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Básica
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Unidade de Formação Inicial e Educação Continuada
SUMÁRIO
Conceitos
Funcionamento do microcomputador
• Hardware
• Software
• Peopleware
Hardware
Memórias
Dispositivos periféricos
Unidades de armazenamento
Software
Sistema Operacional
Aplicativos
Utilitários
Peopleware
Teclado - Divisão
Teclas de Digitação
Teclas especiais
Esc
•usada para abandonar um programa ou cancelar um comando.
É a primeira tecla do lado esquerdo do teclado.
Tab
•usada principalmente em programas editores de texto. Define
tabulação.
Caps Lock
•quando esta tecla estiver acionada, qualquer letra digitada no
microcomputador será interpretada como maiúscula. Quando
pressionar a tecla novamente o comando será desativado.
Shift
Possui a mesma função que o fixador (Caps Lock) de letras maiúsculas
usado na máquina de escrever. Além disso, possui também a função de
acionar alguns caracteres posicionados na parte superior das teclas.
Ctrl
Esta tecla gera comandos especiais quando utilizada em conjunto com
outra tecla. Esses comandos dependem do programa em uso.
Alt
Esta tecla funciona como uma segunda tecla de controle do
microcomputador. A tecla Alt também possui a função de gerar caracteres
com signifi-cados especiais em certos programas.
Enter
Tecla que confirma a entrada de dados no microcomputador
Backspace
Apaga o caractere do lado esquerdo em textos.
Ins/Insert
Sua função é ativar o modo de inserção no texto e quando estiver ativado,
desativá-lo. Uma vez pressionada esta tecla, qualquer caractere digitado é
inserido onde estiver o ponto de inserção do texto.
Delete/Del
Possui a função de apagar dados inseridos no microcomputador. Em
textos apaga o caractere à direita.
Home
Leva o cursor para o começo da linha.
End
Leva o cursor para o final da linha.
Page up
Sobe o cursor
Page Down
Desce o cursor
Mouse
Movimentos:
Apontar – Mover o mouse até que o cursor esteja posicionado no local desejado.
Clicar – Depois do cursor parado na posição desejada aperte e solte o botão esquerdo
do mouse.
AMBIENTES DO WINDOWS
Área de trabalho
Ícones
Meus locais de rede – Clicando sobre esse ícone serão apresentados os outros
microcomputadores e os recursos de que a rede dispõe. Nesta janela,
temos a representação dos microcomputadores que estão conectados
em uma rede local.
Arquivos
Arquivos comuns do
Windows
Arquivo do Office
Pasta
Unidade de armazenamento
Barra de tarefas
No rodapé da área de trabalho existe uma barra que possui um botão (INICIAR) no
canto esquerdo. É a Barra de tarefas.
Para alternar de um aplicativo para outro, podemos utilizar os botões que aparecem
na Barra de Tarefa: basta clicar no botão correspondente ao aplicativo desejado. Ou
utilizar o atalho ALT + TAB.
Lixeira
Lixeira Vazia
Lixeira Cheia
1. Acesse a lixeira.
2. Selecione o arquivo ou pasta.
3. Clique no menu arquivo – RESTAURAR.
PAINT
Caixa de ferramentas
A ferramenta preencher com a cor se assemelha a uma lata que “derrama” a cor sobre
a área de desenho. Se utilizarmos a ferramenta sobre uma área livre, esta ficará
totalmente preenchida. Se fizer isto dentro de um polígono fechado (como um
quadrado, um círculo, uma estrela, etc), somente a área do polígono será preenchida.
Toda imagem carregada no Paint é exibida com tamanho original (100%). Todavia, o
Paint oferece recursos de ampliação de imagem de 200, 400, 600 e até 800%.
Alongando/Inclinando um desenho
PASTAS E ARQUIVOS
Localizando/pesquisando imagens
Calculadora
Acesso:
1º) Iniciar; 2º) Executr; 3º) Digite CALC; 4º) Clique OK.
WORD
Primeiramente devemos definir o tamanho do papel que vamos utilizar (Carta, A4,
etc.) e em seguida as margens: superior, inferior,
esquerda e direita. Por exemplo: tenho um trabalho
escolar para digitar e para este trabalho vou utilizar
folhas de papel A4 e as seguintes margens:
Superior: 3,00 cm
Inferior: 3,00 cm
Esquerda: 3,00 cm
Direita: 2,00 cm
Abrindo um documento
1. Clique em Abrir .
2. Na caixa Examinar, clique na unidade de disco, pasta ou local da Internet
que contém o documento.
3. Na lista de pastas, clique duas vezes nas pastas até abrir a pasta que contém
o documento desejado.
4. Clique duas vezes no documento que você deseja abrir.
O Word 97 torna fácil para você converter arquivos do Word 95 ou 6.0 para o formato
do Word 97 e compartilhar arquivos do Word 97 com o Word 95 ou 6.0.
Alinhar justificado
Fonte
Insira o nome da fonte que você deseja aplicar ao texto selecionado ou a partir do
ponto de inserção à medida que você digitar.
Tamanho da fonte
Insira o tamanho que você deseja para o texto selecionado ou a partir do ponto de
inserção à medida que você digitar. Os tamanhos disponíveis dependem da
impressora ou da fonte selecionada.
Ex.: fonte Arial Tamanho 10 fonte Arial Tamanho 12 fonte Arial Tamanho 14
Negrito
Itálico
Sublinhado
Salvando um documento
Você pode salvar o documento ativo em que está trabalhando, seja ele novo ou já
existente. Você pode salvar todos os documentos abertos ao mesmo tempo. Pode
também salvar uma cópia do documento ativo com um nome diferente ou em um
local diferente.
Para salvar o documento em uma pasta nova, clique em Criar nova pasta .
3. Na caixa Nome do arquivo, digite um nome para o documento. Você pode usar
nomes longos e descritivos para os arquivos, se desejar.
4. Clicar em Salvar.
Observação: Se desejar um acesso rápido a esse documento, você pode salvá-lo na
pasta Favoritos. Para exibir a pasta Favoritos na caixa Salvar em, clique em
Examinar em Favoritos .
Dica: Para facilitar a identificação e encontrar seu documento rapidamente no
futuro, clique em Propriedades no menu Arquivo. Na guia Resumo, digite informações
tais como título, assunto, autor, palavras-chave e comentários do documento. Você
pode em seguida pesquisar o documento pelas propriedades específicas do arquivo
como autor, assunto ou título.
• Clique em Salvar .
Salvar (menu Arquivo): Salva o arquivo ativo com o seu nome e formato de arquivo e
a sua localização atuais.
pasta .
1. Abra o documento que você deseja salvar para uso em outro programa.
2. No menu Arquivo, clique em Salvar como.
3. Na caixa Nome do arquivo, digite um novo nome para o documento.
4. Na caixa Salvar como tipo, clique em um formato de arquivo que seja
compatível com o outro programa.
5. Clique em Salvar.
1. Abra o documento que deseja salvar com uma extensão de nome de arquivo
diferente.
2. No menu Arquivo, clique em Salvar como.
3. Na caixa Nome do arquivo, digite um novo nome para o documento e uma
nova extensão. Coloque o nome do arquivo entre aspas, por exemplo,
"Despesas.abc"
4. Clique em Salvar.
Observação: Quando você salva um documento com uma extensão diferente, apenas
a extensão visível se altera, o formato do arquivo permanece inalterado. Para obter
informações sobre como salvar um documento com um formato de arquivo diferente.
1. Clique em Abrir .
2. Na caixa Arquivos do tipo, clique em Todos os arquivos.
3. Na lista de pastas, clique duas vezes nas pastas até clicar duas vezes naquela
que contém o documento que você deseja abrir um backup.
4. Clique em Detalhes .
Na coluna Nome, o nome do backup aparece como "Backup de nome do
documento"; na coluna Tipo, o tipo do arquivo para o backup aparece como
"Documento de backup do Microsoft".
5. Localize e clique duas vezes no backup.
Word-art
Digite o texto ou palavra que deve ser aplicado o WordArt e depois clicar em OK.
AA
Auto-formas
Clip-art
3D
Sombra
Cor de sombra
Efeitos de preenchimento
MICROSOFT EXCEL
Informações Gerais
Linha / posicione o cursor abaixo da linha a ser inserida: inserir / linhas / colunas:
posicione o cursor á
Direita da coluna a ser inserida: inserir / colunas.
Formatando Páginas
Formatar Células
Tipos de Abas
Sempre que uma fórmula tiver que ser digitada. Deverá, OBRIGATORIAMENTE, ser
precedida do sinal de IGUAL (=). Para editar dados de células, posicione o mouse
sobre ela e tecle F2.
