Dauril Alden is that the colony would witness a profound economic crisis after the
decrease of gold extracting. In this scenario, the colonial economy witnessed a return
to rural activities (agriculture). With data collected from 1790, João Fragoso opposes
the idea of late colonial suggesting the formation of a broad distribution network,
showing not a crisis, but the formation of a broad domestic market. Moreover, Fragoso
shows that business is linked to rural losing importance since 1790. However what
would the results for the period 1750-90, just when the decrease of gold extraction
intensifies, be? In order to reap further benefits for the late colonial debate. Up to 6500
deed deposited in the National Archives have been worked up, including and other
♦
Versão do artigo apresentado no XXXVII Encontro Nacional de Economia – ANPEC 2009.
Agradeço aos comentários dos avaliadores anônimos e dos monitores de pesquisa da ESPM-
SUL (Luisa Dalla Valle Geisler e Marcelle Moreira Pujol). Erros e omissões remanescentes
são de inteira responsabilidade do autor.
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primary sources that the term involving the economy of Rio de Janeiro. The results
point to a reinvigoration of the rural sector and a stagnation of economic activity in
Rio de Janeiro in the same period and no crisis.
Keywords
Rio de Janeiro, late colonial, deeds, internal market, economic crisis
JEL Classification
N26, N36
1. Introdução
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Sobre o Marquês de Pombal destaca-se Falcon (1982); (2005), Azevedo (2004), Maxwell
(1996).
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Prado Júnior (2006) destaca a diversificação da agricultura em diferentes regiões do Brasil.
Sobre a diversificação agrícola no Rio de Janeiro durante o XVIII ver Alden (1999), Caval-
canti (2004) e Pesavento (2009).
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Avaliador anônimo atentou para um importante aspecto, qual seja, que o conceito de crise
do colonial tardio é distinto de renascimento agrícola, podendo os dois coexistir de forma
relacionada em momentos distintos.
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Fragoso (2006) e (2007); Furtado (2001).
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900 700
800 600
700
500
Nº de Escrituras
Contos de Réis
600
500 400
400 300
300
200
200
100 100
0 0
Urbano Rural Crédito Sociedade Embarcações Chácaras
N.E. V.T.
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2.050.000
1.750.000
1.450.000
Réis
1.150.000
850.000
550.000
250.000
1752
1754
1756
1758
1760
1762
1764
1766
1768
1770
1772
1774
1776
1778
1780
1782
1784
1788
1790
Rural Urbano
Gráfico 2 – Média móvel anual dos preços dos bens urbanos e rurais: 1750-90*
Fonte: AN, escrituras públicas depositadas no 1º, 2º e 4º Ofício de Notas. Elaboração própria.
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Quadro 1 – Valor médio dos bens urbanos (casa térrea) no Rio de Janeiro:
1750-90*
Logradouro 1750-59 1760-69 1770-79 1780-90
Rua da Ajuda 409.133 361.000 272.725 170.000
Rua da Cadeia 650.000 506.000 420.714 650.000
Rua do Cano 400.000 259.950 287.270 352.900
Rua da Direita 866.667 648.333 430.000 539.167
Rua dos Pescadores 890.000 592.500 786.000 1.150.000
Rua do Rosário 683.333 564.517 445.700 610.200
Rua de trás do Hospício 437.100 290.000 302.667 480.800
Rua de São Pedro 725.167 355.900 516.943 400.000
Rua das Violas 240.000 200.000 460.300 707.100
Rua dos Ourives 623.600 587.200 660.000 355.200
Média 592.500 436.540 458.232 541.537
Fonte: AN, escrituras públicas depositadas no 1º, 2º e 4º Ofício de Notas. Elaboração própria.
*Em Réis.
9
O valor total dos bens urbanos somou mais de 550 Contos de Réis. Infelizmente, muitas
escrituras não tinham informações sobre o comprador ou vendedor, assim retiraram-se, do
valor total, 150 Contos de Réis. Dos 400 Contos de Réis restantes, os homens de negócio (ou
que vivem de seu negócio) importaram mais de 225 Contos de Réis (56%).
