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Celita Raul Francisco

Erica Rosa João


Eusebio John Bwankulo

Medições de volume e massa

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
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Celita Raul Francisco


Erica Rosa João
Eusebio John Bwankulo

Medições de volume e massa


Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Gestão Laboratoriais

Trabalho de

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
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Índice
1. Introdução...............................................................................................................3

1.1. Objectivos...........................................................................................................3

2. Instrumentos volumétricos vidro/plástico..............................................................4

2.1. Medição de volume.............................................................................................4

2.1.1. Instrumentos de manuseio de líquidos............................................................4

2.2. Balões Volumétricos...........................................................................................4

2.2.1. Picnómetro......................................................................................................5

2.2.2. Pipetas.............................................................................................................5

2.3. Cálculo do volume pelo método gravimétrico....................................................6

3. Massas OIML (Organização Internacional de Metrologia Legal).............................7

3.1. Inmetro - Calibração - Divisão de Metrologia Mecânica Lamas (Laboratório de


Massa)............................................................................................................................7

3.2. Existem, basicamente, dois tipos de balanças para medição da massa...................8

Balanças analíticas ou balanças de dois pratos..............................................................8

Balanças de um prato.....................................................................................................8

Balanças electrónicas.....................................................................................................8

3.3. Factores que influenciam a medição em balanças..................................................8

Conclusão.....................................................................................................................12

Referências bibliográficas............................................................................................13
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1. Introdução

Num laboratório é essencial conhecer e utilizar correctamente o material de vidro usado


na medição do volume de líquidos. O estabelecimento de teorias e leis fundamentais da
natureza e do comportamento da matéria depende de medidas cuidadosas de várias
grandezas, como, por exemplo, massa, volume, comprimento, temperatura, tempo e
propriedades eléctricas.

O sistema métrico de unidades é especialmente conveniente para a quantificação de


medidas por tratar-se de um sistema decimal. As unidades métricas foram originalmente
relacionadas a certas quantidades na natureza.

Medições volumétricas têm um papel fundamental no laboratório. O usuário deve


determinar o grau de exactidão requerido para cada medição. Com base nisso, é possível
escolher o instrumento volumétrico apropriado.

Massa é considerada uma grandeza fundamental, e seu padrão é um cilindro de platina


irídio, chamado o quilograma padrão, mantido em Sévres, França. Outros padrões
nacionais podem ser comparados com este padrão através de balanças de braços iguais
(balanças analíticas) com uma precisão de uma parte em 107, para massas de 1 kg.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Caracterizar as medições, as grandezas no sistema Internacional;
1.1.2. Objectivo Especifico
 Observar os tipos de medidas mais comuns em um laboratório;
 Conhecer algumas das propriedades físicas das substâncias;
 Analisar as medições de volume, massa temperatura, tempo e luminosidade.

Para a elaboração deste trabalho, foi usado o método de pesquisa bibliográfico que
constitui na leitura, análise e interpretação de conteúdos evidentes em diferentes
manuais, obras e artigos e acessados na internet, cujos autores e os títulos das referidas
obras e entre outros instrumentos de apoio, estão devidamente citados dento do trabalho
e na bibliografia
O presente trabalho está estruturado da seguinte maneira, Introdução, Desenvolvimento
e conclusão.
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2. Instrumentos volumétricos vidro/plástico


2.1. Medição de volume

A medição volumétrica de líquidos é uma operação de rotina no laboratório. Então,


instrumentos volumétricos como balões volumétricos, pipetas volumétricas, pipetas
graduadas, provetas e buretas são equipamentos usuais. Estes podem ser fabricados em
vidro ou plástico. Os fornecedores oferecem instrumentos volumétricos em uma ampla
variedade de qualidades. Copos becker graduados, Erlenmeyers, funis de decantação e
afins não são instrumentos volumétricos! Não são precisamente calibrados e a escala
serve somente como uma aproximação.

Unidades de volume

 1 L = 1 dm3
 1 mL = 1 cm3
 1 L = 1.000 cm3 = 1.000 mL
2.1.1. Instrumentos de manuseio de líquidos

Para atender a demanda crescente das medições volumétricas no laboratório, como


testes em série, novos dispositivos estão constantemente sendo criados, por ex. para
dispensação, pipetagem e titulação. Usualmente, os instrumentos criados por diferentes
fabricantes para um propósito em particular são mais ou menos similares nos princípios
funcionais.

