PSICOLOGIA DO DESPORTO
APONTAMENTOS DE AULA Exercício: É uma forma estruturada e repetitiva da atividade
AULA TP – 18 DE SETEMBRO
Teste 1 – 23 de outubro
Teste 2 – 4 de dezembro
AULA TP – 19 DE SETEMBRO
Listar o que é que são atividades físicas de lazer,
exercício e desporto físico. Grupos de 4.
Atividades de lazer: Caminhadas
Desporto físico: Natação de competição
Exercício: Ir ao ginásio
A psicologia do desporto nasceu das faculdades do
desporto, pois perceberam que os fenómenos psicológicos
afetam bastante o rendimento dos atletas, então perceberam
que eram precisos psicólogos.
Atividade física de lazer: São todas as atividades realizadas
principalmente por prazer e relaxamento. As mesmas podem
incluir caminhadas, passeios de bicicletas, natação, dança,
jardinagens (entre muitas outras).
 Aspetos psicológicos: Geralmente está associada ao
bem estar emocional, alivio do stress, melhoria de
humor e aumento da qualidade de vida. A atividade
física de lazer pode ser praticada de forma mais
relaxada e flexível, sem a pressão do desempenho
competitivo.
 Motivação: Geralmente as pessoas praticam certas
atividades por mero gosto por elas.
Desporto: Atividades físicas organizadas e competitivas, que
seguem regras e têm um objetivo competitivo
 Aspetos psicológicos: A psicologia do desporto
concentra-se na compreensão das variáveis
psicológicas que afetam o desempenho desportivo,
como a motivação, autoconfiança, ansiedade pré-
competição, foco mental e o gerenciamento de
emoções.
 Motivação: Os atletas podem ser motivados pela
busca do sucesso desportivo, superação de desafios
e reconhecimento.
física realizada com o objetivo específico de melhorar a
aptidão física, a saúde e o bem estar.
 Aspetos psicológicos: A psicologia da atividade física
está focada em entender a motivação para
exercício, a aderência a programas de treinamento,
o autocontrole, a imagem corporal 8entre outros
aspetos)
 Motivação: As pessoas que praticam exercícios
podem ser motivadas por uma variedade de razões,
incluindo melhorar a saúde, perder peso, aumentar
a energia ou simplesmente para se sentir bem
consigo mesma.
DESPORTO VS EXERCÍCIO VS LAZER
A natação e o futebol podem encaixar-se nos 3: AFL (nadar
com amigos na praia), desp. (natação competição); exercício
(ir nadar sem competição, para manter-me bem de forma
física).
PSICOLOGIA DA ATIVIDADE FÍSICA – EXERCÍCIO E
ATIVIDADE FÍSICA DE LAZER
Focos no bem estar e estabelecimento de níveis
ótimos de saúde mental através da atividade física.
Tem como objetivo os comportamentos
relacionados com a atividade física de lazer, não
declaradamente competitiva e que é iniciada com o objetivo
da melhoria da condição física, da aparência ou com
preocupações de saúde e bem-estar.
PSICOLOGIA DO DESPORTO – DESPORTO
Focos nos temas de interesse do desporto de alta-
competição e competição (enfase no atingir a vitória, através
de estratégias de treino mental; Estabelecimento de níveis
ótimos de ativação, visualização, estabelecimento de
objetivos para potenciar o rendimento, desenvolvimento de
jovens ...).
Área aplicada da psicologia geral, assumindo-se como um
campo de estudo no qual os princípios da psicologia são
aplicados para a compreensão das cognições, emoções e
comportamentos dos sujeitos envolvidos nos contextos da
prática competitiva, e cuja investigação e intervenção se
centra nos atletas e no seu rendimento desportivo (Browne e
Mahoney)
 Subdisciplina das ciências do desporto, procurando
estudar o efeito da prática competitiva no comportamento
humano (Gill)
Contributo que o estudo e a compreensão dos aspetos
psicológicos envolvidos no comportamento motor humano
poderá fornecer para a explicação e predição destes
comportamentos em contextos do desporto e da atividade
física (Dishman)
Diferença entre psicologia do desporto e psicologia da
atividade física:
 A psicologia do desporto está centrada na
contribuição da psicologia para a compreensão das
cognições, emoções e comportamentos das pessoas
envolvidas na prática do desporto. Contrariamente,
a psicologia da atividade física é mais centrada á
atividade física do lazer tendo como objetivo a
melhoria da condição física, da aparência ou com
preocupações de saúde e bem-estar (ou seja
qualidade de vida).
