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Entendendo a

terminologia metrológica

As técnicas mais utilizadas para a Com o objetivo de elucidar as divergências existentes na utilização dos termos
análise de materiais são a Microscopia metrológicos: calibração, ajuste, resolução, sensibilidade e valor de uma divisão, na
Ótica e a Eletrônica. Conheça as indústria, comércio e no uso cotidiano, foi realizada uma pesquisa em dicionários, normas
especificidades. oficiais e vocabulário utilizado nas indústrias e fabricantes de instrumentos de medição.
pág 03 Nos últimos anos, muitas organizações vêm adotando sistemas de gestão da qualidade
com o objetivo de melhorar a qualidade dos produtos e serviços. Neste período os
Confira artigo sobre o acervo sistemas evoluíram, revisando antigos conceitos e criando novos. Estes sistemas se
documental e institucional do Brasil tornaram modelos para normas internacionais como a série ISO 9000, a série ISO 14000,
segundo o sistema regulatório. a ISO/TR 16949 e a ISO/IEC 17025.
pág 04 Em função deste novo comportamento, muitas organizações enfrentam grandes
dificuldades de interpretação das definições dos termos usados para adequar seus
RMRS divulga programação de cursos e sistemas de comprovação metrológica, exigidos para agregar confiabilidade aos
instrumentos de medição usados no controle da qualidade de produtos e processos.
eventos para 2010.
Saiba mais na página 10
pág 06

Ano 10, edição n° 76


INTERLABORATORIAL

RMRS oferece Programas


Os laboratórios que desejarem
Interlaboratoriais participar destes Programas
deverão preencher a ficha de
inscrição on-line

A Rede Metrológica do RS apresenta os seus Programas de • Programa de Ensaios de Proficiência em Análises


Ensaios de Proficiência/Comparações Interlaboratoriais de 2010. Microbiológicas em Águas – Inscrições até 19 de março. Parâmetros
As inscrições já estão abertas, para os programas descritos, e do Programa em Análises Microbiológicas em Águas:
podem ser realizadas através do site www.redemetrologica.com.br
Confira os Programas oferecidos: Bloco A (rodadas 1 e 3):
Amostra de água proveniente do Guaíba:
• Programa de Ensaios de Proficiência em Análises Ambientais • Coliformes Totais (Quantitativo) • Escherichia coli
- Inscrições até dia 08 de março. Parâmetros do Programa de (Quantitativo) • Contagem de Bactérias Heterotróficas
Análises Ambientais: (Quantitativo)
Amostra de Linhagem de Referência:
Bloco A (rodadas 1 e 3): • Coliformes Totais (Quantitativo) • Escherichia coli
Amostra Sintética (Quantitativo) • Contagem de Bactérias Heterotróficas
• Ferro total • Chumbo • Níquel • DQO • Nitrogênio (Quantitativo)
Amoniacal • Nitrato • Sulfato • Cianeto Bloco B (rodadas 2 e 4):
Efluente Amostra de água proveniente do Poço:
• Zinco • Manganês • Cádmio • Dureza • Cálcio • Coliformes Totais (Qualitativo) • Escherichia coli
Bloco B (rodadas 2 e 4): (Qualitativo) • Contagem de Bactérias Heterotróficas
(Quantitativo)
Amostra Sintética
Amostra de Linhagem de Referência:
• Alumínio • Cromo • Sódio • Fenóis • Fósforo total
• Surfactantes • Fluoreto • Cloreto • DBO • Coliformes Totais (Quantitativo) • Escherichia coli
(Quantitativo) • Contagem de Bactérias Heterotróficas
Água Natural
(Quantitativo)
• Sólidos Dissolvidos totais • Turbidez • pH
• Condutividade
• Programa de Ensaios de Proficiência em Análises de Bebidas
– Inscrições até 23 de março. Os parâmetros estarão disponíveis no
• Programa de Comparação Interlaboratorial em Temperatura e Plano de Ação do programa que será lançado em janeiro/fevereiro.
Umidade – Inscrições até dia 09 de março.

Instrumento: Termohigrômetro Digital


- Umidade Relativa (Sensor Interno): EI (Erro de Fique atento ao site www.redemetrologica.com.br
Indicação) e IM (Incerteza de Medição). link Interlaboratoriais. Os laboratórios que
Pontos: 30, 40, 50, 60, 70 e 80 %ur. desejarem participar destes Programas deverão
preencher a ficha de inscrição on-line e efetuar o
- Temperatura (Sensor Interno e Sensor Externo): EI (Erro
pagamento da taxa, conforme os Planos de Ações
de Indicação) e IM (Incerteza de Medição). de cada programa disponíveis no site.
Pontos: 10,0; 20,0 e 30,0 ºC.

