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Psycho-techno.

O auto fluxo
Samuel Ngolatim
18/12/20
Rtuyim estava apreciando seu jornal e se admirando com a possível nova
remessa se relação comercial entre Angola, China, Brasil e Japão.
– Mó kota boa tarde! Estou meio perdido, podes me dizer que horas são?
– Boa tarde a estas horas?! São 09 horas e 15 minutos jovem!
– Hei! Caramba (com ar de preocupação)! Obrigado papoite! Já agora, bom dia.
– Bom dia sim. Passe bem!
– Deus te abençoe mó papoite.
– Como se ele te ouvisse (ironicamente).
O transito estava razoável. A 5 metros de Rtuyim havia um grupo de jovens
adolescente que estava brincando de “ocupar carros”.
– Meu carro é esse Porshi preto desse negão tipo Chadwick Boss Man.
– Não, aquele é meu...
– Meu carro é esse Raptor cinzento! Chê olha essa dama neste carro. Pensei que
só homens gostavam de carros brutos...!
Rtuyim falou consigo mesmo baixinho.
– Crianças! Há esta altura já devia ter se desinibido destes jogos fúteis. Deviam é
trabalhar para ter do que ostentar o que nem em sonho deviam adquirir sem esforço.
5 minutos depois veio uma comitiva de 5 vendedores ambulante que estavam
vendendo a preço baixo um jornal de excelente qualidade – parecia uma revista. Suas
folhas eram diferentes do comum –.
Rtuyim ignorava-os apesar de que o uniforme daqueles jovens era bastante
chamativo.
Restavam uns 7 jornais que estavam em conjunto com outros sendo
transportados num carrinho de mão moderno – automatizado – e muito simples.
– Vocês já ouviram falar sobre o prêmio de 1 milhão Kwanza patrocinado pela
Amata akabi e Petrobras? É fácil de concorrer, garanto que não custa nada, restam
apenas 7 jornais e num desses 50 que distribuímos estão os segredos da vossa possível
prosperidade. E para quem tem filhos, há também dicas de bolsas de estudo para o
Japão e brasil! – Disse um dos vendedores ambulantes.
– Isso é sério? Comerciante é sempre comerciante, liquidar seu produto é a sua
prioridade. Não devo ligar muito, apesar de que... deixa para lá.
Os 7 jornais haviam sido comprados e naquele momento as pessoas estavam
quietas de mais.
– Devem ser interessantes! Quanto eles investiram nisso para vender a preço tão
insignificante?! –.
Debaixo de um alpendre, Rtuyim baixou o seu jornal que levantava sempre que
era atraído pelo meio e estava inquieto por dentro.
– Será que valeu apenas? Este jornal de capa dourada e resplandecente realmente
me parece interessante. Eu até acho que já devia ter comprado. Onde é que eu estava
com a cabeça? Autoprogramação tem seus efeitos colaterais!
Rtuyim era parte de uma minoria desconfortante e estava se sentindo estranho no
meio daquela gente.
Os vendedores daquela revista – Amata Akabi – estavam se retirando do local.
Rtuyim percebeu que eles estavam atravessando a estrada e indo ao encontro do
transporte de serviço que os recolheria.
Rtuyim levantou do seu assento e fez a travessia da estrada da samba e encontrou
os jovens desembalando um segundo molho de jornal.
– Bom dia ilustres.
– Bom dia sim. Ilustre. Chamo-me Henry Mayer. Em que lhe podemos ajudar sr.
(num sotaque americano)?
– Chamo-me Rtuyim. Bem, é sobre o vosso jornal. Eu queria comprar um. É
possível?
Disse dentro de si mesmo.
– Obviamente que é possível!
– Sim é possível Senhor Rtuyim! O senhor tem bom gosto! O senhor é muito
sortudo! Eu pessoalmente gostaria de lhe facultar essa revista especial de graça, se não
se importa.
– Me importo si. Não quero ser mal-educado, mas se eu pagar me sentirei ainda
melhor.
– Não te preocupes! Se quiseres nós lhe vendemos um jornal e lhe oferecemos
uma revista como um bônus.
– Não! Prefiro comprar os dois, por favor!