Principais objetivos da psicologia do desporto:
 Compreender a influência dos fatores psicológicos
no desempenho motor e desportivo
 Compreender a influência do exercício e da prática
desportiva no desenvolvimento e funcionamento
psicológico
Contextos: Competitivos, educativos, recreativos lazer e
reabilitação
Participantes: Atletas, treinadores, dirigentes, pais, árbitros e
juízes, fisioterapeutas, espectadores
AULA TP – 25 DE SETEMBRO
DEFINIÇÃO DE PSICOLOGIA DO DESPORTO
Não existem “desportos”, desporto é só 1. Não
existe desporto sem competição, se não há competição não é
desporto, e sim, AFL.
O desporto é exclusivamente porque as pessoas têm
a sua vida limitada a determinadas coisas como o Natal, a
Páscoa, férias ...
Os espectadores devem fazer o atleta continuar.
Nem sempre acontece isso, e o atleta não deve desanimar.
O desporto é estruturado, se não, não existe. (federação,
médico, treinado etc.).
O desporto apesar de prazeroso é também um
desencadeador de stress, não é só para o atleta mas sim para
todos os envolvidos. O objetivo do desporto é vencer. Vencer
não é ficar no primeiro lugar mas sim fazer algo melhor.
O desporto é bom para as crianças, dá-lhe
autonomia e autonomia psicológica (escolhas) e espírito de
grupo. É bom para desenvolver caráter, personalidade,
espírito de partilha, etc.
Exercício e lazer – Psicologia da Atividade física (1)
Desporto – Psicologia do desporto (2)
1- P.A.F- o foco é o bem estar e estabelecimento de níveis
ótimos de saúde mental através da atividade física.
2- PD- foco na competição (ênfase na vitória). Dão
estratégias de treino mental; estabelecimento de níveis
ótimos de ativação, visualização (fecham os olhos e
vêm-se a fazer o movimento de forma correta, pode
ser um auxílio de movimento, ou não),
estabelecimento de objetivos para potencializar o
rendimento, desenvolvimento dos jovens. (no desporto
a componente psicológica é muito importante).
A PD tem 4 dimensões: 1) compreensão (porque deixo de
marcar golos?); 2) Descrição (saber descrever quando); 3)
explicação; 4) predição (prever- dimensão muito complexa).
AULA TP – 26 DE SETEMBRO
Valores de psicologia do desporto segundo Gould (1990):
Fornecer informação psicológica a todos aqueles que estão
envolvidos em contextos desportivos, por forma a ajudá-los a
atingirem os seus objetivos, independentemente de tais
objetivos serem a melhoria do rendimento, uma vida mais
saudável, ou o divertimento e satisfação provenientes da
participação na atividade física”
Tipos de intervenção:
 Modalidades Individuais / Modalidades Coletivas
 Clubes / Associações / Federações
 Equipas / Seleções
 Atleta / Treinador
 Árbitros
 Dirigentes
 Equipa Médica
Áreas envolvidas:
 Investigação
o A pesquisa em psicologia do desporto é
uma parte fundamental do campo. Os
psicólogos do desporto conduzem estudos
para compreender melhor a psicologia do
desempenho desportivo e do bem-estar
dos atletas.
o Isso inclui investigar tópicos como
motivação, ansiedade, foco atencional,
construção de autoconfiança, coesão de
equipe, aprendizado de habilidades
esportivas e muito mais.
o A pesquisa ajuda a fundamentar a prática
clínica e a intervenção.
 Clínica e Aconselhamento Psicológico
o A área clínica da psicologia do desporto
concentra-se na avaliação e tratamento de
questões psicológicas que afetam atletas,
 como ansiedade de desempenho,
depressão, estresse, lesões, abuso de
substâncias e distúrbios alimentares. Os
psicólogos do desporto oferecem
aconselhamento psicológico para ajudar os
atletas a lidar com esses desafios e
melhorar seu bem-estar psicológico.
 Processos Educativos e de Aprendizagem
o Os processos educativos e de aprendizagem
são centrais na psicologia do desporto. Isso
envolve o desenvolvimento de programas
de treinamento mental e estratégias de
aprendizado para atletas. Os psicólogos do
desporto auxiliam os atletas a adquirir
habilidades psicológicas, como visualização
mental, estabelecimento de metas,
autorregulação emocional e habilidades de
tomada de decisão, que contribuem para
seu desempenho esportivo.
 Atividades de Intervenção
o As atividades de intervenção incluem a
implementação de estratégias práticas para
melhorar o desempenho dos atletas e seu
bem-estar. Isso pode envolver a aplicação
de técnicas de treinamento mental,
programas de desenvolvimento de
habilidades, intervenções para a melhoria
da coesão da equipe, tratamento de lesões
psicologicamente relacionadas e muito
mais. Os psicólogos do desporteo
trabalham diretamente com atletas e
equipes para ajudá-los a alcançar seus
objetivos.
