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FACULDADE DE MEDICINA
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM
SAÚDE, AMBIENTE E TRABALHO
RAFAEL CABRAL
Dissertação de Mestrado
CDU: 612.78:331.4
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DABAHIA
FACULDADE DE MEDICINA
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM
SAÚDE, AMBIENTE E TRABALHO
RAFAEL CABRAL
iii
COMISSÂO EXAMINADORA
Membros Titulares:
Campinas (2009).
iv
DEDICATÓRIA
v
FONTES DE FINANCIAMENTO
vi
AGRADECIMENTOS
Às amigas Lílian Paternostro, Émile Rocha, Máira Lopes e Andréa Gomes pelas
trocas e suporte emocional nos momentos difíceis.
Aos amigos Avilani Pinto, Marcos Vinicius Santana e Mirella Aguiar parceiros de
mestrado е irmãos na amizade qυе fizeram parte da minha formação е qυе vão
continuar presentes em minha vida.
vii
SUMÁRIO
8
X.IV. ANEXO 4 – Protocolo de pré-gravação ................................................................ 112
X.VI. Anexo 5 – Roteiro de gravação .............................................................................. 113
X.VI. ANEXO 6 – CAPE-V ................................................................................................ 114
X.VII. Anexo 7 – Carta de apresentação à juízas ......................................................... 115
X.VIII. Anexo 8 – Calibração para avaliação das vozes pelas juízas ........................ 117
X.IX. Anexo 9 – Índice de Triagem do Distúrbio Vocal (ITDV) .................................... 119
X.X. Anexo 10 – Questionário Efeitos esperados pré-intervenção ............................ 120
X.XI. Anexo 11 - Questionário Efeitos esperados pós-intervenção ........................... 121
X.XII. Anexo 12 – Protocolo de percepção pós-intervenção ....................................... 122
X.XIII. Anexo 13 – Aprovação do Comitê de ética em pesquisa ................................ 123
X.XIV. Anexo 14 – Instruções aos autores: Audiology Communication Research .. 129
X.XV. Anexo 15 – Comprovante de Submissão do Artigo 1 ....................................... 138
X.XVI. Anexo 16 – Instruções aos autores Instruções aos autores: Revista CEFAC
............................................................................................................................................... 139
X.XVII. Anexo 17 – Comprovante de Submissão do Artigo 2 ..................................... 149
XI. APÊNDICE ........................................................................................................................ 150
XI.I. Apêndice 1 – Orientações – execução da intervenção ........................................ 150
9
Índice de Tabelas
Artigo 1
Artigo 2
10
Índice de Figuras
Artigo 1
Artigo 2
11
I. RESUMO
12
II. INTRODUÇÃO
a população geral e que foram mais propensos a indicar que a sua voz limita sua
procurar ajuda profissional para a sua voz quando comparados ao grupo de não
voz relatados por professores de 11,6% e 7,5% para não professores, 73% dos
13
al.,2011). Para a prevenção do DVRT medidas individuais e coletivas são
exercício com trato vocal semiocluído com canudo imerso a água. Pesquisas
relatam que durante a execução do ETVSO existe uma melhor interação entre
glote e supraglote, fazendo com que a emissão da voz seja mais fluída com
vibrações das pregas vocais mais econômicas e uma melhor eficiência vocal
(TITZE, 2006; SAMPAIO et al., 2008; PAES, 2013; CIELO, 2013), aspectos
14
III. REVISÃO DE LITERATURA
2012).
conforto, má qualidade do ar, trabalho sob forte pressão são alguns fatores de
15
No referido protocolo, o DVRT é classificado como: “(...) qualquer forma
16
reconhecer o DVRT como uma questão de saúde pública, isso acontece desde
geral, 93,7% (15,1% com um sintoma, 13,3% com dois sintomas, 12,1% com
três sintomas, 10,8% com quatro sintomas, e 42,3% com cinco ou mais
sintomas) e 88,7% (22,5% com um, dois com 18,3%, 13,4% com três, de 8,7%,
mais propensos a indicar que a sua voz limita sua capacidade de realizar tarefas
17
32% e 1%, respectivamente e que apenas 14% procuraram atendimento
professores em 2001. O sintoma mais relatado foi “voz cansada”, referido por
professores, 73% dos professores autorreferiram ter tido algum problema de voz
durante a vida, já o grupo de não professores, esta prevalência cai para 35,8%.
(BEHLAU et al.,2011).
18
longo do trabalho docente (ALVES et al., 2010). Já o estudo de Dragone et al.
de 30% a 60%.
intenso da voz relatado por 91,7% das professoras, apontando ainda duas
alterações mais citadas: cansaço ao falar 69,1% e voz rouca ou fraca 67,9%
Outra pesquisa de corte transversal realizada por Ceballos et al. (2011) com 476
voz para os profissionais que possuem uma alta demanda de uso (PEDROSO,
19
Existem variações de ETVSO como vibração de línguas e lábios, sons
nasais, sons fricativos, emissão das vogais fechadas “i” e “u”, firmeza glótica,
uma fala mais suave, como na voz “confidencial”, mas sim para possibilitar uma
intensidade normal com menor fonotrauma dos tecidos da prega vocal (ROY et
al., 2006; PAES, 2013). A literatura relata que durante a execução do ETVSO
existe uma melhor interação entre glote e supraglote (fonte e filtro), fazendo com
que a emissão da voz seja mais fluída com vibrações das pregas vocais mais
econômicas e uma melhor eficiência vocal (TITZE, 2006; SAMPAIO et al., 2008;
jornadas prolongadas.
20
pregas vocais, diminuindo a tensão e o trauma na colisão das pregas vocais
que vai das pregas vocais até a boca, e age como um modificador na vibração
das pregas vocais, deixando esta movimentação mais confortável (PAES, 2013;
que cria resistência a um sistema de fluxo de energia, deixando a voz mais fluída
flexível.
para uso adulto. É necessário mantê-lo num recipiente de 1,7 litros, com dois
terços de água, para não transbordar durante exercício. A ponta do tubo deve
(SIMBERG, 2007)
21
utilizaram a técnica em 25 professoras com disfonia crônica com intuito de
O tubo flexível, também denominado lax vox, foi descrito por Sihvo (2007).
pet de 500 ml de água mineral, onde deve-se colocar a água até a metade. Para
se executar o exercício é necessário emitir um som /u:/ ou /vu:/ com a boca numa
O fluxo da voz e sua reflexão na água aumenta a pressão nas vias aéreas,
22
Estudo realizado com tubos de vidro e de plástico, com diversos
também que o músculo TA teve uma atividade maior nas vogais fechadas /i/ e
bilabial /β:/. Durante a fonação dos tubos foi solicitado aos participantes que
emitissem um som semelhante a vogal /u/. Cada técnica foi realizada de três
a realizar as tarefas duas vezes ao dia em suas residências. Neste estudo foram
23
As pesquisas realizadas e relatadas contribuem no fornecimento de dados
na atual pesquisa.
24
IV. OBJETIVOS
intervenção;
intervenção;
intervenção.
25
V. METODOLOGIA
uso da voz profissional apenas na atividade docente e ter carga laboral mínima
1 por estar afastada de sala de aula e os outras 3 por estarem com a idade acima
26
de 65 anos. Contudo, ocorreram ainda mais perdas ao longo da intervenção, 6
(ACs) dos docentes e nos intervalos das aulas para apresentação do projeto e
2 e 3).
Gravação vocal
27
Core™ i5 de 1,60GHz, placa de som de 64 bits da marca MAXXAUDIO4, em
modelo BEL-BABY2.
V), que consistiu na emissão sustentada das vogais /a:/ e /i:/ de 3 a 5 segundos;
“Como está sua voz hoje?”; Adicionalmente, foi solicitada a emissão da vogal /Ɛ:/
Avaliação perceptivoauditiva
28
O CAPE-V avalia seis parâmetros pré-determinados: intensidade global
considerados normais; entre 35,6% e 50,5%, sugerem que a qualidade vocal tem
orientadas a analisar os arquivos de cada voz com fone de ouvido com controle
29
preencher o protocolo já codificado, com a avaliação correspondente (ANEXO 7
e 8). As amostras das vozes dos sujeitos enviadas para cada avaliadora foram
Análise Acústica
VoxMetria: jitter (<0,60%); shimmer (< 6,50%); ruído (< 2,5 dB) e GNE (0,50 a
1,00 dB). Para a análise da vogal sustentada foram eliminados o início e final da
Autoavaliação vocal
30
“raramente”, “às vezes” ou “sempre”. Cada pontuação nas categorias “às vezes”
foram categorizadas após análise de conteúdo. Para essa análise foi conduzida
capazes de expressarem os relatos obtidos. Com base nesta análise, foi possível
docentes.
31
Confundidores
4) Intervenção
instrumentos que seriam aplicados, assim como foram treinados para realizar o
pet de 500 ml de água mineral da marca INDAIÁ® com água até a metade. As
de Stemple et al. (1995). Cada participante teve seus próprios instrumentos para
32
Os professores foram acompanhados pelos membros da equipe de
software Statistical Package for the Social Sciencies (SPSS) versão 19.0 para
diagrama Q-Q normal que traça os valores esperados para se obter a distribuição
normal contra os valores realmente vistos nos dados (FIELD, 2009). Após
devido a variações entre os indivíduos (ICC < 0,4 = pobre; 0,4 ≤ ICC < 0,75 =
33
0,70, mas pode ser aceito quando superior a 0,60, de ambas as formas se
2009). Além disso foi avaliada a diferença de variância das medidas com o teste
F com 5% de significância
juíza mais consistente com cálculo do coeficiente Alfa de Cronbach (pré: α=0,86;
CCI=0,95). Ambos sugerem uma confiabilidade excelente desta juíza. Ainda foi
6) Aspectos Éticos
Este estudo foi devidamente inscrito na Plataforma Brasil sob o CAAE no.
34
VI. RESULTADOS
VI.I. ARTIGO 1
35
VI.I ARTIGO 1
Rafael Cabral de Souza(1), Maria Lúcia Vaz Masson(2), Tânia Maria de Araújo(3)
da Bahia.
36
Contribuições de autoria: concepção da temática do projeto; planejamento da
Bahia, Salvador/BA.
Bolsa CAPES
Endereço: Rua Cônego Pereira, n 46, Ed. Santa Helena, Ap. 05, Barbalho,
37
RESUMO
Fonoaudiologia.
