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MANUAL DO FACILITADOR

Conselho
Paroquial
APRESENTAÇÃO

Manual do Facilitador

Caros Pároco e facilitador, é uma imensa satisfação entregar em suas mãos esse
manual. Aqui está o fruto de um trabalho desenvolvido para auxiliá-los no desenvolvimento
das lideranças do Conselho Paroquial.

Observamos que cada vez mais precisamos formar e auxiliar o processo de


autoconhecimento e maturidade de nossas lideranças, para que estas se desenvolvam e
realizem, com empenho, sua missão de evangelizar. Por isso, dentre os temas dessa formação
trataremos da Inteligência Emocional e seus frutos na vida do homem e dos efeitos do
autoconhecimento para a ação pastoral.

Trilharemos um itinerário que leva à compreensão de que fomos eleitos por Deus, e
para o Seu serviço, a fim de gerar na Igreja um povo que cresce por atração, como bem nos
lembra nosso querido Papa emérito Bento XVI. Além disso, nos inspiramos nas palavras do
pontífice emérito, que nos iluminam ainda acerca da importância da vida formativa constante
na comunidade paroquial e os cuidados para que a formação seja local de crescimento e
desenvolvimento. Por fim, veremos que para evangelizar é preciso sermos profissionais do
Reino de Deus.

Vivemos em um tempo conturbado em que todos fomos desinstalados de “eu” para o


“nós” e, com isso , favorecer que a evangelização não pare nunca.

Animamos que os encontros sejam marcados com toda uma atenção redobrada, para
que os párocos e seus conselhos consigam alcançar as metas altas da santidade comum.

Além disso, queremos ousar sugerir que como fruto desse caminho de maturidade e
autoconhecimento, seja selada essa formação com dias de reflexão e construção do
Planejamento Estratégico de sua comunidade paroquial.

Esperamos que tudo concorra para o bem. Que a Virgem Maria e São José guardem,
ilumine e conduzam cada conselho em suas diversas realidades.

Bom ano Formativo!

Equipe Dominus
GRADE GERAL - Manual do Facilitador

DATA TEMA OBJETIVO RECURSO

1º Encontro A Inteligência Levar os participantes à Vídeo: "Inteligência


Emocional para compreensão do que é e qual a emocional parte I”.
evangelizar mais. importância da Inteligência
Emocional para o desenvolvimento
pessoal e comunitário, em vista do
governo paroquial.

2 º Encontro A Inteligência Levar os participantes à Vídeo: "Inteligência


Emocional - Parte compreensão do que é e qual a emocional parte II”
II. importância da Inteligência
Emocional para o desenvolvimento
pessoal e comunitário, em vista do
governo paroquial.

Vídeo: “O que é a
3º Encontro A Pastoral de Favorecer a compreensão e Pastoral de
Conjunto: O que é, importância da Pastoral de Conjunto”.
como implantar? Conjunto, bem como seus bens e
desafios num processo de
implantação.
4º Encontro A importância da Levar o Conselho Pastoral à Vídeo: “A
vivência formativa consciência de que “a igreja cresce conversão pastoral
na vida paroquial. por atração”, como bem nos na comunidade”.
lembra o Papa emérito Bento XVI.

5º Encontro A jornada da Ampliar a visão dos conselheiros Vídeo: “A jornada


evangelização. para os bens de ações coordenadas da evangelização e
de evangelização na comunidade o funil de vendas”.
paroquial.

Vídeo 1 - “O que é
6º Encontro A Formar a consciência do conselho profissionalizar a
profissionalização de pastoral acerca de como evangelização”.
da evangelização. profissionalizar a evangelização
traz resultados efetivos na vida Vídeo 2 - “Qual o
pastoral. alcance do
planejamento na
evangelização”.
1º ENCONTRO
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TEMA: A Inteligência Emocional para evangelizar mais.

OBJETIVO: Levar os participantes à compreensão do que é e qual a importância da


Inteligência Emocional para o desenvolvimento pessoal e comunitário, em vista do governo
paroquial.

ORAÇÃO: Breve (10 min), marcada pela profundidade e clamor ao Espírito Santo, autor da
nossa formação.

OUVIR

Para o facilitador:

Iniciaremos juntos um processo de formação do núcleo de liderança da Paróquia,


denominado Conselho Paroquial. Cada um dos conselheiros foi eleito para esta missão de
auxiliar o seu pároco no governo da paróquia. É claro e urgente o convite que cada um de nós
recebe à uma profunda descida em si, para servir de forma mais madura.

Trabalharemos nos próximos dois encontros o tema da Inteligência Emocional e como lidar
com essa dinâmica.

Pedimos sua atenção ao foco da formação, de colocar-se no seu lugar e, com maturidade,
crescer no exercício de sua missão e função.

Quanto mais nos possuímos, mais podemos nos dar. Diz uma canção que “lidar consigo
mesmo, é trabalho de artesão, fio a fio, e leva tempo para dominar o coração” (Ziza
Fernandes).

Juntos seguimos para aprendermos a nos dominar para nos tornarmos líderes ainda mais
firmes, autênticos e que se colocam ao lado para desenvolver a ação paroquial, que se
“livram” do carreirismo e abraçam a alegria do serviço.

Exibir o vídeo: “Inteligencia Emocional parte I” - 37 min


https://www.youtube.com/watch?v=eIddyPNw_zc

Ao terminar a exibição do filme, abra espaço para a escuta da partilha livre a respeito do que
cada um entendeu e das reflexões que trazem dentro de si. É importante fazer com que os
conselheiros consigam se expressar.

Perguntas para reflexão, a fim de motivar a partilha, caso não aconteça livremente.

1- Como percebo a dinâmica do autocontrole em mim?


2- Quais pontos relevantes da Inteligência Emocional eu consigo reconhecer em mim?
3- Sinto-me sadio emocionalmente? Consigo guiar as minhas emoções?
4- Consigo me relacionar com as pessoas ao invés de controlá-las?
5- Sou capaz de gerenciar os outros? Tenho paciência para ajudar o outro a ir pelo caminho
de Deus?

REZAR

Para o facilitador:

Oriente os conselheiros para que neste mês escolham momentos para refletir acerca das
anotações realizadas a partir da exibição do vídeo parte I. Pedimos que essa motivação leve
os conselheiros a uma real descida em si para se erguer mais maduro e mais inteiro.

Neste mês orientamos a escolha de dias para oração e retome as anotações realizadas na
última reunião de formação. Com coragem, deixe-se alcançar pelo autoconhecimento para
uma vida ainda mais fecunda e feliz. Apresentamos um texto complementar para que possa
ser levado para a oração. É importante que você transforme em ação o que observa ser
necessário mudar. Por isso, escreva 3 pontos que você precisa trabalhar e inicie este passo.

ANEXO: “Os princípios psicológicos para desenvolver sua inteligência emocional”

Veja os benefícios do desenvolvimento pessoal por meio da Inteligência Emocional.

Inteligência Emocional é um conceito da psicologia que caracteriza o indivíduo que é capaz


de identificar seus sentimentos e suas emoções com mais facilidade.

Para que alguém seja bem-sucedido acadêmica e profissionalmente, faz-se necessária uma
boa dose de dedicação, esforço e disciplina — disso, a maioria das pessoas sabe. O que
muitos ignoram é o fato de que desenvolver a Inteligência Emocional (IE) auxilia não só
nesses processos intelectuais, mas em todos os âmbitos da vida.

