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00502014 1475
revisão review
Resilience in aging: literature review
Forstmeir e Maercker Investigar associação entre 147 idosos, Reserva motivacional adquirida ao
(2008)32 habilidades motivacionais 60-94 anos, sem longo da vida funciona como fator de
e status cognitivo e bem- demência. proteção para danos cognitivos.
estar em idosos.
Hildon et al. (2008)24 Estudar relações entre 32 idosos, Manutenção de papéis sociais e suporte
resiliência e adversidades. 70-80 anos, social funcionam como recursos frente
que viveram às adversidades. Resiliência depende
uma ou mais também do grau e do impacto da
adversidades. experiência adversa.
Beutel et al. (2009)33 Avaliar a relação entre 2.540 mulheres Satisfação com a vida fortemente
satisfação com a vida, alemãs, 18-70 associada com resiliência, presença de
desordens mentais e anos. companheiro, ausência de ansiedade
envelhecimento e recursos e depressão, emprego, autoestima
pessoais e sociais, sob positiva, afiliação religiosa e menos
estresse. idade.
Smith (2009)29 Investigar relações entre 121 mulheres Resiliência relacionada à disposição
resiliência e busca de ajuda e 37 homens para buscar ajuda entre idosos com
para cuidar de sintomas africanos. sintomas depressivos.
depressivos.
Wells (2009)37 Investigar relações entre 105 voluntários, Resiliência relacionou-se com saúde
resiliência e fatores 65 anos e +, física preservada; status mental como
sociodemográficos, redes zona rural, Nova preditor mais robusto.
sociais e status de saúde. Iorque.
continua
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Beutel et al. (2010)38 Avaliar impacto de fatores 2.144 homens Satisfação com a vida fortemente
de vulnerabilidade, alemães. associada à resiliência, emprego,
recursos pessoais e sociais presença de companheiro, autoestima
sobre satisfação com a positiva, ausência de ansiedade e
vida e estresse. depressão e viver nos estados do leste
alemão.
Hildon et al. (2010)39 Investigar relações 174 idosos Resiliência associada à qualidade dos
entre qualidade de vida, ingleses, 68-82 relacionamentos, integração com a
resiliência e exposição a anos. comunidade e estilos adaptativos de
eventos adversos. enfrentamento.
McFadden e Basting Analisar relações entre Idosos com e Efeito protetor da participação em
(2010)27 engajamento criativo em sem demência. redes sociais, por meio de atividades
redes sociais e resiliência. criativas.
Vahia et al. (2011)42 Investigar a associação 1.973 idosas. Espiritualidade associou-se à alta
entre espiritualidade e resiliência, baixos níveis de renda e
otimismo, resiliência, educação e estar casada.
saúde, depressão, saúde e
qualidade de vida.
continua
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Fontes AP, Neri AL
Quadro 1. continuação
Tomás et al. (2012)46 Investigar os efeitos 225 idosos não Resiliência mostrou-se importante
de estratégias de institucionalizados preditor da variância em bem-
enfrentamento e do (Valência – Espanha). estar, sem incluir estratégias de
enfrentamento resiliente enfrentamento.
sobre o bem-estar
(modelo estrutural).
Mertens et al. (2012)30 Avaliar o impacto 361 homens e Alto grau de resiliência associou-
do suporte social, mulheres holandeses se significativamente ao
rendimentos e maestria ≥ 60 anos. funcionamento físico, mental e
pessoal (resiliência) social. Altos níveis de suporte
sobre o funcionamento social e rendimentos contribuem
físico, social e mental. significativamente para o
envelhecimento bem-sucedido.
Gooding et al. Investigar os efeitos da 60 idosos da Mais velhos eram mais resilientes,
(2012)31 resiliência psicológica comunidade, idade especialmente quanto à regulação
sobre depressão, ≥ 65, e 60 jovens, emocional e resolução de
desesperança e saúde estudantes, idade problemas. Mais jovens mais
geral. 18-25 anos. resilientes em relação ao suporte
social.
Ostir et al. Investigar resiliência 856 indivíduos Um terço dos pacientes registrou alta
(2008)58 emocional após AVC com 55 anos e frequência de emoções positivas nos três
(acidente vascular mais. meses pós-AVC (resiliência emocional).
cerebral), durante
reabilitação médica.
Kessler e Investigar relações entre 277 A regulação do afeto, diante das dificuldades
Staudinger regulação do afeto e participantes, associadas à idade, emerge como
(2009)59 resiliência em diferentes idade 20-80 componente central da resiliência em idosos.
grupos de idade. anos.
