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OUTUBRO 1993
SUMÁRIO
Introdução
1-A descarga atmosférica
2-A torre e a descarga
2.1-Tensões induzidas por descargas laterais
2.2-Descargas diretas
3-A malha de aterramento
3.1-O valor da resistência
3.2-O desenho da malha - equipotenciais
3.3-Tratamento químico
3.4-O material da malha
4-O pára-raios
5-O cabo de descida
6-A proteção do equipamento
6.1-A blindagem eletromagnética
6.2-Os protetores
6.3-O arranjo da fiação
7-A proteção do cabo de áudio
8-Proposta de critérios para projeto de malhas
8.1-Estatística de valores de resistividade do solo em Minas Gerais
8.2-O valor da resistência da malha de aterramento
8.3-Malha de aterramento proposta
9-Aterramento do protetor do telefone
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Introdução
telecomunicações é uma prática usual e que tende a aumentar. Hoje são utilizadas torres
Devido a sua localização elevada geralmente tais torres são bastante expostas aos efeitos
das descargas atmosféricas, sejam descargas que caem diretamente na torre, quanto
Para se minimizar os efeitos destas descargas é usual se projetar e instalar uma boa
para as correntes de descarga atmosférica e assim garantir uma proteção eficaz para os
Tentaremos mostrar neste estudo que tal critério não é suficiente além de que muitas
da malha. O estudo das equipotenciais, o arranjo adequado da fiação do sistema bem como
a instalação de dispositivos protetores adequados às vezes são mais importantes que a
No caso do estado de Minas Gerais, onde a resistividade do solo é alta, às vezes são
encontradas instalações onde se gastou muito na malha e as malhas são tão grandes que
Os resultados aqui apresentados são referentes aos projetos das malhas considerando-se
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malha, muitas vezes as instalações são alimentadas por redes elétricas de alta tensão o que
Acreditamos que os conceitos e critérios aqui apresentados irão na maioria dos casos
1- A descarga atmosférica
tortuoso geralmente ramificando-se. Estas descargas não são contínuas mas se processam
Quando a descarga piloto se aproxima da terra, outras descargas que se originam na terra
sobem ao encontro daquela que vem da nuvem, formando assim a descarga principal, ou
seja, uma canal ionizado entre a nuvem e a terra. Neste instante é formada uma corrente de
grande intensidade, denominada corrente de retorno.
quilo amperes.
Uma vez formada a primeira descarga é comum a formação de descargas subsequentes,
que utilizam o mesmo canal ionizado formado na primeira descarga, o que caracteriza as
chamadas descargas ou raios múltiplos.
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A maioria das descargas nas regiões tropicais são de polaridade negativa, cerca de 95 %,
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2-A torre e a descarga
Estruturas elevadas sobre o plano de terra tem "o poder de atrair descargas atmosféricas".
Dizemos então que uma estrutura de determinada altura tem um "raio de atração". Isto
significa que uma descarga que fosse cair em um ponto dentro do volume de proteção
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Várias teorias foram propostas para o cálculo do raio de atração e do volume protegido.
Usaremos neste estudo a teoria proposta por Erickson, que foi baseada em uma série de
Ra ≈ 4,0.h
Todos os raios que cairiam na área "S" (fig.2) serão atraídos pela torre. Se utilizarmos os
dados medidos pela CEMIG sobre o número de descargas para a terra por km2 por ano para
Ng ≈ 0,1.T
Ng - densidade de descargas para terra (descargas por quilómetro quadrado por ano)
Td max = 120 dias de trovoada por ano Ng = 12 descargas por km2 por ano
Td Médio = 70 dias de trovoada por ano Ng = 7 descargas por km2 por ano
Este cálculo foi feito supondo que as torres estão instaladas em terreno plano. Para o
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É importante observar que um raio que caia nas proximidades da torre também poderá
provocar efeitos perigosos. Descargas que caiam até vários quilometros da torre ou dos
cabos que chegam até a torre são suficientes para induzir tensões perigosas nos cabos e nos
equipamentos. Estas tensões induzidas apesar de terem valores menores que as tensões
provocadas por descargas que caem diretamante na torre ou nos cabos são bastante
Os valores das tensões induzidas por descargas que caem perto do sistema dependem
aproximadamente:
Vind = 30.Io.h / y
h - altura do cabo
Io - valor de pico da corrente de descarga
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Figura 3
Para:
h = 7.0 m e
y = 800 m
V ind = 500 v
h = 7.0 m
Y = 12 km
Vind = 500 v
h = 7.0 m
y = 40 km
Vind = 500 v
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Figura 4
R = 10 k = 0.05
R = 50 k = 0.20
R = 100 k = 0.33
R = 400 k = 0.71
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Vemos pois que o valor da tensão induzida é bastante influenciado pelo valor da
resistência de aterramento.
