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Baianos
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A FAMÍLIA MATTOS
NA BAHIA
DO SÉCULO XVII
PUBLICAÇÃO DA
UNIVERSIDADE
FEDERAL DA BAHIA
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A FAMÍLIA MATTOS
NA BAHIA
DO SÉCULO XVII
A VITAE
Apoio à Cultura, Educação ePromoção Social
DÉCIMAS
NOTA EXPLICATIVA 09
AS PESSOAS E SEUS "STATUS" 11
AS FONTES DE UMA GENEALOGIA 29
UM CERTO JOÃO DE MATINHOS 33
TÓPICOS FINAIS: O ClRCULO DE GIZ 40
NOTAS E FONTES BIBLIOGRÁFICAS... 43
nota explicativa
9
ta Gregõrio de Mattos e Guerra foi bem nascido nes
ta terra - Salvador - e cidade da Bahia 'de Todos
os Santos.
20 de Janeiro de 1988
10
A FAMÍLIA MATTOS NA BAHIA DO SÉCULO XVII*
12
e fizera várias arrematações para a execução de
obras publicas:
a) " efazer o quartel, que seteme orde
nado, sefassa para agazalho dos Soldados
do Prezidio, equetinhão ordenado,que elle
Pedro Gonçalves de Mattos corresse comraan
dar fazer adita obra, por ter para isso
Officiaes, efabrica; ........."7 . |4.12.1627 |
b) " elogo apareseo Pedro Gonçalves de
Mattos, elançou no concerto da dita Fonte
oito mil, reis; ii 8
. 119.1.1628|
"......... elogo o dito Porteiro meteo o ramo
namão ao dito Pedro Gonçalves de Mattos,
que asseitou; eseobrigou afazer adita o
bra dentro emoito dias, ".V 119.1.1628]
c) ".........por haver dois mezes, que anda em
pregão os pedassos das Calçadas desta Ci
dade, com dêo fé oPorteiro Manoel Gonçal
ves Raposo, enão haver, que nellas lanças
se mais, que Pedro Gonçalves de Mattos,
que lançou emcada braça de quartada, que
fizer nesta Cidade, atréz patacas eos di
tos Officiaes da Camara mandarão, que se
arrematase no dito lanço detrêz patacas
ii i o
porbraça, .... . 11.4.1628 |
d) " elogo aparesseo Pedro Gonçalves de
Mattos Pedreiro,-edisse, que lançava nadi
ta fonte conforme atraça trinta mil reis,
•i li
pondo .tudo asua custa; ........... . |6.5.1628 [
e) " certas obras que sefizerão na Cama
ra por não constardelles que andace empre
gão; | elogo pelos ditos offioi
aes da Camara foi mandado chamar ao dito
13
Porteiro, epor elle foi dito que elle
trouxera erapregão humas grades de ferro
que searrematarão a Domingos Rodrigues,
ferreiro, e a Pedro Gonçalves de Mattos
hum Portal depedraria........... ". | 7.11.1629 |
f) " econfessou ter recebido tresentos
oitenta esete mil novecentos evinte
. reis, com que se dava por pago esatisfei
to detoda obra que tinhafeitono Quartel;
assim madeiras, telhas, parede, efeitio
de Oficiaes n12
. |1.12.1629 |
Esses e outros exemplos tão evidentes, encon
trados em termos de arremataçio inseridos nas Ataò
da Câmana da Cidade, do Salvado*. ( 1 625- 1 64 1), forne
cem a prova documental de que o varão dos Mattos
da Bahia, PGM, foi um abastado e dinâmico colono
que iniciou a sua vida no Brasil exercendo uma fun
ção extremamente útil e especializada - a constru
çio civil com a qual pode fazer fortuna e en
veredar por outros negócios.
14
nar o nome, conforme documentos da
Vereação da Ci
dade do Salvador17,
chegou ao Brasil no início do
século XVII, rcomo veremos adiante, e
presumimos
que viúvo de Margarida
Alvarez, acompanhado do seu
filho Gregõrio de Mattos,
natural da vila de Guima
rães, pai do poeta.
15
a opinião sobre seus membros, na pessoa dos avós,
paternos e maternos, externada por um dos habitan
tes inquiridos na Villa de Guimarães em 7 março de
1662, " Luis teixeira fidalgo da caza de sua
mages-/tade e morador na sua quinta de oleiros da/
freguesia de Santa Cristina de Longos no/termo des
ta Villa de Guimarães ", que testemunhou pe
rante os santos evangelhos:
17
Além de revelar o nome de vários parentes do
poeta GMG (tios, tias, primos,, etc.)-, até agora ig
norados, esse documento nos permite ficar conhecen
do um dado bastante interessante para comprovação
do que já dissemos, quanto ao òtatuò dos Mattos e
Guerra na Bahia seiscentista; casamentos na fanú
lia com figuras de destaque na sociedade do tempo,
militares e até um nobre.
ê curioso como a documentação citada, princi.
palmente porque se trata da composição de um lití
gio no qual estão vários sujeitos habilitando—se a
uma herança, não faz a mínima referência a Grego
rio de Mattos e Guerra, o que leva Wanderley Pinho
a concluir que a omissão do poeta ocorre por estar
"Gregõrio de Mattos, porventura então ausente
em Portugal ii 2 7 . Porventura nao, mas
é esta a razão do seu nome não constar pois GMG
encontrava-se em Coimbra como estudante da Univer
sidade em 1659.