38
ABSTRACT
29 teachers from a state high school of Salvador, Bahia, Brazil. The subjects
performed for four weeks, a vocal tract exercise semi-occluded with commercial
tube immersed in water. It were compared vocal acoustic parameters (F0, jitter,
shimmer, noise and ratio GNE) and a vocal quality obtained before and after the
(p=0.03), and increased GNE (p=0.02). The other investigated parameters did
not differ significantly (p>0.05). Conclusion: The exercise used in the present
39
INTRODUÇÃO
trabalho sob forte pressão são alguns fatores de risco para o aparecimento do
distúrbio da voz(4,5,6,7).
com um sintoma, 13,3% com dois sintomas, 12,1% com três sintomas, 10,8%
com quatro sintomas, e 42,3% com cinco ou mais sintomas) contra 88,7% na
população em geral (22,5% com um, dois com 18,3%, 13,4% com três, de 8,7%,
mais propensos a indicar que a sua voz limitava sua capacidade de realizar
distúrbios de voz relatados por professores era de 11,6% e de 7,5% para não
professores; 73% dos professores autorreferiram ter tido algum problema de voz
40
durante a vida, já o grupo de não professores, esta prevalência caiu para
35,8%(3).
professoras(9).
professor no período de 1994 a 2008 analisou 500 títulos e revelou que, apesar
vocais. Esses estudos são ainda mais escassos quando se considerado estudos
que podem ser utilizadas é o exercício com trato vocal semiocluído (ETVSO).
O objetivo do ETVSO, além de treinar o sujeito para que tenha uma fala
supraglote (fonte e filtro), fazendo com que a emissão da voz seja mais fluida,
41
com vibrações das pregas vocais mais econômicas e uma melhor eficiência
jornadas prolongadas.
vocal(15).
voz para os profissionais que possuem uma alta demanda de uso (11), que é o
42
Este estudo tem como objetivo analisar o uso do exercício de fonação com
43
MÉTODOS
turno da noite.
População
uso da voz profissional apenas na atividade docente, ter carga laboral mínima
Procedimentos pré-intervenção
nos intervalos das aulas para apresentação do projeto e convite aos professores.
44
envelope contendo duas cópias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) (uma via para o pesquisador principal e outra para o próprio sujeito da
gravações.
pergunta “Como está sua voz hoje?”. Adicionalmente, foi solicitada a emissão da
45
também foi utilizado como instrumento de avaliação perceptivoauditiva da
shimmer (< 6,50%); ruído (< 2,5 dB), irregularidade (<4,75%) e GNE (0,50 a 1,00
Intervenção
flexível (lax vox). A utilização do canudo comercial como estratégia permitiu que
46
exercício. Os professores foram acompanhados pelos membros da equipe de
Procedimentos pós-intervenção
(pós-intervenção).
Para a análise acústica, foi utilizada apenas a emissão da vogal /Ɛ:/ para
ruído, por ser a amostra para qual o programa Voxmetria está calibrado e para
vocal.
19.0 para Windows foi utilizado para digitação, armazenamento e análise dos
47
distribuição normal contra os valores realmente vistos nos dados(20). Após esta
significância de 5%.
a analisar os arquivos de cada voz com fone de ouvido com controle de volume
(ICC < 0,4 = pobre; 0,4 ≤ ICC < 0,75 = satisfatória; ICC ≥ 0,75 = excelente), foi
48
utilizado o coeficiente α de Cronbach - o índice recomendado deve ser superior
a 0,70, mas pode ser aceito quando superior a 0,60, de ambas as formas se
variância das medidas com o teste F com 5% de significância. Para o estudo, foi
excelente desta juíza. Ainda foi aplicado o Teste F ao CCI (pré: p=0,02; pós:
Aspectos Éticos
Este estudo foi devidamente inscrito na Plataforma Brasil sob o CAAE no.
49
RESULTADOS
horária de trabalho, 31,0% referiram ter 40 horas e 44,7% trabalhavam por mais
trabalho.
(Tabela 1).
50
DISCUSSÃO
Portanto, neste estudo, a técnica testada (ETVSO) foi avaliada por parâmetros
que corrobora com estudo realizado com professoras de toda a rede de ensino
avaliação(21).
51
Os achados obtidos são coerentes com resultados de outros estudos. Em
laborais, com e sem queixas vocais. Os autores sugerem, como possível causa
52
uma ação maior e está menos suscetível à fadiga, devido a predominância de
vocais(23,24,25,26).
retroflexa, com diminuição da força adutora das pregas vocais, espera-se que a
impedância pela adução das pregas vocais e do alongamento do trato vocal com
a descida da laringe pode proporcionar uma voz mais eficiente e econômica (27).
vocais(13,15,28).
pela oscilação das pregas vocais. Na presente pesquisa, houve o aumento desta
53
proporção, indicando aumento da energia harmônica contrapondo o ruído.
glótica(12,28).
das pregas vocais e com sinal mais periódico, assim como a diminuição da
54
levemente alteradas, os achados deste estudo podem fornecer pistas mais
voz.
interesse.
resultados da pesquisa.
relevantes que apoiam a adoção de uma medida simples, acessível e que pode
boa estratégia de proteção à voz. Desse modo, incentiva sua adoção e estimula
estudos futuros que possam investir em conhecer mais sobre essa técnica e seu
alcance.
55
CONCLUSÃO
acústica. A intervenção tem potencial para ser utilizada como recurso protetor da
56
REFERÊNCIAS
Dec;12(4):480-8
2. Roy N. et al. Voice disorders in teachers and the general population: effects
5. Souza CL, Carvalho FM, Araújo TM, Reis EJBR, Lima VMC; Porto LA.
6. Lima-Silva MFB, Ferreira LP, Oliveira IB, Silva MAA, Ghirardi ACAM.
7. Cantor Cutiva LC, Vogel I, Burdorf A. Voice disorders in teachers and their
8. Roy, N. et al. Voice disorders in teachers and the general population: effects
57
9. Araújo TM, Reis EJFB, Carvalho FM, Porto LA, Reis IC, Andrade JMD.
10. Dragone MLS, Ferreira LP, Ciannini SPP. Voz do professor: uma revisão de
11. Pedroso MIL. Técnicas vocais para os profissionais da voz [monografia]. São
12. Titze IR. Voice Training and therapy with a semi-occluded vocal tract: rational
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semiocluído: revisão de literatura. Rev. CEFAC. 2013, vol.15, n.6, pp. 1679-
1689
ASHA 2003. Refletindo sobre o novo. Rev. soc. bras. Fonoaudiol., São Paulo,
v. 9, n. 3, p. 187-189, 2004.
58
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19. Stemple JC, Sabol JW, Lee L. The value of vocal function exercises in the
20. Field A. Explorando dados. In: Fild, A; Tradução Lorí Viali. Descobrindo a
21. Ribeiro VV, Cielo CA. Vocal acoustic and auditory-perceptual measures,
Santa Maria (Rio Grande do Sul), Brazil. Audiol., Commun. Res. 2014, vol.19,
n.4, pp.387-398.
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vocal sopro e som agudo. J. Soc. Bras. Fonoaudiol. 2012, vol.24, n.1, pp.1-
6.
23. Costa CB, Costa LHC, Oliveira G, Behlau M. Immediate effects of the
24. Pinho SMR, Pontes, PAL. Músculos intrínsecos da laringe e dinâmica vocal.
25. Scarpel RD, Pinho SMR. Aquecimento e desaquecimento vocal. In: Tópicos
CEFAC [online]. 2010, vol.12, n.3, pp.471-482. Epub July 02, 2010.
59
27. Laukkanen AM, Titze IR, Hoffman HH, Finnegan E. Effects of a semioccluded
vocal tract on laryngeal muscle activity and glottal adduction in a single female
60
Figura 1. Fluxograma com as etapas do estudo. Salvador, Bahia, 2015
Professores
n=71
Pré-intervenção
autoavaliação, avaliação perceptivo-auditiva e
análise acústica
n=36 (elegíveis)
Intervenção (ETVSO)
4 semanas
n=36
- Abandonos (n=6)
Pós-intervenção
autoavaliação, avaliação perceptivo-auditiva e
análise acústica
n=29
61
Tabela 1: Diferença entre as medidas obtidas da avaliação perceptivoauditiva e acústica nos momentos pré e pós-
intervenção com ETVSO em professores (n=29) de uma escola da rede estadual de ensino. Salvador, Bahia, 2015
Pré-intervenção Pós-intervenção
F0 média (Hz) /Ɛ:/ 185,98 33,24 193,65 184,12 34,77 190,88 0,7210**
Jitter (%) /Ɛ:/ 0,18 0,15 0,13 0,14 0,09 0,11 0,1090**
Shimmer (%) /Ɛ:/ 3,38 1,56 3,16 2,84 0,89 2,78 0,0450**
GNE (dB) /Ɛ:/ 0,86 0,12 ,92 0,90 0,08 0,94 0,0260*
Ruído (dB) /Ɛ:/ 0,80 0,51 0,56 0,63 0,34 0,50 0,0260**
(dB)
F0 média (Hz) Encadeada 183,54 31,36 191,84 183,24 33,55 192,86 0,8370**
**Teste de Wilcoxon
62
VI.II. ARTIGO 2
63
VI.II ARTIGO 2
Rafael Cabral de Souza(1), Maria Lúcia Vaz Masson(1), Tânia Maria de Araújo (2)
(1) Universidade Federal da Bahia, UFBA, Salvador, Ba, Brasil.
(2) Universidade Estadual de Feira de Santana, UEFS, Feira de Santana, BA,
Brasil.
Endereço: Rua Cônego Pereira, n 46, Ed. Santa Helena, Ap. 05, Barbalho,
Salvador/BA. CEP: 402300-756
E-mail: cabral.fono@yahoo.com.br
64
RESUMO
ABSTRACT
65
INTRODUÇÃO
O professor é o profissional que mais adoece por problemas de voz e ao
mesmo tempo é o grupo ocupacional que é alvo da maioria das pesquisas nesta
temática. Ganham destaque por apresentar alto risco de desenvolver distúrbios
da voz de origem ocupacional devido à exposição a fatores que se relacionam
com o ambiente e organização do trabalho1. Quando comparados a outras
profissões, evidencia-se alta ocorrência de alteração vocal em docentes,
associada a fatores como elevado ruído nas salas de aula e uso habitual de voz
em forte intensidade2.