Expediente Comitê executivo


Coordenadora: Maria Teresa Raya Rodrigues. Demais membros: Álvaro M. F.
Theisen, Boaz Ungaretti, Clóvis Masiero, Daniel Homrich da Jornada, Manuel Luiz
Conselho deliberativo Leite Zurita, Morgana Pizzolato. Secretário Executivo: João Carlos Guimarães Lerch
Presidente: Deomedes Roque Talini. Vice-Presidente: Paulo Presser. Conselheiros: Vento Comunicação Integrada - www.ventocom.net
Carlos Alberto Scolari, João Alziro Hertz da Jornada, Maria Tereza Raya, Rodriguez, Jornalista responsável: Aline Barilli Alves - Reg. n° 12358.
Naira Lobraico Libermann, Nilo Custódio Ardais, Assis Piccini, João Carlos Guimarães Lerch Projeto Gráfico e Diagramação: Tiago Casagrande.

02
Jornal da Metrologia
TECNOLOGIA

Microscopia eletrônica O princípio do funcionamento do

de varredura MEV consiste na emissão de feixes


de elétrons por um filamento de
tungstênio, mediante a aplicação
de uma diferença de potencial

As técnicas mais utilizadas para a análise de materiais são, a topografia da superfície da amostra e são os responsáveis pela
Microscopia Ótica e a Eletrônica. No caso da microscopia ótica, o obtenção das imagens de alta resolução, já os retroespalhados
contraste da imagem é resultado da diferença de refletividade da luz fornecem imagem característica de variação de composição química
nas diversas regiões da microestrutura, uma vez que o sistema é da superfície da amostra.
constituído basicamente pela fonte de iluminação e do sistema de Quanto a preparação das amostras são necessárias condições:
lentes.
• As amostras devem ser sólidas;
A microscopia óptica
• Deve ser isentas de umidade, óleo ou contaminações que
possui limitação de amplia-
possam interagir com o feixe de elétrons;
ção máxima de 2.000x. Já
para a microscopia eletrônica • Devem ser compostas por um material condutor. Caso não
de varredura, a ampliação sejam, devem ser recobertas com ouro ou alumínio (Processo de
pode atingir 300.000x, além Metalização).
da alta resolução quando O microscópio eletrônico do Laboratório Industrial do SENAI-
comparado ao microscópio CETEMP foi adquirido via projeto Finep, marca Shimadzu, modelo SSX-
óptico. 550 com EDX acoplado ao sistema.
O princípio do funciona- Diversos trabalhos técnicos já foram prestados no CETEMP, entre
mento do MEV consiste na análise de areias de fundição, estudo de resíduos industriais, análise
emissão de feixes de elétrons por um filamento de tungstênio, de polímeros fraturados, bandas de borracha vulcanizada, metalografia
mediante a aplicação de uma diferença de potencial que pode variar de de aços, análise de falha de componentes mecânicos, medição de
0,5 até 30 KV. Essa variação de voltagem permite a variação da camada depositada.
aceleração dos elétrons, e também provoca o aquecimento
do filamento. Com a possibilidade de realização da
composição química pontual através do EDX (Energy
Dispersive X-Ray), possibilitando identificar informações
qualitativas e quantitativas da superfície da amostra.
Na microscopia eletrônica de varredura os sinais de
maior interesse para a formação da imagem são os elétrons
secundários e os retroespalhados. A medida que o feixe de
elétrons primários vai varrendo a amostra estes sinais vão
sofrendo modificações de acordo com as variações da
Figura 1: Observação de uma solda em circuito elétrico. Aumento: 500x.
superfície. Os elétrons secundários fornecem imagem de
fonte SENAI CETEMP

