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GEREPR

Mestrado Engª Química – Energia e Biorrefinaria

Rosa Pilão ISEP/DEQ


Sistema tarifário de E.E

Níveis de tensão

Baixa tensão Normal (BTN):


 Para clientes residenciais, lojas, escritórios e pequenas empresas.
 Potências contratadas iguais ou inferiores a 41,4 kVA e uma potência
mínima contratada de 1,15 kVA;

Baixa tensão especial (BTE):


 Para pequenos negócios como restauração, panificação, lavandarias,
hotelaria, carpintarias, etc.
 Potências contratadas superiores a 41,4 kVA;

Média tensão (MT):


 Para a indústria de componentes automóveis, metalúrgica, moldes,
vitrificação, grande hotelaria, etc.
 Tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1 kV e igual ou
inferior a 45 kV;

UTREN, 2008
Sistema tarifário de E.E

Níveis de tensão

Alta tensão (AT):


 Para a indústria siderúrgica, grandes hospitais, indústria da celulose,
indústria de plásticos, indústria de adubos, serviços energéticos, etc.
 Tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 45 kV e igual ou
inferior a 110kV e potência contratada igual ou superior a 6MW;

Muito alta tensão (MAT):


 Para transportes ferroviários, indústria automóvel, indústria de celulose,
indústria de extracção mineira, etc.
 Tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 110kV e potência
contratada igual ou superior a 25MW.

UTREN, 2008
Sistema tarifário de E.E

Opções tarifárias (2008)

Baixa tensão:
• simples,
• bi-horário,
• médias utilizações e longas utilizações
• sazonal etc

Média e alta tensão:


• Curtas utilizações
• Médias utilizações
• Longas utilizações

Muito alta tensão: tarifa única

UTREN, 2008
Sistema tarifário de E.E

Períodos tarifários (2008)


Período horário:
• Horas fora do vazio: horas de ponta (HP) e horas cheias (HC)
• Horas de vazio: Vazio normal (HV) e super vazio (HSV)

Período trimestral (MT e AT):


• Período I: de 1 de Janeiro a 31 de Março
• Período II: de 1 de Abril a 30 de Junho
• Período III: de 1 de Julho a 30 de Setembro
• Período IV: de 1 de Outubro a 31 de Dezembro

UTREN, 2008
Sistema tarifário de E.E

UTREN, 2008
Sistema tarifário de E.E

Estrutura da tarifa (o que é facturado)

Fornecimentos em MAT, AT, MT e BTE:

 Preços de contratação, leitura, facturação e cobrança : tarifário fixo;


 Preços de potência contratada;
 Preços da potência em horas de ponta;
 Preços da energia activa segundo opção tarifária e período tarifário;
 Preços da energia reactiva.

Fornecimentos em BTN:

 Preço da potência contratada e de contratação, leitura, facturação e


cobrança; Termo fixo
 Preços da energia activa segundo opção tarifária e período tarifário.

UTREN, 2008
Sistema tarifário de E.E

Opções tarifárias (2008)

1 - Baixa tenção normal com potências contratadas até 2,3 kVA

UTREN, 2008
Sistema tarifário de E.E
1.2 - BTN com potências contratadas entre 2,3 kVA e 20,7 kVA

UTREN, 2008
Sistema tarifário de E.E

UTREN, 2008
Sistema tarifário de E.E

2 - Média tensão

UTREN, 2008
Sistema tarifário de E.E

UTREN, 2008
Sistema tarifário de E.E

Potências

Potência contratada (PC): potência que a EDP coloca à disposição do


cliente e é actualizada pela máxima Potência Tomada (PT) durante 15 min
ininterruptos, nos últimos 12 meses.

Potência horas de ponta (PHP): corresponde ao quociente mensal entre


a energia activa consumida em horas de ponta e o número de horas de
ponta para o mesmo período.

UTREN, 2008
Análise de Facturas E.E.

Análise de Facturas:

 Verificar se a opção tarifária da empresa é a melhor;

 Analisar a distribuição dos consumos por horas cheias, de vazio


e de ponta;

 Verificar se existe pagamento de energia reactiva (cos>0,93);

 Avaliar a evolução da potência em horas de ponta (PHP) e da


potência contratada (PC).

UTREN, 2008
Análise de Facturas E.E.

Parcela de Energia

Os valores diários do consumo de energia activa, conjugados com a


análise do tipo de processo/laboração da empresa, podem sugerir
medidas destinadas a reduzir custos energéticos.

A análise da distribuição dos consumos por período ao longo do ano


pode dar indicações úteis de como a energia está a ser consumida.

UTREN, 2008
Análise de Facturas E.E.

Diagrama de carga anual

A evolução do diagrama de carga anual pode confirmar alterações


significativas nas instalações ou no ritmo de laboração, ou ainda
anomalias e irregularidades no processo de fabrico

UTREN, 2008
Análise de Facturas E.E.

Distribuição dos consumos por horas cheias, de vazio e de ponta;

Custo do KWh em HP
superior em:
+ 50% custo em HC
+ 300% custo em HV

Reduzir ao máximo possível os consumos durante as horas de


ponta, transferindo consumos de horas de ponta para as horas
cheias ou de vazio.