18
al) Aos sete dias do mez de ianeiro de
mil e seiscentos e / sincoenta e hum
annos nesta Cidade do Salvador Bahia/
de Todos os Santos nas cazas da Cama
ra estando pre-/zente o iviz ordinário
Iorgue de Araüjo de Gois apa-reserao
os vereadores o capitão Dom Pedro dAr
sa e / Melo e Sebastião da Rocha Pita
que sairão per vereadores n2 8
17.1.1651 |
a2) " , trataram de eleger. / peçoas
que corressem com o cunho das patacas
que estavão / (Fl. 138) Por marcar, e
iogo por parecer de todos ellegeram
ao Vreador o Capitão Dom / Pedro Daça
e Mello «i 2 9
. | 2.11.16511
a3) " mandarão chamar ao / Capitam
Dom Pedro Daça de melo que Saio per /
iuis na pauta que se fez da peçoa que
ouvesse de / Exerser o cargo de Iuis
En Lugar do Lisenciado / Ioão Leitão
i.3 0
arnozo . |16.10.1654
20
dAraujo /\Francisco B|arreto he Sebastião
Barboza Gre-/ |gorio| de Matos he Balta
zar Gomes de / |Medina e de| ii 3 7
I28.6.1642|
c) "Aos vinte - dias do mes d[e|
No!u1 embro
de mil seis / sentos he corenta e dous
annos nesta Cidade / do |Sal| vador he ca
zas da |c amera estando em mez
a! os ofi
siaes da Camera abajxo asina-/dos se tra
tou de dar a yzecusão he de eleger/ a pes
soa que auia de servir de tizoureiro das
vinte /nas tratando por mujtas vezes des
te nego-/ssio antes deste dia se !vej |o|
averigoar/ he eleger pera servir de tizou
reiro a Grego-/rio de Matos cidadão desta
Cidade / (Fls. 34) por t!e!r as partes
que comvem ao dito cargo he ser pesoa de
ii 3 8
satisfação . 120.11.1642|
d) " requereo o Juiz dos Órfãos a este
Senado consultassem / pessoa benemerita,
e abonada e das da Gover-/nança desta Ci
dade pera se lhe aver de en-/tregar a cai
xa dos orfios que estava em caza/ de Fran
cisco de Crastro jã defunto e todos vota
rão / e asentarão que Gregõrio de Matos
hera pessoa / nobre e de confiança que se
lhe mandasse entregar a dita Caixa .. ii 3 9
Ill.12.1645 |
e) "Aos quoatro dias do mes de fevereiro de
mil e seis seu-/tos |qua|renta e nove
annos n|es|ta cidade do Salvador Bahia /
de todos os santos nas cazas da Camera es
tando pre-/zente o iuiz ordinário Fernam
Pereira do Lago apareçeo / Gregõrio de Ma
21
tos que saio no pilouro que no dia| /
|de| ianeiro se tirou dos officiais que
auiao de |ser|vir em / o qual saio dito
Gregório de Matos per procurador /do C|on
selho| para ser I vir este prezente
anno "4C. |4.2.1649 |
Para todas as funções públicas exercidas por
Gregõrio de Mattos, pai do poeta, dentre aquelas
que conseguimos documentar, adminiAisiadoti do e-òtan
c.0 doz> vinho-ò, aZmotace.Z, d&poòitãsiZo do Juiz de.
ÒA-iÇcLoá , ocunadoU do ConòeZko, eram eleitas pes^
soas nobres, no sentido de importantes, abastadas
e honradas, e que fossem economicamente significa
tivas dentro do quadro social da colônia.
Como Pedro Gonçalves de Mattos o foi, tam
bem Gregório de Mattos serã um colono poderoso e
sempre pronto a atender aos reclamos e apelos da
administração nos momentos de contribuição e em
préstimo em dinheiro para solucionar assuntos mili.
tares referentes ao pagamento da soldadesca que lu
tava contra o invasor estrangeiro:
a) "Gregório de Mattoz, quarenta mil reis
40$000 H 1
b) "Gregõrio de Mattoz imprestou cem mil reis
para se lhe haveremde pagar dodinheiro do
Donativo na Conformidade do assento asi
ma. Hoje vinte equatro de Outubro de mil
seis centos e trinta enove annos.................
100$000 42.
c) "Gregõrio de Matos dous mil reis
2U000 4 3
23
quais destacamos:
a) "Ella é a immensa faixa de terra que se
prolonga de sudoeste a noroeste do munici^
pio de Santo Amaro desde o arraial de S.
Braz até os engenhos Brejo, Gloria, Victo
ria e Pedra, dahi seguindo para o noroes
te até as mattas seculares que bordam as
margens das cabeceiras dos rios Sergimi
rim e Paraüna ii *» 7
b) "Pelos annos de 1584 foi visitada pelos
Jesuitas, alguns do que acompanharam o 19
Governador Geral do Brazil, Thomê de Sou
za" 4 8
24
nhuma, a região ou sitio
onde os UattoA fixaram-se
durante muitas décadas, com engenhos e
canaviais
bastante operosos e prósperos. E o pesquisador Bus
sell-Wood quem vai nos dizer da existência de um
João de Mattos (vide
nossa nota n9 66)proprietário
de uma "
sugar plantation in Patatiba,...........
Este João de Mattos, segundo o mesmo Russell
-Wood, será um dos últimos baianos a fazer fortuna
com o açúcar, e "At the time of his death in 1685
he was the owner of extensive
sugar plantations in
Patatiba and employed fifty five slaves *'5 3
Manuel Pereira Rabelo na sua biografia de
GMG, vai afirmar que os seus pais "Eram estes de
tal maneira ricos que possuíam com outras fazendas
um soberbo canavial na Patatiba fabricado com per
to de cento e trinta escravos de serviço, que re
partia a safra por dous engenhos .... ii 5 4 . Não sabe
mos e nao foi possível até o momento localizar qual
a fonte que MPR teve em maos para apresentar a pq
pulação agrícola escrava da propriedade do velho
Gregório de Mattos. Em todo caso o número de 130
(cento e trinta) escravos no campo é bastante gran
de para o século XVII, o que demonstra o quanto
eram ricos os pais de GMG.
Feito este rastreamento nas fontes para uma
descrição do 6tatu4 familiar do poeta GMG, seus as
cendentes e parentes, resta-nos dizer que da rela
ção do casamento, entre o português Gregório de
Mattos e Maria da Guerra (a segunda), se tem notí
cia do nascimento de três filhos: 1) Pedro de Mat
tos de Vasconcellos, que leva esse nome certamente
como uma homenagem de seu pai a um amigo ou paren
te, fato que era comum no*século XVII; 2) Eusébio
de Mattos; 3) Gregório de Mattos e Guerra.São três
25
sociedade colo
figuras que irão destacar-se na
nobilitan
nial, exercendo misteres ou atividades
Últimos farão parte da gale
tes, sendo que os dois
ria dos primeiros letrados e literatos do Brasil
colônia.
