Você está na página 1de 42

?

Para gerar uma


corrente eléctrica,
precisamos ou não
de dispor de uma
pilha ou de uma
bateria?
Mai-09 Dulce Godinho 1
Mai-09 Dulce Godinho 2
ELECTROMAGNETISMO

 INTRODUÇÃO
As primeiras observações de fenómenos
magnéticos são muito antigas. Acredita-se que
estas observações foram realizadas pelos
gregos, numa cidade denominada Magnésia.
Eles verificaram que existia um certo tipo de
pedra que era capaz de atrair pedaços de ferro

Mai-09 Dulce Godinho 4


ELECTROMAGNETISMO

 INTRODUÇÃO
 Sabe-se actualmente que essas pedras,
denominadas ímãs naturais, são constituídas
por um certo óxido de ferro.
 O termo “magnetismo” foi, então, usado para
designar o estudo das propriedades destes ímãs,
em virtude do nome da cidade onde foram
descobertos.
 Observou-se que um pedaço de ferro, colocado
nas proximidades de um ímã natural, adquiria
as mesmas propriedades de um ímã
(magnetização), obtendo assim ímãs não-
naturais (ímãs artificiais).

Mai-09 Dulce Godinho 5


ELECTROMAGNETISMO

 Fenómenos Magnéticos
 Verificou-se que os pedaços de ferro eram atraídos
com maior intensidade por certas partes do ímã, as
quais foram denominadas pólos do ímã.
 Um ímã possui sempre dois pólos com
comportamentos opostos. O pólo norte e o pólo sul
magnéticos

Pólo Pólo

Limalha
de ferro
Mai-09 Dulce Godinho 6
ELECTROMAGNETISMO

 Fenómenos Magnéticos
 Verifica-se que dois ímãs em forma de barra, quando
aproximados um do outro apresentam uma força de
interacção entre eles.

S N N S S N S N

Repulsão Atração
Pólos iguais repelem-se e pólos diferentes atraem-se
Mai-09 Dulce Godinho 7
ELECTROMAGNETISMO

 Fenómenos Magnéticos - Propriedade de


inseparabilidade dos pólos
•Cortemos um ímã em duas partes iguais, que por sua
vez podem ser redivididas em outras tantas.
•Cada uma dessas partes constitui um novo ímã que,
embora menor, tem sempre dois pólos.
•Esse processo de divisão pode continuar até que se
obtenham átomos, que tem a propriedade de um ímã.

N S
N S N S
N S N S N S N S
NS NS NS NS NS NS NS NS

Mai-09 Dulce Godinho 8


ELECTROMAGNETISMO

 Fenómenos Magnéticos – A Bússola


 A bússola foi a primeira aplicação prática dos
fenómenos magnéticos.
 É constituída por um pequeno ímã em forma de
losango, chamado agulha magnética, que pode
movimentar-se livremente.
N (g e o g rá fico )

S (g e o g rá fico )

Mai-09 Dulce Godinho 9


ELECTROMAGNETISMO

 Fenómenos Magnéticos – A Bússola


 O pólo norte do ímã aponta aproximadamente
para o pólo norte geográfico.
 O pólo sul do ímã aponta aproximadamente
para o pólo sul geográfico.

Norte
geográfico
N

S Sul
geográfico
Mai-09 Dulce Godinho 10
ELECTROMAGNETISMO

 Fenómenos Magnéticos - “O Ímã Terra”


Norte
Sul
•A Terra comporta-se magnético
geográfico

como um grande ímã cujo


pólo magnético norte é
próximo ao pólo sul
geográfico e vice-versa.

•Os pólos geográficos e


magnéticos da Terra não Norte
coincidem. Sul magnético
geográfico

Mai-09 Dulce Godinho 11


ELECTROMAGNETISMO

 Campo Magnético
Define-se como campo magnético toda região do
espaço em torno de um condutor percorrido por
corrente elétrica ou em torno de um ímã.

A cada ponto P do campo magnético, associaremos


um vector B , denominado vector indução
magnética ou vector campo magnético.

No Sistema Internacional de Unidades, a unidade


de intensidade do vector B denomina-se tesla
(símbolo T).