UTREN, 2008
Análise de Facturas E.E.

Possibilidades de concretização:

i) Coordenar com o sector responsável pelo planeamento a utilização dos


equipamentos e/ou sectores que trabalham para stock, e cuja
capacidade de produção é excedentária, face às operações a montante
ou a jusante; desligando e transpondo a sua utilização para os períodos
menos dispendiosos.

ii) Programar operações normais de manutenção de equipamentos, de


forma a coincidir com o período de horas de ponta;

iii) Programar acções de diminuição de ritmo de produção, mudanças de


produto fabricado, ou limpeza de linhas, para esses períodos;

iv) Procurar que as paragens para refeições, acções de formação,


mudanças de turno, ocorram o mais possível, durante aquelas horas;

UTREN, 2008
Análise de Facturas E.E.

Parcela da Potencia

A Potência contratada pode representar 3 a 10% do custo da


factura e deve ser correctamente seleccionada no valor mínimo.

Potência Contratada não deverá ser inferior a 50% do somatório


das potências nominais dos transformadores instalados

UTREN, 2008
Análise de Facturas E.E.

Opção tarifária

A opção tarifária adoptada pelas empresas nem sempre é a que


minimiza os custos da factura de energia eléctrica,

Para verificar se a opção tarifária é a ideal para a empresa


consumidora basta considerar os valores dos consumos
registados nas facturas e recalcular a quantia a pagar,
substituindo os preços unitários pelos seus correspondentes de
outras opções tarifárias

UTREN, 2008
Alterações regulamentares em 2010

Decreto-Lei n.º 104/2010, de 29 de Setembro: estabelece o


procedimento aplicável à extinção das tarifas reguladas de venda de
electricidade a clientes finais com consumos em MAT, AT, MT e BTE.

Até dezembro 2012

Vigoraram tarifas de venda transitórias a aplicar aos clientes


finais com consumos em MAT, AT, MT e BTE que não tenham
ainda contratado no mercado o seu fornecimento.

UTREN, 2008
Alterações regulamentares em 2010

O Decreto-Lei n.º 75/2012: estabelece o regime de extinção das


tarifas reguladas de venda de eletricidade a clientes finais em BTN

Em 2011
Aplicação de tarifas de
venda transitórias,
fixadas pela ERSE, aos
clientes que mantenham
o seu fornecimento de
eletricidade através de
um comercializador de
último recurso.

UTREN, 2008
Alterações regulamentares em 2010

 Iniciado o período transitório, todos os novos contratos de


fornecimento de eletricidade serão obrigatoriamente celebrados em
regime de mercado, exceto para os consumidores vulneráveis.

 Os consumidores terão até ao final do respetivo período transitório


de cessar o contrato com o seu fornecedor atual, que apenas
manterá a sua atividade, enquanto comercializador de último
recurso.

Comercializadores de EDP Serviço Universal


último recurso: Cooperativas de Eletricidade

UTREN, 2008
Alterações regulamentares em 2010

EDP Comercial -
Comercialização de
Energia, SA

EGL Energía Iberia


S.L.
Comercializadores em
regime de mercado: Endesa – Endesa
Energia Sucursal
Portugal

Apartado 1202 -
1007-001 LISBOA

Telef.: (Linha
Gratuita): 800 101
030
Fax: 707 201 256
E-Mail:
info@endesa.pt
Webpage:
www.endesa.pt

Galp Power S.A.

Iberdrola
Generación –
Energia e Serviços
Portugal,
Unipessoal, Lda.

UTREN, 2008
Alterações regulamentares em 2010

Atividade do sector

 A cadeia de valor no sector eléctrico integra a produção, transporte,


distribuição, comercialização e consumo de energia eléctrica.

 De modo a manter as actividades do sector eléctrico abertas à entrada de


novos operadores em regime de mercado, foi separada a actividade de
distribuição da actividade de comercialização de energia eléctrica.

 Os comercializadores podem livremente comprar e vender electricidade.


Nesse sentido, têm direito de acesso às redes de transporte e distribuição,
mediante o pagamento de tarifas reguladas.

 Os consumidores podem livremente escolher o seu fornecedor, não sendo


a mudança onerada, do ponto de vista contratual.

UTREN, 2008
Alterações regulamentares em 2010

Aditividade Tarifária em mercado livre:

UTREN, 2008
Alterações regulamentares em 2010

Preços de referência no mercado liberalizado de energia elétrica


para P = 6,9 kVA
Os preços são comunicados à ERSE pelos comercializadores e incluem o
acesso à rede comum a todos os operadores.

Simples Bi-horário
Pot. E (€/kwh) Pot.(€/dia) E (€/kwh)
cheio vasio
EDP comercial 0,344€/dia 0,1377 0,351 0,1641 0,087

Endesa 9,61 €/mês 0,1405

GALP-ON-Plano online 0,2984 €/dia 0,1405 0,351 0,1641 0,087

Iberdrola doméstico 0,351 €/dia 0,1265

UTREN, 2008
Alterações regulamentares em 2010

Nova ligação em Média Tensão

Para obter energia eléctrica na sua empresa/negócio precisa de se ligar


à rede de distribuição eléctrica da EDP Distribuição.