Os outros comerciantes atrás daquele que se dirigia a Rtuyim olharam um ao
outros admirados sem denunciar sua estranheza.
– Tudo bem o desejo do cliente é a nossa prioridade. São 300 Kwanzas!
O jovem Henry tirou uma revista numas das 4 caixas no porta bagagem de uma
vã e a seguir pediu a um dos seus colegas que pegava o megafone que entrasse na vã e
pegasse a edição especial e assim o fez.
Rtuyim disse consigo mesmo.
– Acho melhor não argumentar muito, caso contrário não poderei chegar no
trabalho a tempo.
– Aqui está! Passar bem senhor Rtuyim! Lhe desejo bom proveito da revista.
– Obrigado. Estou agradecido.
Rtuyim saiu de lá e retomou ao calçadão.
Sentando em seu costumeiro acento, olhou novamente para o relógio e viu que
mais 15 minutos haviam se passado, já eram 10 e 17 minutos.
Começou pelo jornal atraente e havia introdução bem elegante sobre a empresa.
Moveu sua cabeça com os lábios ligeiramente tensionados fazendo gesto de admiração e
satisfação.
1 hora havia se passado. Sempre de olho no relógio, de baixo de uma arvore,
começou com leitura do segundo documento. Olhou para a capa e percebeu que havia
um brilho anormal nele. Estavam brilhando demais! Levantou do acento e expôs um
pouco ao sol, aquela luz refletiu sobre seu rosto e quase que ele perdeu a visão, mas foi
tão repentino que não deu muita importância, julgou ser consequência dos raios solares.
– Amata akabi! Interessante! De baixo de um alpendre é sempre melhor quando
se quer ler. Que máquina! São essas coisas que empresas desenvolvidas usam! Estamos
atrasados até que ponto...? Isso mesmo...! Então estão querendo trazer isso no nosso
país!? Boa! Assim já é positivo! E essa tal de bolsa de estudo?
A revista tinha 20 páginas e a cada página estava se sentindo mais flácido. Já
havia lido 15 páginas e sua visão estava ficando turva. No final da 15º página olhou
para o relógio e eram 11 horas e 23 minutos.
– Estou me sentindo meio cansado! Acho que devia ir para casa, mas também
isso é impossível, posso perder o emprego e isso seria um grande prejuízo. Irei mesmo
assim, acho que talvez uma água me vai relaxar e restaurar.
Rtuyim saiu do calçadão a paragem, isso no outro lado da estrada. Estava
carregando a sua nova revista e os dois jornais, além de sua maleta castanha de cabedal.
No posto de trabalho, isso na Mutamba em seu escritório de advocacia
acomodou-se em sua cadeira obcecado pela revista. Depois que leu as 5 restantes
páginas entrou em transe. 2 horas depois sua secretária o encontrou desmaiado na
cadeira. Ligou para emergência e ele foi levado para o hospital geral do Prenda onde
ficou em coma por 5 dias. No sexto dia despertou mais não se lembrava de nada.
Quando abriu os seus olhos estava um menino de olhos castanho brilhante que ele já
não reconhecia.
Durante 3 dias apenas olhava para ele ainda que o mesmo tentasse se comunicar
Rtuyim não diziam uma única palavra.
– Pai, o que se passa? Você está muito estanho! Estás me assustando. Por favor,
será que te esqueceste de mim? Não me faça sofrer mais!
Depois de 3 dias Rtuyim abriu sua boca estava falando uma língua desconhecida!
Seu filho olhou para seu pai aterrorizado e chamou os médicos. O médico, posto lá, fez
as observações e perguntou ao menino sobre mais parente e ele explicou que seu pai era
órfão e que ele era seu único parente pois a 6 ano que sua mãe morrera, mais que sua
avó era viva e estava na recepção fazendo telefonemas.
Rtuyim havia sido transferido para uma psiquiatria onde esteve internado.
Zucnir seu filho havia sido recebido pela sua avó materna durante aqueles dias. Rtuyim
evitava olhar para o seu filho pois o lembrava de sua falecida mulher que padeceu num
acidente de aviação onde ele era o motorista,
Havia se passado 2 anos e Rtuyim estavam cada vez pior. Alucinava e suas
alucinações eram muito forte que as vezes nenhuma das medicações surtiam efeitos
duradouro, estava muito violento desde então.