Saber como agir em momentos de dificuldade e melhorar os relacionamentos interpessoais


depende de como os pensamentos, os sentimentos e as atitudes são gerenciados.

Essa é uma habilidade que pode ser desenvolvida ao longo de nossa existência.

Contudo, para que a inteligência emocional seja desenvolvida, é preciso adquirir


conhecimentos específicos sobre si e sobre os outros à sua volta.

Por isso, trouxemos para você algumas dicas de como desenvolver a Inteligência Emocional
para alcançar o equilíbrio entre a razão e a emoção, mantendo as relações mais saudáveis e
crescendo como pessoa. Acompanhe!

O que é a Inteligência Emocional?


Como foi dito, “Inteligência Emocional é um conceito da Psicologia que caracteriza o
indivíduo capaz de identificar seus sentimentos e suas emoções com mais facilidade”.

O termo foi difundido com mais ênfase pelo psicólogo norte-americano Daniel Goleman,
autor do livro homônimo.

É possível lidar com as pessoas e suas emoções, assim como compreender os próprios
sentimentos, por meio do desenvolvimento de habilidades.

Diferentemente do Quociente de Inteligência (QI), a Inteligência Emocional não trata de


conhecimentos de cunho intelectual, científico ou acadêmico, mas de saber reconhecer e lidar
com sentimentos e emoções, visando o desenvolvimento pessoal e profissional.

A Inteligência Emocional é uma habilidade que pode ser desenvolvida

Essa habilidade, quando bem trabalhada, favorece o bom relacionamento entre as pessoas,
permitindo um maior entendimento nas relações pessoais e a melhor interação (e
comunicação) no trabalho. Portanto, há vantagens nos dois setores.

Além disso, a IE influencia, de forma positiva, a saúde física e mental. Ela previne
transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão, bem como distúrbios psicossomáticos.

A Ciência já comprovou que doenças cardíacas, câncer e diabetes, entre outras, têm relação
com sentimentos não trabalhados corretamente pelo paciente.

Outro exemplo é o herpes labial, cujo surgimento é comum em algumas pessoas que passam
por momentos de estresse.

Indivíduos que conseguem desenvolver a Inteligência Emocional são cada vez mais
valorizados. Isso porque reconhecer suas próprias limitações e trabalhar para ser indulgente
com as falhas dos outros são capacidades acessíveis apenas àqueles que estão em permanente
estado de vigilância na busca pela excelência.

Dicas sobre como desenvolver a Inteligência Emocional

No trabalho, na escola, na faculdade, em casa ou em qualquer ambiente, é preciso lidar


frequentemente com pessoas, suas culturas, suas formas de pensar, suas atitudes etc. Além
disso, precisamos gerenciar a nós mesmos e as cobranças internas ou externas.

A Inteligência Emocional pode ser desenvolvida em todas essas situações, ou seja, nas
diferentes áreas da nossa vida.

No entanto, para descobrir como fazer isso, é preciso tomar consciência de si e vigiar-se para
lidar com as adversidades da melhor maneira possível.

Abaixo, listamos algumas técnicas que podem ajudar a desenvolver a IE. Confere com a
gente!
1. Observe e analise seu próprio comportamento

Para explorar seu próprio comportamento é necessário avaliar-se duplamente: em alguns


momentos, a observação deve ocorrer quando as situações se colocarem diante de você,
independentemente de serem boas ou ruins.

Observe quais são as reações da mente e do corpo, além das sensações e dos pensamentos
que foram instigados.

Em um segundo momento, a análise deve ocorrer após a chegada dos sentimentos (sejam eles
positivos, ou negativos). Pode-se tentar descobrir o que desencadeou tais reações físicas e
mentais.

A IE está na avaliação das atitudes e das sensações e no entendimento de como elas


impactam no cotidiano e nas relações. Isso proporciona uma mudança quando existe a
percepção de que os resultados foram negativos.

2. Domine suas emoções

Existem pessoas com comportamento enérgico e outras que são mais tranquilas. Entretanto,
ninguém está livre de cometer atos precipitados, de agir conforme o calor das emoções do
momento.

Agir sem pensar é natural do ser humano, pois, desde os tempos primórdios, isso serve como
forma de defesa, sendo que essa forma de reação está gravada em nosso subconsciente.

O cérebro humano precisa se adaptar à sua nova realidade evolutiva e reconhecer que atitudes
impetuosas podem gerar desconforto nas relações (ou pior: consequências difíceis de serem
contornadas).

A impulsividade não é uma boa aliada na maioria das situações.

Portanto, o ideal é dominar os impulsos e as emoções antes de tomar decisões ou dizer


alguma coisa. Tente recobrar a calma e a razão em vez de simplesmente deixar o instinto
atuar.

Alguns exercícios podem ajudar nesse processo:

● respiração;
● meditação;
● caminhada;
● corrida;
● pilates;
● prática regular de atividades físicas no geral.
Manter o autocontrole é uma virtude que garante a contenção de excessos. Todavia, é
importante lembrar que o objetivo deve ser o equilíbrio: não a supressão das emoções, mas
sim o controle delas.

3. Aprenda a trabalhar as emoções negativas

Para que o próprio bem-estar seja garantido, é necessário manter as emoções que nos afligem
sob controle. Afinal, o fato de termos que lidar com emoções negativas é um mal inevitável.

Quando elas nos acometem de forma intensa, e permanecem em nosso interior por um longo
tempo, acabam com nossa estabilidade.

A Inteligência Emocional é uma ferramenta poderosa, que nos apresenta um ponto de vista
mais equilibrado sobre a vida, proporcionando uma autorregulação dos nossos sentimentos.
Não temos apenas bons momentos e bons sentimentos.

Quando as emoções negativas (raiva, medo, insegurança e tristeza, por exemplo) aparecem, é
preciso dominá-las e não permitir que elas nos controlem. Nesse ponto, se houver
dificuldades, a intervenção de um bom profissional da Psicologia pode ajudar.

4. Aumente a sua autoconfiança

Saber o que deseja, definir até onde se quer chegar e alcançar seus objetivos nem sempre são
etapas fáceis. Para tanto, é necessário reconhecer seus pontos fracos e fortes, trabalhando para
modificá-los ou aprimorá-los. E esse desafio só pode ser vencido por meio da autoconfiança.

O cérebro humano é dotado de uma potencialidade enorme. A questão é que a maioria das
pessoas não têm consciência disso e desacreditam de si mesmas ao enfrentar obstáculos que
julgam serem intransponíveis.

Por isso, acreditar no seu potencial e em suas habilidades, fortaleça a ideia de que você tem a
capacidade necessária para gerenciar os momentos de crise e superar as dificuldades.

Acreditar em si e ressaltar suas qualidades ou seus talentos são ações que funcionam como
combustíveis para alavancar carreiras e melhorar a qualidade de vida.

5. Aprenda a lidar com a pressão

O estilo de vida atual exige muito dos indivíduos. São várias as questões para lidar no dia a
dia que, não raro, pedem soluções rápidas. A pressão pode ser externa, vinda de chefes ou
pessoas a quem devemos prestar contas, ou interna, pois nós mesmos acabamos por nos
cobrar resultados.

Contudo, devemos aprender a priorizar o que é mais importante. Assim, não sucumbimos às
exigências ou não permitimos que a ansiedade domine a situação.
Alguns mecanismos podem ser criados para gerenciar isso, como elaborar uma lista com os
afazeres, elencando os mais e os menos urgentes.

