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Conselho
Paroquial
APRESENTAÇÃO
Manual do Facilitador
Caros Pároco e facilitador, é uma imensa satisfação entregar em suas mãos esse
manual. Aqui está o fruto de um trabalho desenvolvido para auxiliá-los no desenvolvimento
das lideranças do Conselho Paroquial.
Trilharemos um itinerário que leva à compreensão de que fomos eleitos por Deus, e
para o Seu serviço, a fim de gerar na Igreja um povo que cresce por atração, como bem nos
lembra nosso querido Papa emérito Bento XVI. Além disso, nos inspiramos nas palavras do
pontífice emérito, que nos iluminam ainda acerca da importância da vida formativa constante
na comunidade paroquial e os cuidados para que a formação seja local de crescimento e
desenvolvimento. Por fim, veremos que para evangelizar é preciso sermos profissionais do
Reino de Deus.
Animamos que os encontros sejam marcados com toda uma atenção redobrada, para
que os párocos e seus conselhos consigam alcançar as metas altas da santidade comum.
Além disso, queremos ousar sugerir que como fruto desse caminho de maturidade e
autoconhecimento, seja selada essa formação com dias de reflexão e construção do
Planejamento Estratégico de sua comunidade paroquial.
Esperamos que tudo concorra para o bem. Que a Virgem Maria e São José guardem,
ilumine e conduzam cada conselho em suas diversas realidades.
Equipe Dominus
GRADE GERAL - Manual do Facilitador
Vídeo: “O que é a
3º Encontro A Pastoral de Favorecer a compreensão e Pastoral de
Conjunto: O que é, importância da Pastoral de Conjunto”.
como implantar? Conjunto, bem como seus bens e
desafios num processo de
implantação.
4º Encontro A importância da Levar o Conselho Pastoral à Vídeo: “A
vivência formativa consciência de que “a igreja cresce conversão pastoral
na vida paroquial. por atração”, como bem nos na comunidade”.
lembra o Papa emérito Bento XVI.
Vídeo 1 - “O que é
6º Encontro A Formar a consciência do conselho profissionalizar a
profissionalização de pastoral acerca de como evangelização”.
da evangelização. profissionalizar a evangelização
traz resultados efetivos na vida Vídeo 2 - “Qual o
pastoral. alcance do
planejamento na
evangelização”.
1º ENCONTRO
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ORAÇÃO: Breve (10 min), marcada pela profundidade e clamor ao Espírito Santo, autor da
nossa formação.
OUVIR
Para o facilitador:
Trabalharemos nos próximos dois encontros o tema da Inteligência Emocional e como lidar
com essa dinâmica.
Pedimos sua atenção ao foco da formação, de colocar-se no seu lugar e, com maturidade,
crescer no exercício de sua missão e função.
Quanto mais nos possuímos, mais podemos nos dar. Diz uma canção que “lidar consigo
mesmo, é trabalho de artesão, fio a fio, e leva tempo para dominar o coração” (Ziza
Fernandes).
Juntos seguimos para aprendermos a nos dominar para nos tornarmos líderes ainda mais
firmes, autênticos e que se colocam ao lado para desenvolver a ação paroquial, que se
“livram” do carreirismo e abraçam a alegria do serviço.
Ao terminar a exibição do filme, abra espaço para a escuta da partilha livre a respeito do que
cada um entendeu e das reflexões que trazem dentro de si. É importante fazer com que os
conselheiros consigam se expressar.
Perguntas para reflexão, a fim de motivar a partilha, caso não aconteça livremente.
REZAR
Para o facilitador:
Oriente os conselheiros para que neste mês escolham momentos para refletir acerca das
anotações realizadas a partir da exibição do vídeo parte I. Pedimos que essa motivação leve
os conselheiros a uma real descida em si para se erguer mais maduro e mais inteiro.
Neste mês orientamos a escolha de dias para oração e retome as anotações realizadas na
última reunião de formação. Com coragem, deixe-se alcançar pelo autoconhecimento para
uma vida ainda mais fecunda e feliz. Apresentamos um texto complementar para que possa
ser levado para a oração. É importante que você transforme em ação o que observa ser
necessário mudar. Por isso, escreva 3 pontos que você precisa trabalhar e inicie este passo.
Para que alguém seja bem-sucedido acadêmica e profissionalmente, faz-se necessária uma
boa dose de dedicação, esforço e disciplina — disso, a maioria das pessoas sabe. O que
muitos ignoram é o fato de que desenvolver a Inteligência Emocional (IE) auxilia não só
nesses processos intelectuais, mas em todos os âmbitos da vida.