Embora você possa criar uma fórmula para calcular o valor total de algumas células
que contêm valores, a função de planilha SOMA() calculará diversos intervalos de
células.
Operadores aritméticos
POWER POINT
Animação da apresentação
Tipos de animações
Configurando apresentação
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 1
Introdução
1
Internet World Stats (http://www.internetworldstats.com/stats.htm) Acesso: novembro 2012
2
UOL Economia (http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2012/06/19/celulares-brasil-tem-
quase-255-milhoes-de-linhas-ativas.jhtm) Acesso: novembro 2012
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 2
corriqueira com o mundo digital precisa e deve ser vista com olhos mais apurados para
conseguir absorver e aproveitar o máximo de suas possibilidades.
O escritor especializado em tecnologia Kevin Kelly, editor da revista Wired, refletiu
sobre a velocidade das mudanças e, principalmente, como não a enxergamos diante de tanta
‘normalidade’ dos usos digitais nos dias de hoje:
“Tive de convencer a mim mesmo a acreditar no impossível com mais
regularidade (…) Vinte anos atrás, se eu fosse contratado para convencer uma plateia
de pessoas sensatas e esclarecidas que dali a vinte anos as ruas do mundo estariam
mapeadas por fotos de satélites e à disposição em nossos aparelhos portáteis – e de
graça -, e com vista para as ruas de muitas cidades, não teria conseguido. Não saberia
ilustrar as razões econômicas para que isso fosse oferecido “de graça”. Eram
completamente impossível naquela época3.”
3
CHATFIELD, Tom: Como viver na era digital. PP.11
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 3
Para isso, esse módulo foi estruturado em 2 capítulos onde vamos entender os principais
elementos que sustentam a comunicação digital do século XXI: 1. O passado não distante, onde
vamos refazer o trajeto da revolução digital, desde a criação dos primeiros computadores em
rede até o fenômeno da tecnologia móvel; 2. Da restrição ao acesso à informação, onde veremos
como em pouquíssimo tempo temos acesso a mais informação em um dia do que um homem
do começo do século XX tinha em toda sua vida, e como saber lidar com tanto conteúdo, além
de conhecer um pouco mais sobre a profissão de Analista de Mídias Digitais. Por fim, esse
módulo pretende então refletir como essa visão holística do ambiente digital (o conhecimento
de seu passado para entender o contexto do presente, saber lidar com a linguagem do meio e
com o excesso de informação disponível para se tornar relevante em um ambiente caótico e as
técnicas e metodologias de comunicação) pode contribuir para a formação de um profissional
completo e crítico em um universo em eterna construção.
Pela primeira vez em toda a história, uma rede (prática humana muito antiga) permite a
comunicação de muitos com muitos, em um momento definido e em escala global
(CHATFIELD 2012).
Mas o que experimentamos hoje como comunicação digital é fruto de um processo em
constante evolução, desde sua concepção como uma poderosa ferramenta militar restrita aos
governos até uma tecnologia acessível a bilhões de pessoas.
Tudo começou nos anos 1940, com a criação de enormes e complexas máquinas, do
tamanho de quarteirões, operadas por cientistas extremamente capacitados para cumprir tarefas
ainda mais complexas como a decodificação de mensagens cifradas dos alemães durante a
Segunda Guerra Mundial, por exemplo.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 4
Já na década de 50 do século XX, começaram os primeiros experimentos para aquilo
que hoje chamamos de computadores, presentes principalmente em universidades norte-
americanas e instituições militares. Ainda eram máquinas enormes, operadas apenas por
especialistas. Durante esse período ainda não havia a ideia de ‘rede’ e seu funcionamento era
basicamente por informações inseridas através de comandos abstratos e as respostas que não
faziam sentido algum para quem não fosse um cientista da computação.
Mas com o aumento da tensão da Guerra Fria, onde dois blocos, política e
ideologicamente antagônicos (Estados Unidos e União Soviética), dominavam o cenário
internacional, percebeu-se que um eficaz controle e uso dos meios de comunicação era uma
ferramenta fundamental para a manutenção do status quo de ambos os lados, ao mesmo tempo
que havia um temor mútuo de um ataque em suas bases de informações, expondo conteúdos
sigilosos para o inimigo.
Uma forma de se prevenir de um possível ataque foi descentralizar a informação, a partir
da ideia de ‘rede descentralizada’ utilizando um modelo de troca e compartilhamento de dados,
preservando sua integridade em caso de uma guerra. O Pentágono, nos Estados Unidos, foram
os primeiros a experimentar uma nova tecnologia baseada em computadores chamada
ARPANET, uma rede criada pela Agência de Projetos Avançados em Pesquisa (ARPA em
inglês) onde o objetivo era dividir as informações sigilosas em ‘pacotes’ enviadas à diferentes
computadores que, quando conectados a partir de uma chave específica, permitia a remontagem
da mensagem original.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 5
Paralelamente às tensões da Guerra Fria e do desenvolvimento de uma rede de
computadores para compartilhamento de informações, uma outra revolução começava a se
desenrolar com a chegada dos microprocessadores, o que permitiu a considerável diminuição
do tamanho das máquinas e na queda dos preços, possibilitando a chegada dos primeiros
computadores pessoais às casas de cidadãos comuns e não apenas mais restrito aos laboratórios
de pesquisa, apesar da descrença da própria indústria quanto à sua popularização.
Com o lançamento do primeiro computador pessoal em 1971, ainda em forma de Kit (o
processador deveria ser ligado à uma televisão), poucos esperavam que o mercado doméstico
fosse além de alguns aficionados por tecnologia. Porém, já no final da década de 70, novas
empresas de tecnologia para consumidores finais como a Apple, Commodore e Tandy estavam
vendendo centenas de milhares de unidades, iniciando então a chamada revolução digital.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 6
Como o crescimento do mercado doméstico para computadores pessoais e a diminuição
da tensão entre os Estados Unidos e a URSS, a chamada dètente ou coexistência pacífica, o
governo dos EUA permitiu que as universidades pudessem participar do desenvolvimento de
uma rede acadêmica e civil, dividindo a ARPANET em dois sistemas distintos: a MILNET,
rede específica para uso militar e a ARPANET, que agora poderia ser usada para fins de
pesquisa acadêmica. Essa descentralização militar da rede permitiu o seu desenvolvimento em
um ambiente livre, onde não só cientistas e professores, mas alunos e amigos de alunos
pudessem participar desse processo de desenvolvimento de um novo universo.
Os jovens da contracultura, envolvidos ideologicamente na difusão de uma informação
livre, começavam a se tornar empresários em um ambiente extremamente fértil e para o
empreendedorismo, rico culturalmente e tecnologicamente (o Vale do Silício, na Califórnia),
foram os grandes responsáveis pelo modelo de rede que hoje conhecemos como Internet.
4
CASTELLS, Manuel: A Galáxia da Internet. PP.32
5
CHATFIELD, Tom: Como viver na era digital. PP.24
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 8
Já o segundo momento veio com o barateamento e popularização dos computadores
pessoais, em meados da década de 80. Nesse período, a infraestrutura de rede já estava
difundida para fora das universidades e já era possível ter acesso à Internet domesticamente.
Porém seu acesso dependia de um aparelho externo chamado Modem e de uma linha
telefônica, o que se tornava extremamente caro. Normalmente se tinha apenas uma linha nas
casas e enquanto se acessava à internet, a linha mantinha-se ocupada. Seu valor era cobrado por
minuto de ligação, o que tornava a Internet um artigo de luxo. Normalmente as navegações
eram rápidas, pois cada minuto contava. Durante esse período se inicia a navegação via web,
com elementos multimídias e as trocas de mensagens eletrônicas se consolidam, mas ainda com
baixo nível de interatividade em tempo real. Este período a chamamos de Fase Modem.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 9
consideravelmente sua velocidade. Nesse período, o acesso à rede não depende mais de uma
linha telefônica e o seu custo é fixo, através de uma assinatura mensal. Com a liberdade de
acessar sem se preocupar com os minutos e com uma qualidade e velocidade de conexão
consideravelmente maior, o comportamento do usuário acompanha essas mudanças, onde ele
passa de espectador passivo para o produtor de seus próprios conteúdos. É no final da década
de 1990 que surgem os prosumers, um novo comportamento social onde o consumidor e o
produtor de conteúdo é muitas vezes a mesma pessoa. Foi durante essa fase que houve a
explosão dos diários pessoais, os blogs e vídeo blogs, o início da interatividade entre pessoas
em tempo real através de programas de mensagens instantâneas e uma maior experiência na
navegação, com sites recheados de elementos multimídias.