AULA TP – 02 DE OUTUBRO
A psicologia do desporto não nasceu na psicologia e
sim no âmbito desportivo que foram pedir ajuda ao desporto.
Já existe há mais do que 100 anos.
Facilitação social- mudança comportamental na
presença de alguém. Por exemplo um jogador na presença de
outro tem tendência esforçar-se mais (competição). Triplet
Colleman Grifith- estudo sobre “será que os fatores
psicológicos afetavam os jogadores?”.
Nos anos 50/início dos anos 60, por volta da altura
da guerra, mostravas que nós éramos melhores através do
desporto. É aqui que se começa a utilizar o dopping para
potenciar os seus níveis físicos.
Nesta altura a psicologia cria estudar as
características das pessoas e quais eram as características
que fariam um atleta muito bom no futuro (achavam que
tudo isto era geral).
Achavam que era tudo laboratorial e no contexto do
desporto, no entanto não é nada disso.
Em 1965 aconteceu o primeiro Congresso
Internacional de psicologia do desporto em Roma. Era através
da partilha de conhecimentos que a psicologia do desporto
no futuro iria evoluir.
Nos anos 80 os psicólogos começaram ir para o
contexto, ou seja, para o campo e começaram a deixar os
laboratórios. Nesta altura estudavam se os estados e as
competências cognitivas, os processos por sessão de
avaliação e intervenção cognitiva atitudes e estereótipos.
Transdiciplinariedade- O psicólogo não trabalhava
sozinho (gestor, treinadores, fisioterapeutas, federação, ...)
Em 2000 começou a ser diferenciada a área de
psicologia da atividade física e a psicologia do desporto, pois
estas não são iguais.
Hoje em dia, é psicologia do desporto vai mais além
do que perceber as características psicológicas como fator de
rendimento para o atleta.
História da psicologia do desporto
A psicologia do desporto é uma disciplina relativamente
recente que evoluiu ao longo do século XX. A sua história
pode ser dividida em várias fases importantes:
 Início do Século XX: Os primeiros sinais de interesse
pela relação entre a psicologia e o desporto
começaram a surgir no início do século XX. No
entanto, o ênfase estava mais na psicologia
educacional e na aplicação de princípios psicológicos
para melhorar a aprendizagem e o desempenho em
ambientes esportivos.
 Décadas de 1920 e 1930: Durante esse período, o
foco na psicologia do desporto começou a expandir-
se. Pesquisadores começaram a investigar a
influência de fatores psicológicos no desempenho
desportivo, como a motivação, a ansiedade e a
concentração.
 Década de 1950: A década de 1950 viu um aumento
significativo no interesse pela psicologia do
desporto. O livro "Psicologia do Desporto" de
Coleman Griffith, publicado em 1925, é muitas vezes
considerado o marco inicial da disciplina. Griffith foi
um dos primeiros psicólogos a aplicar princípios
psicológicos ao treinamento esportivo, trabalhando
com equipas esportivas da Universidade de Illinois.
 Década de 1960: A década de 1960 foi um período
de crescimento contínuo da psicologia do desporto,
com o estabelecimento de programas acadêmicos e
de pesquisa dedicados ao tema em universidades ao
redor do mundo. Além disso, a aplicação de técnicas
psicológicas para melhorar o desempenho de atletas
tornou-se mais comum.
 Década de 1970 até o Presente: Nas décadas
seguintes, a psicologia do desporto continuou a
crescer e se desenvolver. O foco se expandiu para
incluir não apenas atletas de alto nível, mas também
esportistas de todas as idades e níveis de habilidade.
 Além disso, a disciplina começou a se concentrar em
áreas como treinamento mental, gerenciamento de
estresse, ansiedade de desempenho, motivação e
desenvolvimento de liderança no contexto
esportivo.
 Desenvolvimentos Recentes: Com o advento da
tecnologia e a disponibilidade de ferramentas de
monitoramento e feedback em tempo real, a
psicologia do desporto continua a evoluir. Hoje, a
disciplina incorpora técnicas avançadas de avaliação
psicológica, como neurofeedback, e utiliza
abordagens mais personalizadas para ajudar atletas
e esportistas a melhorarem seu desempenho e bem-
estar psicológico.
Em resumo, a psicologia do desporto teve um crescimento
gradual ao longo do século XX, passando de uma área de
interesse inicial para uma disciplina estabelecida que
desempenha um papel fundamental no treinamento e no
desempenho esportivo. Ela continua a evoluir à medida que
novas pesquisas e técnicas são desenvolvidas para atender às
necessidades dos atletas e esportistas modernos.