Para tal, deverá escolher a ligação de média tensão (indústria de


componentes automóveis, metalúrgica, moldes, vitrificação, grande
hotelaria, etc.) ou alta tensão (indústria siderúrgica, grandes hospitais,
indústria da celulose, indústria de plásticos, indústria de adubos,
serviços energéticos, etc.)

Deve pedir um orçamento para a sua execução.

UTREN, 2008
Análise de Facturas E.E.

Factor de potência

 Todo o sistema eléctrico que utilize corrente alternada pode


consumir dois tipos de potência:

 Potência Activa (P): realiza o trabalho desejado


 Potência Reactiva (Q): serve apenas para alimentar os
circuitos magnéticos dos dispositivos eléctricos.

 Grandes responsáveis pelo consumo de energia reactiva são:

 Motores eléctricos;
 Transformadores e máquinas para soldadura eléctrica;
 Balastros;
 Fornos de indução.

UTREN, 2008
Potência Activa vs Potência Reactiva

Factor de potência

Relação entre a potência activa (P) e reactiva (Q):

Factor de potência
cos  > 0,93

A potência aparente (S) é a carga efectiva do sistema de produção e


transporte de energia eléctrica

UTREN, 2008
Potência Activa vs Potência Reactiva
Factor de potência como indicador de eficiência

Tipo de Equipamento cos 


Sistema de Bombagem 0,5 a 0,85
Sistema de ventilação 0,3 a 0,6
Sistema ar condicionado 0,6 a 0,8
Elevadores 0,7 a 0,9
Iluminação Fluorescente n/Compensada 0,4 a 0,5
Iluminação Fluorescente Compensada 0,7 a 0,8

Facturação
Para cos φ < 0,93 Q > 40% P
da energia
reactiva

UTREN, 2008
Potência Activa vs Potência Reactiva

Compensação do Factor de potência


A energia reactiva é responsável pela circulação de corrente adicional nos
circuitos tornando-se uma energia indesejável, quer para o consumidor, quer
para o distribuidor de energia eléctrica.

Se o consumo de energia reactiva não for gerado internamente na instalação


do consumidor, terá que ser fornecido pelo distribuidor de electricidade,
dando origem a um pagamento adicional pelo consumo excessivo desta
energia.

Solução?

Baterias de condensadores

UTREN, 2008
Potência Activa vs Potência Reactiva

Compensação do factor de potência

A potência reactiva consumida por um


grupo de motores é compensada pela
potência reactiva fornecida por um grupo
de condensadores

UTREN, 2008
Potência Activa vs Potência Reactiva

Compensação do factor de potência

Quando a laboração pára, se os condensadores não forem desligados,


a energia reactiva produzida é injectada na rede.

O tarifário penaliza também esta “injecção” de energia reactiva por poder


provocar aumentos indesejados na tensão da rede.

Solução?

Desligar condensadores

UTREN, 2008
Potência Activa vs Potência Reactiva

Efeito da energia reactiva sobre a rede eléctrica

 Aumento das perdas na rede: As perdas na rede são


proporcionais ao quadrado da corrente.

Variação das perdas em linha


com o cos φ para uma mesma
potência activa transportada

UTREN, 2008
Potência Activa vs Potência Reactiva

Efeito da energia reactiva sobre a rede eléctrica

 Redução da vida útil dos equipamentos: A ocorrência de


sobrecargas frequentes provoca o aquecimento excessivo nos dispositivos de
comando e protecção das redes eléctricas.

 Substituição da capacidade instalada: A energia reactiva,


inviabiliza a plena utilização da instalação eléctrica, condicionando futuras
aplicações.

UTREN, 2008
Potência Activa vs Potência Reactiva

Efeito da energia reactiva sobre a rede eléctrica

 Cabos de maior secção: Para a mesma potência activa, a secção dos


cabos aumenta com a diminuição do cos

 Penalizações tarifárias: Energia reactiva facturada para valores de


cos < 0,93
UTREN, 2008
Potência Activa vs Potência Reactiva

Formas de Compensação

 Individual: ligando os condensadores junto ao equipamento cujo factor


de potência se pretende melhorar. Do ponto de vista técnico é a melhor
solução mas, as despesas de instalação são maiores.

 Por grupos receptores: A bateria de condensadores é instalada junto


ao quadro parcial que alimenta esses receptores. A potência necessária será
menor que no caso da compensação individual, o que torna a instalação mais
económica.

 Geral: A bateria de condensadores é instalada à saída do transformador


se a instalação for alimentada em MT ou do Quadro Geral se a instalação for
alimentada em BT. Utiliza-se em grandes instalações eléctricas, com um
grande número de receptores de potências diferentes e regimes de utilização
pouco uniformes.

 Combinada.

UTREN, 2008

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