Mesmo com grande frequência de alterações vocais, os professores
permanecem utilizando sua voz com uma demanda considerável, ressaltando
que eles estão expostos a riscos ocupacionais, além de ser pouco frequente a
utilização de técnicas protetoras para evitar o aparecimento destas alterações3.
Na literatura existe registro do desenvolvimento de alteração vocal
decorrente do uso ocupacional, relacionando-a ao recorrente uso excessivo da
voz2. Como os professores a utilizam intensamente estão pré-dispostos a
ocasionar um processo de atrito excessivo causado pela movimentação
repetitiva das pregas vocais, gerando um fonotrauma que pode levar a lesões
nos tecidos que fazem a composição da estrutura anatômica4-7.
Pesquisa de caráter transversal com 126 professores do ensino médio de
uma escola estadual de Macéio, Alagoas, no qual verificaram que 87,3% dos
professores autorreferiram alteração vocal ao longo do trabalho docente (ALVES
et al., 2010). Já o estudo de Dragone et al. (2010) analisou as publicações sobre
a voz do professor no período de 15 anos (entre 1994 a 2008) apontou
prevalências por problemas vocais autorreferidas de 30% a 60%8.
Estudos de intervenção são poucos realizados para verificar os efeitos de
determinadas técnicas nas vozes dos professores, um dos poucos estudos com
este desenho realizou um ensaio clínico randomizado objetivando verificar os
efeitos de duas técnicas em vozes de professores de nível superior. Participaram
42 professores de uma instituição de ensino superior público da cidade de Porto
Alegre. Os participantes foram randomizados em dois grupos: grupo de
massagem manual perilaríngea (G1) e grupo de treinamento vocal tradicional
(G2). Em ambos os grupos os sintomas vocais mais referidos foram sensação
de secura na garganta e rouquidão antes (66,6%, 40,4%, respectivamente) e
após as intervenções vocais (30,9%, 14,2%, respectivamente), mostrando uma
redução na prevalência de sintomas vocais após a execução das técnicas9.
Em pesquisa de análise descritiva objetivando descrever os resultados
obtidos por um programa de prevenção a saúde vocal do professor demonstrou
a diminuição significativa de sintomas vocais relatados pelos docentes que
participaram efetivamente do programa, em particular dos grupos avançados,
com realização de exercícios vocais10.
Considerando o exposto, o objetivo do presente trabalho é verificar os
efeitos do exercício de fonação em canudo comercial como uma estratégia
protetora da voz na qualidade vocal e na autoavaliação de professores de uma
escola da rede pública estadual de ensino.
66
MÉTODOS
Este estudo foi devidamente inscrito na Plataforma Brasil sob o CAAE no.
19722913.4.0000.0053 e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), sob o parecer nº
423.012/13.
Foi realizado um estudo pré e pós-teste com um grupo único de
professores, cego ao avaliador. Participaram 29 professores de um colégio da
rede pública estadual de ensino de Salvador, Bahia, entre os meses de julho a
outubro de 2015 (Figura 1). A amostra foi selecionada por critério de
conveniência. Após autorização da diretora da unidade escolar, através da
assinatura do termo de anuência, os integrantes da equipe, juntamente com o
pesquisador responsável pelo estudo, compareceram nos dias de Atividades
Complementares (ACs) e nos intervalos das aulas para apresentação do projeto
e convite de participação. Todos os docentes em exercício profisssional foram
convidados a participar da pesquisa. Aqueles que demonstraram interesse em
participar receberam um envelope contendo duas cópias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), uma cópia pertencia ao professor e
a outra foi assinada e devolvida à equipe, e o questionário intitulado “Condições
de Trabalho Docente” continha questões sociodemográficas, de situação
funcional, ambiente de trabalho, organização do trabalho, aspectos vocais,
emocionais, musculoesqueléticos, hábitos e estilo de vida.
Para participar do estudo, os docentes deveriam atender aos seguintes
critérios: apresentar o uso da voz profissional apenas na atividade docente e ter
carga laboral mínima de 20 horas semanais na atividade docente. Os critérios
de exclusão foram: estar em estado gripal ou com infecção de vias aéreas
superiores nos momentos de gravação da voz, ter idade acima de 65 anos, estar
realizando fonoterapia vocal concomitante ao período do estudo e não participar
de todas as etapas da pesquisa.
Gravação vocal
Utilizou-se o protocolo pré-gravação, criado pela equipe de pesquisa com
o objetivo de investigar presença de gripe, infecções de vias aéreas inferiores
e/ou alergias respiratórias que pudessem impedir o professor de participar do
estudo, de acordo com os critérios de exclusão e inclusão.
Verificados os critérios, os participantes tiveram suas amostras de voz
gravadas e arquivadas por meio do programa VoxMetria da CTS Informática,
instalado em laptop da marca DELL, modelo Inspiron 14R 5437-A10,
processador Intel® Core™ i5 de 1,60GHz, placa de som de 64 bits da marca
MAXXAUDIO4, em cabina audiométrica compacta, devidamente calibrada, da
marca OTOBEL e modelo BEL-BABY2.
As emissões foram captadas por microfone headset da marca SHURE,
modelo SM10A, unidirecional, acoplado a um pré-amplificador SHURE X2U XLR
e posicionado à distância de 4cm e em ângulo de 45º da boca do falante,
conforme orientação do fabricante do programa VoxMetria.
Para gravação vocal nos momentos pré e pós-intervenção, aplicou-se o
roteiro do protocolo “Consenso da Avaliação Perceptivo-Auditiva da Voz” (CAPE-
V), que consistiu na emissão sustentada das vogais /a:/ e /i:/, com duração de 3
a 5 segundos; leitura de cinco frases foneticamente balanceadas; resposta para
a pergunta “Como está sua voz hoje?”; Além das questões constantes do CAPE-
V, também foi solicitada a emissão da vogal /Ɛ:/ de 3 a 5 s e em tempo máximo
67
de fonação. Os professores foram solicitados a permanecerem em postura
sentada no interior da cabina e emitir as sequências em tom e intensidade
habitual.
Avaliação perceptivoauditiva
Aplicou-se o protocolo CAPE-V como instrumento de avaliação
perceptivoauditiva da qualidade vocal. O CAPE-V foi desenvolvido como uma
ferramenta para a avaliação da voz por fonoaudiólogos da American Speech-
Language-Hearing Association (ASHA), traduzido para o português por Behlau11.
O objetivo do CAPE-V é descrever a severidade de parâmetros
perceptivoauditivos de um problema vocal.
No presente estudo utilizou-se o parâmetro grau global de severidade
vocal para a avaliação das amostras vocais e análises estatísticas.
Três fonoaudiólogas, especialistas em voz e com experiência junto a
professores, foram calibradas por meio de amostras de vozes com as principais
qualidades vocais do protocolo e tipos de ressonâncias gravadas em Digital
Versatile Disc (DVD). As juízas foram solicitadas a ler as definições operacionais
e ouvir as amostras de vozes utilizando um fone de ouvido com controle de
volume da marca CLONE®. As amostras das vozes dos professores enviadas
para cada avaliadora foram previamente randomizadas de maneira simples por
meio do programa Research Randomizer, para que ocorresse cegamento pré e
pós-intervenção.
Autoavaliação vocal
Os participantes preencheram dois protocolos de autoavaliação: o Índice
de Triagem para Distúrbio de Voz (ITDV)12, antes e após a intervenção. Também
foram aplicadas e analisadas as respostas às questões abertas “Efeitos
Esperados Pré-intervenção” e “Efeitos Percebidos Pós-intervenção” elaboradas
pela equipe e questões sobre “Percepção Pós-Intervenção”, adaptadas de
Roy et al. (2003).
O ITDV é um instrumento utilizado para triagens vocais e possui alto grau
de sensibilidade. Assim, seu uso deve auxiliar no mapeamento do distúrbio de
voz do professor. O instrumento é validado e apresenta 12 sintomas vocais. O
participante deve assinalar a frequência com que apresenta tais sintomas:
“nunca”, “raramente”, “às vezes” ou “sempre”. Cada pontuação nas categorias
“às vezes” ou “sempre” representa um ponto. O escore total do ITDV é calculado
por meio da somatória simples dos pontos obtidos. Valores iguais ou superiores
a cinco sugerem a presença de distúrbio de voz12.
Os protocolos “Efeitos Esperados Pré-intervenção” e “Efeitos Percebidos
Pós-intervenção” apresentavam as seguintes questões abertas: “Na sua opinião,
quais os efeitos que a intervenção ocasionará? ” e “Cite os efeitos que percebeu
após a realização da intervenção”. As respostas a essas questões foram
categorizadas por meio de análise de conteúdo e distribuídas em frequências
simples13.
O protocolo “Percepção no pós-intervenção” analisou a percepção dos
professores quanto à intervenção e melhorias na comunicação promovidas. Por
uma escala de frequências (“Nada/Pouco”, “Moderadamente” e “Muito”), os
docentes assinalaram quanto perceberam de melhora nos critérios “qualidade
vocal”, “voz clara”, “facilidade ao falar” e se “acreditavam na intervenção”.
68
Intervenção
Todos os procedimentos de preparação e execução da intervenção foram
realizados pelos membros da equipe de pesquisa. A equipe recebeu treinamento
prévio por meio de oficinas para garantir a homogeneidade dos procedimentos
e monitorar os professores durante o período de intervenção.
Antes da intervenção todos os sujeitos tiveram contato prévio com os
instrumentos que seriam aplicados, assim como foram treinados para realizar o
procedimento e receberam um manual que auxiliava na execução da
intervenção.
Na intervenção aplicada, denominada exercício de trato vocal semiocluído
(ETVSO), adaptada de Sihvo14, utilizou-se canudo comercial. Para a execução
do procedimento, os professores foram orientados a emitir um som /v:/ ou /vu:/,
em três séries de dez repetições, em fonação confortável, sem tensão e em tom
habitual com um intervalo de descanso de um minuto entre as séries1. Utilizou-
se canudo comercial com 21cm de tamanho e 1cm de diâmetro, da marca
STRAWPLAST®, imerso cerca de 2 a 3 cm a uma garrafa pet de 500 ml (de água
mineral) da marca INDAIÁ® com água até a metade. As execuções das séries
aconteceram nos turnos matutino e noturno antes do início do turno de trabalho.