Essa é uma habilidade que pode ser desenvolvida ao longo de nossa existência.
Por isso, trouxemos para você algumas dicas de como desenvolver a Inteligência Emocional
para alcançar o equilíbrio entre a razão e a emoção, mantendo as relações mais saudáveis e
crescendo como pessoa. Acompanhe!
O termo foi difundido com mais ênfase pelo psicólogo norte-americano Daniel Goleman,
autor do livro homônimo.
É possível lidar com as pessoas e suas emoções, assim como compreender os próprios
sentimentos, por meio do desenvolvimento de habilidades.
Essa habilidade, quando bem trabalhada, favorece o bom relacionamento entre as pessoas,
permitindo um maior entendimento nas relações pessoais e a melhor interação (e
comunicação) no trabalho. Portanto, há vantagens nos dois setores.
Além disso, a IE influencia, de forma positiva, a saúde física e mental. Ela previne
transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão, bem como distúrbios psicossomáticos.
A Ciência já comprovou que doenças cardíacas, câncer e diabetes, entre outras, têm relação
com sentimentos não trabalhados corretamente pelo paciente.
Outro exemplo é o herpes labial, cujo surgimento é comum em algumas pessoas que passam
por momentos de estresse.
Indivíduos que conseguem desenvolver a Inteligência Emocional são cada vez mais
valorizados. Isso porque reconhecer suas próprias limitações e trabalhar para ser indulgente
com as falhas dos outros são capacidades acessíveis apenas àqueles que estão em permanente
estado de vigilância na busca pela excelência.
A Inteligência Emocional pode ser desenvolvida em todas essas situações, ou seja, nas
diferentes áreas da nossa vida.
No entanto, para descobrir como fazer isso, é preciso tomar consciência de si e vigiar-se para
lidar com as adversidades da melhor maneira possível.
Abaixo, listamos algumas técnicas que podem ajudar a desenvolver a IE. Confere com a
gente!
1. Observe e analise seu próprio comportamento
Observe quais são as reações da mente e do corpo, além das sensações e dos pensamentos
que foram instigados.
Em um segundo momento, a análise deve ocorrer após a chegada dos sentimentos (sejam eles
positivos, ou negativos). Pode-se tentar descobrir o que desencadeou tais reações físicas e
mentais.
Existem pessoas com comportamento enérgico e outras que são mais tranquilas. Entretanto,
ninguém está livre de cometer atos precipitados, de agir conforme o calor das emoções do
momento.
Agir sem pensar é natural do ser humano, pois, desde os tempos primórdios, isso serve como
forma de defesa, sendo que essa forma de reação está gravada em nosso subconsciente.
O cérebro humano precisa se adaptar à sua nova realidade evolutiva e reconhecer que atitudes
impetuosas podem gerar desconforto nas relações (ou pior: consequências difíceis de serem
contornadas).
● respiração;
● meditação;
● caminhada;
● corrida;
● pilates;
● prática regular de atividades físicas no geral.
Manter o autocontrole é uma virtude que garante a contenção de excessos. Todavia, é
importante lembrar que o objetivo deve ser o equilíbrio: não a supressão das emoções, mas
sim o controle delas.
Para que o próprio bem-estar seja garantido, é necessário manter as emoções que nos afligem
sob controle. Afinal, o fato de termos que lidar com emoções negativas é um mal inevitável.
Quando elas nos acometem de forma intensa, e permanecem em nosso interior por um longo
tempo, acabam com nossa estabilidade.
A Inteligência Emocional é uma ferramenta poderosa, que nos apresenta um ponto de vista
mais equilibrado sobre a vida, proporcionando uma autorregulação dos nossos sentimentos.
Não temos apenas bons momentos e bons sentimentos.
Quando as emoções negativas (raiva, medo, insegurança e tristeza, por exemplo) aparecem, é
preciso dominá-las e não permitir que elas nos controlem. Nesse ponto, se houver
dificuldades, a intervenção de um bom profissional da Psicologia pode ajudar.
Saber o que deseja, definir até onde se quer chegar e alcançar seus objetivos nem sempre são
etapas fáceis. Para tanto, é necessário reconhecer seus pontos fracos e fortes, trabalhando para
modificá-los ou aprimorá-los. E esse desafio só pode ser vencido por meio da autoconfiança.
O cérebro humano é dotado de uma potencialidade enorme. A questão é que a maioria das
pessoas não têm consciência disso e desacreditam de si mesmas ao enfrentar obstáculos que
julgam serem intransponíveis.
