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vocẽ sabe que eu uso o termo "harmonia social" no sentido estrito,

adianto isso, pois fora do debate ético ela pode assumir vários
significados, então vou refutar sua frase, ela não é nescessária,
.há dois individuos em uma relação social, A e B, quando um dos
individuo inflinge mal a outro, temos um abalo ético, ou a falta da
mesma, aqui não há harmonia, a agressão só pode ser mensurada
fisicamente, pela propriedade, mas seguindo o raciocinio, se A não
tem uma relação desejável, mesmo que B fique feliz, não temos
harmonia
A primeira parte do argumento está errada simplesmente por pressupor que um
conflito entre dois indivíduos leva a um abalo ético, porém sem provar nada. Você
está pressupondo que existe uma ética implícita e que quando os indivíduos
infligem mal uns aos outros, uma ética está sendo violada, mas nunca foi provado
que esse conflito, ou a “harmonia”, pode servir como um parâmetro ético objetivo,
universal e necessário. É fato que conflitos entre indivíduos só podem ser evitados
se todos seguissem uma lei de propriedade, mas então vamos ao questionamento
principal: por que devemos viver em harmonia? Por que há um dever de respeitar
a autonomia do próximo? É verdade que se A possui um sentimento positivo, este
que é sustentado por um sentimento negativo de B, não significa que A está
necessariamente errado, visto que nunca foi provada a necessidade normativa e
universal de A respeitar B e vice-versa.
... porque a harmonia é uma nescessidade? essa harmonia é um
desejo de todos, A não quer ter seus fins interrompido, B também
não, e nesse conflito, B irá lutar para defender seus fims, do contrário
não estamos falando no mesmo sentido praxeológico, de própositos
de ação humana, esse é o propósito de vida de B.
Este parágrafo não demonstra necessidade alguma de uma relação harmoniosa
entre todos. Veja, mesmo que a harmonia seja um desejo de todos (o que também
não é verdade), não significa que esta é logicamente correta e/ou que deve ser
preservada. Ora, eu posso querer que todos ao meu derredor submetam-se a mim
como autoridade máxima e suprema, inquestionável, mas isto não significa que
eles devem fazer isto, pois não existe nenhuma fundamentação normativa que a)
garanta-me a legitimidade de fazer isto, e b) faça-os obedecer às minhas
vontades. A não quer ter seus fins interrompidos, mas A tem legitimidade em
impedir todos os que o tentam fazer? E B, B tem legitimidade em defender-se de
A? Você só está fazendo pressuposições infundadas e injustificadas, podendo até
mesmo tentar prová-las usando um argumento sentimental (“mas então você está
dizendo que é permitido agredir os outros?” – não, eu não disse isso; eu só afirmei
que o seu sistema deôntico é incapaz de demonstrar que isso não deve ser feito)

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