Ê Francisco Adolfo Varnhagen que em nota do
seu rion.lllqlo, (ao escrever sobre Eusébio de Mat
tos) nos dá uma suscinta informação, toda ela pes
cada em Manuel Pereira Rabelo, dizendo que Pedro
de Mattos de Vasconcellos foi “. - . • grande solphis
ta, foi expulso da Companhia, nao proseguiu os es
tudos que comecãra em Coimbra, e destinando-se a
lavrador, falleceu em 1686"55. Esqueceu o Visconde
poe
de Porto Seguro de acrescentar que o irmão do
ta GMG veio a morrer em consequência da grande pes
te, chamada bicha, que assolou a Bahia, principal
mente na Cidade do Salvador e seu Recôncavo,no ano
de 1686 5 6
26
b) ( Fl.123) Termo deposse ejuramento que se
deu a Baltasar digo ao Licenciado / Pedro
de matos de VasConcellos que sahio por
vereador este Anno nopelouro quesefes
eabrio aos seis di-/as domes de janejro
de 1676 eSe Confirmou per aCordão / da re
lação aos 9 de majo de 1678 ii 5 8
27
de Mattos viu a luz na Bahia em 1629, e ahi morreu
■i 6 1
em 1692, sem jamais ter visitado outra terra
Na Companhia de Jesus onde ingressou em 16 44 6 2 , es
tudou filosofia e humanidades, se destacando como
músico instrumentista - parece que um dom de faml
lia - e desenhista, " .. e que fazia estampas tão
ii 6 S
perfeitas que pareciam gravadas
0 Padre Serafim Leite 6 * traça um rápido per
fil de Eusébio de Mattos, e nos fornece sua biblio
grafia, dizendo dentre outros fatos que o referido
Padre ensinou Letras Humanas, Filosofia e Teologia
e que em 1669 o rei de Portugal quis nomeá-lo seu
pregador.
Sobre o terceiro filho de Gregário de Mattos
e Maria da Guerra, exatamente aquele que está sen
do objeto central de nossa atenção, durante tantos
anos, o poeta GMG, sua vida em Portugal e na Bahia,
seus casamentos, filhos, etc. já discorremos em li^
vro publicado em 1983 e que foi uma re-visio da
sua biografia, cuja cronologia agora apresentamos:
1636 -
Nascimento na Bahia
1642 -
Estudos com os Jesuítas na Bahia
1650 -
Viagem para Portugal
1652 -
Matrícula na Universidade de Coimbra
1660 -
Exame de Bacharel na Universidade de, Coimbra
1661 Formatura em Cânone.* na Universidade de Coimbra
-
1662 Habilitação Ide g&neKe) para leitura de Bacharel
-
1663 -
Nomeação para Juiz de Fora de Alcãcer do Sal-D. Afonso -VI
1665 1666 - Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Alcãcer
do Sal
1668 - Representante da Bahia, nas "Cortes", Lisboa, 27- de janeiro
1671 1672 - Juiz de Órfãos e Juiz do Cível era Lisboa
28
1672 - Procurador da Bahia (Senado
da Câmara) em Lisboa
1674 - Representante da Bahia,
nas Cortes ", Lisboa, 20 janeiro
1674 - Destituição da Procuradoria
1674 - Batismo de uma filha natural em Lisboa
1678 - Viuvez em Lisboa
1679 - Nomeaçao para Desembargador da Relação Eclesiástica
da Bahia
1681 - Clérigo tonsurado: ordens menores
1682 - Sentenças publicadas em E. Alvarez Pegas
1682 - 1683 - Volta ao Brasil / Bahia
1682 Desembargador da Relação Eclesiástica e Tesoureiro-Mor
da Sê baiana
1684 - Destituição da Prebenda de Desembargador e Tesoureiro
-Mõr da Sé
1685 - Denunciado ao Tribunal do Santo Ofício de Lisboa/Inqui
sição
168?.- Casamento na Bahia
1691 - Admissão como Irmão da Santa Casa de Misericórdia da
Bahia
1692 - Pagamento de uma dívida em dinheiro ã Santa Casa de
Lisboa
1694 - Viagem (exílio?) para Angola
1694 - Envolvimento em rebelião de militares em Angola
1695 - Volta ao Brasil / Recife
1695 - Morte em Recife
29
casamento e óbito na Bahia, é quase nenhuma, e tam
bém os livros notariais, fato esse que nos impede
de realizar uma sondagem maior e nos cria obstãcu
los para apresentação de um resultado mais exten
no BrasiL65.
si vo sobre a família do poeta GMG,
Valemo-nos para a feitura deste texto de fontes
muito ricas para a História do Brasil e da Bahia,
de um modo geral, mas auxiliares e secundarias pa
ra a fixação de uma genealogia. Apesar destas fon
tes serem impressas, o que nos deixa muito temero
sos quanto a leitura e transcrição dos documentos,
nao nos furtamos de pinçar uma relaçao de indiví
duos que podem ser - e aqui falamos em termos de
hipótese - parentes de GMG, e fora desta relação
pedimos destaque para a figura de João de Mattos
de Aguiar, herdeiro do avô (PGM) do poeta.
Ao fazermos este levantamento de nomes, esta
exumaçao de figuras obscuras e perdidas em uma do
cumentação anciã, porém quase virgem, apesar de pu
blicada, pretendemos demonstrar o largo prestígio
dos Moitto&, dentre outras famílias, através dos
tempos, desde 1618 até 1719, na sociedade baiana,
sua marcante vigência no governo da "república",
sua importância econômica e sua contribuição no
"processo civilizatõrio" do território brasileiro
e de dominação brutal da sua gente nativa, negra.
mestiça: escrava!
