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Ante-Projeto de Aterramento e SPDA

ANTE-PROJETO DE ATERRAMENTO ELÉTRICO E


SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS DIRETAS (S.P.D.A.)

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

O presente Anteprojeto tem por objetivo oferecer base para os estudos do SISTEMA DE
PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (S.P.D.A.) e
ATERRAMENTO ELÉTRICO para uma edificação Hipotética.

O projeto será desenvolvido de acordo com o que estabelecem as Normas NBR 5410, NBR
5419 e NBR 7117 da ABNT.

Serão levantadas medidas das resistividades do terreno, de acordo com a NBR 7117 da
ABNT (método de Wenner) e o solo estratificado em camadas de modo a se obter as
configurações possíveis de Aterramento Elétrico, para análise técnico-econômica com
melhor custo/benefício.

Constará do projeto

Planta baixa de instalação da malha de Aterramento Elétricos e de cobertura para


os captores contra descargas atmosféricas diretas, que podem dependendo do
caso serem apresentados em conjunto na mesma planta.

Obs.: Entende-se por malha de aterramento elétrico o Sistema de aterramento,


que depende das dimensões da Edificação, da área disponível e das
características do solo.

Um relatório com detalhes específicos e necessários ao bom entendimento do


projeto para sua execução, cortes, diagrama unifilar, relação do material com sua
especificação técnica e quantificação.

Resultados das medições e cálculos da estratificação do solo, projeto da malha de


Aterramento Elétrico, cálculo do nível previsto de incidências de descargas
atmosféricas segundo a NBR 5419, grau de proteção necessário, etc...

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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A proteção contra Descargas Atmosdféricas Indiretas serão
especificadas de acôrdo com os Equipamentos Elétricos e
Eletrônicos previstos. Para condomínios prevê-se a proteção dos
Elevadores e Bombas de recalque.

Nos casos específicos de Equipamentos Eletrônicos Sensíveis (


E. E. S. ) deverá haver estudo específico a cada caso, que
também é função da localização de Edificação na Cidade,
Centros, Bairros com maior densidade, bairros afastados e zona
rural, ou Sistema Industrial.

É prevista na instalação uma caixa com barramento de


equipotencialização para o Aterramento Elétrico de todo e
qualquer equipamento elétrico ou eletrônico.

MODELO TÍPICO DE DIMENSIONAMENTO DA MALHA DE


ATERRAMENTO ELÉTRICO

Observações:

Os valores abaixo são apresentados a título de ilustração, não tendo seus


resultados aplicação direta ao projeto em questão.

Os valores a serem considerados, serão aqueles obtidos a partir das


medidas dos dados de solo do local, a serem efetuados por ocasião de
elaboração do projeto.

O modelo apresentado refere-se a uma configuração de malha de


aterramento elétrico em anel. Diversas situações de malha são possíveis,
dependendo das dimensões da edificação, das áreas livres no terreno, e
principalmente da estratificação do solo, definindo assim a resistividade do
mesmo em camadas.

1. GRÁFICO DA RESISTIVIDADE DO SOLO CONFORME MÉTODO DE WENNER


NBR 7117 ABNT.

2. ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO EM DUAS CAMADAS PELO MÉTODO DE TAGG


IEEE

d (m) R (Ohm) -medido R (Ohm) - calculado Diferença (%)


1.5 76.8 77.16 -0.46

3
3.0 90.5 90.8 -0.33
6.0 101.0 100.7 0.34
12.0 104.8 105.12 -0.31

3. RESISTIVIDADE APARENTE

Resistividade da 1a. Camada = 64.33 Ohm.m


Resistividade da 2a. Camada = 107.16 Ohm.m
Profundidade da 1a. Camada = 0.99 m
Profundidade da malha : 0,50 m
Bitola dos condutores da malha : cobre nu 50 mm2
Área aproximada de abrangência : 16.000 m2
Resistividade Aparente : 86.2 Ohm.m

4. PROJETO DA MALHA DE ATERRAMENTO ELÉTRICO - EM ANEL

Resistência de Projeto :
Cabos de Cobre nu :

Diâmetro do Anel (m) Resistência (Ohms)