Cuidar da saúde, ter momentos de lazer e respeitar seus limites são ações que podem auxiliar
na aquisição de mais segurança (o que, consequentemente, facilitará no controle dos
sentimentos negativos gerados pela pressão).

Quanto mais a Inteligência Emocional for aprimorada, mais confortável e seguro o indivíduo
se sentirá para resolver seus problemas.

6. Não tenha medo de se expressar

Como já dissemos, não deixar a emoção dominar a situação não é o mesmo que não
demonstrá-la. Expor o que se sente e expressar sua opinião é fundamental para que o
equilíbrio seja mantido.

Você certamente já interpretou de forma errada a ideia de algum colega e só conseguiu


compreendê-la depois de uma explicação, não é?

Situações como a descrita acima são normais, sendo que a melhor forma de evitar um conflito
é se expressando. A IE está na maneira como o pensamento é racionalizado — e o mesmo
vale para as emoções mais íntimas: é preciso falar sobre os sentimentos na relação e
expressar o carinho, o amor ou, até mesmo, a carência.

A fala é o caminho mais seguro para entender e trabalhar as impressões internas. Por meio do
diálogo, esclarecemos os pontos de vista e debatemos sobre questões complexas para que
possamos resolvê-las, não permitindo que fiquem obscuras caso não haja uma conversa
sincera e madura.

7. Desenvolva o sentimento de empatia

Há algo em comum entre os maiores líderes do mundo: a empatia. Geralmente, pessoas que
ocupam tais postos e são bem-sucedidas preocupam-se com suas equipes de forma genuína.

Elas sabem seus nomes, conhecem suas histórias e são solidárias quando necessário.

Ter empatia ajuda no desenvolvimento da Inteligência Emocional.

Colocar-se no lugar do outro não é um ato praticado apenas por seres humanos — sequer é
privilégio dos adultos. Pesquisas realizadas com animais (cachorros, chimpanzés etc.) e com
crianças demonstraram que eles também são dotados do sentimento de solidariedade.

Nada melhor para compreender o outro do que colocar-se na pele dele. Isso ajuda a pessoa a
entender suas atitudes e a ser mais tolerante e compreensiva.
Como resultado, haverá a constatação de que os indivíduos ao seu redor têm necessidades,
limitações e falhas, mas também talentos e qualidades, assim como você. O respeito mútuo
surgirá naturalmente, como consequência desse exercício.

Segundo Goleman, o conhecimento de si mesmo alimenta a empatia. Isso porque, quanto


mais conscientes somos acerca de nossos próprios sentimentos, mais conseguimos entender a
emoção alheia.

8. Coloque em prática a resiliência

Situações difíceis podem surgir na vida de qualquer um. O que diferencia as pessoas é como
elas reagem a tais eventos. A resiliência está em receber os impactos da rotina e ter a
capacidade de absorvê-los, mantendo-se firme e focado, aprendendo com os próprios erros e
lidando, de maneira inteligente, com os fatos.

Ser resiliente envolve administrar os sentimentos mesmo quando o controle das situações está
fora do seu alcance.

Trata-se de saber reconhecer as emoções e o efeito que elas causam na sua mente e no seu
corpo. Assim, o indivíduo poderá canalizar seu potencial e aumentar seu desenvolvimento.

9. Formule uma “resposta” em vez de “reagir”

Outra teoria criada por Goleman é que nós, seres humanos, somos guiados por dois cérebros:
o emocional e o pensante. O cérebro emocional é o primeiro a ser afetado pelos
acontecimentos. Sendo assim, a pessoa que reage é aquela que se deixa levar
inconscientemente pelo seu lado emocional e impulsivo.

Estamos falando do mais puro efeito de ação e reação. Basta que alguma coisa aconteça para
que o indivíduo sem muita Inteligência Emocional deixe essa parte de seu cérebro reagir
instantaneamente.

Já o cérebro pensante é aquele responsável pelo ato de responder. Em vez de apenas agir por
instinto, quem se deixa levar pelo cérebro pensante analisa toda a situação ao seu redor e
decide qual é a melhor forma de se comportar naquele momento.

Não deixe seu corpo reagir no modo automático. Use seu cérebro pensante e seja mais
racional!

10. Conheça os seus limites

Seus limites serão descobertos à medida que você avançar no autoconhecimento, por isso é
tão importante conhecer-se cada dia mais.

Além de ter plena certeza de quais são os seus defeitos e as suas qualidades, é preciso
reconhecer que você tem, sim, alguns limites. Infelizmente, muitas pessoas enxergam as
limitações como incapacidades (e, por isso, aquele que reconhece e respeita seus limites é
visto erroneamente como fraco).

Partimos do ponto de que ter fraquezas não é motivo para sentir vergonha: todos temos
nossos pontos fracos e isso é mais do que natural.

Somos seres dotados de sentimentos e erramos muitas vezes, mas também estamos em
constante aprendizado. Antes de reconhecer seus limites, você precisa aceitar que não é
perfeito, mas sim uma pessoa como qualquer outra.

Em seguida, observe tudo à sua volta. Quantas vezes você concordou em fazer algo mesmo
sabendo que não podia ou não queria? Parte do fato de conhecer suas limitações está ligada à
ideia de dizer “não” sem sentir culpa por isso e de aceitar que há coisas que você não é capaz
de fazer.

Lembre-se do mais importante: conhecer seus limites significa respeitar a si mesmo. O lado
bom de respeitar suas próprias limitações é poder proteger sua saúde emocional, deixando de
fazer aquilo que poderia causar algum mal ou trauma em você.

Quais são os benefícios do desenvolvimento pessoal por meio da IE?

O foco da Inteligência Emocional é desenvolver a habilidade de potencializar cada emoção e


redirecioná-la de modo que sejam alcançados resultados positivos nos diversos âmbitos da
vida.

A IE traz melhorias para os relacionamentos interpessoais e para as competências


profissionais, além de aumentar a qualidade de vida.

Essa é uma abordagem que deveria ser ensinada nas escolas, pois assim educaríamos pessoas
mais competentes, felizes e seguras. A consciência emocional melhora a realidade pessoal e
social. Vejamos alguns exemplos disso, a seguir.

Uso do pensamento e do raciocínio

A IE aumenta a clareza da mente e facilita as tomadas de decisões, assim como o raciocínio.


Ao administrar as emoções, a pessoa “abre” espaço em seu pensamento para que as ideias
fluam de forma mais ordenada, possibilitando, assim, a resolução dos problemas de maneira
mais objetiva e menos impulsiva.

Compreensão das emoções

Compreender as próprias emoções é o primeiro passo para adquirir a IE. Só assim podemos
trabalhar do modo mais adequado com cada um dos nossos sentimentos.

É preciso estar no controle, pois apenas nós mesmos somos responsáveis por nossas emoções.
Entendendo-as, temos domínio sobre nossas respostas e decisões — atitude que resulta em
um estado de espírito mais otimista e sereno.
Controle das emoções próprias e alheias

Existe uma técnica para apaziguar ou evitar discussões que é muito difundida na Psicologia e
até no meio popular. Bem simples, ela consiste em diminuir o tom de voz sempre que o
interlocutor aumenta o tom dele.

Outro método é simplesmente calar-se diante de alguém visivelmente nervoso. Por mais que
essas técnicas possam parecer simples, é preciso muito controle emocional para colocá-las
em prática.

A IE permite a utilização de competências sociais, o que produz a habilidade de interação


com outras pessoas e a capacidade de gerir suas emoções. Esses fatores são os pilares que
sustentam a popularidade, a liderança e a eficácia interpessoal.