AULA OP – 02 DE OUTUBRO
Papéis e ética
O psicólogo deve ser um antigo participante? Não
necessariamente, mas claro que se for um ex participante
traz mais valias. Para nós estudarmos um atleta temos que
entender também o contexto do jogo e o que está ali
envolvido. Ensaio entender as regras o que é um fora de jogo
etc.
Eticamente temos que saber os limites, ou seja, os
papéis, eu sou um psicólogo e não o treinador.
Na avaliação psicológica no desporto avaliamos (traços
(personalidade) e não estados (decorrente do momento).
AULA TP – 03 DE OUTUBRO
Competências psicológicas- permitem os indivíduos chegar
ao alto rendimento e nos permitem cumprir tarefas.
Os atletas com mais competências psicológicas conseguem
ser um atleta de alto rendimento. Ou seja, para além de ser
bom, consegue lidar com a pressão e com a competição.
As pessoas extrovertidas gostam de socializar, estar em grupo
interagir, daí maior parte dos atletas tem esses traços (mas
não quer dizer que vá ser uma Estrela).
Os atletas que se encontram psicologicamente saudáveis
conseguem ser atletas de alto rendimento, ao contrário dos
que não estão saudáveis psicologicamente.
Estudos sobre o comportamento psicológico.
A ansiedade - Um atleta capaz de controlar tem maior
possibilidade de ser um bom atleta. (De bom desempenho)
Atenção/Concentração
Autoconfiança- Não é fácil quando o atleta tem muitas
experiências negativas. A autoconfiança depende muito Das
técnicas do treinador.
Motivação- Depende de vários fatores que influenciam o
rendimento dos atletas. A situação em que o sujeito vive, O
significado psicológico, significado social. A pessoa- Fatores
cognitivos, emocionais e motivacionais.
As emissões do jogador são muito importantes e muitos
Treinadores não ligam a isso porque só interessa o
rendimento do atleta.
É psicologia, pode estudar os comportamentos psicológicos
para ajudarem os alunos a serem resilientes.
Resultados empíricos sobre a investigação na linha da
personalidade (Vealey, 1992):
 Não está comprovada a existência de “personalidade
atlética”;
 Não está comprovada a existência de diferenças na
predisposição da personalidade entre sub-grupos
atletas
 O sucesso no desporto facilitado por uma saúde
mental positiva, por auto-percepções positivas e por
melhores competências cognitivas e
comportamentais
 As estratégias cognitivas promovem o rendimento
 Exercício e treino de manutenção promovem o auto-
conceito e reduzem estados afetivos negativos, mas
têm pouca influência nos traços globais de
personalidade
Competências psicológicas: Conjunto de competências
capazes de regular e ajudar o atleta e a manter um estado
mental de excelência ou um conjunto de técnicas e
estratégias que ajudam o atleta a enfrentar as adversidades
da sua vivência desportiva.
 Habilidades
 Trabalha-se a gestão do stress (vai se adquirindo)
Estudos sobre competências psicológicas:
 Controlo da Ansiedade: Tentativa por parte do
indivíduo de controlar as suas respostas face ao seu
stresse e à sua ansiedade;
 Concentração/Atenção: A capacidade para conservar
e manter a atenção ao longo do tempo/capacidade
para selecionar e focalizar nas pistas ambientais;
 Auto-confiança: Expectativas que o individuo tem
sobre as suas habilidades para ser competente no
desporto, baseado nas suas experiências anteriores;
 Motivação: Intensidade e direção do
comportamento, nomeadamente para o desporto.
Por exemplo, a participação no desporto, o atingir
determinados objetivos, etc.
Ciclo do rendimento desportivo:
O ciclo do rendimento desportivo é um modelo que pode ser
aplicado no âmbito da psicologia do desporto para entender
como diferentes fatores interagem e influenciam o
desempenho de um atleta. Cada um dos elementos listados
(equipamento, competências mentais, relações com os
outros, descanso e alimentação, biomecânica, dimensão da
condição física, conhecimento e táticas, qualidade do treino)
desempenha um papel importante no desenvolvimento e na
melhoria do rendimento desportivo. Vou explicar cada um
deles no contexto da psicologia do desporto:
 Equipamento: O equipamento adequado é essencial
para o desempenho de um atleta. Isso inclui roupas,
calçados e equipamentos esportivos específicos para
a modalidade. A psicologia do desporto pode
abordar como a escolha e a confiança no
equipamento podem afetar a mente do atleta,
influenciando seu desempenho.