Zucnir estava se sentindo muito abatido. Eram um rapaz de 17 anos de cabelos
longos e nariz aquilino. Sua mãe era Bianca Monteiro Ndula uma brasileira ex-jogadora
de andebol que viveu muito tempo em angola e jogava na seleção angolana de andebol.
– Que horas são? Ai! Vou chegar tarde a escola!
Zucnir levantou 5 horas da manhã com pressa de ir à escola. Sua avó ainda
estava dormindo. Antes mesmo que ela se levantasse, Zucnir fez o café da manhã e
levou até a cama dela as 6 e 15 minutos.
– Ah! Que gracinha! Deus te abençoe meu neto.
A vovó Jaqueline quase derramou lagrimas ao ver o rosto do seu neto que muito
o referenciava sua falecida filha.
Depois da escola Zucnir estava voltando para casa cansado porque mais uma vez
seus amigos o xingaram pelo seu nome e o perseguiram. Ele teve que fugir de todos
para beneficiar-se de paz.
Posto em casa não entrou, parou nos degraus frente a entrada e sentou por alguns
minutos. No talatona ondem moravam, as crianças eram um pouco sínicas e brincavam
em grupos. Já Zucnir pertencia ao grupo nenhum, rejeitava amizades, preferia fazer sua
jornada a solo.
[Som de ambulância] uma ambulância estava chegando junto da polícia no seu
distrito. A polícia entrou nos aposentos de um dos seus vizinhos e o pai de um dos
meninos que tanto perseguia sua amizade havia sido detido pela polícia. Os enfermeiros
que haviam entrado naquela casa depois haviam saído junto do irmão do Bruno seu
colega de escola, mas o irmão mais velho do Bruno estava com a mandíbula destruída e
sua mãe havia levado uma bala no ombro direito.
O pai de Bruno estava rindo. Quando a avó de Zucnir apercebeu e saiu de casa
chamou Zucnir para dentro, mas este não entrara, pois estava em choque. Sua avó veio
recolhê-lo. A seguir ligou para o psicólogo da família que o acalmou.
Dia 29 de Setembro de 2023.
– Zucnir, já está tudo pronto? Eu sei que está empolgado para visitar seu pai.
Talvez daqui a alguns dias o deem alta. Não esqueça nada. E se acalme meu amor!
– Tudo bem vó. Não precisa te preocupar já estou descendo e está tudo aqui
comigo.
Era justamente o aniversário da mãe de Zucnir. Ele já havia completado 18 anos
então podia conduzir. Levou sua avó até a psiquiatria em que seu pai havia sido
internado.
– Vai dar tudo certo. Não te preocupes. Eu acredito que Deus nos houve e está
operando milagre por nós.
– Vó será que a mãe está bem?
– Creio que sim, meu neto. Não precisas te preocupar. Ele está velando por nós
agora.
– Quero acreditar que sim, vó.
A avó Jaqueline estava um pouco chocada, segurou na mão direita de seu neto e
sorriu para ele. Zucnir e sua avó chegaram até a psiquiatria. Na recepção, após serem
orientados foram até a sala dos visitantes. Antes que entrassem na sala Bruno apareceu:
– Olá Zucnir. Olá vó Jaqueline. Como vai? O que vos traz aqui?
– Sei que não se responde pergunta com pergunta, mas lhe pergunto o mesmo
Bruno.
– Meu pai está internado aqui a 1 ano e no seu caso?
– Meu pai também está doente e está internado cá há 3 anos.
– Sinto muito! Não sabia.
– Não te preocupes comigo eu estou firme!...
A conversa de Zucnir e Bruno ainda estava desabrochando quando foram
notificados sobre a eminencia da visita, Rtuyim estava sendo trago numa cadeira de roda
por uma enfermeira chinesa.
– Olá boa tarde senhora Jaqueline. Como vai Zucnir? Wau! Estás com bom
aspecto. Fico feliz por te ver hoje! Qualquer coisa é só chamarem estarei no corredor.
Tentem não pressioná-lo, ainda estava um pouco frágil.