15.0 4.0
20.0 3.1
25.0 2.6
30.0 2.2
35.0 1.9
40.0 1.7
45.0 1.5
50.0 1.4
90,0 1.0

5. PROJETO DA MALHA DE ATERRAMENTO ELÉTRICO - EM ANEL COM


HASTES

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Resistência de Projeto:
Cabos de Cobre nu de 50 mm2 : profundidade a ser definida
Hastes cobreadas de alta camada 5/8 " de diâmetro

Número de Resistência ( Ω Resistência (Ω ) Resistência (Ω )


hastes ) Haste 2.4 m Haste 3.0 m Haste 6.0 m
2 1.21 1.21 1.20
4 1.20 1.20 1.17
6 1.19 1.18 1.14
8 1.18 1.17 1.12
12 1.15 1.13 1.08
16 1.13 1.11 1.06

DICAS E INFORMAÇÕES DE INTERESSE GERAL


No passado, o homem pensava que os raios e o trovão eram
os avisos dos Deuses enfurecidos. Muitas crenças
relacionavam os raios e trovões. Benjamim Franklin em 1752
fez os primeiros experimentos sobre as descargas
atmosféricas, utilizando uma pipa com um fio metálico para
comprovar que as nuvens podiam conter cargas elétricas.
Desde aquela época os fenômenos dos raios, ou descargas
atmosféricas, vêm sendo estudados. Hoje essas descargas
são analisadas como os fenômenos elétricos entre nuvens e
a terra.

Ainda há quem diga que um raio não cai no mesmo lugar


duas vezes. Este conceito é errado e para se ter uma idéia há
registros de que a Torre Eifel (França) e o edifício Empire
State(U.S.A), são alvos de dezenas de descargas
atmosféricas todo o ano .

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A probabilidade de um raio cair em pontos mais altos é maior
do que nos locais mais baixos, uma vez que o objetivo da
descarga é atingir a superfície da terra, sendo portanto neste
caso a menor distância entre a nuvem e a terra. Entretanto
isto não é uma regra geral. Há freqüentemente registros de
incidências em regiões baixas, mesmo entre colinas, e isto
vai depender de uma série de fatores, como ventos,
dimensões da nuvem , características do ar no local, maior
ionização, etc...

Um dado importante é a determinação da distância em que houve


uma descarga atmosférica ( Raio). Considerando a velocidade da
luz da ordem de 300 mil km/s e a velocidade do som da ordem de
340 m/s, pode-se estimar a que distância houve uma descarga,
simplesmente multiplicando-se o tempo estimado em segundos
(entre a visão do relâmpago e a escuta do trovão), por 340
obtendo-se a distância aproximada em metros. Este dado é
importante para se determinar a proximidade de uma tempestade.
Para se determinar se uma tempestade está se aproximando ou
afastando, basta determinar as distâncias entre duas descargas
consecutivas. Obviamente se a segunda medida for maior que a
primeira, significa que a tempestade está se dirigindo para outra
direção. Entretanto em função dos ventos a tempestade pode
mudar seu curso.

A descarga elétrica ( Raio) ao se deslocar em direção à terra,


produz um efeito luminoso que às vezes chega a ser
assustador. Esta descarga produz um efeito térmico no canal
da descida produzindo um som que nós denominamos de
trovão. O trovão portanto não é o fator perigoso, pois trata-se
da expansão do ar na descida da descarga, conseqüência da
energia térmica dissipada..

• Para se proteger contra essas descargas (Raios),


pode-se tomar alguns

cuidados básicos que são:

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NO CAMPO:

No campo, região aberta como pastos de animais, áreas de


práticas esportivas, (futebol, golfe ou gramados em geral), o
melhor é abaixar com os pés juntos e as mãos sobre a cabeça.
Nunca se abrigar embaixo de árvore isolada. Uma árvore pode
receber uma descarga e provocar descargas laterais ou mesmo
potencial de passo elevado podendo provocar danos irreparáveis
ou mesmo ceifar uma vida. Diversos animais morrem por ano
vítimas destas descargas..
Não se aproximar de cercas ou redes elétricas, porque estas
recebem influência das descargas atmosféricas e ficam
carregadas durante algum tempo. Poderá haver uma descarga
para a terra através de uma pessoa ou de um animal que se
aproxima.