 Competências mentais: As habilidades mentais,
como a concentração, a motivação, a autoconfiança
e a resiliência, desempenham um papel crucial no
sucesso esportivo. A psicologia do desporto trabalha
no desenvolvimento dessas habilidades para ajudar
os atletas a enfrentarem desafios mentais, como
ansiedade e pressão.
 Relações com os outros: A interação com
treinadores, colegas de equipe, familiares e outros
envolvidos no desporto pode afetar
significativamente o desempenho. A psicologia do
desporto ajuda os atletas a lidarem com questões de
comunicação, trabalho em equipe e gestão de
relacionamentos.
 Descanso e alimentação: O sono adequado, o
descanso e uma dieta equilibrada são fundamentais
para a recuperação e o desempenho atlético. A
psicologia do desporto pode abordar como os
hábitos de sono e alimentação podem influenciar o
estado mental e emocional de um atleta.
 Biomecânica: O estudo da mecânica do movimento
corporal é importante para otimizar a técnica
esportiva e evitar lesões. A psicologia do desporto
pode ajudar os atletas a desenvolver uma
consciência corporal e a melhorar a biomecânica de
seus movimentos.
 Dimensão da condição física: A resistência, a força,
a flexibilidade e outras características físicas
desempenham um papel fundamental no
desempenho esportivo. A psicologia do desporto
pode trabalhar na motivação e na gestão de metas
relacionadas à aptidão física.
 Conhecimento e táticas: A compreensão das regras,
estratégias e táticas do desporto é vital para o
sucesso. A psicologia do desporto pode ajudar os
atletas a desenvolver um entendimento profundo do
jogo e a tomar decisões inteligentes durante a
competição.
 Qualidade do treino: A eficácia do treinamento é
fundamental. A psicologia do desporto pode ajudar
os atletas a estabelecer metas de treinamento,
manter a motivação e superar obstáculos durante o
processo de treinamento.
Em resumo, o ciclo do rendimento desportivo no âmbito da
psicologia do desporto enfatiza a interconexão entre vários
fatores que afetam o desempenho atlético. O sucesso de um
atleta depende não apenas de suas habilidades físicas, mas
também de sua preparação mental, apoio social, estilo de
vida saudável e compreensão do desporto que pratica. A
psicologia do desporto desempenha um papel fundamental
em maximizar o potencial dos atletas, ajudando-os a
desenvolver todas essas áreas de maneira equilibrada.
Preparação psicológica: Integrada num conjunto de
preparação global dos atletas, como mais um elemento que
integrado com as parcelas física, técnica e tática/estratégica
pode contribuir para ajudar o atleta a atingir o melhor
rendimento e o seu pico de performance, bem como a
manter-se nele
 Treinadores e atletas atribuem de 50% a 80%
(dependendo dos desportos) ao fator psicológico no
desporto.
 A psicologia é considerada pelos atletas e
treinadores como a última fronteira no que respeita
à preparação dos atletas.
Estratégias psicológicas utilizadas pelos atletas bem
sucedidos:
 Treinam planos específicos para lidar com a
adversidade durante a competição e para
melhorarem a auto-confiança
o Fazem uma lista de pequenos obstáculos e
as suas possíveis resoluções para que se
surgirem já estarem a par e ser mais
fácil/rápido.
o Planeiam rotinas
 São capazes de se concentrar totalmente na
competição e bloquearem as distrações
 Não se preocupam com coisas que lhes escapam do
seu controlo pessoal
 Têm planos detalhados de competição
 Sabem regular a sua ativação (física e mental) e a
ansiedade
 Treinam mentalmente antes de uma competição
Estados de Flow
Os estados de flow, também conhecidos como "fluxo", são
estados psicológicos em que uma pessoa se encontra
completamente envolvida em uma atividade,
experimentando um profundo senso de concentração,
imersão e satisfação. No contexto da psicologia do desporto,
esses estados são particularmente relevantes, pois podem ter
um impacto significativo no desempenho atlético e no bem-
estar dos atletas. Vamos analisar cada um dos elementos que
você mencionou no contexto da psicologia do desporto:
 Focagem estreita da atenção: Isso se refere à
capacidade do atleta de concentrar sua atenção de
forma intensa e seletiva em tarefas específicas,
como a bola, o oponente ou uma estratégia
específica. A capacidade de manter uma atenção
focada é crucial para o desempenho esportivo de
alto nível.
 Automatização do gesto motor: Isso ocorre quando
os movimentos técnicos necessários para o desporto
se tornam tão automáticos que não exigem esforço
consciente. Os atletas de elite frequentemente
treinam intensivamente para atingir esse nível de
automatização, o que lhes permite executar
movimentos com eficiência e precisão sob pressão.