Jaqueline olhou para identificação da enfermeira e disse:
– Não te preocupes enfermeira Jin vamos cuida-lo com bastante amor.
Depois que a enfermeira saiu. Rtuyim estava chorando, abordou sobre os últimos
acontecimentos e mencionou aquela revista e o jornal a avó Jaqueline. Depois de ter se
lembrado da situação, voltou a falar outra língua e começou a ficar violento. Levantou
da cadeira de rodas e suas pernas estavam trémulas. Seu ombro direito estava mais alto
que o direito e seu pescoço inclinado para direita de olhos fitados em sua sogra. Zucnir
assustado correu a porta, mas Rtuyim foi mais rápido que ele. Colocou uma cadeira sob
a maçaneta. E estava olhando seus parentes com um olhar assustador, como se quisesse
devora-los. Ninguém conseguia reconhecê-lo.
Jaqueline surtou e começou a gritar. Do outro lado a enfermeira Jin chamou
alguns médicos e segurança a acompanharam e tentaram arrombara a porta. Quando
conseguiram, Zucnir estava com nariz quebrado desmaiado e a avó Jaqueline estava
sendo sufocada contra parede. Os seguranças conseguiram conter Rtuyim a enfermeira
Jin administrou um sedativo e ele apagou.
Quando Zucnir acordou eram 06:00. A vó Jaqueline havia dormido ao seu lado.
Zucnir foi até a casa de banho e viu seu rosto ferido contando a bizarra história de que
não se queria lembrar.
Era 7 horas e 30 minutos. Zucnir desceu para tomar o pequeno almoço e ir à
escola. Sua avó estava esperando por ele. Estava acabando de fritas os ovos e o bacon.
– Bom dia raridade. Wau! Estás charmoso! Aonde vais a estas horas, filho?
– Vou a escola, vó.
– Hoje vais não! Já notifiquei a coordenação. Hoje vamos fazer uma pequena
saída. Hoje é sexta-feira e você precisa descansar. Descansar muito para continua forte
como sempre!
– Eu queria nem acreditar no dia de ontem, mas ver você no gesso... não dá para
acreditar. Vó cadê Deus? Cadê Deus? (Chorando).
– Zucnir!
– Não me chame esse nome (exaltado)! Por que? Deus sabia disso?
– (Silencio).
– Então por que?
– Filho há uma razão para tudo.
– Que razão? Por que os pais têm que morrer? Do que serão feitas todas minhas
promessas? E se ele morrer? Ou se ele nunca mais voltar?
– Se acalme! Por favor!
Jaqueline se aproximou do neto e o abraçou. Zucnir estavam banhando em
lágrimas. 5 minutos se lamentando subiu para o seu quarto.
Jaqueline havia pedido a sua neta Leandra que viesse busca-los. De fora Bruno
sentado no alpendre de sua casa estava vendo Zucnir sendo levado de carro por sua tia
Leandra que vinha acompanhada de seu marido. Bruno estava observando a revista que
diziam ser a última coisa que seu pai leu. Quando Jaqueline viu a revista na mão de
Bruno lembrou disso e voltou para pegar alguns dos pertences de Rtuyim.
18:00 Zucnir estava voltando para casa. Bruno estava na porta de sua casa e viu-
o abatido sendo trazido para dentro de seus aposentos pela sua avó. Leandra e seu
marido sem despediram pela janela do carro e voltaram para suas casas. Bruno entrou
em sua casa, esperou 15 minutos e foi bater à porta da avó Jaqueline.
– Quem é?
– Sou eu, Bruno.
– Olá Bruno como estás?! Podes entrar.
– Estou bem obrigado.
– Vieste ver Zucnir?
– Sim.
– Bem fizeste. Siga-me!
Jaqueline uma velha de quase 70 anos que parecia jovem, pois dedicou sua vida
no desporto e já foi uma das selecionadoras da seleção angolana de handebol por 5
temporadas. Jaqueline fechou a porta e levou Bruno até o quarto de Zucnir. Bateu a
porta:
– Quem é?
– Zucnir o Bruno está aqui.
– Será que podem me deixar sozinho, por favor vó?