Diehl e Hay Investigar associações 239 jovens, Associação entre estressores diários e
(2010)51 entre estressores meia-idade e afeto negativo foi maior nos dias em que
diários, afeto negativo, idosos. Idade os adultos registraram menor controle. A
autoconceito incoerente e média: 49,6. reatividade aos estressores não diferiu entre
resiliência. diferentes idades ou níveis de autoconceito
incoerente.
Charles et al. Examinar as diferenças 101 idosas, Velhice associada a poucos estressores e à
(2010)48 de idade com relação idade 63-93 menor presença de afetos negativos. Não
aos estressores diários, anos. associada a afetos positivos. Eventos positivos
eventos positivos e sua foram menos frequentemente relacionados
relação com a experiência com a idade.
emocional.
Montpetit et al. Investigar relações entre 42 idosos Indivíduos mais resilientes relataram ter
(2010)60 estressores diários e afetos. homens, idade menos estresse e menor reatividade a ele,
média: 78,8 recuperação mais rápida.
anos.
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Emlet et al. Examinar as experiências 25 adultos, com Temas emergentes: autoaceitação para
(2011)63 de vida de idosos com 50 anos e mais, viver os efeitos negativos da doença e a
HIV/AIDS e a relação vivendo com complexidade do envelhecimento; otimismo
com a resiliência ao lidar AIDS. para enfrentar a adversidade; o desejo de
com a doença (estudo viver, apesar do curso debilitante da doença;
qualitativo). a generatividade (ações educacionais,
aconselhamento com mais jovens).
Ó’Hara et al. Investigar se o alelo 99 adultos Não foram encontradas associações entre
(2012)66 5-HTTLPR está associado mais velhos da o alelo HTTLPR e a resiliência emocional.
à pobre resiliência comunidade. Os portadores desse genótipo tinham pior
emocional, através de cognição e relatos de envelhecimento
medidas de resiliência, bem-sucedido.
envelhecimento bem-
sucedido, cognição e
saúde.
continua
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Fontes AP, Neri AL
Quadro 2. continuação
Autores/Ano Objetivos Participantes Resultados
Randall (2013)69 Descrever o valor Artigo teórico Engajar-se em uma reflexão sobre as
das narrativas que se narrativas (reminiscências integrativas,
constituem “fortes e revisão de vida) pode contribuir para o
boas histórias” sobre o enfrentamento das mudanças de vida na
envelhecimento resiliente. velhice.
Harris (2008)70 Discussão teórica sobre Dois idosos com Autores propõem a substituição do conceito
resiliência e demência demência em de envelhecimento bem-sucedido pelo de
(dois estudos de caso). estágios iniciais. resiliência.
Rothrauff et al. Avaliar a associação entre 1.995 adultos Maior bem-estar psicológico associado
(2009)74 os estilos parentais e o americanos de às lembranças de estilos parentais com
bem-estar psicológico, os meia-idade e autoridade, comparados às lembranças de
sintomas depressivos e o idosos. autoritarismo e de pais sem vinculação.
uso de droga. Estilos parentais podem estar associados à
resiliência, flexibilidade e maleabilidade.
Leipold e Greve Propor um modelo Estudo teórico. Indivíduos que se adaptam às condições
(2009)15 explicativo no qual a adversas apoiam-se em processos de
resiliência constitui-se enfrentamento (assimilação e acomodação)
em uma ponte entre influenciados por condições pessoais e
o enfrentamento e situacionais.
o desenvolvimento,
na perspectiva do
envelhecimento
bem-sucedido.
continua
e cognitivos, diminuindo o número de vínculos e idosos, idade 31-88 anos64. É importante salien-
cultivando apenas aqueles que significam proxi- tar que o fenômeno resiliência está associado a
midade afetiva, aumento do conforto e melhoria recursos individuais como os aqui apontados,
do bem-estar subjetivo25. porém, sua conceitualização exige abordagem in-
Nos últimos anos (2011 a 2013), os artigos tegradora em que resiliência aparece como uma
referentes à regulação emocional enfatizam as constelação que combina recursos individuais
emoções positivas no envelhecimento, como oti- (capacidades, competências, atributos), condi-
mismo relacionado ao envelhecimento centená- ções sociais (suporte social, por exemplo) e pro-
rio67; autoaceitação, desejo de viver, autocontrole blemas ou mudanças de desenvolvimento (por
e vida relacional, relacionados ao enfrentamento exemplo, obstáculos, perdas)4.
de doenças, como a AIDS63. Também o controle Atentando ao fato de que a resiliência englo-
percebido é compreendido como tendo um efei- ba além dos recursos do self aqueles relacionados
to mediador sobre a relação religiosidade/espiri- aos apoios sociais, alguns estudos24,27,28,39 apontam
tualidade e bem-estar, em estudo envolvendo 529 para a relevância dos recursos sociais ou do “ca-
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Fontes AP, Neri AL
Quadro 3. continuação
Autores/Ano Objetivos Participantes Resultados
Terril e Gullifer Investigar experiência Oito mulheres Temas: liberdade para escolher atividades,
(2010)53 de envelhecimento em anglo- aceitação pragmática do envelhecimento
mulheres (entrevistas). australianas, (resiliência) e narrativas de crescimento e
zona rural, estagnação.