É nesse período também que é lançado o embrião para a grande mudança de paradigma
nas comunicações que são as redes sociais (ou mídias sociais). Esse momento chamamos de
Fase Banda Larga.
A quarta fase tem uma característica muito clara de transformação profunda de hábitos
e comportamentos. É o momento onde os aplicativos, pequenos programas para infinitas
funções, se tornam protagonistas transformando para sempre a forma como consumimos
conteúdo. Aplicativos, softwares e plataformas determinam novos modelos de negócios criando
um grande mercado digital.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 10
Agora se compra música oficialmente pela Internet, decretando a morte do CD e,
consequentemente, de toda indústria musical. Nossos aparelhos de telefone se transformam em
uma central de entretenimento e uma estação de trabalho portátil, podendo ser acessado
qualquer tipo de conteúdo de qualquer lugar. É o momento também da consolidação das Redes
Sociais (ou Mídias Sociais) onde tudo que é consumido é compartilhado, onde os grandes
movimentos de colaboração se fortalecem e a interatividade e a personalização da experiência
de navegação se radicaliza. Esse ponto é o que chamamos da Fase da Internet dos Aplicativos.
Por último, mas não por fim, pois a Internet é um processo de evolução constante, vemos
a desmaterialização da rede. Antes ela estava apenas nos computadores. Agora ela está em todos
os lugares: no carro, nos eletrodomésticos, nos relógios, nas televisões, no transporte público,
na nuvem! Hoje ela está no ar.
Não concebemos mais o mundo sem a sua presença. Ao mesmo tempo que ela se
desmaterializou ela é física, pois está presente em objetos do dia-a-dia. E é essencialmente
social.
Não se imagina uma Internet sem interações e colaborações. É extremamente
personalizada, mas maleável, pois é possível viver em vários ‘mundos’ distintos com avatares
ou personalidades diferentes e, principalmente, é uma rede que gerou uma superdependência.
Tudo está conectado: do caixa do banco à banca de revista, dos meios de pagamentos às
transmissões de TV a Cabo.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 11
E todas nossas informações estão nelas, flutuando em alguma nuvem mas sempre
disponível. Hoje se consegue acessá-las de qualquer aparelho conectado à rede e em qualquer
canto do planeta.
E é também o fim da privacidade individual. Com a extrema necessidade de ser social,
esta nova Internet exige que seus usuários digam onde estão, com quem e o que estão fazendo.
É a Internet da Fase Nuvem.
Em resumo, percebemos que a história da revolução digital ainda está sendo criada,
caminhando para uma direção desconhecida, mas definitivamente sem volta. Evoluímos
tecnologicamente mais em 20 anos do que toda a história da humanidade.
De todas as revoluções tecnológicas, a chamada Terceira Revolução Industrial apresenta
uma característica única, mas extremamente transformadora: a horizontalização do
conhecimento e da informação.
Nunca tivemos tanto acesso a tantos conteúdos distintos. E, o que nos apresenta como
um benefício sem precedentes (e realmente é), tem o seu lado obscuro, de criar uma geração
ansiosa e muitas vezes superficial. E esse é o tema que vamos tratar no próximo capítulo.
Durante muito tempo, o acesso à informação sempre foi privilégio de alguns, seja para
o estabelecimento de um sistema segregador, para a manutenção do poder ou mesmo para
controle das massas. Informação sempre foi um item caro. Quem a possuía tinha uma grande
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 12
mobilidade social enquanto a grande massa desprovida de informação era condenada a viver
sem muitas perspectivas. O século XX foi um período onde a humanidade não tinha o poder de
escolher que tipo de informação receberia.
Foi a era da passividade, onde sentávamos na frente da televisão ou do rádio e
recebíamos todas as informações passivamente, sem o poder de interagir, comentar, discordar
ou mesmo contribuir para fortalecer determinado conteúdo. Grandes grupos de mídias decidiam
o que íamos ver e consumir, sem trocas ou interações.
A partir do final do século XX, muito fomentado pela geração da contracultura que
pregava o livre acesso à informação, começou se estabelecer uma nova ordem mundial onde a
Era da passividade iria se tornar a Era da colaboração e do compartilhamento. Com o
surgimento da Internet, era necessário preenchê-la com conteúdo. Ao mesmo tempo que as
mesmas grandes corporações que dominavam a mídia via broadcast viram que essa nova rede
possuía um potencial de propagação de informação infinitamente mais rápida e eficaz do que
os tradicionais meios de comunicação, o cidadão comum também realizou que esse novo canal
estava aberto e pronto para receber qualquer tipo de conteúdo, independentemente da verba ou
estratégia de grandes empresas.
Mas, ao contrário dos processos tradicionais de difusão de conteúdo (televisão, rádios,
revistas, jornais, que dependem de grandes infraestruturas e uma complexa rede de logística e
distribuição), a Internet permitia um alcance de audiência absurdamente maior a partir de uma
estrutura mínima para a criação desse conteúdo.
Ou seja, o que era caro antes se tornou sensivelmente mais barato, onde todos poderiam
concorrer de igual para igual por audiência em um ambiente sem o controle da informação.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 13
Durante muitos séculos, criar conteúdo sempre foi caro e demorado. Antes da invenção
da Prensa de Gutenberg6, em 1450, produzir um livro demandava centenas de horas de produção
por pessoas com habilidades muito específicas, como os monges copistas, que ficam anos
trancados em monastérios literalmente copiando livros inteiros para serem distribuídos à elite
intelectualizada. Mas, mesmo depois da criação do processo de produção de livros em massa
por Gutemberg, tanto o volume quanto o custo do papel ainda limitavam o conteúdo a ser
reproduzido. O cinema e a fotografia, por exemplo, dependiam de matérias-primas caras,
frágeis e raras. O registro em áudio se limitava a quantidade de tempo disponível de cada mídia
física, seja o vinil ou o CD.
Hoje podemos ter centenas de livros disponíveis em nossos computadores ou celulares
sem a necessidade de lugares adequados para armazená-los e estima-se que a cada minuto é
carregado no You Tube mais de 1 hora de vídeo7. A quantidade de informação disponível e
aberta que temos acesso é única na história da humanidade, apesar de lidarmos com isso tão
corriqueiramente.
Como metáfora de uma Era saturada de informação podemos pensar que a edição de
domingo do New York Times, um dos maiores e principais jornais do mundo e que custa algo
em torno de U$ 5 (R$ 10,00) - ou disponível praticamente de graça na internet -, se equivale a
todo o conhecimento que um homem receberia durante toda sua vida no século XVIII.
Em 2008 se estimava que existia aproximadamente mais de um trilhão de páginas na
Internet. Em 2012, esse valor já deve estar na casa dos muitos trilhões de páginas, o que alguns
afirmam haver mais páginas na rede do que estrelas em nossa galáxia. Desde a invenção da
Prensa por Gutemberg no século XV, mais de centenas de bilhões de livros foram publicados
durante esses quinhentos anos, o que representa menos de um mês de conteúdo que está sendo
disponibilizado na Internet atualmente8.
Com essa constatação que a disponibilidade de informação hoje é infinitamente maior
do que podemos absorver, naturalmente uma enorme angústia é gerada em uma sociedade cada
vez mais ansiosa. É perfeitamente proporcional a equação de quanto menos tempo temos
disponível, mais informação é gerada na rede, o que caracteriza uma nova geração de
‘generalistas’, com muito acesso a tudo, mas com pouquíssima profundidade nos assuntos. É o
que a escritora norte-americana Linda Stone chama de ‘atenção parcial contínua’ para
6
Johannes Gutenberg, inventor e gráfico alemão que introduziu a moderna forma de reprodução em massa de
livros através do processo de impressão de tipos móveis (tipografia) no século XV
7
Dados de 2011, Segundo Tom Chatfield (Como viver na Era Digital, PP. 26)
8
CHATFIELD, Tom: Como viver na era digital. PP.2
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 14
caracterizar a possibilidade de acompanhar informações distintas, ao mesmo tempo, mas
superficialmente.
Em um cenário como esse, onde a produção de conteúdo é imensa, um profissional de
comunicação digital deve ter como elemento fundamental em sua formação a ideia de filtro ou
curadoria. Saber filtrar e escolher corretamente os conteúdos, saber aplicá-los a cada mídia
específica e com sua linguagem própria é uma tarefa básica no dia a dia desse profissional.