NA CIDADE:

Na cidade a proteção é maior porque as ruas com seus prédios


mais elevados, proporciona um sistema de proteção para o ser
humano. É claro que há maior probabilidade de uma descarga
cair sobre um edifício do que sobre uma pessoa que transita na
Rua. No caso de uma Rua sem edificação, deve-se proceder
como se estivesse em campo aberto.
Para maior proteção o melhor é se abrigar durante as
tempestades dentro das edificações como bares, lojas, shopping,
supermercados ou galerias de lojas. Nesta situação há proteção
humana, evidentemente não se quer dizer que a s edificações
estarão protegidas. Deste assunto trataremos mais à frente.
O melhor é permanecer dentro das edificações de preferência
que possuam proteção contra descargas atmosféricas. Os
veículos fechados , trens metálicos fechados, ônibus, metrô,
abrigos subterrâneos, túneis, cavernas são locais de proteção
contra descargas atmosféricas. Os automóveis não conversíveis,
podem ser considerados seguros porque cumprem o papel da
gaiola de Faraday, mas é prudente desligar o motor, fechar os
vidros e não tocar em partes metálicas.
Barcos e Navios metálicos fechados.

NAS PRAIAS E PISCINAS:

Na presença de uma tempestade que se aproxima, o melhor é se


retirar e procurar abrigo nos bares ou locais onde haja edificação
ou um veículo como mencionado acima, durante a tempestade.
Não há maneira mais segura nestes casos.

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Depois das enchentes, as descargas atmosféricas são a principal
causa de morte por fenômenos naturais. Estima-se que 1000 (mil)
pessoas morrem por ano vítimas de descargas atmosféricas no
mundo. Há informações que em março de 1993, quase 50
pessoas morreram na Flórida nos Estados Unidos em 2 dias
durante as tempestades.

No Brasil, estima-se que mais de 100 (cem) pessoas morrem por


ano e muitas instalações são danificadas ou incendeiam por
conseqüência das descargas atmosféricas. Ainda há de se
registrar que muitos dados de acidentes não são comunicados ou
veiculados no Brasil, principalmente no interior. Acredita-se que
dezenas de milhares de animais morram por ano atingidos
indiretamente por descargas atmosféricas.

Para se ter uma idéia da formação de um descarga, passamos a


apresentar alguns conceitos.

1. Com o rompimento da rigidez dietética do ar, da ordem de 3


milhões de volts/metro, ocorre a descarga (relâmpago).
2. Os relâmpagos, como também são chamadas estas
descargas, duram em média 1/3 do segundo.
3. As correntes elétricas são da ordem de 20 a 30 kA.
4. A temperatura em torno da descarga pode atingir valores da
ordem de 30.000 °C.
5. Em geral pode-se ouvir o trovão a alguns Km de distância do
local onde é formado, e dependendo do relevo, vento e
temperatura do ar mais de 20 Km.

AS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS PODEM OCORRER DE


UMA MANEIRA GERAL:

• Da nuvem para o solo ( MAIS FREQUENTE)


• Do solo para a nuvem
• Dentro da nuvem
• Da nuvem para um ponto da atmosfera

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• Entre nuvens

Relâmpagos (descargas) de solo para nuvem ocorrem em geral a


partir de estruturas elevadas.

No Brasil, o INPE e a CEMIG vêm pesquisando a incidência de


descargas em solo brasileiro. Segundo pesquisadores do INPE,
cerca de 100 milhões de relâmpagos atingem o solo do Brasil por
ano, ou seja, em média 11 descargas por quilômetro quadrado
por ano. Estes dados são de assustar e por si só já indicam a
necessidade de proteção contra descargas atmosféricas nos
locais de acesso do homem, de suas propriedades e de seus
animais.

PROJETOS

Não existe proteção total (100%), mas seguindo as


determinação das Normas Brasileiras, pode-se atingir graus
de proteção da ordem de 98%, se houver um projeto de
INSTALAÇÕES DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS bem elaborado, com um sistema de
Aterramento Elétrico adequado e confiável.

É comum se ver instalação de um mastro com um Pára-raios


tipo Franklin, e que em geral não está exercendo a proteção
total da edificação, das antenas de rádio e televisão, e outros
elementos que se encontram sobre a cobertura das
edificação, ou mesmo a proteção de todo o contorno da
mesma.

Um projeto bem elaborado leva em consideração a área da


Edificação, sua Altura, a densidade de descargas
atmosféricas previstas na região e o Sistema de
Aterramento Elétrico, não sendo em geral bastante possuir
um Pára-raios tipo Franklin.