Calcularemos agora o valor das correntes que circulam pelos cabos devido às tensões
induzidas. Tomemos como exemplo uma torre de 20 m de altura de onde saem um cabo de
ligados diretamente a torre (isto se deve ao fato de com a atuação dos protetores de áudio e
Figura 5
O pior caso de tensão induzida será o de uma descarga de 100 kA caindo a 50 m da torre,
pois se a descarga fosse cair mais perto a mesma seria atraída pela torre e seria uma
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O circuito equivalente será:
Figura 6
I r = V' ind / R
Ic = Ir / 2
Para:
R = 10 Ohms Vind = 20 kV
Ir = 2 kA
Ic = 1 kA
R = 100 Ohms Vind = 139 kV
Ir = 1.4 kA
Ic = 0.7 kA
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2.2 - Descargas diretas
cabo de AC e um cabo de áudio sem aterramentos e infinitos. Para o caso de uma descarga
Figura 7
Para torres de até 20.0 m de altura podemos desprezar a presenca da torre e o circuito se
Figura 8
Ir = [Z / (Z+2.R)].Io
Ic = [R / (Z+2.R)].Io
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para :
R = 10 Ohms Ir = 0.95 Io
Ic = 0.023 Io
R = 50 Ohms Ir = 0.80 Io
Ic = 0.10 Io
Ic = 0.17 Io
Ic = 0.33 Io
Vemos que quanto maior o valor da resistência de aterramento maior será o valor da
V = R . Ir
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Figura 9
Neste caso a resolução do circuito é mais difícil pois teremos reflexões das ondas de
corrente entre as malhas de aterramento (lembremos que a corrente de descarga atmosférica
é uma corrente de frequência elevada e isto implica em que os cabos se comportaram como
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Figura 10
Tabela 2
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3- A malha de aterramento
O principal parâmetro que caracteriza uma malha de aterramento é o seu valor ôhmico.
Este valor é medido pelo "megger" que utiliza uma frequência perto de 100 Hz
(geralmente 108 Hz). A utilização desta frequencia se deve ao fato de que ela é
energia elétrica no circuito de medição. Não se utiliza corrente contínua devido ao fato de
numa polarização da terra o que levaria a erros de medição. Como a frequência utilizada
corrente contínua da malha (em 100 Hz o valor da resistência da malha predomina sobre os
Se esta onda for decomposta através da técnica de Fourier veremos que a frequência
dominante é da ordem de 5 Khz, ou seja, a medição feita em 100 Hz pelo "megger" é boa
para analisar o comportamento da malha para correntes de 60 Hz mas é muito ruim para
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Figura 11
figura 12. Estudaremos a variação dos valores da resistência (medida com o "megger") e a
variação da impedância (medida com corrente de forma igual à mostrada na figura 1).
Figura 12
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Vemos que sempre que aumentamos o comprimento do cabo enterrado o valor da
Outro fator importante é que devido aos valores muito elevados das correntes de
circulando nos cabos e hastes da malha cria no solo um campo elétrico muito elevado o que
provoca uma série de arcos elétricos dos cabos e hastes para solo, tornando de certa maneira
o solo em torno dos cabos da malha um bom condutor. É como se o diâmetro dos cabos e
hastes aumentasse, o que provoca uma boa redução no valor da impedância da malha.
Z - Impedância da malha
R - Resistência da malha
Figura 13
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Outro dado importante é que o valor da resistência medida com o "megger" é função
direta do valor de umidade contida no solo. Isto significa que a resistência da malha varia
Figura 14
A conclusão de tudo isto é que o valor medido com o "megger" não é uma garantia de
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3.2 - O desenho da malha - Equipotenciais
consequentemente as correntes que irão passar nos dispositivos protetores. Pelos valores de
corrente calculados no item 2.2 vemos que quanto menor o valor da resistência da malha
instalado sobre a mesma e garantir segurança ao pessoal que transita sobre a malha.
Pelos valores de tensão calculados no item 2.2 vemos que mesmo para valores baixos de
resistência os valores de tensão desenvolvidos na malha e nos cabos são muito elevados.
Por exemplo, tomemos uma malha de 10 Ohms de resistência na qual cai uma descarga
com uma corrente de 100 kA. Teremos uma tensão de 1.000.000 V desenvolvida na malha
e aplicada nos cabos. Esta tensão aparece da malha para um ponto muito distante dela.