Mas, o mais importante que é preciso saber para lidar da melhor forma possível com
esse novo mundo em transformação é que o que está acima de tudo – de informação, de
processos, de empresas etc - são as experiências humanas. É o que o pensador Tom Chatfild
deixa claro nessa passagem:
“Se quisermos prosperar juntos a elas (as mídias digitais), a primeira lição
que devemos aprender é que só podemos ter esperança de compreendê-las de uma
forma construtiva falando não da tecnologia de modo abstrato, mas das experiências
que ela proporciona. ” (Chatfield 2012)
Afinal, essa nova geração faz parte do que o estudioso de Redes Sociais, Gil Giardelli,
da humanidade 5.0, composta por pessoas em plena sinergia com a democracia absoluta
existente nas redes sociais.
Para Giardelli a Humanidade 1.0 era a agrícola, de subsistência enquanto a 2.0 tinha o
caráter industrial, passando pela 3.0, com uma grande veia tecnológica e a 4.0, uma humanidade
‘cyber-espiritual’, com uma conexão profunda com as tecnologias. A 5.0 é uma mistura dessas
todas, levando em conta que a ‘rede’ não é mais um artigo para poucos, mas um ambiente aberto
a todos. Que a rede não é mais o fim e sim o meio.
Então, podemos deduzir que hoje não basta apenas ter acesso a todo o tipo de informação
mas sim o que fazemos com ela, com a interpretamos, como a tornamos relevante e,
principalmente, como comunicamos corretamente para os nossos alvos, que antes de serem
consumidores, são seres-humanos da geração 5.0, com liberdade de questionamento, interação
e participação nos processos de comunicação das empresas ou marcas. Saber como falar com
essas pessoas é o mesmo que entender a linguagem da rede: fundamental para qualquer projeto
de comunicação seja bem-sucedido.
E, além desse discernimento básico do processo evolutivo da Internet e da capacidade
de critério na curadoria de informação, é preciso entender também quais as ferramentas e
metodologias usadas para que essas informações ajudem na construção da imagem de uma
marca ou até mesmo na venda de um produto ou serviço.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 15
Novas profissões e o papel do analista de mídias sociais
Nesse cenário dinâmico e complexo, as empresas precisam lutar para manterem sua
missão, visão e valores e a comunicação torna-se não somente um instrumento de gestão mas
um processo social essencial e vital às organizações. A premissa do diálogo da qual falaremos
a seguir é o que pauta esse esforço e não mais apenas o foco do marketing que está, na maioria
das vezes, na geração de vendas.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 17
As empresas e o digital
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 18
Sendo assim a Web 2.0 tem como premissas duas ideias principais: a primeira é a de
que a internet funciona como uma plataforma de participação e não apenas como um amontoado
de documentos digitais e a segunda é a de que o conteúdo não é o mais importante senão, o que
os usuários fazem dele. A relação entre estas duas características permite maior acesso e troca
de dados pela ação dos usuários.
Este ambiente propicia o surgimento de comunidades que estabelecem ligações no
espaço virtual pelos meios de comunicação à distância. Estas comunidades aglutinadas em
torno de interesses específicos em comum que trocam experiências e informações no ambiente
virtual foi estudada por Chris Anderson, neste espaço a dispersão geográfica dos membros passa
a ser fator favorável que potencializa o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação –
TIC´s e minimizam as dificuldades relacionadas a tempo e espaço, promovendo o
compartilhamento de informações e a criação de conhecimento coletivo.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 19
Fundamentos de branding e marketing digital
Segundo o dicionário Oxford de língua Inglesa, o temo brand (marca) deriva do inglês
antigo burn, ou seja, queimar, marcar com fogo. Também pelo mesmo dicionário, temos uma
definição mais contemporânea para o termo: 1 sm. uma marca que identifique animais com um
ferro aquecido. 2 nome de uma marca. 3. um tipo de produto fabricado por uma empresa com
um nome específico.
Ou seja, inicialmente o termo era usado para a identificação de animais à ferro quente,
o que os tornavam únicos dentro de uma certa criação. Foi apenas na década de 90 do século
XX que a expressão passou ser usada na indústria de comunicação.
E, obviamente, ela ganhou muito mais significados e sentidos do que apenas o nome de
uma marca ou o seu desenho gráfico. Por isso a dificuldade em se chegar a um consenso
conceitual sobre uma única definição do termo.
Hoje o conceito de branding mais aceito tanto pela indústria da comunicação quanto
pela academia diz que “ branding é uma impressão de um produto ou serviço deixada na mente
do consumidor. É a soma de todos elementos tangíveis e intangíveis, que faz daquele produto
único. ” (MOILANEN, 2009). Ou seja, brand não é apenas um símbolo ou uma marca que
diferencia um produto do outro e sim todos os valores, atributos e conceitos que surgem na
cabeça do consumidor ao pensar sobre determinada marca.
Já Matthew Healy em seu What is a Branding, resume de forma bastante clara e
elucidativa que:
“Branding é uma promessa de satisfação. É um sinal, uma metáfora operando
como um contrato não escrito entre o produtor e o consumidor, o vendedor e o
comprador, o artista e a plateia, um ambiente e todos aqueles que habitam nele, um
evento e aqueles que o experenciam”. (HEALEY, 2008)
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 20
Por brand ainda podemos identificar três grandes ideias fundamentais. Segundo
Moilanen, “identidade, imagem e comunicação são os conceitos essenciais para a definição do
que é brand”. (MOILANEN, 2008), sendo que por identidade entendemos aquilo que o produto
ou serviço realmente é, enquanto imagem é a percepção desenvolvida na mente do consumidor
e, por fim, a comunicação, que é o meio pelo qual essa identidade vai ser transmitida como
imagem para o interlocutor.
Pois bem, um dos grandes desafios de um processo de branding é como identificar a
verdadeira identidade deste produto e comunicá-la de forma correta para que a imagem que se
crie na cabeça do consumidor seja a esperada. Mas qual o processo correto para conseguir criar
a imagem perfeita?
Segundo o professor de Branding, Antônio Roberto de Oliveira, coordenador do curso
de MBA em Gestão de Marca da Universidade Rio Branco, em São Paulo, o processo é formado
pelas seguintes fases:
1. Conhecimento ou investigação
2. Diagnóstico
3. Estratégia da marca / Promessa
4. Expressão da Marca
5. Ativação / Entrega
6. Avaliação / Manutenção
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3. ESTRATÉGIA: Posteriormente ao diagnóstico da marca construído a partir da
imersão em seu universo, é nesta fase que se estabelece qual será a estratégia de comunicação
que a marca deverá seguir para atingir seus objetivos e, considerando que a comunicação digital
é apenas um canal de contato com o consumidor da marca, mas um dos mais importantes nos
dias de hoje, é fundamental que o porta-voz da marca para essa mídia tenha o pleno
conhecimento da estratégia que foi desenhada.
4. EXPRESSÃO DA MARCA: É nesta fase do processo de construção que a marca se
torna tangível, ganha vida. É neste momento em que a marca é definida pelo design e pelo seu
sistema de identidade visual, composto basicamente pelo logo (símbolo gráfico), tipografia
corporativa, grid estrutural e demais elementos gráficos.
Com o protagonismo da tecnologia nos dias atuais, a marca deve se expressar
adequadamente em cada mídia na qual ela estiver inserida, mas sem perder nunca sua essência.
Com os meios digitais, a marca precisa ser dinâmica tanto visualmente quanto verbalmente,
através do diálogo com seus interlocutores. Hoje a marca não pode mais simplesmente falar.
Ela precisa escutar e se adaptar as mudanças desse rico ecossistema que é o mundo digital.
5. ATIVAÇÃO / ENTREGA: Antes de tudo, um processo de branding é basicamente
uma promessa. Hoje as marcas não só vendem produtos ou serviços, mas elas prometem algo
mais intangível, como uma experiência, um estilo de vida, uma personalidade.
Essa promessa é feita durante a estratégia da marca e entregue em sua expressão. Se a
marca promete algo (como sabor, por exemplo) e não entrega, ela fatalmente estará fadada a
ser jogada aos leões em praça pública.
E é nesta fase em quem a entrega da promessa da marca será vivenciada pelos públicos
através de todos os pontos de contato, que devem respeitar a sua essência. Somente assim a
entrega será uniforme e consistente, conforme explica o professor Antônio Roberto de Oliveira:
“Cada marca deve construir a sua história que deve ser contada de maneira
consistente para que os vínculos emocionais entre ela e as pessoas sejam
estabelecidos. Essa história será transmitida através da narrativa da marca ou
storytelling.” (OLIVEIRA 2006)
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6. AVALIAÇÃO / MANUTENÇÃO: Após este momento, normalmente se retorna a
fase 1 e reinicia todo o processo. Esse ciclo é chamado de gestão de marca.