As normas estabelecem que os projetos sejam


desenvolvidos por especialistas, com registro no CREA e
ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).

A instalação deve ser feita por empresa idônea, com registro


no CREA e que tenha experiência comprovada neste tipo de

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instalação, através de ART’s do CREA.

• As normas que determinam os projetos e execução no


Brasil são NBR5410, NBR5419 e NBR1117.

"É preferível não ter instalação de Pára-raios, a ter uma


instalação mal feita principalmente com mal Aterramento
Elétrico" , porque estes não protegerão adequadamente no
caso de Descargas Atmosféricas, podendo provocar
conseqüências desastrosas.

Há registros de explosões subterrâneas provenientes de


Aterramentos Elétricos mal feitos, provocando grande
evaporação da água do solo em tempo muito curto.
A evaporação aumenta a pressão sob o solo e provoca
fenômeno semelhante a uma granada explodindo,
principalmente se o local tiver piso cimentado.

alta periculosidade, além de ter sido comprovado por


pesquisas que não produz o efeito esperado.
• Uma proteção adequada exige instalação projetada por
profissionais de Engenharia especializados, com um
Sistema de Aterramento Elétrico projetado a partir do
conhecimento da Resistividade do Solo e estratificação do
solo em camadas visando otimizar a relação
custo/benefício das soluções possíveis de aterramento
elétrico.
• Isto só é possível quando se mede a Resistividade do
Solo, partindo daí para execução do projeto da Malha de
Terra, que pode ser composta desde algumas hastes até a
combinação de hastes e condutores denominados
contrapesos de acordo com a resistividade do solo. A
determinação do tipo, quantidade e área ocupada vai
depender desta Resistividade do Solo, devendo ser

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portanto o primeiro parâmetro a se medir, e que em geral,
é ignorada nas instalações sem projeto.

• A manutenção também é um fator determinante no


desempenho das instalações. Cabe ressaltar que todo o
sistema de captores , descidas e aterramento estão
sujeitos à corrosão e oxidação, devendo portanto ser
verificado periodicamente.
• Sugere-se vistoriar uma vez por ano, antes da estação das
chuvas, para se verificar o estado das instalações. Caso
necessário procede-se às manutenções.

CONSIDERAÇÕES SOBRE SISTEMAS DE PROTEÇÃO


CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS E ATERRAMENTO
ELÉTRICO

A descarga atmosférica (Relâmpago ou raio) é um fenômeno da natureza


absolutamente imprevisível e aleatório, tanto em relação às suas
características elétricas (intensidade de corrente, tempo de duração,
etc...), como em relação aos efeitos destruidores decorrentes de sua
incidência sobre as edificações.
Nada em termos práticos pode ser feito para impedir a "queda" de uma
descarga em determinada região. Não existe "atração" a longas
distâncias, sendo os sistemas prioritariamente receptores ou captores.
Assim sendo, as soluções internacionalmente aplicadas buscam
minimizar os efeitos destruidores a partir da alocação de dispositivos
preferenciais de captação e condução segura da descarga para a terra.

Somente projetos tecnicamente bem elaborados, obedecendo as Normas


Técnicas, podem assegurar uma proteção eficiente e confiável.

Após anos de estudos, o homem descobriu que o raio (descarga


atmosférica, relâmpago) é um fenômeno físico/elétrico e por isto deverá
ser conduzido o mais rápido possível para dissipação no solo,
minimizando assim seus efeitos destrutivos.

Algumas crenças populares e que não se baseiam em fundamento


científico são:

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• CRENÇA : A instalação do Pára-raios vai atrair os Raios para a
Edificação.
• REALIDADE: O sistema de captação deve ser instalado para
captar as descargas atmosféricas que ocorrerem para a
Edificação.
• CRENÇA: A instalação do Pára-Raios vai descarregar as nuvens
e evitar que o raio caia.
• REALIDADE : A descarga das nuvens é na verdade a descarga
na forma de raios e o Pára-raios não impedirá a precipitação dos
mesmos para a terra.
• CRENÇA: Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar.
• REALIDADE : A incidência na TORRE EIFEL (FRANÇA) e
no EMPIRE STATE (USA) é da ordem de 40 descargas por ano.
• CRENÇA: O Pára-raios do vizinho está protegendo o meu
prédio/casa.
• REALIDADE : O sistema de captação de raios de uma instalação
é projetado para proteger a edificação onde está instalado, não
garantindo proteção para outras áreas além daquelas para as
quais foi projetado.
• CRENÇA : Na região que eu moro não caem raios.
• REALIDADE : Toda região do planeta é susceptível à ocorrência
de descargas atmosféricas, variável de acordo com a latitude e
longitude. A ABNT informa a partir de dados do INPE os índices
de descargas atmosféricas em todas as regiões do Brasil.
• CRENÇA: O meu Pára-raios mesmo fora de Normas tem alguns
anos e até hoje não deu nenhum problema.
• REALIDADE : Provavelmente o Pára-raios referido ainda não
foi solicitado. O sistema de captação deve ser projetado de
conformidade com as normas para que quando solicitado atue
dentro das espectativas previstas pelos pesquisadores, que são os
elaboradores das normas e portanto avaliam seus
comportamentos com o avanço da pesquisa na área.

As cercas conduzem o raio. Elas podem ser isoladas das edificações e aterradas nesses
pontos. Em locais de circulação de pessoas e animais as cercas devem ser seccionadas e
aterradas em intervalos regulares. Essas recomendações aplicam-se também a varais longos
e ou que estejam em contato com edificações. O aterramento sempre deverá ser feito
utilizando-se hastes próprias para o mesmo .

Cerca Paralela à Rede de Cerca Transversal à rede de


Distruibuição Rural. No caso do Distribuição Rural. O aterramento
paralelismo situado ate 30m da e o seccionamento deverão localizar-
rede, a cerca deverá ser aterrada e se próximo ao limite da faixa de

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seccionada a cada 250 metros. segurança.

A proteção de casas e edificações se faz com a utilização de um outro tipo de pára-raios que
chamamos de Franklin ou Haste. O tipo haste oferece uma proteção que corresponde ao
"volume" de um cone. Esse volume é limitado por um angulo de 60 graus com a vertical.
Tudo que estiver dentro do espaço abrangido por este cone estará protegido. O pára-raios
tipo haste é instalado pelo construtor civil e obedece a uma norma de construção brasileira,
a NBR 5419.

Para a proteção de casas e galpões, pode ser necessário a utilização de mais de um pára-raio
e de aterramentos especialmente projetados. Existem vários equipamentos destinados a
proteção de redes de baixa tensão. Os mais comuns são os pára-raios e os supressores, que
podem ser encontrados no comércio especializados. Para o correto funcionamento desses
equipamentos é necessário que sejam especificados adequadamente, que a sua rede seja
bem aterrada, e que o condutor neutro seja contínuo, bem dimencionado e com emendas
bem feitas. O bom aterramento da instalação desses equipamentos (aterramento, condutor
de descida, etc.), é da responsabilidade do proprietário do imóvel.

Pára-raios radioativos não proporcionam proteção adequada e sua utilização é proibida no


Brasil. Nos casos de edificações maiores, como galpões, estábulos, etc., além da instalação
de pára-raios tipo Franklin pode ser necessária a proteção com uma blindagem tipo gaiola,
também adequadamente aterrada. Para antenas instaladas sobre as edificacões, o mastro ou
ponto de fixação da antena deve ser aterrado adequadamente. Quando as antenas estiverem
localizadas distantes de sua propriedade, há necessidade de cuidados especiais, tais como
aterramentos adicionais e instalação de condutor de blindagem.

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O bom funcionamento dos pára-raios e a adequada proteção contra sobretensão estão
associados a um sistema de aterramento eficaz. O número de eletrodos de terra (hastes de
aterramento) depende das características do solo; a resistência de aterramento da malha não
deve ser superior a 10 ohms.

Para equipamentos sensíveis como televisão existem outros tipo de proteção que são
instalados nas tomadas. Estes dispositivos são conhecidos como protetores contra curtos de
tensão e são encontrados nas casas especializadas em material elétrico. Computadores, fax,
secretárias eletrônicas, podem requerer proteção especial. As lojas especializadas nesses
equipamentos podem dar orientação para tais casos.

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PROJETO: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

LOCAL: Bloco 14 do Residencial Tupinambás

ELEMENTO UTILIZADO: Gaiola de Faraday, através de malha superior depositada


sobre a cobertura.