Por isso, acreditar no seu potencial e em suas habilidades, fortaleça a ideia de que você tem a
capacidade necessária para gerenciar os momentos de crise e superar as dificuldades.
Acreditar em si e ressaltar suas qualidades ou seus talentos são ações que funcionam como
combustíveis para alavancar carreiras e melhorar a qualidade de vida.
O estilo de vida atual exige muito dos indivíduos. São várias as questões para lidar no dia a
dia que, não raro, pedem soluções rápidas. A pressão pode ser externa, vinda de chefes ou
pessoas a quem devemos prestar contas, ou interna, pois nós mesmos acabamos por nos
cobrar resultados.
Contudo, devemos aprender a priorizar o que é mais importante. Assim, não sucumbimos às
exigências ou não permitimos que a ansiedade domine a situação.
Alguns mecanismos podem ser criados para gerenciar isso, como elaborar uma lista com os
afazeres, elencando os mais e os menos urgentes.
Cuidar da saúde, ter momentos de lazer e respeitar seus limites são ações que podem auxiliar
na aquisição de mais segurança (o que, consequentemente, facilitará no controle dos
sentimentos negativos gerados pela pressão).
Quanto mais a Inteligência Emocional for aprimorada, mais confortável e seguro o indivíduo
se sentirá para resolver seus problemas.
Como já dissemos, não deixar a emoção dominar a situação não é o mesmo que não
demonstrá-la. Expor o que se sente e expressar sua opinião é fundamental para que o
equilíbrio seja mantido.
Situações como a descrita acima são normais, sendo que a melhor forma de evitar um conflito
é se expressando. A IE está na maneira como o pensamento é racionalizado — e o mesmo
vale para as emoções mais íntimas: é preciso falar sobre os sentimentos na relação e
expressar o carinho, o amor ou, até mesmo, a carência.
A fala é o caminho mais seguro para entender e trabalhar as impressões internas. Por meio do
diálogo, esclarecemos os pontos de vista e debatemos sobre questões complexas para que
possamos resolvê-las, não permitindo que fiquem obscuras caso não haja uma conversa
sincera e madura.
Há algo em comum entre os maiores líderes do mundo: a empatia. Geralmente, pessoas que
ocupam tais postos e são bem-sucedidas preocupam-se com suas equipes de forma genuína.
Elas sabem seus nomes, conhecem suas histórias e são solidárias quando necessário.
Colocar-se no lugar do outro não é um ato praticado apenas por seres humanos — sequer é
privilégio dos adultos. Pesquisas realizadas com animais (cachorros, chimpanzés etc.) e com
crianças demonstraram que eles também são dotados do sentimento de solidariedade.
Nada melhor para compreender o outro do que colocar-se na pele dele. Isso ajuda a pessoa a
entender suas atitudes e a ser mais tolerante e compreensiva.
Como resultado, haverá a constatação de que os indivíduos ao seu redor têm necessidades,
limitações e falhas, mas também talentos e qualidades, assim como você. O respeito mútuo
surgirá naturalmente, como consequência desse exercício.
Situações difíceis podem surgir na vida de qualquer um. O que diferencia as pessoas é como
elas reagem a tais eventos. A resiliência está em receber os impactos da rotina e ter a
capacidade de absorvê-los, mantendo-se firme e focado, aprendendo com os próprios erros e
lidando, de maneira inteligente, com os fatos.
Ser resiliente envolve administrar os sentimentos mesmo quando o controle das situações está
fora do seu alcance.
Trata-se de saber reconhecer as emoções e o efeito que elas causam na sua mente e no seu
corpo. Assim, o indivíduo poderá canalizar seu potencial e aumentar seu desenvolvimento.
Outra teoria criada por Goleman é que nós, seres humanos, somos guiados por dois cérebros:
o emocional e o pensante. O cérebro emocional é o primeiro a ser afetado pelos
acontecimentos. Sendo assim, a pessoa que reage é aquela que se deixa levar
inconscientemente pelo seu lado emocional e impulsivo.
Estamos falando do mais puro efeito de ação e reação. Basta que alguma coisa aconteça para
que o indivíduo sem muita Inteligência Emocional deixe essa parte de seu cérebro reagir
instantaneamente.
Já o cérebro pensante é aquele responsável pelo ato de responder. Em vez de apenas agir por
instinto, quem se deixa levar pelo cérebro pensante analisa toda a situação ao seu redor e
decide qual é a melhor forma de se comportar naquele momento.
Não deixe seu corpo reagir no modo automático. Use seu cérebro pensante e seja mais
racional!
Seus limites serão descobertos à medida que você avançar no autoconhecimento, por isso é
tão importante conhecer-se cada dia mais.