 Imersão no presente: Quando um atleta está no
estado de flow, ele está completamente imerso no
momento presente, sem preocupações com o
passado ou o futuro. Isso pode melhorar o
desempenho, pois permite que o atleta reaja
rapidamente às situações em evolução durante a
competição.
 Auto-controlo total: O estado de flow muitas vezes
envolve um sentimento de controle total sobre o
próprio corpo e mente. Isso permite que o atleta
execute com confiança e eficácia.
 Ausência de medo: Quando no estado de flow, os
atletas frequentemente experimentam uma redução
no medo e na ansiedade. Isso pode ajudar a
melhorar o desempenho, pois o medo excessivo
pode ser prejudicial.
 Auto-confiança absoluta: A autoconfiança é
fundamental para o desempenho esportivo. No
estado de flow, os atletas geralmente experimentam
um alto nível de autoconfiança, o que pode
melhorar ainda mais seu desempenho.
 Relaxamento e tranquilidade física e mental:
Apesar da intensa concentração, os atletas no
estado de flow muitas vezes relatam uma sensação
de relaxamento e tranquilidade. Isso pode ser
benéfico para evitar a fadiga e melhorar a
resistência.
 Experiência de sentimentos de prazer, entusiasmo
e divertimento: A experiência de prazer e
entusiasmo durante a prática esportiva pode
aumentar a motivação intrínseca e a satisfação com
o desporto. Os atletas que experimentam esses
sentimentos positivos são mais propensos a
continuar se esforçando e melhorando.
Em resumo, o estado de flow é altamente desejável no
contexto da psicologia do desporto, pois está associado a um
desempenho atlético superior, bem-estar psicológico e
satisfação com a prática esportiva. Os atletas e treinadores
frequentemente buscam estratégias para facilitar a entrada e
a manutenção desse estado de flow durante as competições
e treinamentos.
Competências psicológicas dos treinadores e dos atletas:
 Treinadores:
o Conhecimento das bases técnicas e
científicas da modalidade e do Treino
Desportivo
o Instrução e Demonstração
o Relacionamento interpessoal
o Método e Organização
o Comunicação
o Liderança
 Atletas:
o Motivação
o Controlo e gestão da pressão competitiva
o Auto-confiança
o Controlo Atencional
o Tenacidade no confronto com a
adversidade
o Trabalho em Equipa
o Vontade de vencer
AULA OP – 10 DE OUTUBRO
Razões para não treinar (treinos de ansiedade)
- falta de conhecimento ( treinadores tiram formações mas
muitas vezes não têm conhecimentos)
- variáveis psicológicas vistas como imutáveis
- falta de tempo
- só para atletas “problema”
- só para atletas elite (muitos, acham só os atletas da seleção
é que podem ir)
- desistência perante a falta de resultados após as 1.as
tentativas
- considerar inútil o treino de competências psicológicas. O
cérebro também é um músculo, logo também deve ser
treinada. Os hábitos só são repetidos se forem treinados.
Se o atleta jogou sempre ansioso não vai conseguir deixar de
jogar assim facilmente, vai ser preciso muito treino. Primeiro
vai aprender a técnica de controle de respiração e isto tem
que ser um trabalho conjunto entre o treinador o psicólogo e
o jogador. Mas, pra dar certo o treinador tem de deixar que
haja momentos no treino para treinar estas técnicas. Nem
todos precisam, até porque não somos todos iguais.
O primeiro jogador inseguro, pode, por exemplo, fechar os
olhos no treino imaginar se jogar com confiança.
Modelo de intervenção
*copiar esquema*
É só entendendo este modelo é que é possível entender o
contributo da psicologia neste ramo.
Razões para não treinar:
 Falta de conhecimento
 Variáveis psicológicas vistas como imutáveis
 Falta de tempo
 Só para “atletas problema”
 Só para atletas de elite
 Desistência perante a falta de resultados após as
primeiras tentativas
 Considerar inútil o Treino de Competências
Psicológicas
Bases científicas do TCP:
As bases científicas do TCP (Treinamento de Competências
Psicológicas) no âmbito da psicologia do desporto são
fundamentais para entender e melhorar o desempenho
atlético e o bem-estar psicológico dos atletas.
 Diferenças entre atletas de elite e não elite:
o A pesquisa na psicologia do desporto busca
identificar e entender as diferenças
psicológicas entre atletas de elite e aqueles
que não alcançam o mesmo nível de
sucesso. Isso inclui investigar fatores como
motivação, autoconfiança, gerenciamento
de estresse, concentração e resiliência.
o Compreender essas diferenças permite que
psicólogos do desporto e treinadores
desenvolvam programas de intervenção
direcionados para ajudar os atletas a
melhorar suas habilidades psicológicas e,
assim, aumentar seu desempenho
esportivo.