65-75 anos.
Jeste et al. Avaliar aspectos 1.006 idosos da 30% da variância em envelhecimento bem-
(2013)76 físicos, cognitivos e comunidade, sucedido autorrelatado relaciona-se com
psicológicos em relação idade 50-99. resiliência, depressão, funcionamento físico e
ao envelhecimento bem- idade (nessa ordem).
sucedido autorrelatado.
pital social”, assim nomeado por Hildon et al.24,39 colaridade foi apontado como preditora de baixos
como, por exemplo, o suporte social recebido, a níveis de IL-6 (interleucina-6), um marcador de
qualidade dos relacionamentos e a integração à processos inflamatórios77. A relevância do fun-
comunidade. cionamento psicológico positivo ou do bem-estar
Embora nem sempre focalizem resiliência, os para os processos de adaptação psicossocial é tam-
estudos sobre o envelhecimento bem-sucedido e bém apontada por Harris70 quando propõe a subs-
seus correlatos mostram o bem-estar psicológico tituição do construto envelhecimento bem-suce-
e a manutenção das funções afetivas e cognitivas dido pelo de resiliência, a partir de dois estudos de
como importantes indicadores de adaptação fren- caso, de pacientes com diagnóstico de Alzheimer,
te à adversidade. O funcionamento psicológico em estágio inicial, levando em consideração suas
positivo produz melhor regulação neuroendócri- trajetórias de envelhecimento.
na e funciona como um fator protetor em relação Com relação à literatura brasileira, um as-
à adversidade, seja ela física (doença ou incapaci- pecto a destacar é que a maioria dos artigos (sete
dade), econômica ou educacional. Altos níveis de deles, num total de onze) versa sobre recursos
propósito de vida, crescimento pessoal e relações psicológicos e sociais de enfrentamento, refle-
positivas com os outros, associam-se a baixo risco tindo uma tendência da literatura internacional.
cardiovascular, bom colesterol e baixos níveis de Também, no Brasil, seis dos artigos utilizam para
cortisol, melhor controle glicêmico71. A associação avaliação de resiliência a escala de resiliência78,
de altos níveis de bem-estar psicológico e de es- adaptação da escala de Wagnild e Young55.
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Lamond et al. Investigar a habilidade de 1.359 idosas da Escala com boa consistência interna.
(2008)79 adaptação às adversidades comunidade, Preditores de resiliência: bem-estar
em idosas (escala de + 60 anos. emocional alto, otimismo, autorrelato
resiliência Connors- de envelhecimento bem-sucedido,
Davidson -CD-RISK). engajamento social e poucas queixas
cognitivas.
Windle et al. Mediante análise fatorial 1.847 idosos, 50-90 Autoestima, competência pessoal e
(2008)26 identificar recursos anos, Inglaterra, País controle identificados como elementos
psicológicos comuns ao de Gales e Escócia. comuns às diferentes perspectivas
conceito de resiliência. teóricas sobre resiliência.
Resnick Investigar propriedades Idosos, 80-90 anos, A escala permite identificar idosos
e Inguito psicométricas e clínicas maioria mulheres, com baixa resiliência. Recomendam-se
(2011)80 da escala de resiliência de média de 3 revisões.
Wagnild (1993). comorbidades médicas.
Tomás et al. Examinar a validade 133 idosos espanhóis A escala apresenta consistência interna
(2012)56 da Escala Breve de de uma associação de e validade de critério. Uso clínico.
Resiliência. aposentados.