Já o Marketing digital são ações de comunicação que as empresas utilizam, por meio da
Internet, da telefonia celular e outras mídias digitais, para divulgar e comercializar seus
produtos, conquistar novos clientes e melhorar a sua rede de relacionamentos. O marketing
digital engloba a prática de promover produtos ou serviços através da utilização de canais de
distribuição eletrônicos para chegar aos consumidores rapidamente, de forma relevante,
personalizada e com mais eficiência.
O trabalho de gestão de marca, ou branding, é fundamental, mas muitas vezes o
profissional responsável pela comunicação digital de uma empresa não participa de todo esse
ciclo. Então, por mais importante que seja a compreensão de todo esse processo para que o
discurso da marca esteja perfeitamente alinhado com sua essência e seus objetivos, no dia a dia
esse profissional irá lidar com metodologias próprias do marketing, mais especificamente do
marketing digital.
Então, por marketing digital entendemos por ações de Marketing (estratégicas,
econômicas e operacionais) adaptadas e pensadas exclusivamente aos meios digitais, para
conseguir nestas mídias a mesma eficiência do chamado marketing tradicional.
Assim, podemos classificar o marketing digital como os esforços das marcas em
informar, comunicar, promover e vender seus produtos e serviços pela internet, nos mais
diversos canais e ferramentas digitais. A utilização de ações de marketing digital se tornou uma
estratégia altamente relevante, principalmente pelo seu baixo custo – em comparação às mídias
tradicionais – e pelo seu alto poder de engajamento do público alvo, desde que a marca
compreenda a linguagem desse novo universo de possibilidades
Algumas características importantes para um bem-sucedido plano de ações de
marketing digital são:
1.Efeito imediato – permite uma enorme rapidez na implementação das campanhas
promocionais e apresentação de novos produtos/serviços.
2. Personalização – é a chave para passar do tradicional marketing para um marketing
one-to-one.
3. Quantificação – a Internet permite mensurar as visitas, pesquisas, etc.
4. Envolvimento do utilizador – novas formas de envolvimento do cliente uma vez que
este é inevitavelmente interativo.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 23
5. Efeito de rede – a comunicação entre cliente é importante. Os clientes têm maior
capacidade de construir ou destruir a reputação de empresas ou marcas1.
Ou seja, estamos em um caminho sem retorno para difusão de ideias numa rede de
bilhões de usuários ávidos por informações a cada segundo. Para se diferenciar nessa
constelação onde todos falam com todos num caos organizado, as marcas precisam construir
‘pontes’ fortes e seguras o suficiente para atender essa demanda sem precedentes.
É o que o estudioso norte-americano de branding Martin Neumeier diz sobre a
relevância das marcas em um ambiente altamente competitivo. Para o autor, são 5 passos para
a sobrevivência no mundo digital:
1. Diferenciar - seja pelo discurso, pela sua expressão ou pela relevância de seu
conteúdo;
2. Colaborar – o mundo não é mais um monólogo e sim um diálogo de milhões. É
preciso escutar, participar e incorporar para fazer parte do jogo;
3. Inovar – se reinventar em cada mídia, em cada tecnologia como se fosse nativo dela;
4. Validar – absorver os feedbacks de seus interlocutores e ser legitimado por eles – e,
5. Cultivar - hoje as pessoas não querem mais ser consumidoras das marcas. Querem ser
amigas, confidentes.
Para Neumeier, sem esses 5 passos profundamente encarnado no DNA da marca, ela
provavelmente estará morta, virtualmente falando.
Mas, com todo esse conhecimento das técnicas e metodologias de construção de marca
e marketing digital adquirido, uma ferramenta específica dentre todo esse arcabouço técnico é
fundamental para o profissional que irá trabalhar com mídias digitais, principalmente aquele
responsável pelo tom que a marca irá ter no ambiente digital: o branded content, ou
comunicação por conteúdo.
Com o fenômeno da comunicação digital, as marcas não só precisam estar presentes
nessas novas mídias, mas, principalmente, conversar com seus consumidores/públicos alvos,
levando sua mensagem de maneira mais natural possível, pois já vimos que o consumidor nativo
do ambiente digital não está disposto a receber informação passivamente como nas mídias
tradicionais.
Então, a marca precisa TER o que falar com esse público extremamente crítico e
seletivo. No mundo digital, as marcas precisam se tornar relevantes para seus interlocutores. E
é exatamente esse o papel do branded content.
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Em suma, branded content é quando se transforma a comunicação de uma marca em
atração, tornando-a útil, relevante e/ou divertida. E é uma ferramenta tão poderosa que, quando
aplicada corretamente, não se percebe mais as fronteiras entre o que é comercial ou conteúdo e
entretenimento. E esse é o cenário ideal para qualquer marca ser desejada.
Basicamente, branded content se sustenta em uma outra técnica – essa mais antiga mas
bastante eficaz - que é o storytelling, ou seja, a arte de contar histórias. Para que a mensagem
das marcas se perpetuem em um universo saturado de informações é preciso que ela contém
histórias, pois são essas ficam na memória do consumidor.
Mas para que a marca tenha repertório e que seja verdadeira e relevante para seus
públicos, ela precisa entender profundamente a essência de cada mídia onde ela irá transitar e
com qual linguagem essa história será contada. Ela precisa ser transmídia, ou seja, direcionar a
sua história e seu conteúdo em um mundo de audiência fragmentada, constituído por diversas
plataformas e canais de comunicação.
E é nesse ponto que o profissional de mídias sociais precisa entender profundamente os
valores e os pilares da marca, conhecer as linguagens de cada mídia e, principalmente, saber
filtrar as informações disponíveis para transformá-las em histórias que envolvam seus
consumidores/interlocutores.
Com o branded content, as marcas têm uma grande possibilidade de diferenciação em
um universo extremamente barulhento, onde todos falam muito e ao mesmo tempo. Só aquelas
com conteúdo relevantes, que saibam transitar com naturalmente entre as diversas mídias e que
consigam contar histórias que vão conseguir se distinguir em mundo onde a audiência nunca
foi tão difícil de ser cativada.
Mas as marcas não falam por si só. Apesar de toda a estrutura metodológica que as
norteiam, são pessoas que irão dar vozes a elas e, principalmente, serão outras pessoas que
estarão aptas a escutar essas vozes. Então, e, mais uma vez, não basta apenas conhecer a técnica
das mídias sociais e sim quais os conteúdos e linguagens irão emocionar e envolver esses
públicos.
Vivemos em mundo complexo. Rico, mas complexo. Quantidade de informação não
significa qualidade. Neste mundo de descarte imediato, tornar-se relevante é uma tarefa árdua
que poucos conseguem em um cenário com bilhões de ‘concorrentes’. Prender a atenção de
uma pessoa por mais de 2 minutos em um único conteúdo não é um trabalho fácil, por isso a
necessidade da presença de profissionais que entendam profundamente o ambiente digital, suas
linguagem, seus atalhos e suas características, é extremamente valorizada. Hoje a demanda do
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mercado por esse tipo de profissional é muito maior que a oferta oferecida pois, quem se diz
especialista no mundo digital muitas vezes não passa de um generalista, com um conhecimento
tal com um rio: comprido e raso.
Para que esse rio se transforme em um oceano, com camadas de profundidade e riqueza
cultural, é preciso também se desconectar. Desconectar significa refletir, característica rara no
mundo em alta velocidade. É preciso parar para entender o processo e não simplesmente
embarcar em qualquer novidade, considerando-a definitiva. Sabemos pouco ou nada do mundo
digital, mas temos certeza que a impermanência é sua principal característica.
Então, as marcas enfrentam o grande desafio de eliminar o abismo que existe entre a
administração tradicional e a forma como os negócios são gerenciados no universo digital, que
possuem dinâmicas essencialmente diferentes. Muitas marcas precisarão alterar profundamente
as bases que as consolidaram no mercado consumidor, repensando seus conceitos e sobre sua
participação no mundo digital. Não só as marcas, mas principalmente seus gestores.
A revolução da comunicação digital está transformando o mundo dos negócios e
naquele no qual estamos acostumados a viver, obrigando as empresas e pessoas esquecerem
tudo que aprenderam até então para entrar em um universo onde não existem mais fronteiras
nem distância entre as pessoas e as marcas, transmutando tudo em um mundo só.
Hoje se consome informação corporativa junto com dicas de seus amigos.
E quem vai guiar essas marcas, empresas, instituições, organizações etc. Neste
admirável mundo novo é este profissional do século XXI, que possui as antenas captando as
transformações e que vivem profundamente o ‘espírito do nosso tempo’, mas com um alicerce
conceitual, cultural e conhecimento histórico sólido, para que com senso crítico, discernimento,
compreensão e alta carga de reflexão consiga acompanhar as mudanças a apontar o norte sem
se perder no caminho.
