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PROJETO DE PESQUISA

PROJETO INTEGRADOR DE EXTENSÃO II


Centro Universitário Salesiano de Vitória

As diferentes concepções de Felicidade a partir da filosofia Epicurista

Alexsandro Chagas Costa


Guilherme Barbosa Nunes Sirqueira
João Vitor Faceroli Almeida
Rafael Felipe da Silva Mazzoni
Welington Antonio de Andrade Oliveira
Coord. Profº. Paulo César Delboni

RESUMO

Para os Epicuristas, a felicidade pode ser alcançada através do autoconhecimento,


da amizade e a busca moderada pelo prazer. Diante disso, percebe-se a
necessidade de alguns questionamentos: o que é a felicidade? Como os conceitos
epicuristas de felicidade influenciam na sociedade atual? Como as pessoas buscam
ser felizes? Onde está a felicidade? Quais são as inclinações que motivam na busca
de ser feliz?
O grupo, a partir do estudo e da análise da filosofia de Epicuro de Samos, encontrou
na realidade atual uma necessidade constante: a felicidade. Todas as pessoas
buscam ser felizes, de variadas formas; lícitas ou ilícitas. Busca-se entender
primeiramente a concepção de felicidade nas raízes do pensamento epicurista, o
que moveu o filósofo de Samos a estudá-la e por fim, analisar a felicidade nas
diferentes realidades contemporâneas.

ABSTRACT

For the Epicureans, happiness can be achieved through self-knowledge, friendship


and the moderate pursuit of pleasure. In view of this, we can see the need for some
questions: what is happiness? How do Epicurean concepts of happiness influence
today's society? How do people seek to being happy? Where's the happiness? What
are the inclinations that motivate the search to being happy?
The group, based on study and analysis of the philosophy of Epicurus and Samos,
found in the current reality a constant need: happiness. All people seek for
happiness, in different ways; licit or illicit. It seeks to understand first the conception
of happiness in the roots of Epicurean thought, which moved the philosopher of
Samos to study it and, finaly, to analyze happiness in different contemporary
realities.
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1. INTRODUÇÃO

2. A CONCEPÇÃO DE FELICIDADE

2.1 A FELICIDADE NA FILOSOFIA EPICURISTA

Desde a antiguidade o homem busca na filosofia o segredo da felicidade, no


entanto a melhor resposta para este segredo foi encontrada com Epicuro de
Samos (341 a.C.). O filósofo defendia em seu pensamento que todos podem
encontrar a felicidade. O grande problema é buscá-la nos lugares errados. Epicuro,
ainda, mostra que o ser humano não deve se sentir culpado por desejar uma vida
prazerosa.
Epicuro deixa claro que, uma das formas de alcançar a tão sonhada felicidade é
por meio da vivência do prazer, mas não um prazer apenas por prazer, e sim aquele
que é capaz de trazer serenidade de espírito, que é livre de dor e de qualquer
espécie de sofrimento corporal, ou seja, a saúde da alma. O filósofo, ainda, propõe
a busca da felicidade nas coisas mais simples da vida, percebendo que é preciso
educar o corpo para esses prazeres, e não para os mais extravagantes.
Segundo Epicuro também, todos os seres humanos buscam o prazer e fogem da
dor, ele acredita que para que homem possa alcançar a felicidade, ele necessita das
condições materiais e psicológicas adequadas, a fim de aproveitar o prazer que a
vida oferece. O prazer consiste na ausência da dor.
Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal
residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência
clara de que a morte não significa nada para nós proporciona a fruição da vida efêmera,
sem querer acrescentar-lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade. […]
quando estamos vivos, é a morte que não está presente; ao contrário, quando a morte está
presente, nós é que não estamos. (DE SAMOS. Epicuro. Carta sobre a felicidade (a
Meneceu). Tradução de Álvaro Lorencini e Enzo Carratore. São Paulo: Editora UNESP.
2002)

Epicuro vê as superstições e preocupações religiosas como empecilhos que nos


causam infelicidade, visto que, certas crenças religiosas impõe medo aos seus
adeptos. Na Grécia antiga, os gregos evitam determinadas práticas para não
ofenderem os deuses, temendo o castigo. Para Epicuro, porém, tais preocupações
seriam evitadas, quando as pessoas entendessem que todo universo (e alma
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humana) é pura matéria. Tudo que acontece no mundo deve-se ao movimento dos
átomos, este processo é indiferente ao destino dos homens. Tudo que acontece com
as pessoas é fruto do acaso, este pensamento foi herdado de: Demócrito e Leucipo.
Outro grande empecilho no caminho da felicidade, segundo Epicuro, é o desiquilíbrio
na vivência dos prazeres, visto que, quem muito deseja, está mais propenso a se
frustrar, pois não é possível que todos os desejos humanos sejam realizados. Por
isso na busca por viver de os prazeres de forma moderada, Epicuro recomenda
sempre agir com prudência e autarquia, visando chegar na Ataraxia.

