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Escola Secundária de Barcelos

Biologia

Método contracetivo cirúrgico feminino

Docente: Maria Clara Dantas


Discentes: Ana Rita Correia, nº1, 12ºC
Ana Sofia Soucasaux,nº2, 12ºC
Francisca Duarte,nº5 , 12ºC
Maria João Vale, nº , 12ºC
Data de entrega: 10-1-2022
Introdução

Os métodos contracetivos são os métodos utilizados para se prevenir uma


gravidez, são bastante diferenciados entre eles existindo opções para a mulher e para
o homem. Variam desde preservativos, a medicamentos, a intervenções cirúrgicas,
entre muitos outros. Cada um funciona de forma diferente, enquanto uns impedem a
ovulação outros consistem em conhecer bem o período fértil para nele evitar ter
relações sexuais.
O facto de existirem tantos métodos contracetivos para ambos os sexos
permite que possa ser feita uma escolha individualizada, baseando-se esta escolha em
fatores como se o indivíduo deseja ou não ter filhos futuramente, qual é a
disponibilidade económica da pessoa, qual a sua constituição física e psicológica, o
nível de eficácia que pretende obter, o nível de comprometimento e qual a
responsabilidade do casal, entre muitos outros fatores.
Neste trabalho vamos especificamente abordar um destes métodos, o método
contracetivo cirúrgico feminino, esperamos no final da realização de toda a pesquisa
sobre o procedimento desta cirurgia conseguir estar devidamente informadas e
preparadas para o debate.

O que é e como atua o método contracetivo cirúrgico feminino?

O método contracetivo cirúrgico feminino denomina-se de laqueação das


trompas ou esterilização tubária, este consiste na interrupção das trompas de Falópio,
ou seja, no impedimento da união dos espermatozoides com o óvulo, impossibilitando
assim uma possível gravidez.
Este método é definitivo e irreversível e atua da seguinte forma: a mulher é
sujeita a uma intervenção cirúrgica, na qual é feita a interrupção da integridade das
trompas de Falópio com o objetivo de impedir a fecundação do óvulo por um
espermatozoide, ou seja, tanto a mulher como o homem continuam a produzir
gâmetas. Apesar de o óvulo não sair das paredes do útero, permanece no seu ciclo
menstrual de crescimento e de descamação, a mulher continua a ter menstruação.
Nas mulheres, este procedimento é mais complicado. No entanto, para realizar uma
esterilização tubária podem ser usadas diferentes abordagens: laparoscopia,
minilaparotomia e histeroscopia.

Como é realizado o procedimento desta cirurgia?

A laqueação das trompas por laparoscopia é


um procedimento cirúrgico no qual a mulher tem de
estar sob anestesia geral. Inicialmente são feitas duas
pequenas incisões no abdómen, uma na região do
umbigo e outra junto do osso da bacia. De seguida, é
inserido pelo umbigo, um sistema óptico e,
posteriormente, podem ser utilizados sistemas de coagulação, tal como energia
ultrassónica, elétrica bipolar ou laser, para destruir parcialmente as trompas, ou
podem ser colocados clipes ou anéis para interromper a sua continuidade.

Mas este processo não é um pouco invasivo?

Foi desenvolvido recentemente um método alternativo muito menos invasivo,


a laqueação das trompas por histeroscopia. Neste procedimento, que não requer
anestesia geral, o acesso é feito por via vaginal.
A “Técnica Essure”, na qual era inserido um objeto estranho nas trompas, como
o Essure, causava uma reação do sistema imunológico da mulher, provocando
inflamação e o posterior crescimento de tecido cicatricial, o que provocava o
fechamento das trompas. No entanto, esta técnica já não é realizada em Portugal
desde 2017,devido ao elevado número de complicações. Atualmente, é inserido ,pela
vagina, um dispositivo que vai penetrar no útero através do colo - histeroscópio -  no
qual são colocados microimplantes que vão provocar o aparecimento de tecido
cicatricial, obstruindo as trompas. Estes dois microimplantes, um para cada trompa,
custam cerca de 1050 euros, contudo são comparticipados pelo Estado. Apesar de ser
um procedimento menos invasivo, requer cerca de três meses até atingir o objetivo,
nos quais é feito um exame de imagem para verificar o posicionamento dos
microimplantes, pelo que, durante esse tempo é necessário recorrer a outro método
contracetivo.
Curiosidades:
 Nos últimos anos, a esterilização histeroscópica começou a ser mais escolhida
pelas mulheres, uma vez que é feita no consultório médico, sem recurso a
anestesia geral.
 Em relação à técnica de Essure, frequentes casos de dor pélvica crônica e
sangramentos uterinos foram os problemas que levaram a acabar com a
comercialização do método

