Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Mineiros- GO
2021
ANA RAQUEL DE JESUS ARAÚJO
Mineiros
2021
“Seja bala, relógio,
Ou a lâmina colérica,
É, contudo, uma ausência
O que esse homem leva.”
(João Cabral de Melo Neto)
RESUMO
Few still recognize the value of preventive maintenance of metallic elements, not
taking into account what the lack of it will cause the useful life of the structure. It is
necessary to know the pathological problems that may arise in a steel construction
system, from its conception until the end of its useful life, as well as the test methods
that help in the identification of possible failures without destroying the part, and the
best way to maintain it. The data presented here was a bibliographic review of
national and international technical articles, where it was possible to make a
systematic data survey, where it was identified that maintenance is an important
factor not only after the construction of the building. In order to maintain the useful
life, the maintenance schedule must be foreseen in the design of the project,
following the regulations that guarantee the safety of the building and its useful life.
Keywords: Maintenance of Steel Structures; Non-destructive testing; Corrosion of
Steel.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................7
2. A HISTÓRIA DO FERRO......................................................................................9
3. A HISTÓRIA DO AÇO.........................................................................................10
4. O AÇO NO BRASIL.............................................................................................11
5. CONSTRUÇÃO DE BRASILIA...........................................................................13
6. PATOLOGIA........................................................................................................14
7. MANUTENÇÃO...................................................................................................15
8. AVALIAÇÃO ESTRUTURAL..............................................................................18
9. ENSAIOS NÃO- DESTRUTIVOS (END).............................................................19
10. DEGRADAÇÃO DO AÇO.................................................................................22
11. CORROSÃO.....................................................................................................25
12. PROTEÇÃO E RESTAURAÇÃO.....................................................................28
13. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................32
REFERÊNCIAS...........................................................................................................33
7
1. INTRODUÇÃO
2. A HISTÓRIA DO FERRO
Há cerca de oito mil anos atrás, nas grandes civilizações como as do Egito,
Índia e Babilônia, foram onde se registraram os primeiros usos do ferro, onde estas
apenas usavam como adornos construtivos e/ou armas militares. (CHAMBERLAIN
et al., 2013).
Segundo Caldas (2011), a forja dominou o mercado da produção de ferro até
a primeira metade do século XV, onde continuamente estes fornos foram sendo
melhorados, dando origem a novos processos. Já na segunda metade do mesmo
século começou- se a produzir o ferro pelo ‘refino’ de ferro- gusa, e junto com a
crescente utilização da força motriz da água, difundia-se com o uso de cilindros
laminadores e trefilações a fio.
Sacchi (2016) diz que a Revolução Industrial foi determinante para que a
fronteira entre o ferro e aço fosse quebrada. Isso pelo fato de que foi nesse período
que se foram aprimorados os fornos, que não somente permitiam eliminar as
impurezas do ferro, como a capacidade de adicionar a ele elementos que lhe
tornasse mais resistentes.
Chamberlain et al. (2013) descreve que foi somente no século XVIII, com o
estouro da Primeira Revolução Industrial, que o ferro foi comumente usado em
grande escala, elevado nos países da Inglaterra, França e Alemanha. No mesmo
século, no ano de 1779 na cidade de Coalbrokdale, na Inglaterra, foi construída a
primeira grande obra em ferro, a ponte sobre o rio Severn.
Caldas (2011) discorre que a história do ferro no Brasil se iniciou logo após a
descoberta do país no século XVI, quando em meados do ano de 1554 o Padre
Anchieta reportou a corte Portuguesa sobre a ocorrência de minas de ferro e prata.
Mas foi somente no ano de 1587 que o mesmo começou a ser industrializado no
país, o pioneiro dessa indústria foi o português Afonso Sardinha, nesse período a
produção de tal material só aumentava.
Porém durante a chamada de febre do ouro em 1785, a rainha de Portugal D.
Maria veio a proibir a existência de fábricas na colônia, que somente voltaria a ser
permitidas após a ascensão de D. João VI ao trono, foi com a chegada de Wilhelm
von Eschwege, em 1810, que foi criado a primeira Fábrica do Ferro no País, que
situava- se na cidade mineira de Congonhas do Campo (JUNIOR, 2002).
10
3. A HISTÓRIA DO AÇO
4. O AÇO NO BRASIL
5. CONSTRUÇÃO DE BRASILIA
6. PATOLOGIA
7. MANUTENÇÃO
de segurança dentro dos limites estabelecidos durante o seu tempo de vida, sem
necessidade de reparações de grande magnitude. Estas intervenções devem prever
a implantação de um sistema de manutenção dos materiais, verificando suas
conformidades técnicas, operações e gestão, conforme ilustra a figura I.