Autoconhecimento

Nada do que dissemos neste artigo pode ser realizado se não houver o autoconhecimento.
Para ter IE, é necessário entender o que se está sentindo, saber reconhecer suas capacidades e,
também, seus limites.

Autoconhecimento é fundamental para a inteligência emocional.

Quando existe consciência das próprias habilidades e competências, a pessoa é capaz de


traçar metas e objetivos, transformando sonhos em realidade.

Conhecer sua essência é transformador e traz um entendimento maior das ferramentas que se
tem para realizar o que deseja. Desenvolver a Inteligência Emocional é algo gradativo, pois
esse conceito é maleável e pode ser modificado ao longo da vida.

O cérebro pode ser treinado para ter comportamentos emocionalmente inteligentes e


transformá-los em hábitos. No entanto, é preciso fazer isso com cautela, pois sentir emoções
(e não neutralizá-las) é o que torna nossa existência mais rica.

A inteligência emocional tornou-se uma questão bastante discutida nos dias de hoje
justamente devido ao aumento absurdo do número de pacientes que sofrem com doenças
psicológicas como depressão, ansiedade e síndrome do pânico.

Tudo o que foi citado neste artigo tem o poder de fortalecer o lado emocional do ser humano
e, assim, torná-lo um pouco mais resistente às patologias citadas.

Reforçamos, então, que as práticas para desenvolver a Inteligência Emocional devem se


tornar hábitos para que os resultados apareçam.

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Referência:

Goleman, Daniel. O cérebro e a Inteligência Emocional: novas perspectivas. Objetiva, 2012.

Goleman, Daniel, Richard Boyatzis, and Annie McKEE. “O poder da Inteligência


Emocional.” Rio de Janeiro: Campus (2002).

Perguntas para reflexão:

1- Como percebo a dinâmica do autocontrole em mim?


2- Quais pontos relevantes da Inteligência Emocional consigo reconhecer em mim?
3- Sinto-me sadio emocionalmente? Consigo guiar as minhas emoções?

4- Consigo me relacionar com as pessoas ao invés de controlá-las?


5- Sou capaz de gerenciar os outros? Tenho paciência para ajudar o outro a ir pelo caminho
de Deus?

Anote os pontos que observou que precisa crescer:

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2º ENCONTRO
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TEMA: A Inteligência Emocional - Parte II

OBJETIVO: Levar os participantes à compreensão do que é e qual a importância da


Inteligência Emocional para o desenvolvimento pessoal e comunitário, em vista do governo
paroquial.

ORAÇÃO INICIAL – 10 min

OUVIR:

Para o facilitador: daremos continuidade à formação em vídeo iniciada no encontro passado.


Revise com os conselheiros os pontos que viram na primeira formação e realize a exibição da
segunda parte.

Exibir o vídeo: “Inteligência Emocional parte II” - 57 min


https://www.youtube.com/watch?v=JQEsiNNbjM4

Ao final, divida as pessoas em grupos e peça que os conselheiros conversem sobre como a
vida pastoral pode se tornar mais leve, e como podemos favorecer a estratégia evangelizadora
a partir da Inteligência Emocional.

REZAR

Mediante o que ouvimos no último encontro, convidamos você a meditar em oração o texto:

ANEXO - LEITURA PARA ORAÇÃO – “Jesus, exemplo supremo de liderança” – de


Adenilton Turquete

“Liderança faz a diferença, por sinal uma grande diferença, pois ela oferece direção,
molda o caráter e cria oportunidades”

O tema “liderança” tem recebido grande atenção nos últimos anos. A Igreja do Senhor
Jesus Cristo necessita, urgentemente, de nada menos do que líderes irrepreensíveis com o
coração, segundo o coração do próprio Deus.

A liderança faz a diferença, por sinal uma grande diferença, pois ela oferece direção,
molda o caráter e cria oportunidades. Os efeitos da liderança começam no nascimento, mas
não deixam de existir com a morte.

Aqueles que Deus separa para liderar desfrutam tanto os privilégios quanto as
responsabilidades. Suas influências sobre outras pessoas os distinguem dos seguidores. A
liderança de alta qualidade é encontrada entre os mais valiosos tesouros que qualquer
comunidade ou organização possui. A liderança de baixa qualidade, ao contrário, produz um
desperdício trágico e uma frustração caótica.
Líderes de Deus (e para Deus) estão sempre em falta.

Nosso mundo está apavorado em busca de um líder. Está procurando alguém que
tenha uma visão e possa exercer firmemente uma influência especial para levar a Igreja, ou,
até mesmo, um país inteiro, ao conhecimento da Salvação.

COMEÇANDO COM POUCOS

Tudo tem seu início e este se deu quando Jesus chamou alguns homens e os convidou
a segui-Lo. Ele não demonstrou se preocupar com projetos especiais para alcançar grandes
platéias, mas Seu foco estava em pessoas a quem as multidões deveriam seguir. Jesus
começou a reunir um grupo seleto de homens antes de se tornar conhecido do grande público.

Jesus buscou pessoas que fossem capazes de testemunhar a respeito de Sua vida e
manter Sua obra em andamento depois que retornasse ao Pai. João e André foram os
primeiros convocados, logo depois que Jesus deixou o cenário do grande avivamento
promovido por João Batista em Betânia, do outro lado do rio Jordão (Jo 1,35-40).

André retribuiu levando seu irmão, Pedro (Jo 1,41-42). No dia seguinte, Jesus
encontrou Filipe no caminho para a Galileia, e Filipe, por sua vez, encontrou Natanael (Jo
1,43-51). Tiago, irmão de João, não é mencionado como integrante do grupo até os quatro
pescadores serem convocados novamente, muitos meses depois, no mar da Galileia (Mc 1,19;
Mt 4,21). Logo depois, ao passar pela cidade de Cafarnaum, o Mestre propõe a Mateus
segui-Lo (Mc 2,13-14; Mt 9,9; Lc 5,27-28). A chamada dos demais discípulos não foi
registrada nos Evangelhos, mas acredita-se que todas ocorreram no primeiro ano do
ministério de nosso Senhor.

Aqueles poucos pioneiros convertidos estavam destinados a se tornarem os líderes da


Igreja do Senhor, seriam eles que levariam o Evangelho por todo o mundo. Suas vidas têm
um significado que durará por toda a eternidade.

O mais interessante sobre este distinto grupo de homens é que, a princípio, nenhum
deles impressionava. Ninguém ocupava posição de destaque na sinagoga, e nenhum deles
pertencia ao corpo sacerdotal levita. A maioria era formada por trabalhadores comuns, e
provavelmente não tinham qualquer qualificação além do conhecimento básico necessário
para o exercício de sua profissão.

Talvez alguns pertencessem a famílias abastadas, como os filhos de Zebedeu, mas


nenhum deles poderia ser considerado rico. Não tinham formação acadêmica nas artes e
filosofias daquele tempo. Assim como o Mestre, a educação formal que receberam consistia
apenas no que se aprendia nas escolas das sinagogas. Muitos cresceram na área mais pobre
em torno da Galileia. Aparentemente, o único dos Doze criado numa região mais privilegiada
da Judéia era Judas Iscariotes.

Portanto, sob qualquer critério de sofisticação cultural daquela época ou atual, os


apóstolos poderiam ser considerados como um agrupamento tosco de almas. É difícil
compreender como Jesus poderia usar gente assim. Eram pessoas impulsivas,
temperamentais, que se melindravam com facilidade e vítimas de todo tipo de preconceito no
contexto em que viviam. Para resumir, aqueles homens selecionados pelo Senhor para serem
Seus assistentes representavam o perfil médio da sociedade daqueles dias. Não era o tipo de
gente de quem se pudesse esperar ganhar o mundo para Cristo.