O tempo total de intervenção foi de quatro semanas baseado no estudo
de Stemple et al. (1995)15. Cada participante teve seus próprios instrumentos
para a intervenção (canudo e garrafa pet), sendo renovados sempre que
necessário. Os professores foram acompanhados pelos membros da equipe de
pesquisa diariamente durante todo o período de intervenção.
69
as formas se garante satisfatória consistência. Além disso, foi avaliada a
diferença de variância das medidas com o teste F com 5% de significância. Para
o estudo, foi considerada a análise da juíza mais consistente com cálculo do
coeficiente Alfa de Cronbach (pré: α=0,86; pós: α=0,97) e do coeficiente de
correlação intraclasse (pré:CCI=0,88; pós: CCI=0,95). Ambos sugerem uma
confiabilidade excelente desta juíza. Ainda foi aplicado o Teste F ao CCI (pré:
p=0,024; pós: p=0,001), verificando-se significância estatística (p<0,05).
Para a análise de conteúdo das perguntas abertas foi conduzida leitura e
releitura do material coletado, identificando as categorias-chave capazes de
expressarem os relatos obtidos. Com base nesta análise, foi possível identificar
os diferentes tipos de efeitos relatados e avaliar a sua frequência. Em seguida,
os efeitos mais referidos foram computados, sob forma de frequência simples, o
que possibilitou a comparação entre os principais efeitos relatados nos
momentos pré e pós-intervenção das respostas dos docentes. As respostas mais
frequentes foram “melhora na voz”, “menor cansaço”, “menor rouquidão”,
“conforto vocal” e “voz mais potente”.
RESULTADOS
Participaram da intervenção 29 professores, com média de idade de 45,28
(± 8,48) anos, variando entre 30 e 58 anos, na sua maioria do sexo feminino
79,3% (18 professoras). O tempo de trabalho na atividade docente variou entre
5 e 35 anos com média de 20,53 (± 7,32) anos. A carga horária semanal média
foi de 37 (± 16,63) horas/semana, com variação de 14 a 80 horas/semana.
A frequência de alteração vocal foi de 58,6%; 31% relataram já ter se
afastado em decorrência de uma alteração vocal. A maioria não fazia ingestão
de bebida alcoólica (55,2%) e nunca fumou (93,1%). Os professores relataram
ingestão de água durante as aulas (62,1%) e maior parte não poupava a voz nos
intervalos das aulas (55,2%).
Os parâmentros analisados mostraram melhora nos escores na pós-
intervenção. A média do escore da análise perceptivoauditiva caiu de 19,0 para
14,38 e a média do ITDV caiu de 4,03 para 2,55, ambas com diferenças
estisticamente significantes (Tabela 1)
A tabela 2 evidencia os indicadores autorreferidos nas questões abertas
dos questionários de percepção pré e pós-intervenção. Os parâmetros que
evidenciaram melhoras mais significativas da pré para a pós intervenção foram:
menor cansaço ao falar (13,8% para 37,1%), rouquidão (13,8% para 34,5%) e
conforto vocal (de 13,8% para 27,6%) (Tabela 2).
Na tabela 3 está exposta a frequência das variáveis do questionário pós
intervenção. Os dados obtidos revelam que grande parte dos sujeitos aderiu e
acreditou muito na intervenção (70,3% e 72,4%, respectivamente). Os sujeitos
relataram que houve melhora moderada dos sintomas vocais (44,8%) e que a
voz ficou mais clara (41,4%) após a intervenção. Quando perguntados sobre a
facilidade para falar, (48,3%) relataram que essa melhora foi significativa (Tabela
3).
DISCUSSÃO
O presente estudo teve o objetivo de verificar as mudanças na avaliação
perceptivoauditiva e nos itens autorreferidos após a realização do exercício de
fonação em canudo comercial imerso a água na voz de professores de uma
escola da rede pública estadual de Salvador, Bahia. Os resultados evidenciaram
70
melhora na avaliação perceptivoauditiva no grau geral de alteração após a
aplicação da técnica e nos dados autorreferidos como “melhora na voz”, “menor
cansaço”, “menor rouquidão”, “conforto vocal” e “voz mais potente”, houve ainda
redução da média do escore do IDTV, protocolo de autoavaliação utilizado.
O perfil do grupo de professores da presente pesquisa é análogo a demais
estudos realizados com docentes, predominado o sexo feminino, com carga
horária de trabalho superior a 20 horas/semana (média 37 horas/semana)1,17,18.
Estudos relatam que a alteração de voz nesta população está entre 54%
a 79,6%, corroborando com o achado neste estudo, no qual 58,6% dos
professores relataram alguma alteração vocal no momento da pesquisa. Este
percentual diminui quando o professor foi perguntado se houve aparecimento de
algum problema vocal nos últimos 6 meses (55,2%), mas ainda assim mantendo-
se elevada, como observado em outros estudos19,20.
Na avaliação perceptivoauditiva observou-se decréscimo do grau de
severidade global comparando os momentos pré e pós-intervenção com
significância estatística (p=0,01). Mesmo com a melhora da qualidade vocal após
a intervenção, as médias das porcentagens antes e após a intervenção ficaram
dentro dos padrões de normalidade pré (19,00%) e pós (14,3%). Em vozes
brasileiras, os escores entre 0 e 35,5% são considerados normais 21. Em
pesquisa realizada com professores de toda a rede de ensino fundamental na
cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, observou-se que os achados na
avaliação perceptivoauditiva, também avaliada na escala CAPE-V, estavam
dentro do padrão de normalidade, assim como no presente estudo 22. Outra
pesquisa encontrou resultados opostos em professores de um curso pré-
vestibular e verificou que 50% apresentaram alteração de leve a moderada, não
especificando a ferramenta utilizada para avaliação dessas vozes 23. De qualquer
forma, deve-se registrar que o fato dos dados evidenciarem que os parâmetros
investigados mostraram que os docentes estavam na faixa de normalidade, isso
não é inesperado, uma vez que foram estudados professores que se
encontravam em efetivo exercício profissional. Estudos ocupacionais têm
mostrado que trabalhadores, em geral, são mais saudáveis do que a população
geral, posto que estão continuamente em processo de seleção – trabalhadores
doentes não permanecem em atividade. Este efeito tem sido denominado efeito
trabalhador sadio, indicando que apenas os mais saudáveis permanecem nas
atividades profissionais. De qualquer forma, o que destaca-se aqui é que a
intervenção permitiu uma redução bastante significativa no parâmetro analisado,
fortalecendo a hipótese de efeitos benéficos da intervenção realizada.
A maioria dos estudos realizados com ETVSO avalia a melhora global da
voz, contudo, sem quantificar o grau de alteração. Em estudo realizado com 25
professoras que apresentavam disfonia crônica observou-se que 60% dos
professores tiveram melhora na qualidade vocal avaliada pelo CAPE-V após a
aplicação da técnica com o tubo de vidro24. Em outra pesquisa realizada, no qual
avaliou-se o efeito do canudo de alta resistência em 2 grupos (com lesão e sem
lesão laríngea), apesar de ter sido identificada melhora na voz após a aplicação
da técnica, no grau geral da alteração não houve significância estatística para
ambos os grupos25.
A autoavaliação da voz é bastante utilizada nas pesquisas com técnicas
vocais e, consequentemente, aumenta a sua importância na compreensão sobre
os efeitos e achados na percepção dos indivíduos em relação a voz após
aplicação das técnicas. É um procedimento não invasivo que apresenta
71
características próprias direcionadas às necessidades dos indivíduos, visando
fornecer elementos ao controle epidemiológico e individual26. Favorece ainda a
adesão dos sujeitos em determinadas ações preventivas, já que percebendo
concretamente estes benefícios, espera-se a continuidade da aplicação da
técnica e assim, ter uma medida protetora para evitar agravos vocais
posteriormente27-29.
Verificou-se uma diminuição média do escore do ITDV após a
intervenção. Isso demonstra que os participantes da atual pesquisa perceberam
uma menor intensidade de sinais e sintomas vocais após as quatro semanas de
uso da técnica de ETVSO, fazendo com que relatassem a melhora da emissão
vocal.
Não foi encontrado na literatura nenhuma menção referente a aplicação
do uso do ITDV após realização da técnica testada neste estudo em professores.
Porém, em ensaio clínico randomizado com protocolo análogo, o Voice Handicap
Index (VHI), observou-se redução significativa na pontuação do protocolo após
seis semanas de intervenção30. É importante ressaltar que este estudo
apresenta tempo maior de intervenção e não especifica as características da
população investigada. Outro ponto que deve ser levado em consideração é a
existência elevada de correlação entre os dois protocolos supracitados, porém
eles diferem entre si. O ITDV consiste em detectar a frequência de sintomas
vocais, enquanto o VHI verifica o impacto do problema de voz nas atividades de
vida diárias12.
No presente estudo verificou-se que os professores esperavam efeitos
benéficos da intervenção, como mostram as respostas assinaladas pelos
professores no questionário pós intervenção onde 72,3% relataram que
acreditavam muito na intervenção e a grande maioria, por acreditarem nos
benefícios, sinalizou, ao fim da intervenção, que a adesão foi satisfatória
(70,3%).
Depois da intervenção a melhora nos efeitos vocais vão ao encontro de
outras pesquisas que verificaram efeitos positivos. Estudo realizado com ETVSO
em fonação de canudo de alta resistência e a técnica de finger kazoo, observou-
se, na autoavaliação que os sujeitos referiram mais efeitos positivos após a
aplicação das técnicas27. Outra pesquisa realizada apenas com um indivíduo
observou que após a execução do tubo de vidro e de plástico ele referiu voz mais
projetada e com menos esforço em ambos os exercícios28.
Os resultados encontrados na atual pesquisa são concordantes com os
resultados de estudo realizado em 46 mulheres (com e sem queixas vocais), na
observação da autoavaliação vocal que evidenciou efeitos positivos com maior
frequência de respostas de voz “mais fácil e melhor”31.
Em pesquisa sobre o efeito imediato de uma sequência de quatro técnicas
de ETVSO em tubos, com 24 indivíduos com disfonia, observou-se predomínio
de efeitos positivos na autorreferência, como maior estabilidade vocal e
músculos relaxados29.
Analisando a literatura existente sobre o efeito dos exercícios de ETVSO,
conclui-se que grande parte observa o efeito imediato destes exercícios o que
torna difícil a comparação com a atual pesquisa. A observação do efeito
prolongado é importante para entender a percepção dos indivíduos em relação
a emissão vocal.