03
# 76
Acervo Documental e ARTIGO TÉCNICO

Institucional do Sistema Cabe ao Inmetro a


responsabilidade pela atualização

Regulatório Brasileiro do acervo da regulamentação


técnica no país

O presente artigo faz uma abordagem do sistema regulatório Acervo documental e institucional
brasileiro segundo a identificação do acervo documental e institucional
do Brasil. Por meio de pesquisa foi possível a identificação dos acervos
documentais (leis e resoluções) e alguns acervos institucionais
A definição de Regulamento introduzido na legislação (organismos com autoridade governamental para emitir RT) do sistema
brasileira regulatório brasileiro. Por força da Resolução Conmetro nº 5, de 4 de
setembro de 1995, foi aprovado o documento “Regulamentação
1.1 Regulamento - sob a responsabilidade do Estado e controlado Técnica Federal: Diretrizes para Elaboração, Revisão e Revogação”, que
por uma autoridade por ele designada, constitui-se em documento atribui ao Inmetro a responsabilidade pela atualização do acervo da
normativo que visa “estabelecer regras de caráter obrigatório que é regulamentação técnica no País, cabendo-lhe notificar os organismos
adotado por uma autoridade” (ABNT ISO/IEC 2:2006). internacionais, publicar anualmente um catálogo das regulamentações
técnicas vigentes no País. Essa é a responsabilidade que exerce na
1.2 Regulamento técnico - sob a responsabilidade do Estado e
qualidade de organismo notificador ou ponto focal da regulamentação
controlado por uma autoridade por ele designada, constitui-se em
técnica brasileira em sua área de competência, denominada “enquiry
documento normativo que visa “estabelecer requisitos técnicos, seja
point” junto a OMC.
diretamente, seja pela referência ou incorporação do conteúdo de uma
norma, de uma especificação técnica ou de um código de prática”
(ABNT ISO/IEC 2:2006). Acervo documental
1.3 Regulamento técnico - no Brasil, a conceituação de regula-
mento técnico foi estabelecida em 1988 pelo Conselho Nacional de A exemplo de alguns países industrializados e do que recomenda a
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro), que Organização Internacional de Metrologia Legal (OIML) –que
acordou a seguinte definição: “Regulamento Técnico é um documento disponibiliza aos países membros recomendações gerais para a
que estabelece características de um produto ou processo a ele estruturação de um sistema de metrologia legal (Elements for a law on
relacionado e métodos de produção, incluindo as cláusulas administra- Metrology. OIML D 1, 2004)–, no Brasil não existe uma lei específica
tivas aplicáveis, com as quais a conformidade é obrigatória. Este sobre regulamentação técnica. A legislação vigente fundamenta-se em
documento pode, também, incluir, ou tratar exclusivamente de um conjunto de leis e resoluções. Na pesquisa bibliográfica conduzida
requisitos de terminologia, símbolos, embalagens, marcação, no âmbito do presente artigo, as leis e resoluções governamentais
rotulagem e como eles se aplicam a um produto, processo ou método abaixo caracterizadas estabelecem a base do sistema regulatório
de produção” (Resolução 11/75). brasileiro.

04
Jornal da Metrologia
• Lei nº. 5966, de 11 de dezembro de 1973 - Lei de criação do • Resolução do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial Comércio Exterior nº. 03, de 06 de maio de 2008 - Dispõe sobre a
(Inmetro); do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e aprovação do Plano de Implantação Assistida do Guia de Boas Práticas
Qualidade Industrial (Conmetro) e do Sistema Nacional de Metrologia, de Regulamentação.
Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro); • Resolução do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
• Lei nº. 9933, de 20 de dezembro de 1999 - Lei que dispõe sobre Comércio Exterior nº. 05, de agosto de 2009 - Dispõe sobre Aprovação
as competências do Conmetro e do Inmetro, institui a Taxa de Serviços do Plano de Implantação Assistida da Estratégia Brasileira de
Metrológicos, e dá outras providências. Normalização.
• Resolução Conmetro nº. 11/75, de 29 de abril de 1976 -
Resolução que define regulamento técnico: Acervo institucional
• Resolução Conmetro nº. 02, de 08 de janeiro de 1992 -
Resolução que determina ao Inmetro que, em um prazo de seis meses, O presente trabalho identificou os diversos órgãos
articulado com os órgãos de governo envolvidos, avalie caso a caso a regulamentadores federais com responsabilidade pela emissão de RT
necessidade de editar as antigas Normas Brasileiras Compulsórias e ou pelo processamento e disseminação de informação sobre
Referendadas como Regulamentos Técnicos; regulamentos técnicos de produtos, processos ou serviços
• Resolução Conmetro nº. 06, de 24 de agosto de 1992 - regulamentados no Brasil. Como recorte da pesquisa, esta focalizou
Resolução que aprova o documento em anexo à Resolução "Novo apenas os organismos regulamentadores voltados ao comércio.
Modelo para Elaboração de Normas Técnicas no Brasil" como termo de Seguem listados, a seguir, alguns dos múltiplos atores identificados
referência para atividade de Normalização e Regulamentação Técnica; que integram o sistema regulatório brasileiro. Cabe aqui informar que
• Resolução Conmetro nº. 04, de 26 de maio de 1993 - Resolução esta informação identificada pelo trabalho não estava disponível de
que cria Grupos de Trabalho com o objetivo de propor critérios básicos forma integrada e, ainda hoje, não se encontra divulgada na página web
para harmonização da emissão de Regulamentos Técnicos do Ponto Focal brasileiro. Confira a lista completa no site
governamental; www.redemetrologica.com.br
• Resolução Conmetro nº. 01, de 19 de maio de 1995 - Resolução No Brasil não existe uma lei específica sobre regulamentação
que aprova o documento "Modernização da Regulamentação Técnica - técnica. A legislação vigente fundamenta-se em um conjunto de leis e
Contribuição à Reforma do Estado como referência para a elaboração e resoluções.
revisão da Regulamentação Técnica o Brasil”; Não há informação disponível de forma integrada para identificar e
• Resolução Conmetro nº. 05, de 04 de setembro de 1995 - caracterizar os diversos órgãos regulamentadores com
Resolução que aprova o documento "Regulamentação Técnica Federal responsabilidade pela emissão de RT ou pelo processamento e
- Diretriz para Elaboração, Revisão e Revogação" ; disseminação de informação sobre regulamentos técnicos de
produtos, processos ou serviços regulamentados no Brasil. O presente
• Resolução Conmetro nº. 02, de setembro de 1996 - Dispõe
artigo identificou 29 desses organismos.
sobre as Diretrizes para Notificação no Âmbito do Acordo sobre
Barreiras Técnicas;
• Resolução Conmetro nº. 02, de 09 de junho de 2005 -
Fonte: Silva, J.K. Almeida - Universidade do Grande Rio -
Resolução que criou o Comitê Brasileiro de Regulamentação - CBR e a UNIGRANRIO: Professor Colaborador/Secretaria de Educação
adoção de práticas voltadas à elaboração de Normas e Regulamentos do Estado do Rio de Janeiro - SEE/RJ: Professor I
Mestre em Metrologia Qualidade e Inovação - PUC - Rio: 2007
(Situação: Em vigor).