Além de ter plena certeza de quais são os seus defeitos e as suas qualidades, é preciso
reconhecer que você tem, sim, alguns limites. Infelizmente, muitas pessoas enxergam as
limitações como incapacidades (e, por isso, aquele que reconhece e respeita seus limites é
visto erroneamente como fraco).
Partimos do ponto de que ter fraquezas não é motivo para sentir vergonha: todos temos
nossos pontos fracos e isso é mais do que natural.
Somos seres dotados de sentimentos e erramos muitas vezes, mas também estamos em
constante aprendizado. Antes de reconhecer seus limites, você precisa aceitar que não é
perfeito, mas sim uma pessoa como qualquer outra.
Em seguida, observe tudo à sua volta. Quantas vezes você concordou em fazer algo mesmo
sabendo que não podia ou não queria? Parte do fato de conhecer suas limitações está ligada à
ideia de dizer “não” sem sentir culpa por isso e de aceitar que há coisas que você não é capaz
de fazer.
Lembre-se do mais importante: conhecer seus limites significa respeitar a si mesmo. O lado
bom de respeitar suas próprias limitações é poder proteger sua saúde emocional, deixando de
fazer aquilo que poderia causar algum mal ou trauma em você.
Essa é uma abordagem que deveria ser ensinada nas escolas, pois assim educaríamos pessoas
mais competentes, felizes e seguras. A consciência emocional melhora a realidade pessoal e
social. Vejamos alguns exemplos disso, a seguir.
Compreender as próprias emoções é o primeiro passo para adquirir a IE. Só assim podemos
trabalhar do modo mais adequado com cada um dos nossos sentimentos.
É preciso estar no controle, pois apenas nós mesmos somos responsáveis por nossas emoções.
Entendendo-as, temos domínio sobre nossas respostas e decisões — atitude que resulta em
um estado de espírito mais otimista e sereno.
Controle das emoções próprias e alheias
Existe uma técnica para apaziguar ou evitar discussões que é muito difundida na Psicologia e
até no meio popular. Bem simples, ela consiste em diminuir o tom de voz sempre que o
interlocutor aumenta o tom dele.
Outro método é simplesmente calar-se diante de alguém visivelmente nervoso. Por mais que
essas técnicas possam parecer simples, é preciso muito controle emocional para colocá-las
em prática.
Autoconhecimento
Nada do que dissemos neste artigo pode ser realizado se não houver o autoconhecimento.
Para ter IE, é necessário entender o que se está sentindo, saber reconhecer suas capacidades e,
também, seus limites.
Conhecer sua essência é transformador e traz um entendimento maior das ferramentas que se
tem para realizar o que deseja. Desenvolver a Inteligência Emocional é algo gradativo, pois
esse conceito é maleável e pode ser modificado ao longo da vida.
A inteligência emocional tornou-se uma questão bastante discutida nos dias de hoje
justamente devido ao aumento absurdo do número de pacientes que sofrem com doenças
psicológicas como depressão, ansiedade e síndrome do pânico.
Tudo o que foi citado neste artigo tem o poder de fortalecer o lado emocional do ser humano
e, assim, torná-lo um pouco mais resistente às patologias citadas.
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Referência:
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2º ENCONTRO
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OUVIR:
Ao final, divida as pessoas em grupos e peça que os conselheiros conversem sobre como a
vida pastoral pode se tornar mais leve, e como podemos favorecer a estratégia evangelizadora
a partir da Inteligência Emocional.
REZAR
Mediante o que ouvimos no último encontro, convidamos você a meditar em oração o texto:
“Liderança faz a diferença, por sinal uma grande diferença, pois ela oferece direção,
molda o caráter e cria oportunidades”
O tema “liderança” tem recebido grande atenção nos últimos anos. A Igreja do Senhor
Jesus Cristo necessita, urgentemente, de nada menos do que líderes irrepreensíveis com o
coração, segundo o coração do próprio Deus.
A liderança faz a diferença, por sinal uma grande diferença, pois ela oferece direção,
molda o caráter e cria oportunidades. Os efeitos da liderança começam no nascimento, mas
não deixam de existir com a morte.
Aqueles que Deus separa para liderar desfrutam tanto os privilégios quanto as
responsabilidades. Suas influências sobre outras pessoas os distinguem dos seguidores. A
liderança de alta qualidade é encontrada entre os mais valiosos tesouros que qualquer
comunidade ou organização possui. A liderança de baixa qualidade, ao contrário, produz um
desperdício trágico e uma frustração caótica.