Podemos traçar curvas mostrado como esta tensão é aplicada no solo. Usaremos valores
calculados para corrente contínua, porque isto facilitará os cálculos,mas as conclusões são
corrente pela malha e potencial de toque é a tensão que irá ser aplicada entre a mão da
pessoa que toca a torre e os seus pés.
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Figura 15
Como nos caso de descarga atmosférica os valores de corrente são muito elevados,
Se a malha fosse constituida de uma placa metálica não teríamos tensões de passo
Neste caso a malha seria uma equipotencial perfeita: todos os pontos da malha tem o
mesmo potencial e se circular uma corrente pela malha nenhuma diferença de potencial será
Mesmo a malha sendo uma equipotencial quase perfeita poderemos ter alguns problemas
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Figura 16
Se a corrente que circula pela torre fosse uma corrente contínua, a tensão aplicada na
pessoa seria desprezivel, o valor desta tensão seria igual a:
V = Rt.I
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onde Rt e o valor da resistência ôhmica da torre entre o ponto onde a pessoa toca a torre e o
solo. Como este valor de resistência é muito baixo e a tensão V será desprezível. No caso
V = Z.I
será:
V = L dI/dt
realizadas com descargas reais esta taxa de variação esta compreendida entre:
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Mesmo se reduzirmos bastante o valor da indutância da torre ainda teremos tensões
elevadas.
Vemos portanto que mesmo com uma malha de aterramento perfeita poderemos ter
O fato de utilizarmos uma placa de cobre como malha praticamente elimina o problema
das tensões de passo, garantido segurança para pessoas sobre a malha e afastadas da torre.
inviável. A solução usualmente adotada é a utilização de uma malha compondo uma rede.
Quanto menor for o afastamento entre os condutores da rede, mais esta malha se aproxima
de uma placa.
Outra solução adotada para minimizar os efeitos das tensões de passo e revestir o solo
por cima da malha com materiais tais como o concreto e a brita. Este material de cobertura
não diminui os valores das tensões de passo mas diminui o valor das correntes que
tal solução e algumas normas permitem o tratamento do solo com materiais tais como o
concreto e a bentonita (espécie de argila).
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A escolha do tipo de material utilizado depende basicamente de critérios químicos e
mecânicos. Do ponto de vista elétrico não existe nenhuma diferença na utilização de cobre,
aço ou qualquer outro metal, uma vez que que o valor da resistência da malha é função
direta do valor da resistividade do solo. O cobre e o aço tem um valor de resistividade tal
que quando comparados com o valor da resistividade do solo (vários ohms.metro chegando
cabos e hastes de aço revestidos de cobre ou de zinco (galvanizados) tem sido uma solução
de material na malha, pois a utilização de materiais diferentes tais como o cobre e o aço
intenso.
4- O pára-raios
de raios diretos. Se a torre for metálica e não tiver sinalização, poderemos eliminar o pára-
raios desde que a antena seja instalada abaixo da ponta da torre (figura 17).
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Figura 17
protege a antena porque o mesmo está mais alto que a mesma. O tipo de ponta do pára-
raios não influencia em nada, sendo que a utilização de pára-raios de três pontas somente
propicia alguma vantagem estética (alguns acham mais bonito o pára-raios de mais de uma
ponta!).
5- O cabo de descida
Em torres de madeira isto é uma prática obrigatória. Em torres metálicas muitas vezes tal
cabo é desnecessário. Nas torres metálicas a função do cabo de interligação e proteger o
cabo de HF, que interliga a antena ao rádio e os cabos do sistema de balizamento. Sendo a
torre metálica e de diâmetro muito maior que o diâmetro do cabo de interligação a maior
parte da corrente de descarga irá descer pela torre. Sendo a torre muito alta a queda de
tensão na mesma provocada pela circulação de corrente poderá atingir valores elevados
(figura 18).
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Figura 18
A tensão
V = R.I
será aplicada entre o cabo de HF e a extremidade superior da torre. Se esta tensão for
arco elétrico entre a torre e o cabo, provocando um dano permanente no cabo.A colocação
de um cabo de cobre em paralelo com a torre garante menores valores de tensão porque a
Muitas vezes este cabo de interligação é isolado da torre por pequenos isoladores de
porcelana ou resina. Do ponto de vista elétrico tais isoladores são ineficazes, pois não
suportam as tensões impostas pela descarga atmosférica e além disto não teríamos nenhuma
vantagem em isolar o cabo da torre. Do ponto de vista mecânico eles evitam choques e
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atrito do cabo com a torre e do ponto de vista de corrosão eles evitam o contato entre metais
6- A proteção do equipamento
Do ponto de vista de segurança pessoal vimos que a solução mais adequada é adotar uma
Vimos no item 2.1 que mesmo descargas que caem longe do sistema induzem tensões
elevadas. O rádio ou equipamento está sujeito aos campos eletromagnéticos criados pelas
descargas que caem na torre e também descargas que caem nas proximidades. O princípio
volume metálico fechado, desde que a espessura da parede seja adequada. Baseado neste
que são regularmente atingidos por raios, não apresentando problemas e não tendo malha de
aterramento).
