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> Estão relacionadas com Francis Bacon, as seguintes invenções que mudaram o
mundo:
- A imprensa (letras) AMPLIAM OS SENTIDOS
- A Pólvora (guerra) HUMANOS
- A bússola (navegação)
> A filosofia como o saber desinteressado: o saber deve dar fruto na PRÁTICA
- Dessa forma, os homens, através do saber, devem melhorar suas condições de vida
(trabalhar para transformar a própria vida);
* Paulo Rossi (G.R, 324)
- Bacon critica a filosofia Aristotélica, que em sua tese, concentra o saber apenas na
teoria/conceitos, sem utilização prática - saber pelo saber;
* Filosofia boa somente para as disputas e as controvérsias, mas estéril em obras
vantajosas para a vida do homem
“No que me diz respeito, compreendi que sou, mais do que qualquer outra coisa, apto para o
estudo da verdade: tenho uma mente bastante ágil para captar as semelhanças das coisas (...) e
bastante sólida e capaz de concentrar-se para observar as mais sutis diferenças; sou dotado do
desejo de indagar, da paciência de duvidar, da paixão pelo meditar, da prudência no afirmar, da
presteza de rever posições e de diligência no ordenar; não sou apaixonado pela novidade nem
admirador da antiguidade enquanto tais e odeio toda forma de impostura. Por essas razões,
considero que minha natureza tem certa familiaridade e certa consonância com a verdade”
(BACON, Francis. G. R, 326)
- Francis se apoia nas quatro causas de Aristóteles sobre os fenomenos, porém agarra-
se à uma que explica todo os seres: a Causa FORMAL.
Processo latente – dinâmico – lei do movimento;
Esquematismo latente – estrutura de uma natureza;
“Até agora, aqueles que trataram das ciências eram empíricos ou dogmáticos. Os
empíricos, como as formigas, acumulam e consomem. Os racionalistas, como as
aranhas, extraem de si mesmas a sua teia. O caminho intermediário é o das abelhas,
que extraem sua matéria-prima das flores do jardim e do campo, transformando-a e
digerindo-a em virtude de uma capacidade que lhe é própria. Não muito diferente é o
trabalho da verdadeira filosofia, que não deve se servir somente ou principalmente
das forças da mente, pois a matéria-prima que ela extrai da história natural e dos
experimentos mecânicos não deve ser conservada intacta na memória, mas sim
transformada e trabalhada pelo intelecto. Assim, a nossa esperança se deposita na
união sempre mais estreita e sólida entre essas duas faculdades, a experimental e a
racional, união que até agora ainda não se realizou”.
(cf. Reale, 346)
• ÍDOLO DA TRIBO
Inerente ao próprio ser humano;
Conserva na memória apenas os fatos positivos;
Toma o conhecimento, através dos sentidos, como verdadeiro;
Generalizações são convenientes;
Influência da vontade e dos afetos;
• ÍDOLO DO TEATRO
Ser submetido ao sistema filosófico específico (ser adepto à uma corrente, seja ela
filosófica ou política) e viver aquela verdade
A FILOSOFIA CARTESIANA
René Descartes: pai da filosofia moderna
O homem pode conhecer? Se pode, como vai conhecer? Se vai conhecer, quais são os
critérios para a mente intuir?
O Silogismo
Os Três Métodos:
- INDUTIVO > experiência > juízo sintético > à posteriori
- DEDUTIVO > princípios universais > juízo analítico > à priori > princípios lógicos
- INTUITIVO > critérios de verdade: clareza e distinção > através da sintese,
análise e revisão
EU = res cogitas
DEUS = ideia perfeita > causa algo também perfeito > a ideia de Deus perfeita em
mim
MUNDO = qualidades primárias > são claros e distintos (objetivos) > podem ser
medidos e pesados;
= qualidades secundárias > não são claros e distintos (subjetivos) > cores, sabores,
etc.
Até aqui, o movimento do mundo era explicado com a teoria de Aristóteles (alma
sensitiva, vegetativa e racional), daqui para frente será explicado com a teoria de
Descartes, separando o mundo em duas qualidades (primárias e secundárias),
das quais as qualidades primárias são objetivas e explicam o mundo.
A EVIDÊNCIA:
Conhecimento claro e distinto à luz da intuição;
A ANÁLISE:
Dividir os problemas em partes menores, cada vez menores;
Decompor os elementos até o limite possível;
A SÍNTESE:
Recompor o conjunto em partes maiores, até todo complexo;
A REVISÃO:
“Fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais a ponto de se ficar
seguro de não ter omitido nada”.