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Por outro lado, o mesmo gráfico mostra o predomínio dos bens rurais
sobre os urbanos em boa parte do período 1750-1790. Esse movi-
mento seria um retorno às atividades rurais? Para aprofundar o re-
sultado encontrado no gráfico acima, elaborou-se o Quadro 1, o qual
mostra os valores médios para os negócios rurais e urbanos.
Fonte: AN, escrituras públicas depositadas no 1º, 2º e 4º Ofício de Notas. Elaboração própria.
* Em Réis.
Nesse sentido, existe uma clara prevalência dos negócios rurais so-
bre os urbanos, o que não deixa de ser interessante, pois se sabe da
importância do comércio e de setores ligados ao mercado interno no
Rio de Janeiro depois de 1750. Portanto, o resultado sugere um “re-
nascimento agrícola” na medida em que a demanda por bens imóveis
rurais parece ter se elevado na década de 1760 (coincidindo com o
10
Infelizmente, a análise das escrituras está restrita a um pequeno conjunto de informações, o
que não permite um aprofundamento sobre a organização de uma loja de fazendas ou de um
engenho.
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Fonte: AN, escrituras públicas depositadas no 1º, 2º e 4º Ofício de Notas. Elaboração própria.
*Em Réis.
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2.650.000
2.150.000
1.650.000
Réis
1.150.000
650.000
150.000
1750
1752
1754
1756
1758
1760
1762
1764
1766
1768
1770
1772
1774
1776
1778
1780
1782
1784
1786
1788
1790
Média Média Móvel
Gráfico 3 – Média e média móvel anual dos empréstimos no Rio de Janeiro: 1750-90
Fonte: AN, escrituras públicas depositadas no 1º, 2º e 4º Ofício de Notas. Elaboração própria.
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Fonte: AN, escrituras públicas depositadas no 1º, 2º e 4º Ofício de Notas. Elaboração própria.
*Em Réis.
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200
180
base=média da série
160
140
120
100
80
60
1762
1765
1768
1771
1774
1777
1780
1783
1786
1789
1792
1795
1798
1801
1804
1807
1810
1813
1816
1819
Gráfico 4 – Evolução dos preços anuais no Rio de Janeiro: 1762-1820
Fonte: Johnson Jr (1973). Elaboração própria.
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70
68
Contos de Réis
65
63
60
58
55
1760-69 1770-79 1780-89
75
70
Contos de Réis
65
60
55
50
1762
1764
1766
1768
1770
1772
1774
1776
1778
1780
1782
1784
1786
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1790
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250
200
Contos de Réis
150
100
50
0
1741,43, 47- 1754-59 1760-69 1770-79 1780-89 1790-99 1800-04
49
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300
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Contos de Réis
200
150
100
50
1743
1746
1749
1752
1755
1758
1761
1764
1767
1770
1773
1776
1779
1782
1785
1788
1791
1794
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Os dados foram obtidos em Pinto (1979).
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Os dados foram obtidos em Maxweel (1973).
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O teste Shapiro-Wilk para normalidade da amostra apontou o mesmo resultado do Quadro 5.
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5. Conclusão
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Anexo
Quadro 6 – Estimação Equação (1)
Dependent Variable: LRUR
Method: Least Squares
Sample(adjusted): 1752 1790
Newey-West HAC Standard Errors & Covariance (lag truncation=3)
Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob.
C -5.927860 2.700128 -2.195400 0.0347
LOUR 1.687262 0.262996 6.415533 0.0000
LPAC(-2) 2.008179 0.344121 5.835671 0.0000
R-squared 0.511662 Mean dependent var 13.49819
Adjusted R-squared 0.484532 S.D. dependent var 0.798290
S.E. of regression 0.573141 Akaike info criterion 1.798434
Sum squared resid 11.82566 Schwarz criterion 1.926400
Log likelihood -32.06946 F-statistic 18.85972
Durbin-Watson stat 2.382042 Prob(F-statistic) 0.000002
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