– Não sejas medricas Zucnir. Faça um esforço filho, por favor! Não precisas te
torturar, tudo vai acabar bem.
Zucnir abriu sua porta e recebeu Bruno. Ficaram trancados no quarto durante
quase 2 horas brincando de tudo e estavam cantando suas músicas favoritas.
– Temos tanto em comum, não sei como é que não nos tornamos amigos mais
sedo!
– Não sei dizer! Quando te vi pela primeira vez já sabia que você era especial.
– Bruno, obrigado por tudo!.
– Eu é que agradeço e peço desculpas pelo constrangimento.
– Não tem de quer. Tua amizade me basta! Bem, agora tenho de ir.
– Vamos! Eu te acompanho.
Ambos desceram as escadas juntos. Na sala de estar foram e encontraram a avó
Jaqueline lendo aquele jornal e parecia entretida.
– Desculpa avó Jaqueline.
– Sim Bruno, alguma coisa? Já vais?
– Sim, mas é sobre outra coisa. Gostaria de saber onde conseguiste este jornal?
– Ora, este jornal eram um dos pertences do meu genro, o pai do seu amigo
Zucnir. O que tem ele?
– É que o meu pai também possuía um e dizem que foi encontrado desmaiado
segurando este jornal e aquele revista por cima de sua mesa.
– Sério menino!? Mas o que isso tem haver?
– Não sei apenas estranhei que você tivesse.
– Entendo, são muito interessantes o jornal e a revista.
– Sério vó posso dar uma olhada?
– Podes sim filho! Poderia eu resistir uma beleza como você?
No momento que Zucnir pegou naquele jornal, Bruno achou alguma coisa
estranha nele. As folhas pareciam mais resplandecente como corrente elétrica que havia
se distribuído sobre a capa dura.
– Sim parece interessante! Podes me passar a revista?
– Sim filho!
Quando a avó Jaqueline quis entregar a revista a Zucnir, Bruno segurou nas
mãos de Zucnir disse não com a cabeça.
– Que tem de errado? É apenas uma revista?
Logo que Zucnir tocou no jornal todos os telefones de casa estavam tocando.
A avó Jaqueline e os meninos pegaram um susto.
– Estou... Casa dos monteiros em que posso ajudar?
– Daqui é o Dr. Diego falo a partir de brasil. São os parentes de Rtuyim Ndula?
– Sim. Em que posso ajudar?
– O ministério da saúde de Angola enviou uma solicitação a OMS sobre alguns
problemas particulares de saúde de seus pacientes e assim como vocês, nós estamos
convocando os parentes de todas os pacientes cadastrados. Se não se importa gostaria
que dirigisse ao Minsa do seu pais para mais detalhes.
– Tudo bem, mas queria saber mais a respeito (Supressa e com ar de
preocupação).
– Basta se dirigir ao Minsa de seu pais serás esclarecida. Obrigado e com a sua
licença!
– Por que o Minsa não ligou para gente?
– (desligado).
– O que foi vó?
– Não sei. Disseram que devemos ir ao ministério da saúde amanhã. Parece que
é sobre o teu pai.
Alguém bateu a porta e era a mãe do Bruno e seu irmão mais velho que estava
com uma máscara na cara do osso mole para baixo da face. Vinham buscar Bruno.
Na manhã seguinte, Jaqueline pediu que Zucnir conduzisse o carro. Ela não
podia conduzir desde morte da sua filha. Posto lá havia sido levados a uma sala
separada onde haviam mais de 100 pessoas em espera. Naquele aglomerado Zucnir
reconheceu Bruno e o chamou. Todos foram atendidos de uma só vez por um Japonês
Brasileiro chamado Akira Sasumo.
– Vó isso é sério vão pagar passagem a todas estas pessoas?
– Parece filho. Vê estão distribuindo não sei o que, vamos saber.
– Isso é incrível finalmente vou conhecer a terra do meu pai.
– Sério Bruno nunca estiveste no brasil?
– Nunca! Eu nasci e cresci aqui. O pai viajava muito mais nunca sai do pais.
Meu irmão mais velho e a minha irmã caçula são os únicos que conhecem este sabor!
–Bem, eu já estive 5 vezes em São Paulo e 3 vezes no rio de janeiro.
