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Sumário Executivo
Desse modo, o estudo teve como objetivos principais: 1) fazer uma discussão crítica
de conceitos centrais presentes na PNAS, especialmente trabalho social com famílias,
além de território de referência dos Centros de Referência de Assistência Social
(CRAS); 2) definir os componentes da categoria “capacidade protetiva das famílias”,
especialmente em regiões metropolitanas periféricas – tendo uma metrópole
do Sudeste como estudo de caso; 3), e, elaborar ferramentas para aplicação desta
categoria pelos gestores da política de assistência social nas análises individuais e
coletivas de agregados familiares por territórios de abrangência dos CRAS.
2. Metodologia
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3. Contextualização teórica
Segundo as autoras, a centralidade do trabalho com famílias ainda não está
suficientemente explorada de modo a constituir uma orientação clara a ser
aplicada pelo SUAS. Esta hipótese se assenta nos seguintes fatos: a) O Programa
Bolsa Família (PBF) e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) não incluem nas
respectivas avaliações de seus resultados a presença e a qualidade do trabalho
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4. Resultados
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e territorializada pela gestão estatal exige que a família exerça essas funções em
caráter substitutivo.
• Território
Nesse sentido, este estudo toma por base para definição de territórios de proteção
básica de assistência social agregados de cerca de 20 a 30 setores censitários,
onde habitam cerca de 5 mil famílias ou cerca de 20 mil pessoas. Esta dimensão é
base para o estudo da capacidade protetiva das famílias e para identificar o grau
de qualidade/risco dos lugares onde vivem. Centra-se, portanto, na oferta de
serviços básicos ligados ao cotidiano da vida. A base territorial é referência não só
para a análise das proteções e desproteções de uma família, como também para
estabelecer o perfil do conjunto das famílias que ali vivem.
Por sua vez, a categoria capacidade protetiva da família, considerada para além
da capacidade da renda familiar per capita, possibilita a aplicação de conceitos
dinâmicos de vínculos sociais e territórios de vivência, bem como, abre espaço
para incluir a presença da qualidade das relações familiares nas atenções sociais e
pode influir diretamente na concepção de proteção social.
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• Vulnerabilidade
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4.2 Ferramentas
• Matriz Analítica da Capacidade Protetiva das Famílias
DIMENSÕES
COMPONENTES
SOCIOFAMILIAR SOCIORRELACIONAL SOCIOTERRITORIAL
• frequência de contato vital dos membros da família • presença de convívio incidência da relação da
entre os membros da X presença de doença, com vizinhos, família em estudo
família deficiências e dependências parentes, amigos • incidência de famílias
• presença / ausência • Presença de abandono/fuga X possibilidade de com elevada razão
de vínculos fora da / internação de membros da contar com de dependência no
família que partilham família • presença de trabalho território
da relação provedor- socioassistencial com • incidência de demandas
dependente a família de proteção na família
• presença / ausência X presença de oferta de
de infraestrutura e de atenções públicas
serviços públicos no • presença de atenções
território através de serviços
• Presença / ausência públicos no território
de rupturas familiares • presença de serviços
públicos de saúde,
educação e assistência
social no território
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DIMENSÕES
COMPONENTES
SOCIOFAMILIAR SOCIORRELACIONAL SOCIOTERRITORIAL
• qualidade da • padrão de satisfação de • qualidade do convívio com • capacidade dos serviços de atender
satisfação das necessidades básicas X vizinhos, parentes, amigos a demanda existente nos territórios
• necessidades ciclo vital dos membros da X condição efetiva de contar • possibilidade de inclusão em
básicas da família família com programas de transferência de
• qualidade dos • padrão de cuidados com • presença de discriminação a renda, benefícios e segurança
cuidados dos crianças até 5 anos membros da família alimentar
membros da • padrão de cuidados com • incidência de conhecimento • presença de famílias referenciadas
família por crianças de 6 a 11 anos e do funcionamento e acesso ao CRAS X famílias beneficiárias no
ciclo de vida e 11 meses ao CRAS para fortalecimento território
contingências • padrão de cuidados com da proteção da família • presença de CRAS no território