Dentro de tal propósito remeteremos o leitor
a constantes fiugcLÁ pa/ia a.& not&ò que dirão qual o
papel representado pelos Ma-t-to-ó no rol que se se
gue:
- João de Mattos 6 6
- Gaspar de Mattos 6 7
- Diogo de Mattos 6 a
30
Domingos Gonçalvez de Mattos 6 9
- Ignacio de Mattos70
- Flavio de Mattos71
- Ilãrio de Mattos72
- Álvaro de Mattos 7 3
- Doutor Manoel de Mattos-711
“ Manoel de Mattos de Vasconcellos75
- Gaspar de Mattos 76
- Izabel de Mattos77
31
|Matos| (Ibid • r 1685, V.6. p. 36) ; Carlos Antunes
de Matos (Ibid., 1658, V.6, p. 358); João |de Ma
tos de Gama| (Ibid., 1699, V.6, p. 372); João de
Mattos de Goes (Ibid., 1697, V.6, p. 335); Manoel
de Mattos de Üzeda (Ibid., 1697, V.6, p. 339) em
"Termo" que se elegeu o poeta Manoel Botelho de O
liveira "para fazer preCo aoaSugre" (Ibid., 1697,
V.6, pp. 338/341)
32
me paga renda dos chãos de
suas casas post 4 e e/U
a.A. em ca-óa. de mea tÁ.o Ped/LO Gono.atve.4
de
(o grifo ê nosso) 8
E porque este interesse em JMA, em estabele
cer uma relaçao ou grau de
parentesco com os Mat
tos do poeta GMG?. Acontece que João de Mattos de
Aguiar foi, nos fins do século XVII, uma das figu
ras mais ricas e importantes da Cidade do Salvador
da Bahia de Todos os Santos. Ê Russell-Wood no seu
interessante trabalho sobre a Santa Casa da Miseri
cordia da Bahia que vai nos dizer em breves pala
vras quem foi JMA:
34
posses, tendo mantido o prestígio social do
nome
desta família até bem depois da sua morte,em 1700,
com a doação ou legado que fêz à Santa Casa de Mi
sericõrdia da Bahia: "7. João de Mattos de Aguiar
(1700). The philantropic leviathan of colonial Ba
hia, he left houses and 135,470$280 for thirty-ei
ght dowries each year of 100$000 each"?1.
J°ao de Mattos de Aguiar também possuiu pro
priedades na PaX.aiX.ba, sítio jã referido, em nosso
trabalho,como sendo aquele preferido pelos M cuttoò
para fixação de suas bases latifundiárias no culti
vo da cana-de-açúcar. É Antonio Joaquim Damazio em
1862, ao fazer o tombo das propriedades da Santa
Casa de Misericórdia da Bahia, quem vai nos con
tar92:
38
em Guimarães (Portugal) e Salvador (Bahia),
respon
dem sobre os itens acima referidos,
e dentre estas
destacamos as respostas de
"Luis da Rocha tabel
lião do / judicial nesta villa de Guimarães /",106,
que vai jurar sobre os Santos Evangelhos
que o poe
ta" / nao tem Raça de judeu /" no primeiro item da
inquirição, e que "/ não tem Raça de Cristão no
vo/", no segundo item^07.
40
!
NOTAS AO TEXTO
E
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
NOTAS AO TEXTO
E
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
43
em HlòtÕAla da Companhia de Je4aA no Baa&ll, Rio
de Janeiro, Impr. Nac. 1945, Vol. V, pp. 243/260,
no Capítulo XII-"Engenhos do Recôncavo da Bahia".
5. ENGENHO Sergipe do Conde, livro de contas,
1622-1653. In: INSTITUTO DO AÇÜCAR E DO ÁLCOOL.
Serviço Especial de Documentação HistóricarVocume,n
toé paAa a hlòtoAla do AçucaA. Rio de Janeiro, 19?
V. 2, p. 4.
6. DOCUMENTOS HISTÓRICOS DO ARQUIVO MUNICIPAL,
ATAS DA CÂMARA, Salvador, Pref. Mun., 7: 79, 1944.
7. Ibld. p. 79.
8. Ibld. p. 85.
9. Ibld. p. 85.
10. Ibld. p. 91.
11. Ibld. p. 92.
12. Ibld. p. 137 e 140.
13. op. o.lz. acima nota 6, 2: 176, 1949.
14. Mosteiro de São Bento. Salvador. Llvao \/e.lho
dò Tombo do Moòto.ln.0 de São Bznlo da Cidade, do Sal
wadoA. Salvador, Tipografia Beneditina,1945,p.181.
- Ainda em 1643 Pedro Gonçalves de Mattos era
possuidor de um "Gindaste" na Cidade do Salvador
conforme nos informa um "Term(o) que fe|s Pedro
Gonçalvez de Matos sobre a |obra| /do seu|gindas
te | nã|o p |asar| maes para a Prasa / |que dos pi_
lares| que |fes| de pedra he cal he so- / bre nam
lans |ar maes| f |ora| os telha- / d|os| que falm |
o| e meio". (DOCUMENTOS HISTÕRICOS DO ARQUIVO MU
NICIPAL. ATAS DA CÂMARA, Salvador, Pref. Mun., 2:
200-1, 1949).
15. Em uma "Memória do gado que se manda vir pe
44
Ia / falta que ha nesta Cidade, çm 11 de Mayo 645",
vemos Pedro Gonçalves de Mattos arrolado entre os
criadores, os fazendeiros de Inhambuppe, e
contri
buindo com 20 c. |vinte cabeças| de gado (Salvador.
Câmara Municipal. Ibtd. p. 276-77).
Ainda sobre ogado temos uma "Repartissão
de seis sentos he tantas cabe- /asas de gado que
em sete de Majo se repar- /tirio pela Camera dando
cumprimento a huma / Portaria feita em dous do di
to mes pelos / senhores gouernadores que eu noti
fiquej aos / ofisiaes da Camera per ser mandado/ he
registej termos dos registos a folha"., na qual Pe
dro Gonçalves de Matos também contribuiu com vinte
cabeças (Salvador. Câmara Municipal. Jbtd. p. 86).
16. Em um "Asento que sefez sobre o imprestimo
quefaz este povo para alnfantaria deste Prezidio",
em 1638, vemos Pedro Gonçalves de Mattos eiprestanao
Tres mil cruzados | .. . ...|" de que selhedeu escri^
to 1.200$000 (Op. clt. nota 6, p. 358 e p. 362) e
em 1639 empresta dinheiro ........... .............. que os mo
radores deram para as Crenas dos Galioens . "na
quantia de "cincoenta mil rêis".0p. Cit. llota 6, p. 422.