O que não se pode confundir, é porque participar e convidar outras pessoas para este
diálogo. Grandes profissionais do setor insistem em reafirmar que objetivos de comunicação
digital nunca serão um fim em si mesmo. São, de todo modo, caminhos para se atingir os
objetivos de negócios e é preciso ter consciência das diretrizes estratégicas que irão justificar
os usos das mídias digitais.
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Ou seja, estratégias de mídias sociais deve estar alinhadas e fazerem parte do
Planejamento Estratégico das instituições, assim como também, serem pensadas de forma
integrada com outros setores das instituições. Veja no quadro abaixo como os aspectos digitais
podem ser aplicados a muitos contextos comunicacionais.
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Mídias sociais
A atenção especial que vem se dando às mídias sociais não é vão, como vimos
anteriormente. O convencimento de mercado de que não se trata de mais uma modinha jovem
e que investimentos em comunicação em mídias sociais valem a pena vem de levantamentos
como o da CETIC (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação)
de 2009 que indicam:
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Segundo a Deloitte, observou-se no comportamento das empresas que 70% das
empresas brasileiras utilizam as mídias sociais como ferramenta de comunicação. Dessas, 83%
utilizam com fins de marketing, 71% de monitoramento de marcas, 46% para vendas, 43% para
suporte e 40% com fins de gestão do conhecimento.
Já conversamos sobre como adequar seus objetivos de negócios aos canais, neste
momento, gostaríamos de apresentar alguns canais mais usados:
Blogs, Fotologs e videologs: canais de autoria própria para se postar conteúdos
produzidos pela própria empresa. Geralmente são menos formais que os clássicos sites
institucionais e permitem comentários dos leitores. As plataformas mais utilizadas são
Wordpress e Blogger. Veja abaixo a diferença de cada uma delas:
Wordpress: é a plataforma mais utilizada para blogs profissionais e corporativos. Possui
duas plataformas: Wordpress.com e Wordpress.orb.
O segundo é o mais recomendado para blogs corporativos porque o registro do domínio
é obrigatório assim como também uma conta para uso do servidor.
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Blogger: As vantagens do Blogger em relação ao wordpress é que ele sempre será
gratuito. Além disso, por ser uma plataforma do Google, uma série de serviços da mesma
empresa estão disponíveis para esta plataforma.
Listas de discussões, fóruns, grupos e mensagens instantâneas: para empresas que
querem manter um contato direto com consumidores para perguntas e suporte de atendimento.
Empresas que tem muita demanda de atendimento ao público podem usar plataformas já
existentes ou criarem as suas próprias. Como exemplo temos:
Formspring: rede social na qual você cria um perfil e as pessoas podem fazer perguntas
diretamente para você ou empresa;
Messenger: usado com o perfil do Hotmail, você pode disponibilizar o endereço de e-
mail para fazer atendimentos online; Skype: se quiser fazer ligações com todo o mundo e
conversar com clientes gratuitamente, dê a eles a sua conta do Skype e adicione os interessados
em conversar;
Redes sociais de amizade: elas nasceram para conectar pessoas e pessoas, mas, como
fizeram tanto sucesso, as empresas quiseram participar das conversas. No Orkut, o primeiro
grande sucesso das redes sociais no Brasil, as empresas criavam comunidade e/ou promoções
com aplicativos. No Facebook, maior rede social do mundo, as empresas têm espaços
reservados especialmente para elas por meio de páginas e anúncios. No Twitter, também é
possível anunciar, mas, ainda não há distinção entre perfis de pessoas e de empresas.
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Sites de compartilhamento de arquivos. Estes espaços são perfeitos para quem quer
compartilhar conteúdos de maiores e que geralmente tem a ver com apresentações, palestras e
programas de formação. Ideal para instituições que atuam na área de educação e conhecimento.
Slideshare: Você pode adicionar apresentações em Power Point, PDF, textos e
conteúdos afins. A vantagem é que eles ficam online para as pessoas consultarem como se fosse
uma biblioteca virtual.
Sendspace: Arquivos muito longos que não são possíveis de serem enviados por e-mail
podem ser gravados em seu perfil e quem desejar descarregar poderá ter acesso on-line.
Wikis, construção de conteúdo colaborativo: Algumas empresas criam plataformas
exclusivas para conversar com um público específico e se abrem para construção colaborativa
de conteúdos. Pode ser uma plataforma permanente ou se trabalhar por campanhas.
It’s Noon: uma plataforma para construir ideias por meio de crowdsourcing (fonte na
multidão);
Rede MMM: rede social própria do Museu das Minas e do Metal para alunos,
professores e visitantes em geral compartilharem experiências com o museu.
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Sites de seleção e curadoria de conteúdos pessoais. Onde guardar todas as dezenas de
páginas que você visita por dia? Algumas redes permitem que colecione as suas páginas
preferidas.
Scoop.it: possui contas gratuitas e pagas. Você pode selecionar as páginas que você mais
gostou e montar um portfólio de links
Diito: você pode criar uma conta e marcar as páginas que mais gostar por meio de tags
e organizar as suas bibliotecas de links
Paper.li: uma espécie de jornal pessoal/ institucional que é feito a partir de uma seleção
de links
Sites de imagens e coleções imagéticas: para negócios que atuam com forte apelo de
imagens. Flickr: o mais antigo colecionador de imagens. Você pode criar álbuns para
compartilhar imagens. É ferramenta poderosa para criar portfólios digitais.
Instagram: Uma das mais recentes febres das mídias sociais e pertencente ao Facebook,
permite tirar fotos com o celular e inserir filtros para deixar a foto mais legal. O trabalho todo
consiste em ter alguém fotografando.
Pinterest: Assim como o Instagram, também foi uma revelação. Você pode colecionar
imagens em formatos de pins.
Redes sociais de nicho para setores específicos. Se você tem um negócio e que possui
uma rede social na qual você vai poder se relacionar com pessoas interessadas em seu negócio,
não deixe de participar.
TripAdvisor: a maior rede social para conteúdos sobre viagens. O site está presente em
dezenas de países e as instituições que são consideradas atrações turísticas podem criar um
perfil oficial.
MySpace: antes de Orkut e Facebook, era o MySpace que reinava nos EUA. A rede
social que reúne suas músicas favoritas foi perdendo espaço, mas ainda hoje é referência para
esse setor.
Redes sociais profissionais. Pode ser que você queira ter um papo mais sério e
profissional e que, inclusive te ajude a encontrar oportunidades de negócios. Então você
também pode ter perfis em redes sociais profissionais.
LinkedIn: a mais famosa rede social profissional permite que empresas tenham perfil e
até promovam processos seletivos utilizando a plataforma.
Nings: modelo de plataforma para redes sociais personalizadas. Muitos setores criaram
perfis para lidar com as suas especificidades.
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Geolocalização: Porque é importante que um cliente compartilhe que esteve em seu
estabelecimento? Algumas redes sociais permitem que o usuário faça check-in em
determinados locais e compartilhem sua presença física.
Foursquare: a mais famosa rede social de compartilhamento de localização. Os usuários
podem inclusive se tornarem prefeitos de um local se tiverem o maior número de presença
confirmada.
Você está preparado para conversas públicas? Como a sua empresa vai lidar com as
crises?
Então vamos jogar.
PASSO A PASSO:
Neste jogo temos algumas regras. Edney Souza, especialista em marketing digital
aconselha:
Não use mídias sociais, se:...
- Não tem habilidades sociais
- Não tem senso de humor
- Vai esquecer disso no dia seguinte
- Falar abertamente é um problema
- Só quer vender ou promover a sua causa
- Pensa que é um jogo de rankings
- Vai levar para o lado pessoal
- Acha que ferramenta é uma estratégia
- Não tem cultura social
- Não tem autorização
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PASSO DOIS - CONVERSE COM A SUA EQUIPE
Entreviste toda a equipe ou pelo menos representantes de todas as áreas para saber o que
eles pensam ser relevante para as suas ações nas redes sociais.
Foque a escuta em quem tem mais contato com o cliente final para saber quais são as
principais demandas nas conversas.
Conheça o nível de conhecimento e usabilidade que seu time dessas ferramentas.
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PASSO SEIS - ESCOLHA OS SEUS CANAIS
Com base em seus objetivos de negócios, as conversas já existentes no mercado e as
pessoas com quem você quer conversar, escolha em quais canais você deseja iniciar uma
conversa.
Ao começar uma conversa você precisa ser regular, dinâmico e estar disponível para as
perguntas e respostas. Por isso fique atento para as seguintes perguntas ao escolher os canais:
quem e quantas pessoas você tem disponível para o trabalho? Vamos produzir nosso próprio
conteúdo, vamos pagar para fazê-lo ou atuar com conteúdo de terceiros?