Também não podemos esquecer que o número restrito de sujeitos limitou
o estudo. Por se tratar de uma amostra de conveniência, sem um cálculo
72
amostral, os resultados desta pesquisa baseada em uma amostragem não
probabilística não permitem generalizações a respeito da população de
interesse. O número reduzido de sujeitos pode gerar erro tipo II (falso negativo)
que consiste em afirmar que não existe diferença estatística no grupo
estudado32. Em decorrência desta pequena amostra, não foi possível a alocação
aleatória com utilização de grupo controle. Além disto, deve-se considerar que a
melhora da autopercepção após a intervenção pode decorrer do efeito
Hawthorne: o fato dos professores se sentirem valorizados pelo cuidado e
atenção dispensados durante a pesquisa tende a reforçar a percepção de
mudança positiva do comportamento, buscando atender as expectativas que ela
imagina ser do pesquisador33.
Como já mencionado acima, outro fator limitante é o chamado efeito do
trabalhador sadio, muito encontrado em estudos ocupacionais, que justifica a
baixa ocorrência de professores com alterações vocais moderadas e intensas
autorreferidas no início da intervenção. Os sujeitos poderiam estar afastados,
readaptados ou abandonado a atividade pelo próprio agravo vocal,
subestimando a real frequência do fenômeno estudado e a pesquisa foi realizada
com os professores que permanecem em atividade laboral34.
Outra limitação desta pesquisa está ligada ao fato de não ter observado a
análise de variáveis confundidoras que poderiam influenciar os aspectos
estudados, justamente devido ao pequeno número amostral, o que também não
possibilitou a construção de um grupo controle.
CONCLUSÃO
O exercício do trato vocal semiocluído realizado com canudo comercial
promoveu melhoria na qualidade vocal após as quatro semanas de intervenção
e efeitos benéficos autorreferidos. Com isso, a técnica pode ser utilizada em
programas de saúde vocal como medida protetora para a voz em populações
que estão mais expostas a alterações vocais, como os professores. Sugere-se
ainda que a reflexão a respeito de determinantes ambientais e organizacionais
das escolas, os quais tem influência direta no distúrbio de voz em docentes,
devem ser objetivos de investigações em próximos estudos. A necessidade de
melhorias coletivas é imprescindível para o cuidado com a saúde vocal do
professor.
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34. SANTOS, IS. VICTORA, CG.. Serviços de saúde: epidemiologia,
pesquisa e avaliação. Cadernos de Saúde Pública. 2004 São Paulo, v. 20,
p.337-341.
75
Figura 1. Fluxograma de desenvolvimento da pesquisa. Salvador, Bahia, 2015
Professores
n=71
Intervenção (ETVSO)
4 semanas
n=36
- Abandonos (n=6)
Pós-intervenção
Autoavaliação e avaliação perceptivo-
auditiva
n=29
76
TABELA 1: ÍNDICES DO ESCORE DA AVALIAÇÃO PERCEPTIVOAUDITIVA
(PA) E DO QUESTIONÁRIO DE AUTOAVALIAÇÃO ITDV DE PROFESSORES
(N= 29) DA REDE ESTADUAL DE ENSINO PRÉ E PÓS-INTERVENÇÃO.
SALVADOR, BAHIA, 2015
Pré-intervenção Pós-intervenção
Desfecho Média DP Mediana Média DP Mediana p-valor
Escore PA 19,00 8,90 19,00 14,38 10,08 13,00 0,0100*
Escore ITDV 4,03 2,95 4,00 2,55 3,12 1,00 0,0020**
77
TABELA 2: INDICADORES DOS EFEITOS AUTORREFERIDOS PRÉ E PÓS
INTERVENÇÃO (ETVSO) EM 29 PROFESSORES DE UMA ESCOLA DA REDE
ESTADUAL DE SALVADOR, BAHIA, 2015
Variáveis Pré-intervenção Pós-intervenção
N % N %
78
TABELA 3: FREQUÊNCIAS DAS VARIÁVEIS DO QUESTIONÁRIO PÓS-
INTERVENÇÃO APLICADO APÓS A EXECUÇÃO DO ETVSO EM 29
DOCENTES DE UMA ESCOLA DA REDE ESTADUAL DE ENSINO.
SALVADOR, BAHIA, 2015
Variáveis Frequências (%)
79
VII. CONCLUSÕES
participantes.
80
VIII. SUMMARY
81
IX. REFERÊNCIAS
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2016.
89
X. ANEXOS
90
X.II. ANEXO 2- Termo de consentimento livre e esclarecido TCLE
Estamos realizando uma pesquisa no ambiente desta escola e com os seus professores,
intitulada: “Condições de Trabalho Docente e Saúde: intervenções para construção de
ambientes de trabalho saudáveis” e a sua participação é de grande importância. Este projeto é
resultado da cooperação de pesquisadores do Departamento de Saúde/UEFS, do Departamento
de Fonoaudiologia/UFBA e Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho/UFBA,
com técnicos da SEC-BA e objetiva estruturar programas de intervenção sobre os principais
problemas de saúde em professores (problemas de voz, LER-DORT e transtornos mentais), com
vistas à construção de ambientes de trabalho saudáveis na rede estadual de ensino da Bahia. As
atividades estão organizadas em quatro etapas: 1) diagnóstico (avaliação das condições de
trabalho e situação de saúde mental, vocal e osteomuscular dos docentes, por meio de
questionários); 2) intervenção (oficinas para os agravos osteomusculares e de saúde mental;
procedimentos fonoaudiológicos para os problemas de voz); 3) avaliação; e 4) divulgação dos
resultados/construção de programas de ação. Caso não aceite ou desista de participar em
qualquer fase desta pesquisa, fica-lhe assegurado que não haverá qualquer prejuízo. Este
documento foi feito em duas vias, uma ficará com você e outra com a equipe de pesquisa.
C) A etapa inicial será realizada com o esclarecimento do projeto, assim como convite para
participar do estudo, mediante a assinatura deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido;
E) A divulgação dos resultados será realizada para fins científicos, sendo preservada a sua
identidade;
91
F) Após a realização do programa de intervenção, você receberá relatórios dos profissionais de
saúde envolvidos, sendo realizadas orientações sobre a evolução e possíveis
encaminhamentos;
Eu,
____________________________________________________________________________
portadora do RG________________________ concordo em participar da pesquisa intitulada
“CONDIÇÕES DE TRABALHO DOCENTE E SAÚDE: INTERVENÇÕES PARA CONSTRUÇÃO DE
AMBIENTES DE TRABALHO SAUDÁVEIS”. Eu fui informado(a) que minha desistência poderá
ocorrer em qualquer momento, sem que me ocorram quaisquer prejuízos físicos ou mentais.
Declaro estar ciente de que a minha participação é voluntária e que fui devidamente
esclarecido(a) quanto aos objetivos e procedimentos aplicados. Assinatura do (a) participante:
__________________________________________________
Certos de poder contar com sua autorização, colocamo-nos à disposição para esclarecimentos
pelos contatos: e-mail araujo.tania@uefs.br, tel: (75) 3224-8089, com Tânia Maria de Araújo
(pesquisadora responsável); e-mail masson@ufba.br, tel: (71) 3283-8886, com Maria Lúcia Vaz
Masson (pesquisadora –UFBA). Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Feira
de Santana: e-mail cep@uefs.br, tel: (75) 3161-8124.
92
X.III. ANEXO 3 – Questionário sociodemográfico: “Condições de trabalho
docente”
Número do Questionário:
CONDIÇÕES DE TRABALHO
DOCENTE
Salvador, Bahia
2014
93
Prezado(a) Professor (a), respondendo a este questionário, você estará contribuindo
para o melhor conhecimento de sua saúde e de suas condições de trabalho. Leia as
instruções de cada bloco. Sua identidade estará totalmente preservada.
3( ) Viúvo 4( ) Separado/Divorciado
3. Qual a sua função nesta escola? Pode marcar mais de uma opção.
6. Em qual(is) rede(s) de ensino você leciona atualmente? Pode marcar mais de uma
opção.
94
1( )Pública municipal 2( )Pública estadual 3( )Pública federal 4( )Filantrópica
5( )Privada
7. Qual(is) o (s) nível(is)das turmas em que você ensina? Você pode marcar mais de
uma opção.
8. Qual(is) a(s) disciplinas que você leciona? Você pode marcar mais de uma opção.
7( ) Física 8( ) Biologia 9( ) Química 10( ) Sociologia 11( ) Filosofia 12( ) Artes 13(
) Redação
14( ) Meio Ambiente 15( ) Cidadania 16( ) Educação Física 17( ) Atividades de
Laboratório
11. Qual a média de alunos nas turmas em que você ensina? __________alunos.
12. Qual a sua carga horária atual de trabalho docente por semana?
______horas/sem.
13. Qual a sua carga horária atual de trabalho docente por semana nesta escola?
_____horas/sem.
95
14. Você realiza atividades extraclasse (planejamento, reunião com coordenação,
correção de provas etc.) fora de sua jornada semanal de trabalho? 1( ) sim 2( )
não
16. Além da atividade docente, você possui outra atividade remunerada? 1( ) sim 2(
) não
) não
) não
7( ) Outro __________________________________________________ 8( )
NÃO SE APLICA
96
7. Há umidade nas salas de aula? 1( ) sim 2( )
não
) não
12. Os móveis das salas de aula são adequados à sua estatura? 1( ) sim 2( )
não
13. A ventilação das salas de aula onde você ensina é feita predominantemente
por:
Para as questões abaixo, assinale a resposta que melhor corresponda a sua situação de
trabalho. Às vezes nenhuma das opções de resposta corresponde exatamente a sua
situação; neste caso, escolha aquela que mais se aproxima de sua realidade.
