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O Brasil sofre uma grande incidência de raios por ser o maior país tropical do mundo. É nos
trópicos onde ocorrem as maiores tempestades do globo.
De acordo com o INPE, os raios matam cerca de 200 pessoas por ano no Brasil.
O raio pode matar, atingindo diretamente as pessoas, iniciando incêndios e ceifando vidas.
Aqui você encontrará um pequeno resumo de procedimentos para se proteger, e proteger
também edificações, equipamentos e instalações elétricas.
Quando o assunto é pára-raios, o nosso país é a base de estudos para vários outros,
reunindo tempos em tempos os mais respeitados cientistas do mundo, que contribuem
para a elaboração das normas técnicas brasileiras, americanas e européias, sejam de;
instalações de pára-raios, aterramentos elétricos, proteção de surtos, compatibilidade
eletromagnética etc.
A premissa maior, de que mais vale ficar sem pára-raios, do que instalar um mau sistema
de pára-raios, é totalmente válida.
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Assim, com total seriedade, seguem informações valiosas para a instalação de um sistema
de pára-raios para a sua edificação, conforme as orientações da norma técnica de pára-
raios (ABNT 5419/05):
Um projeto de pára-raios conforme a norma técnica NBR 5419 garante a diminuição dos
efeitos nocivos dos raios, e protege melhor as pessoas e as edificações.
A norma técnica de pára-raios NBR 5419 determina por cálculos complexos quando se
deve instalar pára-raios em edificações residencial, condomínio, comercial, industrial e
agrícola no país, levando em considerações: a finalidade do espaço, o índice isoceraunico
do Município, o tipo de material da construção, o volume de pessoas, a quantidade média
de raios na Região e as dimensões de cada edificação (altura x comprimento x largura).
Em Regiões com muitas chuvas, principalmente com altos índices de raios, edificações de
condomínio ou comercial ou industrial ou com grande fluxo de pessoas, é certeza da
necessidade de pára-raios. Somente um engenheiro, atualizado na área, poderá promover
com segurança o melhor tipo de projeto de pára-raios a ser utilizado.
ATENÇÃO: Conforme NBR 5419 os sistemas de pára-raios não são específicos para
proteção de equipamentos eletro-eletrônicos (computadores, central de PABX, CFTV,
alarmes, portão automático, painel de comando, PLC, Data Center, elevadores, geradores
etc), devemos para isto seguir normas técnicas próprias, por exemplo: a NBR 5410, que
trata de instalações elétricas de baixa e média tensão, dentre outras:
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Fig. 2 - Ramificação
NOTA: toda estrutura a ser protegida por sistema de pára-raios, que tenha mais de 10mts
de altura em relação ao solo deve receber um cabo em torno de todo perímetro, como
complemento do sistema de pára-raios, sendo uma exigência da NBR 5419:05, norma
técnica de pára-raios.
NOTA: mais importante que um bom aterramento de pára-raios, com medição ôhmica bem
baixa (NBR 7117:81 - Medição da resistividade do solo pelo método dos quatro pontos -
Wenner), é a equalização dos aterramentos, como terra único (Teoria do Barco) e a
instalação do BEP (Barra de Equalização de Potenciais) conforme determina a norma
técnica de instalações de baixa e medias tensões pára-raios NBR 5410. É proibido por
norma técnica a utilização de alumínio dentro do solo no aterramentos de pára-raios ou
aterramento elétrico ou simples interligações.
NOTA: O raio pode subir ou descer depende se a nuvem estiver positiva ou negativa, se a
nuvem for positiva em relação ao solo (terra) o raio sobe e vice-versa. Uma vez equalizada
as cargas eletrostáticas (anuladas), pelo pára-raios, o raio cessa, assim como os seus
efeitos, que duram menos de milésimo de segundo, a brincadeira do pente que se esfrega
no cabelo e depois atrai os pequenos pedaços de papeis e estes ficam presos por um
tempo e depois caem, somente atraindo novamente papeis se esfregar outra vez e
carregar com mais energia eletrostática é a melhor analogia com o funcionamento de uma
instalação de pára-raios ou um sistema de pára-raios, apenas em proporção extremamente
menor.