– Sortudo és tu!
– O que dizer da minha avó que viveu 35 anos lá?
– Poxa que inveja!
Facultou-lhes um envelope.
– Obrigado moço.
Bruno pediu a sua mãe que fosse levado para casa pelo Zucnir e seus parentes
aceitaram. No carro a avó de Zucnir disse:
– Wau! Aqui está a dizer que esses crachás são os passaportes que representam
cada família dos pacientes e que seremos levados nesta terça-feira mais que antes
passaremos no Japão para turismo.
– Isso não pode ser possível! O que eles ganham em troca?
– Aqui também diz que quem quiser precisa assumir um termo de
responsabilidade pois seus parentes serão submetidos a estudos experimentais cuja taxa
de sucesso nos últimos 6 anos é de 70%!
– Quem faria isso, vó? O que eles realmente pretendem?
– Não sei filho, mas talvez o seu pai recupere com isso, mas precisamos pensar
com calma.
– Avó Jaqueline, eu vou visitar Japão? Conhecer a terra natal dos mangas e
animes?
– Possivelmente!
– Wau! Gostei desta ideia. Obrigado pai!
Posto em casa. O carro da família do Bruno também estava chegando. Bruno foi
até seu irmão mais velho que estava descendo do carro e pediu que lhe deixasse ficar
mais um tempo com Zucnir e ele foi liberado. Naquela tarde, Bruno pediu a Zucnir que
buscasse o jornal da sua avó Jaqueline e ele assim o fez.
Na garagem Bruno explicou a Zucnir as suas descobertas a respeito do jornal e
da revista.
– O que você viu?
– Antes do meu pai entrar em choque e desmaiar eu estava lá. Eu vi com meus
olhos essa revista em suas mãos liberando eletricidade contra os olhos do meu pai. Acho
que essa revista é alguma espécie de equipamento tecnológico de lavagem cerebral ou
algo parecido.
Zucnir estava procurando na mesa de seu pai e encontrou o multímetro sob
monte de sucatas de eletrodomésticos.
– Cá está.
– Ótimo! Teste número 1. Olha essas folhas estão emitindo corrente elétrica.
– Como?
– Ainda não acabei. Eu já dissequei uma revista destas antes.
Bruno ligou a luz ultravioleta e a placa estava brilhante e tinha linhas assim
como uma placa.
– Nossa! Você devia ser detetive sabias?
– Sim eu sei, mas teve algo que eu não fiz ainda.
– O que foi?
– Não desliguei a fonte. Sabia que seria muito ruim apesar de que talvez eles
estivessem contando com desperdícios.
– Estou gostando mais de você.
– E o final.
– Qual é?
– Você sabia o que é realmente Amata akabi?
– Dizem que é o nome do criador da empresa.
– Isso é mentira. É ima inversão das palavras Baka Atama que significa “cabeça
louca”.
– Como você sabe disso?
– Eu andei investigando. Além disso, meu irmão mais velho é muito curioso e
ele tem uma pilha de vídeo sobre conspiração. Aprendi algumas coisas.
– Já pensaste se tiver escuta nesta revista?
– Já, mas não tem já pesquisei só tem sinal de GPS.
– Estão eles sabem onde estamos?
– Não só isso, eles até sabem como estamos. Essa revista tem sensor de
temperatura e ela avalia a retina de quem lê. O alcance é limitado mais olha essa câmera
aqui. Isso é visão térmica!
– Temos que avisar a avó.
– Não! Precisamos prosseguir e descobrir o que há no âmago.
– Tudo bem.
No dia seguinte a avó Jaqueline estava levando as bagagens para carro. Zucnir
veio ajuda-la. Depois dirigira-se para o aeroporto internacional de Luanda e haviam 3
aeronaves milionárias que estavam à espera deles.
– Wau! Que luxo! É melhor que todas que já usei.
– Realmente vó!
Bruno piscou um dos olhos para Zucnir e passou com seus parentes e foram
noutro compartimento.
Posto lá desceram no aeroporto internacional do Japão e visitaram vários pontos
turísticos. A seguir foram uns levados para o Brasil outros para China e Zucnir e a
família do Bruno ficaram no Japão na cidade de Tóquio. Dentro ficaram surpreendidos
com a grandeza daquele centro de pesquisa japonês. Nunca havia visto algo igual.