97
2. Seu trabalho envolve muito trabalho 4
1 discordo 2 3
repetitivo. concordo
fortemente discordo concordo
fortemente
4
3. Seu trabalho requer que você seja criativo. 1 discordo 2 3
concordo
fortemente discordo concordo
fortemente
98
16. Seu trabalho te exige muito 4
1 discordo 2 3
emocionalmente. concordo
fortemente discordo concordo
fortemente
4
discordo
19. Seu trabalho exige muito esforço físico. 1 2 3
concordo
fortemente discordo concordo
fortemente
99
29. Onde você trabalha, vocês tentam dividir
igualmente as discordo
4
1 2 3
concordo
fortemente discordo concordo
dificuldades do trabalho. fortemente
4
36. Nos últimos anos, meu trabalho passou a 1 discordo 2 3
concordo
exigir cada vez mais de mim. totalmente discordo concordo
totalmente
1
37. Eu tenho o respeito que mereço dos seus discordo
2 3 4 concordo
chefes e supervisores. discordo concordo totalmente
totalmente
1
38. No trabalho, eu posso contar com apoio discordo
2 3 4 concordo
em situações difíceis. discordo concordo totalmente
totalmente
1
39. No trabalho, eu sou tratado(a) discordo
2 3 4 concordo
injustamente. discordo concordo totalmente
totalmente
1
40. Eu vejo poucas possibilidades de ser discordo
2 3 4 concordo
promovido no futuro. discordo concordo totalmente
totalmente
1
41. No trabalho, eu passei ou ainda posso discordo
2 3 4 concordo
passar por mudanças não desejadas. discordo concordo totalmente
totalmente
100
43. A posição que ocupo atualmente no 1
concordo
2 3 4
trabalho está de acordo com a minha discordo
discordo concordo totalmente
formação e treinamento. totalmente
1
45. Minhas perspectivas de promoção estão discordo
2 3 4 concordo
de acordo com meu esforço e conquistas discordo concordo totalmente
totalmente
1
46. Levando em conta todo o meu esforço e discordo
2 3 4 concordo
conquistas, meu salário/renda é adequado. discordo concordo totalmente
totalmente
1
47. No trabalho, eu me sinto facilmente discordo 2 3 4 concordo
sufocado(a) pela pressão do tempo. discordo concordo totalmente
totalmente
1
48. Assim que acordo pela manhã, já discordo
2 3 4 concordo
começo a pensar nos problemas do trabalho. discordo concordo totalmente
totalmente
1
50. As pessoas íntimas dizem que eu me discordo
2 3 4 concordo
sacrifico muito por causa do meu trabalho. discordo concordo totalmente
totalmente
1
51 O trabalho não me deixa; ele ainda está discordo
2 3 4 concordo
na minha cabeça quando vou dormir. discordo concordo totalmente
totalmente
2 sim, depois
3
54. Você se candidataria ao seu emprego 1 sim, sem de
definitivamente
novamente? hesitação refletir sobre
não
isto
3 nem
55. Como você avaliaria sua 1 muito
ruim ruim,
4
muito boa
2 5
qualidade de vida? ruim boa
nem boa
101
BLOCO V - VÍNCULO COM A CARREIRA PROFISSIONAL
A seguir, você encontrará uma série de afirmativas sobre aspectos de sua vida
profissional. Use o código abaixo, que vai de 1 a 5, para informar o seu grau de
concordância com o significado de cada frase – Circule o número correspondente à sua
resposta:
CHAVE DE RESPOSTAS:
1 2 3 4 5
↓ ↓ ↓ ↓ ↓
102
10. Os problemas que eu encontro nesta carreira profissional às
vezes me fazem questionar se os ganhos estão sendo 1 2 3 4 5
compensadores.
11. Quantas horas você dedica, por dia, às tarefas domésticas? _______ horas
[ ] Não se aplica
103
1. Você participa de atividades regulares de lazer? 0 não 1 sim
104
2. Esta alteração vocal já dura mais que quatro semanas? 1( ) sim 2( ) não 8( )
não se aplica
3. Você teve alguma alteração vocal nos últimos 6 meses? 1( ) sim 2( ) não
4. Caso tenha tido alteração vocal nos últimos 6 meses, quantos episódios foram?
__________
5. Nos últimos 6 meses, quantas faltas ao seu trabalho foram motivadas por
alterações vocais?
N de faltas: ____________
7. Caso tenha sido afastado(a) por alterações vocais, o afastamento foi por quanto
tempo?
Outro tratamento
(especificar):_______________________________________________
10. Sua voz foi avaliada em seu exame pré-admissional como professor? 1( ) sim
2( ) não
105
11. Frequência do uso de sua voz durante as aulas (marque X):
Falar alto
Gritar
Cantar
12. Você possui algum parente consanguíneo que tem ou teve alguma alteração
vocal?
1( ) sim 2( )não
14. Você costuma beber água durante o período em que está dando aulas? 1( )
sim 2( ) não
15. Que volume de água você bebe por dia? (1 copo = 200 ml) N de
copos:_________
17. Você realiza outras atividades que exijam uso da voz? 1( ) sim 2( ) não
19. Marque um “X” na opção que melhor descreve a frequência com que você tem
os sintomas abaixo:
106
Rouquidão
Perda da voz
Falhas na voz
Voz grossa
Pigarro
Tosse seca
Tosse com
secreção
Dor ao falar
Dor ao engolir
Secreção/Pigarro
Garganta seca
Cansaço ao falar
BLOCO VIII
As próximas questões estão relacionadas a situações que você pode ter vivido nos últimos
30 DIAS. Se você sentiu a situação descrita nos últimos 30 DIAS responda SIM. Se você
não sentiu a situação, responda NÃO. Se você está incerto sobre como responder, dê a
melhor resposta que você puder.
107
5. Tem tremores nas mãos? 1 sim 0 não
11. Encontra dificuldade de realizar, com satisfação, suas tarefas 1 sim 0 não
diárias?
12. Tem dificuldade para tomar decisões? 1 sim 0 não
16. Você se sente uma pessoa inútil em sua vida? 1 sim 0 não
BLOCO IX
1( ) não 2( ) sim
Se você respondeu SIM, por favor, complete a coluna para cada parte do corpo na qual
surgiu a dor, no quadro a seguir.
Atenção: cada coluna diz respeito a uma parte do corpo descrita na primeira linha.
108
Punho/mã
Antebraço
das costas
Tornozelo
Parte alta
Cotovelo
Pescoço
lombar
Ombro
Região
Joelho
Perna
Coxa
Pé
o
I. Que lado incomoda você?
1: Direito 2: Esquerdo 3: Os
dois
5: A cada 2 ou 3 meses 6: A
cada 6 meses
1: Sim 2: Não
seu desconforto?
109
Nenhum (0)
Insuportável (5)
1: Sim 2: Não
1: Sim 2: Não
1: Sim 2: Não
1. Quais as situações de violência que já aconteceram nesta escola? Pode marcar mais
de uma opção.
110
10( ) problemas com drogas 11( ) roubo de objetos pessoais 12( ) pichações
Protocolo de Pré-Gravação
ID: _______ Data: ___ /____ /______ Turno: ________________ Nº de aulas dadas
no dia:______
112
X.VI. Anexo 5 – Roteiro de gravação
- Sequência de gravação:
6. Inspire profundamente e fale a vogal “E” até o máximo de tempo que conseguir.
113
X.VI. ANEXO 6 – CAPE-V
1. QUALIDADE VOCAL
114
X.VII. Anexo 7 – Carta de apresentação à juízas
Prezado(a) Juiz(a),
Você está recebendo um DVD com amostras codificadas de fala de 34 professores. Cada
pasta numerada com um ID (número de identificação) representa um sujeito da pesquisa.
Dentro desta pasta haverá duas subpastas do mesmo sujeito, uma contendo amostras de
voz referentes à gravação pré-intervenção e outra, à gravação pós-intervenção. Estas
subpastas foram randomizadas de modo que o código que as identifica não significa,
necessariamente, uma sequência temporal entre elas.
Em cada subpasta constam três arquivos: duas vogais sustentadas (/a:/ e /i:/); e uma
sequência de frases foneticamente balanceadas. A amostra de fala espontânea foi excluída
da análise, pois seu conteúdo identificava o momento em que a gravação da voz foi
realizada. Desta forma, comprometeria o cegamento dos avaliadores. Você irá ouvir os
arquivos de cada subpasta e preencher o protocolo já codificado, com a avaliação
correspondente.
Para se assinalar o grau do desvio observado, será utilizada uma escala analógica linear,
com 10 cm de extensão (de 0 a 100 mm), na qual será registrada a avaliação específica
de cada parâmetro. A escala apresenta referências para a marcação do grau de alteração
vocal: discreto (DI), moderado (MO) e severo (SE). A marcação à extrema esquerda
indica nenhum desvio e à extrema direta, desvio severo. Você deverá fazer um traço,
perpendicular a essa linha, de modo a identificar o grau de alteração das amostras de voz
avaliadas em cada subpasta. Essa marcação será, ao final de sua avaliação, transformada
no número correspondente, por meio de leitura direta com régua milimetrada. Além da
marcação do desvio nos parâmetros referidos, você deverá indicar se a alteração
assinalada é consistente (C) ou intermitente (I), circulando a respectiva letra impressa na
115
folha de respostas. Quando um parâmetro é avaliado como consistente, indica que ele
esteve presente durante todas as tarefas de fala, já o intermitente indica presença
assistemática do desvio.
No seu kit, ainda constam um fone de ouvido, que deve ser utilizado no momento da
análise das vozes e devolvido, juntamente com o restante do material; e os protocolos de
avaliação já nomeados com o ID da pasta e o código da subpasta (atenção para o
preenchimento do protocolo correspondente ao ID e subpasta analisada).
O prazo máximo para entrega deste material será ____/____/______. Caso as avaliações
sejam finalizadas antes deste prazo, por favor, entre em contato com o responsável da
pesquisa (Rafael Cabral – (71) 993322585).
Atenciosamente,
116
X.VIII. Anexo 8 – Calibração para avaliação das vozes pelas juízas
117
Oral: concentração de energia na cavidade da boca. Em geral está associada à
sobrearticulação dos sons, sendo uma emissão de característica afetada, mais
frequente nas classes sociais altas.
Laríngea: há uso excessivo da laringe, resultando numa emissão tensa, com
foco de ressonância baixo e sem projeção adequada.
Faríngea: emissão de voz tensa, acompanhada de característica metálica, por
reflexão do som nos pilares faríngeos.
Laringofaríngea: tensionamento conjunto da faringe e laringe. Voz com
qualidade comprimida ou tensa-estrangulada.
Laringofaríngea com compensação nasal: é a ressonância laringofaríngea
utilizada de modo intenso, somada ao uso compensatório da cavidade nasal
para suavização da emissão.