Mesmo assim, Jesus viu naqueles homens simples o potencial de liderança para o
Reino. De fato, eram pessoas “comuns e sem instrução”, de acordo com o padrão do mundo
(At 4,13), mas tinham capacidade de aprender. Embora costumassem errar em seus
julgamentos e fossem lentos para compreender as questões espirituais, eram homens
honestos, prontos para admitir suas fraquezas. O comportamento poderia ser grosseiro e suas
habilidades limitadas, mas à exceção do traidor, todos tinham um grande coração.

Talvez o fato mais significativo sobre os apóstolos é o grande anseio por Deus e
pelas coisas divinas. A superficialidade da vida religiosa à volta deles não deturpou a
esperança que tinham pela vinda do Messias (Jo 1,41-45-49; 6,69). Estavam fartos da
hipocrisia dos aristocratas legalistas. Alguns já haviam se unido ao movimento de
avivamento promovido por João Batista (Jo 1,35). Aqueles homens procuravam por alguém
que os guiasse no caminho da salvação. Gente assim, disposta a se deixar moldar pelas mãos
do Mestre, poderia ganhar uma nova imagem. Jesus pode usar qualquer um que deseja ser
usado.

Uma das lições que Jesus nos deixa é que não devemos desejar começar com grande
número, e nem devemos esperar tal coisa. O trabalho mais excelente de treinamento sempre
será feito com alguns apenas. Não tem importância quão pequeno e tímido possa parecer o
começo; o que vale é que aqueles a quem damos prioridade aprendam a transmiti-la a outros.
Ninguém deve ser menosprezado, cada um tem um potencial conhecido por Deus.

PERMANECENDO JUNTOS

A única maneira realista de conseguir o sucesso de um projeto é se Liderança e


membros estiverem juntos. Ou seja, um trabalho de unidade da Igreja, todos em um mesmo
propósito. E assim o evangelismo será visto como um modo de vida, e não como uma norma
religiosa.

Podemos nos inspirar no caso dos primeiros discípulos da era cristã. Eles entregaram
o Evangelho às multidões; mas durante todo o tempo se atarefavam na edificação da
comunhão daqueles que criam. Conforme o Senhor ia adicionando diariamente à Igreja, os
que se iam salvando, os apóstolos, seguindo o exemplo do Mestre, desenvolviam homens que
reproduzissem o seu ministério até os confins da terra. O livro de Atos dos Apóstolos, na
realidade, é tão-somente um desdobramento gradual na vida da Igreja em crescimento, dos
princípios de evangelismo que nos alcançaram séculos depois e continuam até à vinda do
Mestre.
O evangelismo não é feito por meio de coisas, mas antes, por meio de pessoas.
Trata-se de uma expressão do amor de Deus, e Deus é uma pessoa. Posto que a natureza de
Deus é pessoal, só pode ser expressa através de alguma personalidade – tendo sido
inicialmente revelada plenamente em Cristo, e agora sendo expressa através do seu Santo
Espírito, na vida daqueles que se têm submetido voluntariamente a Ele. As comissões podem
ajudar a organizar e a dirigir os esforços evangelísticos, e com essa finalidade certamente elas
se fazem necessárias; mas o próprio trabalho só pode ser feito por homens que ganham outros
homens para Cristo.

Devemos tomar cuidado para não “vendermos” um produto, o que oferecemos não é
comércio, mas Vida Eterna. Há um perigo muito grande e grave com as ofertas que fazemos
em nome do evangelismo. Nós não estamos aqui para prometer, antes somos cumpridores das
promessas.

Devemos ser obedientes à Voz de Deus e guiados pelo Espírito Santo. Somos
embaixadores do Reino de Deus, devemos apresentar o Reino e quem aceitar fazer parte do
Reino, “todas estas coisas lhes serão acrescentadas”.

Fonte: Jesus, exemplo supremo de liderança (aleteia.org)

Perguntas para reflexão pessoal:

1- Porque um bom líder faz a diferença?

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2- Diante do chamamento de Jesus para o serviço de governo, coloco tudo à disposição?

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3- Como você avalia o seu papel a partir desta afirmação: “A única maneira realista de
conseguir o sucesso de um projeto é se Liderança e membros estiverem juntos”?
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TEXTO COMPLEMENTAR II: “Empatia e evangelização: por que usar?”

A palavra empatia ganhou grande visibilidade nas mídias e redes sociais recentemente.
Porém, você vai descobrir que essa “novidade”, na verdade, já estava presente na vida e nos
ensinamentos de Cristo. Você já vai entender!

Diferente do que alguns pensam, empatia não é um sentimento. Então, não nos sentimos
empáticos. Na verdade, a empatia é uma habilidade emocional que possuímos ou que
podemos desenvolver.

Essa habilidade nos permite reconhecer as emoções de outra pessoa. Logo, compreender
seus sentimentos e até mesmo reproduzi-los. Em outras palavras, empatia é colocar-se no
lugar do outro, buscando sentir e enxergar as coisas a partir do seu ponto de vista.

Em primeiro lugar, a palavra empatia deriva do grego “empátheia”, cuja tradução livre
significa “compaixão”. Já, no dicionário, “compaixão”, que é uma palavra muito utilizada nas
Sagradas Escrituras, significa: cuidado, empatia, compreensão do estado emocional do outro
e caridade – esta última é mais uma palavra que encontramos com frequência na Bíblia.

Portanto, acredito que agora você começou a compreender porque dissemos que a empatia
está enraizada em Cristo!

A empatia promove a união, a comunhão. Desse modo, é praticando-a que estaremos


atendendo a recomendação do apóstolo Pedro, o primeiro Papa da Igreja: “tende todos um só
coração e uma só alma” (1Pe 3,8).

Empatia: uma porta aberta de acolhimento

Outra palavra que podemos acrescentar aqui – que faz muito sentido para os cristãos – é
“misericórdia”. Como já sabemos, olhar o outro com misericórdia significa acolhê-lo,
independentemente de sua realidade, sem julgamentos ou críticas. Isso é praticar a
misericórdia.

Agir com misericórdia, ou com empatia, é ouvir o outro, compadecendo-se por sua dor. É
fazer o que está ao nosso alcance para ajudá-lo, seja com palavras, gestos ou atitudes
concretas. É acolher o outro em sua realidade, buscando compreender suas atitudes e o que
ele vive em seu interior.

Acolher o outro, com misericórdia ou compaixão, nos ajuda a compreender o seu


comportamento em determinadas circunstâncias. Nos ajuda também a compreender suas
decisões.

A empatia rompe com nosso orgulho, egoísmo e preconceito.


A empatia torna a evangelização mais eficaz

Na prática, esse sentimento de compaixão aproxima as pessoas. Pois bem, quando se trata de
evangelização, desejamos conquistar o maior número de pessoas para Cristo. De que maneira
melhor podemos fazer isso do que olhando para as pessoas?

O apóstolo Paulo é para nós exemplo de alguém que evangelizou com empatia. Logo, o relato
de uma de suas cartas deixa nítido que ele se colocava no lugar do outro com um propósito
bem definido: conquistá-lo para Deus!

“Para os judeus fiz-me judeu, a fim de ganhar os judeus. […] Fiz-me fraco com os fracos, a
fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos” (1Cor 9, 20-22).