2.2. Balões Volumétricos

Podem ser de dois tipos, de contenção ou de vazamento, mas as duas marcas


correspondentes podem estar no mesmo balão:

Uma vez que estes balões vêm calibrados para uma determinada temperatura,
normalmente 20ºC, não convém sujeitá-los a variações de temperatura, por isso é
absolutamente proibido aquecer um balão volumétrico.

O volume nominal de um balão volumétrico define-se como o volume de água


destilada, a 20 ˚C, expresso em mL, contido no balão, quando cheio até ao traço de
referência [20].

Características do balão volumétrico de 250 mL:


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 Volume nominal – 250 mL


 Constituição – Vidro
 Coeficiente de expansão – 10 × 10-6 °C-1
 Material “In”
2.2.1. Picnómetro

O volume real de um picnómetro define-se como o volume de água destilada, à


temperatura de referência, expressa em mL, contido no picnómetro também à mesma
temperatura. A temperatura de referência preferencial é de 20 ˚C, mas para os
picnómetros podem ser usadas outras temperaturas.

Características do Picnómetro de Gay Lussac:

 Volume nominal – 50 mL
 Constituição – vidro
 Coeficiente de expansão –10 × 10-6 °C-1
 Material “In”

Características do Picnómetro de Alumínio:

 Volume nominal – 100 mL


 Constituição – Alumínio
 Coeficiente de expansão – 6,90 ×10-5 °C-1
 Material “In”
 Características do Picnómetro de aço:
 Volume nominal – 100 mL
 Constituição – Aço Inox
 Coeficiente de expansão –11,7×10-6 °C-1
 Material “In”
2.2.2. Pipetas

As pipetas podem ser divididas em dois grandes tipos: volumétricas ou de transferência


e graduadas ou de medida. No primeiro tipo existe uma única marca indicadora do nível
a que o líquido deve ser ajustado, ao passo que no segundo caso existe uma escala que
permite o vazamento de quantidades variáveis de líquido:
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Existem pipetas de diversas capacidades, cobrindo uma gama que vai das centenas de
ml até alguns µl. O enchimento das pipetas pode ser feito com o auxílio de uma
borracha em forma de pêra ou com um enchedor mais adequado, tipo ‘pumpette’,
também em borracha:

Figura 1: Pipeta de borracha

Após comprimir o bolbo C, a válvula A é pressionada até que o nível do líquido suba
ligeiramente acima do nível pretendido. O nível pode ser então ajustado pressionando a
válvula B, ou retirando o enchedor e tapando rapidamente com o polegar a extremidade
superior da pipeta, e afrouxando ligeiramente a pressão do polegar até que o nível seja
atingido.
Atenção: A pipeta nunca deve ser enchida por sucção bucal directa! Terminado o
vazamento do líquido, e após se ter encostado a extremidade inferior da pipeta ao
recipiente de recolha, o líquido que permanece aderente no interior da pipeta não deve
ser removido, uma vez que esta já se encontra calibrada tendo em conta este volume:

2.3. Cálculo do volume pelo método gravimétrico

A diferença entre os resultados das duas pesagens correspondentes ao recipiente vazio e


ao recipiente cheio fornece a massa da água contida ou escoada do instrumento
calibrado. Essa massa é posteriormente convertida em volume utilizando a seguinte
equação:

m
V=
p

Em que:

m – Massa real de líquido contido ou escoado do instrumento volumétrico;


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ρ – Massa volúmica do líquido;

Para se obter o volume à temperatura de referência de 20 °C, que iremos deduzir é


necessário proceder a correcções da equação acima referido, como descrito na norma
ISO 4787 [23]. Assim a equação geral para o cálculo do volume à temperatura de
referência vem igual a:

1 ρ
V 20=l L−l E × ×1− A x 1−γt−20
ρω−ρ A ρB

Onde:

V 20– Corresponde ao volume, à temperatura de 20 °C, em mL

l L – Resultado da pesagem com recipiente cheio com líquido de calibração, em g

l E – Resultado da pesagem com recipiente vazio, em g

ρω – Massa volúmica do líquido de calibração, à temperatura de calibração t, em g/mL

ρ A – Massa volúmica do ar, em g/mL

ρ B – Massa volúmica de referência das massas da balança, em g/mL

 - Coeficiente de expansão térmico do material de que é feito o recipiente a calibrar,


em°C-1

t – Temperatura do líquido utilizado na calibração, em °C

Devem-se realizar 10 ensaios, sendo o valor médio utilizado como valor medido. A este
valor tem-se associado uma incerteza de medição [19].

3. Massas OIML (Organização Internacional de Metrologia Legal)


A OIML R 111 especifica forma, dimensões, valores nominais, natureza do material
usado na construção de massas e atribui classes de exactidão: E1, E2, F1, F2, M1, M2,
M3, M1-2, M2-3.