05
# 76
Confira a programação de cursos em 2010

Sistema de Gestão para Laboratórios de


03 a 05/03 20 horas-aula Assoc.: R$ 600,00. Não-assoc.: R$ 720,00
Ensaios e de Calibração ISO/IEC 17025:2005
Março

16 e 17/03 Auditoria Interna 16 horas-aula Assoc.: R$ 480,00. Não-assoc.: R$ 576,00

Avaliação da Eficácia no treinamento -


22/03 08 horas-aula Assoc.: R$ 240,00. Não-assoc.: R$ 288,00
Análise da Norma ISO 10015:2001
Abril

05 a 30/04 III Semana da Qualidade das Medições - Caxias do Sul/RS Evento

03 e 04/05 Estatística Aplicada àIncerteza das Medições 16 horas-aula Assoc.: R$ 480,00. Não-assoc.: R$ 576,00

Estimativa da Incerteza de Medição


05 a 07/05 24 horas-aula Assoc.: R$ 720,00. Não-assoc.: R$ 864,00
para Laboratórios de Ensaios e de Calibração
Maio

17/05 Elaboração de Documentos do Sistema de Gestão 08 horas-aula Assoc.: R$ 240,00. Não-assoc.: R$ 288,00

27 e 28/05 VIII Jornada de Oficinas Analíticas Evento

08/06 Análise Crítica de Certificados de Calibração 08 horas-aula Assoc.: R$ 240,00. Não-assoc.: R$ 288,00
Junho

Análise e Interpretação da ABNT NBR ISO


09 e 10/06 14001:2004 – Sistemas de Gestão Ambiental – 16 horas-aula Assoc.: R$ 480,00. Não-assoc.: R$ 576,00
requisitos com orientações para o uso

Gerenciamento de Resíduos Químicos e


22 e 23/06 16 horas-aula Assoc.: R$ 480,00. Não-assoc.: R$ 576,00
Biológicos de Laboratórios

Semana da Qualidade das Medições


05 a 14/07 Evento
do Vale do Taquari - Lajeado/RS

Sistema de Indicadores de
12 e 13/07 12 horas-aula Assoc.: R$ 360,00. Não-assoc.: R$ 432,00
Julho

Desempenho de Laboratórios

19/07 Biossegurança para Laboratórios de Ensaios 20 horas-aula Assoc.: R$ 600,00. Não-assoc.: R$ 720,00

Sistema de Gestão da Qualidade BPL -


28 a 30/07 20 horas-aula Assoc.: R$ 600,00. Não-assoc.: R$ 720,00
Boas Práticas de Laboratórios