Mai-09 Dulce Godinho 12


ELECTROMAGNETISMO

 Direcção e sentido
do vector B B1
 Uma agulha magnética, S
colocada em um ponto N
dessa região, orienta-se S
na direção do vector B S N N
B2
 O pólo norte da agulha S
aponta no sentido do
vector B . N B3
 A agulha magnética
serve como elemento de
prova da existência do
campo magnético num
ponto.
Mai-09 Dulce Godinho 13
ELECTROMAGNETISMO

 Linhas de Campo Magnético


Chama-se linha de campo magnético toda linha que, em cada ponto,
é tangente ao vector B e é orientada no seu sentido

As linhas de campo magnético ou linhas de indução são obtidas


experimentalmente.

As linhas de indução, são externas ao ímã, saem do pólo norte e


chegam ao pólo sul.
B2 Linha de
As linhas de indução são uma 2 campo
simples representação gráfica da
variação do vector B. B1
1
Mai-09 Dulce Godinho 14
ELECTROMAGNETISMO

 Linhas de Campo
Íman em forma de barra

S N
Linhas de indução obtidas
experimentalmente com limalha
de ferro. Cada partícula da
limalha comporta-se como uma
pequena agulha magnética.

Mai-09 Dulce Godinho 15


ELECTROMAGNETISMO

 Linhas de Campo
P1 B
Campo magnético N S
uniforme é aquele P2 B
no qual, em todos
os pontos, o P3 B
vector B tem a
mesma direcção, o
mesmo sentido e a
mesma
intensidade.

Mai-09 Dulce Godinho 16


ELECTROMAGNETISMO

 Classificação das Substâncias Magnéticas

Substâncias Ferromagnéticas: são aquelas que


apresentam facilidade de magnetização quando em presença de
um campo magnético. Ex: ferro, cobalto, níquel, etc.

Substâncias Paramagnéticas: são difíceis de


magnetizar quando em presença de um campo magnético. Ex:
madeira, couro, óleo, etc.

Substâncias Diamagnéticas: são aquelas que se


magnetizam em sentido contrário ao vector campo magnético a
que são submetidas. Corpos formados por essas substâncias são
repelidos pelo ímã que criou o campo magnético. Ex: cobre,
prata, chumbo, bismuto, ouro, etc.
Mai-09 Dulce Godinho 17
ELECTROMAGNETISMO

 Magnetização Transitória e Permanente

Ímãs permanentes são aqueles que, uma


vez magnetizados, conservam suas
características magnéticas.

Ímãs transitórios são aqueles que, quando


submetidos a um campo magnético, passam a
funcionar como ímãs; assim que cessa a acção
do campo, ele volta às características
anteriores.
Mai-09 Dulce Godinho 18
ELECTROMAGNETISMO
Hans Christian Oersted (1771 - 1851)

 Até o ano de 1820, os cientistas


pensavam que os fenómenos eléctricos e
magnéticos eram totalmente independentes,
isto é, que não havia qualquer relação entre
eles

 Nesse ano, o físico dinamarquês Hans Christian


Oersted, professor da Universidade de
Copenhague, realizou uma experiência que se
tornou famosa por alterar completamente
essas ideias
Mai-09 Dulce Godinho 19
ELECTROMAGNETISMO

 Experiência de Oersted - Observações

1. Um fio rectilíneo (no qual não


havia corrente eléctrica) foi
colocado próximo a uma agulha
magnética, orientada livremente
na direcção norte-sul;
2. Fazendo passar uma corrente no
fio, observou-se que a agulha se
desviava;
3. Interrompendo-se a corrente no
fio, a agulha voltava a se orientar
na direcção norte-sul.
Mai-09 Dulce Godinho 20
ELECTROMAGNETISMO

 Experiência de Oersted
Interpretação
•A corrente eléctrica que passou no fio actuou
sobre a agulha magnética de maneira semelhante
a um ímã que fosse colocado próximo à agulha.

•Por outras palavras, a corrente eléctrica criou


um campo magnético no espaço em torno dela, e
esse campo foi o agente responsável pelo desvio
da agulha magnética.