3.1. Inmetro - Calibração - Divisão de Metrologia Mecânica Lamas (Laboratório


de Massa)
Massas - padrão para comparação directa:
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 1mg - 5g; Classe E1


 10g - 1kg; Classe E1
 2kg - 20kg; Classe E1
 1mg - 5g; Classe E2
 10g - 1kg; Classe E2
 2kg - 20kg; Classe E2
 1mg - 5g; Classe F1
 10g - 1kg; Classe F1
 2kg - 20kg; Classe F1
 10kg - 50kg; Classe F1
 100kg - 500kg; Classe F1

3.2. Existem, basicamente, dois tipos de balanças para medição da massa.


- Balanças mecânicas:

Balanças analíticas ou balanças de dois pratos


Representação de uma das balanças utilizadas por Berzelius (primeiras décadas do Séc.
XIX)

Balanças de um prato

Balanças electrónicas
Com o surgimento de elementos e circuitos electrónicos foi possível o aperfeiçoamento
dos diversos tipos de balança, além do desenvolvimento de novos sistemas de pesagem.

Algumas modernas balanças electrónicas permitem não só a pesagem rápida e eficiente


de produtos, como também o cálculo simultâneo de seu preço, em função da massa
medida.

3.3. Factores que influenciam a medição em balanças


A precisão e a confiabilidade das medições estão directamente relacionadas com a
localização da balança.

Os principais itens a serem considerados para uma medição confiável são:

 Características da sala de pesagem e da bancada;


 Condições do ambiente;
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 Cuidados básicos;
 Influências Físicas

Tipos de Equipamentos para Medição de Temperatura


Abaixo são listados os tipos mais comuns de equipamentos para medir temperatura.

Termômetro Clínico: Este termômetro utiliza o princípio de dilatação de líquidos,


principalmente o mercúrio. Opera entre temperaturas de 34°C e 43°C.

Termômetro a álcool: Utiliza o mesmo princípio do anterior, porém opera entre


temperaturas de -10°C e 150°C. Normalmente possui um corante vermelho para melhor
visualização da escala.

Termômetro de Máxima e de Mínima: Indica a temperatura máxima e a mínima


atingidas pelo termômetro desde a última vez que foi ajustado. Normalmente utilizado
na meteorologia, e indica a máxima e a mínima temperatura atingida no dia.

Termómetro a gás: Mede a temperatura através da leitura da pressão do gás a volume


constante. É utilizado para medir baixas temperaturas. Geralmente é usado gás Hélio,
que tem temperatura de condensação de -269°C.

Termómetro de radiação: É utilizado para medir temperatura sem contacto com o


objecto. Usado em satélites meteorológicos para medir a temperatura da atmosfera,
opera em temperaturas entre -50°C e 3000°C. Mede qualquer sistema que emita
radiação electromagnética na forma de luz visível ou radiação infravermelha.
Normalmente utilizado para detectar humanos, animais ou qualquer corpo quente em
florestas

Pirômetro Óptico: É um tipo de termômetro de radiação, mas que pode ser utilizado
para medir a temperatura de metais incandescentes, fornalhas e até estrelas, pois pode
medir temperaturas acima do ponto de fusão dos materiais que o constituem. O valor da
temperatura medida é relacionado com a corrente elétrica necessária para gerar uma
luminosidade do filamento igual ao sistema em questão.

Termômetro de Lâmina Bimetálica: É constituído por duas lâminas de metais


diferentes soldadas que, ao serem aquecidas, dilatam-se. Por serem metais diferentes,
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um dilata mais que o outro e encurva a lâmina. Opera em temperaturas entre -5°C e
300°C.

Termopar: É composto por dois fios de metais diferentes soldados nas extremidades e,
quando aquecidos, produzem uma corrente elétrica que depende da temperatura. Pode
operar até uma temperatura de 1800°C.

Medição de Luminosidade
Para medição das grandezas da luz e de luminotécnica, foram desenvolvidos
instrumentos fotométricos.

Iluminância

Os fotómetros são equipamentos que tem como objectivo medir os níveis de


iluminação. São os instrumentos básicos para a fotometria pois foram essenciais para o
estabelecimento e comprovação das leis fotométricas.

Inicialmente, as medições fotométricas eram praticadas sob a forma da fotometria visual


comparativa, ou seja, o observador comparava visualmente duas placas iluminadas
independentemente uma da outra, mas de forma concomitante.