 Validade dos programas de intervenção para
treinadores e atletas:
o A validade dos programas de intervenção
em psicologia do desporto é crítica para
garantir que eles sejam eficazes na
melhoria do desempenho e do bem-estar
dos atletas. Isso envolve a pesquisa e a
avaliação rigorosas desses programas.
o Para os treinadores, a validade significa ter
programas que possam ser implementados
de forma eficaz e que ajudem a melhorar a
dinâmica da equipe, a comunicação e a
gestão de situações de pressão.
o Para os atletas, a validade significa
programas que ajudem a desenvolver
habilidades psicológicas específicas, como
aprimorar a autoconfiança, reduzir a
ansiedade e aumentar a motivação.
 Validade empírica das técnicas e metodologias:
o A psicologia do desporto usa uma variedade
de técnicas e metodologias, como
treinamento mental, visualização,
relaxamento, biofeedback e intervenções
cognitivas, para melhorar o desempenho e
a saúde mental dos atletas.
o A validade empírica dessas técnicas e
metodologias é estabelecida por meio de
pesquisa científica. Isso envolve a realização
de estudos controlados para determinar se
essas abordagens têm um impacto positivo
significativo nos resultados dos atletas.
o A validade empírica é fundamental para
garantir que as técnicas e metodologias
utilizadas na psicologia do desporto sejam
baseadas em evidências sólidas e eficazes.
Em resumo, as bases científicas do Treinamento de
Competências Psicológicas (TCP) no contexto da psicologia do
desporto são fundamentais para aprimorar o desempenho
atlético e o bem-estar dos atletas. A pesquisa contínua é
realizada para entender as diferenças entre atletas de elite e
não elite, avaliar a validade dos programas de intervenção e
confirmar a validade empírica das técnicas e metodologias
usadas para ajudar os atletas a alcançarem seu potencial
máximo. Isso contribui para o desenvolvimento de
abordagens eficazes para o treinamento psicológico de
atletas em todos os níveis de habilidade.
AULA OP – 16 DE OUTUBRO
O grande foco é ajudar os atletas a desenvolver estratégias
de confronto e auto regulação das suas cognições emoções.
O treino mental só resulta se houver condições para o fazer.
O estilo de vida do atleta é algo muito complexo pois chegam
a uma idade que querem sair à noite, beber, etc e não podem
fazer.
A gestão do estilo de vida é um trabalho complexo para o
jogador.
Hierarquia das competências são as competências na base
não temos as de cima, pois todas são importantes.
*copiar esquema*
1) auto confiança, motivação, ativação, stress e ansiedade,
concentração, lidar com as adversidades
2) relaxamento, visualização mental, formulação de objetivos,
controle de pensamentos
3) comportamentos interpessoais, gestão do estilo de vida
A intervenção pode ser em grupo ou individual. Pode ser feita
pelo treinador coadjuvante ou pro especialista em TCP.
Alguns estudos:
 Atletas de mais sucesso têm cognições mais
positivas (auto-confiança mais elevada), utilizam
mais vezes estratégias cognitivas produzidas
(focagem atencional), (Rotella, 1983)
 Administração de pimenta aumenta rendimento
desportivo, (Corley, Eppich, & Raudenbush, 2001)
 Nordell, Page, & Sime (1999) mostraram como a
utilização da imagética pode modificar as perceções
de ansiedade dos atletas de negativas para positivas
e desta forma potencializar a performance dos
atletas.
 Um programa baseado em formulação de objetivos,
suporte social, imagética, simulação de treino e
persuasão verbal com atletas lesionados promoveu
o aumento da confiança na parte do corpo lesionada
e na capacidade de lidar com as exigências da
competição para um retorno de sucesso (Evans,
Fleming, & Hardy, 2000).
Princípios do TCP (aspetos
básicos):
 Ajudar os
atletas a
aprender
e atletas a lidar com o estresse, como
desenvolver estratégias de confronto e
auto-regulação das suas cognições e
emoções
 O TCP equipara-se ao treino de outras componentes
do treino desportivo (física, técnica, tática);
 As competências psicológicas relevantes para o
treino e competição desportivas podem ser
desenvolvidas através do estabelecimento de
condições específicas de aprendizagem.
Aplicações do TCP:
As aplicações do Treinamento de Competências Psicológicas
(TCP) no âmbito da psicologia do desporto são diversas e
abrangem uma variedade de áreas que afetam tanto o
desempenho esportivo quanto o bem-estar dos atletas.