Cada um havia recebido um acesso e foram hospedados lá num quarto luxuoso.
De manhã cedo, alguém bateu a porta era a Dra. Cristina Aiko.
A avó Jaqueline abriu a porta e estava conversando com ela. Jaqueline estava
mais admirada com a eloquência da Dra. Cristina no português do que com sua beleza
japonesa. A seguir, arrumou-se junto de Zucnir e foram a sala de audiência. Havia algo
estranho, por que haviam de receber mapas? Onde estavam os guias? Todos os
corredores estavam vazios. Zucnir pegou em seu smartphone que havia ganhado da
Amata akabi e lá estava o número dos 50 candidatos angolanos e brasileiros que havia
ficado no Japão e lá estava escrito sua habilidade e quais debilidades tinham seus
parentes.
– Estrangulador? O que isso significa? Porque tem estrangulador no perfil do
pai?
– Como assim deixa-me ver? O que isso significa.
Uma voz estava ressoando na instalação toda em japonês “ Bem-vindos a Baka
Atama. Que jogo comece! ”.
Zucnir ligou para Bruno e Bruno nem sabia onde estava. Ouviam gritos de tudo
quanto é lado. Veio um robô de 3 metros em direção a avó de Zucnir e disse:
– Você não está no jogo. Eliminar!
O robô saiu várias laminas nas mãos. Da ventilação caiam gosmas cobertas de
pelos compridos que pareciam cérebros eram muito viscosas. Estas gosmas e os robôs
cercaram a avó Jaqueline. Zucnir correu para frente do robô e das gosmas e abriu as
mãos.
– Sai da frente Samura Utana! Este é um protocolo de segurança!
Aquele robô disparou um projétil pequeno telecomandado que acertou a cabeça
da avó Jaqueline e desfez os miolos dela em pedaços. Aquelas gosmas correram até ela
e estavam se alimentado dos pedaços.
– Vó!
– O que você fará Samura? Não vai revidar herói?
Zucnir estava chorando sobre o cadáver da avó, mas aqueles monstros viscosos
estavam se alimentado do corpo dela, comeram até não restar recordações!
Bruno ligou para Zucnir e imperou que ele entrasse no jogo. Zucnir tirou a
revista da sua mochila e fez conforme Bruno o pediu, pareceu que estava sonhando sua
visão ficou liquida. Aquele robô deu um murro forte na face de Zucnir e este rompeu a
parede e foi parar no outro corredor. Pessoas estavam sendo decepadas pelos seus
familiares. Veio uma grande besta semelhante centopeia de 6 metros de comprimentos
cujos pés eram serra elétrica e estava dizimando pessoas perfurando-as do ombro a
baixo. Zucnir olhou para o seu smartphone e estava carregando o número de jogadores e
atualizado deu 5 mil!
– O que é isso?
Aquele monstro exótico tinha boca nas axilas e também estava armada com uma
metralhadora na costa. Estava consumido pessoas pelo sovaco!
– Corram!
A multidão estava agitada se escutava som de coisa caindo sobre o telhado
pareciam peso de carne. A grande máquina começou a disparar contra Zucnir e este
escondeu-se no elevador a sua direita já que estava de cara com as gosmas cabeludas.
– Suba!
Aquele corredor tinha cerca de 6 metros de largura. No final do corredor tinha
um homem com três cabeça e 1 metro de largura não tinha olhos e seus dentes estavam
expostos parecia a dentadura de um tubarão e ainda estava em metamorfose. Em cada
boca havia uma vítima sendo devorada. Depois que se apercebeu de Zucnir. Venho se
rastejando. Estava esmagando crânios no caminho e estava a 13 metros de Zucnir.
– Morra!
O monstro caiu sendo suas três cabeças cortadas pelos punhos de fótons do
Bruno.
Estava saindo muito sangue daquela besta. Bruno vinha calmamente em direção
ao Zucnir quando uma das cabeças saltou sobre seus pés. Zucnir surtou lançou uma
Shuriken armada em linhas de energia que estancou a cabeça daquela besta contra
parede.