Portanto, quando nossas ações de evangelização forem pensadas, planejadas e executadas a


partir da empatia alcançaremos melhores resultados. Por quê? Simplesmente porque a
compaixão nos ajuda a enxergar as dores e a realidade do outro. Nos ajuda a pensar em
ações mais eficazes que o conduzirão para o remédio que precisam: Jesus Cristo.

Você deve se recordar que o Papa Francisco nos motivou a sermos uma “Igreja em saída”.
Logo, nas entrelinhas desse pedido, podemos compreender que ele nos pede para termos uma
atitude de empatia. Então, buscar o outro em sua dor e oferecer-lhe o que ele precisa, é
empatia.

Na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, o Papa nos alertou para uma situação que pode
acontecer justamente por falta de empatia: “Muitas vezes agimos como controladores da
graça e não como facilitadores. Mas a Igreja não é uma alfândega; é a casa paterna, onde há
lugar para todos com a sua vida fadigosa” (EV, 47).

De modo prático

A empatia torna mais fácil a missão de despertar os corações humanos para Deus e manter a
evangelização viva. Mas, pode ser que você esteja se perguntando agora: Como colocar em
prática a empatia na evangelização?

Podemos resumir tudo em uma palavra: respeito!

Seja nas homilias, em blogpost do site ou blog paroquial, nos informativos da comunidade,
postagens nas redes sociais, no relacionamento com os dizimistas… Portanto, não
conseguiremos ganhar o coração de alguém para o Senhor com críticas ácidas. Logo, não se
trata de “passar a mão na cabeça”. Trata-se, primeiramente, de ganhar a confiança de alguém
a ponto de seguir o caminho que aos poucos você vai lhe apresentando: o próprio Cristo.

Gisa Prado

Jornalista de formação, com longa experiência na produção de conteúdos para meios de


comunicação católico. Atualmente compõem a equipe de Redação na Dominus
Evangelização e Marketing. Seu coração está na evangelização!
Perguntas para reflexão:

1- O que compreendo por empatia?

2- Tenho empatia pelos outros?

3- Descreva momentos de empatia vividos por Jesus.

VIVER

“Evangelizar deve ser um exercício de delicadeza e responsabilidade com a vida do outro”


Essa foi uma afirmação feita em nossa segunda formação. Procure, no meio em que serve,
favorecer práticas de delicadeza. Se é preciso o perdão, busque o perdão, mas surpreenda
sobretudo aqueles que você sabe que não têm tanta afinidade nas relações.
3º ENCONTRO
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TEMA: A Pastoral de Conjunto: O que é, como implantar?

OBJETIVO: Favorecer a compreensão e a importância da Pastoral de Conjunto, bem como


seus bens e desafios num processo de implantação.

ORAÇÃO INICIAL : 10 minutos - faça um momento de súplica ao Espírito Santo.

OUVIR

Exibir o vídeo: “O que é a Pastoral de Conjunto”


https://www.youtube.com/watch?v=qi6APhuldfA - 19 mim

Ao final da exibição do vídeo, peça para que os conselheiros possam explicar o seu
entendimento pessoal sobre o tema e o que fazer para uma saída do pessoal para o
comunitário.

Perguntas para facilitar a discussão:

1 - O que é a Pastoral de Conjunto?


2- Como ela se desenvolve?
3- A Pastoral de Conjunto é articulada para ações unicamente jovem. Essa afirmação é
verdadeira ou falsa? Por quê?
4- Qual é a base para construir a Pastoral de Conjunto?

REZAR

Indicações bíblicas para a oração.


Vimos na formação a diferenciação entre pastoral e evangelização. Por isso, pedimos que
você tome essas duas passagens e reze com elas pedindo a Deus que lhe ajude a se
aprofundar na dinâmica pastoral e evangelizadora de sua paróquia. Sugerimos também que
utilize o texto em anexo para seus momentos de oração durante o aprofundamento deste mês.

Citações bíblicas para oração: Mc 16,15 e Mt 28,19.


ANEXO:

Um dos grandes desafios pastorais nas comunidades e paróquias é a implantação da


Pastoral de Conjunto. O que muita gente não sabe, é que para ter a vivência da Pastoral de
Conjunto é preciso estabelecer um processo cultural. Pensando nisso, trago para você alguns
caminhos que podem ajudar nesse processo.

Antes de falar sobre a implantação da Pastoral de Conjunto é preciso compreender do que


se trata. Desse modo, gostaria de fazer a seguinte pergunta: Pastoral e evangelização são a
mesma coisa?

Espero que a sua resposta tenha sido “não”!

Sendo assim, para te ajudar a compreender melhor a distinção dessas duas realidades,
convido você a ler as duas passagens abaixo:

EVANGELIZAÇÃO PASTORAL
“Ide e proclamai o Evangelho!” “Ide e fazei discípulos!”
Mc 16,15 Mt 28,19

No nosso trabalho, precisamos cuidar de ambas as realidades, tanto a evangelizadora


quanto a pastoral. Então, embora façam parte de um processo que chamamos de
evangelização, há distinção quanto a aplicação. Portanto, é preciso compreendermos as
etapas de cada processo para depois conseguirmos vivenciar uma cultura de Pastoral de
Conjunto.

O que é a Pastoral de Conjunto?

Logo, ainda sobre sua definição, os bispos Latinos Americanos, em Puebla, em 1979,
afirmaram que ela é:

“Ação global, orgânica e articulada, que a comunidade eclesial realiza sob a direção do bispo
destinada a levar a pessoa e todos os membros à plena comunhão de vida com Deus”.

Já no primeiro Congresso Internacional de Pastoral, realizado em Friburgo, na Alemanha,


em 1961, F. Boulard definiu a Pastoral de Conjunto como: “esforço paciente para colocar
em marcha livremente, em vista da salvação do mundo, todos os filhos da Igreja com
todas as suas instituições e recursos, sob a autoridade do bispo, que tem a missão de
coordená-los e dirigi-los, e que, assim, podem exercer em plenitude sua tarefa pastoral”.
Desse modo, observando essas definições, podemos dizer que a Pastoral de Conjunto é
um esforço de integração e articulação de metas e princípios na ação evangelizadora.
Logo, trata-se de uma cultura, de um espírito, que norteia a evangelização na comunidade
paroquial ou diocesana. É uma vivência atualizada das primeiras comunidades cristãs
onde a estrutura pastoral é alicerçada em uma espiritualidade de comunhão.

O que não é a Pastoral de Conjunto?

NÃO é uma nova pastoral a ser implantada na Igreja, nem uma pastoral específica,
alinhada às outras pastorais, como a da Saúde, a do Menor, a Carcerária, a da Juventude, a
da Família, dentre tantas outras.

Portanto, quando pensamos na Pastoral de Conjunto, nunca podemos compreendê-la


como mais uma estrutura organizacional a ser implantada. Sendo assim, também não
podemos pensar que ao implantá-la estamos padronizando pastorais ou reconfigurando a
variedade de dons e serviços prestados à comunidade paroquial.

Primeiramente, é preciso entender que a busca da unidade não abafa a criatividade e nem
a ação do Espírito Santo. De modo que, cada estrutura pastoral existente deve exercer
com todo empenho a sua “vocação e carisma”, sem nunca deixar de estar alinhado às
metas e objetivos da comunidade.

Logo, a Pastoral de Conjunto é nossa capacidade de transformar a comunidade em um


grande time de evangelizadores. Desse modo, cada um joga em uma posição, tendo como
objetivo comum fazer o tão sonhado gol.