A partir dessas questões nomeie pessoas responsáveis por cada canal ou por todos
porque pessoas não conversam com marcas, conversam com pessoas.
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Esses indicadores apontam para resultados esperados que podem ser objetivos ou
subjetivos, mas, que devem existir mesmo que seu negócio não tenha objetivo claramente
comerciais.
Meça apenas o importante, cerca de 4 a 8 indicadores são o máximo que importam.
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Depois de começar, com certeza, você terá que voltar em alguns dos passos acima para
reavaliar e/ou reforçar as suas ações. No próximo capítulo você saberá como fazer isso.
Desta maneira, o usuário não tem que migrar de uma mídia para outra e a sua TV, rádio,
celular e internet estão conectados em um único ambiente.
O fenômeno da convergência é uma resposta a perda de ibope das mídias tradicionais
ao fenômeno da internet e a possibilidade de as pessoas customizarem e criarem seus próprios
canais de Comunicação.
As empresas perceberam que precisam envolver os usuários na produção de suas
próprias campanhas e produtos e que a internet mais do que uma plataforma de distribuição é
um espaço de INTERAÇÃO.
Um exemplo que resume a ideia de “convergência midiática”, conceito criado por Henry
Jenkins é a tecnologia dos smartphones.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 38
Estes aparelhos móveis que misturam funções de computador, telefone, câmera digital,
com acesso à internet, player de música e vídeos e jogos eletrônicos.
A mobilidade gerada por essa tecnologia alterou profundamente os processos de criação,
produção e compartilhamento de conteúdos.
Neste cenário revolucionário é que nasce a importância e necessidade do trabalho de
CURADORIA DIGITAL
Curadoria = Curator (latim) que significa Tutor, que tem algo sobre sua
responsabilidade, governo, quem cuida.
Sua edição do que pode ou não pode ser publicado é também um processo de autoria
porque o Curador escolhe O QUE apresentar e COMO apresentar.
Branded content = “conteúdo de entretenimento produzido por marcas com o objetivo
de aproximar –se do público, fortalecer ou associar valores à marca e trabalhar o engajamento”.
Devemos retomar o conteúdo estudado anteriormente na aula do Gustavo Santos sobre
Branding e perguntar, antes de qualquer Curadoria:
Qual é a essência da Marca? Que valores estão associados a esta essência?
Tendo clareza do que queremos podemos iniciar um processo de aproximação e
engajamento com o público.
Em um mundo pautado por um excesso de canais e informações precisamos ser
eficientes e envolventes em nossa comunicação.
A palavra que devemos cultivar neste processo num questionamento diário é: Isto é
realmente RELEVANTE?
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 39
Na dúvida opte por simplesmente guardar a informação em alguma ferramenta de
arquivo até que a resposta seja sim.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 40
Selecione seu material tendo sempre três critérios de análise:
O Conteúdo é verdadeiro? O Design de apresentação deste conteúdo é atraente? O
contexto do que quero comunicar está claro?
Seja CRIATIVO!
Já fez sua pesquisa, organizou seus links e definiu sua relevância ....agora chegou o
momento de compartilhar.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 41
Escolha a forma de acordo com o canal em que vai publicar a mensagem. Pode ser uma
nota publicada na fanpage do Facebook, tuites interessantes e que geram retuites, posts no Blog
ou no Tumblr ... Varie suas fontes de pesquisa. Além do Google existem diversos buscadores:
Você também pode fazer pesquisas fora da internet e produzir conteúdo próprio. Tenha
cuidado ao apresentar o conteúdo, trabalhe para que possa ser de fácil acesso e leitura.
Veja algumas dicas:
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 42
Já falamos sobre a Cultura da Convergência, o papel da Curadoria digital, a importância
de ter um conteúdo relevante e criativo e para terminar vamos falar um pouco sobre:
ATIVISMO SOCIAL
A profissão da Curadoria digital não é somente exercida nas áreas de Comunicação e
Marketing.
Cada vez mais, as instituições educacionais e sociais demandam esta relação com o
público, quer seja para o engajamento em atividades de pesquisa e/ou de mobilização.
Se a internet é uma produção cultural, fruto da liberdade humana precisamos cuidar para
que continue sendo este espaço de livre – expressão.
As novas possibilidades interativas geram novas responsabilidades e costumes. Somos
mais do que simplesmente consumidores...
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 43
Ao criticar um produto, ao produzir um conteúdo deixamos de ser simplesmente
receptores de informações e valores e passamos a ser emissores.
Prosumidores = Produtor + consumidor (termo criado por Alvim Toffler no livro A
Terceira Onda).
Nosso modo de participação na rede é o que vai garantir sua diversidade, privacidade e
liberdade de expressão.
O ativismo social (ciberativismo) busca em pequenas ações garantir direitos e
compartilhar desafios.
Conheça algumas experiências:
http://www.tumblr.com/blog/ciberativismo
Participe!
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Para superar esses desafios, as empresas passam a ter agências de publicidade que
dominem as Mídias Sociais ou elas mesmas contratam um Analista de Mídias Sociais para gerir
e entender esses novos canais de comunicação.
O trabalho do Analista de Mídias Sociais pode ser aplicado em todas as etapas de um
projeto que inclua as Mídias Sociais, mas é nas duas últimas que ele utiliza fortemente
ferramentas para dar escala e agilidade ao seu dia a dia.
Dois pontos importantes que todo Analista de Mídias Sociais deve ter em mente:
1. No contexto das Mídias Sociais, não existe a melhor ferramenta, mas sim
a mais adequada para cada tipo de atividade e situação.
Como existem vários tipos de Mídias Sociais e objetivos diferentes que uma
ação de publicidade pode ter, não há como uma empresa construir uma ferramenta que
cubra todas essas possibilidades sempre chegando ao melhor resultado possível. Quando
possível, procure a ferramenta que melhor se enquadra para sua necessidade; quando
não, pega a mais abrangente e que lhe possa ser útil nos mais variados cenários.
2. Toda e qualquer ferramenta serve somente como suporte para gerar
agilidade no desenvolvimento das atividades de um Analista de Mídias Sociais. Nunca
uma ferramenta poderá fazer todo o trabalho sozinho; logo, veja as ferramentas como
uma assistente e não a solução para tudo.
Os tipos de ferramentas
Em uma ponta existem as ferramentas especializadas em uma única função – medir a
influência de um determinado usuário, por exemplo – e na outra ponta as que chamamos de
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 45
monitoramento pleno – possibilitam que praticamente todas as atividades de gestão e
monitoramento sejam realizadas através dela.
• Gráficos visualmente agradáveis, permitindo que não seja necessário dispersar maior
esforço para construir a apresentação do relatório final.
• Alta possibilidade de segmentação que viabilize limitar a busca por idioma, localização
geográfica e mídia.
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• Recursos avançados de cruzamento entre monitoramentos e tags;
• Acesso múltiplo que permite que várias pessoas acessem o monitoramento ao mesmo
tempo;
Fluxo de trabalho
Para um melhor uso das ferramentas e garantia que todos os projetos tenham resultados
consistentes, é necessário que o Analista de Mídias Sociais siga um fluxo de trabalho que
melhor se adeque ao seu dia a dia e as características da sua empresa/cliente. De forma mais
abrangente, podemos definir esse fluxo da seguinte forma:
A descrição de cada etapa contempla o básico a ser feito e sua aplicação em detalhe
dependerá da ferramenta de gestão e monitoramento utilizada. Use como um guia e não uma
“fórmula de bolo” obrigatória.
Monitoramento e classificação
O monitoramento pode ser dividido em três objetivos:
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 47
• Monitoramento Institucional – entender o que se fala da sua marca, empresa e
produtos. Dependendo do tamanho e abrangência da marca e produtos, separe um
monitoramento para cada produto ou um geral para marca e produtos juntos.
Cada rede social tem sua particularidade e passa a ser muito importante entender quais
palavras-chave podem ser agrupadas na mesma busca para cada uma delas. Sempre realize um
teste para cada rede e sua busca antes de dar essa etapa como finalizada.
Defina critérios claros para cada tipo de classificação. Faça um exercício mental e
imagine como classificar citações que possam ser de duplo sentido ou piadas – são muito
comuns e muitas vezes querem dizer o oposto do que foi escrito.
Em situações onde o volume de citações é muito grande ao ponto de não ser possível ler
e classificar todas, deve-se criar algumas regras e fazer todo o detalhamento somente para uma
amostra das citações. O resultado alcançado poderá ser informado como sendo do todo – esse
é o mesmo princípio utilizado em pesquisas eleitorais.