45
19. Rabelo, Manuel Pereira: a) "Vida do Dr. Gre
gõrio de Mattos Guerra" (in Guerra, Gregõrio de
Mattos: 0ò/ia.4 Vo&tíc.ab* Rio de Janeiro. Typographia
Nacional, 1882, p. 4; b) "Vida e Morte / do / Dou
tor Gregõrio de Mattos Guerra / Escripta Pelo Li
cenceado Manuel Pereira Rabelo, / E Mais Apurada
Depois Por Outro Engenho"' (in Mattos, Gregõrio de.
Ob/ia.6: Sclcacl. Rio de Janeiro, Academia Brasileira,
1929, V. 1, p. 40); c) "Vida do Excelente Poeta Li
rico, o Doutor Gregõrio de Matos Guerra" (in Ma
tosy Gregõrio de. ObsicU» Compl&taA, Bahia. Editora Ja
naína. 1968, Vol. VII, p. 1690). Estas são três
versões ou variantes da "biografia" de GMG escri.
ta pelo Rabelo, editadas respectivamente por Alfre
do do Vale Cabral (em 1882), Afrânio Peixoto (em
1929) e James Amado (1968). Ainda na edição da Aca
demia, sob a responsabilidade de Afrânio Peixoto
aparece; d) uma "Vida do Grande Poeta Americano Gre
gõrio de Mattos Guerra (in Matos Gregõrio de -
Obras: Oltima. Rio. Academia Brasileira, 1933.
20. Um documento de 1659 diz " os herdei
ros de Pedro Gonçalves de Mattos e de sua mulher
Maria da Guerra, do.^untoà” • * (o grifo ê nosso), in
DOCUMENTOS HISTÓRICOS, Rio de Janeiro, 62: 160,
1943.
46
qual aparecem referidos os herdeiros de Pedro Gon
çalves de Mattos e Maria da Guerra em procurações
passadas.
22. DOCUMENTOS HISTÓRICOS, Rio de Janeiro,Bibl.
Nac. 62: 178-81, 1943.
i
! 24. Op. alt. nota 23, P- 162.
25. Ibld.
26 Jbld.
I
27. PINHO, Wanderley "Prefácio". In: MOSTEIRO
f
DE SÃO BENTO, Salvador. Liv*o Vdlho do Tombo do
Mo&te.l*o de São Bdnto da Cidade, do Salvado*. Salva
dor, Tip. Beneditina, 1945, p. XXXVI.
30 7bld. P- 271.
32. Ibld. 6; p. 9.
47
34. DOCUMENTOS HISTÕRICOS DO ARQ. MUNIC. Ata&
da Câmara, 1625-1641; Salvador, Pref. Munic. 1: p.
50, 1944.
35. Depoimento de Diogo-de Aragão Pereira, con
temporâneo do pai do poeta na Bahia, atestando em
inquirição sobre os antecedentes e pureza étnica
(brancura) da família Mattos e Guerra (ARQUIVO NA
CIONAL DA TORRE DO TOMBO), Lisboa. Habllltaçbe.6 pa
/ia Le.l£un.a de. Bacharel, Maço 2, Número 6, Letra G.
(Manuscrito).
36. DOC. HIST. DO ARQ. MUNIC. Ataò da Câmatia,
1641-1649, Salvador, Pref. Munic., 2: p. 94, 1949.
37. Ibld. p. 99.
38. lJUd, p. 141.
- Gregõrio de Mattos foi impedido de servir
como Tesoureiro das vintenas por ordem do Governa
dor Antonio Telles da Silva, conforme o "Termo da
Elejsão que se fes Ide Thezoureiro d(as)vintenas /
ná pessoa de Jacome Coelho por o Senhor Governador
|or| denar nao servisse Gr|e|gorio |de[ Matos he
que a Camera nomeasse outro em seu lu/gar" Vocume.n
toò kÁ,6toA.Ã.c.oò do ^fiqiuívo Mun£c£pal. Ataò da Cama
H.a, 1641- 1649; 2, p. 143-144. Salvador, Prefeitura
Municipal.
39. íb£d. P- 292.
Em 1649 o mesmo Gregõrio de Mattos é ainda
depositário do Juiz de Orfaos, " e os di
tos Sento e sincoenta e sinco mil reis meteu, e man
dou meter o dito juis dos orfaos no cofre dos or
fios, e defeito se meterão em minha prezensa, e se
emtregarão ao depozitário delXe Gregorio de Mat
tos em sua caza..." (in: MOSTEIRO DE SÃO BENTO,Sal
48
vador. Uva.0 Velho do Tombo do
Moòtelno de Sao Ben
to do. Cidade do Salvado*.
Salvador, Tip. Benediti
na, 1945. p. 184).
49
Kopiòtò; The Santa Caòa da MíaefiicoKdia Bahia,
V550-1755, Berkley and Los Angeles, Univ. of Cali
fornia Pr., 1968, p. 63.
Hã uma edição traduzida deste livro:Russell
-Wood, A.J.R., Fidalgos e Filantropos, Brasília,
UNB, 1981.
53. RUSSELL-WOOD, A.J.R. Op. cit. p. 150. Reme
te o autor para livros çlo Arquivo da Santa Casa da
Misericórdia da Bahia (ASCMB), Vol. 41, ff. 18-23.
54. RABELO, Manoel Pereira. "Vida do Dr. Grego
rio de Mattos Guerra". In: GUERRA, Gregõrio de Mat
tos. Obfiaò poéticas. Rio de Janeiro. Typ. Nac.1882,
P- 4-5.
55. VARNHAGEN, F.A. Elofiilégio da Poeòia Bn.azi_
ieina. Rio de Janeiro, Acad. Bras., 194 6, t. 1, P-
62.
56. Esta peste denominada bicha para Fernando
S. Paulo, em Linguagem Medica PoputaK do Bfiaòil,
Rio de Janeiro, Barreto & Cia, 1936, p.150/52 foi
a febre amarela.
