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Após 180 dias (seis meses) de gestação, quando o feto já é considerado viável, o
processo tem a designação médica de parto prematuro. A terminologia "aborto",
entretanto, pode continuar a ser utilizada em geral, quando refere-se à indução da morte
do feto.
Através da história, o aborto foi provocado por vários métodos diferentes e seus
aspectos morais, éticos, legais e religiosos são objeto de intenso debate em diversas
partes do mundo.
Terminologia
A palavra aborto tem sua origem etimológica no latim abortus, derivado de aboriri
("perecer"), composto de ab ("distanciamento", "a partir de") e oriri ("nascer").
Definições
Os seguintes termos são usados para definir os diversos tipos de aborto a partir da óptica
médica:
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• Aborto subclínico: abortamento que acontece antes de quatro semanas de
gestação
• Aborto precoce: entre quatro e doze semanas
• Aborto tardio: após doze semanas
Aborto induzido
Os métodos não médicos (p.ex. uso de certas drogas, ervas, ou a inserção de objectos
não-cirúrgicos no útero) são potencialmente perigosos para a mulher, conduzindo a um
elevado risco de infecção permanente ou mesmo à morte, quando comparado com os
abortos feitos por pessoal médico qualificado. Segundo a ONU, pelo menos 70 mil
mulheres perdem a vida anualmente em consequência de aborto realizado em condições
precárias, não há, no entanto, estatísticas confiáveis sobre o número total de abortos
induzidos realizados no mundo nos países e/ou situações em que é criminalizado.
Câncer da mama
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Esta hipótese, é contrariada pelo consenso científico de estudos de associações e
entidades ligadas ao cancer, mas tem alguns defensores como o dr. Joel Brind.
Dor do feto
Novos estudos do Hospital Chelsea, realizados pela Dra. Vivette Glover em Londres
sugerem que a dor fetal pode estar presente a partir da décima semana de vida do feto. O
que justificaria, segundo os proponentes do aborto, o uso de anestésicos para diminuir o
provável sofrimento do feto.
Síndrome pós-abortivo
Entretanto, tal síndrome teria sido catalogada em inúmeras pesquisas, entre elas a do dr.
Vincent Rue que no estudo da Desordem Ansiosa Pós-Traumática (DAPT), presente em
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ex-combatentes do Vietnã, que teria sua correspondente na síndrome pós-aborto (SPA).
Algumas estatísticas de organizações pró-vida argumentam que há um aumento de 9%
para 59% nos índices de distúrbios psicológicos em mulheres que se submetem ao
aborto.
Mortalidade maternal
Uma gravidez, mesmo que desejada, tem riscos inerentes directos para a mulher.
Segundo o relatório da UNICEF sobre o tema, o Brasil tem um Rácio de Mortalidade
Maternal de cerca de 260 mortes por cada 100.000 nascimentos e 1 em cada 140
mulheres corre o risco de morrer em consequência de uma gravidez; em Portugal a
estimativa é de cerca de treze mulheres que morrem em cada cem mil nascimentos, e
uma em cada 11.000 mulheres corre o risco de falecer em consequência de uma
gravidez. Para mais informações sobre estes valores consultar o relatório indicado.
Mundialmente, cerca de 13% da mortalidade maternal é atribuída a abortos inseguros.
Uma opinião contrária, entretanto, apresentada por grupos pró-vida, seria que, mesmo
que sejam encontradas correlações estatísticas entre gravidez indesejáveis e situações
consideradas psicologicamente ruins para as crianças nascidas, esta situação não pode
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ser comparada com a de crianças abortadas, visto que estas não estão vivas. Uma
"situação de vida" não seria passível de comparação com uma "situação de morte", visto
a inverificabilidade desta enquanto situação possivelmente existente (a chamada "vida
após a morte") pelos métodos científicos disponíveis. Como não se pode estipular se
uma situação ruim de vida, por pior que fosse, seria pior que a morte, o aborto, no caso,
não poderia ser apresentado como solução, visto que não dá a capacidade de escolha ao
envolvido, enquanto ainda é um feto.
Consequências positivas
Consequências negativas
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administração de fármacos que provocam a interrupção da gravidez e a expulsão do
embrião. Nos casos de falha do aborto químico é necessária aspiração do útero para
completar a interrupção da gravidez cirurgicamente.
No caso de não ser possível a aspiração, recorre-se à curetagem. Neste caso o médico,
após alargar a entrada do útero da paciente, introduz dentro dela a chamada cureta, que
é um instrumento cirúrgico cortante, em forma de colher. Servindo-se da cureta, o
médico retira todo o conteúdo do útero.
Esta técnica tem sido alvo de intensas polêmicas nos Estados Unidos. Em 2003 sua
prática foi proibida no país, gerando revoltas de movimentos pró-aborto.[46]
Legislação
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Dependendo do ordenamento jurídico vigente, o aborto do nascituro considera-se uma
conduta penalizada ou despenalizada, atendendo a circunstâncias específicas.
As situações possíveis vão desde o aborto considerado como um crime contra a vida
humana, ao apoio estatal para realização do acto pedido da grávida.