8. AVALIAÇÃO ESTRUTURAL
10.DEGRADAÇÃO DO AÇO
O estudo das patologias que degradam as estruturas metálicas deve ser feito
de forma mais sistêmica, os dados coletados devem- se manter um controle maior
sobre as patologias apresentadas. A insuficiência de publicações e pesquisas
brasileiras nesta área afetam o controle de qualidade e manifestações patológicas
em construções metálicas (SACCHI,2016).
A inspeção e manutenção sistemática, periódica, prevê possíveis falhas, e
ainda dará maior tempo para manutenção, aumentando a durabilidade, e mantendo
a integridade estrutural. Palechor (2013) ainda define que os requisitos para uma
manutenção bem sucedida é a detecção de danos ainda nas fases iniciais. As
fissuras podem vir a causar variações de rigidez locais que afetam o comportamento
estático e dinâmico estrutural.
A exposição prolongada à umidade pode criar acúmulo de ferrugem,
causar mudanças na fundação ou danificar e dobrar os painéis dos edifícios se
o peso do acúmulo for pesado o suficiente. A umidade pode ainda provocar
corrosão, crescimento de fungos e bactérias, enfraquecimento e deformação dos
materiais de superfície (Barger,2015).
Xerez Neto e Cunha (2020), relaciona as patologias em estruturas metálicas
com os processos de corrosão presentes em seus elementos constituintes em sua
composição estrutural como nas ligações soldadas e parafusadas. Identificadas de
formas localizadas ou não, são capazes de levar a estrutura ao colapso. O autor
classifica as patologias em três tipos diferentes podendo elas ser adquiridas,
transmitidas ou atávicas. Onde aquelas adquiridas são às provenientes dos
elementos externos, as transmitidas são as que são causadas por vícios
construtivos, e as atávicas são resultantes de erros de escritório como falha de
cálculo ou no dimensionamento dos elementos estruturais.
Devido à falta de conhecimento técnicos sobre a utilização dos materiais
metálicos industrializados, as patologias podem surgir durante as primeiras etapas
construtivas da edificação, e com o tempo, estás patologias agravam-se podendo
causar um colapso estrutural. Apenas o detalhamento de cálculo estrutural e o
projeto não são suficientes para garantir a qualidade e vida útil de uma construção
em aço. Os processos de degradação do aço se classificam como químicos,
23
biológicos e físicos, bem como outros fatores que atuam sobre o material
influenciando o desempenho estrutural metálico, sendo correlacionados os defeitos
mais frequentes de acordo com a tabela 1 (COSTA, 2012).
Tabela 1- Processos de degradação
Químicos e
Físicos Outros eventos
biológicos
Acumulo de detritos e pó
Acumulo de água
Sobrecarga
Corrosão
Impacto
Fadiga
Fogo
Contaminação X X X X
Tipos de Patologias
Deformação X X X X X
Deterioração X X X X
Descontinuidade X X X X X
Deslocamento X X X X X
Perda de material X X X X X X
Adaptado da obra de Costa (2012, pág. 4)
Excluindo as ações, previamente mencionadas, das ações acidentais, os
principais motivos de degradação do aço são a corrosão e fadiga, sendo assim
considerar a redução destes dois mecanismos devem estar previstos tanto no
projeto de novas estruturas quanto no plano de manutenção das estruturas já
existentes (COSTA, 2012).
A durabilidade das estruturas são determinadas pelas características
ambientais, pelas propriedades dos materiais e por suas condições funcionais. Onde
o ambiente ao redor da estrutura influencia na taxa de corrosão dos materiais
metalicos e na deteriorização dos sistemas de proteção. A ISO 9226:1992, trás que
a taxa de corrosão do metal podem ser estimados pelos dados ambientais, sendo
assim, categorizados pela poluição e tempo de exposição a umidade, ou ainda, se
baseando nas taxas de corrosão atmosfericas padrão (CORREIA; PERNETA, 2012).
Rosa e Pravia (2011), coloca que as falhas que são encontradas com mais
frequências em estruturas de aço são a corrosão, localizada e generalizada,
deformações excessivas, que no geral são causadas pelo excesso de cargas e/ou
24
efeitos térmicos não previstos no projeto, flambagem local ou global, que são
causados pelo uso de perfis estruturais incompatíveis, fraturas e propagação de
fraturas que são falhas que se iniciam pelas concentrações de tensões, devido ao
detalhamento inadequado, defeitos nas ligações e/ou variações de tensões não
consideradas no projeto.
Temos seis tipos de manifestações patológicas que ocorrem mais comumente
em estruturas metálicas como mostra o Quadro 1 abaixo de Pravia e Betinelli (2016)
apud Sacchi (2016):
Quadro 1: Manifestações Patológicas mais comuns e suas causas
MANISFESTAÇÕES CAUSAS
PATOLOGICAS NO AÇO
Causada por deficiência de drenagem das
águas pluviais e deficiências de detalhes
Corrosão Localizada
construtivos, permitindo o acúmulo de umidade
e de agentes agressivos.