Líderes de Deus (e para Deus) estão sempre em falta.
Nosso mundo está apavorado em busca de um líder. Está procurando alguém que
tenha uma visão e possa exercer firmemente uma influência especial para levar a Igreja, ou,
até mesmo, um país inteiro, ao conhecimento da Salvação.
Tudo tem seu início e este se deu quando Jesus chamou alguns homens e os convidou
a segui-Lo. Ele não demonstrou se preocupar com projetos especiais para alcançar grandes
platéias, mas Seu foco estava em pessoas a quem as multidões deveriam seguir. Jesus
começou a reunir um grupo seleto de homens antes de se tornar conhecido do grande público.
Jesus buscou pessoas que fossem capazes de testemunhar a respeito de Sua vida e
manter Sua obra em andamento depois que retornasse ao Pai. João e André foram os
primeiros convocados, logo depois que Jesus deixou o cenário do grande avivamento
promovido por João Batista em Betânia, do outro lado do rio Jordão (Jo 1,35-40).
André retribuiu levando seu irmão, Pedro (Jo 1,41-42). No dia seguinte, Jesus
encontrou Filipe no caminho para a Galileia, e Filipe, por sua vez, encontrou Natanael (Jo
1,43-51). Tiago, irmão de João, não é mencionado como integrante do grupo até os quatro
pescadores serem convocados novamente, muitos meses depois, no mar da Galileia (Mc 1,19;
Mt 4,21). Logo depois, ao passar pela cidade de Cafarnaum, o Mestre propõe a Mateus
segui-Lo (Mc 2,13-14; Mt 9,9; Lc 5,27-28). A chamada dos demais discípulos não foi
registrada nos Evangelhos, mas acredita-se que todas ocorreram no primeiro ano do
ministério de nosso Senhor.
O mais interessante sobre este distinto grupo de homens é que, a princípio, nenhum
deles impressionava. Ninguém ocupava posição de destaque na sinagoga, e nenhum deles
pertencia ao corpo sacerdotal levita. A maioria era formada por trabalhadores comuns, e
provavelmente não tinham qualquer qualificação além do conhecimento básico necessário
para o exercício de sua profissão.
Mesmo assim, Jesus viu naqueles homens simples o potencial de liderança para o
Reino. De fato, eram pessoas “comuns e sem instrução”, de acordo com o padrão do mundo
(At 4,13), mas tinham capacidade de aprender. Embora costumassem errar em seus
julgamentos e fossem lentos para compreender as questões espirituais, eram homens
honestos, prontos para admitir suas fraquezas. O comportamento poderia ser grosseiro e suas
habilidades limitadas, mas à exceção do traidor, todos tinham um grande coração.
Talvez o fato mais significativo sobre os apóstolos é o grande anseio por Deus e
pelas coisas divinas. A superficialidade da vida religiosa à volta deles não deturpou a
esperança que tinham pela vinda do Messias (Jo 1,41-45-49; 6,69). Estavam fartos da
hipocrisia dos aristocratas legalistas. Alguns já haviam se unido ao movimento de
avivamento promovido por João Batista (Jo 1,35). Aqueles homens procuravam por alguém
que os guiasse no caminho da salvação. Gente assim, disposta a se deixar moldar pelas mãos
do Mestre, poderia ganhar uma nova imagem. Jesus pode usar qualquer um que deseja ser
usado.
Uma das lições que Jesus nos deixa é que não devemos desejar começar com grande
número, e nem devemos esperar tal coisa. O trabalho mais excelente de treinamento sempre
será feito com alguns apenas. Não tem importância quão pequeno e tímido possa parecer o
começo; o que vale é que aqueles a quem damos prioridade aprendam a transmiti-la a outros.
Ninguém deve ser menosprezado, cada um tem um potencial conhecido por Deus.
PERMANECENDO JUNTOS
Podemos nos inspirar no caso dos primeiros discípulos da era cristã. Eles entregaram
o Evangelho às multidões; mas durante todo o tempo se atarefavam na edificação da
comunhão daqueles que criam. Conforme o Senhor ia adicionando diariamente à Igreja, os
que se iam salvando, os apóstolos, seguindo o exemplo do Mestre, desenvolviam homens que
reproduzissem o seu ministério até os confins da terra. O livro de Atos dos Apóstolos, na
realidade, é tão-somente um desdobramento gradual na vida da Igreja em crescimento, dos
princípios de evangelismo que nos alcançaram séculos depois e continuam até à vinda do
Mestre.
O evangelismo não é feito por meio de coisas, mas antes, por meio de pessoas.