é instala-los em prédios de alvenaria. Tais construções precisam ser dotadas de algum tipo
de blindagem. Mesmo considerando-se que os equipamentos individuais são encapsulados
em caixas metálicas, tais caixas são interligadas por fiação e esta fiação será submetida aos
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campos criados pelas descargas provocando o aparecimento de tensões induzidas nos
equipamentos.
6.2- Os protetores
comunicação. Tais cabos serão submetidos a tensões e correntes impostas pelas descargas
importante pois evitar que as tensões aplicadas aos cabos sejam transmitidas aos
pontos onde os cabos penetram no armário onde está instalado o equipamento. Excetuando-
se o cabo de aterramento todos os demais cabos que chegam ao equipamento devem ser
protegidos.
A especificação do protetor é feita segundo dois critérios básicos: a máxima tensão que o
protetor deixa chegar ao equipamento e o valor de corrente que o protetor deve suportar.
A tensão na qual o protetor deve atuar é função da máxima tensão que o equipamento
suporta.
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Figura 19
Na ocorrência de uma descarga na torre os protetores irão atuar e a corrente irá se dividir
Sabemos pela Lei de Faraday que uma corrente variável no tempo induz tensão em uma
Figura 20
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Sabemos também que quanto maior for a variação da corrente no tempo e quanto maior
temos controle e atinge valores bem elevados tais como 200 kA/µs. Se não podemos
controlar a taxa de variação da corrente podemos controlar a área das espiras que existem
Figura 21
Vemos que no caso 2 a área "S" é muito menor que no caso 1, o que implica que a tensão
que aparecerá entre os cabos será bem menor no caso 2 que no caso 1.
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Figura 22
No caso 2 a tensão entre os cabos de AC e áudio será bem menor que no caso 1.
-Todos (todos mesmo) os cabos devem entrar no armário juntos em um mesmo orifício.
Vimos no item 2.2 que a ocorrência de uma descarga na torre provoca a circulação de
correntes elevadas pelo cabo de áudio e o valor desta corrente dependente diretamente do
aparecimento de tensões elevadas do cabo para a terra o que pode provocar disrupções entre
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Figura 23
necessário a instalação de proteção ao longo do cabo. Esta proteção pode ser feita através da
utilização de cabos blindados, cabos com cabo mensageiro, cabos em dutos metálicos ou
protetores instalados nos postes. A pesquisa que está sendo conduzida pelo pessoal da
instalações com torres em alto de morro. Em função dos dados coletados, assim que os
mesmos estiverem disponíveis, será feita uma recomendação mais específica sobre
Os comentários até aqui apresentados são um resumo dos estudos realizados pela equipe
EEUFMG desde 1987. Baseado nestes conceitos é sugerido um critério para aterramento de
torres, que acreditamos estar em concordância com os critérios adotados em paises mais
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8.1- Estatística de valores de resistividade do solo em Minas Gerais
Foram analisados dados obtidos em uma série de localidades de Minas Gerais onde
localidades, onde a medição foi feita com bastante critério. Foi feita uma análise estatística
ρ(Ω.m) Número de % %
localidades Acumulado
Tabela 3
Quanto menor for o valor da resistência da malha da torre melhor será o desempenho da
proteção elétrica e mais garantida estará a segurança pessoal.
50 Ω (norma Sul-africana).
Não existe um valor "mágico" para o valor da resistência da malha. Malhas equalizadas
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Propomos neste estudo um valor máximo de 50 Ω para o valor da resistência de
particular. Nestes casos pode-se adotar o tratamento químico ou então se adotar protetores
8.3.1-Configuração 1
Figura 24
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A configuração da figura 24 garante uma boa equalização de potencial. Em cerca de 15%
dos casos esta malha terá valor de resistência inferior a 50 Ω (solos com valor de
8.3.2-Configuração 2
Figura 25
A adoção de cabos radiais irá contribuir para a redução do valor da resistência da malha.
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A configuração da figura 26 deve fornecer valores de resistência de aterramento
3000 Ω.m).
8.3.3-Configuração 3
Nos casos onde a torre será instalada em locais com circulação permanente de pessoas,
mostrada na figura 27. Recomenda-se também a cobertura da malha com concreto ou então
Figura 26
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9-O aterramento do protetor do telefone
Como as instalações que utilizam torres estão sujeitas a uma grande incidência de
Figura 27
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