Células Fotovoltaicas

A descoberta do efeito fotoeléctrico por Hertz marcou a fotometria, já que transformava


medidas relativas e que dependiam de comparação em medidas lineares. A partir do
experimento feito por ele, era possível ver que o feixe de luz arranca electrões da placa
metálica. Estes electrões formam uma corrente, que pode ser detectada por um
amperímetro.

As células fotoeléctricas podem transformar as variações de fluxo luminoso em


variações de grandezas eléctricas. Seu funcionamento pode ser baseado em três
princípios básicos: foto emissão, efeito fotovoltaico e fotocondução. Luxímetros e
fotómetros eléctricos são feitos a partir de células fotoeléctricas.

Foto emissão é similar ao experimento de Hertz e consiste na remoção a frio de elétrons


da superfície de um sólido através de uma incidência luminosa. A sensibilidade deste
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método depende do comprimento de onda da radiação incidente, o que restringe o seu


uso para lâmpadas incandescentes na temperatura de cor de 2 870 K.

Fotocondução acontece em alguns dispositivos semicondutores. Ela parte do princípio


em que quando um feixe de luz incide no material condutor, sua condutividade é
alterada, por isso o material que realiza a fotocondução é chamado foto resistor. Isso
acontece por que a energia luminosa quebra as ligações covalentes dentro do material
semicondutor deixando mais electrões livres. Estes eletros livres se recombinam
formando pares elétron-buraco e geram uma movimentação ocasionando uma corrente
elétrica.

Efeito fotovoltaico pode ser visto quando um dentre dois eletrodos imersos em um
eletrólito é iluminado. Então, uma diferença de potencial surge entre os mesmos. As
células fotovoltaicas são muito usadas na fotometria, principalmente quando não
existem exigências de muita precisão e estabilidade, como é o caso dos equipamentos
portáteis.
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Conclusão
Após as nossas analises e discussões de varias obras e consulta da internet, aferimos que
a medição de volumes é uma tarefa do quotidiano laboratorial em que se utiliza, na
maior parte das situações, pipetas graduadas ou volumétricas, buretas, balões
volumétricos, provetas e conta-gotas.

A opção de um ou outro instrumento depende da aplicação e da exactidão da medida


pretendida. Assim, quando se pretende o volume rigoroso de um líquido, devemos
recorrer a um instrumento de medida exacta como por exemplo, uma pipeta, uma bureta
ou um balão volumétrico, caso contrario podemos optar por um instrumento de medida
aproximada: proveta e conta-gotas.

O manuseio de qualquer balança requer muito cuidado, pois são instrumentos caros e
extremamente delicados. Algumas regras devem ser seguidas para a sua utilização,
como deixar ela sempre limpa; não colocar os reagentes diretamente sobre o
seu prato; os próprios objetos a serem pesados devem estar limpos, secos e à
temperatura ambiente; tais objetos devem ser colocados e retirados com a
pinça e não com as mãos; elas devem ser fechadas durante a pesagem dos
objetos e o operador não deve se apoiar na mesa em que ela está colocada.
Por tanto, o estudo dessas medidas e de suas formas de aplicação buscam
um aperfeiçoamento dos instrumentos, além de uma regularidade que originaria leis.
Este último fato não é possível, já que os instrumentos são fabricados por variadas
empresas especializadas que possuem métodos de produção diferentes. Com
isso, os resultados são variados devido os erros cometidos ao longo do processo, desde a
produção do material até a forma como ele foi estudado, podendo apresentar erros
sistemáticos e acidentais
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Referências bibliográficas
A. J. L. O. Pombeiro, Técnicas e Operações Unitárias em Química Laboratorial, 3ª
edição, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1998.

CHANG, R., Química, 5ªed., Mc Graw-Hill, Lisboa, 1995

SIMÕES, T.; Queirós, M.; Simões, M.; “Técnicas Laboratoriais de Química - Bloco I”
Porto Editora, 1996, (pág. 49 à 53).

BRADY, J. & HUMISTON, G. E. Química Geral Vol I, Rio de Janeiro, Livros


Técnicos e Científicos Editora S.A., 1986.
http://cta.if.ufrgs.br/projects/instrumentacaofisica/wiki/Medi
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MOREIRA, Vinicius. Iluminação Eléctrica. Ed. E. Blücher, 2001.

COSTA, Gilberto. Iluminação Económica Cálculo e Avaliação. 4 Ed. EDIPUCRS,


2006.

BRYANT, Robert H. Lumens, Illuminance, Foot-candles and bright shiny beads. The
LED Light. Retrieved Oct 4, 2010.

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