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A criação heterónima
O facto de se sentir múltiplo faz com que o poeta se senta sem identidade,
sinta que ele nem existe, sinta que dentro dele havia vários “eus” que se
presentificaram através de diferentes escritas – os seus heterónimos;
Constantemente amargurado por problemas metafísicos e existenciais que se
prendem com a unidade/fragmentação do “eu” – “Continuamente me
estranho/ Nunca me vi nem achei”;
A dissolução do “eu”/Fragmentação do “eu”/O Ortónimo (a diversidade/o ser
plural) e os “outros” (heterónimos);
“Quantas almas tenho” “Diverso” e “trábil”– diversidade;
“Torno-me eles e não eu” – surgimento de outras identidades;
“Mudei”;
“E do que nasce e não meu” – a criação de outros;
“Fui eu?” – Interrogação existencial acerca da criação poética.
Aspetos temáticos
A nacionalização/intelectualização dos sentimentos e das emoções;
Tem, necessariamente, de fingir e isto significa imaginar, intelectualizar os
sentimentos e as emoções, aquilo que sente tem de ser transfigurado,
trabalhado mentalmente;
A fragmentação do eu;
Sempre lúcido e racional, condenado ao vício de pensar que o impede de ser
feliz;
Dor de pensar “O que em mim sente está pensando”
A angústia e o tédio existenciais;
Refugia-se no mundo onírico e no tempo da infância;
A infância como o paraíso perdido;
O humor e a ironia.
Linguagem e Estilo
Linguagem simples e sóbria;
Emprego de aspetos característicos de lírica tradicional (ritmo embalatório,
metro curto, preferência pela quadra, …).
Orpheu – Revista literária na qual se cruzam escritores e artistas plásticos e que assinala o nascimento
do modernismo em Portugal.
Linguagem e Estilo
Linguagem objetiva e simples;
Pouca variedade lexical;
Pouca adjetivação – Quando surge serve, fundamentalmente, para dar uma
característica que pode ser percetível por um sentido;
Verbos no presente do indicativo, gerúndio e infinito (poesia deambulatória);
Liberdade estrófica, métrica, rimática e versilibrismo;
Prosaísmo – verbo livre;
Uso da comparação e Paradoxo;
Predomínio da coordenação.
Poesia sensacionista;
Usa a 1ª pessoa do singular – Predomínio do nome concreto;
Lirismo espontâneo e ingénuo.
Linguagem e Estilo
Hipérbole;
Verbos no gerúndio, imperativo e conjuntivo;
Latinismos (vocabulário erudito) – vólucres/volátil;
Uso de advérbios de modo;
Apóstrofes;
Irregularidade métrica – oscilando, por vezes, entre verbos hexassílabos e
decassílabos;
Versos brancos (não rimam);
Composição poética – Ode – influência horaciana.
Linguagem e Estilo:
Presença do prosaico, do quotidiano, do banal (que é poetizado);
Verso livre (ou branco), longo entrecortado, por vezes, por versos curtos;
Estilo torrencial e esfuziante, onde é bem visível uma determinada dinâmica
(sobretudo nos poemas de fase futurista), provocando um ritmo, de certa
forma, desordenado;
Uso recorrente de repetições, anáforas, apóstrofes e enumerações; recurso a
exclamações, interjeições e reticências;
Utilização de comparações e metáforas inesperadas, bem como de antíteses
fortes e de alguns paradoxos;
Recurso às aliterações e às onomatopeias.
. Paganista existencial
Pessoa Ortónimo
Ricardo Reis
. Tensão
. Epicurismo: carpe diem sinceridade/fingimento,
e disciplina estoica Consciência/inconsciencia,
Sentir/pensar
. Indiferença cética,
ataraxia . Intelectualização dos
sentimentos
. Semipaganismo,
Fernando
classicismo Pessoa . Intersecionismo entre o
material e o sonho, a
. Vive o drama da realidade e a idealidade
fugacidade da vida e da
fatalidade da morte . Uma explicação através do
ocultismo
Álvaro de Campos