57. DOCUMENTOS HISTÓRICOS DO ARQ. MUNIC. Ataò
da Câmasia, 1669- 16 84; Salvador, Pref. Munic. 1950 ,
V. 5, p. 177-78.
58. íbid. p. 228.
59. Jbid. p. 109.
60. VARNHAGEN, F.A. Op. cit. p. 61.
61. VARHHAGEN, F.A. Op. cit. p. 62.
62. VARNHAGEN, F.A. 0p. cit. p. 63.
63. Sobre Eusêbio de Mattos omesmo Varnhagen
publicou a biografia ha REVISTA V0 INSTITUTO HISTÕ
RICO E GE0GRAPHIC0 BRASILEIRO, Rio de Janeiro, 8:
540-2, 1846.
50
.Eusébio de Mattos
como músico foi menciona
do também por BARBOSA MACHADO,
Luóitana, Lisboa, Antonio Diogo. tBZbUothtia
Isidoro da Fonseca,1741,
V. Ir p.766.b) e
recentemente, em 1968,segundo fon
te e indicação que me foi fornecida
pelo pesquisa
dor da música brasileira
o Padre Jaime Diniz, pelo
estudioso Robert Stevenson
em seu artigo Somo,
PoA.tugae.0Q. Soua.cqí Foa.
Ea/ily BA.azilian Maiic Hiz>to_
(in "Anuário", do Instituto Inter-Americano de
Pesquisa Musical. Tulane Univ. New Orleans, 4:
2,
1968.
51
66. João de Mattos: EòcJuLvão em 16 37 DOCUMENTOS
histOricos do arq. munic. Ataò da Camada, 1625 -
1641; Salvador. Pref. Munic. 1 •* 335, 1944, MetAÁ.
nko em 1640 [Jbld. p. 476); Contribuindo com "meja
pataca" (Ibid. V. 2, p. 401) em lançamento feito
pelo governo; FtntadoA em 1659 (Ib-cd.V.3, p. 409);
Tet ouA.etA.o do co{±A.e doò oA^ãoò em 1659 [Jbtd. V. 4,
p. 17); AImotací em 1661 {íbtd. V. 4, p. 90); VeA.e
ado A, em lugar de Vasco Marinho Falcão, em 1666
(íbtd. V. 4, pp. 243/244); PA.ocuA.adoA. em 1669
(Ibid. V. 4, p. 396, eleição, V. 4, P- 398, posse
e juramento).
Diz Russell-Wood, AJR, (in Fidaigoò and
Phtlanthoptòtò; The Santa Cata da \U*eA.tcondia oi
" Bahta, 1550-1755, Berkley and Los Angeles, Univ.
of Califórnia Pr.,1968, p. 63) que João de Mattos
era proprietário de uma sugar plantation in
Patatiba Também Gregõrio de Mattos, o pai
do poeta, era proprietário de uma fazenda de canas
na Patatiba.
Ainda Russell-Wood (in Op. ctt. p. 167) nos
informa sobre JM: "The costs of the funeral of the
wealthy João de Mattos in 1685 carne to a sum in
the region of 1.000$000.
Vale a pena lembrar, para que não haja con
fusão de pessoas, que este João de Mattos não é o
mesmo (João de Mattos) que veio deportado para o
Brasil em 1662, juntamente com Antonio de Conti,
João de Conti e Bernardo Taveira (Documento* Hiòto_
A.tcoò, V. 66, p. 196; VOC. H1ST., V. 7, p. 92/93;
VÕC. HÍST., V. 7, p. 100/101; VÕC. H1ST., V. 21,
p. 8/9), assassinado em Pernambuco em 1663, confor
me "Carta de sua Magestade sobre a morte de Joao
de Matos, "e remeter preso com a devassa o mata
dor" (Vocumentoò HÍ6toA.lcoÁ, V. 66-r p. 289). Sobre
52
este João de Mattos ,os Anna<u da BibUotica
Nacio
nai. do Rio de Janeiro, 7: 391-2,
1877/79, p.391/
392, ainda indicam sob os n9s.
116 e 125,dois do
cumentos: a) "Carta de S. Mag?
sobre a morte de
João de Matos"; b) "Carta de S.Magd? sobre- a morte
de Joio de Matos,
e remeter prezo com a Devassa o
matador".
53
tar a mo|e(da p;ela grande falta que hia / fazen
do no povo per s |e | levar / per|a| o "Rejno", em
1643, para o qual foram mandadas ".. chamar
as pessoas nob |res | he da go|ver|nansa de major
autoridade he os homens de nego-/ssio de major ca
bedal ", e dentre elas compareceram Domingos
Gonçalvez de Mattos e também Pedro Gonçalvez de
Mattos DOCUMENTOS HISTÓRICOS DO ARQ. MUNIC. A to.6
da Cãmatia, 1641-1649; Salvador. Prefeitura Munici
pal, 2 : 178, 1949. Presumimos que este cidadão, Do
mingos Gonçalvez de Mattos, seja tio-avô de GMG.
54
72. Ilario de Matos:
kà&sinat ana "Termo de Rezu
lução que Setomòu Sobre /
opreco dos asucar, em
1669. Op. CÀ.£.
nota 71, p. 406.Neste documento tam
bém aparece a assinatura de
Joao de Mattos [Ibíd.,
p. 405). Não seria
° mesmo Ignacio de Mattos (vide
nossa nota n9 70) que teriam lido
com Ilario?
73. Álvaro de Mattos,
Aò^ZnatuAa em "Asento que
se fez sobre par-/ticular
dos gastos feitos na
I dor|- / nada do sertão
contra o gentio / bravo"
1658, (DOCUMENTOS HISTOrxcos DO ARQ.MUNIC. Ata, da
Camada, 1649-1659; Salvador. Pref. Munic.