06
Jornal da Metrologia
04 a 06/08 II Encontro de laboratórios da Rede Metrológica RS Evento
Agosto

09 e 10/08 Validação de Métodos – Curso Avançado 16 horas-aula Assoc.: R$ 600,00. Não-assoc.: R$ 720,00

Método de Monte Carlo para cálculo da Incerteza -


23 e 24/08 16 horas-aula Assoc.: R$ 480,00. Não-assoc.: R$ 576,00
Introdução ao suplemento 01 da GUM - NOVO

25/08 14 Ferramentas da Qualidade 08 horas-aula Assoc.: R$ 240,00. Não-assoc.: R$ 288,00

Práticas da Qualidade que


03/09 08 horas-aula Assoc.: R$ 240,00. Não-assoc.: R$ 288,00
utilizam material biológico

13 e 14/09 CEP - Controle Estatístico de Processo 16 horas-aula Assoc.: R$ 600,00. Não-assoc.: R$ 720,00
Setembro

Semana da Qualidade das Medições


20 a 29/09 Evento
Espírito Santo (a confirmar)

23 e 24/09 Formação de Auditores Internos BPL - NOVO 16 horas-aula Assoc.: R$ 480,00. Não-assoc.: R$ 576,00

27/09 Técnicas de Coleta e Preservação Assoc.: R$ 240,00. Não-assoc.: R$ 288,00


08 horas-aula
de Amostras Ambientais

01/10 Tratamento de Não-Conformidades 08 horas-aula Assoc.: R$ 240,00. Não-assoc.: R$ 288,00


Outubro

04 e 05/10 Tópicos Avançados em Incerteza de Medição 16 horas-aula Assoc.: R$ 480,00. Não-assoc.: R$ 576,00

08/10 Metrologia Básica Industrial 08 horas-aula Assoc.: R$ 240,00. Não-assoc.: R$ 288,00

27 a 29/10 Gerenciamento de Resíduos Sólidos - NOVO 20 horas-aula Assoc.: R$ 600,00. Não-assoc.: R$ 720,00

05/11 Confiabilidade Metrológica 08 horas-aula Assoc.: R$ 240,00. Não-assoc.: R$ 288,00


Novembro

Interpretação de Ensaios de Toxicidade


10/11 08 horas-aula Assoc.: R$ 240,00. Não-assoc.: R$ 288,00
no Monitoramento Ambiental

11/11 XIII ELAM - Encontro de Laboratórios de Análises Ambientais Evento

22 a 26/11 Lead Assessor NBR ISO/IEC 17025 40 horas-aula Assoc.: R$ 1683,00. Não-assoc.: R$ 1944,00
Dez

01/12 Etiquetagem Têxtil - NOVO 08 horas-aula Assoc.: R$ 240,00. Não-assoc.: R$ 288,00

Local de realização: Os cursos serão realizados na Macro Office, Rua Piauí, 183, Porto Alegre, RS, Brasil. Informações: (51) 3347 87 45 –
email: eventos@redemetrologica.com.br . Inscrições: Através do site da Rede Metrológica RS - www.redemetrologica.com.br –Link/ Cursos e eventos.
*almoço não incluso no investimento.