O melhor sistema de pára-raios é aquele que consegue drenar ao solo a maior parte da
corrente da descarga atmosférica, de forma homogênea entre as descidas de pára-raios,
evitando grandes diferenças de potenciais no solo ou entre as descidas do pára-raios.
Traduzindo, o principal motivo da queima de aparelhos eletro-eletrônicos e acidentes com
pessoas por raios, se deve a tensão residual que fica no solo ou entre as partes metálicas
da edificação e o solo, por isso a norma técnica NBR 5419:05 e NBR 5410 orientam a
interligar todas as partes metálicas, carcaças de equipamentos, ao pára-raios, assim como
as demais normas técnicas pertinentes, em analogia é como o antigo "fio terra" do
chuveiro, quando os canos era metálicos. Tudo deve estar no mesmo potencial (mesmo
terra), pára-raios, condutores de proteção elétrica, estruturas metálicas, cabos terras etc.
NOTA: para ilustrar melhor o que é diferença de potencial em relação ao pára-raios, diz o
dito popular que o caipira brasileiro ao se deparar com uma situação de raios, ele passa a
andar abaixado e pulando de pé em pé, alternadamente, e nunca colocando os dois pés ao
mesmo tempo no solo, atitude que demanda de sabedoria, senão vejamos; quando o
caipira está em um campo aberto, sem sistema de pára-raios, ele abaixa e dificulta que os
raios o atinja, e se o raio atingir uma arvore próxima, esta será um pára-raios natural, a
corrente elétrica se espalhará por todo solo (tensão de passo), cada metro quadrado deste
solo terá uma energia potencial e se neste instante os dois pés do caipira estiver em
contato com o solo, haverá a circulação de corrente elétrica entre uma perna e a outra,
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diferente de estar com um pé só na terra, pois a eletricidade sempre necessita de dois
pontos para conduzir! Assim sendo, em analogia, também se explica porque na falta de
pára-raios, o gado sofre mais que o ser humano (maior tensão de passo).
Sim, um raio cai duas ou mais vezes no mesmo lugar, inclusive os projetos de pára-raios
direcionam a isto, pois não podemos eliminar os raios, somente conduzi-los melhor pelos
sistemas de pára-raios. A incidência na torre Eiffel (França) e no Empire State (USA) é da
ordem de 40 (quarenta) descargas por ano, sendo mais um mito desfeito na área dos
pára-raios.
NOTA: Alias, até sem chuva há influencias; como estamos lidando com energia
eletrostática o simples fato que ter um bom sistema de pára-raios, em épocas de estiagem
(ou ar seco) a instalação de pára-raios irá drenar parte da energia eletrostática que atinge
o sistema de pára-raios, cabo elétricos aéreos, mastros de antenas etc, evitando pequenos
surtos eletrostáticos que poderiam atingir instalações elétricas e equipamentos eletro-
eletrônicos muitos sensíveis (EES), as instalações de pára-raios não possuem esta
finalidade especifica, mas acabam funcionando também em tempo seco, época em que se
recebe choques até em maçanetas de automóveis, blusas de lã etc. O Ideal é instalar os
DPS (Dispositivos de Proteção de Surtos), conforme orienta a norma técnica ABNT NBR
5410 (Instalações Elétricas).
Sim, se estivermos tratando de sistemas de pára-raios para proteção mais criticas, a gaiola
da faraday será a melhor opção, desde que respeitadas todas as orientações da norma
técnica de pára-raios. A gaiola de faraday tem a característica de blindar melhor o volume
a proteger e se consideramos as ferragens da estrutura do concreto armado ou as
estruturas metálicas, diversas gaiolas de faraday haverá naturalmente, reforçando o
sistema de pára-raios. O principio da gaiola da faraday é que o volume a proteger terá
uma blindagem contra a entrada de ondas eletromagnéticas, bem como a saída de ondas
eletromagnéticas, desde que a gaiola de farady esteja devidamente aterrada ao sistema de
pára-raios (SPDA). Para efeitos de cálculos e projetos consideramos os raios como
componentes de fortes ondas eletromagnéticas, na ordem de megahertz.