Vamos explorar cada uma dessas aplicações:
 Promoção Auto-conceito
o A promoção do autoconceito no contexto
esportivo refere-se a ajudar os atletas a
desenvolverem uma imagem positiva de si
mesmos como competidores e como
indivíduos. Isso envolve o cultivo de uma
autoimagem saudável, autoestima e
autoconfiança.
o A psicologia do desporto trabalha para
fortalecer o autoconceito dos atletas,
ajudando-os a reconhecer suas habilidades,
superar desafios e lidar com a pressão. Um
autoconceito positivo pode aumentar a
motivação, a resiliência e o
comprometimento com o desporto.
 Otimização do rendimento
o O TCP é frequentemente usado para
otimizar o desempenho esportivo. Isso
inclui o treinamento mental para melhorar
a concentração, o foco, a visualização, o
controle emocional e a automotivação.
o Técnicas como a visualização ajudam os
atletas a ensaiar mentalmente suas
performances e a se preparar para
competições. O objetivo é criar uma
mentalidade vencedora e garantir que o
atleta esteja psicologicamente preparado
para enfrentar desafios e pressões
competitivas.
 Gestão do Stress
o O estresse é uma parte inevitável do
desporto, especialmente em competições
de alto nível. A gestão do estresse é
essencial para manter o desempenho e a
saúde mental dos atletas.
o O TCP inclui estratégias para ajudar os
técnicas de relaxamento, respiração
controlada, mindfulness e desenvolvimento
de resiliência. Isso ajuda os atletas a manter
a calma sob pressão, reduzir a ansiedade e
evitar o esgotamento
 Reabilitação e Recuperação
o A psicologia do desporto também
desempenha um papel importante na
reabilitação e recuperação de atletas após
lesões. Lesões podem ter um impacto
significativo no estado emocional e mental
de um atleta.
o O TCP ajuda os atletas a enfrentar o
processo de reabilitação com
determinação, paciência e otimismo.
Também auxilia na gestão das emoções
associadas à frustração e incerteza durante
a recuperação.
Em resumo, o Treinamento de Competências Psicológicas
(TCP) no âmbito da psicologia dodesporto é uma ferramenta
valiosa para melhorar o desempenho esportivo, promover o
bem-estar dos atletas e ajudá-los a enfrentar desafios
psicológicos associados ao desporto. As aplicações do TCP
abrangem desde o desenvolvimento da autoestima e da
autoconfiança até a gestão do estresse, a otimização do
rendimento e a recuperação após lesões, contribuindo para o
sucesso e o bem-estar dos atletas em todas as fases de suas
carreiras esportivas.
Princípios do TCP – Hierarquização de competências  Ter experimentado pessoalmente as técnicas antes
de as ensinar.

Fase educação

 Familiarizar os atletas com as Competências

Psicológicas
o O que são?
 Relacionar as CP com o Rendimento
o Como afeta? – Qual importância?
 Explicar os Processos subjacentes a
cada CP
o Como são atuadas (ou
não)
 Explicar o Racional de Treino
o Lógica de treino regular

Fase de aquisição

 Focus nas diferentes estratégias e técnicas

Princípios do TCP – Agentes de mudanças e destinatários:
necessárias à aprendizagem das diferentes
competências psicológicas;
 O agente de mudança deve ser um especialista em
 Idealmente, sessões individuais, com
treino desportivo (treinador); o seu trabalho
estratégias/técnicas à medida das necessidades do
pode/deve ser coadjuvado por um especialista em
atleta.
TCP (psicólogo)
 Os destinatários podem variar de função, Fase de treino
modalidade, nível etário, experiência, rendimento,
etc;  Objetivos:
 A intervenção pode ser individual ou em grupo o Automatização das competências por sobre
aprendizagem;
Princípios do TCP - Seleção das Técnicas
o Ensinar atletas a integrar sistematicamente
as competências psicológicas na sua
 Dependerá:
performance;
o Exigências da modalidade
o Simulação de competências que irão ser
o Características do agente responsável pela
necessárias para a competição
sua implementação
o Necessidades específicas do(s) atleta(s)
o Natureza e complexidade da(s) técnica(s)
envolvida(s)

Princípios do TCP - Qualificações do Agente de Mudança

 Acreditar que o atleta é capaz de auto-regular de

forma eficaz a sua forma de pensar, sentir e agir;
 Conhecer as teorias subjacentes às técnicas que está
a ensinar e as diferentes fases de aprendizagem;
 Capacidade de comunicação, observação e empatia;