Causada pela ausencia de proteção contra o
Corrosão Generalizada
processo de corrosão.
Causadas por sobrecargas ou efeitos térmicos
Deformações Excessivas não previstos no projeto original, ou ainda,
deficiencia na disposição de travejamentos.
Causadas pelo uso de modelos estruturais
incorretos para verificação da estabilidade, ou
Flambagem Local ou Global deficiências no enrijecimento local de chapas,
ou efeitos de imperfeições geométricas não
consideradas no projeto e cálculo.
Falhas estas iniciadas por concentração de
Fratura e Propagação de tensões, devido a detalhes de projeto
Fraturas inadequados, defeitos de solda, ou variações
de tensão não previstas no projeto.
Fonte: Pravia e Betinelli (2016) apud Sacchi (2016)
25
11. CORROSÃO
Figura II- corrosão uniforme em superfície metálica - Fonte: Gentil (1996) apud Oliveira, 2012.
Corrosão por placas (Figura III), são aquelas que ocorre em regiões da
superfície, tendo como característica a apresentação de o que pode ser definido
como sendo uma escavação no material (OLIVEIRA).
27
Figura III- corrosão em placa metálica - Fonte: Gentil (1996) apud Oliveira, 2012.
A corrosão intragranular (Figura IV), diferente das outras não se apresenta na
superfície do metal, e sim ocorre dentro dos cristais do material. A mesma ocorre
através da perda das propriedades mecânicas do material, e pode vir a fraturar o
material a qualquer momento (OLIVEIRA).
Figura IV- exemplo de corrosão intragranular – Fonte: Gentil (1996) apud Oliveira, 2012.
Já a corrosão galvânica ocorre quando há a junção entre dois materiais
diferentes. Sendo ela mais intensa quando os materiais utilizados forem mais
distantes na tabela de materiais eletroquímicos, ou seja, em termos de nobreza no
meio considerado.
28
Sacchi e Souza (2016), diz que o método de proteção contra a corrosão mais
comumente utilizado é a pintura industrial, tendo como finalidade a aplicação de
elementos anticorrosivos através da aplicação da pintura. Quando a defeitos na
pintura é possível identificar através da inspeção visual. Castro (1999), diz que além
da pintura, a galvanização e a adoção de aços com alta resistência à corrosão
podem retardar o processo corrosivo do aço.
Quando a um quadro corrosivo na estrutura, e depois de avaliado o grau na
qual a mesma está submetida segue o processo de recuperação. Se a ação da
corrosão esteja superficial, pode-se apenas realizar uma limpeza no local, e refazer
a pintura. Sendo indicado que seja utilizado o jato de areia, pois é o meio que
garante a limpeza adequada, eliminando quase todo resquício de ferrugem. Caso
este método de limpeza não seja possível, analisa-se a utilização do esquema de
limpeza mecânica, sendo que neste caso, deve- se procurar utilizar uma tinta
compatível com a tinta que já existia e que a aderência seja compatível com o
esquema de limpeza adotado. Se o processo corrosivo já esteja em estado
avançado, recomenda-se fazer um reforço ou substituir os elementos danificados.
Sendo que independente da escolha feita, se deve fazer uma limpeza adequada
com jato de areia (CASTRO,1999).
O CBCA, diz que a proteção contra corrosão é um sistema composto, sendo
necessários que sejam feitos: a limpeza da superfície, que a pintura de base seja
aderente a superfície do aço e que a pintura de acabamento tenha aderência a
pintura da base, complete a espessura necessária para proteção e de à cor de
acabamento final. Na aplicação da pintura deve-se tomar todos os cuidados
necessários, e fazer de forma correta e esquematizada, pois falhas na pintura
também agravam o quadro corrosivo do aço, segundo Nunes e Lobo (2014), as
principais manifestações de falhas em pinturas em estruturas metálicas são:
Impregnação: que é quando a superfície da tinta se apresenta áspera como
lixa. Causada por abrasivos e poeira levadas pelo vento quando a tinta ainda estava
úmida, pintura feita sem breve limpeza da superfície contaminada com abrasivos e
poeira, aplicação da tinta com equipamentos contaminados;
29
REFERÊNCIAS
CHOI, Y. I1. (2002). “Damage Identification Techniques for Bridges Using Static
Response Tese de Doutorado” Hanyang University Seoul.
34
SENA, Gildeon Oliveira de et al. Patologia das Construções. Salvador: 2B, 2020.
SILVA, Valdir Pignatta e; FRUCHTENGARTEN, Julio. Dimensionamento de
Estruturas de Aço. São Paulo: USP, 2012.
XEREZ NETO, Jary de; CUNHA, Alex Sander da. Estruturas Metálicas: manual
prático para projetos, dimensionamento e laudos técnicos. São Paulo: Oficina dos
Textos, 2020.