Cul de sac: abaixamento de região posterior, podendo ou não haver elevação do
véu e constrição de pilares e faringe, simultaneamente (PINHO, 1998).
Referências Bibliográficas:
PINHO, SMR.; PONTES, PAL . Escala de avaliação perceptiva da fonte glótica: RASAT. Jornal
do Conselho Federal de Fonoaudiologia, brasília, v. VII, n. 15, p. 14-15, 2002.
118
X.IX. Anexo 9 – Índice de Triagem do Distúrbio Vocal (ITDV)
Índice de Triagem para Distúrbio de Voz validado por Ghirardi et al. (2013)
Marque um “X” na opção que melhor descreve a frequência com que você tem os
sintomas abaixo:
Rouquidão
Perda da voz
Falhas na voz
Voz grossa
Pigarro
Tosse seca
Dor ao falar
Dor ao engolir
Secreção/Pigarro
Garganta seca
Cansaço ao falar
119
X.X. Anexo 10 – Questionário Efeitos esperados pré-intervenção
*Pré-intervenção: _________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
120
X.XI. Anexo 11 - Questionário Efeitos esperados pós-intervenção
*Pós-intervenção: _________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
121
X.XII. Anexo 12 – Protocolo de percepção pós-intervenção
Leia cada pergunta e, em seguida, marque o grau que indica a sua real avaliação:
122
X.XIII. Anexo 13 – Aprovação do Comitê de ética em pesquisa
123
124
125
126
127
128
X.XIV. Anexo 14 – Instruções aos autores: Audiology Communication
Research
Escopo e política
Não serão aceitos relato de casos simples, revisão simples de literatura, resumos,
resenhas e relatórios técnicos.
129
emwww.who.int/ictrp/network/primary/en/index.html ou www.ensaiosclinicos.gov.b
r/. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo.
As normas que se seguem devem ser obedecidas para todos os tipos de trabalhos e
foram baseadas no formato proposto peloInternational Committee of Medical
Journal Editors e publicado no artigo "Uniform requirements for manuscripts
submitted to biomedical journals", versão de abril de 2010, disponível
em: www.icmje.org/urm_full.pdf.
Artigos originais
130
A Apresentação do caso clínico deverá conter a afirmação de que os sujeitos
envolvidos (ou seus responsáveis) assinaram do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, consentindo, desta forma, com a realização e divulgação da pesquisa e
seus resultados. No caso de utilização de imagens de pacientes, anexar cópia do
Consentimento Livre e Esclarecido dos mesmos, constando a aprovação para
utilização das imagens em periódicos científicos.
Não há limitação para o número de referências. Das referências citadas, pelo menos
70% deverão ser constituídas de artigos publicados em periódicos da literatura
nacional e estrangeira, preferencialmente nos últimos cinco anos.
Comunicações breves
Devem ser apresentadas, no máximo 15 referências, das quais pelo menos 70%
deverão ser constituídas de artigos publicados em periódicos da literatura nacional e
estrangeira, preferencialmente nos últimos cinco anos.
Cartas ao editor
REQUISITOS TÉCNICOS
131
Devem ser incluídos, obrigatoriamente, além do arquivo do artigo, os seguintes
documentos suplementares (digitalizados):
Forma: O texto deve ser formatado em Microsoft Word, em papel tamanho ISO A4
(212x297mm),
Margem: 2,5 cm de cada lado
Fonte: Arial tamanho 12 para texto. Para tabelas, quadros, figuras e anexos: fonte
Arial 8
Espaçamento entre linhas: espaço duplo (inclusive tabelas, quadros e anexos)
Recuos e espaçamentos: zero
Alinhamento do texto: justificado
Tabulação de parágrafo: 1,25 cm
Sequência do artigo: cada seção deve ser iniciada em uma nova página, na
seguinte sequência: página de identificação, Resumo e
descritores, Abstract e keywords, texto (de acordo com os itens necessários à seção
para a qual o artigo foi enviado), Agradecimentos, Referências, tabelas, quadros,
figuras (gráficos, fotografias e ilustrações) e anexos, com suas respectivas legendas.
Página de identificação
132
g) declaração de inexistência de conflitos de interesse de cada autor;
h) texto breve descrevendo a contribuição de cada autor listado.
Autoria
São considerados autores aqueles que têm efetiva contribuição intelectual e científica
na realização do trabalho. Todas as pessoas designadas como autores devem
responder pela autoria do artigo e ter participado suficientemente do trabalho para
assumir responsabilidade pública pelo seu conteúdo. O crédito de autoria deve ser
baseado por contribuições substanciais durante:
As pessoas que não cumprem estes requisitos e que tiveram participação puramente
técnica (ato operatório, revisão bibliográfica, chefes de departamento, serviços ou
financiados) devem ser listadas nos agradecimentos. A participação limitada à
obtenção de fundos, coleta de dados, supervisão geral ou chefia de um grupo de
pesquisa não justifica autoria.
Resumo e descritores
Para Relatos de caso originais o resumo não deve ser estruturado e não deve
apresentar headlines.
Texto
133
O texto deverá obedecer a estrutura exigida para cada tipo de artigo. A citação dos
autores no texto deverá ser numérica e sequencial, utilizando algarismos arábicos
entre parênteses e sobrescritos, sem data e sem nenhuma referência ao nome dos
autores, como no exemplo:
Numerais: até dez devem ser escritos por extenso. Somente a partir do 11 é que
devem ser indicados por numerais arábicos.
Agradecimentos
Referências
Para todas as referências, citar todos os autores até seis. Acima de seis, citar os seis
primeiros, seguidos da expressãoet al.
ARTIGOS DE PERIÓDICOS
Musiek FE, Shinn JB, Jirsa R, Bamiou DE, Baran JA, Zaida E. The GIN (Gaps in Noise)
test performance in subjects with confirmed central auditory nervous system
involvement. Ear Hear. 2005Dec;26(6):608-18.
LIVROS
Coates V, Beznos GW, Françoso LA. Medicina do adolescente. 2ª ed. São Paulo:
Sarvier; 2003. 731p.
134
CAPÍTULO DE LIVRO
Santos MFC, Pereira LD. Escuta com Dígitos. In: Pereira LD. Schochat E. (Org.)
Processamento auditivo: manual de avaliação. São Paulo: Lovise, 1997. p.15-32.
DISSERTAÇÕES E TESES
Linares AE. Correlação do potencial auditivo de estado estável com outros achados
em audiologia pediátrica [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo – Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo; 2009.
DOCUMENTOS ELETRÔNICOS
ASHA: American Speech and Hearing Association [Internet]. Rockville: American
Speech-Language-Hearing Association; c1997-2008.Otitis media, hearing and
language development. [cited 2003 Aug 29]; [about 3 screens} Available
from:http://www.asha.org/consumers/brochures/otitis_media.htm
Tabelas
Devem ser apresentadas separadamente do texto, cada uma em uma página, ao final
do artigo, após as referências. As tabelas devem ser digitadas com espaço duplo e
fonte Arial 8, numeradas sequencialmente, em algarismos arábicos, na ordem em
que foram citadas no texto. Deve ser indicado no texto o local de inserção de cada
tabela. Todas as tabelas deverão ter título reduzido, auto-explicativo, inserido acima
da tabela, sem abreviações ou siglas. Devem ser apresentadas em preto e branco,
com linhas simples, sem nenhum destaque. Todas as colunas da tabela devem ser
identificadas com um cabeçalho. No rodapé da tabela deve constar legenda para
abreviaturas e testes estatísticos utilizados. O número de tabelas deve ser apenas o
suficiente para a descrição dos dados de maneira concisa, e não devem repetir
informações apresentadas no corpo do texto. Quanto à forma de apresentação,
devem ter traçados horizontais separando o cabeçalho, o corpo e a conclusão da
tabela. Devem ser abertas lateralmente. Serão aceitas, no máximo, cinco tabelas.
Quadros
135
As figuras deverão ser encaminhadas separadamente do texto, cada uma em uma
página, ao final do artigo, após as referências. Devem ser numeradas
sequencialmente, em algarismos arábicos, conforme a ordem de aparecimento no
texto. Deve ser indicado no texto o local de inserção de cada figura. No rodapé deve
constar legenda para abreviaturas e siglas. Todas as figuras deverão ter qualidade
gráfica adequada (podem ser coloridas, preto e branco ou em escala de cinza, sempre
com fundo branco), e apresentar título sem abreviações ou siglas, digitado em fonte
Arial 8, abaixo da figura. Se as figuras já tiverem sido publicadas em outro local,
deverão vir acompanhadas de autorização por escrito do autor/editor e constando a
fonte na legenda da ilustração. Serão aceitas, no máximo, cinco figuras.
Anexos
São dados necessários à compreensão do texto. Podem ser apresentados como listas,
protocolos, formulários, testes etc. Devem ser digitados com espaço duplo e fonte
Arial 8, numerados sequencialmente, em algarismos arábicos, conforme a ordem de
aparecimento no texto. Devem ter título reduzido, auto-explicativo, inserido acima
do conteúdo, sem abreviações ou siglas. Devem ser apresentados em preto e branco.
Legendas
Abreviaturas e siglas
Devem ser precedidas do nome completo quando citadas pela primeira vez no texto.
Nas legendas das tabelas, quadros, figuras e anexos devem constar o significado das
abreviaturas e siglas por extenso. Não devem ser usadas no título dos artigos e nem
no resumo.
Notas de rodapé
Quando houver nota de rodapé, deve ser identificada com um asterisco (*). No caso
de ocorrência de mais de uma nota de rodapé, as seguintes devem acrescentar
asteriscos. No rodapé, a nota deve ser formatada em fonte Arial 10, com parágrafo
justificado.
Unidades de medida
Tradução
136
realizarem a tradução do documento para a língua inglesa, garantindo pelo menos a
revisão por empresa especializada com experiência internacional.
Representações comerciais
Agentes terapêuticos devem ser indicados pelos seus nomes genéricos seguidos,
entre parênteses, pelo nome comercial, fabricante, cidade, estado e país de origem.
Todos os instrumentos ou aparelhos de fabricação utilizados devem ser citados com
o seu nome comercial, fabricante, cidade, estado e país de origem. É necessária a
colocação do símbolo (sobrescrito) de marca registrada ® ou ™em todos os nomes de
instrumentos ou outras representações comerciais.