3: 370,
1940) ;Aóólnatu/ia em "Iunta que
se fes sobr|e| hir
/ procurador desta cidade / a corte
de Lixboa",
1662, (íò>id., V. 4, p. 130);
A6ói.na£u/ia em "Termo
de Rezei|oção| que se tomou
pere ouver de continu
ar o Doutor Ioão de Gois de
Araújo por procurador
desta Cidade", 1665, iíb£d., p. 209); &4A'ina£u.sia
em "Termo de Postura |
| abaixo assinados,
No|breza| / Povo e Cr|i|adores e |home|ns bons eda
governansa des-/ ta Cidade", 1682, (I bíd., V. 5,
p. 335) ; AóóZncUufia em um |Termo| de Requejrfi
men
to que opovo eos h | orne | ns denegocio /
1678 [Ibíd., p. 240), no qual vem a assinatura
de
Pedro de Mattos e Vasconcellos, irmão de GMG, na
qualidade de Vereador, (lb£d., p. 239), e no qual
aparece a assinatura de "Manoel da Silva da Guer
ra" (Ibld., p. 240).
55
do os homens de negocio (vide nota n9 70).
Durante nossa investigação encontramos um
outro Doutor, também Manoel, também Mattos, porém
de Viveiros, "omediquo doprezidio desta/ Cida
de", em 1685 (Jbtd., V. 6, p. 23) , Ve.ne.adon em 1694
(Ibtd., V. 6, p. 233), Ve.ne.adon e Contadon do Sena
do da Câmara em 1693; (Ibtd., V. 6, P- 198-99),
"Medico / |da/| Sidade", em 169 4, (Jbtd., V. 6, P*
238), o qual não temos dúvida ser o mesmo Doutor
4
Manoel de Mattos, acima referido, pois em 1698,vol
ta o mesmo Doutor, agora Mattos de Viveiros, a n&
pne.6e.ntan "daprate dos senhores de Engenhos efazen
das /", em um "Termo daRezulução que tomarão os
Eleitos / enomeados para fazer PreSo aos Suquares"
(Ibld., P- 358-59).
75. Manoel de Mattos de Vasconcellos: kó6tnatu.
na em um "Termo da Rezulução quesetomou sobre Sefa
zer / eaplicar effeitos Sertos para Cobrar das
R|e|ligiosas / e Seu Sustento oqual ordena Sua Al
teza sefassa epara /efeito deseconseguir",em 1678
(DOCUMENTOS HISTÓRICOS DO ARQ. MUNIC. Ataò da Cama
na, 1669- 1684; Salvador. Pref. Munic. 5: 232,1950)
no qual aparece também a assinatura de Pedro de
Mattos de Vasconcellos, como vereador. Aòótnatuna
em um "Termo de Rezulução que tomou este Povo So
bre aResposta que havia defa-/zer ao Senhor Gover
nador " (Jbtd., p. 243), no qual vem de novo
a assinatura de Pedro de Mattos de Vasconcellos.
Seria Manoel de Mattos de Vasconcellos o parente
que GM (pai) homenageou ao dar o nome Vaó conce.£loó
ao seu filho Pedro?
76. Gaspar de Mattos: AtmotacÃ. em 1687 (DOCUMEN
TOS HISTÓRICOS DO ARQ. MUNIC. ktaò da Câmana,1641 -
1649; Salvador. Pref. Munic. 6: 93) . Este Gaspar de
Mattos será o mesmo da nota 67?
56
77. Izabel de Matos: Proprietária de
terras no
Recôncavo baiano, na zona de Santo Amaro, conforme
" RegtÇ da Ca.rta de Sesmaria e Foro em fatuozim fei
to ao Cap.m Silvestre Camello da Lomba" (Livro do
Tombo da Prefeitura Municipal da Cidade do Sa.£v<x
dor. Salvador, pref . do Salvador. 1953, p. 114-17).
É necessário acentuar que a data da Carta de Sesraa
ria, acima aludida, ê 23/8/1678, para não haver
confusão com a Isabel de Mattos, filha de PGM e Ma
ria da Guerra, (vide nossa nota n9 20) , já defunta
em 1659.
57
82. ARQUIVO DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DA BA
HlA.r LIvko 29 de TcKmoA de IKmãoA. Estante A, Pra
teleirá 1?, Numeração 2, pp. 125/128.
£ necessário salientar que trabalhamos com
uma copia do LIvko 2 o dc TÍKmoò de IKmao*, pois co
mo nos informa uma observação do LlvKO índice, do
anti
kKqulvo este LIvko 29 "£ um dos livros mais
gos da Caza; estando muito estragado pelas traças,
foi copiado, tendo a sua cópia que esta junto a
elle a mesma numeração. 0 19 livro desta coleção
59
"Fazenda denominada - Paulo da Matto* -(annexa ao
engenho - S. Cosme)", dos herdeiros do Capitão Pau
lo de Mattos Aranha.
Vale a pena mencionar q ae Luiz dos Santos
Vilhena, A Bahia no Sículo XVUI,Salvador, Itapuã,
1969. V. 1, p. 125-6, diz que a Santa Casa da Mise
ricórdia da Bahia possui "oito fazendas " sendo que
en
"Cinco destas fazendas sao na Patatiba? uma no
Santo
genho chamado do Cologi, termo da vila de
de D. Bri
Amaro da Purificação, um engenho d'agua
Bom Reti
tes, chamada esta a fazenda do Partido,ou
ro; e a oitava em extremo grande no Soubara, indo
entertar com o rio Pemaçu".
Este livro de Vilhena, com este título,de A
Bahia no Stculo Xl/IIX, é a mais recente ediçio das
célebres Caata-ò da [/llkana ou a Rzcopllação da No.
tlclaò SotaKopolltanaò a Bxaòlllc.aò Contldaò am XX
CanAaò letc|, conforme o título da ediçio de Braz
do Amaral baseada em Manuscrito da Biblioteca Naci^
onal do Rio de Janeiro.
93. DAMAZIO, Antonio Joaquim - Op. cIt. p. 173.
94. DAMAZIO, Antonio Joaquim - Op. alt. p. 172.
60
99. Em nossa leitura das Ataò da Cãmana,
desta
camos, a saber 1) Sebastião
da Guerra, fazen
deiro de gado, 1645,.(DOCUMENTOS HISTÕRICOS DO ARQ.
MUNIC. Ata6 da Cãmana, 1641 - 1649;
Salvador; Pref.