Trata-se de uma expressão do amor de Deus, e Deus é uma pessoa. Posto que a natureza de
Deus é pessoal, só pode ser expressa através de alguma personalidade – tendo sido
inicialmente revelada plenamente em Cristo, e agora sendo expressa através do seu Santo
Espírito, na vida daqueles que se têm submetido voluntariamente a Ele. As comissões podem
ajudar a organizar e a dirigir os esforços evangelísticos, e com essa finalidade certamente elas
se fazem necessárias; mas o próprio trabalho só pode ser feito por homens que ganham outros
homens para Cristo.
Devemos tomar cuidado para não “vendermos” um produto, o que oferecemos não é
comércio, mas Vida Eterna. Há um perigo muito grande e grave com as ofertas que fazemos
em nome do evangelismo. Nós não estamos aqui para prometer, antes somos cumpridores das
promessas.
Devemos ser obedientes à Voz de Deus e guiados pelo Espírito Santo. Somos
embaixadores do Reino de Deus, devemos apresentar o Reino e quem aceitar fazer parte do
Reino, “todas estas coisas lhes serão acrescentadas”.
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3- Como você avalia o seu papel a partir desta afirmação: “A única maneira realista de
conseguir o sucesso de um projeto é se Liderança e membros estiverem juntos”?
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TEXTO COMPLEMENTAR II: “Empatia e evangelização: por que usar?”
A palavra empatia ganhou grande visibilidade nas mídias e redes sociais recentemente.
Porém, você vai descobrir que essa “novidade”, na verdade, já estava presente na vida e nos
ensinamentos de Cristo. Você já vai entender!
Diferente do que alguns pensam, empatia não é um sentimento. Então, não nos sentimos
empáticos. Na verdade, a empatia é uma habilidade emocional que possuímos ou que
podemos desenvolver.
Essa habilidade nos permite reconhecer as emoções de outra pessoa. Logo, compreender
seus sentimentos e até mesmo reproduzi-los. Em outras palavras, empatia é colocar-se no
lugar do outro, buscando sentir e enxergar as coisas a partir do seu ponto de vista.
Em primeiro lugar, a palavra empatia deriva do grego “empátheia”, cuja tradução livre
significa “compaixão”. Já, no dicionário, “compaixão”, que é uma palavra muito utilizada nas
Sagradas Escrituras, significa: cuidado, empatia, compreensão do estado emocional do outro
e caridade – esta última é mais uma palavra que encontramos com frequência na Bíblia.
Portanto, acredito que agora você começou a compreender porque dissemos que a empatia
está enraizada em Cristo!
Outra palavra que podemos acrescentar aqui – que faz muito sentido para os cristãos – é
“misericórdia”. Como já sabemos, olhar o outro com misericórdia significa acolhê-lo,
independentemente de sua realidade, sem julgamentos ou críticas. Isso é praticar a
misericórdia.
Agir com misericórdia, ou com empatia, é ouvir o outro, compadecendo-se por sua dor. É
fazer o que está ao nosso alcance para ajudá-lo, seja com palavras, gestos ou atitudes
concretas. É acolher o outro em sua realidade, buscando compreender suas atitudes e o que
ele vive em seu interior.
Na prática, esse sentimento de compaixão aproxima as pessoas. Pois bem, quando se trata de
evangelização, desejamos conquistar o maior número de pessoas para Cristo. De que maneira
melhor podemos fazer isso do que olhando para as pessoas?
O apóstolo Paulo é para nós exemplo de alguém que evangelizou com empatia. Logo, o relato
de uma de suas cartas deixa nítido que ele se colocava no lugar do outro com um propósito
bem definido: conquistá-lo para Deus!
“Para os judeus fiz-me judeu, a fim de ganhar os judeus. […] Fiz-me fraco com os fracos, a
fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos” (1Cor 9, 20-22).
Você deve se recordar que o Papa Francisco nos motivou a sermos uma “Igreja em saída”.
Logo, nas entrelinhas desse pedido, podemos compreender que ele nos pede para termos uma
atitude de empatia. Então, buscar o outro em sua dor e oferecer-lhe o que ele precisa, é
empatia.
Na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, o Papa nos alertou para uma situação que pode
acontecer justamente por falta de empatia: “Muitas vezes agimos como controladores da
graça e não como facilitadores. Mas a Igreja não é uma alfândega; é a casa paterna, onde há
lugar para todos com a sua vida fadigosa” (EV, 47).
De modo prático
A empatia torna mais fácil a missão de despertar os corações humanos para Deus e manter a
evangelização viva. Mas, pode ser que você esteja se perguntando agora: Como colocar em
prática a empatia na evangelização?