Algumas ferramentas permitem que sejam criados filtros que classificam e tagueam
automaticamente as citações. Todavia, é sempre importante fazer uma validação manual para
garantir que os dados estão corretos.
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Identificação
O objetivo dessa etapa é identificar quem são as pessoas que mais falam e as mais
influentes sobre o tema monitorado. Influência é, basicamente, o volume de seguidores que a
pessoa que postou uma citação possui.
Podemos classificar esses usuários em três tipos que devem ser analisados de perto no
monitoramento da conversação em torno de uma marca:
• Emissores Principais – são aqueles que, simplesmente, por um motivo ou por outro,
mencionam a marca muitas vezes. • Detratores – são aqueles que reclamam e falam mal da
marca. • Defensores – são aqueles que falam muito bem e acabam muitas vezes atuando como
advogados da marca perante os demais usuários.
Identificar e criar relacionamento com essas pessoas é a grande chave para o sucesso de
uma estratégia nas Mídias Sociais.
Nessa etapa muitas ferramentas permitem que se busquem outras redes onde essas
pessoas estão presentes, isto é, ter o contato do Twitter e do Facebook de uma mesma pessoa.
Relacionamento
O objetivo maior das Mídias Sociais é criar um canal aberto de comunicação entre as
empresas e seus clientes.
Para isso é preciso ter regras claras de como se comunicar, seja definindo o tempo
máximo para resposta ou o tipo de linguagem a ser utilizada.
Monitoramentos bem elaborados possuem filtros que geram alertas para citações que
precisam ser respondidas imediatamente ou que indicam possíveis crises.
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tempo e complexidade de responder, o histórico de todo o relacionamento fica guardado em um
único local e torna-se possível agendar quando e o que postar em cada rede social.
Análise e reporte
A última etapa é acompanhar a evolução dos monitoramentos e seus resultados. Quando
permitido pela ferramenta, configure o painel de resultados para apresentar gráficos com as
principais métricas que lhe indicam quando tomar ou não uma ação corretiva.
Faça filtros considerando variações de tempo (análise por hora, dia, semana e mês) e
segmente suas análises ao nível das tags e redes monitoradas.
Leve em conta outros fatores externos que podem ter ocorrido no período antes de
chegar a conclusões somente com os dados capturados e analisados.
Apêndice
Um bom Analista de Mídias Sociais precisa dominar as ferramentas do seu dia a dia,
mas também precisa saber quais são os principais grupos de ferramentas que são utilizadas na
gestão e monitoramento de resultados de uma estratégia online – guarda-chuva maior do qual
as campanhas em Mídias Sociais fazem parte.
Ferramentas de audiência
Medem a audiência dos sites registrando os endereços acessados pelos usuários que
fazem parte de seu painel. O painel é formado por um grupo de usuários situados em casa ou
no ambiente de trabalho com uma distribuição demográfica representativa da população online
total nesses pontos de acesso. Com esses dados, os dois serviços realizam a estimativa das
métricas.
Principais:
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http://www.iabbrasil.org.br/arquivos/doc/IAB_Metricas_Metodologia_e_Interpretacao_mai11.pdf
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• Ibope Nielsen (NetView) – http://bit.ly/ QYDwMf • Comscore – http://bit.ly/aepRn5
Principais informações:
Principais:
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 51
Ferramentas de ad servers
Principais:
Análise de Resultados
O processo de análise de resultados nas Mídias Sociais tem como característica principal
a análise de dados quantitativos e qualitativos; além de ter que considerar a influência de fatores
externos – mídia off-line, por exemplo.
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Curso de Práticas em Mídias Sociais 52
Definir
Métricas e
KPIs
Otimizar
Coletar dados
Resultados
Disseminar
Analisar
Relatórios
Ferramentas podem ser usadas em todas as etapas descritas no fluxograma, mas somente
com a finalidade de dar escala e agilidade, pois é a capacidade analítica e de raciocínio lógico
do Analista de Mídias Sociais que garantirá a qualidade e utilidade das análises.
Todo esse processo de análise é social, isto é, e depende de envolvimento humano para
que seja extraída a melhor informação possível dos dados coletados.
Sempre que possível, recomenda-se projetar metas para cada uma das métricas e/ou
indicadores. Esse processo é facilitado quando há um histórico de resultados de ações passadas
que tenham utilizado os mesmos canais.
Métricas
Métricas são estatísticas simples que indicam objetivamente o valor de um item que está
sendo acompanhado.
A análise de uma única métrica, na grande maioria das vezes, não é o suficiente para
que se possa tomar uma ação tática com total segurança.
Existem métricas que são comuns a todas as redes sociais e outras que são específicas;
isso ocorre devido à variedade de interações que se pode ter em cada uma das redes.
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Facebook:
Foursquare
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• Seguidores
Audiência
• Fãs
• Compartilhar
Endosso
• RT
• Compras
Conversão
• Visitas
• Comentários
Relacionamento
• Replies
Coletar Dados
Deve-se criar uma rotina padronizada de coleta para garantir que os dados venham
sempre das mesmas fontes e na recorrência de tempo definida – diária, semanal ou mensal.
Muitas redes sociais já permitem que seus dados sejam extraídos automaticamente por
ferramentas de monitoramento. No entanto, deve-se ter muita atenção naquelas onde à coleta é
manual, pois o preenchimento errado de dados é bastante comum.
Durante esse processo de coleta, organização e limpeza dos dados que muitas análises
são construídas.
Analisar
Defina o período a ser analisado e sempre leve em conta os possíveis efeitos do ambiente
externo antes de chegar a uma conclusão. As Mídias Sociais são fortemente influenciadas pelo
contexto externo e outras fontes que nem sempre são possíveis de se monitorar.
Procure compartilhar suas análises com pessoas de outras áreas, visões e experiências
profissionais diferentes. As análises mais ricas são aquelas que tiveram mais de um ponto de
vista investigados.
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Use e abuse de fórmulas estatísticas para analisar os dados e suportar suas afirmações –
variação de percentual, média, média móvel, quartil, distribuição normal, etc.
Siga sempre um caminho lógico para fazer as análises, mas não se prenda a ele como se
fosse uma regra que não se possa mudar.
Disseminar Relatórios
Par todo projeto elabore um cronograma realista para a data de entrega desses relatórios
– não subestime o tempo que se gasta para preparar um a apresentação em PowerPoint ou
atualizar um dashboard em Excel. Sempre que possível, elabore templates e complete ele com
as análises e informações.
Bons relatórios são feitos pensando no público final, isto é, faça um relatório para cada
público que irá consumir as análises e tomar decisões. Diretores tendem a precisar de relatórios
com poucas informações e que passam uma visão mais geral da performance do projeto;
enquanto Gerentes de Produto precisam de informações abertas em dados e explicações bem
detalhadas para poderem tomar suas decisões.
Use e abuse de gráficos e figuras para expressar as análises, mas evite usar diversas
cores – siga um padrão que permita saber rapidamente que algo está indo bem ou mal (vermelho
para ruim, por exemplo).
Sempre inclua um glossário com a explicação do que se refere cada termo técnico e um
campo indicando quais são as fontes de dados e sua data de coleta e período de análise.
Otimizar Resultados
Garanta que as análises estão sendo repassadas as áreas que podem promover essas
otimizações e crie um histórico dessas melhorias e entendimentos – muitos erros podem ser
evitados somente ao olhar o histórico das ações e projetos passados.
Uma vez que as otimizações são feitas, os processos acabam por mudar e as métricas e
indicadores também precisam ser revistos.
Esse é um ciclo vivo e deve sempre ser visto assim – não há limite para melhorias.
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As boas ações devem virar cases e serem apresentados a todos que participaram do
projeto e os erros nunca esquecidos para que não se cometam novamente.
Referências Bibliográficas
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Sociedade. São Paulo: Jorge Zahar Editor, 2003
CHATFIELD, Tom. Como Viver na Era Digital. São Paulo: Objetiva, 2012
GIARDELLI, Gil. Você é o que Você Compartilha. São Paulo: Gente Editora, 2012
NEGROPONTE, Nicholas. A Vida Digital. São Paulo: Companhia das Letras, 1995
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http://www.slideshare.net/interney/oficina-de-social-media-marketing-campus-party-brasil-
2011
http://www.slideshare.net/papercliq/planejamento-de-comunicacao-em-midias-sociais
http://www.slideshare.net/brunounix/exemplo-de-plano-de-mdias-sociais-12104421
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http://blogmidia8.com/2012/02/pequenas-empresas-nas-redes-sociais-2.html
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interney-na-campus-party-2011/
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http://www.scup.com
http://papercliq.com.br/
http://resultadosdigitais.com.br/
http://www.socialbakers.com/
http://tarciziosilva.com.br/blog/
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