07
# 76
Contagem de MERCADO

cianobactérias pelo Uma ferramenta para


as companhias de
método Sedgwick-rafter saneamento

As cianobactérias, conhecidas também como cianofíceas ou algas água para tratamento. O lançamento de efluentes domésticos,
azuis, fazem parte do fitoplâncton e são assim identificadas pela industriais e agrícolas nos corpos de água promove um aumento na
taxonomia moderna. Elas apresentam tanto características de algas concentração de nutrientes como nitrogênio e fósforo, o que denomina-
(sistema fotossintetizante) quanto de bactérias (ausência de núcleo e mos EUTROFIZAÇÃO. Este fenômeno de desequilíbrio ecológico,
plastos, reprodução assexuada, composição glicoprotéica específica somado a fatores como represamento das águas, intensidade
da parede celular). São organismos de extrema importância em luminosa adequada e temperaturas em torno dos 250C, fazem com
ecossistemas aquáticos por serem produtores primários, estando na que as cianobactérias apresentem altas taxas de reprodução.
base da cadeia alimentar, enquanto no solo participam do processo de Episódios de florações tornam-se especialmente graves quando estas
fertilização através da fixação de nitrogênio. Apesar disto, hoje em dia cianobactérias produzem toxinas.
quando se fala em cianobactérias lembra-se principalmente dos O problema da intoxicação humana por cianotoxinas veio à tona
efeitos deletérios destas algas em seu ecossistema e no risco que no Brasil em 1996, através do triste episódio de Caruaru, Pernambuco,
podem trazer à saúde humana. Algumas espécies de cianobactérias em que pacientes de uma clínica de hemodiálise faleceram após
são potencialmente tóxicas. As cianotoxinas são produtos do metabo- procedimento com água contaminada por microcistina, toxina
lismo secundário destas algas, dividindo-se basicamente em neuroto- produzida principalmente pela alga Microcystis. O histórico de
xinas, hepatotoxinas e toxinas irritantes à pele. Cada uma com estrutura problemas com cianotoxinas fez com que o monitoramento de
química e características toxicológicas peculiares. cianobactérias passasse a ser exigido, dentre outros parâmetros, para
Brevemente, neurotoxinas agem sobre o sistema nervoso central estabelecimento dos padrões de potabilidade da água por meio da
provocando paralisia muscular e podem ser produzidas pelos gêneros Portaria 1469 do Ministério da Saúde, em 2000, posteriormente
Anabaena, Oscillatoria, Aphanizomenon e Cylindrospermopsis. As substituída pela Portaria 518, em 2004, a qual permanece em vigor.
hepatotoxinas, como o próprio nome indica, podem promover danos ao Para atender as determinações desta portaria, os responsáveis
fígado de forma aguda causando hemorragias ou danos crônicos como pela operação de sistema de abastecimento de água devem expressar
o desenvolvimento tumoral, sendo produzidas principalmente por os resultados do monitoramento (contagem) de cianobactérias nas
Microcystis, Anabaena, Oscillatoria e Planktothrix. captações de mananciais de superfície em número de células por
As cianobactérias vêm sendo motivo de preocupação para as mililitro (mL). Para isto a técnica de Sedgwick-Rafter é uma ferramenta
empresas responsáveis pelo abastecimento público de água, pois são bastante utilizada. O objetivo deste método é a caracterização dos
cada vez mais freqüentes os episódios de florações (proliferação gêneros de algas presentes na amostra e sua contagem. Uma vez
excessiva) destas algas nos mananciais utilizados para captação de obtida a amostra no manacial, esta chega ao laboratório onde passa
Apoio

Soluções em Metrologia

(51) 3345.2266
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08
Jornal da Metrologia
por um processo de concentra- realizada com auxílio de um
ção, quando necessário, por micrômetro (lâmina de vidro
centrifugação. Esta etapa tem contendo uma régua milimetra-
duração de 20 minutos e uma da) com medidas de referência.
vez concluída, a amostra já Este micrômetro é colocado
pode ser analisada ao sobre a platina do microscópio
microscópio. Uma alíquota é e, obser vando na ocular,
então colocada em uma sobrepõe-se as linhas do
câmara de vidro com capacida- retículo de Whipple às da régua.
de para 1mL chamada Câmara Obtém-se assim, a verdadeira
de Sedgwick-Rafter, a qual dimensão do retículo e utiliza-se
confere o nome à técnica, onde o valor encontrado para a
procede-se a identificação e correção do valor final de
contagem das algas. O número de células e, se
microscópio óptico utilizado necessário, área ocupada por
deve estar equipado com um retículo de Whipple calibrado numa das elas (UPA, unidade padrão de área).
oculares. Este retículo é um quadrado subdividido em cem células A rapidez com que se podem obter os resultados através deste
medindo 1mm2 cada, sendo uma célula central subdividida em 25 método é a principal vantagem de sua utilização, pois permite que se
quadrados de 400µm2, e auxilia na determinação dos limites do tomem providências com relação ao tratamento da água, quando
campo de contagem, bem como na obtenção do número de células da necessário (um caso de floração de cianobactérias, por exemplo), de
amostra e suas medidas. É importante que este retículo seja calibrado forma ágil e segura.
para uma maior precisão nos resultados obtidos. Esta calibração é Fonte: Juliana Karl Frizzo Bióloga DEAL/SUTRA - CORSAN

09
# 76
TERMINOLOGIA

Entendendo a
terminologia metrológica Nos últimos anos, muitas
organizações vêm
adotando sistemas de
gestão da qualidade

1. INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, muitas organizações vêm EXATIDÃO, ACURÁCIA E ACURACIDADE: Suas definições foram
adotando sistemas de gestão da qualidade com o objetivo de melhorar retiradas do dicionário Houaiss, dicionário Michaellis, VIM e manual de
a qualidade dos produtos e serviços. Neste período os sistemas operação de instrumento (Multímetro de seis dígitos e meio da Agilent -
evoluíram, revisando antigos conceitos e criando novos. Estes sistemas modelo HP34420).
se tornaram modelos para normas internacionais como a série ISO
9000, a série ISO 14000, a ISO/TR 16949 e a ISO/IEC 17025.
Definição
Em função deste novo comportamento, muitas organizações
enfrentam grandes dificuldades de interpretação das definições dos Exatidão Acurácia
termos usados para adequar seus sistemas de comprovação metrológi- Proximidade entre o valor
Absoluta justeza na obtido experimentalmente e o
ca, exigidos para agregar confiabilidade aos instrumentos de medição Dicionário determinação de medida,
Houaiss valor verdadeiro na medição
peso, valor etc
usados no controle da qualidade de produtos e processos. de uma grandeza física.
2. DEFINIÇÕES: As definições dos termos calibração, ajuste,
exatidão, acurácia, acuracidade, resolução, sensibilidade e valor de Propriedade de uma grandeza
Dicionário Rigor na determinação de física que foi obtida por
uma divisão estão resumidas nas tabelas 1, 2 e 3. Michaellis medida, peso, valor etc. processos ou instrumentos
isentos de erro.
CALIBRAÇÃO E AJUSTE: Estas definições foram extraídas das
normas da série ISO 9000, ISO 10000 e do VIM (Vocabulário ISO-9001 (2000) Não define. Não define.
Internacional de Metrologia). Não foram utilizadas definições
encontradas nos dicionários, pois seus significados fogem do conceito ISO-10012 (1993) Não define. Não define.

metrológico. Grau de concordância entre


VIM (2008) o resultado de uma medição Não define.
e o valor verdadeiro.
Definição
Manual de operação Valor da incerteza de
Comparação/ Ajuste para coincidir
de equipamento medição estimada por Exatidão em inglês.
verificação contra multímetro digital uma calibração.
com um padrão agilent HP34420
um padrão
ISO 9001 (1994) Calibração Ajuste
ISO 9001 (2000) Calibração Ajuste RESOLUÇÃO, SENSIBILIDADE E VALOR DE UMA DIVISÃO: Suas
definições foram extraídas do dicionário Houaiss, dicionário Michaellis,
VIM (2008) Calibração Ajuste VIM e manual de operação de instrumento.

10
Jornal da Metrologia
O vocabulário internacional de metrologia (VIM) considera a
Definição
exatidão um conceito qualitativo. Em virtude desta definição, podemos
Resolução Sensibilidade considerar a figura 2 como uma representação de exatidão, pois todos
O significado não é
Menor sinal de entrada capaz os acertos atingiram o alvo.
Dicionário de produzir, num sistema, um
representativo para
Houaiss metrologia.
sinal de saída com as 3. USO DOS TERMOS NO COTIDIANO: Relógio de pulso: muitos
características específicas.
comerciais de TV informam que determinado relógio possui grande
Capacidade de aparelhos ou precisão, isto é, não atrasa ou adianta; Táxi: muitos motoristas de táxi
O significado não é instrumentos de reagir à mínima
Dicionário representativo para ação ou variação de influências realizam a aferição de seu taxímetro. Neste caso é comparado com um
Michaellis metrologia. externas, tais como peso,
pressão, temperatura etc. valor de referência para evidenciar sua exatidão; Emissão de gases: o
DETRAN normalmente utiliza o termo “aferição” para verificar se a
ISO-9001 (2000) Não define. Não define.
emissão de gases poluentes está dentro do recomendado; Vidraria
ISO-10012 (1993) Não define. Não define. volumétrica de laboratório: alguns fabricantes utilizam o termo aferição
Menor diferença entre Variação da resposta de um para colocar uma marca (menisco) em um material volumétrico para
VIM (2008) indicações de um dispositivo instrumento de medição indicar sua capacidade.
mostrador que pode ser dividida pela correspondente
significativamente percebida. variação do estímulo. 4. CONCLUSÕES: A metrologia legal quando usada no meio
Manual de operação Relação do máximo valor Capacidade do equipamento popular, mesmo liderada pelo INMETRO, não segue as definições
de equipamento que pode ser mostrado em responder a pequenas
multímetro digital dividido pelo mínimo valor padronizadas usadas na área metrológica. No caso das indústrias e
agilent HP34420 mudanças no sinal de entrada.
em uma faixa selecionada. fabricantes de instrumentos de medição este mau uso da padronização
é a nível internacional.
EXATIDÃO X PRECISÃO: A precisão geralmente é expressa como Existe a necessidade de padronização da linguagem e suas
exatidão, o que não é recomendado pelo VIM. Um entendimento mais claro definições, como também sua divulgação de forma abrangente em
sobre a diferença entre os termos é demonstrado nas figuras a seguir: escolas técnicas, centros universitários, órgãos oficiais e etc.
Observando as diversas definições para os termos abordados,
podemos concluir que a melhor forma de uso, é a que seja adequado a
exigência de um documento, norma, método ou lei, no momento de sua
aplicação.
Exato e preciso 5. BIBLIOGRAFIA
Figura 1 ABNT, INMETRO, SBM. Guia para a Expressão da Incerteza de Medição,
segunda edição brasileira, Rio de Janeiro, 1998.
ABNT, NBR ISO-16949:2002 - Sistemas de Gestão da Qualidade –
Requisitos particulares para aplicação da ISO 9001:2000 para organiza-
ções de produção automotiva e peças de assistência relevantes.
Exato e ABNT, NBR ISO/IEC-17025:2001 - Requisitos gerais para competên-
sem precisão cia de laboratórios de ensaio e calibração.
Figura 2 ABNT, NBR ISO-9001:2000 – Sistemas de Gestão da Qualidade.
ABNT, NBR ISO-10012:1992 (Parte I) Requisitos de garantia da
qualidade para instrumento de medição (Parte 1: Sistema de comprovação
metrológica para instrumento de medição).
ABNT, NBR ISO-10012:1993 (Parte II) Requisitos de garantia da
qualidade para equipamento de medição (Parte 2: Diretrizes para controle
Sem exatidão de processos de medição).
e preciso
Dicionário Houaiss [on-line], disponível na INTERNET via
Figura 3
http://houaiss.uol.com.br. Consultado em 12 de maio de 2005.
Dicionário Michaellis [on-line], disponível na INTERNET via
http://www2.uol.com.br/michaelis/. Consultado em 12 de maio de 2005.
INMETRO, Vocabulário de metrologia legal, 3a. ed. Rio de Janeiro,
INMETRO, 2003. 27p.- ISBN 85-87090-88-7.
Sem exatidão INMETRO, Vocabulário Internacional de Metrologia, 3a edição, 2008.
e sem precisão INMETRO, DOQ-CGCRE-008 Revisão: 01de março de 2003.
Figura 4