2.2 A FELICIDADE E O PRAZER NOS DIAS ATUAIS

A noção de prazer, no epicurismo, no entanto, é diferente do significado do termo utilizado


convencionalmente. Não se trata de uma busca desenfreada pela fruição do momento
presente, como era para outro grego, Aristipo de Cirene (435-366 a.C.), conhecido por
pregar o hedonismo. O prazer do epicurismo é calmo e sereno. Os epcuristas devem
procurar evitar a dor e as perturbações, levar uma vida longe das multidões (o que não
significa viver solitário), do luxos excessivos e buscar viver em harmonia com a natureza. O
homem sábio perceberá que não pode extirpar os males do mundo, por mais exaustivos e
sagazes que sejam seus esforços, por isso devem “cultivar seu jardim”, estudar filosofia e
gozar da convivência de seus poucos amigos, do mesmo temperamento. (Revista
Psicoativo; 2016. Leia mais em: https://psicoativo.com/2016/07/epicurismo-prazer-e-o-
sentido-da-vida.html)

Evitar situações de estresse, praticar esporte, seguir uma alimentação equilibrada e


tantos outros hábitos saudáveis têm ganhado espaço no dia a dia de quem busca
qualidade de vida. Neste cenário, a leveza tem se tornado um atributo cada vez mais
forte e quem encara a vida dessa forma enfrenta as dificuldades com bom humor,
reconhece e aceita que não é possível exercer o controle sobre tudo e todos,
conserva o alto astral mesmo diante de situações adversas, e assim vive com mais
prazer.
Através de uma pesquisa realizada pela Danubio em parceria com a Quantas e o
Ibope Conecta, onde eles buscavam compreender a conexão entre leveza e prazer,
nos seus diversos âmbitos e a postura dos brasileiros diante da vida. Essa entrevista
foi realizada em todo o Brasil, contou com a participação de pessoas acima de 18
anos, das mais variadas classes sociais brasileiras onde elas responderam questões
como: o que lhe dá muito prazer na vida? O que não lhe dá prazer?
Segundo o gerente de marketing da Danubio, Bruno Macario, comentou que através
do estudo percebeu que quem encara a vida de maneira mais leve atrai mais prazer
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em sua vida no dia a dia. A pesquisa mostrou que a população brasileira


representada pelos entrevistados se divide em três grupos: 29% tem a
personalidade leve e demonstram essa atitude diante da vida, já 22% tem
personalidade controladora e por consequência criam expectativas que se tornam
frustrações, irritações, angustias e reclamações diárias. Por fim os 49% restantes
relataram ter uma personalidade equilibrada e pendem para um lado e para o outro.
Pode-se ver ainda no estudo que, estar satisfeito com o prazer que a vida nos dá, é
tão importante quanto tê-los. E o resultado não resta dúvidas: que além de estar
satisfeito e encontrar mais prazer em momentos rotineiros, como deitar numa cama
ou abraçar quem se gosta.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O grupo, a partir do estudo e da análise da filosofia de Epicuro de Samos, encontrou


na realidade atual uma necessidade constante: a felicidade. Todas as pessoas
buscam a felicidade, de variadas formas; lícitas ou ilícitas. Assim o trabalho visa
entender primeiramente a concepção de felicidade nas raízes do pensamento
epicurista, o que moveu o filósofo de Samos a estudá-la e por fim, analisar a
felicidade nas diferentes realidades contemporâneas. Para tal máxima, por meio de
uma pesquisa de campo foi possível analisarmos o conceito de felicidade de 47
pessoas, com a faixa etária de 30 a 85 anos, na qual abordamos os seguintes
perguntas:
1. Quais prazeres já te fizeram ou ainda te fazem feliz?
2. Qual é a relação entre o prazer e felicidade? É possível viver feliz sem
o prazer?
3. quando você não consegue chegar ao prazer/felicidade, o que você é
capaz de fazer? Como fica sua Saúde Mental?
4. A minha felicidade depende de algum motivo ou pessoa? Onde você
encontra o Prazer na felicidade?
5. Diante do mundo moderno, como você vê que as pessoas buscam a
felicidade?
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As pessoas entrevistadas encontram felicidade ao fumar cigarro, deitar e descansar.


Pra alguns não é possível viver feliz sem o prazer daquilo que você faz, pois o
prazer para os mesmos é momentâneo, pois depende da situação, com quem você
estar. Uma entrevistada diz que a felicidade é algo mais teno, algo mais concreto,
pois é um estágio da vida que ainda atinge e no momento não me vejo feliz”.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A conexão entre leveza e prazer, explicada pela ciência. São Paulo: revista Veja Saúde.
2018. editada em 2020. Leia mais em: https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/a-
conexao-entre-leveza-e-prazer-explicada-pela-ciencia/

DOS SANTOS, Magalhães, J. O conceito de felicidade e prazer segundo Epicuro. Blog


FASBAM Educação; 2018. Leia mais em: https://fasbam.edu.br/2018/06/28/a-concepcao-de-
felicidade-e-de-prazer-segundo-epicuro/

EPICURO. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Tradução de Álvaro Lorencini e Enzo


Carratore. São Paulo: Editora UNESP. 2002.

Epicurismo: prazer é o sentido da vida. Revista Psicoativo; 2016. Leia mais em:
https://psicoativo.com/2016/07/epicurismo-prazer-e-o-sentido-da-vida.html

LIMA VAZ, H, C. Escritos de filosofia IV – Introdução à Ética Filosófica 1. São Paulo:


Loyola; 1999.

MORAES, João Quartim de. Epicuro: as luzes da ética / João Quartim de Moraes. - São
Paulo: Moderna, 1998 - (Coleção logos)

REALE, G. História da filosofia antiga. São Paulo: Loyola; 1998. v. I.

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