Seja nas homilias, em blogpost do site ou blog paroquial, nos informativos da comunidade,
postagens nas redes sociais, no relacionamento com os dizimistas… Portanto, não
conseguiremos ganhar o coração de alguém para o Senhor com críticas ácidas. Logo, não se
trata de “passar a mão na cabeça”. Trata-se, primeiramente, de ganhar a confiança de alguém
a ponto de seguir o caminho que aos poucos você vai lhe apresentando: o próprio Cristo.
Gisa Prado
VIVER
OUVIR
Ao final da exibição do vídeo, peça para que os conselheiros possam explicar o seu
entendimento pessoal sobre o tema e o que fazer para uma saída do pessoal para o
comunitário.
REZAR
Sendo assim, para te ajudar a compreender melhor a distinção dessas duas realidades,
convido você a ler as duas passagens abaixo:
EVANGELIZAÇÃO PASTORAL
“Ide e proclamai o Evangelho!” “Ide e fazei discípulos!”
Mc 16,15 Mt 28,19
Logo, ainda sobre sua definição, os bispos Latinos Americanos, em Puebla, em 1979,
afirmaram que ela é:
“Ação global, orgânica e articulada, que a comunidade eclesial realiza sob a direção do bispo
destinada a levar a pessoa e todos os membros à plena comunhão de vida com Deus”.
NÃO é uma nova pastoral a ser implantada na Igreja, nem uma pastoral específica,
alinhada às outras pastorais, como a da Saúde, a do Menor, a Carcerária, a da Juventude, a
da Família, dentre tantas outras.
Primeiramente, é preciso entender que a busca da unidade não abafa a criatividade e nem
a ação do Espírito Santo. De modo que, cada estrutura pastoral existente deve exercer
com todo empenho a sua “vocação e carisma”, sem nunca deixar de estar alinhado às
metas e objetivos da comunidade.
E atenção: uma comunidade onde cada um quer fazer sua jogada vai perder.
Vamos trazer um exemplo prático: Somos uma comunidade paroquial que enfrenta hoje
um grande desafio: atrair jovens para a vida pastoral, pois a comunidade está idosa e
precisa reagir à essa realidade.
2- A Pastoral Familiar possui muitos casais, entre eles muitos têm filhos jovens. Esses
casais apresentam o desafio de seus filhos não terem o interesse em participar da Igreja.
Muitos relatam que os filhos dizem não haver nada de interessante na paróquia. Eles não
querem ir à Missa.
3- A Pastoral Social relata ter dificuldades para trabalhar seus projetos sociais. Muitas
pessoas são idosas e não conseguem mais fazer visitas às famílias.
2 - A Pastoral Familiar junto com a Pastoral Social irá realizar um mutirão de visitas às
famílias carentes. Então, para ajudar convidou o Grupo de Jovens e os filhos dos
membros para atuarem nesse projeto social.
3- Observem que aqui nesta simples análise foi possível integrar diferentes pastorais com
diferentes serviços prestados à comunidade. Porém, o que há em comum é o objetivo
paroquial: aumentar o engajamento dos jovens.
Fatores que contribuem para a Pastoral de Conjunto
Conclusão:
Longe de trazer uma solução definitiva, minha proposta foi definir alguns pontos que
considero importantes para a vivência da Pastoral de Conjunto. Sei que não é um assunto
simples e que não será resolvido rapidamente.
VIVER
OBJETIVO: Levar o Conselho Pastoral à consciência de que “a igreja cresce por atração”
como bem nos lembra o Papa emérito Bento XVI.
OUVIR:
Peça aos conselheiros atenção para poder avaliar a ação pastoral em sua paróquia.
1 - Comunidade é uma vida que permeia todo nosso ser. Quais os processos de conversão
pastoral e pessoal que nossas comunidades e pessoas precisam assumir? Quais conversões
precisam ocorrer em nossa paróquia?
3 - Quais são os pequenos detalhes que podem levar às grandes mudanças na dinâmica
pastoral?
5 - A formação nos coloca em movimento, nos desinstala. Como é a nossa interação, a nossa
participação, e dos paroquianos, nesse movimento?
REZAR
VIVER
A partir da formação e do caminho de oração feito neste mês, elenque pontos que você
considera necessários para crescer em uma nova postura de adesão ao ensinamento que
tivemos, de que a Igreja cresce por atração. Lembre-se, não é um movimento vitimista, mas
de autoconhecimento e maturidade.