Benjamim Franklin, inventor do pára-raios, nada mais fez do que transferir o potencial do
solo para cima, assim como as instalações de pára-raios o fazem, necessariamente o ponto
de entrada do raio deve ser o mais alto possível (captação pelo poder das pontas), como
ocorreu quando Benjamin Franklin empinou a pipa, com um condutor metálico (fio)
interligado ao solo, promovendo assim uma instalação de pára-raios móvel.
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telefonia etc, danificando componentes eletrônicos, placas, circuitos elétricos, fontes etc
por todo Bairro.
Benjamin Franklin deu inicio aos estudos destes fenômenos, poderem somente nas ultimas
décadas, com a massificação de instalações de equipamentos digitais, micro-processados,
EES (Equipamentos Eletrônicos Sensíveis) que as normas técnicas foram sendo
constantemente atualizadas e aprimoradas, em particular, as normas de pára-raios e
aterramentos elétricos, com ênfase na equalização, gaiola de farady e utilização das
ferragens da armadura do concreto armado.
Palavras Chaves: Benjamin Franklin para-raio poder das pontas aterramento relâmpagos
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ferragens, projeto SPDA, pára-raios pronto como funciona, invenção e invento.
Claro que sim, e assumirá os riscos, não sendo obrigado seguir a norma técnica, o que é
totalmente desaconselhável. Porém se tiver empregados, poderá colocar a vida deles em
risco, o que é condenável pela NR 10, que determina seguir as normas técnicas da ABNT.
Fig. 3
Parece algo obvio, mas é importante frisar: o raio não faz qualquer distinção se o ponto de
descarga será num sitio ou residência urbana ou indústria ou igreja ou clube ou etc. O lide
descendente (raio que desce) ou lide ascendente (raio de sobe) irá se formar
preferencialmente entre a nuvem eletricamente carregada e o ponto condutor (captor do
pára-raios ou arvore ou torre ou antena ou etc) mais próximo dela, por isso os pontos mais
altos é os escolhidos para se instalar um sistema de pára-raios.
Nota: uma vez que o lide descedente ou ascedente se formou o raio começa a ocorrer
como um grande curto-circuito entre nuvem e terra, porém em nanos segundos, no meio
do percurso do raio, outros lides irão surgir "enxergando" outros pontos para descarregar
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sua enorme corrente, atribuindo a descarga atmosférica (raio) um formato de "raiz". Por
isso, no sitio não basta a instalação de um simples captor de pára-raios, a descarga
atmosférica poderá atingir outros pontos adjacentes, procure uma empresa séria de
instalação de pára-raios, que siga a risca a norma técnica da ABNT NBR 5419 e se desejar
também proteger os equipamentos eletrônicos sensíveis (EES), instale DPS
(Dispositivos de Proteção de Surtos) conforme NBR 5410.
Na realidade tudo que for metálico e possa ser atingido por um raio deve ser considerado
no projeto de pára-raios, conforme orienta a norma técnica NBR 5419, vejamos a seguir:
Norma técnica de pára-raios, item 5.1.1.4.1: "Quaisquer elementos condutores expostos,
isto é, que do ponto de vista físico possam ser atingidos pelos raios, devem ser
considerados como parte do SPDA".
Felizmente a norma técnica de pára-raios não permite mais a utilização de galvanização simples
ou eletrolítica, a qual sabemos ser muito fraca, não resistindo às intempéries. Segurança é algo
levado muito sério na norma técnica de pára-raios, mastros, suportes, conexões e acessórios em
geral têm que suportar anos em bom estado de conservação, veja o que diz a norma técnica de
pára-raios, tabela 4. Nota: "Os condutores e acessórios de aço (exceto inox) devem ser
protegidos com uma camada zinco aplicado a quente (fogo) conforme a NBR 6323, ou com
uma camada de cobre com espessura de 254 micros, conforme NBR 13751”.
