Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
7. Alumínio - Contaminantes
das ligas
7.1. Introdução
As inclusões podem ser de materiais metálicos e não metálicos e tem sua origem em
diversas etapas do processo de fundição.
A tabela abaixo mostra os diferentes tipos de inclusões bem como a forma que se
apresentam no metal.
Tabela 03
Ponto
Forma que se Densidad Dimensões, de
Tipo
apresenta e ρ g/cm3 µm fusão,
°C
Partículas, 0.1-100,
MgAl204(Spinel) 3.60 2825
películas, Escamas 10-5000
Partículas, 0.2-30, 10-
Al203 (Corundum) 3.97 2047
películas 5000
Óxidos Partículas, 0.1-5, 10-
MgO 3.58 2115
películas 5000
Si02 Partículas 2.66 0.5-30 1650
CaO Partículas 3.37 <5 2630
Al4C3 Partículas, clusters 2.36 0.5-25 2100
Carbetos
SiC Partículas 3.22 0.5-5 2540
TiB2 Partículas, clusters: 4.5 1-30 2790
Boretos
AlB2 Partículas 3.19 0.1-3 2160
Partículas,
Nitretos AIN 3.26 10-50 2227
películas
Cloretos e sais (CaCl2,
Gotículas líquidas 1.9-2.2 0.5-1 712-800
NaCl, MgCl2)
Outros Fluoretos (criolita) 2.9-3.0 1000
Composto intermetálico
>4.0
Al(FeMnCr)Si -
Bolhas ultrafinas de
Gases gases: Argônio, - - 10-30 -
Nitrogênio.
Intermetál
(TiAl3, TiAl, NiAl, Ni3A) Partículas, clusters - 10-100 -
icos
Estes elementos de liga, que por natureza possuem elevada densidade, em condições
favoráveis, têm seus limites de solubilidade diminuídos depositando-se no fundo do
forno, formando compostos de elevadas densidades e durezas.
Sua formação é previsível, uma vez que decorre da participação percentual destes
elementos de liga no alumínio, sendo determinados por um fator denominado de Fator
de Segregação.
Neste gráfico também se obtém, além das temperaturas de dissolução dos compostos,
as temperaturas para manutenção do alumínio e formação dos compostos. Isto
significa que a introdução de cargas sólidas em fornos de espera deve-se dar sempre
com temperaturas superiores às mínimas necessárias para a dissolução destes
compostos, pois, caso contrário, mais composto irá se formar.
Nos fornos resistivos a cadinho, os compostos ocupam o volume útil do recipiente além
de dificultar a transferência de calor do cadinho para o alumínio líquido,
comprometendo a eficiência do aquecimento.
780ºC 620ºC
7.3. Coríndon
O coríndon (Fig. 22) é um óxido de alumínio (Al2O3 - α) de elevada dureza que se
forma normalmente sobre os refratários dos fornos sempre na linha de carga do metal
líquido. É o produto de uma reação entre o alumínio líquido e o oxigênio contido no
forno.
O coríndon além de reduzir a carga útil dos fornos também dificulta o aquecimento do
metal nos fornos de indução a canal onde se dá o aquecimento do metal líquido. Nos
fornos tipo barril com resistência elétrica, sua ocorrência é mais pronunciada devido às
intensas correntes de ar no interior do forno gerando enormes aglomerados de
corundun conforme mostra a figura abaixo.
Fig. 23 - O coríndon formado na linha de carga do forno deve ser removido com
cuidado para evitar danos no refratário nesta região.
Nos fornos a gás, sua ocorrência pode ser controlada facilmente através de uma
melhor relação ar/gás que permita a obtenção de uma atmosfera redutora, ou seja,
sem a presença de oxigênio.
7.4. Hidrogênio
O hidrogênio é um gás de elevada solubilidade no alumínio líquido: quanto maior a
temperatura do metal, mais hidrogênio se dissolverá no alumínio.
Estes resíduos, quando decompostos, liberam o oxigênio (que reage com o alumínio
formando óxidos), gases ou fumos ricos em carbono e finalmente o hidrogênio que
imediatamente é incorporado ao metal líquido.