E atenção: uma comunidade onde cada um quer fazer sua jogada vai perder.

Como podemos pensar a Pastoral de Conjunto na prática?

Vamos trazer um exemplo prático: Somos uma comunidade paroquial que enfrenta hoje
um grande desafio: atrair jovens para a vida pastoral, pois a comunidade está idosa e
precisa reagir à essa realidade.

Pois, bem, existem duas formas de ver isso:

1. O grupo de jovens existente deve promover uma evangelização que atraia


outros jovens. Porém, não está fazendo o seu trabalho, e isso é um problema
deles, que só eles podem resolver.
2. Sendo assim, outra forma é: Trata-se de um problema pastoral e todas as
pastorais precisam estar envolvidas.

A segunda forma de encarar o problema é a ideal. Portanto, a comunidade deve reunir-se


para ouvir os jovens que hoje atuam na comunidade. Desse modo, eles apresentam os
desafios que enfrentam e também sua necessidade de apoio da comunidade.

Alguns pontos importantes a serem observados:

1- A catequese de Crisma hoje é completamente isolada. Os jovens do grupo não têm


qualquer ligação com os catequistas, não há qualquer atividade pensada em conjunto.

2- A Pastoral Familiar possui muitos casais, entre eles muitos têm filhos jovens. Esses
casais apresentam o desafio de seus filhos não terem o interesse em participar da Igreja.
Muitos relatam que os filhos dizem não haver nada de interessante na paróquia. Eles não
querem ir à Missa.

3- A Pastoral Social relata ter dificuldades para trabalhar seus projetos sociais. Muitas
pessoas são idosas e não conseguem mais fazer visitas às famílias.

Depois de observarem esses pontos de deficiência, a comunidade percebe uma grande


oportunidade.

Algumas ações definidas:

1- A catequese de Crisma irá realizar o Retiro de Experiência de Oração como


encerramento da catequese. Assim, o Grupo de Jovens também estará na coordenação do
evento. Logo, os jovens serão responsáveis pela organização principalmente da
programação.

2 - A Pastoral Familiar junto com a Pastoral Social irá realizar um mutirão de visitas às
famílias carentes. Então, para ajudar convidou o Grupo de Jovens e os filhos dos
membros para atuarem nesse projeto social.

3- Observem que aqui nesta simples análise foi possível integrar diferentes pastorais com
diferentes serviços prestados à comunidade. Porém, o que há em comum é o objetivo
paroquial: aumentar o engajamento dos jovens.
Fatores que contribuem para a Pastoral de Conjunto

● Promover o conhecimento mútuo das diferentes estruturas pastorais e sua missão;


● Integrar não significa unificar;
● Ter metas globais pastorais, para as quais toda a estrutura pastoral paroquial
deve contribuir;
● Promover um calendário formativo integrado observando necessidades
comuns;
● Fortalecer a vivência da partilha e da fraternidade, por meio de atividades de
lazer;
● Estabelecer no calendário paroquial a vivência da oração comunitária por
meio de grupos de oração, células ou grupos bíblicos.

O que impede o fortalecimento da Pastoral de Conjunto

● A falta de um cronograma formativo;


● A ausência de momentos de fraternidade e partilha;
● Vida de oração comunitária comprometida;
● A falta de um planejamento estratégico pastoral;
● Não ter metas paroquiais;
● A ausência de conhecimento dos agentes sobre a missão das diferentes
pastorais, movimentos e organismos existem na comunidade;
● A imaturidade humana e a falta de Inteligência Emocional dos líderes e
liderados.

Conclusão:

Longe de trazer uma solução definitiva, minha proposta foi definir alguns pontos que
considero importantes para a vivência da Pastoral de Conjunto. Sei que não é um assunto
simples e que não será resolvido rapidamente.

Jean Ricardo - CEO da Dominus

VIVER

Esse mês vamos realizar um momento de apresentação de nossas pastorais. No conselho


paroquial tome cada pastoral e apresente os pontos positivos e elenque aqueles que precisam
crescer e se desenvolver. Ao preparar a apresentação, com coragem, faça a seguinte pergunta:
“ Minha pastoral está contribuindo para a ação macro da paróquia?
4º ENCONTRO
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TEMA: A importância da vivência formativa na vida paroquial

OBJETIVO: Levar o Conselho Pastoral à consciência de que “a igreja cresce por atração”
como bem nos lembra o Papa emérito Bento XVI.

ORAÇÃO INICIAL: Fazer momento de súplica ao Espírito Santo – 10 minutos

OUVIR:

Iremos assistir, neste encontro, a formação com o tema: “A conversão pastoral na


comunidade”, com Dom Leomar Brustolin, Bispo da Diocese de Santa Maria. Essa formação
aprofunda a dinâmica da conversão pastoral à luz da formação.

Peça aos conselheiros atenção para poder avaliar a ação pastoral em sua paróquia.

Ao final, dividir os participantes em grupo para partilha.

Link para formação:

https://www.youtube.com/watch?v=MK6Y3OCjnXw - 01h e 02 min

Perguntas para motivar a partilha:

1 - Comunidade é uma vida que permeia todo nosso ser. Quais os processos de conversão
pastoral e pessoal que nossas comunidades e pessoas precisam assumir? Quais conversões
precisam ocorrer em nossa paróquia?

2 - Nossos encontros comunitários acontecem com foco na experiência profunda do autor da


formação que é o Espírito Santo?

3 - Quais são os pequenos detalhes que podem levar às grandes mudanças na dinâmica
pastoral?

4 - Como percebemos em nossas paróquias o engajamento da ação catequético pastoral em


nossa comunidade?

5 - A formação nos coloca em movimento, nos desinstala. Como é a nossa interação, a nossa
participação, e dos paroquianos, nesse movimento?

6- Somos uma comunidade integrada?


Comunidade é uma vida que permeia todo nosso ser. Quais os processos de conversão
pastoral e pessoal que nossas comunidades e pessoas precisam assumir? Quais conversões
precisam ocorrer em nossa paróquia?

REZAR

Este mês reze com o Evangelho das bem-aventuranças.


Mt 5,1-12
Lc 6,17-36

Busque extrair do ensinamento de Jesus os pontos centrais da formação pastoral e


principalmente, diante de Deus questionar-se acerca de como está sua postura, se ela gera
atração à vida da Igreja. Não tenha medo de realizar esse mergulho em si. Faça um bom
exame de consciência e busque a reconciliação.

VIVER
A partir da formação e do caminho de oração feito neste mês, elenque pontos que você
considera necessários para crescer em uma nova postura de adesão ao ensinamento que
tivemos, de que a Igreja cresce por atração. Lembre-se, não é um movimento vitimista, mas
de autoconhecimento e maturidade.

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5º ENCONTRO
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TEMA: A Jornada da Evangelização

OBJETIVO: Ampliar a visão dos conselheiros para os bens de ações coordenadas de


evangelização na comunidade paroquial.

BREVE ORAÇÃO INICIAL: Até 10 min

Para o Facilitador:

ATENÇÃO: A formação deste mês tem duração de 1h e 15min, por isso organize bem a
reunião do mês para que haja aproveitamento máximo do conteúdo.

Antes de exibir o vídeo, pedimos para que você contextualize a formação. O facilitador da
formação, Jean Ricardo, fala para o conselho paroquial acerca do tema a partir de um modelo
chamado Funil de Vendas. Ele organiza toda a formação a partir desse funil e transforma-o na
linguagem evangelizadora. É importante orientar que os conselheiros estejam totalmente
atentos para que possam compreender e colocar em prática nas ações de evangelização da
paróquia.