Mai-09 Dulce Godinho 21


ELECTROMAGNETISMO

 Experiência de Oersted
Conclusão
•Como já sabemos que a corrente eléctrica é
constituída por cargas eléctricas em movimento,
podemos tirar a seguinte conclusão:
cargas eléctricas em movimento
(corrente eléctrica) criam, no espaço
em torno delas, um campo
magnético.
Mai-09 Dulce Godinho 22
ELECTROMAGNETISMO

 Campo magnético criado por um


condutor rectilíneo
O campo magnético produzido pela
corrente eléctrica que percorre um fio
rectilíneo depende basicamente de dois
factores:
•da intensidade da corrente e
•da distância ao fio

Quanto maior for o valor da corrente, maior será o campo


magnético criado por ela.
Por outro lado, quanto maior for a distância ao fio, menor
será o valor do campo magnético
Mai-09 Dulce Godinho 23
ELECTROMAGNETISMO

 Efeito Magnético da Corrente Eléctrica

Que utilização prática?

O conhecimento do efeito magnético da corrente


eléctrica possibilitou a construção de aparelhos
medidores que utilizassem ponteiros

ELECTROÍMAN
Mai-09 Dulce Godinho 24
ELECTROMAGNETISMO

 ELECTROÍMAN
Uma bobina, ou solenóide, é constituída
por um fio enrolado várias vezes,
tomando uma forma cilíndrica.
Cada uma das voltas do fio da bobina é
uma espira.

Ligando-se as extremidades da bobina


a uma bateria, isto é, estabelecendo-
se uma corrente em suas espiras, essa
corrente cria um campo magnético no
interior do solenóide

Mai-09 Dulce Godinho 25


ELECTROMAGNETISMO

 ELECTROÍMAN
O valor de B, ao longo do eixo central, depende da
intensidade da corrente eléctrica, do número de espiras e
do comprimento do solenóide.

A intensidade de um electroíman
depende também do facilidade com
que o material em seu interior é
magnetizado. A maior parte dos
electroímanes são feitos de ferro
puro, que se magnetiza facilmente.

Mai-09 Dulce Godinho 26


ELECTROMAGNETISMO

ELECTROÍMAN
São utilizados nas
campainhas
eléctricas,
telégrafos,
telefones,
amperímetros,
voltímetros,
motores, etc .
Mai-09 Dulce Godinho 27
ELECTROMAGNETISMO

 Electroíman (bobina móvel), fixado a um


eixo que pode girar.

Mai-09 Dulce Godinho 28


ELECTROMAGNETISMO
Nikola Tesla (1856 - 1943)

Ao aproximarmos da bobina um dos


pólos de um ímã, o ponteiro do
amperímetro sofrerá um desvio,
revelando que uma corrente percorre o
circuito. Quando o ímã pára, o ponteiro
retorna a zero, assim permanecendo
enquanto o ímã não voltar a mover-se.
Criou-se uma corrente nesse
circuito sem usar pilhas, baterias
ou outros dispositivos
semelhantes. As correntes
geradas recebem o nome de
correntes induzidas.

O fenómeno é chamado
Indução Electromagnética
Mai-09 Dulce Godinho 29
ELECTROMAGNETISMO

 Indução Electromagnética
Que utilização prática?

GERADORES TRANSFORMADORES

ALTERNADORES DÍNAMOS

Mai-09 Dulce Godinho 30


ELECTROMAGNETISMO
Michael Faraday (1791 - 1867)

 Gerador
O gerador de corrente alternada é uma aplicação da
indução electromagnética. Por meio desse dispositivo,
consegue-se

converter energia mecânica em energia


eléctrica.
ctrica
Um gerador de corrente
alternada é constituído
basicamente por uma espira
(ou um conjunto de espiras)
que gira numa região onde
existe um campo magnético.

Mai-09 Dulce Godinho 31


ELECTROMAGNETISMO
 Os grandes geradores
de corrente alternada,
encontrados nas
barragens, funcionam
de maneira
semelhante. A energia
de uma queda de água
é usada para colocar
em rotação estes
geradores,
transformando, então,
grandes quantidades
de energia mecânica
em energia eléctrica.

Mai-09 Dulce Godinho 32


Transformador A energia eléctrica produzida nas
barragens é levada, mediante
condutores de electricidade, aos
lugares mais adequados para o seu
aproveitamento

Para o transporte da energia até


os pontos de utilização, não
bastam fios e postes. Toda a rede
de distribuição depende
estreitamente dos
transformadores, que elevam a
tensão ou a baixam.