Fonte: Silva, Jorge Kenedy Almeida - UNIGRANRIO

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# 76
NOVIDADE

Gerenciamento de Tratamento e a destinação final

Resíduos Sólidos dos resíduos produzidos em


instituições, unidades de saúde,
indústrias, comunidades ou
municípios para redução dos
impactos ambientais

A RMRS está oferecendo o curso Gerenciamento de resíduos Conheça os temas abordados durante a atividade:
sólidos com o objetivo de apresentar os fundamentos teóricos e
• Sistema de Gestão Ambiental
técnicos da segregação, manejo, tratamento e da destinação final dos
• Diagnóstico e Planejamento Ambiental
resíduos produzidos em instituições, unidades de saúde, indústrias,
comunidades ou municípios para redução dos impactos ambientais e • Resíduos domésticos e industriais
elevação do nível de qualidade de vida da população. • Legislação e Normas Técnicas aplicadas aos Resíduos Sólidos
Com um diversificado conteúdo programático que compõe 20 • Epidemiologia Aplicada aos Resíduos Sólidos
horas aula, os profissionais das áreas de Engenharia, Educação, Saúde, • Drenagem e proteção das águas superficiais e subterrâneas
Meio Ambiente, que atuam, ou desejam atuar, no manejo, tratamento e
• Manejo de resíduos sólidos e Limpeza Urbana
destinação final de resíduos sólidos ou na elaboração de projetos de
reciclagem e Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde em • Tratamento e disposição final de resíduos sólidos
empresas e municípios irão agregar muito conhecimento durante o • Projeto, construção e operação de Aterros Sanitários
curso. • Educação Ambiental Aplicada a Gestão de Resíduos Sólidos
• Resíduos Sólidos dos Serviços de
Saúde
• Gerenciamento dos Resíduos
Líquidos
• Políticas Públicas aplicada aos
resíduos sólidos
• Gestão de resíduos sólidos em
municípios: dificuldades & desafios

O curso ocorrerá nos dias 27, 28 e 29


de outubro de 2010 na Macro Office, rua
Piauí, 183, Porto Alegre, RS. Inscrições
através do site da Rede Metrológica RS
www.redemetrologica.com.br link cursos e
eventos ou pelo telefone: (51) 3347 8745.

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Jornal da Metrologia

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