– Te explicou depois, saiba somente que estamos muito avançados no tempo,
muito mais do que você se lembra. Isso se deve ao choque emocional que recebeste
quando sua mãe morreu. Você negou a realidade! Estamos no ano 2033! A terra está
sendo invadida pelos Marcianos da zona negra. Toma isso vai ajudar-te a se recuperar!
Zucnir tomou a pílula vinha um adversário. Ganhou hipervelocidade, deu um
murro na cabeça dele e seus miolos se desfizeram. Uma explosão destruiu a parte este
daquela instalação e várias raízes viscosas estavam surgindo da terra destruindo tudo.
Zucnir e Bruno saíram pelo telhado e Zucnir percebeu que a realidade era
completamente diferente do que achava, um mundo tecnológico se revelou a sua frente.
Aquelas raízes viscosas eram as entranhas de um vilão que apenas possuía tato e ele
estava matando muita gente perfurando-os a partir de todos os orifícios do corpo das
pessoas ao seu redor.
– Obrigado Bruno. Eu já me lembro.
Zucnir voou até aquele vilão e aquelas raízes pareciam que iam consumi-lo, mas
Zucnir perfurou aquela barreira e agarrou a cabeça daquele vilão e bateu contra o chão.
O chão tremeu. Zucnir se afastou e o monstro criou brocas de raízes e atacou
simultaneamente Zucnir. Zucnir escapou de todos os ataques. Parou um instante no ar,
suas mãos estavam queimando fótons voou ao redor do inimigo e criou um remoinho de
chamas azuis. A partir de cima mergulhou e impacto criou grandes quantidades de
energia que ouve tempestade de areia e ondas de choque.
Ouve uma outra explosão e Bruno que estava suspenso no ar caiu ao chão sendo
queimado pela chama verde de um inimigo.
O pai de Zucnir vinha junto de um monte de monstros gosmentos. Eles estavam
na parte leste da instalação no estacionamento que tinham mais de 5 metros quadrado.
No ar haviam prédios suspensos e ao redor cidade gigantesca construídas sobre as
montanhas do Japão e Japão havia sido estendido mais além do oceânico indico.
O pai de Zucnir começou por atrair Zucnir com um dispositivo que estava
instalado em sua testa e o recebeu com um murro muito poderoso que varreu o redor.
Outra vez Zucnir foi atraído e recebido com abraço de leão e estava sendo sufocado.
– Pai! Ainda estás ai?
Seu pai não respondia. Em completa metamorfose era apenas um soldado.
Bruno usando sua pouca força que lhe restava disparou ondas de impulso
eletromagnético e este danificou o equipamento de Rtuyim e além dos seus
subordinados. Nesta altura Zucnir efetuou múltiplos ataque contra a cabeça de hiena –
metade da face ainda era humana – de seu pai e seu corpúsculo dentro duma armadura
tecnológica. No final deu um gancho de fótons e a cabeça de seu pai estourou na frente
dele.
Bruno vinha se arrastando até Zucnir que estava no seu limite. Aqueles
alienígenas ainda estavam ao redor se admirando com a morte de Rtuyim. Naquele
momento partiram para ataque, mas Zucnir mesmo no limite ativou o dispositivo de
controle gravitacional nos seus antebraços esmagou uns contra os outros criando um
mar de sangue laranja resplandecente. Esgotado apagou.
Dia 21 de Janeiro de 2033
Quando Zucnir acordou foi recebido pela divisão de defesa intergaláctica em sua
terra natal. Bruno estava ao seu lado.
– Finalmente tudo acabou?
– Sim meu irmão seja bem-vindo de volta.
– Obrigado. Bateste com a cabeça ou que?!
– Hum!
– Ainda nos restam Brasil e China. Esqueceste?
– Epa!
Um grande redemoinho estava descendo do céu junto de uma pilha de naves
espaciais e com ele uma fera gosmenta de olhos negros e garras de vibraniun que
possuía habilidade de controle temporal. Estava vestida de ventos sendo orbitada por
meteoros em chamas.
– Ainda não acabou!
– Você está preparado?
– Eu já nasci preparado.
Continua...

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