Eles resolvem não só um problema


económico, reduzindo os custos da
transmissão à distância de energia,
como melhoram a eficiência do
processo.

Mai-09 Dulce Godinho 33


PRODUÇÃO E TRANSPORTE DE
ENERGIA ELÉCTRICA

Os geradores que produzem energia precisam


alimentar a rede de transmissão e distribuição
com um valor de tensão adequado, tendo em
vista seu melhor rendimento. Esse valor
depende das características do próprio gerador

A tensão que alimenta os aparelhos


consumidores, por razões de construção e
sobretudo de segurança, tem valor baixo, nos
limites de algumas centenas de volts (em
geral, 110 ou 220)
Mai-09 Dulce Godinho 34
PRODUÇÃO E TRANSPORTE DE
ENERGIA ELÉCTRICA

Nas linhas de transmissão a perda de potência


por libertação de calor é proporcional à
resistência dos condutores e ao quadrado da
intensidade da corrente que os percorre (P =
R.i2) EFEITO JOULE

Para diminuir a resistência dos condutores seria


necessário usar fios mais grossos, o que os
tornaria mais pesados e o transporte
absurdamente caro
SOLUÇÃO?
Mai-09 Dulce Godinho 35
PRODUÇÃO E TRANSPORTE DE
ENERGIA ELÉCTRICA

Uso do transformador que aumenta a tensão,


nas saídas das linhas da barragem, até atingir
um valor suficientemente alto para que o valor
da corrente desça a níveis razoáveis (P = U.i)

A potência transportada não se altera e a perda


de energia por aquecimento nos cabos de
transmissão estará dentro dos limites
aceitáveis

Mai-09 Dulce Godinho 36


PRODUÇÃO E TRANSPORTE DE
ENERGIA ELÉCTRICA

O QUE É UM TRANSFORMADOR

Consiste de dois enrolamentos de


fio (o primário e o secundário), que
geralmente envolvem os braços de
um quadro metálico (o núcleo).

Uma corrente alternada aplicada ao


primário produz um campo
magnético proporcional à
intensidade dessa corrente e ao
número de espiras do enrolamento.

Mai-09 Dulce Godinho 37


PRODUÇÃO E TRANSPORTE DE
ENERGIA ELÉCTRICA

Na transmissão de altas potências, tem sido


necessário adoptar tensões cada vez mais
elevadas, alcançando em alguns casos a
400.000 volt.

Quando a energia eléctrica chega aos locais de


consumo, outros transformadores baixam a
tensão até os limites requeridos pelos usuários,
de acordo com suas necessidades.

Mai-09 Dulce Godinho 38


PRODUÇÃO E TRANSPORTE DE
ENERGIA ELÉCTRICA

COMO FUNCIONA UM TRANSFORMADOR


Através do metal, o fluxo magnético
quase não encontra resistência e, assim,
concentra-se no núcleo, em grande parte,
e chega ao enrolamento secundário com
um mínimo de perdas.

Ocorre, então, a indução


electromagnética: no secundário surge
uma corrente eléctrica, que varia de
acordo com a corrente do primário e com
a razão entre os números de espiras dos
dois enrolamentos.
Mai-09 Dulce Godinho 39
PRODUÇÃO E TRANSPORTE DE
ENERGIA ELÉCTRICA

 Relação entre as voltagens e


correntes nos enrolamentos
Voltagem: Vp/Vs = Np/Ns

Corrente: Ip/Is = Ns/Np


Ns – nº espiras no secundário
Np – nº espiras no primário

Transformador ideal (não dissipa energia)


Com cem espiras no primário e cinquenta no secundário, percorrido
por uma corrente de 1 ampere, sob 110 volt, fornece no secundário,
uma corrente de 2 amperes sob 55 volts.
Mai-09 Dulce Godinho 40
PRODUÇÃO E TRANSPORTE DE
ENERGIA ELÉCTRICA

TRANSFORMADORES

Mai-09 Dulce Godinho 41


? Para gerar uma
corrente eléctrica,
precisamos ÃOou não
N
de dispor de uma
pilha ou de uma
bateria?
Mai-09 Dulce Godinho 42
ELECTROMAGNETISMO

FIM

Mai-09 Dulce Godinho 43

Você também pode gostar