Gaioli et al. Descrever variáveis 101 cuidadores, A maioria dos cuidadores era de mulheres,
(2012)81 sociodemográficas e de +18 anos, sem depressão, que recebiam ajuda de outras
saúde em cuidadores de acompanhantes pessoas e que tinham alta pontuação em
idosos com Alzheimer, de idosos em escala de resiliência.Associações significativas
associando os cuidados à unidade básica de resiliência com: grau de parentesco;
resiliência. e em hospital utilização de medicamentos; cansaço,
público, ano 2009. esgotamento e desânimo; tratamento médico.
continua
Quadro 5. continuação
Categoria 2.Recursos psicológicos e sociais de enfrentamento
Autores/Ano Objetivos Participantes Resultados
Fortes et al. Investigar a resiliência 86 idosos, idade: Não foram encontradas relações entre
(2009)83 do idoso e relação 60-90 anos. resiliência e variáveis sociodemográficas.
com variáveis Maior freqüência de queixas subjetivas de
sociodemográficas e memória associadas à baixa resiliência.
funções cognitivas. Correlações significativas entre resiliência e
cognição (MEEM).
Resende e Investigar as relações entre 90 pessoas, ambos Índices de ajustamento pessoal moderados
Neri (2009)84 o senso de ajustamento os sexos, idade: e altos, mulheres pontuaram mais baixo.
psicológico e a perspectiva 25-84 anos. Aqueles com deficiência congênita e os mais
de velhice em adultos ajustados psicologicamente mostraram
jovens e em idosos com perspectivas mais positivas da velhice.
deficiência física.
Andrade et al. Descrever perfil 264 sobreviventes Predomínio do sexo feminino (67,8%),
(2013)88 sociodemográfico de câncer, idosos (47,4%), casados (52,6%), raça
e econômico de avaliação médica branca (83,3%), aposentadoria como renda
sobreviventes de câncer, de março a junho principal (75,4%). O grau de resiliência
segundo o grau de de 2010, em um foi maior entre os homens (47,1%), idosos
resiliência. hospital escola. (44,8%), solteiros (47,9%), não brancos
(52,3%), com emprego (55,6%).
Ribeiro et al. Caracterizar idosos com 61 pacientes Escore médio na GDS (Geriatric Depression
(2009)89 insuficiência renal crônica, de um hospital Scale): 10,43. Correlações entre renda e
submetidos à hemodiálise; escola. escolaridade, escore GDS e analfabetismo
identificar níveis de sugerindo menor resiliência em relação à
depressão. doença entre analfabetos.
continua
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entes queridos, por doenças e acidentes sofridos palpáveis nas clínicas e nas famílias. A pesquisa
pelo próprio idoso, pela perda de prestígio e de brasileira apontou ainda para a importância de
recursos necessários à sobrevivência e por even- pesquisas de base populacional, abrangendo con-
tos incontroláveis que afetam os descendentes. dições socioculturais e econômicas em interação
A terceira noção importante é que, para o en- com processos biológicos e individuais ao longo
frentamento de riscos e adversidades, concorrem da vida, determinando vulnerabilidade ou resili-
recursos pessoais tais como boa saúde, manu- ência na velhice.
tenção da atividade, funcionalidade, otimismo, No entanto, apesar dos progressos numéri-
afetos positivos, autoestima elevada, flexibili- cos e teórico-metodológicos e da relativa sobre-
dade, propósito, senso de significado, controle posição aos temas da pesquisa internacional, a
interpessoal e religiosidade/espiritualidade, em pesquisa nacional sobre resiliência em idosos
interação com recursos sociais, entre eles a inte- ainda é relativamente escassa, por exemplo, em
gração à comunidade, a manutenção dos papéis comparação com a investigação sobre saúde e
sociais, o envolvimento social e os recursos so- funcionalidade. Ela se ressente da escassez de ins-
ciais oferecidos pelas redes de relações. Ainda, a trumentos de medida, de embasamento teórico
saúde, o envolvimento vital, a participação social e da estruturação de linhas de pesquisa robustas
e o bem-estar psicológico são apontados como e que se mantenham no tempo. Replica, assim,
variáveis dependentes e como variáveis indepen- tendências da pesquisa em Gerontologia no País,
dentes em relação à resiliência. um campo novo e com pouco investimento das
No Brasil, a produção de artigos de pesqui- universidades e das agências de fomento, mas
sa sobre resiliência em idosos tem crescido nos que tende a crescer acompanhando as tendências
dois últimos anos. A resiliência de cuidadores populacionais e sociais.
familiares de idosos doentes e dependentes é A pesquisa brasileira tem sinalizado ainda
assunto que aparece como nova vertente de pes- para a importância de pesquisas de base popula-
quisa, possivelmente em virtude da visibilidade cional, que venham abranger condições sociocul-
que o fenômeno vem ganhando nos anos mais turais e econômicas em interação com processos
recentes, em que o aumento da longevidade e a biológicos e individuais ao longo da vida, con-
necessidade de cuidados tornaram-se fatos mais tribuindo para determinar vulnerabilidade ou
resiliência. Longo é o caminho a ser percorrido.
Colaboradores
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