Envio de manuscritos
SUBMISSÃO DO MANUSCRITO
137
X.XV. Anexo 15 – Comprovante de Submissão do Artigo 1
138
X.XVI. Anexo 16 – Instruções aos autores Instruções aos autores: Revista
CEFAC
Escopo e política
A REVISTA CEFAC - Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal (Rev.
CEFAC.), ISSN 1516-1846, indexada nas bases de dados LILACS, SciELO, BVS,
Sumários.org, Gale, Eletronic Journals Service - Redalyc, ABEC, é publicada
bimestralmente com o objetivo de registrar a produção científica sobre temas
relevantes para a Fonoaudiologia e áreas afins. São aceitos para apreciação apenas
trabalhos completos originais, preferencialmente em Inglês, também podendo ser
em Português ou Espanhol; que não tenham sido anteriormente publicados, nem que
estejam em processo de análise por outra revista. Caso aprovados, os artigos (tanto
em língua estrangeira quanto na versão em português) deverão vir acompanhados
de comprovante de que a tradução (língua estrangeira) e a correção (português)
foram feitas por profissional habilitado, não necessitando ser juramentado.
Inicialmente, a submissão poderá ser feita na versão em português, mas caso o
artigo seja aprovado, o envio da versão em inglês é obrigatória. Podem ser
encaminhados: artigos originais de pesquisa, artigos de revisão, comunicação breve
e relatos de casos clínicos.
Todos os trabalhos, após avaliação técnica inicial e aprovação pelo Corpo Editorial,
serão encaminhados para análise e avaliação de, no mínimo, dois pareceristas (peer
review) de reconhecida competência no assunto abordado cujo anonimato é
garantido durante o processo de julgamento.
Tipos de trabalhos
139
tópicos: Introdução (Introduction), Métodos (Methods), Resultados (Results),
Discussão (Discussion), Conclusão (Conclusion) e Referências (References).Máximo
de40 referências constituídas de 70% de artigos publicados em periódicos da
literatura nacional e internacional, sendo estes preferencialmente dos últimos 5 anos.
É recomendado: uso de subtítulos, menção de implicações clínicas e limitações do
estudo, particularmente na discussão do artigo. Sugere-se, quando apropriado, o
detalhamento do tópico “Métodos”, informando a aprovação do Comitê de Ética e o
número do processo, o desenho do estudo, local onde foi realizado, participantes,
desfechos clínicos de interesse e intervenção. O resumo deve ser estruturado com
250 palavras no máximo e conter os tópicos: Objetivo (Purpose), Métodos (Methods),
Resultados (Results) e Conclusão (Conclusion).
140
disponível em:http://www.icmje.org/
A Revista CEFAC apóia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização
Mundial de Saúde (OMS) e do International Committee of Medical Journal
Editors (ICMJE), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e
a divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto.
Um ensaio clínico é qualquer estudo que atribua seres humanos prospectivamente
a grupos de intervenção ou de comparação para avaliar a relação de causa e efeito
entre uma intervenção médica e um desfecho de saúde. Os ensaios clínicos devem
ser registrados em um dos seguintes registros:
REQUISITOS TÉCNICOS
a) Arquivos em Word, formato de página A4 (212 X 297mm), digitado em espaço
simples, fonte Arial, tamanho 12, margens superior, inferior, direita e esquerda de
2,5 cm, com páginas numeradas em algarismos arábicos, na sequência: página de
título, resumo, descritores, abstract, keywords, texto, agradecimentos, referências,
tabelas ou figuras com as respectivas legendas.
O manuscrito deve ter até 15 páginas, digitadas em espaço simples (conta-se da
introdução até antes das referências), máximo de 10 tabelas (ou figuras). Gráficos,
fotografias e ilustrações se caracterizam como figuras. Questionários podem vir
como Anexo e devem, necessariamente, estar em formato de quadro.
141
Não será permitida a inclusão de um novo autor após o recebimento da primeira
revisão feita pelos pareceristas.
PREPARO DO MANUSCRITO
Em síntese:
Título do manuscrito: em português ou espanhol e em inglês.
Título resumido: até 40 caracteres em português, espanhol ou em inglês.
Autor Principal (1), Primeiro Co-Autor (2)...
(1)nome da entidade institucional onde foi desenvolvido o artigo, Cidade, Estado e
País.
Nome, endereço e e-mail do autor responsável.
Área:
Tipo de manuscrito:
Fonte de auxílio: citar apenas se houver
Conflito de Interesse:
142
No caso de Ensaios Clínicos, abaixo do Resumo, indicar o número de registro na
base de Ensaios Clínicos (http://clinicaltrials.gov).
143
Artigos de Periódicos
Autor(es) do artigo. Título do artigo. Título do periódico abreviado. Data, ano de
publicação; volume(número):página inicial-final do artigo.
Ex.: Shriberg LD, Flipsen PJ, Thielke H, Kwiatkowski J, Kertoy MK, Katcher ML et
al. Risk for speech disorder associated with early recurrent otitis media with
effusions: two retrospective studies. J Speech Lang Hear Res. 2000;43(1):79-99.
Observação: Quando as páginas do artigo consultado apresentarem números
coincidentes, eliminar os dígitos iguais. Ex: p. 320-329; usar 320-9.
Ex.: Halpern SD, Ubel PA, Caplan AL. Solid-organ transplantation in HIV-infected
patients. N Engl J Med. 2002Jul;25(4):284-7.
Ausência de Autoria
Título do artigo. Título do periódico abreviado. Ano de publicação;
volume(número):página inicial-final do artigo.
Ex.: Combating undernutrition in the Third World. Lancet.1988;1(8581):334-6.
Livros
Autor(es) do livro. Título do livro. Edição. Cidade de publicação: Editora; Ano de
publicação.
Ex.: Murray PR, Rosenthal KS, Kobayashi GS, Pfaller MA. Medical microbiology. 4th
ed. St. Louis: Mosby; 2002.
Capítulos de Livro
Autor(es) do capítulo. Título do capítulo. “In”: nome(s) do(s) autor(es) ou
editor(es). Título do livro. Edição. Cidade de publicação: Editora; Ano de publicação.
Página inicial-final do capítulo.
Ex.: Meltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosome alterations in human solid
tumors. In: Vogelstein B, Kinzler KW, editors. The genetic basis of human cancer.
New York: McGraw-Hill; 2002. p. 93-113.
Observações: Na identificação da cidade da publicação, a sigla do estado ou
província pode ser também acrescentada entre parênteses. Ex.: Berkeley (CA); e
quando se tratar de país pode ser acrescentado por extenso. Ex.: Adelaide
(Austrália);
Quando for a primeira edição do livro, não há necessidade de identificá-la. A
indicação do número da edição será de acordo com a abreviatura em língua
portuguesa. Ex.: 4ª ed.
Anais de Congressos
Autor(es) do trabalho. Título do trabalho. Título do evento; data do evento; local
do evento. Cidade de publicação: Editora; Ano de publicação.
Ex.: Harnden P, Joffe JK, Jones WG, editors. Germ cell tumours V. Proceedings of
the 5th Germ Cell Tumour Conference; 2001 Sep 13-15; Leeds, UK. New York:
Springer; 2002.
144
instituição; Ano de defesa do trabalho.
Ex.: Borkowski MM. Infant sleep and feeding: a telephone survey of Hispanic
Americans [dissertation]. Mount Pleasant (MI): Central Michigan University; 2002.
Ex.: TannouriI AJR, Silveira PG. Campanha de prevenção do AVC: doença carotídea
extracerebral na população da grande Florianópolis [trabalho de conclusão de
curso]. Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina. Curso de
Medicina. Departamento de Clínica Médica; 2005.
Ex.: Cantarelli A. Língua: que órgão é este? [monografia]. São Paulo (SP): CEFAC
– Saúde e Educação; 1998.
Material Audiovisual
Autor(es). Título do material [tipo do material]. Cidade de publicação: Editora; ano.
Ex.: Marchesan IQ. Deglutição atípica ou adaptada? [Fita de vídeo]. São Paulo (SP):
Pró-Fono Departamento Editorial; 1995. [Curso em Vídeo].
Documentos eletrônicos
ASHA: American Speech and Hearing Association. Otitis media, hearing and
language development. [cited 2003 Aug 29]. Available
from:http://asha.org/consumers/brochures/otitis_media.htm.2000
Monografia na Internet
Autor(es). Título [monografia na Internet]. Cidade de publicação: Editora; data da
publicação [data de acesso com a expressão “acesso em”]. Endereço do site com a
expressão “Disponível em:”.
Ex.: Foley KM, Gelband H, editores. Improving palliative care for cancer
[monografia na Internet]. Washington: National Academy Press; 2001 [acesso em
2002 Jul 9]. Disponível em: http://www.nap.edu/books/0309074029/html/
Homepage
Autor(es) da homepage (se houver). Título da homepage [homepage na Internet].
Cidade: instituição; data(s) de registro* [data da última atualização com a
expressão “atualizada em”; data de acesso com a expressão “acesso em“].
Endereço do site com a expressão “Disponível em:”.
Ex.: Cancer-Pain.org [homepage na Internet]. New York: Association of Cancer
145
Online Resources, Inc.; c2000-01 [atualizada em 2002 May 16; acesso em 2002
Jul 9]. Disponível em: http://www.cancer-pain.org/
146
10. Abreviaturas e Siglas: devem ser precedidas do nome completo quando
citadas pela primeira vez. Nas legendas das tabelas e figuras devem ser
acompanhadas de seu nome por extenso. Quando presentes em tabelas e figuras,
as abreviaturas e siglas devem estar com os respectivos significados nas legendas.
Não devem ser usadas no título e no resumo.
11. Unidades: valores de grandezas físicas devem ser referidos nos padrões do
Sistema Internacional de Unidades, disponível no
endereço: http://www.inmetro.gov.br/infotec/publicacoes/Si/si.htm.
____________________________________
(assinatura)
147
____________________________________
(assinatura)
TAXA DE PUBLICAÇÃO
Envio de manuscritos
148
X.XVII. Anexo 17 – Comprovante de Submissão do Artigo 2
149
XI. APÊNDICE
Caro(a) professor(a),
O exercício vocal com o canudo deverá ser realizado no começo de cada turno
de trabalho, nesta e nas demais instituições onde exerça a função de docente, por 4
semanas consecutivas.
Pronto, prof. (a) agora já pode direcionar-se a sala de aula e começar as suas atividades.
Boa aula.
150