DEFINIÇÃO: A gaiola de Faraday consiste em uma malha de fios metálicos com


pequenas hastes conectadas que recebem as descargas elétricas. Essa malha, que deve ter
módulos de, no máximo, 10 x 15m, conectada aos cabos de descida, que estão ligados às
hastes de aterramento. A proteção proporcionada pela Gaiola de Faraday acontece porque
as correntes induzidas nas quadrículas criam campos magnéticos de oposição, levando o
raio para as bordas da malha, obrigando-o a fluir para o cabo de decida.

AVALIAÇÕES PRELIMINARES: Conforme orientações das Normas Técnicas deveria


ser feito o levantamento das medidas de resistividades do terreno e o solo estratificado em
camadas de modo a se obter as configurações possíveis de aterramento elétrico, no entanto
a disposição do prédio, em estudo, no terreno e o curto espaço de tempo para a execução
deste projeto não permitiram tais procedimentos.

NÍVEL DE PROTEÇÃO: De acordo com a Tabela B.- Exemplos de classificação de


estruturas, da NBR 5419:2005, o prédio possui o tipo de estrutura classificada como
Residência exigindo o nível de proteção III.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO SISTEMA

Captação: A Norma 5419:2005, no item 5.1.1.3.3., recomenda o uso de captor em forma


de anel, disposto ao longo de todo perímetro, situado a no máximo 0,5 m da borda do
perímetro superior da edificação, no entanto o prédio em estudo, possui antenas captoras da

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linha telefônica GVT, em sua parte superior, logo, se faz necessário a instalação de pará-
raios de Franklin para proteção destas antenas.

Malha superior (depositada sobre a cobertura): malha em formada por retículos


quadrados com distância máxima de espaçamento de 10 m ou retículos retangulares, com
dimensões de 10x 15 m, esta metragem atende ao nível de proteção III.

Descidas: condutores (cabos) que recebem as correntes distribuídas pela captação e as


encaminham diretamente para o solo. Tendo em vista que a estrutura em estudo possui
menos de 20 metros de altura, condutores de decidas devem ser em cobre com 16 mm² de
espessura, adicionados nos quatro cantos do prédio, na superfície da parede, com distância
mínima de 0,5 m de portas, janelas e outras aberturas fixadas a cada metro de percurso. De
acordo com o item 5.1.2.4.3. e à presença constante de crianças ao redor do prédio
analisado, se faz necessário a proteção dos cabos de descida por eletroduto rígido de PVC
com no mínimo, 2,5 m acima do nível do solo.

Malha de aterramento: ou instalação de eletrodos de aterramento não naturais formados


de condutores em anel ou horizontais radiais que devem ser instalados externamente à
estrutura a proteger, a uma distância de 1m das fundações, a uma profundidade de no
mínimo 0,5m, no estudo em pauta, recomenda-se a utilização de hastes de 5/8" com no
mínimo 2,5 m, conectada ao anel através de soldas exotérmicas.

OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES

Recomenda-se a instalação de terminais de medição, nos subsistemas de descidas


para verificação periódica dos aterramentos e de caixa de equipotencialização de todos os
aterramentos existentes.
De acordo com a NBR5419, os eletroeletrônicos internos à edificação não estão
protegidos contra esses efeitos das descargas atmosféricas, pela existência do SPDA
externo e, portanto, será necessário a implantação de um sistema interno de proteção (§ 3.7
NBR5419).

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Os sistemas de proteção contra descargas atmosférica, não impede a ocorrência das
descargas atmosféricas No entanto a aplicação das normas técnicas, reduz
significativamente, os riscos de danos devidos as descargas atmosféricas.
A manutenção também é um fator determinante no desempenho das instalações.
Cabe ressaltar que todo o sistema de captores, descidas e aterramento estão sujeitos à
corrosão e oxidação, devendo portanto ser verificado periodicamente. De acordo com a
NBR 5419:2005, as inspeções devem ser efetuadas periodicamente, em intervalos de 5
anos, para estruturas destinadas a fins residenciais, comerciais e administrativos.
O trabalho em pauta foi realizado utilizando como base um bloco de apartamentos
do Residencial Tupinambás, onde, para perfeito funcionamento do sistema de proteção
contra descargas atmosférica proposto, deve ser realizado em todos os 24 blocos do
Residencial e todos eles interligados pelo subsolo, por malha de aterramento.

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