Mesmo que sua empresa seja térrea, e o prédio do condomínio vertical tenha uns 20
andares, com um sistema de pára-raios estritamente dentro da norma técnica ABNT, você
ainda precisará de um sistema de pára-raios, de toda documentação do projeto da
instalação do pára-raios, com laudo técnico assinado por um engenheiro responsável pelo
SPDA, esta será uma blindagem jurídica. Também é importante resultar que o raio ao
definir que vai descarregar sua corrente em um determinado sistema de pára-raios, ele no
meio do caminho irá normalmente se ramificar em dezenas de outros pequenos raios,
formando algo parecido com uma raiz, e cada derivação dessas pode atingir as edificações
vizinhas, por isso que a norma técnica exige uma proteção global (vide fig. 2).
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Quando o assunto é PARA RAIOS, muito se ouve, o que realmente se pode fazer?
Sim, pois o aterramento elétrico se destina a rede elétrica e tem a sua função de retorno
elétrico, interligado na entrada da rede ao cabo neutro, na grande maioria das instalações
elétricas residencial, independente do sistema de pára-raios ou aterramento de eletro-
eletrônicos, que devem ser executados interligando ao cabo terra na cor verde ou verde
amarelo “brasileirinho” que serve o terceiro pino das tomadas elétricas. A norma técnica
determina a equalização destes aterramentos à instalação de pára-raios. 6.4.2.4.1 Em
qualquer instalação deve ser previsto um terminal ou barra de aterramento principal e os
seguintes condutores devem ser a ele ligados: a) condutor de aterramento; b) condutores
de proteção principais; c) condutores de equipotencialidade principais; d) condutor neutro,
se disponível; e) barramento de equipotencialidade funcional (ver 6.4.8.5), se necessário;
f) condutores de equipotencialidade ligados a eletrodos de aterramento de outros sistemas
(por exemplo, SPDA).
Sim atualmente pode, na década de 90 a norma técnica de pára-raios foi alterada e passou
a permitir os cabos de descida de pára-raios encostados na parede ou até embutidos,
desde que não haja risco de incêndio. Nas instalações de pára-raios isolados, os cabos
captores devem ficar distantes da cobertura ou telhados, pelo menos 01m.
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Esta é a pergunta que todos os leigos tendem a fazer logo de inicio, e normalmente não
recebem uma resposta direta, simplesmente porque pára-raios não é um produto de
prateleira e sim uma prestação de serviços do ramo da engenharia elétrica. Se pára-raios
fosse algo simples como instalar uma antena de TV, ou rede elétrica residencial, os
próprios eletricistas poderiam executar e se responsabilizar, mas a legislação não permite.
Portanto, um sistema de pára-raios tem como custo a soma dos valores de mão de obra de
engenharia, a braçal para instalação e os materiais que o projetista irá determinar
conforme as exigências da norma técnica de pára-raios.
Estou no 10º andar, tem como fazer aterramento elétrico para o computador?
Deverá considerar a entrada da rede elétrica do seu apartamento ou sala comercial como a
entrada principal, em analogia a uma casa ou relógio de concessionária elétrica, instalando
os protetores de surtos , nos 03 níveis de proteção, e utilizar como aterramento elétrico
um cabo de cobre que sobe pelo poço do elevador ou utilizar as ferragens do concreto
armado, na altura do seu pavimento, para promover um aterramento elétrico. Nunca
utilizar o cabo de descida da instalação de pára-raios.
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O equipamento funciona de acordo com um princípio físico conhecido
como “o poder das pontas”, segundo o qual as pontas metálicas finas
do pára-raios atraem os raios para si, já que nelas se concentram mais
cargas elétricas. A descarga elétrica é então conduzida pelo cabo de
ligação até o solo, onde um cabo aterrado dissipa a energia capturada.
A área protegida pelo pára-raios tem o formato de um cone, sendo a ponta da antena o
seu vértice. Sua altura vai da ponta da antena ao chão e seu raio no solo mede cerca do
dobro da altura em que está a ponta do dispositivo. O ângulo entre o vértice e a geratriz
do cone costuma ser de 55º. Para descobrir o raio da área protegida pelo equipamento,
usa-se a seguinte fórmula: R = h x tan A , em que R é o raio, h a altura em metros e A o
ângulo em graus.
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