• qualidade da adolescentes de 12 a 16 anos • incidência de conhecimento e/ou equipe para trabalho
solidariedade • padrão de cuidados com do funcionamento e acesso sociofamiliar
intrafamiliar jovens de 16 a 21 anos ao CREAS para situações de • incidência de referência de famílias
• relação de • qualidade da relação pai / proteção especial ao CREAS no território para atenção
CONDIÇÃO DE PROVISÃO X SITUAÇÃO DE DESPROTEÇÃO
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DIMENSÕES
COMPONENTES
SOCIOFAMILIAR SOCIORRELACIONAL SOCIOTERRITORIAL
• grau de certeza do trabalho • incidência de trabalho formal • participação • distância entre local
como fator agregador do X informal na família sindical de trabalho e moradia
convívio familiar • ausência de férias, auxílio • presença • oferta de acesso
• grau de certeza do valor da doença, salário família e de formas à qualificação
renda mensal da família como cobertura de aposentadoria de trabalho profissional para
fator básico de provisão • incidência de precarização do coletivas / jovens e adultos
• grau de consolidação da trabalho economia • incidência das
atividade profissional dos pais • incidência e tempo sob solidária condições de trabalho
• participação sindical como desemprego de membros da e renda do conjunto
fator de qualidade da família das famílias do
realização de trabalho • incidência de estresse pelas território
SEGURANÇA DO TRABALHO E RENDA FAMILIAR
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DIMENSÕES
COMPONENTES
SOCIOFAMILIAR SOCIORRELACIONAL SOCIOTERRITORIAL
• valorização do infantil de crianças com menos • presença dos filhos em que fomentem a
estudo no convívio de 6 anos jogos, competições, participação na escola
familiar • presença de interrupção agremiações ou • oferta de vagas em
• presença de relação de estudos em crianças, atividades coletivas creches, escola de
dinâmica com a adolescentes e jovens escolares educação infantil,
escola • presença de analfabetismo • frequência a escola para fundamental, médio,
• presença do • grau de expectativa dos pais em atividades culturais, de técnico, para a formação
analfabetismo relação ao estudo dos filhos lazer, associativas dos filhos
• presença do • presença / ausência na família • frequência de • oferta de cursos de
conhecimento dos de crianças, adolescentes e adultos a cursos de alfabetização
direitos de crianças, jovens que gostam de estudar e complementação de • presença de ações
adolescentes, se destacam na escola escolaridade e de de comunicação /
idosos, mulheres, • freqüência a cursos de alfabetização. formação desenvolvidas
diversidade alfabetização x presença de no território por
analfabetos na família. organismos de defesa de
direitos.
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COMPONENTES
SOCIOFAMILIAR SOCIORRELACIONAL SOCIOTERRITORIAL
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DIMENSÕES
COMPONENTES
SOCIOFAMILIAR SOCIORRELACIONAL SOCIOTERRITORIAL
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DIMENSÕES
COMPONENTES
SOCIOFAMILIAR SOCIORRELACIONAL SOCIOTERRITORIAL
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5. Considerações finais
O propósito deste estudo foi analisar a capacidade protetiva das famílias
beneficiárias de programas federais de transferência de renda (Bolsa Família e
Benefício de Prestação Continuada) em regiões periféricas metropolitanas. Essa
analise supôs, por anterioridade, a construção conceitual da categoria capacidade
protetiva das famílias, uma das dimensões da matricialidade sociofamiliar,
princípio da política de assistência social.
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Trata-se de uma categoria que se coloca no âmbito da proteção social que informa
e conduz tanto a prática profissional de agentes institucionais quanto o processo
de gestão da política de assistência social, como também, deve assegurar direitos
sociais à seguridade social. Essa dupla condição exigiu que à construção conceitual
da categoria se agregasse uma elaboração instrumental que viesse a contribuir
para a gestão e a prática profissional da política de assistência social, por meio da
construção de três ferramentas de aplicação.
6. Recomendações
De acordo com o estudo, a implementação do SUAS deveria:
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Ficha Técnica
Execução da Pesquisa Colaboradoras
Aldaíza Sposati – Consultora sênior: Helena Ferreira de Lima
coordenação do estudo Maria Cristina Abreu M. Lima
Equipe de acompanhamento da
pesquisa
Elizabete Ana Bonavigo
Danilo Mota Vieira
Fernando Batista Pereira