Munic. 2: 277, 1949) em documento no qual também
aparece Pedro Gonçalves de Mattos avo do poeta,
GMG* 2) Diogo da Guerra, assinatura em documento -
(1649)no qual Gregõrio de Mattos, pai do poeta, é
Procurador do Conselho (Ibld., V. 2, p. 27 e 29).
2) Manoel da Silva da Guerra, assinatura em docu
mento (1678) no qual vemos também as assinaturas
de Pedro de Mattos e Vasconcellos, irmão do poeta,
e Álvaro de Mattos (vide nossa nota n? 73).
100. CALMON, Pedro. "A Vida Espantosa de Gregõ
rio de Matos; retrato histórico, In; Matos, Grego
rio de. Obnaò: VI - Oltima, Rio de Janeiro, Publi
caçoes da Academia Brasileira, 1933. p. 23,nota 1.
Nesta nota n9 1, do Prof. Pedro Calmon ve
mos a remissão para o "Catalogo Ganaaloglco p. 56,
nota", sem indicação de qual a edição. Na de 1950,
do Instituto Genealógico da Bahia, a remissão do
Prof. Calmon pode ser encontrada em Jaboatão a
P- 46, nota 3.
101. JABOATÃO, Antonio de Santa Maria, Frei.
Catalogo Ganaaloglco daò Vnlnclpalò famlllaò Que
? fio andariam de Albuqucnquc* e Caoalcantaò em Pannam
buco e CafiamufiiLó na Bahia. Salvador, Inst. Geneal.
da Bahia, 1950, 368 p.
102. COSTA, Afonso. Achaga* Ganaaloglca* 6 agan
do Jaboatão a oatfioò llnhaglótaó a documantoà t±
alò. Raol&ta do 1 nòt. Gaogfi. Hl6t. da Bahia, Salva
dor, (61); 69-460, 1935.
103. CALMON, Pedro. A llida tApantoòa da Gnagonlo
61
de Mato*. Rio, Jose Olympio, 1983, p. 6.
WIZNITZER, Ar
104. Remetemos para o livro de a)
Pio
nold. 06 Judeu.6 no B/laòll Colonial, são Paulo,
neira, 1966, 217 p.
105. WIZNITZER, Arnold, in 0p. clt. pp. 31, 32,
33, fêz referências a um Simão Nunes de Mattos 6e
nho/L de engenho na Bahia. Remete este autor para
as "Denunciações de 1618", no LIVRO das Denuncia
çoes que ee fizerão |etc.|. Anal6 da Biblioteca Na
clonal do Rio de Janel/io, 49: 94, 1927.
106. Manuscrito do ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO
TOMBO, Lisboa. HablUtaçõeó pa/ia Leltaaa de Bacha
>iel, Maço 2, Número 6, Letra G, fólio 3.
107. Sup/ia.
108. k/iq uivo do6 Ro.gl6tn.o6 Pan.oqu.lal6 .Arquivo Na
cional da Torre do Tombo, Freguesia de Sao Sebas
tião da Pedreira / Lisboa / Livro 2, Batismos, 1?
parte, fólio 48 verso.
109. Vide: Peres, Fernando da Rocha. 06 úllh.06
de Gaegoulo de Mattoò e Gaen.ua, Salvador,CEB/UFBA,
(64), 1969, Manuel Pereira Rabelo, 0p. clt., faz
referência ao filho Gonçalo, que também vai fazer
versos.
110. E um documento judicial - embargo de senten
ça: BNRJ, Secçio de Manuscritos, II, 30, 20 , 22 (co
ta), foi. 23 a 26. A presente fonte chegou ao meu
conhecimento através de cópia cedida pelo escritor
Darcy Damasceno. O documento informa que Maria da
Guerra, avó do poeta GMG já havia falecido em 1845.
Vide nota n9 20: em verdade no ano de 1659 os avós
PGM e. MG (a 1?) já haviam morrido.
.111. Miralles (D. José de). N. na Bahia, século
62
XVIX (Arthur Mota) ou em Xatira, Valência, na Espa
nha (Pedro Calmon) . Tenente de cavalos da Gue-i-ia
de Sece44Üo, aderira ao serviço de Portugal. Veio
moço para o Brasil. Casou-se, na Bahia, onde paci
entemente e, a espaços longos, galgou os postos mi
litares até o de Coronel do Regimento Velho, em
1751. Memb/io da Academia do4 E4qa.ecx.do4 e da Acade.
mia do4 Rew.a4cx.do4. F. a 19 de janeiro de 1770,
com 84 anos (Calmon) y in Dicionário Literário Brasi.
leiro, Rio, L.T.C.,1978, P- 447. D. José de Mi
ralles deixou manuscrita a sua Hiótõh.ia WX.Li.tah. do
Btiaril, de4de o ano de 1 549, am que -teve phÁ.nc.Zpio
a fundação da aidado. do Salvadoh., ato. o de 1 7 52 ,
que vai ser publicada, pela primeira vez, in Anais
da Biblioteca Nacional, vol. 22j 1900. Remetemos
para: Mota, Arthur., Hiòt. Lit. Bh.aò. V. 2, p.68 e
Calmon, Pedro., Hirt. Lit. Bahiana, p. 65,66, 128.
112. Vide nossas notas n9s 23, 31, 32, 33.
113. Inquirição de Lirboa. Arquivo Nacional da
Torre do Tombo, Cadernos do Promotor n9 B8, fol-
464-475. O meu trabalho sobre "Gregõrio de Mattos
e a Inquisição", apresentado no I Congresso Intera
cional sobre a Inquisição / Lisboa/S. Paulo, 1987,
trata especificamente da denuncia.
114. Ambas as informações sobre o avô do poeta,
PGM, estão contidas em: Novinsky, Anita, Ch.irtãor
Novo4 na Bahia, São Paulo, Editora Perspectiva,
1972, pãgs. 115, 138 e 178.
63
i.
Impresso na
Gráfica Universitária
Salvador - Bahia
121. AZEVEDO, Thales de. Um momento da vida inte.le.ctu.al na
Bahia. 1917-1938, a presença e influencia do Pe. Luiz
Gonzaga Cabral, S.J., Salvador, C.E.B., UFBA, 1986,
32p.
V/TAE
Apoio à Cultura, Educação ePromoção Social