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Curso Técnico de Metalurgia – Fundição II

1. Alumínio - Definição geral

1.1. Introdução

Alumínio, sob a forma de minério - a Bauxita pode ser considerado um dos metais
mais abundantes na face da terra. As reservas de Bauxita, conhecidas e
economicamente viáveis, ultrapassam a 21 bilhões de toneladas, o que equivale a um
volume de alumínio de 4 bilhões de toneladas, ou seja, o consumo mundial para
aproximadamente 178 anos.

A Bauxita, principal minério do alumínio, foi descoberto em 1821, na cidade francesa


de Les Baux, de onde vem o seu nome.

O alumínio é o terceiro elemento mais abundante no planeta perdendo para o oxigênio


e silício. Na crosta terrestre, em uma profundidade 16 km, contém cerca de 8,13% de
alumínio. Devido a sua grande afinidade com o oxigênio é encontrado somente na
forma de óxidos ou silicatos.

O nome do metal deriva do latim alumem. Em 1761, L.B.G. de Morveau propôs o nome
de alumín para a base do alumem e, em 1787, Lavoisier identificou-o definidamente
como o óxido do metal ainda por descobrir. Em 1807, Sir Humphrey Davy, propôs o
nome alumium para este metal, e mais tarde concordou em alterá-lo para aluminum.
Pouco tempo depois, o nome aluminium (alumínio) foi adotado para concordar com a
terminação da maior parte dos elementos, generalizando-se esta designação por todo
o mundo.

Atribuiu-se a Hans Christian Orested como o primeiro a preparar o alumínio metálico,


em 1825, através do aquecimento do cloreto de alumínio anidro com uma amalgama
de potássio (solução de potássio com mercúrio).

Frederick Wöhler melhorou este processo entre 1827 e 1845, substituindo a amalgama
por potássio, desenvolvendo um método mais eficaz para desidratar o cloreto de
alumínio.

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Henri Saint – Claire Deville, em 1854, substituiu o potássio, por ser caro, pelo sódio
usando o cloreto de alumínio-sódio em vez do cloreto de alumínio, produzindo numa
fábrica-piloto, perto de Paris, as primeiras quantidades comerciais de alumínio. Várias
fábricas usando deste processo foram, posteriormente, construídas na França e
Inglaterra, mas nenhuma sobreviveu ao processo eletroquímico que passaria a
dominar a partir de 1886.

O desenvolvimento do processo eletroquímico teve sua origem com Sir Humphrey


Davy que em 1807 tentou, sem êxito, submeter alumina e potássio a um processo
eletrolítico. Em 1854, Robert Wilhelm Von Bunsen e Saint – Claire Deville preparam
independentemente alumínio por eletrólise a partir do cloreto de alumínio-sódio
fundido, no entanto, esta técnica não foi explorada devido à falta de uma fonte barata
de energia. A invenção do dínamo por Gramme, em 1866, solucionou este problema
possibilitando o caminho para novos métodos.

Em 1886, Charles Martin Hall, USA e Paul Louis Toussaint Heroult, França, ambos
com 22 anos, descobriram e patentearam quase que simultaneamente, o processo em
que o alumínio é dissolvido em criolita (NaAlF6) fundida e decomposta
eletroliticamente. Esta técnica de redução, geralmente conhecida por processo Hall –
Heroult subsiste até os dias de hoje como o único processo de produção de alumínio
em quantidades comerciais.

Joseph Bayer, em 1888, descobriu um método para melhorar o refino da alumina


proveniente da bauxita facilitando significativamente na obtenção de alumina de maior
pureza.
Dos diversos metais utilizados industrialmente, o alumínio tem apresentado um dos
maiores crescimentos de consumo, tornando se, na atualidade, a segunda indústria
metalúrgica do mundo, superada apenas pela indústria do aço.
Em ordem de importância, as principais aplicações do alumínio são:
•Transportes
•Comunicação
•Construção
•Embalagens
•Eletricidade
•Bens de consumo
•Equipamentos
•Etc.

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