A última abordagem de laqueação das trompas é por minilaparotomia, que só é


realizada geralmente em casos no pós-parto imediato ou quando a laparoscopia está
contraindicada por motivos médicos ou não se conseguiu efetuar em segurança. Neste
procedimento, no qual a anestesia pode ser locorregional ou geral, é feita uma
abertura única e maior da parede abdominal. De seguida, é retirado um fragmento
tubário de cada uma das trompas.

Curiosidades:  
 Este procedimento cirúrgico pode ser feito durante outra laparoscopia 
 Este processo tem, em geral, uma eficácia de cerca de 99%, ou seja, a cada 100
mulheres que realizam o procedimento, 1 engravida, o que pode estar
relacionado com o tipo de laqueação realizada, estando principalmente
relacionado com a laqueação por laparoscopia, que envolve a colocação de

anéis ou clipes na trompa.


Curiosidades:
 Este tipo de laqueação, pode ser efetuada durante a intervenção de cesariana
ou qualquer outra cirurgia por laparotomia.
Quais são as vantagens e desvantagens deste método contracetivo?

Vantagens:
 Método muito seguro,com uma taxa de falha muito reduzida e eficácia
permanente;
 Não interfere no desempenho sexual nem no normal funcionamento dos
órgãos sexuais;
 Método não hormonal;
 Procedimento simples com baixo risco de complicações (à exceção da” Teoria
de Essure” que já não é realizada); 
 Não se altera o funcionamento hormonal do organismo;
 inalteração dos ciclos menstruais; 
 Não modifica o peso nem os pelos do corpo.

Desvantagens:

 Não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis, o que torna


importante o uso de um método de barreira com essa finalidade,como por
exemplo o preservativo;
 a irreversibilidade do procedimento uma vez que algumas mulheres poderão se
arrepender da decisão que tomaram e desejarem engravidar;
 Possibilidade de gravidez ectópica.

Conclusão

Para concluir, consideramos este método contracetivo ótimo para as mulheres


que têm a certeza que não vão querer ter filhos no futuro, uma vez que é uma cirurgia
permanente e irreversível. Se assim for, este método revela-se muito seguro e
altamente eficaz, não perturba os níveis hormonais ou o ciclo menstrual e ainda
apresenta alguma variabilidade de técnicas que se podem escolher. É importante que
se eduque mais a comunidade (principalmente feminina) sobre estas opções, pois
apesar de serem menos procuradas, é sempre importante sabermos o que temos à
disposição no que diz respeito a métodos contracetivos. Enquanto mulheres, a
realização deste relatório permitiu que nos informássemos mais sobre as nossas
possibilidades a nível contracetivo. 

Bibliografia

 https://www.hospitaldaluz.pt/pt/dicionario-de-saude/laqueacao-das-trompas
 http://www.apf.pt/metodos-contracetivos/metodos-cirurgicos-definitivos
 https://slideplayer.com.br/slide/1362418/
 https://tvi24.iol.pt/sociedade/contracecao/estudo-revela-riscos-da-
esterilizacao-histeroscopica
 https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-
feminina/planejamento-familiar/contracep%C3%A7%C3%A3o-permanente
 https://dralexandrefaisal.blogosfera.uol.com.br/2015/12/04/laqueadura-
tubaria-por-laparoscopia-ou-por-histeroscopia/
 https://acesportoocidental.org/pt/contracecao-definitiva
 https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ginecologia/metodos-contracetivos/
 http://www.apf.pt/metodos-contracetivos/metodos-cirurgicos-definitivos
 https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-
feminina/planejamento-familiar/contracep%C3%A7%C3%A3o-permanente

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