No mito, procustus é um homem que capturava qualquer pessoa que passasse pela
floresta. Relacionando este mito com a filosofia cartesiana, é possível entender que
Procustus é a Razão, a cama é a Clareza e a Distinção e a pessoa qual ele manipulava
é a Natureza. A razão tem seus critérios para produzir conhecimento, e dessa forma
ela manipula a natureza, as coisas para que tenha clareza e a distinção.
1. PROVA DA CAUSA
Algo que existe só pode ser causado por alguém perfeito (Deus);
2. PROVA DA DÚVIDA
Eu posso duvidar de tudo, mas não posso duvidar que , para eu duvidar, preciso
existir;
SPINOZA I (1632-1677)
Racionalista, idealista, analítico e dedutivo
A UNIDADE DA SUBSTÂNCIA
> O sentido da vida está na visão das coisas sob a forma da eternidade:
- Olhar sob a forma da eternidade é compreender que as coisas acontecem sem razão,
e sim por que é necessário pela natureza do próprio ser. Denominar algo bom ou mau
depende da interpretação de cada ser diante das factuidades que acontecem na vida;
- Bem e mal são interpretações humanas;
SPINOZA II
A SUBSTÂNCIA
> IMAGINAÇÃO
- Capta somente as ideias das coisas;
- Uma cadeira apenas tem o nome de cadeira. Não é possível conhecer a cadeira, e
sim uma forma, tamanho, que os sentidos captam.
> RAZÃO
- Geometria, matemática, física;
- Tudo se apresenta racionalmente exato e absoluto;
- Claros e distintos: forma, quantidade...;
- Universalizável;
- Necessário, pois as leis acontecem do mesmo jeito em qualquer lugar;
> INTUIÇÃO
- Relação de necessidade na natureza das coisas;
- Relação entre substância e atributos;
- Todas as coisas estão entrelaçadas por uma relação de necessidade;
SPINOZA
E O ESTADO COMO GARANTIA DE LIBERDADE
> Para Spinoza, a liberdade consiste em ser livre para escolher sua religião, seu estilo
de vida. E nisso o Estado cumpriria seu papel, pois garante a liberdade aos homens;
> O Estado é um lugar em que se usa a razão, lugar da liberdade humana, liberdade
racional;
> Mas ainda sim o Estado está ligado num corpo todo, entrelaçado necessariamente
num corpo maior;
> A liberdade que traz a verdade e faz-se conhecer o homem como homem;
O ESTADO DE DIREITO
> Todo indivíduo, por natureza, é determinado a existir e a operar de certo modo -
comportamento necessário;
> Os homens, devido à sua constituição, sujeitos a paixões e iras, são inimigos por
natureza;
> Criam um ‘Pacto social’ para sobreviverem;
- Hobbes:
Todos os direitos naturais devem ser
transferidos para o Estado;
Estado Absoluto;
- Spinoza:
Existem direitos ‘inalienáveis’;
Renunciar tais direitos seria renunciar a ser homem;
O fim do Estado é a liberdade e não a tirania;
“Exatamente ao contrário, o seu fim é o de fazer com que eles cumpram suas próprias
funções, tanto físicas como mentais, em condições de segurança, que usem livremente
a sua razão e que, por outro lado, deixem de litigar entre si com ódio, cólera e
enganos, deixando de se comportar de modo injusto em suas relações mútuas. Em
poucas palavras, o fim da organização política é a liberdade”.
SPINOZA E A APORIA
SPIZONA E AS PAIXÕES
> Resultado da tedência (conatus - energia de vida, vigor, vontade) a perseverar no
próprio ser por duração infinita;
> Conatus:
Mente - vontade
Corpo e mente - apetite
RELEMBRANDO A MATÉRIA
LEIBNIZ E A SÍNTESE
13/04
LEIBNIZ III
- Cada mônada é um mundo inteiro, ou seja, pode-se dizer que as monadas estão num
mundo com monadas maiores e que apenas estamos dentro dessas monadas;
“Pode-se dizer, inclusive, que cada substância traz em si, de certo modo, o caráter da
sabedoria infinita e da onipotência de Deus, imitando-o na medida do possível: com
efeito, embora confusamente, ela expressa tudo aquilo que acontece no universo
passado, presente, e futuro, o que tem certa semelhança com uma percepção ou
conhecimento infinito. E, como todas as outras substâncias, por seu turno, expressam
aquela substância e a ela se adaptam, pode-se dizer que ela estende a sua potência a
todas as outras, em analogia com a onipotência do criador”.
- Desta forma, as monadas são programadas para criar as coisas certas, com a maior
variedade de bens e menor quantidade de mal;
Ex.: dois relógios podem acertar-se na mesma hora por causalidade (relação de causa
e efeito), ser interferida por um agente externo, ou, no caso da teoria de Leibniz, as
mônadas são programadas perfeitamente para ter essas características;