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5º ENCONTRO
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Para o Facilitador:
ATENÇÃO: A formação deste mês tem duração de 1h e 15min, por isso organize bem a
reunião do mês para que haja aproveitamento máximo do conteúdo.
Antes de exibir o vídeo, pedimos para que você contextualize a formação. O facilitador da
formação, Jean Ricardo, fala para o conselho paroquial acerca do tema a partir de um modelo
chamado Funil de Vendas. Ele organiza toda a formação a partir desse funil e transforma-o na
linguagem evangelizadora. É importante orientar que os conselheiros estejam totalmente
atentos para que possam compreender e colocar em prática nas ações de evangelização da
paróquia.
OUVIR:
REZAR:
Escolha de 2 a 3 dias na semana para rezar, peça ao Espírito Santo que te ilumine para novas
inspirações na perspectiva da evangelização na sua paróquia. Pense que sua missão é auxiliar
na realidade macro da ação evangelizadora. Pense em cada pastoral e pontue formas de
interação entre todas as pastorais para atingir as metas da paróquia.
VIVER:
A partir da formação e do caminho de oração feito neste mês, elenque pontos que você
considera necessários para crescer em uma nova postura de adesão à evangelização.
Lembre-se, como leigo, inserido no “mundo” somos chamados a ser protagonistas da
evangelização..
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6º ENCONTRO
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Para o Facilitador:
Veremos neste encontro 3 formações do Curso “Conexão 2.0” ministrado por Jean Ricardo.
É importante esclarecer que a gravação foi gravada em um contexto de curso e que existem
orientações que não se aplicarão aos conselheiros. Motive a atenção, pois ao final queremos
ouvir o que, de fato, cada participante compreendeu sobre o tema.
REZAR:
Utilize suas anotações da formação, a escuta feita dos demais irmãos conselheiros, os
seus anseios a partir da formação para a oração deste mês. Apresentamos também um
texto complementar em anexo para auxiliar na sua oração.
Colocamos também perguntas para sua reflexão pessoal. Estas, estarão disponíveis
após o texto anexo.
ANEXO I -
TEXTO COMPLEMENTAR: “Profissionais para evangelizar - Nossa razão de viver”
Quando falamos de evangelização, vem à nossa mente vários exemplos da vida de Jesus. Nos
deparamos com a alegria do anúncio, com as conversões, com a adesão ao plano de salvação.
Podemos olhar para a evangelização como algo belo, mas que é trabalho destinado para
outros. Ao mesmo tempo que vemos a beleza envolvente da dinâmica evangelizadora, nos
deparamos com tantas realidades que imputamos o processo a outros. Ora somos tímidos, ora
não temos tempo, ora “não sabemos falar”, ora temos preguiça.
Porém, se olharmos de fato para tudo isso e ficarmos numa postura de paralisia, certamente
as desculpas impedirão que tudo que reconhecemos como belo e essencial se esvaia pelos
nossos dedos.
Cada homem e mulher traz em si a marca da eleição de Deus que, por providência, soprou a
vida em nós. No tempo escolhemos vias que nos levaram a tantos lugares, mas podemos dizer
que nos encontramos diante dos portais do amor de Deus e seguimos.
Podemos pensar que a evangelização tem um receita certa, ouso dizer que tem um ingrediente
fundamental, o AMOR, mas como quem move a ação evangelizadora é o Espírito Santo, que
com toda Sua criatividade faz surgir coisas novas, por isso não há uma receita específica.
Olhamos para Jesus e imitamos seu método de amor e misericórdia, aqui novamente aparece
o ingrediente principal, o AMOR. A evangelização é AMOR.
Por isso, cada um de nós é convocado a compreender a evangelização como esse lugar de
abertura aos dons e à criatividade do Espírito Santo, bem como de ser profissionais nessa
evangelização.
Em todo tempo, olhemos para o Mestre Jesus, lembremos de Suas estratégias, observemos o
ensinamento das bem-aventuranças. Jesus utilizou da Sua expertise para ensinar o caminho
da santidade, usou a criatividade para facilitar a evangelização. Outro exemplo que recordo
agora é a Samaritana, com quem Jesus usou a estratégia da abertura aos dons do Espírito
Santos para tocar o coração daquela mulher, que ficou com sua alma escancarada para a
graça.
Não se esqueça, o AMOR é o ingrediente principal. Nos diz Santa Teresinha em seus
escritos: “No coração da Igreja, serei o Amor”, amor esse aprendido com o Mestre Jesus.
Por isso, avante! Sigamos e sejamos missionários do AMOR, Daquele que nos tocou e enviou
para anunciar a Boa Nova, ou seja Sua face, Sua misericórdia e Seu poder.