OUVIR:

Exibir o vídeo: “A Jornada da Evangelização e o funil de vendas”


https://www.youtube.com/watch?v=BvJkg1KRMog - 1h e 14 min

Perguntas para motivar a partilha:

1 - O que é a Jornada da Evangelização?

2 - Quais são as etapas da Jornada da Evangelização?

3- A Jornada da Evangelização é uma metodologia e não um novo evento. Como desenvolver


essa metodologia? Como membro do Conselho Pastoral, eu contribuo para desenvolver a
evangelização de forma macro?

REZAR:

Escolha de 2 a 3 dias na semana para rezar, peça ao Espírito Santo que te ilumine para novas
inspirações na perspectiva da evangelização na sua paróquia. Pense que sua missão é auxiliar
na realidade macro da ação evangelizadora. Pense em cada pastoral e pontue formas de
interação entre todas as pastorais para atingir as metas da paróquia.

VIVER:
A partir da formação e do caminho de oração feito neste mês, elenque pontos que você
considera necessários para crescer em uma nova postura de adesão à evangelização.
Lembre-se, como leigo, inserido no “mundo” somos chamados a ser protagonistas da
evangelização..

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6º ENCONTRO
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TEMA: “ A profissionalização da evangelização”

OBJETIVO: Formar a consciência do Conselho de Pastoral acerca de como profissionalizar


a evangelização traz resultados efetivos na vida pastoral.

BREVE ORAÇÃO INICIAL: Até 10 min

Para o Facilitador:

Veremos neste encontro 3 formações do Curso “Conexão 2.0” ministrado por Jean Ricardo.
É importante esclarecer que a gravação foi gravada em um contexto de curso e que existem
orientações que não se aplicarão aos conselheiros. Motive a atenção, pois ao final queremos
ouvir o que, de fato, cada participante compreendeu sobre o tema.

OUVIR: Assistir às aulas 1 e 2 do curso


Aula 1 - 18 min 12 s (Introdução: O que é profissionalizar a evangelização)
https://www.youtube.com/watch?v=lWjvAri1p58
Aula 2 - 10 min 25 s (Qual o alcance do planejamento na evangelização)
https://www.youtube.com/watch?v=MNSwnPYXI-8

Ao concluir a formação, divida os participantes em grupos de 3 ou 4 pessoas e lance as


seguintes perguntas. Elas podem ser direcionadas ou orientadas para que todos os grupos
respondam a todas elas.

Perguntas para reflexão:

1- O que mudou em sua compreensão sobre profissionalizar a evangelização após ouvir a


formação?
2- Você acredita ser possível profissionalizar a evangelização de sua paróquia? Como
podemos fazer isso?
3- O que você percebe que pode mudar com sua contribuição na dinâmica de profissionalizar
a evangelização?
4- Consigo enxergar espaço para o Planejamento Estratégico na paróquia do qual sou
conselheiro?

REZAR:

Utilize suas anotações da formação, a escuta feita dos demais irmãos conselheiros, os
seus anseios a partir da formação para a oração deste mês. Apresentamos também um
texto complementar em anexo para auxiliar na sua oração.

Tome também a Palavra de Deus, principalmente nos Evangelhos, e se abra à leitura


orante de grandes momentos de fé, gerados pela evangelização de Jesus, permeado pela
profissionalização.

Colocamos também perguntas para sua reflexão pessoal. Estas, estarão disponíveis
após o texto anexo.

ANEXO I -
TEXTO COMPLEMENTAR: “Profissionais para evangelizar - Nossa razão de viver”

Quando falamos de evangelização, vem à nossa mente vários exemplos da vida de Jesus. Nos
deparamos com a alegria do anúncio, com as conversões, com a adesão ao plano de salvação.
Podemos olhar para a evangelização como algo belo, mas que é trabalho destinado para
outros. Ao mesmo tempo que vemos a beleza envolvente da dinâmica evangelizadora, nos
deparamos com tantas realidades que imputamos o processo a outros. Ora somos tímidos, ora
não temos tempo, ora “não sabemos falar”, ora temos preguiça.

Porém, se olharmos de fato para tudo isso e ficarmos numa postura de paralisia, certamente
as desculpas impedirão que tudo que reconhecemos como belo e essencial se esvaia pelos
nossos dedos.

Cada homem e mulher traz em si a marca da eleição de Deus que, por providência, soprou a
vida em nós. No tempo escolhemos vias que nos levaram a tantos lugares, mas podemos dizer
que nos encontramos diante dos portais do amor de Deus e seguimos.

A evangelização é esse movimento de Kenosis e Koinonia, saída de si e doação de si aos


outros, é a empatia que promove a integração. Homens e mulheres novos, que buscam a
Meta.

Podemos pensar que a evangelização tem um receita certa, ouso dizer que tem um ingrediente
fundamental, o AMOR, mas como quem move a ação evangelizadora é o Espírito Santo, que
com toda Sua criatividade faz surgir coisas novas, por isso não há uma receita específica.
Olhamos para Jesus e imitamos seu método de amor e misericórdia, aqui novamente aparece
o ingrediente principal, o AMOR. A evangelização é AMOR.

Por isso, cada um de nós é convocado a compreender a evangelização como esse lugar de
abertura aos dons e à criatividade do Espírito Santo, bem como de ser profissionais nessa
evangelização.

A profissionalização garante boas e coordenadas estratégias que geram movimento e


crescimento do Reino. Por isso, investir tempo e qualidade são necessários para que tudo
corra bem. Isso, em qualquer pastoral. É preciso lembrar que ações evangelizadoras não se
restringem a eventos ou a arrecadação, mas, sobretudo, à visão do todo do corpo comunitário
da comunidade paroquial, do cuidado e zelo com as pessoas, suas famílias, com suas bênçãos
e desafios. Primeiro as pessoas e depois as estruturas.
Um exemplo de profissionalização na evangelização é o Planejamento Estratégico, e aqui não
utilizamos a ferramenta como um engaiolamento do Espírito Santos, não! Pelo contrário, é
um instrumento que vai buscar compilar e traduzir essa criatividade em ações concretas e
organizadas com prazos e responsáveis para uma boa efetivação.

Em todo tempo, olhemos para o Mestre Jesus, lembremos de Suas estratégias, observemos o
ensinamento das bem-aventuranças. Jesus utilizou da Sua expertise para ensinar o caminho
da santidade, usou a criatividade para facilitar a evangelização. Outro exemplo que recordo
agora é a Samaritana, com quem Jesus usou a estratégia da abertura aos dons do Espírito
Santos para tocar o coração daquela mulher, que ficou com sua alma escancarada para a
graça.

Então, o que estamos esperando? É hora de arregaçar as mangas…. Profissionalizar não é


transformar a Igreja e sua ação evangelizadora em uma empresa, mas é, sobretudo, com
coragem e parresia desbravar o coração do homem e utilizar ferramentas capazes de ajustar e
santificar nossos processos evangelizadores.

Não se esqueça, o AMOR é o ingrediente principal. Nos diz Santa Teresinha em seus
escritos: “No coração da Igreja, serei o Amor”, amor esse aprendido com o Mestre Jesus.

Por isso, avante! Sigamos e sejamos missionários do AMOR, Daquele que nos tocou e enviou
para anunciar a Boa Nova, ou seja Sua face, Sua misericórdia e Seu poder.

Jorge Wagner Santos de Medeiros


Equipe Dominus.

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