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Privilégios e Imunidades de
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internacionais)

Prerrogativas, Privilégios e Imunidades de Missões estrangeiras e Organizações


Internacionais

O que são Privilégios e Imunidades Diplomáticos e Consulares?

São prerrogativas especiais reconhecidas às missões diplomáticas, às repartições


consulares, às organizações internacionais, bem como a seus agentes e funcionários,
para que esses consigam exercer plena e livremente suas funções no país em que
cumprem missão, sem a interferência indevida do país receptor.

Em que tratados esses privilégios e imunidades estão previstos?

Os privilégios e imunidades diplomáticos e consulares estão previstos, respectivamente,


na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961 (http://www.planalto.gov.br
/ccivil_03/decreto/antigos/d56435.htm) e na Convenção de Viena sobre Relações
Consulares de 1963 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d61078.htm). Os
privilégios e imunidades de funcionários das organizações internacionais, por outro lado,
são regidos pelos acordos bilaterais entre o Brasil e cada uma das organizações de que o
país é membro e/ou que possui sede ou representação em território brasileiro. sendo
que os funcionários da ONU e suas agências especializadas seguem a Convenção sobre
Privilégios e Imunidades das Nações Unidas de 1946 (http://www.planalto.gov.br
/ccivil_03/decreto/antigos/d27784.htm) e Convenção sobre Privilégios e Imunidades das
Agências Especializadas das Nações Unidas (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto
/1950-1969/D52288.htm).

Quem faz jus a esses privilégios e imunidades?

Essas prerrogativas aplicam-se às missões diplomáticas, repartições consulares e sedes


ou escritórios de representação de organismos internacionais. Aplicam-se, também, aos
agentes diplomáticos e consulares, aos membros do pessoal técnico-administrativo das
embaixadas e dos consulados e aos funcionários de organizações internacionais.

Agentes diplomáticos e consulares fazem jus a privilégios e imunidades junto às


autoridades locais quando cumprem missão junto a representações de seu país no
exterior, mas não gozam de qualquer imunidade em seu próprio país. Por exemplo,
agentes diplomáticos brasileiros gozam de imunidades quando exercem funções em
embaixada do Brasil no exterior, mas não estão imunes à jurisdição das autoridades
brasileiras. Da mesma forma, agentes diplomáticos de determinado país gozam de
imunidades quando cumprem missão junto à respectiva embaixada no Brasil, mas não
estão imunes à jurisdição das autoridades de seu próprio país.

Os agentes diplomáticos e membros do pessoal técnico-administrativo das embaixadas –


desde que não tenham nacionalidade brasileira – gozam de imunidade absoluta, não
podendo ser presos, detidos ou processados no Brasil. Já os funcionários e empregados
consulares, membros do pessoal de serviço das embaixadas e funcionários
internacionais4 gozam de imunidade parcial, restrita aos atos praticados no exercício de
suas funções, podendo ser presos ou detidos por crimes comuns, desde que em
decorrência de crime grave e com decisão judicial.

Entenda as principais diferenças na tabela abaixo.

Quais são suas origens e propósitos?

Suas origens remontam às cidades-Estado Grécia Antiga, as quais já enviavam


delegações às outras cidades-Estado como forma de diplomacia. A Conferência de
Esparta de 432 a.C. , a qual tinha objetivo de decidir se Esparta e Atenas entrariam em
guerra ou não, destacou-se pelo fato de Esparta ter concedido certa proteção e direitos
especiais a aos delegados de Atenas que foram até lá.

Segundo o preâmbulo da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, tais


privilégios e imunidades têm o propósito da "manutenção da paz e da segurança
internacional e ao desenvolvimento das relações de amizade entre as Nações". Tais
prerrogativas não possuem a �nalidade de bene�ciar "indivíduos, mas, sim, a de garantir
o e�caz desempenho das funções das Missões diplomáticas, em seu caráter de
representantes dos Estados", de forma a garantir a soberania dos Estados representados
em países estrangeiros, possibilitando o desenvolvimento de relações amistosas.

Quais são os privilégios e imunidades abrangidos?

Os privilégios podem abranger:

1. isenção/restituição de tributos diretos (IR, IPTU, IPVA, etc.) e, em alguns casos, indiretos (IPI,
ICMS);
2. importação de mercadorias e de veículos sem incidência de tributos;
3. segurança do Corpo Diplomático e Consular;
4. outros, não previstos em acordos, e concedidos mediante reciprocidade (matrícula de cortesia
em Universidades Federais, assistência médica no Hospital das Forças Armadas etc.).

As imunidades incluem, entre outras:

1. inviolabilidade das Missões Diplomáticas, Repartições Consulares e Representações de


Organismos Internacionais, de seus arquivos e de seus funcionários;
2. imunidade de jurisdição do agente diplomático ou consular e do representante de Organismo
Internacional.

Qual é a base legal para reconhecimento e aplicação dos privilégios e imunidades


no Brasil?

Os instrumentos internacionais que preveem tais privilégios e imunidades são


incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro por meio do processo de internalização
de tratados previsto no Direito interno brasileiro, sendo promulgados por decretos e
passando a ter o status de lei ordinária após promulgação.

Essa imunidade pode ser retirada?

Sim, o país receptor pode solicitar às autoridades do país de origem que retirem a
imunidade de seus agentes diplomáticos ou membros do pessoal técnico-administrativo
em casos de crimes graves. Os agentes consulares, os membros do pessoal de serviço
das missões diplomáticas e, na maioria dos casos, também os funcionários
internacionais, por terem imunidades apenas quanto aos atos praticados no exercício de
sua função, estão sujeitos à jurisdição das autoridades locais no caso de crimes comuns
ou de quaisquer atos não relacionados a suas atividades o�ciais.

Curiosidades

Há, atualmente, 135 embaixadas e mais de 250 repartições consulares presentes no


Brasil.

O Brasil possui 140 embaixadas, 71 repartições consulares, 13 delegações e 3 escritórios


comerciais no exterior.

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